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Manejo de

matrizes
CRIA, RECRIA E PRODUÇÃO
Manual de
linhagem
• Cobb
• Embrapa
• Ross
• Lohmann
• Hy-Line
LINKS
HTTPS://WWW.EMBRAPA.BR/BUSCA-DE-PUBLICACOES/-/PUBLICACAO/1145412/
MANUAL-DE-MANEJO-DE-MATRIZES-EMBRAPA-031

HTTPS://WWW.COBB-VANTRESS.COM/

https://www.cobb-vantress.com/assets/Cobb-Files/df5655a7e9/Broiler-Guide-2019-POR-
WEB.pdf
Manejo dos pintinhos
ALOJAMENTO

• Transporte: veículos limpos, desinfetados e com ventilação apropriada


• Instalações limpas e estar livres de patógenos
• O piso coberto com uma cama para evitar perda de calor
• O galpão de alojamento deve ser ventilado
• Instalações pré-aquecidas 24 a 48 horas antes
• A temperatura interna deve ser 32ºC
• Fornecimento de água e comida
• A ração deve ser distribuída antes da chegada dos pintainhos
• Círculos de proteção
Manejo dos pintinhos
DEBICAGEM

• Necessária quando há bicagem agressiva


• Previne e combate o canibalismo
• Ideal ser feita nos estágios iniciais (4 a 5 dias de vida)
• Profissional treinado
• Debicagem e cauterização
• Melhora a conversão alimentar
• Evita auto consumo dos ovos
• Processo estressante para as aves
DEBICADOR
Manejo dos pintinhos
DEBICAGEM
Fase de recria
CONFORTO

• No nascimento, os pintinhos dependem do ambiente para


regular sua temperatura corporal

• Temperaturas extremas afetam negativamente o ganho de


peso, crescimento e bem-estar dos pintinhos

• Aos 12-14 dias de idade, os pintinhos têm capacidade


total de regular a temperatura corporal
Fase de recria
CONSUMO DE RAÇÃO

Fatores que afetam o tempo de consumo da alimentação:

1. Programa de alimentação usado na recria


2. Forma física (Pelete / triturada / farelada)
3. Matérias-primas
4. Clima e flutuações de temperatura diárias
5. Sistema de beber (falta de água)
6. Sistema de alimentação e velocidade de entrega da ração
7. Saúde do lote (aves doentes comem menos ou não comem)
Fase de recria
CONSUMO DE RAÇÃO
Fase de cria
0 A 4 SEMANAS
• Preparar os pintinhos para gerenciar o crescimento.

• Os reprodutores de matrizes vêm de populações selecionadas por características como ganho


médio diário (GMD) e conversão alimentar (FCR), associadas à eficiência reprodutiva
Fase de cria
4 A 8 SEMANAS - PROGRAMA ALIMENTAR

TODOS OS DIAS 6/1


as aves são alimentadas todos os dias. 6 dias com alimentação e 1 dia sem.

4/3
5/2 - É O MAIS COMUM
As aves são alimentadas 4 dias não consecutivos por
As aves são alimentadas por 3 dias consecutivos seguidos
semana e sem
de 1 dia de folga; alimentação por 3 dias não consecutivos

em seguida, 2 dias de alimentação seguidos de 1 dia de


folga para completar o ciclo de 7 dias.
Fase de recria
8 A 12 SEMANAS - MANUTENÇÃO

• Continua a se concentrar em atender aos padrões de peso corporal


• Padrões de uniformidade;
• Manter o tamanho do corpo;
• Menores aumentos semanais de alimentação, variando de 1 a 3 g por semana para
as fêmeas
Fase de recria
12 A 16 SEMANAS -
CRESCIMENTO CONTROLADO

• Nessa fase há foco no score de peito


• A estrutura do esqueleto está 90% completa
• O lote deve aumentar o score de peito de 2
para 3.
Fase de recria
16 A 20 SEMANAS - CRESCIMENTO ACELERADO

• Ganho de peso é necessário nessa fase


• Após a 20º semana as fêmeas serão preparadas para a
fotoestimulação
• As fêmeas devem avançar gradualmente a estrutura do peito
para escore 3
• A gordura corporal ideal deve ser atingida antes da
fotoestimulação
Transferência para o lote de produção
PRÉ-TRANSFERÊNCIA PÓS-TRANSFERÊNCIA

• Após a chegada, fornecer


• Comedouro, ninho e bebedouros
alimentação;
devem estar prontos uma semana
antes;
• Fazer verificações de papo para
se certificar de que eles tiveram
• A seleção final e a transferência dos
acesso a ração e água
machos devem ser feitas 2 a 3 dias
antes das fêmeas serem transferidas
• O ideal é usar os mesmos estilos
de bebedouro e comedouro na
• As aves devem estar em jejum
recria e na produção
Manejo alimentar das matrizes
PICO DE PRODUÇÃO

Aves que são fotoestimuladas com a condição corporal correta geralmente requerem
aumentos de ração entre 2 a 4g

O programa alimentar ajuda a reduzir:


1. Porcentagem de gemas duplas
2. Problemas de produção e pico baixo
3. Aves com excesso de peso
4. Problemas na produção
Manejo alimentar das matrizes
PÓS PICO DE PRODUÇÃO

• Galinhas reprodutoras estão predispostas a ficarem acima do peso e gordas


• O aumento de gordura corporal afeta a produção
• A redução na quantidade diária de ração após o pico de produção é importante para manter o
desempenho
Programa de
iluminação de Matrizes

Após iniciar a fotoestimulação, as aves


nunca devem experimentar diminuição na
duração do dia

Normalmente leva de 14 a 16 dias até o


primeiro ovo

O aumento na quantidade de tempo que as


aves ficam expostas à luz é mais
importante do que o aumento na
intensidade da luz
Fotoestimulação
Fotoestimulação
Programas de iluminação
DA RECRIA ESCURA PARA LUZ NATURAL
Programas de iluminação
DA RECRIA ESCURA PARA GALPÃO ESCURO
Programas de iluminação
PRODUÇÃO DE LUZ NATURAL
Manejo alimentar
de frangos

Elaborada de modo a fornecer a energia e os


nutrientes essenciais à saúde e à produção
eficiente.
Manejo alimentar de machos
FATORES FUNDAMENTAIS

• Disponibilidade e custo da matéria • Valor da carne e rendimento de


prima; carcaça;
• Criação de aves separadas por • Coloração da pele;
sexo; • Textura e sabor da carne;
• Peso final e níveis de gordura • Capacidade da fábrica de ração;
definidos pelo mercado;
Manejo alimentar de machos
ARRAÇOAMENTO EM FASES

• As rações inicial, de crescimento e final são utilizadas comumente;

• As exigências nutricionais diminuem com a idade (não mudam abruptamente em dias


específicos);
• Quanto mais tipos de ração a ave recebe ⭢ maior a probabilidade de atender às
necessidades nutricionais;
• Limitado por fatores econômicos e logísticos (capacidade da fábrica de ração, os
custos com transporte e os recursos da granja);
Manejo alimentar de machos
TIPOS DE DIETA

As concentrações nutricionais da dieta baseiam-se nos objetivos do produtor.

Há três objetivos principais do arraçoamento de frangos de corte e a maior parte dos


produtores usa uma combinação deles.
Manejo alimentar de machos
DIETA TIPO 1

• Abordagem: Rica em nutrientes, para obter o máximo ganho de peso e conversão


alimentar;

• Efeito: Pode originar carcaças com teor adicional de lipídeos e possíveis alterações
metabólicas;

• Custo: Alto;
Manejo alimentar de machos
DIETA TIPO 2

• Abordagem: Teor energético mais baixo, com teores ideais de proteína bruta e
aminoácidos;

• Efeito: Menor ganho lipídico, melhorando a produção de massa magra, mas o peso
vivo e a conversão alimentar serão afetados adversamente;

• Custo: O custo por massa magra será vantajoso.


Manejo alimentar de machos
DIETA TIPO 3

• Abordagem: Baixa concentração de nutrientes;

• Efeito: Menor crescimento e ganho de peso e conversão alimentar mais alta;

• Custo: Excelente custo por peso vivo;


Manejo alimentar de machos
SUSPENSÃO DE RAÇÕES TRATADAS

Obrigatório:
• Dedicar atenção especial às datas de suspensão de medicamentos e vacinas para
garantir que não haja resíduos nas carcaças no abate;

• A manutenção detalhada dos registros é essencial para fazer essa determinação;


Score de peito de machos

O peito dos machos em produção, não é comum, mas


apresenta algumas vantagens exclusivas que podem
ajudar a estabelecer o perfil de peso corporal correto
na produção.

Segue uma escala e deve ser acompanhado


regularmente:
Programa de
Iluminação de Frangos

Programas de luz que preconizam 6 horas


contínuas de escuro melhoram o
desenvolvimento do sistema imunológico

Diminuir a intensidade de luz durante a


fase de crescimento pode reduzir o
consumo diário de ração e ganho médio
diário
Programa de Iluminação de Frangos
RECOMENDAÇÕES E BENEFÍCIOS

• Estabelecer um período de escuro nos dias iniciais e não alterá-lo até o abate
• Utilizar um único período de escuro a cada 24 horas

• A energia é conservada durante o descanso, melhorando a conversão alimentar


• Diminuição da mortalidade e de problemas locomotores
• Melhor uniformidade
Exemplos de Programas
de Iluminação para
frangos de corte
Fotoestimulação Frangos de Corte

redução da produção de mais horas acordados


melatonina

luminosidade captada
pela retina

aumento no consumo de
percepção de luz ração e ganho de peso
estímulo da hipófise
diário
Manejo de
água
É essencial fornecer acesso fácil a água limpa e
fresca desde o primeiro dia de vida para que o
consumo de ração e o crescimento sejam
mantidos.
Manejo de água
ALTURA DE BEBEDOURO
PINTINHO FASES
S SEGUINTES

NÍVEL DO CABEÇA NUM ÂNGULO DE 45° EM RELAÇÃO AO BICO


OLHO
Manejo de água
LIMPEZA E SANEAMENTO DO SISTEMA

• Proteção contra contaminação microbiana, acúmulo de minerais e


formação de biofilmes viscosos nas linhas de água.

• Manutenção e limpeza constante:

• Observação do comportamento e consumo dos animais;


• Observação dos atributos da água (cor, cheiro, e outros);

• O teste geral da água deve ser realizado periodicamente;


Acúmulo de biofilme em tubulação
Manejo de água
CONTEÚDO MINERAL

• Podem ocasionar desequilibrio na ave (toxicidades ou doenças metabólicas)

Tolerantes a: Sensíveis a:
• Cálcio • Ferro;
• Sódio • Manganês;
• Sabor amargo - diminui o consumo;
• Auxiliam no crescimento de bactérias;

O FILTRO DEVE SER VERIFICADO E LIMPO PELO MENOS UMA VEZ POR
SEMANA.
Manejo de água
CONTAGEM MICROBIOLÓGICA

• O desempenho cronicamente ruim pode indicar água


contaminada e requer testes imediatos.

• Bactérias coliformes total ⭢ Risco de doenças;

• A contaminação pode ocorrer na fonte original ou qualquer


ponto do sistema de água;

• Trate a água ⭢ evitar contaminação;


Manejo de água
ATENÇÃO AOS NÍVEIS DE:
Componente/contaminante Tolerável Máximo
Total de bactérias 0 UFC/ml 100 UFC/ml
Bactéria coliforme 0 UFC/ml 0 UFC/ml
Acidez 6.8 - 7.5 7.6
Dureza total (Ca e Mg) 60 a 180mg/L -
TABELA FORNECIDA PELA Cálcio (Ca) 60 mg/L -
DRA. SUSAN WATKINS, Cloreto (Cl) 14 mg/L 250 mg/L
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA
Cobre (Cu) 0.002 mg/L 0.6 mg/L
AVÍCOLA DA UNIVERSIDADE
DE ARKANSAS Ferro (Fe) 0.2 mg/L 0.3 mg/L
Chumbo (Pb) 0 0.02 mg/L
Magnésio (Mg) 14 mg/L 125 mg/L
Manganês (Mn) 0.01 mg/L 0.05 mg/L
Nitrato 10 mg/L 25 mg/L
Sódio (Na) 32 mg/L 50 mg/L
Sulfato 125 mg/L 250 mg/L
Zinco - 1.5 mg/L
Controle de Peso
Corporal
O objetivo do controle de peso corporal é criar
todas as aves até o peso ideal para a idade com
boa uniformidade.
Pesagem
PESO CORPORAL MANEJO DE RAÇÃO

• Quantidades precisas de ração só podem ser determinadas se o peso corporal for medido com
precisão todas as semanas
• As quantidades de ração baseiam-se:
• Recria:
Ganho de peso corporal;
Manutenção do animal;
• Produção:
Ganho de peso corporal;
Manutenção do animal;
A produção de ovos;
Peso dos ovos.
Pesagem
MÉTODOS DE PESAGEM

• Manual • Automática
Balança eletrônica - 50 a Balança automática-
100 aves; operando em faixas de
horas;
Pesagem
AMOSTRAGEM PARA PESAR

• Frequência semanal (ideal);


• Balança precisa: escala de 10 a 20g;
• Obter peso padrão da linhagem (específico de cada manual);
• Realizar pesagem em grupo (exceto 1ª e 2ª semana);
• Amostra representativa - 1 a 5% (mínimo de 100 aves)
Pesagem
COMO ACOMPANHAR UNIFORMIDADE

Classificação de uniformidade
• Peso médio (PM)= 90 a 100% - ótima
Peso total das aves 80 a 90% - muito boa
Nº de aves pesadas 70 a 80% - boa
< 70% - ruim
• Uniformidade=
(Nº aves com PM 10%) x 100
Nº de aves pesadas
Pesagem
COMO ACOMPANHAR PESO E UNIFORMIDADE

• Na transferência de cria-recria (6ª semana)- Pesar 100% das aves;


• Separar por categoria de peso:

Leves Médias Pesadas


• Manejo diferenciado (arraçoamento e formulação
nutricional) entre grupos;
• Continuar avaliação semanal de peso e
uniformidade:
• Remanejar alimentação em função do resultado a
ser obtido
Pesagem
COMO ACOMPANHAR UNIFORMIDADE

• 16ª-18ª semana:
• Avaliação subjetiva
EXEMPLO: Tamanho da crista
diretamente correlacionada com o
crescimento, desenvolvimento e
funcionamento das gônadas;
Pesagem
COMO ACOMPANHAR UNIFORMIDADE

• Curva de distribuição normal:


Pesagem
FATORES QUE AFETAM A UNIFORMIDADE:

• Qualidade da pintainha; • Deficiência no arraçoamento;

• Debicagem mal feita; • Doenças clínicas e subclínicas;

• Qualidade da dieta; • Aquecimento e ventilação

• Elevada densidade de criação; inadequados;


Métodos de
classificação de
matrizes
Com base nas informações de peso e
uniformidade dos lotes, as aves serão
classificadas
Classificação
PROCEDIMENTO DE SELEÇÃO

• Classificar as aves em 3 grupos: pesadas, médias e leves. Dependendo da uniformidade e do


CV, um 4º grupo (superleve) pode ser usado.
Classificação
POR CATEGORIA DE PESO

EXEMPLO: aves com peso médio de 200g (10%= 20g)

PESADO Mais de 10% do peso médio >220

MÉDIA Entre +/- 10% do peso médio 220 a 180

PESO LEVE Menos de 10% do peso médio <180

SUPER LEVE Menos de 20% do peso médio <160


Classificação
PROCEDIMENTO PARA RECUPERAR PESO E UNIFORMIDADE:

Pesado Luz
Similar ao descrito anteriormente:
• Pesar 100% das aves;
• Destiná-la ao manejo específico;
• Aplicação das estratégias para ganho
de peso ou mantença;

Média
Classificação de
pintinhos de
corte
Com base no comportamento, aparência e
atividade do pintinho
Classificação
CARACTERÍSTICAS DESEJADAS

• Penugem bem seca, longa e fofa


• Olhos brilhantes, redondos e ativos
• Comportamento ativo e alerta
• Umbigos completamente cicatrizados
• Pernas brilhantes e cerosas ao tato
• Ausência de tornozelos avermelhados e ausência de lesões
• Ausência de deformidades (por exemplo: pernas tortas, pescoço torcido ou bico
cruzado)
CARACTERÍSTICA A = EXCELENTE B = ACEITÁVEL C = DESCARTADO

UMBIGO CICATRIZADO LEVE ABRASIDADE ABERTO

RESSECADAS, DESIDRATADAS,
PERNAS LIMPAS, CEROSAS
PÁLIDAS COM VEIAS SALIENTES

LEVEMENTE
TORNOZELOS LIMPOS, SEM MANCHAS AVERMELHADOS
CORADOS
Manutenção de
registros
Manter registros completos e precisos é uma
parte essencial do Manejo de matrizes.
Registros
PARÂMETROS E FREQUÊNCIA DE AVALIAÇÃO
Registros
IMPORTÂNCIA PRÁTICA

• Por exemplo, o fornecimento de ração


durante a produção é baseada na taxa de
postura, peso do ovo e peso corporal do
lote.
• Registros precisos e atualizados;
• Decisões de Manejo corretas para alcançar
uma boa produção.
Referências

FIGUEIREDO, ELSIO ANTÔNIO PEREIRA DE. MANUAL DE MANEJO DE MATRIZES: EMBRAPA 011 / POR ELSIO
ANTÔNIO PEREIRA DE FIGUEIREDO. – CONCÓRDIA : EMBRAPA SUÍNOS E AVES, 2022. 30 P.; 21 CM. (DOCUMENTOS /
EMBRAPA SUÍNOS E AVES, ISSN 01016245; 234).
FIGUEIREDO, ELSIO ANTÔNIO PEREIRA DE. MANUAL DE MANEJO DE MATRIZES: EMBRAPA 031 / POR ELSIO
ANTÔNIO PEREIRA DE FIGUEIREDO. – CONCÓRDIA : EMBRAPA SUÍNOS E AVES, 2022. 30 P.; 21 CM. (DOCUMENTOS /
EMBRAPA SUÍNOS E AVES, ISSN 01016245; 229);
HTTPS://WWW.COBB-VANTRESS.COM/
HTTPS://AVIAGEN.COM/PT/BRANDS/ROSS/PRODUCTS/ROSS-308-AP
HTTPS://WWW.COBB-VANTRESS.COM/ASSETS/COBB-FILES/DF5655A7E9/BROILER-GUIDE-2019-POR-WEB.PDF
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