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AULA 14

TECNOLOGIA DE FABRICAÇÃO DE
RAÇÕES
Docente: Heloísa Helena de Abreu Martins
Campus: Itaberaba
Curso: Técnico em Agroindústria
Disciplina: Processamento de Produtos Não Alimentícios
Introdução

Representatividade da produção de ração por espécies: frangos de corte,


28%; suínos, 24%; poedeiras, 14%; bovinos de leite, 11%; bovinos de corte,
10%; outras espécies, 7%; aquicultura, 4%; pet, 2%. Os crescimentos
predominantes foram os de frango de corte, suínos, aquicultura e petfood.
Introdução
Introdução

A ração representa até 80% do custo de produção de um animal, como


também por movimentar outros setores da economia, como indústrias de
grãos, química e alimentação humana.

O crescimento do setor e a necessidade de alimentos impulsionam a demanda


de profissionais na área, bem como estudos sobre a qualidade de rações
Introdução
Introdução

 Conceitos apresentados na Instrução Normativa

• Produtos com medicamento: rações,


suplementos, premixes, núcleos ou concentrados
que contenham produto de uso veterinário, para
emprego em animal de produção.

• Produtos destinados à alimentação animal:


substância ou mistura de substâncias, elaborada,
semielaborada ou bruta que se emprega na
alimentação de animais
Conceitos básicos da alimentação animal

 Nutrição animal

• Todos os processos fisiológicos envolvidos com a


utilização das substâncias alimentares pelo
organismo, que possibilitam o animal a digerir e
assimilar os nutrientes contidos nos alimentos,
destinando-os para seu crescimento, manutenção,
reprodução, reposição ou reparação dos tecidos
corporais e também, para elaboração de produtos,
como por exemplo, a produção de leite pela vaca,
ou de ovos pelas poedeiras.
Conceitos básicos da alimentação animal

 Alimentação animal: É definida como o ato do animal receber o


alimento, preocupando-se com a escolha, o preparo e o fornecimento
aos animais, com a finalidade de torná-los mais produtivos, através do
uso mais eficiente dos alimentos.

 Dieta: consiste na mistura equilibrada de ingredientes de modo a


proporcionar nutrientes exigidos pelos animais para expressar o seu
desempenho produtivo e reprodutivo.

 Ração: é a quantidade de alimento suficiente para um período de 24


horas, fornecida uma ou mais vezes ao dia.
Conceitos básicos da alimentação animal

 Ingrediente é qualquer matéria-prima utilizável na


composição de uma dieta.
 Premix é um composto de minerais e/ou vitaminas
utilizado na mistura com os demais ingredientes.
 Núcleo é composto de minerais, vitaminas,
antimicrobiano, sal e aminoácidos sintéticos utilizado
na mistura com os demais ingredientes.
 Concentrado comercial é o núcleo de maior fonte
proteica (ex.: farelo de soja), utilizado na mistura com
milho (fonte energética).
Conceitos básicos da alimentação animal

 Ração balanceada é aquela que fornece os vários nutrientes em proporções e


quantidades necessárias para nutrir, adequadamente, um dado animal num
período de 24 horas.

 Está incluída a ração de mantença e a ração de produção.


• Ração de mantença: quantidade de alimento capaz de produzir energia para a
manutenção (andar, comer, beber etc.).
• Ração de produção: quantidade de alimento capaz de produzir energia para a
produção (trabalho, leite, ovos etc).
Conceitos básicos da alimentação animal

 Apesar de terem em sua


constituição nutrientes
semelhantes (proteínas, lipídios,
glicídios, minerais e vitaminas), os
alimentos animais apresentam
diferenças em seu valor
nutricional, de acordo com a
espécie que se está alimentando.
Classificação dos alimentos

 Os alimentos podem se classificar em: concentrados e volumosos

 Os alimentos concentrados são aqueles que apresentam elevado teor de energia por
unidade de peso ou baixo teor de fibra bruta – FB, sendo divididos em energéticos
(pobres em proteína bruta – PB) e proteicos (ricos em PB)
Classificação dos alimentos

 Alimentos concentrados energéticos: São também denominados de


alimentos básicos.
• Possuem menos que 16 a 18% de PB,
• Compreendem principalmente os grãos de cereais, como milho e
seus subprodutos (amido de milho, farelo de milho, farelo de casca
de milho, glúten de milho), sorgo, arroz e seus subprodutos (farelo
de arroz integral, farelo de arroz desengordurado, quirera de arroz),
grão e farelo de trigo, aveia, melaço de cana-de-açúcar, cevada,
centeio, óleos, gorduras animais e vegetais.
Classificação dos alimentos

 Alimentos concentrados proteicos: São alimentos complementares, mas com igual


importância que os energéticos. Possuem mais que 18 a 20% de PB.
• Compreendem principalmente os grãos de leguminosas e alguns subprodutos de
origem animal.
• Classificam-se como alimentos proteicos de origem animal aquelas proteínas com
alto valor biológico, uma vez que contêm todos os aminoácidos essenciais.
Apresentam baixo custo por serem subprodutos dos frigoríficos. São exemplos:
farinha de carne, farinha de peixe, farinha de penas, farinha de sangue, subprodutos
de abatedouros, subprodutos de laticínios, resíduos de incubatório.
• Dentre os alimentos proteicos de origem vegetal estão a soja, o algodão, o
amendoim e o girassol.
Classificação dos alimentos

 Os alimentos volumosos são aqueles que


apresentam alto teor de FB (acima de 18%)
ou baixo teor energético, sendo divididos
em secos e suculentos. São exemplos de
alimentos volumosos secos fenos e palhas,
e de alimentos volumosos suculentos
pastos e silagem.
 Os alimentos volumosos secos são os que
possuem teor de umidade de até 25%,
enquanto que os alimentos volumosos
suculentos apresentam teor de umidade
Classificação dos alimentos
Classificação dos alimentos

 Alimentos volumosos não classificados anteriormente também são utilizados,


principalmente, nas pequenas propriedades.

 O uso destes alimentos alternativos na produção animal é uma constância,


entretanto, algumas alterações digestivas podem ocorrer nos animais, sendo
que estes problemas, causados pelos alimentos, podem ser contornados com o
emprego de práticas adequadas para cada alimento.

 São exemplos: frutos, na forma de subprodutos da indústria de doces; raízes,


como a mandioca; tubérculos, como a batata doce, beterraba forrageira e nabo
forrageiro.
Classificação dos animais

 Herbívoros consomem alimentos de origem


vegetal, como é o caso dos equinos, bovinos,
ovinos, bubalinos;
 Carnívoros, alimentos de origem animal, como
é o caso dos cães;
 Onívoros alimentos tanto de origem vegetal
quanto animal, como o homem e os suínos;
 Granívoros alimentam-se, basicamente, com
grãos, como acontece com as aves granívoras.
Classificação dos animais

 Com relação ao número de estômagos, os animais são classificados em

• monogástricos (apenas um estômago), como ocorre nos equinos, suínos, coelho;


• digástricos (dois estômagos), no caso das aves;
• poligástricos ou ruminantes (mais de dois estômagos), como nos bovinos, ovinos
e bubalinos.
Classificação dos animais
Classificação dos animais

 Os alimentos volumosos constituem a base da alimentação dos animais


ruminantes, devido à capacidade do aparelho digestivo de permitir a ingestão de
grandes quantidades de alimentos, e por possuírem um compartimento estomacal
chamado de rúmen

 No caso dos monogástricos e dos digástricos, que não possuem microbiota ruminal,
os alimentos volumosos são utilizados com a finalidade de aumentar o volume das
dietas, proporcionando um melhor controle de peso.
Principais ingredientes utilizados na fabricação de rações para animais de produção
Principais ingredientes utilizados na fabricação de rações para animais de produção

 Farelo de soja: São encontrados vários produtos originários do grão da soja


após a colheita, sendo que o farelo de soja e soja integral (tostada ou
desativada) são as principais fontes de proteínas empregadas na fabricação
de rações.

• Rico em proteínas
• No caso da utilização da soja em seu estado natural sem processamento na
nutrição de aves e suínos, são observados fatores antinutricionais que
inibem o crescimento dos animais, reduzem a digestibilidade da proteína,
causam hipertrofia pancreática, etc.
Principais ingredientes utilizados na fabricação de rações para animais de produção

 O farelo de algodão é uma das mais usuais fontes de proteína vegetal


utilizadas na alimentação de gado de leite e corte.
 O teor de fibra e a presença de gossipol, pigmento amarelo, polifenólico,
encontrado nas glândulas de óleo do caroço de algodão, são os fatores
limitantes quanto à utilização desse ingrediente nas rações de animais não
ruminantes, causando problemas relacionados ao aparecimento de
deficiências de ferro (anemias).
Principais ingredientes utilizados na fabricação de rações para animais de produção

 O farelo de girassol pode ser considerado uma boa fonte de


proteína (28 a 40 %), principalmente para animais ruminantes.
 O farelo de girassol apresenta baixo valor energético, baixo nível
de lisina total (em torno de 1,3%) e alto teor de fibras (16 a 25%).
 Esses elevados níveis de fibras estão diretamente relacionados
com a sua baixa energia digestível, o que torna o seu uso em
grandes quantidades não recomendado para aves e suínos.
 O girassol contém um composto polifenólico conhecido como
ácido clorogênico, tido como um fator antinutricional.
Principais ingredientes utilizados na fabricação de rações para animais de produção

 O milho é a principal fonte energética empregada nas rações produzidas no


Brasil.
 O grão de milho participa com mais de 60% do total nas rações. Apresenta
alto valor nutritivo e conteúdo de carboidratos, principalmente o amido, e é
rico em caroteno e xantofila, que fornece a provitamina A, responsável pela
pigmentação amarela da pele dos frangos e coloração da gema do ovo.
 Em termos de proteína, o milho apresenta um baixo valor de aminoácidos
essenciais, particularmente a lisina e triptofano, o que torna a proteína total
do milho deficiente nesses aminoácidos para aves e suínos.
 O ácido fítico é um dos principais fatores antinutricionais presentes no milho.
Principais ingredientes utilizados na fabricação de rações para animais de produção

 A quirera de arroz é o produto originado do processo de seleção de arroz para


consumo humano.
 O Farelo de Arroz Integral (FAI) e o Desengordurado (FAD), que são
subprodutos do processamento do grão de arroz, são excelentes substitutos
parciais do milho na alimentação de aves e suínos.
 O que limita um maior uso dos farelos de arroz nas rações é o nível elevado de
fibra bruta (12 a 13%).
Principais ingredientes utilizados na fabricação de rações para animais de produção

 O sorgo pode substituir o milho em 100% nas rações de aves e suínos, sempre
observando os possíveis ajustes em termos de energia e aminoácidos que esta
substituição irá exigir.

 O trigo é destinado ao consumo humano, servindo para a produção de


panifícios e massas alimentícias, e utilizado na alimentação animal somente
quando por ocasião de sua colheita, condições climáticas desfavoráveis
tornaram o produto desqualificado para produção de farinha, em função do
seu baixo peso específico.
Principais ingredientes utilizados na fabricação de rações para animais de produção

 Farinha de carne e ossos (FCO): A Farinha de Carne e Ossos (FCO) é


produzida em graxarias e frigoríficos, a partir de ossos e tecidos animais, após a
desossa completa da carcaça de bovinos e/ou suínos.

• Apresentam uma composição proteica de alto valor biológico.


Nutricionalmente, a FCO pode apresentar de 35 até 60% de Proteína Bruta
(PB).

• Alguns fatores contribuem para que a FCO não seja um ingrediente usualmente
utilizado nas fábricas de rações, tanto do ponto de vista mercadológico quanto
nutricional.
Principais ingredientes utilizados na fabricação de rações para animais de produção

 Farinha de carne e ossos (FCO):

• O que mais limita o uso da FCO em rações de suínos e aves é o alto conteúdo em
cálcio e fósforo. O nível de tolerância aos minerais cálcio e fósforo dependerá da
espécie animal e da fase de produção que os animais se encontram.

 Umidade elevada
 Moagem (textura)
 Contaminações.
 Acidez
 Índice de peróxidos
 Contaminação microbiana
Principais ingredientes utilizados na fabricação de rações para animais de produção

 Farinha de Peixe (FP) é um produto desidratado e moído obtido pela cocção das
partes não comestíveis (cabeça, rabo, coluna vertebral e vísceras), sendo
processado o peixe integral, somente quando rejeitado para o consumo humano.
 Os níveis de proteína bruta das FP variam de 54 a 61% .
 As FP são fontes de aminoácidos essenciais, especialmente lisina, metionina,
treonina e triptofano, além de boa fonte de cálcio, fósforo e outros minerais.
 Um problema com a utilização de farinha de peixe em níveis acima de 5% é o
aparecimento de odor desagradável de peixe, tanto em ovos como em carne de
frango.
Principais ingredientes utilizados na fabricação de rações para animais de produção

 Produtos lácteos são extensivamente utilizados na alimentação de desmame


precoce em bovinos como substitutos de leite materno, e essenciais para o
sucesso dos programas nutricionais de leitões desmamados até três semanas
de idade.

• O soro de leite em pó contém em média 10% de proteína bruta e 70% de


lactose.
• Orienta-se a inclusão lactose em rações de leitões nas primeiras semanas após
o desmame.
Principais ingredientes utilizados na fabricação de rações para animais de produção

 Melaço é um subproduto da fabricação do açúcar da cana. Não contêm mais do


que 48% de açúcares totais, e sua umidade excede a 27%. É um líquido
xaroposo, de cor escura, de odor característico e agradável.

 Utilizado com a finalidade de melhorar a aceitabilidade de alimentos grosseiros


e pouco palatáveis como um saborizante nas rações de suínos e bovinos e para
melhorar a apetibilidade das forrageiras (verdes ou secas) de qualidade inferior,
e das palhas. Neste caso, é diluído em água morna.

 O teor de proteína bruta dos melaços é baixo, variando de 2,44 a 3,66%


Principais ingredientes utilizados na fabricação de rações para animais de produção

 Aditivos: Uma variedade de aditivos pode ser agregada à dieta, objetivando:


aumentar a digestão de nutrientes e sua utilização; modificar a população
microbiana dentro do intestino; manter normais o pH e o balanço eletrolítico;
reduzir as propriedades antinutritivas dos ingredientes dietéticos; aumentar o
status imunológico, o que é imunomodulação; manter a integridade e estrutura
do trato gastrointestinal; e ligar e eliminar micotoxinas.

 Promotores do crescimento antimicrobianos; produtos acidificantes;


probióticos; prebióticos; enzimas exógenas; modificadores metabólicos; ervas,
especiarias e azeites essenciais; peptídeos metabólicos; e, adsorventes de
micotoxinas.
Fabricação de rações

 Implementação de uma fábrica de rações:

• Fábrica de ração ou indústria de ração é o estabelecimento que, dentro do setor


de alimentação, recebe, processa e transforma as matérias-primas em alimento
animal.

 disponibilidade de espaço físico,


 capacidade de produção com qualidade;
 necessidade de infraestrutura básica;
 fornecedores
 profissionais qualificados
 capital inicial para cobrir custos operacionais;
Fabricação de rações
Formas físicas das rações:

• Fareladas
• Peletizadas
• Extrusadas.

 O processo de extrusão é caracterizado pelo cozimento dos ingredientes sob alta


pressão, umidade e temperatura, em um curto espaço de tempo.

 A peletização consiste na compactação de ingredientes, formando pequenas


unidades chamadas pelets. Para esta transformação, umidade, pressão e
temperatura também estão envolvidas, porém em menor intensidade - baixo custo
de produção e a facilidade no manejo dos equipamentos.
Fabricação de rações

Formas físicas das rações:


• As rações peletizadas apresentam as seguintes vantagens em relação às fareladas:
 redução de agentes de contaminação microbiana,
 melhora a eficiência alimentar,
 redução da escolha seletiva por parte dos animais e redução no custo de transporte
• Como desvantagens, apresentam o custo mais elevado e necessitam de 50% a mais
de vitaminas
• Quanto as rações extrusadas, sua estabilidade na superfície da água é de cerca de 12
horas, tornando o manejo alimentar com este tipo de ração mais fácil. Atualmente,
tem sido a forma de ração mais indicada para a piscicultura.
Fabricação de rações

 Instações e equipamentos:
• Separação de área suja e área limpa
Fabricação de rações

 Instações e equipamentos:
Fabricação de rações

 Etapas de produção:
Fabricação de rações

 Etapas de produção: Setor de recebimento da matéria-prima

 No módulo de recepção está a moega, balança, transportadores/elevadores,


mesa de pré-limpeza e limpeza de grãos, secador de grãos, silo de
armazenamento (matéria-prima a granel) ou sala de estocagem de sacarias
(matéria--prima ensacada).

 A matéria-prima chega à fábrica a granel ou ensacada. É necessário que sejam


pesadas e posteriormente descarregadas.
Fabricação de rações

 Etapas de produção: Setor de recebimento da matéria-prima

 A matéria-prima que chega a granel é descarregada na moega, enquanto que a


matéria-prima que chega ensacada é descarregada na sala de estocagem de
sacaria.
Fabricação de rações

 Etapas de produção: Setor de recebimento da matéria-


prima

 A mesa de pré-limpeza é utilizada para a retirada total


ou parcial de impurezas e restos de culturas oriundas da
lavoura, visando facilitar e melhorar a eficiência do
sistema de secagem.

 Os equipamentos destinados para pré-limpeza são


constituídos de uma ou mais peneiras cilíndricas ou
planas vibratórias acompanhadas de um sistema de
ventilação para eliminação da poeira.
Fabricação de rações

 Etapas de produção: Setor de recebimento


da matéria-prima

 O percentual de umidade de algumas


matérias-primas deve ser controlado, por
isso, passam pelo processo de secagem
antes do armazenamento
Fabricação de rações

 Etapas de produção: Setor de recebimento da matéria-prima

 Após a secagem, os grãos são levados ao silo de armazenagem através de


transportadores e elevadores, que podem ser do tipo rosca helicoidal, esteira e
sistema de arraste.

 Cuidados com os silos devem ser rigorosos.

 Se os silos não estiverem bem limpos e não forem bem utilizados, certamente toda a
cadeia produtiva dependente de seus produtos estará comprometida. Sempre antes
de receber uma nova remessa de matéria-prima, varra bem o silo, retirando todas as
sobras e principalmente as que ficam nos cantos
Fabricação de rações

 Etapas de produção: Setor de recebimento da matéria-prima


Fabricação de rações

 Etapas de produção: Setor de processamento


 No módulo processamento, os equipamentos são o moinho/triturador, balança, pré-
misturador e misturador.
 É no moinho/triturador que ocorre a diminuição do tamanho das matérias-primas,
favorecendo e facilitando a digestão dos nutrientes contidos nesses ingredientes.
 Os moinhos de rolo e martelo são os mais eficientes para essa finalidade.
 O moinho de rolo opera a um custo por tonelada de grão ligeiramente menor,
produzindo partículas mais finas para rações destinadas a frangos de corte e suínos. A
granulometria deve ser periodicamente verificada para melhorar o desempenho
econômico da atividade.
Fabricação de rações

 Etapas de produção: Setor de processamento


 Toda matéria-prima, ao ser transferida para o processamento,
é pesada. Durante o processo, cada integrante é pesado
individualmente e, por fim, a ração é novamente pesada.
 O pré-misturador é um equipamento utilizado para a pré-
mistura de matérias-primas na fabricação de ração. A
finalidade da pré-mistura na fábrica de ração é o de
incorporar quantidades pequenas de microingredientes
(vitaminas, antibióticos e outras substâncias químicas) aos
alimentos de forma uniforme. O mais utilizado nas fábricas é
o em forma de “Y”.
Fabricação de rações

 Etapas de produção: Setor de processamento


 O misturador de ração tem como aplicação misturar produtos secos no preparo
da ração
 Existem dois tipos de misturadores mais comuns, os verticais e os horizontais.
 O misturador vertical mais simples tem uma rosca sem fim no centro de um silo
ou tulha com fundo cônico. A mistura ocorre com a elevação contínua do
conteúdo dos tanques do fundo para a parte superior. O tempo de mistura para a
maioria das rações é de aproximadamente 15 minutos depois da adição do último
ingrediente.
Fabricação de rações

 Etapas de produção: Setor de processamento


 Os horizontais geralmente apresentam seus misturadores internos em forma de
hélice ou de palhetas (pás).
 No misturador tipo hélice, a hélice exterior move o conteúdo para um extremo,
enquanto a correia interior move os conteúdos para outra extremidade.
 Nos misturadores tipo palheta ou pá, as palhetas movem os conteúdos
alternadamente para o centro e extremos. O tempo de mistura nesse tipo de
misturador é de 4 a 5 minutos após a colocação do último ingrediente.
 Nos misturadores horizontais o carregamento e descarregamento são feitos mais
rapidamente que nos verticais, deixam menos resíduos de ração quando as hélices ou
pás estão bem ajustadas.
Fabricação de rações

 Etapas de produção: Setor de processamento


Fabricação de rações

 Etapas de produção: Setor de processamento

 Após a finalização da mistura, a massa apresenta-se como um farelo e


está pronta para ser moldada e receber a forma desejada da ração, que
acontece com auxílio de tratamento térmico e umidade utilizando-se de
equipamento denominado peletizador.

 O produto é comprimido forçando sua passagem por matrizes de


moldagem que originam os pellets, formato característico das rações.
Fabricação de rações

 Etapas de produção: Setor de processamento


Fabricação de rações
 Etapas de produção: Setor de processamento

 Ao final da produção da ração farelada, pode ser realizada etapa de secagem com
objetivo de reduzir a umidade do produto acabado até níveis adequados ao
armazenamento e conservação.

 Já no processo de extrusão, a massa composta pela mistura de todos os


ingredientes é colocada em contato com altas temperaturas e pressões, sofrendo
transformações como gelatinização do amido, fricção molecular e esterilização,
sendo forçada a passar por matrizes de moldagem provocando uma expansão do
produto.

 Finalizados os processos, os produtos são transportados para tanques de ensaque


ou expedidos a granel.
Fabricação de rações

 Etapas de produção: Setor de expedição

 É o local em que as rações já prontas aguardam transporte para o seu destino.

 Para garantir a qualidade do produto é importante manter o setor de expedição


seco, ventilado (sem calores excessivos) e limpo.

 Impedir principalmente que roedores tenham acesso ao material armazenado.

 Nesse módulo de finalização para rações secas utilizam-se silos para ensaque ou
carregamento a granel e máquina de costura para ração ensacada.
Fabricação de rações
 Pontos Críticos na fabricação de rações
Fabricação de rações
 Pontos Críticos na fabricação de rações
Fabricação de rações
 Pontos Críticos na fabricação de rações
Fabricação de rações
https://www.youtube.com/watch?v=NwivB4FZ3og
Fabricação de rações
https://www.youtube.com/watch?v=CyG-ZbTh_JE
OBRIGADA
heloisa.martins@ifbaiano.edu.br

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