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apresentam grande capacidade de digeri-los (Hand et al. 1994). Murray et al. (1999) verificaram
que a digestão do amido no instetino delgado das farinhas de cevada, milho, batata, arroz, sorgo
e trigo é superior a 99%. Case et al. (1995) constataram que a digestibilidade do amido dietético
para cães é afetada principalmente pelo tratamento térmico e pelo tamanho dos grânulos de
amido, onde o amido finamente moído é mais digerível do que em grânulos grosseiros e que o
aumento da temperatura proporciona uma maior solubilização das moléculas de amilose e
amilopectina melhorando a digestibilidade. No entanto, mesmo se considerarmos que o amido
destes grãos, desde que adequadamente gelatinizado e moído, apresente boa digestão no
intestino delgado, outras frações destas matérias primas como oligossacarídeos, fibras e
proteínas podem interferir positiva ou negativamente no processo digestivo dos cães (Carciofi,
2000). As fontes de fibra consistem de formas complexas de carboidratos tendo, como
principais componentes, a celulose, hemicelulose, pectina, gomas, mucilagens e lignina. As
duas características mais importantes da fibra, em relação à nutrição de cães, é a solubilidade,
que está correlacionada ao aumento da viscosidade intestinal, com prejuízo ao contato entre as
enzimas e o substrato, interferindo no processo digestivo de alguns nutrientes e, sua
fermentabilidade que diz respeito à velocidade da degradação microbiana da fibra e à
correspondente produção de ácidos graxos voláteis (Carciofi, 2000). Estes parâmetros segundo
Reinhart e Sunvold (1999) estão diretamente relacionados com as concentrações e os
componentes das frações solúveis e insolúveis da fibra da dieta
Fontes Proteicas: As proteínas são componentes orgânicos essenciais às células e constituem
aproximadamente 18% do peso corpóreo dos animais. São Anais do ZOOTEC’2005 - 24 a 27
de maio de 2005 – Campo Grande-MS 12 compostos de alto peso molecular formados por
unidades básicas de aminoácidos ligadas por ligação peptídica (Beitz 1996). São importantes
nutrientes na alimentação dos cães, sendo fornecidos em maior proporção através dos
ingredientes protéicos que podem ser de origem vegetal, animal ou uma combinação de ambos
(Case et al. 1995). O valor nutritivo de uma proteína depende de sua digestibilidade e de sua
composição de aminoácidos essenciais, que devem estar em quantidade e proporções
biodisponíveis adequadas (Sgarbieri, 1996). Os ingredientes protéicos de origem vegetal
caracterizam-se por apresentarem composição bromatológica com menor variação que os de
origem animal, porém em geral são limitantes em aminoácidos sulfurados e triptofano (Lowe,
1989). Já as fontes animais possuem um melhor balanço em aminoácidos essenciais (Sgarbieri,
1996), no entanto sua qualidade nutricional está diretamente relacionada com a origem e o
processamento adotado (Bellaver, 2001).
Fontes de Gordura: Fornecem 2,25 mais energia que proteínas e carboidratos. Além disso, são
importantes palatabilizantes nas rações de cães e gatos. As principais fontes de gordura utilizada
nas rações de cães são o sebo bovino, gordura de frango, óleo de milho, óleo de soja e óleo de
girassol. Além da energia as gorduras contribuem com o aporte de ácidos graxos essenciais e
sua qualidade está diretamente relacionada com sua proporção. Dietas para cães possuem mais
de 30% de gordura em sua formulação, logo a inclusão de antioxidantes torna-se fundamental
para manutenção da integridade nutricional da ração.
Aditivos: Os principais aditivos encontrados em rações para cães são os palatabilizanates,
antioxidantes, antifúngicos, corantes, aromatizantes, gomas, extratos com objetivos diversos,
etc. Os níveis de inclusão estão de acordo com os fabricantes e dependendo do aditivo do
objetivo final almejado pelo nutricionista
Farinha de vísceras de aves: extraídas de vísceras, fígados, miúdos e de carne de frango. São
ingredientes naturais, produzidos através de um processo de cocção, com uma cadeia
integrada e matéria-prima fresca .Alto teor de proteína bruta de alta digestibilidade. Alta
disponibilidade de minerais, resultando em elevada disponibilidade de cálcio e fósforo.
Melhorias no odor, sabor e textura das dietas, deixando-as mais palatáveis aos animais. Aditivo
Antibacteriano (Formaldeído e ácidos orgânicos) Aditivo Antioxidante (BHA e BHT),
Subprodutos não comestíveis do abate de aves. Umidade: 8,0%, proteína bruta (minimo) 50%,
Materia mineral (maximo) 13%. Cálcio: 4%. Fosforo: 2,6%, metionina: 1,11%; metionina
digestível: 0,92%; metionina+cisteína: 1,76; metionina+cisteína digestível: 1,30; lisina: 3,32.
Quirera de arroz: constituída principalmente de grãos quebrados, sendo um coproduto do
beneficiamento deste cereal, tem despertado o interesse dos nutricionistas por possuir
características nutricionais semelhantes a do milho (SALEH & MEULLENET, 2013). Sua
composição química é principalmente de carboidrato, 74,45 % de amido, possuindo níveis de
lisina de 0,29% e metionina + cistina de 0,39%, sendo esses respectivamente superiores à do
milho, e apresentando níveis semelhantes de proteína bruta (8,50%) (ROSTAGNO et al., 2011).
No entanto, apesar da composição nutricional atrativa, os alimentos de origem vegetal, de uma
maneira geral, possuem um sal denominado fitato (mio-inositol) que retém cátions
indisponibilizando nutrientes para os animais não ruminantes, devido à falta endógena da
enzima fitase que hidrolisa esta molécula (GREPPI et al., 2015). Uma das maneiras de viabilizar
a utilização de coprodutos com altos níveis de fitato nas rações de não ruminantes é a adição da
enzima fitase às rações. Esta enzima ao provocar a hidrólise de ligações químicas da molécula
de fitato disponibiliza nutrientes como cálcio, fósforo e zinco, e assim reduz os custos com
macro e micro nutrientes na ração (BRUFAU et al., 2006). A adição de ingredientes
energéticos, como lipídeos e carboidratos, contribui na economia calórica do animal, pois estes
são os principais componentes das células, sendo eles os responsáveis pela manutenção e o
funcionamento da integridade da membrana plasmática (COWEY & SARGENT, 1977). Além
disso, proporcionar níveis adequados de energia nas dietas é importante devido ao fato de sua
deficiência no balanceamento resultar na utilização da proteína para obtenção de energia, em
detrimento da proteína ser utilizada para a síntese protéica, elevando o custo da ração (SALHI et
al., 2004), dentre outros problemas. As dietas ricas em lipídeos tem a função de produzir energia
nos tecidos dos animais através das fontes de ácidos graxos, além de, possuírem outras funções
importantes como transportadores de nutrientes, como as vitaminas A, D e K, no entanto, a falta
de lipídeo na dieta pode afetar a composição corporal, a produção de ovos (WATANABE et al.,
1982), além de afetar no crescimento e diminuir a conversão da taxa alimentar do peixe
(TAKEUCHI & WATANABE, 1979). Nesse contexto, Dong et al. (2014) ao estudarem o ácido
linoleico conjugado (CLA) em carpa capim (Ctenopharyngodon idella) concluíram que ao
adicionar níveis de CLA maiores de 3% nas dietas melhor taxa de crescimento foi obtida, além
de que a adição de 1,5%, 2 % e 2,5% de CLA melhoraram a deposição de lipídeos na carcaça. A
composição química e valor energético da quirera de arroz são semelhantes ao milho. A quirera
de arroz apresenta uma concentração média de amido de 74,45%, proteína bruta de 8,50%,
gordura de 1,14%, além de apresentar teores de 0,40% de arginina, 0,69% de leucina, 0,39% de
fenilalanina, 0,45% de valina, 0,21% de metionina+cistina, 0,29% de lisina, 0,28% de treonina e
0,50% de fibra bruta (ROSTAGNO et al., 2011)
Farelo de trigo: A energia contida no farelo de trigo é similar à contida nos grãos; entretanto, a
energia está na forma de fibra digestível e não na forma de amido.
100 gramas
Quantidade por 100
gramas
Calorias 216
Gorduras Totais 4,3 g
Gorduras Saturadas 0,6 g
Gorduras Poliinsaturadas 2,2 g
Gorduras Monoinsaturadas 0,6 g
Colesterol 0 mg
Sódio 2 mg
Potássio 1.182 mg
Carboidratos 65 g
Fibra Alimentar 43 g
Açúcar 0,4 g
Proteínas 16 g
Semente de linhaça: A mais rica fonte vegetal de Ômega 3 da natureza possui fibras,
Magnésio, Manganês, Fósforo, Zinco, Proteínas, Ferro, Cálcio, Carboidratos, como Ácidos
Fenólicos, Hemicelulose, Lignana e Açúcares e Gorduras – em especial os ácidos graxos.
A mais rica fonte vegetal de Ômega 3 da natureza possui fibras, Magnésio, Manganês,
Fósforo, Zinco, Proteínas, Ferro, Cálcio, Carboidratos, como Ácidos Fenólicos, Hemicelulose,
Lignana e Açúcares e Gorduras – em especial os ácidos graxos. Ricamente presente na linhaça,
a gordura poli-insaturada Ômega 3 ajuda a reduzir os níveis do mau colesterol (LDL) no
organismo e aumenta o bom (HDL). Desta maneira, atua no combate à deposição de placas de
gordura nas artérias e veias, auxiliando no bom fluxo sanguíneo. Esta condição ajuda a evitar a
elevação da pressão arterial e a ocorrência de infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC), por
exemplo. Um dos subtipos do Ômega 3 é o Ácido Alfalinoleico (ALA) que, segundo alguns
estudos, tem a capacidade de diminuir os níveis de açúcar no sangue. Isso auxilia tanto na
prevenção quanto no controle da diabetes tipo 2.
Ácido linoleico (Ômega 6): presente nos óleos de soja, girassol e milho e em gordura de
frango, sua ausência na alimentação está relacionada a problemas na pele e no pelo do animal,
assim como a diminuição da destreza dos cães.
• Ácido a-linolênico (Ômega 3): convertidos em EPA e DHA, ácidos graxos essenciais para o
desenvolvimento do cérebro e para a saúde ocular. É encontrado em óleos de linhaça, noz e
semente de chia.
• Ácido aracdônico: faz parte da composição de ácidos graxos das membranas celulares do
tecido nervoso. Está presente em carne bovina, frango e ovos.
• EPA: majoritariamente encontrado em peixes marinhos e de água fria, suas ausência está
relacionada à depressão em mamíferos. Além disso, possui propriedades anti-inflamatórias.
Todos os ácidos graxos essenciais possuem uma característica em comum: são poli-
insaturados, ou seja, apresentam diversas duplas ligações em suas moléculas
Palatizantes de vísceras de suíno e frango: uso combinado da gordura animal saturada e óleo
animal poli insaturado, utilizando enzimas para impedir a oxidação de ambos assim como o
ranço, promovendo o palatizante na ração. Aglomerantes Substancias naturais ou artificiais -
aumentam a capacidade de peletização dos ingredientes (qualidade e durabilidade) Adição de
óleos e gorduras Lignosulfonato, proteína isolada, etilcelulose, ureia-formaldeído, dextrina
etc. Substancias que modificam o paladar dos produtos destinados à alimentação animal
Melhorar aceitação e estimular consumo Benefícios limitados exceto quando usados para
mascarar odores e sabores indesejáveis Leitões: grande sensibilidade(maior que a humana)
Aves menor sensibilidade à aromas e sabores Melaço é o mais utilizado (açúcar, estévia)
Hidrolisados de origem animal: subprodutos processados temperatura e pressão cães e gatos
Extrato de Yucca: redução do odor das fezes e a melhora da digestibilidade dos alimentos
podem ser obtidas através de dietas com ingredientes de alta digestibilidade e boa qualidade
(Maia et al., 2010). Para alcançar estes objetivos mais facilmente, as rações devem ser
enriquecidas com extrato de Yucca schindigera, pois inibe a urease pela fração de saponinas do
extrato, diminuindo assim a excreção de amônia nas fezes, que é o responsável pelo odor das
mesmas (Preston et al., 1987) também é considerada uma ótima fonte de fibras, auxiliando
assim no transito intestinal (Mcfarlane et al., 1988). A Yucca Schindigera é uma planta que
cresce nos desertos, possui porte médio e produz vários galhos maduros em um período de 4 a 5
anos. Os galhos maduros são colhidos e posteriormente passam por um processamento. Este
processamento consiste na moagem e secagem, resultando em um pó desidratado chamado de
extrato, utilizado nas rações dos animais.
Cloreto de Sódio: Estimulante cardíaco e respiratório dos centros nervosos corticais, regula a
excreção urinária (diurético), atua como antisséptico das vias urinárias e biliares. Aumenta a
força muscular. O sódio é o principal cátion e o cloreto o principal ânion do fluido
extracelular.Os níveis de sódio normalmente determinam o volume do fluido extracelular e ele é
um importante regulador da osmolaridade, do equilíbrio ácido-base e auxilia na estabilização do
potencial de membrana das células. Os íons de sódio circulam através da membrana celular por
meio de vários mecanismos de transporte, dentre eles a bomba de sódio (Na-K-ATPase). O
sódio também desempenha importante papel na neurotransmissão, na eletrofisiológia cardíaca e
no metabolismo renal.O excesso de sódio é excretado principalmente pelo rim, pequenas
porções pelas fezes e através da sudorese. O cloreto de sódio 0,9% é fundamental para manter o
equilíbrio sódio potássio e contribuir para a recuperação da volemia.
Vitaminas:
Mineriais:
Acido Propionico: ácido orgânico de três carbonos, e sua principal aplicação é como
conservante de rações, grãos e alimentos.. ácido graxo de cadeia curta. atua principalmente em
fungos e leveduras, porém também apresenta ação contra algumas bactérias e é muito utilizado
para preservação de alimentos por apresentar um elevado pKa (aprox 4,9), o que o torna
particularmente efetivo em faixas de pH que variam de 5,5, a 6,5, podendo manter seu poder
protetor em pH superior
Extratos vegetais (cha verde e alecrim): antioxidante, e este efeito deve-se principalmente à
capacidade antioxidante dos seus constituintes fenólicos e em parte à capacidade de sequestrar
radicais peróxidos