Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Alexander Felder
CURITIBA
2011
i
Alexander Felder
CURITIBA
2011
ii
Reitor
Prof. Luiz Guilherme Rangel Santos
Pró-Reitor Administrativo
Sr. Carlos Eduardo Rangel Santos
Pró-Reitoria Acadêmica
Profa. Carmen Luiza da Silva
Pró-Reitor de Planejamento
Sr. Afonso Celso Rangel dos Santos
Diretor da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde
Prof. João Henrique Faryniuk
Pró-Reitor de Pós Graduação, Pesquisa e Extensão
Prof. Roberval Eloy Pereira
Secretário Geral
Prof. Bruno Carneiro Diniz
Coordenadora do Curso de Medicina Veterinária
Profa. Ana Laura Angeli
Coordenadora de Estágio Curricular do Curso de Medicina
Veterinária
Profa. Ana Laura Angeli
CAMPUS BARIGUI
Rua Sidnei A. Rangel Santos, 238 – Santo Inácio
Cep. 82010-330 – Curitiba Paraná
iii
TERMO DE APROVAÇÃO
Alexander Felder
Este trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e aprovado para obtenção de título
de Médico Veterinário por uma banca examinadora do Curso de Medicina
Veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná.
________________________________________
________________________________________
________________________________________
iv
À minha querida e amiga “mãe” Ana Maria Felder, à minha irmã Michelii, e a toda a
minha família pelo carinho e atenção.
DEDICO
v
AGRADECIMENTOS
vi
Determinação coragem e auto confiança, são
fatores decisivos para o sucesso.
Se estamos possuídos por uma inabalável
determinação conseguiremos superá-los.
Independentemente das circunstâncias, devemos
ser sempre humildes, recatados e despidos de
orgulho.
Dalai Lama
vii
APRESENTAÇÃO
viii
SUMÁRIO
RESUMO................................................................................................................... xii
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1
ix
4.3 DESLOCAMENTO DE ABOMASO À DIREITA DAD ....................................... 22
4.3.1 Etiologia ..................................................................................................... 22
4.3.2 Epidemiologia ............................................................................................ 22
4.3.3 Fatores de risco ......................................................................................... 23
4.3.4 Patogênese ................................................................................................ 23
4.3.5 Fase do vôlvulo .......................................................................................... 24
4.3.6 Sinais clínicos ............................................................................................ 25
4.3.7 Patologia clínica ......................................................................................... 27
4.3.8 Achados necroscópicos ............................................................................. 27
4.3.9 Diagnóstico diferencial ............................................................................... 28
4.3.10 Tratamento .............................................................................................. 29
4.3.11 Controle ................................................................................................... 32
5. DESLOCAMENTO DE ABOMASO - Relato de Caso ......................................... 33
x
7.4 Tratamento ....................................................................................................... 47
7.5 Controle ........................................................................................................... 48
7.6 Discussão ........................................................................................................ 48
8. DISTOCIA NA VACA ............................................................................................ 50
xi
RESUMO
xii
LISTA DE TABELAS
xiii
LISTA DE FIGURAS
xiv
LISTA DE ABREVIATURAS
DA – Deslocamento de Abomaso
VA – Vôlvulo Abomasal
IA – Inseminação Artificial
IV – Intravenoso
VO – Via Oral
IM – Intramuscular
pH – Potencial Hidrogeniônico
xv
1 INTRODUÇÃO
1
Os Veterinários devem ser conhecedores e peritos no que se refere aos
princípios de epidemiologia, nutrição, clínica médica e clínica cirúrgica (RADOSTITS
et al., 2000).
O objetivo mais importante na clínica dos animais produtores de alimentos é o
melhoramento contínuo da eficiência da produção do rebanho pelo tratamento do
animal doente. Isso envolve diversas atividades e responsabilidades diferentes, mas
relacionadas, que incluem o seguinte:
Oferecer o método de diagnostico e o tratamento mais econômico, monitorar
a saúde e a produção, recomendar o controle de doenças específicas e programas
de prevenção, aconselhamentos sobre práticas de nutrição, cruzamentos e manejo
geral (RADOSTITS et al., 2000).
O médico veterinário que atua na área de produção animal deve estar sempre
atento, procurando identificar e resolver o problema o mais rápido possível e,
sobretudo, não esquecendo da adoção de um correto esquema de prevenção dos
problemas de saúde dos animais confinados.
2
2 LOCAL DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO
3
3 REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO
4
TABELA 1: Atividades realizadas no período de estágio de 15 de março a 18 de
maio – 2011.
HISTÓRICO NÚMERO DE ANIMAIS PARTICIPAÇÃO
(%)
SANIDADE
Vacina contra Clostridiose 450 16,42
Vacina contra IBR/BVD 380 13,62
Vermífugo em Bovino 66 2,36
Vacina contra Mastite 895 32,09
EXAMES
Exames Tuberculose e
Brucelose 335 12,01
REPRODUÇÃO
Protocolos de IATF 16 0,57
Palpações retais 420 15,05
TOTAL 2562 100
5
TABELA 2: Atividades realizadas no período de estágio.
HISTÓRICO NÚMERO DE ANIMAIS PARTICIPAÇÃO
(%)
Aborto 23 10,13
Afecções Podais 7 3,08
Casqueamento Corretivo 1 0,44
Cetose 2 0,88
Distocia 11 4,84
Deslocamento de Abomaso E 18 7,92
Deslocamento de Abomaso D 5 2,20
Deslocamento de Abomaso em
Touro DAD 1 0,44
Edema de Úbere 14 6,16
Fratura 1 0,44
Hipocalcemia Pós-Parto 12 5,28
Laceração de Úbere 3 1,32
Mastite 19 8,37
Tristeza Parasitária Bovina 66 29,07
Transfusão de Sangue 4 1,76
Torção de Útero 1 0,44
CASOS CIRÚRGICOS
Deslocamento de Abomaso E 18 7,92
Deslocamento de Abomaso D 5 2,20
Deslocamento de Abomaso em touro
DAD 1 0,44
Cesariana 8 3,52
Cesariana com Torção de Útero 1 0,44
Carcinoma Ocular 2 0,88
Prolapso de Terceira Pálpebra 2 0,88
Prolapso de Útero 2 0,88
TOTAL 227 100
6
Dentre os atendimentos realizados no estágio, será relatado detalhadamente os
seguintes casos:
Deslocamento de Abomaso à esquerda DAE
Deslocamento de Abomaso à direita DAD
Laminite
Cesariana
7
4 DESLOCAMENTO DO ABOMASO
Por via de regra, o abomaso em estado normal, não pode ser examinado
pelas técnicas convencionais, exceto indiretamente por auscultação e paracentese.
No DAE, os sons timpânicos (pings), audíveis a auscultação e percussão entre o
terço médio a superior da 9ª e 13ª costelas, bem como a fossa paralombar
esquerda, são característicos da doença. No DAD, são características os sons
timpânicos (pings), audíveis a auscultação e percussão no terço inferior entre a 9ª e
13ª costelas que se estendem para a fossa paralombar direita, e os sons de
8
chapinhar na água, audíveis durante a auscultação e baloteamento do terço médio
inferior direito do abdome. O abomaso aumentado pode ser palpado pelo exame
profundo retal no quadrante direito inferior do abdome, de acordo com o tamanho do
animal, o tamanho da distensão do abomaso, e não se encontrando o animal em
gestação adiantada. Depois do parto, o abomaso e mais facilmente detectável por
meio da palpação da parede abdominal ou por via retal (RADOSTITS et al., 2000).
O deslocamento pode ocorrer para a esquerda (DAE) ou para a direita (DAD)
com ou sem torção do abomaso (vôlvulo) (REBHUN, 2000).
4.2.1Etiologia
10
4.2.3 Epidemiologia
A media de DAE, comparada com a VA, e de 7,4 para 1. O risco para as duas
doenças aumenta com a idade, situando-se o maior fator de risco entre os quatro e
sete anos de idade. O gado leiteiro possui um risco maior de desenvolver o DAE do
que o gado de corte, e também a fêmea tem um risco maior do que o macho em
desenvolver DAE (RADOSTITS et al., 2000).
13
4.2.7 Final da prenhez
Devido ao fato de o parto aparecer como o fator precipitante mais comum, foi
postulado que durante a prenhez o rúmen é levantado do assoalho abdominal pela
expansão do útero, e o abomaso é puxado para a frente à esquerda sob o rúmen.
Depois do parto, o rúmen abaixa, aprisiona o abomaso, em especial se ele estiver
atônico ou distendido, com alimento, como provavelmente deve estar, se a vaca é
alimentada com grãos (RADOSTITS et al., 2000).
4.2.8.2 Hipocalcemia
14
4.2.8.3 Predisposição genética
Atividades não comuns, com salto sobre outras vacas durante o estro, são
historias freqüentes em casos não-associados com o parto. Ocasionalmente, pode-
se encontrar o DAE em novilhas e touros, e em animais de corte é raro encontrar
essa doença. Num estudo retrospectivo, a doença foi associada com aumento dos
fatores periparturientes, como gêmeos, natimortos, retenção de placenta, metrite,
acidúria, cetonúria, e baixa produção leiteira na lactação anterior (RADOSTITS et al.,
2000).
4.2.10 Patogênese
4.2.15 Tratamento
20
direita, quando comparada com a omentopexia pela fossaparalombar direita, da qual
a modificações da descrição original (RADOSTITS et al., 2000).
4.2.18 Controle
Como se trata de uma doença multifatorial a prevenção deve ser feita através
da identificação, quando possível, dos fatores predisponentes. O fator principal a ser
considerado é o manejo nutricional do rebanho. Deve-se evitar animais obesos no
estágio final de gestação e garantir um manejo efetivo de cocho neste período.
Evitar os animais em balanço energético negativo proporcionando dieta adequada.
Garantir aos animais uma fonte de fibra efetiva para que o rúmen possa estar
sempre repleto tornando-se, portanto, em uma barreira física para o deslocamento
de abomaso. A dieta no período final de gestação deve conter no mínimo 17% de
fibra bruta evitando também uma acidose ruminal pelo incremento na ingestão de
grãos neste período. As dietas de transição devem ser adequadas reduzindo as
21
chances de indigestão. Todas as doenças que ocorrem no período pós parto devem
ser imediatamente solucionadas (metrite, mastite, retenção de placenta, etc).
Qualquer fator que esteja levando a problemas de hipocalcemia deve ser corrigido
(REBHUN, 2000).
Segundo HARTMANN, recomenda-se como tratamento preventivo a
administração da dieta aniônica no período que compreende 21 dias antes do parto,
promovendo-se moderada acidose metabólica ruminal.
4.3.1 Etiologia
4.3.2 Epidemiologia
22
possa ser acidental. O meteorismo abomasal verifica-se em bezerros sem causa
predisponente aparente, também ocorre o VA em touros adultos e vacas prenhes,
mas em grau menor (RADOSTITS et al., 2000).
4.3.4 Patogênese
23
porção superior do trato intestinal e ocorrem, o DAD e obstrução do duodeno em
bezerros (RADOSTITS et al., 2000).
Em uma vaca adulta em média de 450 kg pode acumular mais de 35 litros de
líquido no abomaso dilatado, sendo que ele tem o tamanho fisiológico em torno de 8
litros, resultando em desidratação, que pode variar de 5 a 12%do peso do animal.
Em caso simples, há somente ligeira hemoconcentração e pouca alteração no
eletrólitos, assim como no equilíbrio ácido-básico, com moderada distensão do
abdômen. Esses casos são reversíveis com hidroterapia, nos casos complicados, há
grave hemoconcentração, hipovolemia e desidratação, bem como acentuada
alcalose metabólica com grave distensão do abomaso. O grau de desidratação
constitui um auxiliar confiável no prognóstico pré-operatório. A hipovolemia,
compressão da veia cava caudal e estimulação do sistema nervoso simpático, em
resposta à distensão e torção do abomaso, resultam numa taquicardia, também um
auxílio confiável no prognóstico pré-operatório (RADOSTITS et al., 2000).
Em bovinos com um grave e prolongado VA, a acidose metabólica pode-se
desenvolver e se sobrepor à alcalose metabólica, levando uma pequena
concentração de bases no líquido extracelular, esses casos graves requerem
cirurgia e hidroterapia, sendo que, pode ocorrer uma acidúria paradoxal nos bovinos
acometidos de alcalose metabólica associada com doença abomasal, o que pode
ser decorrente da excreção do ácido pelo rim em resposta à grave depleção de
potássio ou excreção dos ácidos graxos metabólicos, como resultado da inanição,
desidratação e deterioração da função renal. (RADOSTITS et al., 2000).
26
4.3.7 Patologia clínica
4.3.10 Tratamento
29
4.3.10.1 Tratamento clínico e casos mais moderados
30
para restituir a motilidade normal ao abomaso, é preciso hidroterapia intensiva no
pré e pós-operatório, algumas vezes por muitos dias. Estudos eletromiográficos de
pós-operatório abomasal e motilidade duodenal revelam perda de motilidade,
alguma motilidade retrógrada e perda da atividade do pico. Os colinérgicos são
usados para restaurar a motilidade, não sendo, porém, seguros. O transplante de
conteúdo do rúmen, para restaurar a função ruminal e o apetite, promove um
estímulo mais eficaz para restaurar a motilidade do trato gastrointestinal
(RADOSTITS et al., 2000).
A composição do líquidos e soluções eletrolíticas indicam no deslocamento à
direita e vôlvulo abomasal é objeto de muita pesquisa. Há vários graus de
desidratação, alcalose metabólica, hipocloremia e hipocalcemia. Com auxilio do
laboratório, é possível monitorar a bioquímica sorológica durante a administração
dos líquidos e eletrólitos, corrigindo, assim, certas deficiências eletrolíticas pela
adição dos eletrólitos apropriados líquidos. Sem o laboratório, o veterinário não tem
escolha, mas deve usar soluções seguras e criteriosas. As soluções eletrolíticas
balanceadas que contém sódio, cloreto, potássio, cálcio e uma fonte de glicose
costumam ser suficientes (RADOSTITS et al., 2000).
As soluções isotônicas de cloreto de potássio e cloreto de amônio (KCI 108g,
NhчCl 80g, H2O 20 litros), promovem uma fonte de potássio e cloretos, podendo
corrigir a alcalose. Tal solução pode ser dada por via IV numa média de 20 litros em
4 horas, para vacas com 450 kg, de peso vivo, o que pode ser seguido pelo uso de
solução eletrolítica balanceada numa proporção de 100-150 ml/kg por um período de
24 horas (RADOSTITS et al., 2000).
A terapia eletrolítica oral pode ser recomendada, particularmente no período
pós-operatório após drenagem cirúrgica do abomaso distendido. Uma mistura de
cloreto de sódio (50-100g), cloreto de potássio (50g), e cloreto de amônio (50-100g)
pode ser administrada diariamente VO, juntamente com o tratamento parenteral, o
tratamento com cloreto de potássio (50g/dia) pode ser mantido diariamente, até que
o animal retorne ao seu apetite normal (RADOSTITS et al., 2000).
31
4.3.11 Controle
32
5. DESLOCAMENTO DE ABOMASO - Relato de Caso
5.2 Anamnese
33
5.4 Diagnóstico
5.5 Tratamento
FIGURA 3 – Foto do animal em estação após a tricotomia e a lavagem do local a ser incisado,
preparação da área cirúrgica.
34
O procedimento cirúrgico foi realizado com o animal em estação, com
aplicação de anestésico local na linha de incisão, utilizando dois frascos de cloridrato
de lidocaína 2% com vaso constritor (cada frasco de 50 ml). A cirurgia foi iniciada
através de uma incisão vertical no flanco esquerdo de ± 20 cm na fossa para-lombar
começando 5 cm ventralmente ao processo transverso da vértebra lombar. Incisou-
se a pele, músculo obliquo abdominal externo e interno, músculo abdominal
transverso e cuidadosamente o peritônio, para que não houvesse perfuração do
rúmen. Após a incisão completa, o abomaso foi visualizado (Figura 4).
35
FIGURA 5 – Abomaso deslocado entre o rúmen e a parede abdominal esquerda no final do arco
costal.
36
FIGURA 6 – Abomaso na parede abdominal ventral com ponto captonado.
Após fixado o abomaso, sutura-se o peritônio, com fio catgut nº 2, com pontos
contínuos ancorados, seguido o músculo abdominal transverso, também com fio
catgut nº 2 continuo ancorado. A pele é suturada com fio de algodão nº1 (fio urso),
pontos continuo ancorados. Os pontos que fixam o abomaso e os pontos de pele
são retirados em torno de 15 dias após a cirurgia.
5.6 Discussão
38
6. LAMINITE E AFECÇÕES PODAIS
6.1 Introdução
39
visando adequá-las às necessidades de intensificação dos sistemas de produção
dos rebanhos, de modo a torná-los mais produtivos. Esses fatores culminaram com
maior concentração de animais por área, resultando em maior volume de dejetos,
maior umidade, piora na condição de higiene e manejo mais complexo. Na busca de
soluções para estes problemas, iniciou-se um processo de impermeabilização dos
pisos das construções objetivando reduzir a umidade e facilitar a limpeza. Este
processo culminou com a construção dos sistemas loose-house, tie-stall e free stall,
em cujas instalações as vacas freqüentemente permanecem a maior parte do tempo
em pé sobre piso de concreto, em situações de desconforto por falta de cama
adequada que as estimulem ao descanso (AG – A REVISTA DO CRIADOR, 2011).
Segundo REBHUN, 2000 a laminite ou inflamação das lâminas e do córion
sensíveis é uma afecção subdiagnosticada nos bovinos leiteiros. Geralmente, todos
os quatro pés são afetados em um certo grau, mas alguns bovinos exibem uma
claudicação de apenas um membro, podendo variar entre os quatro membros, os
sinais de claudicação de crescimento excessivos dos cascos, anéis de crescimento
nos cascos e de hemorragia subsolar destacam a doença.
40
6.3 Etiologia
41
6.4 Sinais clínicos
42
abscessos subsolares e da doença de linha branca. A redução da produção,
eficiência reprodutiva e a perda de peso constituem seqüelas (REBHUN, 2000).
Em vacas leiteiras submetidas à exploração intensiva em sistema de
confinamento permanente prevalece a forma sub-clínica de laminite, de evolução
lenta e, portanto, insidiosa e crônica. Os sinais clínicos não são evidentes desde o
início e os produtores e técnicos só percebem a doença cerca de seis meses após a
exposição dos animais aos fatores de risco, quando começam a manifestar lesões
podais secundárias à laminite, como hemorragia e úlcera de sola, sola dupla, erosão
de talão, doença da linha branca, fissuras ou rachaduras e deformações no estojo
córneo. Na laminite crônica, a recuperação do animal é demorada e incerta (AG – A
REVISTA DO CRIADOR, 2011).
6.5 Diagnóstico
6.6 Tratamento
45
7. LAMINITE E AFECÇÕES PODAIS – Relato de caso
7.1 Anamnese
46
FIGURA 8 – Mostrando o local da lesão, fistula na região da borda coronária no lado abaxial do dígito
lateral e outra fistula na região interdigital
Fonte AG – A REVISTA DO CRIADOR
7.3 Diagnóstico
7.4 Tratamento
47
contendo alcatrão vegetal. E o tratamento consistia também no casqueamento, para
corrigir os aprumos para que o animal voltasse a andar corretamente.
A troca da bandagem foi feita uma vez por dia, para o tratamento utilizou-se
flunixin meglumine, na dose de 1,1 mg/Kg e tetraciclina, na dose de 20 mg/kg/72
horas. Após uma semana de tratamento optou-se por ceftiofur, na dose de 2,2
mg/Kg/dia IM, por quinze dias. A partir de então a paciente foi mantida em piquete,
com locomoção restrita.
7.5 Controle
7.6 Discussão
48
interdigital e também por traumas penetrantes no dígito. Neste caso relatado foi uma
infecção interdigital.
As laminites que acometem esses animais tem seqüelas irreversíveis, mesmo
com todo o tratamento, o que determina um numero elevado de descartes, o que
causa um prejuízo econômico muito grande na bovinocultura de leite.
49
8. DISTOCIA NA VACA
8.1.1 Incidência
50
TABELA 3: Causas de distocia e sua incidência (%) na vaca
CAUSA (%)
Desproporção feto – pélvica 45
Má apresentação fetal 26
Falha da cérvice/vagina ao dilatar 9
Inércia uterina 5
Torção uterina 3
Outras anormalidades maternas 7
Outras anormalidades fetais 5
Fonte: JACKSON, 2004
51
8.3 Torção de Útero
Essa é uma condição rara vista, muito menos freqüente como uma causa de
distocia a termo (JACKSON, 2004).
8.3.2 Etiologia
52
8.3.4 Tratamento
8.4.1 Etiologia
O útero bovino é tido como basicamente instável por varias razões. Essas
incluem: (1) as partes caudais do útero são fixadas nas paredes laterais da pelve
pelo ligamento largo; (2) conforme a gestação avançada, as partes craniais dos
cornos uterinos repousam no assoalho abdominal sem aderências estáveis
ligamentosas; (3) uma gestação de um único bezerro ocupa principalmente um
corno do útero, tornando o órgão mais pesado e mais volumoso de um lado do que
do outro; (4) a instabilidade pode aumentar quando a vaca abaixar sua parte frontal
primeiro, ao se deitar. A torção ocorre quando a vaca ou o feto realiza um
movimento repentino, causando a rotação do útero instável em seu próprio eixo
(JACKSON, 2004).
Se o feto rotacionar em seu eixo longo ao final da gestação, o útero pode
rotacionar com ele. Exercícios reduzidos podem aumentar a incidência de torção
(JACKSON, 2004).
53
8.4.2 Sinais Clínicos
8.4.3 Prognóstico
54
uterina não percebida deve sempre ser lembrada nos casos em que o tratamento foi
tardio ou naqueles que não responderam bem a ele (JACKSON, 2004).
8.4.4 Tratamento
9.2 Anamnese
56
9.3 Exame clínico
9.4 Diagnóstico
9.5 Tratamento
57
9.5.1 Técnica cirúrgica
58
FIGURA 11 - Incisão vertical no flanco esquerdo de ± 25 cm na fossa para-lombar.
60
10. CONCLUSÃO
61
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDREWS, A.H.; BLOWEY, R.W.; BOYD, H.; EDDY, R.G.; Medicina bovina,
doenças e criação de bovinos; 2 ed, ROCA: São Paulo 2005.
BREUKING, H.J.; Abomasal displacement and prevention. Bovine Prat. 26, 1991.
http://www6.ufrgs.br/favet/lacvet/restrito/pdf/deslocamento_abomaso.pdf
Acesso em: 18/06/2011
REBHUN, W.C. Doenças do Gado Leiteiro. São Paulo: Ed. Roca, 2000.