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Pesquisa de Alimentos Concentrados

Energéticos e Protéicos de Origem Vegetal


e Animal

Elaboração
Laura Martins Rocha Nunes

Orientação:
Prof. Carlos Eduardo Cunha Belluzzo

Araçatuba - SP
2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 1
2 ALIMENTOS CONCENTRADOS ENERGÉTICOS.................................................. 3
2.1 Casca de Soja........................................................................................................ 3
2.2 Cevada................................................................................................................... 3
2.3 Polpa Cítrica........................................................................................................... 4
2.4 Mandiocas (subprodutos)....................................................................................... 4
3 ALIMENTOS CONCENTRADOS PROTÉICOS DE ORIGEM VEGETAL................ 5
3.1 Soja (Subprodutos).................................................................................................5
3.2 Farelo de Glúten de Milho...................................................................................... 6
3.3 Farelo de Algodão.................................................................................................. 6
3.4 Caroço de algodão................................................................................................. 7
3.5 Farelo de Amendoim.............................................................................................. 7
3.6 Farelo de Girassol.................................................................................................. 7
4 ALIMENTOS CONCENTRADOS PROTÉICOS DE ORIGEM ANIMAL................... 8
4.1 Farinha de Carne e Ossos..................................................................................... 8
4.2 Farinha de Sangue................................................................................................. 8
4.3 Farinha de Peixe.................................................................................................... 8
4.4 Farinha de Penas................................................................................................... 9
4.5 Farinha de Vísceras............................................................................................... 9
5 CONCLUSÃO........................................................................................................... 9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................10
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RESUMO

A alimentação dos animais desempenha um papel crucial em seu bem-estar


e desempenho. Para atender às necessidades específicas dos animais, é essencial
compreender a classificação, composição e recomendações de alimentos ricos em
energia, alimentos vegetais ricos em proteínas e alimentos de origem animal ricos
em proteínas. Os alimentos ricos em energia fornecem a energia necessária para
as atividades diárias, enquanto os alimentos ricos em proteínas garantem a
ingestão adequada de aminoácidos essenciais. A escolha adequada e equilibrada
desses alimentos é fundamental para promover o crescimento saudável, a
produção eficiente e a saúde geral dos animais.

Palavra chaves: Nutrição Animal. Alimentos Concentrados. Alimentação Animal


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1 INTRODUÇÃO
A Nutrição Animal é uma área de suma importância, seja na criação de
animais de produção, seja animais de companhia para atingir bons resultados de
produção e fornecer qualidade de vida para os animais. Para isso, é muito
importante o conhecimento dos alimentos principais que irão fornecer energia e
substrato protéico para esses animais e dessa forma produzir o melhor alimento
para esse animal. Na presente pesquisa, foi realizado uma sucinta revisão em
alguns alimentos de acordo com a seu objetivo e composição nutricional.
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2 ALIMENTOS CONCENTRADOS ENERGÉTICOS

2.1 Casca de Soja

A casca da soja é a membrana que cobre o grão antes da extração do óleo.


Incluiu 32,9 % de fibra bruta FB. e FDN 58,1 (ROSTAGNO) em BRCORTE FDN é
66,45 %. Apesar desses teores de fibra, porém, é considerada uma um alimento
energético para ruminantes, com NDT de 72,50 %, o que se deve às baixas
concentrações de lignina e sílica.
De acordo com o NRC para bovinos leiteiros (2001), a casca do grão de soja
apresenta em sua matéria seca (MS) 13,9% de proteína bruta (PB); 67,3% de
nutrientes digestíveis totais (NDT); 2,7% de extrato etéreo (EE); 60,3% de fibra
insolúvel em detergente neutro (FDN), e 44,6% de fibra insolúvel em detergente
ácido (FDA). Entretanto, a composição química da casca de soja “limpa” (retirado
resíduos de farelos, grãos e impurezas da industrialização) apresenta um valor
médio de 9% de PB; 69,9% FDN; 42,3% de FDA e 3,2% de lignina insolúvel em
detergente ácido (LDA).
Para a sua forma de sua utilização na formulação de rações se deve ser
levar em conta o tipo de (quantidades de volumosos e concentrados) pois isso
influencia o seu valor energético e o desempenho dos animais. Com baixas taxas de
substituição em dietas de alta proporção de concentrado, a casca de soja não
compromete o desempenho quando comparada ao milho, por reduzir transtornos
metabólicos de tal modo que aumenta a disponibilidade energética de outros
nutrientes da dieta.

Porém, com altas taxas de substituição (acima de 20% MS da dieta) o


desempenho pode ser comprometido. Diante disso, autores concluem que quando
incluída em dietas de alta proporção de ingredientes concentrados com moderada
ou altas quantidades de milho (cerca de 90%), a casca de soja tem um valor
alimentar estimado de 74 a 80% do valor do milho.

2.2 Cevada
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O grão é composto de aproximadamente 3,8% de germe, 18,1% de farelo


(pericarpo e testa) e 78,1% de endosperma (incluindo aleurona). A cevada contém
níveis relativamente altos de proteínas e minerais em comparação com outros
cereais, como milho e sorgo, e baixo teor de lipídeos.

O grão de cevada tem um teor de açúcar entre 1,5 e 2,5, principalmente na


forma de açúcares solúveis (sacarose e rafinose), mas difere basicamente do resto
dos cereais mais usados em ração para suínos pelo seu baixo teor de fibra pouco
lignificada, que pode ser o dobro do milho, sorgo, trigo ou centeio (mais parecido
como aveia).
A característica diferencial da fibra de cevada é que a maior parte é composta
de ß-glucanos e pentosanos, que variam dependendo do clima e das condições de
cultura. De fato, o seu valor energético (EM / kg) é menor que o do trigo e do milho.
No caso de sua utilização, a Embrapa Suínos e Aves realizou estudos da
cevada na alimentação de suínos. Resultados de pesquisa mostram que a inclusão
de até 80% de cevada em substituição ao milho não causou diferenças no
desempenho dos animais, desde que os níveis de energia digestível fossem
mantidos. A cevada pode ser usada em até 10% para a fase inicial e livremente para
as demais fases, levando-se em conta o teor máximo de fibra e os valores
nutricionais exigidos.
Já na produção leiteira, também segundo a Embrapa, 1 kg de matéria-seca
de silagem de cevada pode resultar em 1,2 kg de leite. Quanto ao valor nutritivo, a
silagem de cevada tem se mostrado superior em concentração de proteína bruta,
digestibilidade e valor relativo da forragem.

2.3 Polpa Cítrica

A pola cítrica é um subproduto da fabricação de suco concentrado,


principalmente da laranja e é formada por casca, bagaço e sementes. É pobre em
proteína bruta (7% na matéria seca) e P (0,12%) e rica em NDT (77%) e Ca (até
2%). O alto teor de cálcio é devido à adição de cal para separar a água. As fontes de
cal podem apresentar dioxina, substância cancerígena que pode ser transmitida ao
homem através da carne e do leite contaminados.
Pode ser usada em até 2kg/vaca de leite/dia, sem afetar o sabor do leite. Sua
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utilização se deve principalmente como alternativa na alimentação animal para


baratear os custos dos produtores e substituir o uso do milho, alimento mais
comumente utilizado como fonte energética em bovinos leiteiros por exemplo.

2.4 Mandiocas (subprodutos)

A mandioca pode ser fornecida na forma de forragem, raiz fresca e raspa de


mandioca moída (RMCA). A forragem é recomendada na forma in natura ou como
concentrado protéico, após o processo de desidratação para animais ruminantes.
A raiz fresca é rica em amido e pobre nos outros nutrientes, e apresenta
como limitação a presença do glicosídeo cianogênico e linamarina, que são
convertidos em ácido cianídrico (HCn) no rúmen.
O teor destes compostos é influenciado pela variedade da planta, em que a
mandioca brava produz excesso de ácido cianídrico. Entretanto, a secagem das
folhas ou raspa por 24 horas elimina o efeito tóxico. A raiz fresca é recomendada
para suínos em até 5% do peso vivo e para bovinos em até 2 a 3% do peso vivo.
A raspa da mandioca moída (RMCA) não contém caroteno e é deficiente em
proteína, metionina e pigmentantes. Ela é recomendada para vacas de leite em
lactação e equinos em até 100% de substituição do milho e para suínos e aves em
até 30% da ração, desde que sejam adicionados pigmentantes para as aves.
Segundo dados práticos, um quilo de milho equivale a um quilo de raspa de
mandioca mais 200 gramas de farelo de algodão.

3 ALIMENTOS CONCENTRADOS PROTÉICOS DE ORIGEM VEGETAL

3.1 Soja (Subprodutos)

A soja pode ser fornecida para os animais na forma de grão cru (ruminantes)
ou tostado e de farelo de soja. O grão (cru) representa de 90 a 100% de nutrientes
digestíveis totais, devido ao alto teor de óleo, e 42% de proteína bruta na matéria
seca, mas é pobre em cálcio e vitamina D e caroteno.
O grão (cru) tem como limitações a presença de sojina, inibidor de tripsina,
que causa hipertrofia pancreática e crescimento retardado, mas é destruído pelo
aquecimento (tostagem) e pelos microrganismos do rúmen; o alto teor de óleo (20%
de extrato etéreo), que quando triturado, deve ser fornecido rápido (em uma
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semana) para evitar rancificação; e a presença de urease, enzima que acelera a


hidrólise da uréia no rúmen. Embora não tenha sido recomendada utilização do grão,
cru, e da uréia, conjuntamente, para ruminantes, para evitar intoxicação pelo
acúmulo de amônia no rúmen, há pesquisas com suplementação múltipla para
bovinos em pastagens, em que se tem utilizado a combinação dos dois, sem ocorrer
os problemas de intoxicação. Isto ocorreu, provavelmente, pelo baixo consumo de
um ou dos dois ingredientes.
O grão (cru) de soja é recomendado para bovinos em até 20% da matéria
seca total da ração, desde que o teor final de lipídios na ração não ultrapasse 5%. O
grão (cru) pode ser fornecido inteiro ou moído. Para suínos, acima de 45 kg,
recomenda-se fazer a tostagem e moagem (usar em uma semana) e adicionar em
até 10% da ração.

O farelo de soja tostado apresenta de 45 a 51% de proteína bruta e é rico em


tiamina, colina e niacina, e pobre em caroteno. Para animais monogástricos,
recomenda-se usar de 20 a 30% da ração e, para animais ruminantes, o suficiente
para atender as exigências nutricionais de proteínas. Devido ao alto custo das fontes
protéicas, como o farelo de soja, utiliza-se substituir parte das exigências proteicas
(1/3) dos animais ruminantes pela uréia, que é utilizada para síntese de proteína
microbiana no rúmen.

3.2 Farelo de Glúten de Milho

O farelo de glúten de milho (FGM), um subproduto do processo do milho por


via úmida, sendo composto por fibra, germe e resíduos não recuperados processo
de separação do amido e do glúten (FUNDAÇÃO CARGILL,1980). Conforme
Muirhead (1994), o FGM é um alimento com teor relativamente alto de fibra em
detergente neutro (ao redor de 40%), cuja digestibilidade é elevada, e com médio
teor de amido (entre 20 e 25%).
O valor de nutrientes digestíveis totais (NDT) situa-se entre 70 e 83% na
matéria seca (MS), sendo considerado um alimento energético. O farelo de glúten de
milho constitui alternativa interessante para substituir, ao menos em parte, o milho
em grão nas rações para vacas em lactação.
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3.3 Farelo de Algodão

O farelo de algodão está disponível no mercado em duas formas, uma sem


casca e outra rica em casca, que é recomendada para animais ruminantes. O farelo
de algodão sem casca apresenta 43% de proteína bruta na matéria seca e é pobre
em lisina e triptofano e o farelo de algodão com casca apresenta 52% de FDN e 25 a
36% de PB na matéria seca. O farelo de algodão é recomendado para suínos em até
10% da ração, para aves em até 5% da ração e para bezerros e vacas leiteiras em
até 20% do concentrado.

O farelo de algodão apresenta como limitações a presença de gossipol e


ácidos graxos ciclopropenos. O gossipol é um alcalóide polifenólico, tóxico para
suínos e aves (cumulativo) e causa também gema esverdeada no ovo. Entretanto,
existem variedades de algodão com baixa concentração de gossipol, além da
possibilidade de destruição do mesmo pelos microrganismos do rúmen, pelo calor
(destrói 80% do mesmo) e pela precipitação com sulfato ferroso, na proporção deste
com o gossipol de 1:1. Os ácidos graxos ciclopropenos, por sua vez, causam
manchas avermelhadas na clara do ovo e diminui a fertilidade do touro e da vaca.

3.4 Caroço de algodão

O caroço de algodão é um alimento riquíssimo e completo e reúne


características de alimento concentrado, volumoso, concentrado energético e
concentrado proteico. Possui alto teor de óleo (24%), 25% de PB na matéria seca,
96% de NDT e 40% de FDN.
Por conta disso, é uma fonte de proteína, energia e fibra, podendo ser usado
como suplemento alimentar na composição das rações. Além disso, o caroço por
possui um alto teor de FDN, requer que o animal mastigue mais vezes e produza
mais saliva o que consequentemente ajuda no tamponamento do rúmen. É
recomendado para bovinos em crescimento em até 3 kg/animal/dia e para vacas
leiteiras em até 4 kg/animal/dia, mas não é indicado para touros.

3.5 Farelo de Amendoim

O farelo de amendoim é pobre em cálcio, caroteno, metionina, triptofano e


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lisina e é rico em niacina e ácido pantotênico. Sua composição nutricional é


composta por um MS de 89,41%, PB de 56,74% e EE de 1,28%. A limitação do
farelo de amendoim está na produção de aflatoxina pelo fungo Aspergillus flavus,
substância tóxica aos animais.
O farelo de amendoim é recomendado para suínos e aves de 10 a 12%,
devido à deficiência de lisina e metionina, e para bovinos de 20 a 30% dos
concentrados.

3.6 Farelo de Girassol

O farelo de girassol tem sua composição diretamente ligada à quantidade de


casca que é removida do grão e o processo utilizado para a extração do óleo.
Quando as cascas são preservadas, o farelo apresenta altos teores de fibras e
menor potencial energético, o que causa queda na qualidade do produto. O farelo de
girassol apresenta composição química semelhante a farelos de outras oleaginosas
tendo, porém, um maior conteúdo de resíduo mineral (cinzas) e fibras. Apresenta
quantidade de aminoácidos relativamente balanceada apesar de ser deficiente em
lisina, mas apresenta valores interessantes de aminoácidos sulfurados que são
limitantes nas leguminosas.

Segundo Vincent et al., o valor nutricional do farelo de girassol é semelhante


ao farelo de soja e ao farelo de algodão, não influenciando na produção leiteira de
bovinos. A inclusão de farelo de girassol até o nível de 45% na dieta de bovinos
leiteiros em fase de crescimento não influencia o ganho de peso permitindo ainda
uma economia no custo do concentrado em torno de 35%. Em relação a sua
composição nutricional, o farelo de girassol apresentou 90,0% de matéria seca,
28,1% de proteína bruta, 4.42kcal/kg de energia bruta, 22,4% de fibra bruta, 2,9% de
extrato etéreo, 0,8% de fósforo e 0,3% de cálcio.

4 ALIMENTOS CONCENTRADOS PROTÉICOS DE ORIGEM ANIMAL

4.1 Farinha de Carne e Carne e Ossos

A farinha de carne é o suplemento proteico de origem animal mais


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empregado na alimentação das aves sendo comum sua participação no preparo da


farelada. Os subprodutos da carne são muito bem aceitos pelas galinhas e suprem
com suas proteínas, as deficiências apresentadas pelas proteínas de cereais.

A qualidade da proteína da farinha de carne com 55% deste elemento ou


mais, é superior à qualidade de proteína da farinha de carne e ossos. A Farinha de
Carne e Osso é um produto triturado, em pó, semi desengordurado, resultante do
cozimento de resíduos do abate de bovinos e suínos, constituído principalmente de
ossos, cárneos, aparas e vísceras, rico em proteína, cálcio, fósforo e gordura.
Antioxidantes podem ser utilizados em sua composição para evitar a
oxidação das gorduras. É um produto que apresenta vantagens nutricionais e
econômicas na formulação de rações para animais monogástricos, possibilitando um
melhor aproveitamento na relação custo/benefício. Seu uso na formulação de dietas
é facilitado por conter aminoácidos, energia, cálcio e fósforo. Apresenta de forma
geral composição nutricional de PB 45%, EE 10% e 5% de fósforo.

4.2 Farinha de Sangue

A Farinha de Sangue é um produto em pó, resultante do cozimento e


secagem do sangue animal. Possui alto valor protéico, sendo essa a sua maior
característica nutricional, apresentando vantagens na formulação de rações para
animais, servindo como uma fonte protéica altamente adensada, sendo alternativa
às fontes vegetais, possibilitando a fabricação de ração balanceada com menor
custo de formulação. Sua composição nutricional baseada nas tabelas brasileiras
(2000) FSC apresenta PB de 78,4%, EE de 0,42% e MS de 88,5%.

4.3 Farinha de Peixe

A Farinha de Peixe é um produto triturado, em pó, resultante do


desengorduramento parcial e secagem por processo térmico de peixes e de partes
de peixes. Antioxidantes podem ser utilizados para evitar a oxidação das gorduras
presentes. Possui como valores nutricionais em média no Brasil de 54,6-63,8% PB,
8,1-5,9% EE e 0,7% de fibra bruta. É um alimento que contém alto valor proteico,
ótima digestibilidade e palatabilidade, podendo ainda ser rico em ácidos graxos
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essenciais (ômegas 3, 6,e 9).


Devido aos ossos que contém, a farinha de peixe é muito rica em cálcio e
fósforo. Contém, em média, 5,36% de cálcio e 3,42% de fósforo com um total de
18,3% de substâncias minerais. Possui ainda apreciável quantidade de iodo.
Entretanto, nas regiões onde se verifica deficiência desse mineral pode-se,
providenciar sua correção.

4.4 Farinha de Penas

A Farinha de Penas é um alimento em pó resultante da hidrólise das penas


originadas do abate de aves. Antioxidantes podem ser utilizados em sua composição
para evitar a oxidação das gorduras presentes. Como característica nutricional,
contém alto valor proteico, apresenta vantagens na formulação de rações para
animais, possibilitando maior custo-benefício na formulação de dietas para
monogástricos. A farinha de penas possui como composição nutricional: proteína bruta
85,1%; matéria mineral 2,94%; fósforo total % 1,44; cálcio 0,25; extrato etéreo 2,31;

4.5 Farinha de Vísceras

A farinha de vísceras (FV) de aves é um sub-produto dos frigoríficos de aves,


constituído basicamente pelo aparelho digestivo, pelas vísceras comestíveis e
carcaças condenadas de aves abatidas e pelas vísceras não comestíveis. Não deve
conter penas, sendo, no entanto, permitida a inclusão de cabeças e de pés, desde
que não altere a composição química média do produto, segundo o padrão ANFAR
(1999).
Para a obtenção desta farinha, o material é submetido a um cozimento em
autoclaves, para a retirada parcial do óleo, a uma temperatura de aproximadamente
160°C, por duas horas, passando posteriormente por digestores de camisas duplas,
sob pressão de aproximadamente 90 ib/polegada, para secagem por cinco horas,
para então ser resfriado e moído para ensacamento Segundo o padrão ANFAR
(1999), as farinhas de vísceras devem conter 58% PB (min), 10% EE (min), e 13%
MM (max).
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5 CONCLUSÃO
Os alimentos que são destinados para a nutrição animal devem ser bem
avaliados de acordo com a sua composição nutricional e disponibilidade para que
dessa forma os investimentos sejam bem aplicados e os custos sejam reduzidos.
Além disso, as necessidades fisiológicas de cada espécie devem ser avaliadas para
que dessa forma a alimentação mais adequada seja fornecida. Por esses motivos, é
de suma importância ter conhecimentos gerais que quais alimentos cabem em cada
categoria, sua composição e principais recomendações sejam levados em conta.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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<https://optaalimentos.com.br/soja-e-seus-diversos-usos-na-nutricao-animal/>.

Ficha técnica: Cevada. Disponível em:


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Uso de polpa cítrica na alimentação de ruminantes | Blog. Disponível em:


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<https://www.agrolink.com.br/colunistas/coluna/a-mandioca-na-alimentacao-animal_3
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Lana, Rogério de Paula. Nutrição e Alimentação Animal: Mitos e Realidades.


[Viçosa, MG]: UFV, 2005.

NEUMAN, J. et al. RESUMO Corn gluten meal in feedlot sheep diets. Revista
Ciência Agronômica, v. 36, n. 1, p. 111–117, 2005.

NUTRIMOSAIC, E. Algodão para gado: benefícios dele na nutrição animal.


Disponível em:
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Ficha Técnica: Farinha de peixe. Disponível em:
<https://www.3tres3.com.pt/artigos/ficha-tecnica-farinha-de-peixe_13830/>. Acesso
em: 21 nov. 2023

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