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eBook

mTOR
uma
visão
prática
Sumário
mTOR
uma visão prática

mTOR: o que é e como funciona? 03

A influência dos aminoácidos 05

Sua relação com a hipertrofia muscular 07

mTOR na obesidade e diabetes 11

Referências bibliográficas 15
mTOR: o que é e
como funciona?
A Mechanistic Target of Rapamycin é uma Entretanto, para exercer essa atividade, é
proteína quinase que possui atividade necessário o estímulo e a estabilidade da
relacionada principalmente ao crescimento sua estrutura proteica, para assim alcançar
celular através da promoção de processos onde estão as suas proteínas alvo dentro da
anabólicos, como a lipogênese e a síntese célula e assim, sua cascata ocorra
protéica, mas também, é difundida sua adequadamente. Com mais detalhes, você
ação atenuadora em processos pode conferir a mecanística do processo
catabólicos, como a autofagia. De forma no esquema abaixo, mas de forma
mais ampla, há toda uma via relacionada a resumida, o que acontece é que quando
ativação deste complexo protéico que é a alcança tais proteínas alvo da via, outras
chamada via da mTOR, na qual proteínas irão se unir ao mTOR formando
subdivide-se ainda em dois complexos um complexo proteico e desta forma,
proteicos de características semelhantes: proporcionando estabilidade e locomoção
mTORC1 e mTORC2. até as proteínas alvo.

a b
DEPTOR PRAS40
Rapamycin

DEPTOR PRAS40
FKBP12

mSin1
Raptor mLST8
Raptor mLST8
HEAT repeat FAT FRB Kinase FATC
HEAT repeat FAT FRB Kinase FATC

Insulin
Growth
factor PI3K Cellular
signalling Insulin Grb10 P mTORC1
energy LKB1 receptor
PDK1 P signalling
TSC 4E-BP1
PKB/Akt P P P
P P
P
mTORC2 AMPK
RSK PI3K

Rheb Amino
ERK acid
signalling P
P PDK1
Rapamycin P PKB/Akt
P PRAS40 Raptor
FKBP12 P P
mTOR Rag P
mSin1 mLST8
mLST8
mTOR
P Rictor Proctor
P P
P P
S6K 4E-BP1
ULK1 TFEB S6k P P
mRNa PKC SGK1
transiation Autophagy Lysosome
biogenesis

Esquema A Activation Inhibition


Via da mTORC1 Esquema B
Via da mTORC2 P Activatory
P Inhibitory
phosphorylation phosphorylation

A partir dessa cascata, a via metabólica mTOR é capaz de regular a proliferação, o crescimento e a sobrevivência celular. Entretanto, existem
diversos fatores que podem inibir ou ativar essa via, como por exemplo: fatores de crescimento, nutrientes, estresse e carga mecânica.

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O momento que ela permanece ativa é quando o indivíduo está em situação de anabolismo,
desta forma, considera-se o hormônio insulina como um dos fatores que contribuem para a
ativação da via mTOR. Contudo, além da insulina, outros fatores como a enzima AKT, o
hormônio IGF-1, o aminoácido leucina e a proteína P70S6K1 também auxiliam essa ativação.

Positive regulations of mTORC1 Negative regulations of mTORC1

Insulin EGFR
Receptor

Plasma membrane
Amino
acids PIP2 PDK1 Ras Grb2
PTEN Sos
NF1
PI3K PIP3
IRS Raf

mTORC2 Akt Mek

DNA damage p53


Erk
Energy
stress LKB1
Leucine
Rsk

FLCN-FNIP2 AMPK TSC GSK2β Wnt


Arginine Sestrin2
IKKβ TNFα
RagC
CASTOR1 GATOR2 GATOR1 REDD1 Hypoxia
mTORCq
RagA
KICSTOR

Ragulator
SLC38A9 Rheb

v-ATPase
Arginine LY S O S O M E

Saxton et al., 2017.

Como fatores inibidores, alguns exemplos são as proteínas 4EBP1 e as


proteínas inibidoras da mTOR que bloqueiam o sinal de ativação da via, como é
possível ver no esquema acima.

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A influência dos
aminoácidos
A influência
dos aminoácidos
Existem 20 tipos de aminoácidos (AA) que compõem as proteínas,
sendo que dentre eles, 9 são considerados aminoácidos essenciais
(AAE), ou seja, que não são produzidos pelo nosso organismo.
Dentre eles, a leucina é um AAE que Para tal, é indicado o consumo de ao menos
juntamente com a valina e a isoleucina, 20 g de proteína de alto valor biológico por
constituem os chamados Aminoácidos de refeição, ou seja, não somente a ingestão
Cadeia Ramificada (BCAAs), nos quais dos BCAAs basta para a ativação da mTOR
representam quase 50% do total de AAE ocorrer de modo ótimo. Deve ainda ocorrer
em proteínas musculares. Mais o consumo de outros aminoácidos como a
detalhadamente, sabe-se que a interação glutamina para que o estímulo a síntese
entre os aminoácidos e a mTOR (com mais proteica muscular seja otimizado. Além
destaque a mTORC1) favorece o aumento disso, para que tal processo ocorra, hoje já
na síntese de proteínas que por dispomos de tecnologia que nos
consequência, pode levar a hipertrofia propicia o consumo dos nutrientes de
muscular. forma cada vez mais prática e eficaz.

CASTOR dissociation Glutamine


Activation of GATOR2
Activation of mTORC3 LRS Art-1
Sestrin dissociation
Activation of GATOR2 CASTOR1 GAP
Activation of mTORC1 GAP
Arginine TSC complex

Sestrins mTOR
(mTORC1)
GAP
C/D
Rap

Leucine Rag
tor

CASTOR1 C/D
Rheb

Rag
Sestrins Lysosome
R2 FLCN
SLC

GAP
STO complex
CA
Re

38A

R1
STO
g
ula

CA
9
tor
v-
AT

Arginine
SAMTOR
Pa
se

KIC
ST
OR

Methionine SAM Amino acids


SAM
Sestrin dissociation
Inhibition of GATOR1 SAMTOR GTP Activation
Activation of mTORC1
GDP Inhibition

Kim et al., 2019.

Um exemplo é o que oferecemos aqui na Equaliv


com o Body Protein, no qual consiste em uma
proteína isolada e hidrolisada a base de peptídeos
bioativos de colágeno BodyBalance e que contém
ainda, os BCAAs e os demais aminoácidos,
podendo aperfeiçoar assim a ativação da mTOR e
consequentemente, a síntese proteica muscular.

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mTOR e sua
relação com a
Hipertrofia
Muscular
mTOR e sua relação
com a Hipertrofia Muscular
Os aminoácidos podem estimular diretamente a atividade da via
mTOR na ausência de fatores de crescimento, estresse metabólico
ou carga mecânica.

Amino Acids
Insulin

IR LAT1 SNAT2

CD98

Akt

Lysosome
mTORC1 leucine
Rheb
Muscle
Contraction TSC2

p70S6K Muscle free


AA pool

Initiation
SYNTHESIS BREAKDOWN
Elongation

Myofibrillar proteins Mitochondrial proteins Sarcoplasmic proteins

Mais precisamente, o principal aminoácidos para tal é a leucina, através da sua ligação com a
proteína LRS (proteína ativadora) dentro da célula. Essa proteína quando ativada, irá causar a
ativação de um complexo proteico, que por sua vez, levará o mTOR até a sua proteína alvo
chamada Rheb. Desta forma, como mostra-se no esquema abaixo de Beals et al. (2019), o
mTOR estando localizado junto da sua proteína alvo (Rheb), levará a ativação da síntese de
proteínas, podendo assim contribuir para o aumento da massa muscular.

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Isso acontece por meio do estímulo da Dentre essas adaptações que ocorrem,
AMPK (proteína quinase ativada por voltando mais especificamente à mTOR,
adenosina), enzima mitocondrial existe uma maior atividade da sua via de
relacionada a respiração e metabolismo síntese de proteínas. Desse modo, se o
celular, que fornece energia para célula. consumo de proteínas acompanhar tal
Também, é proposto como mecanismo às demanda causada pelo exercício físico, o
vias de diferenciação celular, devido à indivíduo estará submetido a uma situação
proximidade anatômica do tecido onde ocorre mais síntese do que
conectivo ao muscular, fornecendo degradação proteica, e com isso, o saldo
nutrientes e microvascularização para o final positivo de síntese faz com que ocorra
tecido muscular. o aumento da massa muscular.

Tal mecanismo decorre do fato de que E a ciência está fortemente presente para
durante o exercício físico resistido, haverá corroborar tais efeitos, como em um estudo
um evento agudo nas células musculares, publicado recentemente no qual os
ou melhor, um sinal intracelular para que as pesquisadores almejaram examinar os
células se adaptem aquela situação de efeitos do treinamento resistido com pesos,
força máxima. Se esse evento agudo for em combinação ao consumo de AAE, na
repetido várias vezes, resultará em uma sinalização da mTORC1 nas fibras
adaptação muscular capaz de aumentar a musculares dos tipos 1 e 2 (Edman et al.,
massa muscular do indivíduo. 2019).

Em contrapartida, sabia que o


Body Protein pode auxiliar na
prática esportiva não somente
através da via da mTOR?
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Para tal, foram recrutados voluntários treinados em força por pelo menos um ano.
Esses voluntários consumiram uma solução contendo 290 mg/kg de AAE, ou
placebo, que foi dividida para ser ingerida antes, durante e após a realização de 10
séries de 8-12 repetições no leg press.

Treino 1 ano AAE

10 séries de 8 - 12 repetições - Leg Press

O resultado constatado pelos pesquisadores foi que houve uma maior fosforilação
da S6K1 e da eEF2 nas fibras musculares do tipo 2. No que se refere ao efeito da
ingestão dos AEE no treinamento, na sessão em que os indivíduos consumiram os
aminoácidos, foi aferido uma maior fosforilação da mTORC1 e da S6K1 em ambos
os tipos de fibras.

Portanto, o consumo dos aminoáci- Finalizando o ensaio clínico, os pes-


dos essenciais no horário próximo ao quisadores ressaltaram que tal me-
treino, pode ser uma estratégia impor- lhora pode ser efetuada na prática
tante para otimizar a ativação da clínica, a partir do consumo de 20-40
mTORC1 e desse modo, seja g de proteína por refeição, na qual
observada uma possível melhora na contenha em sua maior parte um
hipertrofia muscular e no ganho de balanço adequado dos AAE.
força.

aminoácidos + treino ativa mTOR

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mTOR na
obesidade
e diabetes
mTOR na
obesidade e
diabetes
Assim, como exposto anteriormente, a A obesidade pode ser caracterizada por
partir da ativação da mTORC1, observa-se diversos prejuízos no metabolismo dos
o incremento da utilização dos nutrientes macronutrientes no músculo esquelético,
exógenos e da atividade de proteínas intra- nos quais resultam na alteração do nível
celulares importantes para o anabolismo sanguíneo de glicose, de lipídios e na
muscular. Contudo, em indivíduos obesos resistência anabólica a síntese protéica
tal processo é prejudicado. muscular.

Insulin
Resistance Nutrition
(IMTG, NFFA) (Dietary Protein)

Muscle
anabolic
sensitivity

Exercise
Inflammation Training
(TLR4 signaling, Ceramides)
(Endurance, Strength)
Beals et al., 2019.

Esse prejuízo decorre do disfuncionamento da sinalização anabólica, advinda a partir da


resistência à insulina, do acúmulo lipídico, e/ou da inflamação muscular ou sistêmica.

De forma simples e direta, o que acomete o paciente obeso é a conhecida resistência anabólica
na qual está relacionada a fosforilação da mTOR e demais proteínas envolvidas no processo.
Quando comparada a efetividade dessa fosforilação ao conteúdo total da mTOR no período
pós-prandial, observa-se uma maior disrupção e menor eficácia do processo em obesos,
mesmo havendo mais proteínas e fosforilação nessa população.

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Insulina

Ademais, a resistência a insulina também pode prejudicar esse processo ainda mais. Devido o
papel da insulina na sinalização da mTORC1, o detrimento de sua responsividade no músculo
esquelético afeta diretamente o metabolismo protéico muscular no período pós-prandial, de
maneira que seja constatada uma superior concentração de aminoácidos plasmáticos, asso-
ciada a resistência à insulina, a ativação crônica da mTORC1 e ao maior nível de lipídios intramio-
celular. Mais especificamente no que tange esses lipídios, sua maior concentração pode ser
relacionada a resistência à insulina, a diminuição da translocação da mTOR e consequente
atenuação da síntese protéica miofibrilar.

Sobre este assunto, há alguns compostos


disponíveis no mercado como os Triglicerí-
deos de Cadeia Média (TCM), que você
pode encontrar no UpGrade Energy e
podem auxiliar no processo devido ao esti-
mulo a produção hepática dos corpos cetô-
nicos, além da maior disponibilidade de
substratos energéticos e performance
mental, tanto em repouso, como durante
uma atividade ou exercício físico.

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Gerar valor para
o que tem mais valor:
a sua vida!
Obrigado pela sua companhia neste e-book
que preparamos com muito cuidado.

Nosso objetivo com esse material não foi


somente ser mais um conteúdo que você
recebe no seu dia a dia, nossa meta é ‘‘Gerar
valor para o que tem mais valor: a sua vida!’’

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Referências
bibliograficas
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