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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

COLEGIADO DE MEDICINA VETERINÁRIA

BOVINO LEITE
ALIMENTAÇÃO

Luiz Maurício Cavalcante Salviano


Professor de Produção de Ruminantes
Alimentação
 Bovino Leite – Nutrição
 Alimentação:
 Maior custo na atividade leiteira;
 Muitas vezes define o sistema de produção;
 Alimentação eficiente:
 Sucesso na atividade leiteira;

 Qual a forma de alimentação na fazenda média brasileira ?


Alimentação
 Nutrição na fazenda média
 Qual a raça da vaca?
 > 50% sangue Zebu - Baixa produção;
 Produção 1.000 kg/vaca/ano;
 IEP =19 m; Alta % vacas não lactantes (30-50 %);
 Problema é mais de alimentação que genética;
 Mais leite nas águas;
 Maior custo – na seca (concentrados);

 Assim:
 Pasto verde melhor que => pasto seco + concentrados;
 Suplementação na seca com forragens;
Alimentação

 Causas da baixa produção:


 Baixa suplementação?
 Suplementação incorreta?
 Baixo uso de concentrados?
 Baixa tecnologia?
 Baixo risco?
 Estratégia correta?
Alimentação
 Gado leite - base alimentar
 Capim elefante:
 Disseminado no país / Alta produção / Colhido maduro – baixo valor;
 Baixo risco;
 Nova opção – Cana:
 Alta energia;
 Não requer conservação (silo/feno);
 Sem cuidados com corte ou nutrição;
 Semi-perene;
 Pouco usada, ainda;
 Problema:
 Deve ser usada com uréia;
 Uréia pode matar os animais;
Alimentação
 Conceito dos pequenos produtores de leite:
 É melhor uma fórmula de concentrados misturáveis do que se
preocupar com o manejo adequado das forrageiras;
 Assim usam concentrados de custo alto com produção de leite
ineficiente.

 Outros países:
 Uso de pastagens, bem manejadas;
 Produção sazonal;
 Exemplo:
 Nova Zelândia e parte da Austrália – suspende produção de leite no período
de escassez de forragens (2 meses);
Alimentação
 Produção leite – fazendas intensivas:
 Produção baseada em concentrados;
 Custo do leite independe do custo de produzir forragens;
 Pastejo ou forragens conservadas (feno/silagem) são pouco importantes;
 Opção para o Brasil Central:
 Sistema exclusivo a pasto;
 Vacas – 2.500 kg/ lactação;
 Produção sazonal;
 Parição - início das chuvas;
 Final lactação – cana + uréia;
Alimentação

 “Entender”:
 Produtor vive de lucro, não de custo baixo”;

 Nas águas – leite tem preço baixo;


 Industrial penaliza leite das águas;
Alimentação

 Nutrição gado de leite


 Leite: subproduto da função reprodutiva;
 Tanto produção como reprodução dependem de uma dieta controlada;

 Os nutrientes da dieta são usados para:


 Mantença;
 Crescimento;
 Reprodução;
 Produção (leite ou carne);
Alimentação

 Nutrição gado de leite


 Alimentação 40-60% custo do leite, até (80%);
 Para alta produtividade – volumosos são insuficientes;

 Sistema de nutrição:
 Baseado nos requerimentos nutricionais;
 Proteína, energia, minerais e vitaminas, p/ cada categoria;
 Usar Tabela:
 NRC, ARC, Brasileiras, etc...
Bezerras e Novilhas
 Criação de bezerras e novilhas em sist. de produção de leite
 Cria:
 Do nascimento = > desmama ou desaleitamento;
 Recria:
 Da desmama ou desaleitamento = > 1ª cobrição;
Bezerras e Novilhas

 Bezerras são criadas para:


 Atingir peso ideal à 1ª cobertura;
 Alimentação – item mais oneroso;
 Leite – principal alimento;

 Como reduzir custos?


 Colostro excedente;
 Reduzir dieta líquida;
 Desaleitamento precoce;
 Fornecer concentrados;
Bezerras e Novilhas

 Cuidados com as bezerras:

 Água boa e à vontade;


 Alimentos de alta qualidade;
 Observação diária;
 Medidas sanitárias;
 Metas para crescimento;
Vacas Gestantes
 Cuidados com gestante:
 Feto: metade do peso = > últimos 3 meses;
 Prioridade nutrientes = > desenvolvimento da cria;
 Vaca gestante utiliza reservas para o feto;
 Mesmo assim feto poderá ser prejudicado;
 Deficiências de energia, PB, P, etc – problemas colostro e feto;
Vacas Gestantes

 Recomendação terço final:


 Ganhar 600 a 800 g/dia;
 Suplementar – se necessário;
 Evitar extremos – muito gorda ou magra;
 Usar pasto-maternidade;
 60 dias antes parto – “secar“:
 Descanso da glândula mamária;
 Produção de colostro de alta qualidade;
 Maior produção de leite na lactação seguinte;
Vacas Gestantes

 Pasto-maternidade:
 Deve ser pequeno;
 Topografia não acidentada
 Boa drenagem;
 Limpo;
 Localizado próximo ao estábulo/residência;
 Alimentação diferenciada;
 Assistência, caso ocorra problema ao parto;

 Se em baias-maternidade:
 Limpas, secas e desinfetadas;
Alimentação de Bezerras
 Alimentação de bezerras

 Bezerra ao nascer:
 Monogástrico e não digere sólidos;
 Mama e tem condições fisiológicas e bioquímicas para utilizar leite;

 Depois de 60-90 dias:


 Já é ruminante;
 Rúmen-retículo com atividade microbiana relevante;
 Desenvolvimento de papilas
 Capacidade de absorção de nutrientes pelas paredes do rúmen-retículo;
Alimentação de Bezerras
 Fornecimento do colostro
 Colostro:
 Secreção da glândula mamária (3-6 dias) / "leite sujo“;
 Sem valor comercial;
 Garante sobrevivência da bezerra;
 Fornece nutrientes;
 Fornece anticorpos;
 Tem efeito laxativo;
 Placenta vaca:
 Impede transferência de anticorpos para cria;
 Anticorpos:
 As imunoglobulinas são transferidos ao recém-nascido pela ingestão do
colostro;
Alimentação de Bezerras
 Fornecimento precoce do colostro
 Palavra-chave para manejo colostro - "Tempo" ;
 Rápido declínio na qualidade após 1ª ordenha;
 Cai concentração de imunoglobulinas;
 Cai absorção das imunoglobulinas

 Bezerra deve:
 Ingerir colostro mais cedo possível;
 Ingerir aproximadamente 5% do peso vivo até seis horas após o
nascimento;
 Preferencialmente mamado na vaca;
 Raças grande - 2 kg;
 Raças pequenas – 1 kg;
Alimentação de Bezerras
 Fornecimento precoce do colostro
 Colostro deve ser fornecido:
 De forma integral;
 Sem qualquer diluição;
 Durante três primeiros dias;
 Em duas refeições diárias;
 Primeiras 24 horas - ingerir 5 a 6 kg de colostro;
 Rico em vitaminas e minerais;
 Importante para a nutrição da bezerra;
Alimentação de Bezerras
 Sistemas de aleitamento
 Formas de fornecimento do leite para bezerras;
 Aleitamento natural:
 Bezerra mama na vaca;
 Aleitamento artificial:
 Bezerra é apartada da mãe ao nascer;
 Recebe dieta líquida (leite, colostro excedente ou sucedâneo de leite);
 Em balde ou mamadeira ou biberão;
Alimentação de Bezerras
 Aleitamento artificial
 Para ser adotado com sucesso, é necessário que:
 1. Vaca deve "descer leite" sem presença bezerra – raças especializadas;
 2. Produção média de leite deve ser superior a 8 kg/dia;
 3. O tratador deve saber a importância da higiene (limpeza);

 Este método permite:


 Racionalizar manejo dos animais;
 Separando as bezerras das vacas;
 Ordenha mais higiênica;
 Controle da quantidade de leite ingerida pela bezerra;
 Bezerra deve consumir 4 kg/dia;
 Maior quantidade – se deseja vender animais jovens;
Alimentação de Bezerras
 Aleitamento natural
 Deve prevalecer quando:
 1. Vaca não "desce leite" sem presença das bezerras – raças zebuínas;
 2. Produção média de leite – menor que 8 kg/dia;
 3. O tratador – não tem conhecimento saber higiene;

 Na prática - aleitamento natural diversificado:


 Tipo do rebanho;
 Tamanho do rebanho;
 Produtividade do rebanho;
 Qualidade da mão-de-obra;
 Capacidade de gerenciamento do produtor;
 Promovem diferenças no manejo dos animais;
Alimentação de Bezerras
 Aleitamento natural
 Tradicional:
 Bezerra mamando durante toda a lactação, ou a maior parte dela;
 Controlado:
 Bezerra mamando por dois a três meses;
Alimentação de Bezerras

 Esquema de aleitamento natural controlado cnpgl:


 Oferecer à bezerra uma teta;
 Em rodízio, 1º mês de vida;
 Durante o segundo mês – não "esgotar" (residual);
 1º mês: ingestão de 4 kg/dia;
 2º mês: 2 kg/dia;
 Bom desenvolvimento;
 Semelhante ao aleitamento artificial;
 Após 60 dias – bezerra só para “descer leite”;
Alimentação de Bezerras
 Dieta líquida:
 Alimento natural da bezerra (6-8 semanas) – leite integral;
 Melhor alternativa = > colostro excedente;
 Colostro excedente – leite que bezerra (até 3 dias) não consegue ingerir;
 Pode ser fornecido puro misturado com outros alimentos líquidos;
 Colostro:
 Mais nutritivo / mantém flora / menos diarréias;
 Fornecer fresco para as bezerras;
 Sobras:
 congelar ou resfriar;
 Congelar: em porções para cada uma refeição;
 Evitar re-congelar;
 Evitar superaquecimento;
Alimentação de Bezerras
 Sucedâneos comerciais do leite:
 Vendidos na forma de pó;
 Componentes lácteos = > substituídos por componentes origem vegetal;
 Derivados da soja - substituem proteínas;
 Proteína concentrada de soro de queijo;

 Problemas dos sucedâneos para bezerros:


 Excesso de amido e de fibra;
 Tipo e inadequada incorporação da gordura;
 Fontes protéicas de baixo aproveitamento;
 Provocam transtornos digestivos;
 Deterioração gradual na integridade das vilosidades intestinais -
Conseqüência de reações alérgicas
Alimentação de Bezerras
 Qualidades desejáveis nos sucedâneos:
 Proteína bruta - 18 a 22%;
 Gordura - 10 a 22% (clima frio + energia);
 Fibra - 0,2% (Se maior é por uso proteína vegetal);
 Vitaminas A, D e E;
 Fontes protéicas de sucedâneos:
 Proteína concentrada de soro desidratado;
 Leite desnatado desidratado;
 Caseína;
 Soro desidratado;
 Soro delactosado;
 Proteína isolada de soja;
Alimentação de Bezerras
 Outros tipos de leite
 Leite mamítico:
 Pode ser usado p/ bezerras;
 Evitar usar na 1ª semana;
 Leite de mamite clínica (sangue, pus) – não usar;

 Leite de soja:
 Não indicado até 8 semanas;
 Nesta idade bezerra já desaleitada;
Alimentação de Bezerras
 Outras recomendações:
 Dieta liquida – 4 kg por bezerra por dia;
 1ª semana – duas refeições diárias;
 Depois da 1ª semana – uma só refeição diária;
 Regularidade no horário e temperatura;
 Evitar temperaturas extremas;
 Evitar mudanças drásticas que provocam distúrbios digestivos;
Alimentação de Bezerras
 Concentrados
 Consumo de sólidos depende do rúmen;
 Garante sucesso da desmama precoce;
 Palatabilidade – define a escolha do concentrado
 Preparo do concentrado
 Textura grosseira (pellets);
 Textura muito fina:
 Reduz consumo;
 Forma bolo na boca e nos lábios;
 Provoca recusas;
 Aumentando perdas;
 Sabor agradável - (7 a 10% de melaço);
 Nível baixo de fibra - (6 a 7%) e alto energia;
 Níveis adequados de proteína (16-18%);
 Minerais e vitaminas;
Alimentação de Bezerras
 Para estimular o consumo de concentrado:
 Fornecer quantidade limitada de leite;
 Fornecer leite uma só vez ao dia;
 Fornecer concentrado – a partir da 2ª semana;
 Colocar um pouco de concentrado na boca da bezerra ou no fundo do
balde ao final da refeição líquida;
 Fornecer água fresca e limpa;
Alimentação de Bezerras
 Concentrado inicial:
 Até 60-70 dias depois concentrado de menor custo;
 Uréia – só após três meses;
 Ingestão de concentrado aumenta com desaleitamento;
 Estimular consumo volumoso;

 Quantidade de concentrado – depende:


 Qualidade volumosos;
 Limita-se a 1 ou 2 kg (12 a 16% PB) - até seis meses;
 Renovar o concentrado no cocho – evitar doenças;
ALIMENTAÇÃO

 Opções de concentrados com 16% de proteína bruta para bezerras.


Ingredientes(%) R$/kg I II III IV V VI VII VIII
Milho 0,26 74,0 42,5 51,0 59,0 82,5 74,0 67,5
Farelo de soja 0,42 22,0 13,5 10,0 - 12,0 - 7,0
Farelo de algodão 0,34 - - 10,0 37,0 - 20,5 -
Farelo de trigo 0,15 - 40,0 25,0 - - - 20,0
Uréia 0,47 - - - - 1,5 1,5 1,5
Núcleo com minerais e vitaminas 0,82 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0
Sal comum 0,14 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0
Custo da mistura (R$/kg) 0,31 0,25 0,27 0,31 0,30 0,30 0,27 0,27
1

Fator de correção 1,0 1,0 1,0 1,0 1,14 1,14 1,18 1,0
Custo corrigido (R$) 0,31 0,25 0,27 0,31 0,34 0,34 0,32 0,27
2

1Custo da opção I (R$/kg) = (0,74x0,26)+(0,22x0,42)+(0,03x0,82)+(0,01x0,14) = 0,31


2Custo corrigido da opção I (R$) = (custo da mistura)x(fator de correção) = (0,31)x(1) = 0,31
Alimentação de Bezerras
 Volumosos:
 2ª semana – pode oferecer bom volumoso;
 Consumo pequeno - não compensa;
 Volumoso – dilata rúmen (orifício);

 Melhores volumosos p/ bezerras:


 Bom feno – melhor;
 Verde picado – em seguida;
 Silagem – só depois de 3 meses;
Alimentação de Bezerras
 Vantagens dos bons fenos:
 Constância na sua aparência, sabor e composição;
 Boa palatabilidade;

 Forragem verde:
 Inconstância na qualidade;

 Bezerras – pastejo seletivo:


 Pastos de boa qualidade;
 Fazer rodízio;
 Pastejo rotacionado – 1º dia;
Alimentação de Bezerras
 Água para bezerras:
 Colocar água à disposição das bezerras;
 Água indispensável aos microorganismo do rúmen;
 Aumenta consumo de concentrados;
 Excesso de consumo água:
 Animal ingere pensando que é leite;
 Solução:
 Deixar bezerras sem água – 60 minutos após aleitamento;
 Fornecimento de água:
 Água disponível - limpa e fresca;
 Se em baldes - renovar diariamente;
Alimentação de Bezerras
 Desaleitar quando:
 Consumo concentrados - 600 a 800 g/dia;
 Independentemente de idade, tamanho ou peso;
 Raças pequenas (Jersey) - 400 a 500 g/dia;
 Desaleitamento pode ser com 3 semanas - gasto com remédios;
 Nunca deve ser superior a 8 semanas;
 Desaleitamento abrupto:
 Não deve ser gradativo;
 Estresse do desaleitamento:
 Sai da fonte de nutriente, de liquida para sólida;
 Sai de monogástrico para ruminante;
 Há redução (drástica) no consumo de MS;
Alimentação de Bezerras
 Estresse maior se houver:
 Descorna;
 Mudança de instalação;
 Mudança do concentrado ou volumoso;
 Remoção de tetas, etc...
 Para reduzir estresse:
 Permanecer no mesmo ambiente (2 semanas);
 Recebendo água e o mesmo concentrado;

 É econômico trocar concentrado por leite?


 Se o preço de 1 kg de concentrado for igual ou menor que 2,25 vezes o
preço de 1 litro de leite;
Alimentação de Bezerras
 Conselhos Importantes
 Observe o bezerro, cuidadosamente, todos os dias e verifique:
 Olhar do bezerro - olhar vivo significa saúde;
 Existência de corrimento nasal;
 Consistência das fezes;
 Apetite dos bezerros – bebem dieta com avidez;
 Não descuide da Sanidade
 Acompanhe ganho de peso;
 Pesar ao nascer / pesar no desaleitamento;
 Ganho de peso médio diário (GPMD);
 GPMD (kg/dia): (peso desaleitamento - peso ao nascimento) ÷ número de dias
entre o desaleitamento e o nascimento;
 GPMD - deve ser superior a 0,350 kg;
Alimentação de Novilhas
 Fase de recria:
 Vai da desmame até a primeira cobrição;
 Menos complexa que cria - porém requer atenção;
 Requerimentos:
 Animal em crescimento /Alterações na composição de seu corpo;
 Com idade:
 Reduz taxa de formação óssea e proteína;
 Aumento acentuado na deposição de gordura;
 Do início desta fase (80 – 90 kg) até a puberdade – ganho de até
900 g/dia;
 Acúmulo de gordura – reduz tecido secretor - menor produção de
leite na 1ª lactação;
Alimentação de Novilhas
 Puberdade:
 Processo gradual de maturação (nascimento => 1ª ovulação);
 Raças grandes:
 Início puberdade 9 - 11 m / PV médio – 250 a 280 kg;
 Alimentação:
 Decisiva no inicio puberdade.
 Cuidado: alto ganho;
 Efeito negativo de alto ganho diário:
 Quando ganho diário acima de 400g raça Jersey e 700g para a Holandesa;
 Pesquisas recentes:
 Ração com 60 a 70 g de proteína bruta/Mcal de energia metabolizável;
 Desenvolvimento normal do úbere, mesmo com ganhos superiores a 900
g/dia.
Alimentação de Novilhas
 Idade à primeira cobrição:
 15-16 m – plano alimentar mais elevado;
 24 - 26 m – alimentação menos calórica;
 Peso vivo de cobrição das novilhas - varia com raça:
 Holandesa - 340 kg;
 Pardo-Suíça - 330 kg;
 Jersey - 230 kg;
 Mestiças H x Z - 320 kg ;
 Mest. Jersey x Zebu - 280 kg
ALIMENTAÇÃO NOVILHAS
 Pesos vivos à puberdade e aqueles mais indicados para a
cobrição, de acordo com a raça.

Raças Peso Vivo (kg)


Puberdade Cobrição

Holandesa 270-280 340


Ayrshire 240-245 270
Guernsey 220-230 250
Jersey 200-210 230
Mestiças Holandês-Zebu 300-310 330
Alimentação de Novilhas
 Período chuvoso:
 Pasto, com suplemento mineral adequado;
 Época seca:
 Suplementos volumosos ( silagens, fenos, palhadas, etc...);
 Cana de açucar + uréia;
 Observar as quantidades recomendadas NRC 2001;
 Silagem de milho para novilhas – observar:
 Suplementação protéica / Usou uréia na ensilagem?
 Limite consumo – obesidade?
 Palhadas e restos de culturas:
 Baixo consumo / poucos nutrientes / Uréia – adicionar?
 Suplemento mineral?
 Suplemento vitamina A – se forragem deficiente;
Alimentação de Novilhas
 Recria em confinamento
 No cocho - verde picado e/ou silagem e/ou feno;
 Mistura mineral - sempre à disposição;
 Silagem de milho:
 Sem uréia - suplementação protéica?
 Feno excelente qualidade:
 Melhor alimento para novilhas;
 Feno e silagem de milho (1:1 MS):
 Considerada ideal;
 Rebanho de alta qualidade:
 Usar concentrados;
 Fornecimento de Água:
 Novilhas devem ter água fresca e limpa diariamente.
Alimentação de Novilhas
 Estratégia para novilhas de raças grandes
 Se objetivo - concepção aos 15 meses;
 Novilhas devem ganhar - 650-700 g/dia;
 Do desaleitamento (55-65 kg) até os 340 kg;
 Só volumosos de excelente qualidade, à vontade;
 Ou fornecimento de 1 a 2 kg de concentrado/dia;
ALIMENTAÇÃO NOVILHAS

Crescimento novilhas - raças grandes.

600
550
500
(780) Parto
Peso vivo (kg)

400

340
300 (720)
Cobrição
200
(650)
146
100 (470)

40 68
0
Nascimento 2 6 15 24

Idade (meses)
Figura 1: Estratégia de crescimento de novilhas de raças grandes para
parição aos 24 meses de idade.
Alimentação de Novilhas
 Estratégia para novilhas mestiças Holandês-Zebu mantidas a pasto
 Bezerras mestiças H-Z - 120 a 130 kg - 6 meses de idade;
 Ganhos de 500 g/dia desde o nascimento;
 Sistema de aleitamento natural adotado - não atinge ganho:
 Necessário fornecimento - 1 a 2 kg de concentrado;
 No sistema de aleitamento artificial com restrição(3-4 l/dia):
 Recomenda-se fornecimento de 1 a 2 kg de concentrado;
ALIMENTAÇÃO NOVILHAS

 P
Crescimento novilhas – mestiças H-Z.
500

450
400
(440)
Peso vivo (kg)

Parto
330
300

(390) Cobrição
200

(540 120
100
(416)
70)
30 55
0
Nascimento 2 6 24 33

Idade (meses)
Figura 2: Estratégia de crescimento de novilhas mestiças holandês-Zebu para parição aos
33 meses de idade.
Alimentação de Novilhas
 A partir dos seis meses de idade
 Se objetivo é concepção 24 meses, com 330 kg;
 Novilha deve ganhar, aproximadamente, 400 g/dia;
 Época das águas:
 Fácil chegar a este ganho;
 Época seca:
 Silagem / feno/ cana-de-açúcar + uréia;
 Ganhos de 100 a 200 g/dia;
 Se necessários ganhos maiores (500-600g):
 Usar concentrados;
 Novilhas em pasto exclusivo:
 Concepção aos 40 meses;
Alimentação de Novilhas
 Manejo da novilha apta à reprodução:
 Novilhas aptas à reprodução - junto às vacas lactação;
 Facilitar a detecção de cio;
 Alimentação – não deixar perder peso;
 Ganhos de 400-600 g/dia;
 Cuidado – dominância das vacas (mais cochos);

 Manejo da novilha gestante:


 Novilhas gestantes - junto às vacas secas;
 Recebendo a mesma alimentação;
 3 últimos meses de gestação – suplementar;
Alimentação de Novilhas
 Tamanho das novilhas
 Raças grandes:
 Cobertas com 340 kg;
 Ao parto - 500 a 550 kg;
 Devem ganhar entre 700 e 800 g/dia durante gestação;

 Mestiças H-Z:
 Cobertas com 330 kg;
 Peso ao parto 450-500 kg;
 Devem ganhar 450 a 600 g/dia, durante a gestação
Alimentação de Novilhas
 Manejo da novilha antes do parto:
 3-4 semanas antes do parto – rotina de vacas lactação;
 Permitindo a novilha:
 Se ambiente com tipo e quantidade nova dieta;
 Após parto novilhas necessitam nutrientes:
 Produzir leite;
 Mantença e crescimento;
 Recuperar do parto / voltar a ciclar;
Alimentação de Novilhas
 Criar ou comprar as novilhas?
 Vantagens de criar bezerra:
 Por IA - melhores que as da região;
 Menos chances de trazer doenças;
 Maximiza sobras de áreas, alimentos, instalações e mão-de-obra;
 Oportunidade de vender novilhas excedentes;

 Vantagens em comprar as novilhas:


 Produtor se especializa na produção de leite;
 Sem atenção e recursos para outras categorias;
 Melhorar seu rebanho mais rapidamente;
Alimentação de Novilhas
 Como avaliar se as bezerras e as novilhas estão sendo bem
criadas?
 Utilizar um conjunto de critérios
 Bezerras:
 Taxa de mortalidade – menos de 5% /ano;
 Morbidade – minimizar gastos com medicamentos;
 Pesos aos dois e seis meses de idade;
 ECC das bezerras – igual a 3;
 Novilhas:
 Idade à primeira concepção e primeira parição;
 Avaliar custo de produção destes animais;
ALIMENTAÇÃO NOVILHAS
 Sugestões de metas para monitorar o crescimento das bezerras e
novilhas.
Idade (meses) Peso (kg)
Raças grandes Nascimento 40
6 meses 146
15 meses - cobrição 340
24 meses - parição 550
Raças pequenas Nascimento 25
6 meses 104
13 meses - cobrição 250
22 meses - parição 360
Mestiças Holandês-Zebu Nascimento 30
6 meses 120
24 meses - cobrição 330
33 meses - parição 420
ALIMENTAÇÃO NOVILHAS
 Sugestão de condições corporais durante diferentes fases de
crescimento das fêmeas de reposição em rebanho leiteiros.

Período Escore corporal1

Nascimento aos quatro meses 2,75 a 3,00

Quatro meses ao início do pré-parto 3,00 a 3,75

Pré-parto 4,00
Alimentação de Vacas
 Alimentação vaca lactação
 Considerar:
 Nível de produção;
 Estágio da lactação;
 Idade da vaca;
 Consumo esperado de MS;
 Condição corporal;
 Tipos e valor nut. alimentos;
 Estágio da lactação afeta:
 Produção e comp. do leite;
 Consumo de alimentos;
 Mudanças no peso vivo do animal;
Alimentação de Vacas
 Alimentação vaca lactação
 Duas Primeiras lactações:
 Animal em crescimento;
 Acrescentar + 20% na 1ª;
 Acrescentar 10% na 2ª;
 Vacas primíparas:
 Separar das vacas velhas;
 Vacas ao parto:
 Nem muito magra, nem muito gorda.
Alimentação de Vacas
 Vacas que ganham muito peso antes do parto:
 Apetite reduzido;
 Menores produções de leite;
 Mais distúrbios metabólicos:
 Cetose;
 Fígado gorduroso;
 Deslocamento do abomaso;

 Na alimentação da vaca de leite considerar os três estádios da


curva de lactação:
ALIMENTAÇÃO VACAS

 Curva de lactação ???


Alimentação de Vacas
 Terço inicial da lactação:
 Até pico de lactação (5-7 s) – vacas em balanço negativo;
 Pico de consumo de alimentos (9-10 semanas);
 Neste período – dieta p/ maior consumo;
 Diminuir perda de peso e falha na reprodução;

 Vaca alto potencial:


 Consumo MS - 4% PV no pico;
Alimentação de Vacas
 Recomendações:
 Vacas em pastagens de excelente qualidade;
 Quantidade suficiente para alta ingestão de MS;
 Rotação de pastagens;
 Suplementar:
 Concentrados;
 Volumosos;
 Sal mineral;

 Vacas ordenhadas 3 vezes ao dia:


 5-6% a mais de MS;
Alimentação de Vacas
 Vaca alta produção ou confinadas:
 Silagem (milho/sorgo);
 Regra prática para fornecer volumoso:
 Monitorar as sobras;
 Sobras devem ser ± 10%;

 Proporção ração : leite:


 1 kg de ração para cada 2 litros de leite;
 No início da lactação;
Alimentação de Vacas
 Concentrado para vaca em lactação:
 18 a 22% de (PB);
 Acima de 70% de NDT;
 1 kg para cada 2,5 kg de leite produzidos (meio da lactação);
 Mistura básica:
 Milho moído;
 Farelo de soja ou algodão;
 Núcleo;
 Calcário;
 Sal mineral;

 Soja grão /caroço algodão;


Alimentação de Vacas
 Concentrado para vacas de alta produção de leite
 Vacas acima de 28-30 kg de leite/dia:
 Usar uma fonte de PNDR (proteína não digestível no rúmen);
 Farelo de algodão, soja em grão moída, tostada, etc...

 Vacas acima de 40 kg de leite/dia:


 Usar uma fonte de gordura;
 Caroço algodão, soja em grão moída, óleo vegetal, etc...
 Elevar o teor de gordura da dieta total para 7-8%;
 Quantidade diária de gordura na dieta = produzida no leite;
Alimentação de Vacas
 Dieta completa:
 Mistura de volumosos + sal mineral + concentrados + vit;
 Mistura dos ingredientes é feita em vagão misturador;
 Contendo balança eletrônica para pesar os ingredientes;
 Usada em confinamento total;
 Vantagem dieta completa:
 Evitar consumo quantidade muito grande de concentrado – que pode
causar problemas de acidose nos animais;
 Recomendações:
 Usar 0,8 a 1% de bicarbonato de sódio;
 0,5% de óxido de magnésio na dieta total;
 Teor de MS total, ideal (maior consumo) - 50 a 75%;
 Normalmente, as vacas se alimentam após as ordenhas;
Alimentação de Vacas
 Dieta completa
 Tendência atual para evitar diferentes grupos:
 Usar dieta completa, com alta energia e PNDR;
 Neste caso vacas no terço médio e final de lactação consomem menos;
 Para garantir consumo máximo de forragem na época quente:
 Disponibilizar alimentos ao longo do dia;
 Encher o cocho no final da tarde;

 A relação de concentrados para volumoso:


 Deve ser maior para vacas de maior produção de leite;
ALIMENTAÇÃO VACAS

Relação Concentrado:volumoso na ração.

Produção de leite Concentrado Volumoso


(kg/dia) % %

Até 14 30-35 65-70

14 a 23 40 60

24 a 35 45 55

36 a 45 50-55 45-50

Acima de 45 55-60 40-45


Alimentação de Vacas
 Fornecimento de mistura mineral
 Animais a pasto:
 MM disponível em cocho coberto, à vontade;
 Vacas confinadas:
 MM no concentrado ou na dieta completa;

 Fornecimento de água limpa e de boa qualidade


 Vacas em lactação - muita água (leite=87-88% água);
 Água deve estar à disposição dos animais, à vontade;
 Vacas consomem 8,5 litros de água/litro de leite produzido;
 Temperatura elevada - consumo d`água aumenta substancialmente;
Alimentação de Vacas
 Alimentação no terço médio da lactação:
 Vacas recuperaram parte das reservas corporais;
 Devem estar enxertadas;
 Produção leite começa a cair;
 Continuam a ganhar peso;
 Preparando sua CC para o próximo parto;
 Concentrado - 18 a 20% PB;
 Proporção de 1 kg : 3 kg de leite produzidos acima de 5 kg;
ALIMENTAÇÃO VACAS

Quantidade Concentrado
Produção de leite (kg/vaca/dia)
(kg/vaca/dia)
Época das "águas" Época seca

3a5 - 1
5a8 1 2
8 a 11 2 3
11 a 14 3 4
14 a 17 4 5
17 a 20 5 6
Alimentação de Vacas
 Alimentação no terço final da lactação:
 Vaca recuperou reservas corporais;
 Produção de leite agora é bem menor;
 Alimentação - evitar ganhar peso em excesso;
 Se não recuperou peso – recuperar agora;
 Período da secagem do leite, encerrando-se a lactação;
 Início da preparação para parto e lactação subseqüente;
Alimentação de Vacas Secas
 Alimentação da vaca seca
 Período entre a secagem e o próximo parto;
 Em rebanhos bem manejados – duração: 60 dias;
 Fundamental - transferência de nutrientes para feto;
 Acentuado nos 60 - 90 dias antes do parto;
 Glândula mamária regenera tecidos secretores;
 Acumula de grandes quantidades de anticorpos;
 Maior qualidade e produção de colostro – que é essencial para a
sobrevivência da cria recém-nascida;
Alimentação de Vacas Secas
 Alimentação vacas secas:
 Suprimento de proteína, energia, minerais e vit. – importante;
 Evitar que a vaca ganhe peso para:
 Reduzir a incidência de problemas no parto e durante a fase inicial da
lactação;
 Vaca que pare muito gorda:
 Consumo pós-parto menor;
 Nas duas semanas que antecedem ao parto:
 Iniciar concentrado p/ vacas em lactação – pequena quantidade;
 (0,5 a 1% do peso vivo) – depende da CC;
 Teor de Ca final da gestação – reduzir, evitar febre do leite;
Alimentação de Touros
 Alimentação de touros
 Volumosos de boa qualidade + 2 kg de concentrado (65% NDT, 18%PB);
 Mesmo concentrado das vacas secas ou novilhas;
 Acesso a piquete para exercício;
 Melhor se houver disponibilidade de pasto;
 Limitar o fornecimento de feno a 7 - 10 kg/dia;
 Silagem de milho ou sorgo - no máximo 7 kg/dia;
 Água de boa qualidade;
 Mistura mineral;

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