Aula 01 - Lavoura - Manejo de Culturas Anuais

LAVOURA: MANEJO DE CULTURAS ANUAIS
Gessí Ceccon
ÁREA CULTIVADA E PRODUTIVIDADE DE ESPÉCIES
ANUAIS NO BRASIL, 2014
30
25
Área (milhões de ha)
20 Produtividade (kg/ha)
15
10 8,9 8,43
5,1 4,9 5,2

5 2,8 3,3 2,7 2,9 2,3 2,7
1,5
0,7
0
Soja Milho Milho verão Feijão Trigo Arroz Sorgo
safrinha
Fonte: IBGE, 2014
ÁREA CULTIVADA E PRODUTIVIDADE DE MILHO
SAFRINHA SORGO NA REGIÃO CENTRO-OESTE
ÊNFASE NO CULTIVO DE MILHO E SOJA PELA
MAIOR ABRANGÊNCIA DELAS NO MERCADO
1. Culturas que demoram para escurecer o solo e depois mantém o
solo no escuro por todo o ciclo não são ideais para cultivo
consorciado.
2. O milho permite o crescimento inicial da forrageira, depois
sombreia , e na maturação volta abrir espaço para crescimento da
forrageira.
3. Ideal cultivar milho em consórcio com forrageira perene e estudar
o efeito sobre as outras espécies vegetais ou animais.
OCORRÊNCIA DE CHUVA POSSIBILITA DUAS
SAFRAS POR ANO EM REGIÕES DO BRASIL
(mm)
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Fonte: Cruz, (2007), Embrapa Trigo (2011), Sementes Seriema, (2011.) e Moura e Souza (2011)
400
(mm)
300
200
100
0
400
(mm)
300
200
100
0
400
(mm)
300
200
100
0
400
(mm)
300
200
100
0
RENDIMENTO DE GRÃOS DE MILHO SAFRINHA EM
ÉPOCAS DE SEMEADURA, EM MS
4.000
(kg ha -1)
3.000
Super precoce
2.000 Precoce
Normal
1.000
10/2 17/2 24/2 3/3 10/3 17/3 24/3 31/3 7/4
CICLO DO MILHO EM GRAUS DIA – GD
GD = [(T°C máx diária + T°Cmín diária)/2]-10
É a exigência calórica para completar as fases da emergência ao início
da polinização
T°C < 10 por períodos longos o crescimento é nulo
T°C > 30 – por períodos durante a noite, ↓rendimento (transpiração).
Superprecoces: < 830 GD

Precoce: de 830 a 890 GD
Normais: >890 GD
OPERAÇÕES SIMULTÂNEAS DE COLHEITA DA SOJA E
SEMEADURA DO MILHO SAFRINHA PARA OTIMIZAÇÃO DO
TEMPO, REGIÃO CENTRO-OESTE DO BRASIL
ONDE E QUANDO SEMEAR UMA ESPÉCIE ANUAL
ZONEAMENTO AGRÍCOLA DE RISCO CLIMÁTICO indica a aptidão de:

 Local (município) e
 Época de semeadura; de acordo com,
 Tipo de solo e
 Ciclo da cultivar, para cada espécie.
Fonte: MAPA: http://www.agricultura.gov.br/politica-agricola/zoneamento-agricola/portarias-segmentadas-por-uf

TIPOS DE SOLO E CULTIVARES DE MILHO
Tipo 1 (arenosos) - baixa retenção de água (20 mm na camada 0 a 0,5 m).
Tipo 2 (mistos) - média retenção de água (40 mm na camada 0 a 0,5 m)
Tipo 3 (argilosos) - grande retenção de água (60 mm na camada 0 a 0,5 m).
CULTIVARES DE MILHO
Grupo I (< 120 dias) superprecoce
Grupo II (120 a 145 dias) precoce
Grupo III (>145 dias) normal Graus de hibridação:
Variedades, híbridos duplos,
Dias da emergência à maturação fisiológica. triplos e simples.

ZONEAMENTO AGRÍCOLA PARA MILHO SAFRINHA
CONSORCIADO COM BRACHIARIA
Meses Janeiro Fevereiro Março
Períodos 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1º 11 21 1º 11 21 1º 11 21
Datas a a a a a a a a a
10 20 31 10 20 28 10 20 31
 Os períodos variam de acordo com local, solo e híbrido; e são válidos para os
estados de MS, PR, SP, MG, MT GO.
 Para milho solteiro o zoneamento é mais amplo do que para milho consorciado
com braquiária.
ACIDEZ DO SOLO E SUA NEUTRALIZAÇÃO
Acidez pH (CaCl2) Saturação por bases V(%)
Muito alta Até 4,3 Muito baixa 0 – 25
Alta 4,4 - 5,0 Baixa 26 – 50
Média 5,1 - 5,5 Média 51 – 70
Baixa 5,6 - 6,0 Alta 71 – 90
Muito baixa > 6,0 Muito alta > 90

Fonte: Raij et al., 1997.
MÉTODOS PARA NEUTRALIZAR A ACIDEZ DO SOLO
1- Índice SMP (Shoemaker, Mc Lean e Pratt) ou Acidez potencial – Baseado em
tabela para elevar pH a 5,5; 6,0 ou 6,5) - Acidez ativa - CaCl2, H20
2- Saturação por base 3- Alumínio trocável

NC = CTC(V2 − V1)/10 x PRNT; onde: NC = {Y * [ Al+3 − (mt/1000)+ [x −
NC = necessidade de calagem, em t ha−1 (0-20 cm) (Ca+2 + Mg+2)]}
T = capacidade de troca de cátions (Ca, Mg, K, H+ Al
Y = valor tampão do solo
em mmolc dm−3)
mt = saturação máxima tolerada pela cultura
V1 = saturação por bases atual no solo
t = CTC efetiva em cmolc dm−3
V2 = saturação por bases que se pretende alcançar
x = requerimento de Ca e Mg pela cultura
Utilizado na região Centro-Oeste, São Paulo e parte
Utilizado em Minas Gerais
do Paraná
Fonte: Nolla e Anghinoni. (Revista Ciências Exatas e Naturais, v.6, n.1, 2004); Rossa, 2006. Dissertação, UFPR.
ADUBAÇÃO P E K PARA PRODUTIVIDADE DE 3.000
KG HA-1 DE GRÃOS DE SOJA.
O Nitrogênio é fornecido pela fixação biológica realizada por bactérias do gênero

Bradyrhizobium.
Fonte: Tecnologias..., 2013.
ADUBAÇÃO NPK PARA MILHO SAFRINHA
Fonte: Raij et al., 1997; Cantarella e Duarte, 1999.

CLASSES DE TRANSGENIA EM MILHO
1) Milho resistente a lepidóptera
YG: MON810: (milho Guardian) (Monsanto)
PRO: MON89034: (Milho MON89034) (Monsanto)
TL: Bt11: (Milho Bt11) (Syngenta)
H: TC1507: (Milho Bt Cry1F 1507) (Pioneer)
TL VIP: MIR162: (Milho MIR162) (Syngenta)
2) Milho tolerante ao herbicida glifosato

RR2: NK603:(Milho Roundup Ready 2) (Monsanto)
3) Milho resistência a lepidóptera e tolerância ao glifosato

PRO2: MON89034 e NK603: (Milho MON89034 x NK603) (Monsanto)
YGRR2; MON810 e NK603: (Milho MON810 x NK603) (Monsanto)
HR: TC1507 e NK603: (Milho TC1507 x NK603) (Monsanto)
TL TG: Bt11 e GA21:(Milho Bt11 x GA21 (Syngenta)
TL TG VIP3: Bt11, MIR162 e GA21: (Milho Bt11 x MIR162 x GA21)(Syngenta)
4) Milho resistente lepidóptera e tolerante ao glufosinato de amônio

H:TC1507 e MON810: (TC1507 x MON 810) (Pioneer)
5) Resistente a lepidóptera e tolerante ao glifosato e glufosinato de amônio

PW: MON89034, TC1507 e NK603: (Milho MON89034 x TC1507 x NK603) (Dow)
TECNOLOGIAS DE MILHO SAFRINHA
Fonte: Richetti, 2012


















v

v v

v v v
FREQUENCIA DE PLANTAS INFESTANTES EM
LAVOURAS MILHO SAFRINHA, 2013
4,7 Carrapicho
5,4
5,4 Milhã
Cenchrus Picão preto
6,1 echinatus
Buva
6,8 Sorgo
Fonte: Ceccon et al., (2014)

Trapoeraba
Sorghum
Digitaria
alepense Amargoso
horizontalis
Poaia
Soja
Bidens Saco-de-padre
Coniza sp
pilosa
PRINCIPAIS INSETOS ENCONTRADOS EM LAVOURAS
Pulgão
Spodoptera Diabrotica
frugiperda speciosa
Percevejos
Fonte: Ceccon et al., (2014)

Helicoverpa sp
SUCESSÃO DE CULTIVOS PARA INSERÇÃO DE
TECNOLOGIAS EM SOJA E MILHO SAFRINHA
CONSÓRCIO SOJA MILHO SOLTEIRO
Fonte: Adaptado de Ceccon et al., 2013

BUVA EM LAVOURAS DA SUCESSÃO SOJA-MILHO.
SAFRINHA. CIANORTE, PR, 2010
Milho safrinha =
5,0
Consórcio = 0,3
plantas m-2
BUVA EM LAVOURAS DA SUCESSÃO SOJA-MILHO.
SAFRINHA. CIANORTE, PR, 2010
Milho safrinha =
5,0
Consórcio = 0,3
plantas m-2
FUNGOS E BACTÉRIAS NO SOLO EM CULTIVOS DE
OUTONO-INVERNO E NA SOJA VERÃO EM SUCESSÃO
1200000 aB 25
Verão Safrinha Verão Safrinha
1000000
20
aA abA
800000 aB
Fungos (UFC)
15
Bactérias (UFC)
600000 abA
10 bA aB
400000 aA aB
aB
200000 aA 5 aB
aB aA aA
36291
0 0
Ruziziensis Consorcio Milho Caupi Ruzizizensis Consórcio Milho Caupi
FUNGOS E BACTÉRIAS NO SOLO EM CULTIVOS DE
OUTONO-INVERNO E NA SOJA VERÃO EM SUCESSÃO
1200000 aB 25
Verão Safrinha Verão Safrinha
1000000
20
aA abA
800000 aB
Fungos (UFC)
15
Bactérias (UFC)
600000 abA
10 bA aB
400000 aA aB
aB
200000 aA 5 aB
aB aA aA
36291
0 0
Ruziziensis Consorcio Milho Caupi Ruzizizensis Consórcio Milho Caupi
PASTEJO POR ANIMAIS EM PERÍODO DE BAIXA
OFERTA DE PASTO NA PECUÁRIA
GANHO DE PESO DIÁRIO POR ANIMAL (GRAMAS)
1000 Pastagem Perene Milheto+Tanzania
Aveia+Tanzania Consórcio M+B
800 3,5 Cab. ha-1 2,0 Cab. ha-1 2,5 Cab. ha-1
600
400
Fonte: Van Der Vine, 2010.

200
0
set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov
GANHO DE PESO DIÁRIO POR ANIMAL (GRAMAS)
1000 Pastagem Perene Milheto+Tanzania
Aveia+Tanzania Consórcio M+B
800 3,5 Cab. ha-1 2,0 Cab. ha-1 2,5 Cab. ha-1
600
400
Fonte: Van Der Vine, 2010.

200
0
set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov
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LAVOURA: MANEJO DE CULTURAS ANUAIS

5,1 4,9 5,2

Superprecoces: < 830 GD

ZONEAMENTO AGRÍCOLA DE RISCO CLIMÁTICO indica a aptidão de:

Fonte: MAPA: http://www.agricultura.gov.br/politica-agricola/zoneamento-agricola/portarias-segmentadas-por-uf

Fonte: MAPA: http://www.agricultura.gov.br/politica-agricola/zoneamento-agricola/portarias-segmentadas-por-uf

Muito alta Até 4,3 Muito baixa 0 – 25

Alta 4,4 - 5,0 Baixa 26 – 50

Média 5,1 - 5,5 Média 51 – 70

Baixa 5,6 - 6,0 Alta 71 – 90

Muito baixa > 6,0 Muito alta > 90

2- Saturação por base 3- Alumínio trocável

O Nitrogênio é fornecido pela fixação biológica realizada por bactérias do gênero

Fonte: Raij et al., 1997; Cantarella e Duarte, 1999.

2) Milho tolerante ao herbicida glifosato

3) Milho resistência a lepidóptera e tolerância ao glifosato

4) Milho resistente lepidóptera e tolerante ao glufosinato de amônio

5) Resistente a lepidóptera e tolerante ao glifosato e glufosinato de amônio

Fonte: Richetti, 2012

Fonte: Richetti, 2012

Fonte: Richetti, 2012

Fonte: Richetti, 2012

Fonte: Richetti, 2012

Fonte: Richetti, 2012

Fonte: Richetti, 2012

Fonte: Richetti, 2012

Fonte: Richetti, 2012

Fonte: Richetti, 2012

Fonte: Richetti, 2012

Fonte: Richetti, 2012

Fonte: Richetti, 2012

Fonte: Richetti, 2012

Fonte: Richetti, 2012

Fonte: Richetti, 2012

Fonte: Richetti, 2012

Fonte: Richetti, 2012

Fonte: Richetti, 2012

Fonte: Richetti, 2012

Fonte: Ceccon et al., (2014)

Fonte: Ceccon et al., (2014)

Fonte: Adaptado de Ceccon et al., 2013

Fonte: Van Der Vine, 2010.

Fonte: Van Der Vine, 2010.

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