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ALIMENTAÇÃO DE BOVINOS LEITEIROS

ALIMENTAÇÃO DE BOVINOS LEITEIROS

- 60% custos de produção são oriundos da alimentação;

- dietas balanceadas permitem maior eficiência produtiva dos


animais; e menor excreção de nutrientes nas fezes e urina.

* A alimentação rebanho leiteiro consiste basicamente no fornecimento de


alimentos volumosos (forragens), concentrados, suplementos minerais e
vitaminas.

* Ração diária (24hs) deve suprir os nutrientes para: mantença, crescimento,


reprodução e produção de leite.

* FDN: (+ ou - lignina)fonte energia - casca soja; funcionamento rúmen;

* Tamanho partícula alimento (- - acidose, deslocamento abomaso, laminite, queda


gordura leite);

* Carboidratos Não Fibrosos – AMIDO; PECTINA; AÇÚCARES;

* PB: crescimento, reprodução e produção da proteína do leite;

* EE: gordura da dieta, em excesso pode prejudicar a digestão da fibra no rúmen;


ALIMENTOS

MATÉRIA SECA (MS) UMIDADE

MATÉRIA ORGÂNICA CINZAS (MATÉRIA MINERAL)

# PB;
# FDN;
# EE;
# CNF
_ Obs.:
# FDN e CNF representam, aproximadamente, 70% da MS da dieta e
constituem a principal fonte de energia para os ruminantes;

# a FDN é a fração fibrosa do alimento, composta por celulose,


hemicelulose e lignina. Está fração é caracterizada pela lenta e
incompleta digestão no rúmen, estando inversamente relacionada com
o consumo de MS;

# a capacidade do animal em aproveitar a energia da FDN depende do teor


de lignina. Fibra cana-de-açúcar possui elevado teor de lignina _ pouco
aproveitada pelo animal, já a casca de soja é quase totalmente aproveitada
pelos animais.
Obs.:
# além de fornecer energia, a fibra da dieta é essencial para
manter o bom funcionamento do rúmen. Assim, quando níveis
mínimos de fibra na dieta não são atendidos, ou o tamanho de
partículas da forragem é excessivamente pequeno (forragens
finamente moídas), podem ocorrer distúrbios digestivos e
metabólicos, como acidose, deslocamento de abomaso, laminite,
queda no teor de gordura do leite, etc.

# a fração CNF contém diferentes tipos de CHO, que são ampla e


rapidamente digeridos no rúmen. Ex.: amido (nos grãos de cereais), a
pectina (na polpa cítrica e na casca de soja); e os açúcares (sacarose
da cana e melaço).
_ Obs.:
# a fração PB será utilizada pelo animal para diversas funções, como
crescimento, reprodução (desenvolvimento fetal) e produção de
proteína do leite.

# o EE representa a gordura da dieta, o componente que possui maior


teor de energia. Entretanto, os bovinos não toleram elevados teores
de EE na dieta, pois esta fração pode prejudicar a digestão da fibra no
rúmen.

# silagens de milho e sorgo podem conter diferentes proporções de


grãos, o que influencia diretamente seus teores de energia; elevado
% grãos = redução quantidade [ ] fornecida aos animais.
Formulação de Dietas

- quais os alimentos possuímos na propriedade;


* [ ] protéicos (+20%PB) e energéticos (-20% PB) e os volumosos
* [ ] utilizados para complementar os nutrientes fornecidos pelos
volumosos;

- forrageiras conservadas: feno e silagem;


* silagem: quanto + grão + energia

- o uso de [ ] protéicos e energéticos de origem animal está proibido


na alimentação de ruminantes desde 2001 – IN 15/2001.

- NDT: é uma estimativa do valor energético do alimento em termos


percentuais, que dá uma ideia da digestibilidade do alimento.
# ALIMENTOS CONCENTRADOS _ apresentam baixo teor de fibra e
são agrupados em duas categorias: energéticos e protéicos.

# # Concentrados Energéticos _ alimentos que possuem menos 20%


PB _ ex.: grãos de milho, sorgo _ (triturar o grão !!), aveia, trigo; raízes e
tubérculos; óleos vegetais e subprodutos da agroindústria como melaço,
polpa cítrica e os farelos de trigo e de arroz;

# # Concentrados Protéicos _ alimentos que possuem acima de 20%


PB. Ex.: farelos de oleaginosas (de soja, de algodão, de amendoim e de
girassol); subprodutos do milho (farelo proteinoso e de glúten); resíduo de
cervejaria e ureia (280% de PB – máximo de 1,0 a 1,5% na MS da dieta;
adaptação dos animais ao seu uso; - cuidar acúmulo de água no cocho).
Tabela 1- Composição química, restrições e limites de utilização dos principais
alimentos concentrados energéticos e protéicos utilizados na dieta de bovinos
leiteiros no Brasil.
Ingrediente Componentes químicos (% da MS) Limites Restrições
(na MS
da
MS PB EE MM FDN FDA Lig. dieta)
(%)

Milho moído 88 9,4 4,2 1,5 9,5 3,4 0,9 - -

Polpa cítrica 86 6,9 4,9 7,2 24,2 22,2 0,9 - -

Farelo de 89 17,3 4,3 6,3 42,5 15,5 3 Até 25% Alto P (dificuldade
trigo de ajustar Ca:P
Farelo de 87 65 2,5 3,3 11,1 8,2 1,5 - -
glúten de
milho
Caroço de 90 23,5 19,3 4,2 50,3 40,1 12,9 Até 15% Alto teor de
algodão com gossipol livre
línter (toxidez e
problemas
reprodutivos) e
lipídeos
Tabela 1- Continuação....Composição química, restrições e limites de utilização
dos principais alimentos concentrados energéticos e protéicos utilizados na
dieta de bovinos leiteiros no Brasil.
Ingrediente Componentes químicos (% da MS) Limites Restrições
(na MS
MS PB EE MM FDN FDA Lig. da
(%) dieta)

Farelo de 91 44,9 1,9 6,7 30,8 19,9 7,6 Até 15% Gossipol
algodão
Ureia 100 287 - - - - - Até Toxidez
1,5%
Farelo de 89 49,9 1,6 6,6 14,9 10 0,7 - -
soja
Grão de soja 90 39,2 19,2 3,9 19,5 13,1 1,2 Até 15% Inibidores de
cru tripsina, urease

Óleo vegetal 100 - 99,9 - - - - Até Alto teor de


5,0% lipídios
insaturados (reduz
a digestibilidade
da fibra)

Fonte: NRC, 2001 e Nunes, 1998.


Composição bromatológica de alimentos volumosos, utilizados em rações
do gado leiteiro (dados em % na MS).

Alimento MS (%) PB (%) EM NDT (%) FDN (%) Ca (%) P (%)


(Mcal/kg)

Alfafa 85,0 18,0 2,09 58,0 50,0 1,40 0,24


(feno)

Aveia 22,0 17,0 2,12 58,8 75,2 0,38 0,20


verde

Azevém 21,0 10,4 2,40 55,5 50,0 0,50 0,30


verde

Cana-de- 25,0 2,50 1,61 25,0 60,35 0,70 0,20


açúcar

Coast 23,0 11,0 1,88 52,0 63,0 0,30 0,20


cross

Tifton 85 23,7 10,2 1,59 43,9 79,7 0,36 0,20

Milho, 36,0 6,55 2,19 59,0 60,0 0,01 0,17


silagem

Sorgo, 35,0 5,50 2,00 57,0 58,0 0,40 0,11


silagem
Fonte: PEREIRA, 2000.
Suplementos Minerais

# Macrominerais _ exigidos em g/dia e expressos em % da MS: Ca; P;

Mg; S; K; Na e Cl.

# Microminerais _ exigidos em mg/dia e expressos em mg/kg: Se; Fe;

Zn; Cu; I; Mn; Co; Mo.

* possuem diversas funções no organismo;


* normalmente são exigidos em pequenas quantidades;
* a deficiência pode comprometer o crescimento, a reprodução, a produção
de leite e a saúde dos animais.
Aditivos: são compostos que, apesar de não fornecerem nutrientes, tem a
propriedade de melhorar a eficiência alimentar
* tamponantes _ reduz acidez do rúmen (bicarbonato de sódio –
NaHCO3), 1,5 a 2,0% do [ ] ou 0,7 a 1,0% da MS da dieta;

* ionóforos _ são um tipo de antibiótico que, seletivamente, deprime ou


inibe o crescimento de microorganismos do rúmen (monensina, lasalocida,
salinomicina); ajudam a prevenir acidose ruminal e o timpanismo;

* probióticos _ são microrganismos vivos que quando administrados em


quantidades adequadas na dieta, proporcionam efeito benéfico ao animal
(levedura – Saccharomyces cerevisiae).
ÁGUA

* LIMPA E FRESCA;

* o corpo do bezerro é constituído por 75 a 80% de água ao nascimento,


reduzindo-se a 55 a 65% no animal adulto;
Formular Dietas

* exigências nutricionais dos animais _ categoria animal, estado fisiológico


(mantença, crescimento, lactação), peso vivo e nível de produção;

* composição química dos alimentos que serão utilizados _ Tabelados ou análises


bromatológicas;

* conhecimento de fatores associados ao alimento e seu metabolismo, que podem


limitar o seu uso nas dietas:
- gossipol_ pode reduzir a fertilidade de touros e vacas;
- uréia_ pode ser tóxica, em excesso;
- fontes ricas em óleo_ podem reduzir a digestão da fibra (EE>7,0% MS da
dieta);

* fator econômico.
Exigências nutricionais diárias de vacas em produção.

PV (kg) Energia PB (kg) Minerais

EL (Mcal) EM (Mcal) ED (Mcal) NDT (kg) Ca (g) P (g)

Mantença de Vacas em Lactação

500 8,46 14,2 16,32 3,70 0,364 20 14

650 10,30 17,29 19,86 4,51 0,428 26 19

Mantença + Gestação de Vacas Secas

500 11,00 18,04 21,55 4,90 0,978 33 20

650 13,39 21,96 26,23 5,97 1,120 43 26

Gordura Produção Leite – Nutrientes/kg de leite c/ diferentes %Gordura

3,0 % 0,64 1,07 1,23 0,280 0,078 2,73 1,68

4,0 % 0,74 1,24 1,42 0,322 0,090 3,21 1,98

5,5 % 0,88 1,48 1,70 0,385 0,107 3,93 2,43


Fonte: NRC, 1989.
_ Obs.:

# a dieta fornecida deve conter, no máximo, 0,7% de Cálcio na


MS, e a relação Ca/P não deve ultrapassar 2:1; além disso a inclusão
de bicarbonato de sódio na dieta deve ser evitada _ para minimizar o
risco de hipocalcemia;

# as vacas não devem perder peso durante o período de transição,


principalmente nas duas semanas que antecedem ao parto, pois isto
pode resultar em acúmulo de gordura no fígado (fígado gorduroso),
predispondo o animal à cetose;

# dieta de transição _ aumento gradativo de [ ] e volumoso de boa


qualidade.
Tabela 1- Exigências nutricionais em função da produção de leite.
Nutriente Produção de leite (kg/dia)
< 18 18 a 21 21 a 31 31 a 39 39 a 45 > 45
Energia, NDT (%) 66,9 70,5 72,2 74,0 74,8 75,0
Proteína Bruta, % 13,0 15,0 16,0 17,0 18,0 18,0
FDA, % mínimo 21,0 21,0 21,0 19,0 19,0 19,0
FDN, % mínimo 28,0 28,0 28,0 25,0 25,0 25,0
Cálcio, % 0,7 0,8 0,8 0,9 0,9 0,9
Fósforo, % 0,4 0,4 0,5 0,5 0,5 0,5
Magnésio, % 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3
Potássio, % 1,0 1,0 1,0 1,1 1,2 1,2
Enxofre, % 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2
Cloreto de sódio, % 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5
Ferro, ppm 100 100 100 100 100 100
Zinco, ppm 50 50 50 50 50 50
Cobre, ppm 12,0 12,0 12,0 15,0 15,0 15,0
Iodo, ppm 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6
Selenio, ppm 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3
Cobalto, ppm 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1
Fonte: NRC, 2001.
CÁLCULO EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS DO ANIMAL

Ex.:
Raça: Holandesa
Peso vivo: 500 kg
Estado Fisiológico: em lactação
Dias de lactação: 100 dias
Produção de leite: 20 kg/dia
Teor de gordura do leite: 4%
Ganho de peso esperado durante a lactação: 200 g/dia

Exigência de PB para mantença de vacas em função do peso vivo.

PESO VIVO (kg) PB (g/dia)

400 318

450 341

500 364

550 386

600 406
Fonte: Adaptado de NRC, 1989.
Exigência de PB por kg de leite produzido em função do teor de
gordura do leite

Gordura (%) PB (g/dia)

3,0 78

3,5 84

4,0 90

4,5 96

5,0 101

5,5 107
Fonte: Adaptado de NRC, 1989.

1 kg leite - - - - - - - - 90 g/dia
20 kg leite - - - - - - - - x

X= 1.800 g/dia PB. Exigência por produção de leite.


Exigência de PB para ganhar 200 g/dia

320 g de PB - - - - - - 1 kg/dia de PV
X - - - - - - 0,2 kg/dia de PV

X= 64 g/dia de PB

Exigência Diária Total: Mantença: 364 g/dia


Produção de leite: 1.800 g/dia
Ganho de peso: 64 g/dia

Total= 2.228 g/dia ou 2,2 kg/dia


CONSUMO DE MS

Peso vivo das vacas (kg)


Produção de leite 400 500 600
corrigida para 4%
de gordura
(kg/vaca/dia)
(consumo expresso em % do PV)

10 2,7 2,4 2,2

15 3,2 2,8 2,6

20 3,6 3,2 2,9

25 4,0 3,5 3,2

30 4,4 3,9 3,5

35 5,0 4,2 3,7

40 5,5 4,6 4,0

Fonte: Adaptado de NRC, 1989.


CONSUMO DE MS:

3,2 kg - - - - - - - 100 kg PV
X - - - - - - - 500 kg PV X= 16 kg de MS/dia

EXIGÊNCIA PB EM % DO CONSUMO DE MS

2,2 kg de PB/vaca/dia - - - - - - - 16 kg de MS/vaca/dia


X - - - - - - - 100 kg de MS/vaca/dia

X= 13,8 % de PB
* FDN: o volumoso deve ser incluído na dieta em níveis
suficientes para garantir, no mínimo, 25% de FDN na MS da
dieta _ para garantir o bom funcionamento do rúmen;

Ex.: Capim elefante (volumoso)

100% - - - - - - - 70% FDN


X - - - - - - - 35% FDN

X= 50% de capim elefante na MS da dieta.

**Composição química dos ingredientes que farão parte da dieta .

Ingrediente MS (%) PB (% da MS) FDN (% da MS)


Capim elefante picado 25 8 70
Milho moído 90 9 14
Farelo de soja 90 50 9
Ureia 100 280 -
Obs:
* ureia - até 1% da MS da dieta;
** suplemento vitamínico – mineral _ até 2% da MS da dieta.

PROPORÇÃO DE [ ] NA DIETA:

100 – (50+ 2 + 1) = 47% da MS da dieta.


TEOR DE PROTEÍNA BRUTA NO [ ]:
a)PB fornecida pelo capim-elefante:
100% - - - - - - 8% PB
50% - - - - - - X X= 4% de PB

b) PB fornecida pela ureia:


100 - - - - - - 280
1------ x x= 2,8% de PB

CAPIM ELEFANTE + UREIA = 6,8% de PB

TEOR DE PB DO [ ] = 14 – 6,8= 7,2% de PB

PB ajustada = 7,2 x 100 = 15,3%


47
QUADRADO DE PEARSON

MILHO MOÍDO a d

FARELO DE SOJA b e
f
Onde:
a = teor de PB do milho moído
b = teor de PB do farelo de soja
c = teor de PB ajustado para a mistura, ou seja, 15,3%
d = diferença entre “b”e “c”
e = diferença entre “c”e “a”
f = soma de “d”+ “e”

MILHO MOÍDO 9 34,7

15,3

FARELO DE SOJA 50 6,3


41,0
PROPORÇÕES:

% milho no [ ]: (d/f) * 100= (34,7/41,0) * 100 = 84,6%

% farelo de soja no [ ]: (e/f) * 100= (6,3/41,0) * 100 = 15,4%

* Como o [ ] representa 47% da MS da dieta, então:

- % milho moído na MS da dieta= (47 * 84,6) * 100 = 39,8%

- % farelo de soja na MS da dieta= (47 * 15,4) * 100 = 7,2%


Quantidade (kg de MS/vaca/dia) de cada ingrediente na dieta.

Ingrediente Consumo total de Proporção dos Quantidade dos


MS (kg/vaca/dia) ingredientes na
dieta (% da MS)
ingredientes (kg
de MS/vaca/dia)

Capim elefante 50,0 8,00


picado

Milho moído 39,8 6,37

Farelo de soja 7,2 1,15

Ureia 1,0 0,16


16
Suplemento 2,0 0,32
vitamínico-mineral

TOTAL 100 16,0


Quantidade (kg de MS/vaca/dia) e teor (%) dos ingredientes no
concentrado.

Quantidade Teor de MS Porcentagem


dos do Quantidade de cada
Ingrediente ingredientes ingrediente (kg de ingrediente na
(kg de (%) MN/vaca/dia) mistura (% da
MS/vaca/dia) MS)

Milho moído 6,37 90,00 7,08 80,1

Farelo de soja 1,15 90,00 1,28 14,5

Ureia 0,16 100,00 0,16 1,8

Suplemento
vitamínico- 0,32 100,00 0,32 3,6
mineral

TOTAL 8,0 - 8,84 100,0

Obs: para preparar a mistura dos [ ], é necessário converter cada ingrediente para
a matéria natural (MN), que é o modo como o alimento é utilizado.
Proporção entre volumoso e concentrado.

Alimento Quantidade (kg de Proporção na dieta (%


MN/vaca/dia) da MN)

Volumoso 32 (32/40,84)*100= 78,4

Concentrado (mistura) 8,84 (8,84/40,84)*100= 21,6

TOTAL 40,84 100

Ex.: 30 vacas, produção de 20 litros/dia.

Volumoso: (40,84 * 30) * 0,784 = 960,5 kg/dia

Concentrado: (40,84 * 30) * 0,216 = 264,6 kg/dia


Alimentação de Terneiras
* Nascimento;
# Colostro;
# Sistemas de aleitamento;
# Mamadeiras _ reduz diarréias (ingestão + lenta);
# Temperatura do leite (38oC _ + novos) até 25 a 30oC _
+ velhos;
# Lavar bem utensílios _ balde + fácil de limpar;
# Sucedâneos _ após terceira semana de vida (p.377);
# Concentrado _ estimular crescimento das papilas
ruminais _ 4º dia vida;

Obs: um [ ] de boa qualidade deve apresentar, no


mínimo, 18% de PB, 75 a 80% de NDT, vitaminas A, D e E,
e não deve conter ureia em sua formulação. A textura deve
ser grosseira.
Alimentação de Terneiras
# água limpa e fresca à vontade (estimula consumo [ ] e o ganho de
peso;
# fornecer volumoso (feno ou capim verde picado) desde a segunda
semana de idade;
# Feno é melhor do que capim verde, que é melhor do que silagem
para terneiras;
# Silagem somente a partir do terceiro mês de vida;

# DESMAME:
- consumo de [ ] alcançar 1% do PV do animal = 500 a
600g/dia para raças pequenas e 700 a 800 g/dia para raças de
grande porte; e
- idade _ oitava semana de vida;
ALIMENTAR AS NOVILHAS
# envolve o período entre a desmama e o primeiro parto;

# com 40 a 50% do PV adulto da raça, começam a ciclar, independente da idade;

# o ganho de peso diário ideal depende da raça;

# meta é atingir 85 a 90% do PV adulto ao parto;

Ganho de peso médio desejável, em raças de diferentes pesos adultos, para permitir parição
aos 24 meses de idade.

Cobertura Parição
Peso ao Ganho Peso
Raça nascer Médio adulto
(kg) Idade Idade Diário (kg)
Peso (kg) (meses) Peso (kg) (meses) (kg)

Holandesa 40-45 360-400 14-16 544-620 23-25 0,74 650-725

Guernsey,
Ayrshire 35-40 275-310 13-15 450-500 22-24 0,60 525-580

Jersey 25-30 225-260 13-15 360-425 22-24 0,50 425-500

Fonte: Adaptado de Wattiaux, 2009.


Recomendação [ ] e forragem na dieta de novilhas de diferentes idades (raça de grande porte).

IDADE (meses)

3-6 7-12 13-18 19-22

Peso médio (kg) 150 270 400 500


Ingestão estimada (kg MS/dia) 3,2 a 4,0 5,4 a 7,3 7,7 a 9,5 10 a 11,8
Forragem excelente1 (kg 1,8 a 2,2 5a6 8a9 10 a 11
MS/dia)

[ ] ( kg de MS/dia) 1,4 a 1,8 0a1 0a1 0a1


Forragem mediana2 (kg MS/dia) 1,4 a 1,8 4,5 a 5 6,4 a 7,3 9 a 10
[ ] (kg de MS/dia) 1,8 a 2,2 1,4 a 1,8 1,4 a 1,8 1 a 1,4
Forragem ruim3 (kg MS/dia) 0,9 a 1,4 3,2 a 4 5,4 a 6,4 7,3 a 8,2
[ ] (kg de MS/dia) 2,3 a 2,7 2,3 a 2,7 2,7 a 3,6 2,7 a 3,6
Composição da dieta, % na MS

Forragem 40 a 80 50 a 90 60 a 100 60 a 100


FDN 34 42 48 48
PB 16 15 14 14
Cálcio 0,5 0,4 0,3 0,3
# dos 6 aos 12 meses de vida as novilhas já apresentam maior
capacidade de ingestão e de digestão da fibra, e menores
exigências em PB;

# a partir dos 12 meses, pode-se reduzir o uso de [ ] desde que a


forrageira seja de boa qualidade;

# se usar silagem de milho, [ ] visa complementar a exigência em


PB;

# deve ser monitorado além do peso corporal, o crescimento


esquelético (altura do animal) e o ECC (Escore da Condição
Corporal);
ALIMENTAÇÃO DE VACAS
# Vacas início lactação_ devem receber dieta com elevada concentração de
energia e nutrientes, como exemplo, volumoso de boa qualidade (silagem de
milho, feno de gramíneas e leguminosas de alto valor nutricional, associada
com suplementação de [ ] protéicos e energéticos e mistura mineral.

# Dietas com alto teor de umidade e FB (alto teor de lignina), podem limitar a
ingestão;

# Dividir os animais em lotes de acordo com a fase de lactação;

# Fornecer: mistura total ou volumoso separado do concentrado;

# Sobrou ou faltou alimento no cocho!!

# [ ] para vacas em lactação apresenta de 18 a 22% de PB, e acima de 70%


de NDT.

# Na prática se recomenda o uso de 1 kg desse [ ] para cada 2,5


kg de leite produzido (!!!);

# Vacas de elevada produção podem requerer o uso de fontes ricas em óleo


– grão de soja tostado _ (aumentar [ ] energia na dieta _ até 7% da MS).
# uso de tamponantes no [ ] para evitar a acidose ruminal;

ALIMENTAÇÃO DE VACAS SECAS

# Lembrar que neste período ocorre o maior crescimento fetal;

# nas últimas três semanas pré-parto iniciar o fornecimento de [ ] formulado


para vacas em lactação;

# fornecer volumoso de boa qualidade.

# a dieta fornecida deve conter no máximo, 0,7% de Ca na MS, e a relação


Ca/P não deve ultrapassar 2:1; evitar a inclusão de bicarbonato de sódio na
dieta _ reduzir riscos de febre do leite;
ALIMENTAÇÃO DE UM REBANHO COM AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS
SUPLEMENTAÇÃO:
# 1kg [ ] para 2,0 a 2,5 kg de leite produzido;
# 1 kg leite com 4% de gordura precisa de 85g de PB e 320g NDT;

MISTURA MINERAL:
_ deve conter os seguintes nutrientes:
# Ca, P, Mg, K, Na, Cl, I, Zn, S, Cu, Co e Se (NRC, 1989);
# deve ser calculada independentemente da constituição dos
alimentos constantes da dieta;
# deve ser observada a disponibilidade percentual dos constituintes
de cada ingrediente.
# O valor mínimo de PB na dieta de vacas em lactação deve ser de
12% na base da MS; abaixo desse valor, a população microbiana do
rúmen não se desenvolve adequadamente, o que causa baixa no
consumo e, consequentemente, diminui a produção de leite.

# Obs.:
_ o teor de PB da dieta varia de 14 a 18% na base da MS,
dependendo do potencial de produção de leite e do estágio de
lactação das vacas;
_ teores mais elevados (18% PB) são indicados no início de lactação.
PRODUÇÃO DE LEITE COM BASE ALIMENTAR A PASTO

# utilizar um sistema intensivo de produção, com forrageiras de alta


produção;

# Espécies: conhecer potencial nutritivo, manejos, abubações, ....


PERENES: _ Pennisetun; _ Panicum; _ Cynodon; _ Trevos; _
Cana (PB x Ureia); ...
ANUAIS: _ Aveia; _ Azevém; _ Milho; _ Sorgo; _ Milheto...

# Sistema de pastejo _ ROTATIVO;


# Ordem de entrada/divisão de lotes _ “ponteiras e rapadoras”;
# No e Área dos piquetes;
# Intervalo de descanso (dias);
Tabela 1- Composição química da cana-de-açúcar pura ou corrigida com
1% de ureia.
Material Componentes (% da MS)

MS PB FDN FDA Celulose Lignina

Cana 29 3,2 56,8 38 26,5 7,2

Cana + 1% de 29,1 10,9 57,3 35,4 25,9 7,8


ureia (fonte
de S)

Fonte: Laboratório de Nutrição Animal do CNPGL.

Obs.: período de adaptação _ 7 dias, ½ dosagem.!!


Tabela 1 – Composição de fenos de acordo com a forrageira e sua idade de
corte.

GRAMÍNEA Rebrota MS PB FDN DMS


(dias)

28 85 16,4 78,3 73,3

35 86,3 15,5 78,7 70,6


Tifton 85
42 86 14,3 79 72,3

56 85 11,3 81,3 67,2

Fonte: Adaptado de Pereira, 1998.


ASPECTOS DAS ÁREAS DE FORRAGEIRAS:
# Facilidade de acesso aos bebedouros;

# Proximidade da sala de ordenha;

# Pastagem formada (??);

# Controle de invasoras;

# Áreas a serem formadas (correção fertilidade);

# Adubação de cobertura _ N e K (outros);

# Sombreamento !!
Tabela 1- Altura de pastejo e período de descanso para
algumas espécies forrageiras.
Espécie Altura (cm) Descanso*
(dias)

Entrada Saída

B. brizantha 30 - 40 10 - 15 28 - 36
cv. Marandu

P. maximum 70 30 - 40 28 - 36
cv. tanzania

P. maximum 90 30 - 40 25 - 33
cv. mombaça

Cynodon sp. 30 15 21 - 30
cv. Coastcross
Fonte: Adaptado de Silva e Corsi, 2003.
# IRRIGAÇÃO DE PASTAGENS EM SISTEMAS INTENSIVOS:

_ elaborar um projeto para determinar o tipo de sistema de irrigação a ser


utilizada, como lâmina d`'agua em turno de rega, entre outros;

_ a análise de solo deve ser feita anualmente para ajustar as adubações de


manutenção;

_ permite taxas de lotação mais elevadas desde que a água seja o único
elemento limitante;

_ reduz as perdas por volatilização dos adubos nitrogenados.

# em pastejo intensivo irrigado existem informações de produções de 15.000


a 25.000 kg/ha/ano de leite; e, acima de 30.000 kg/ha/ano de leite com
capim-elefante irrigado (Cruz Filho et al., 1996), quando se utiliza [ ] como
parte da dieta dos animais.

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