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Caracterização:
● Carboidratos estruturais (CE): celulose, hemicelulose, lignina e pectina
● Carboidratos não estruturais (CNE): açúcares e amido
Na bovinocultura, dividimos Carboidratos Fibrosos (CF) e Carboidratos não Fibrosos
(CNF)
● CF: celulose, hemicelulose e lignina
● CNF: açúcares, amido e pectina
Obs: os AGV mais importantes para os ruminantes são o acetato (síntese de gordura)
propionato (energia para o rúmen) e butirato (desenvolvimento das papilas ruminais e
manutenção das papilas intestinais)
Obs: normalmente a pectina (polpa crítica) está menos presente na dieta do que o amido (milho) e
açúcar (cana de açúcar) que são mais fáceis de encontrar. O aproveitamento da pectina no ID é bem
menor que o do amido que vira glicose no ID - CUIDADO com o uso de polpa crítica, usar
adsorvente para eliminar micotoxinas
1. O ácido graxo esterificado, depois de ingerido, cai no rúmen e sofre ação dos MO pela
enzima lipase sendo quebrados em glicerol/galactose (a) e ácidos graxos livres (b)
a. O glicerol se comporta como carboidrato, então será fermentado em ácido graxo
volátil + CO2 e metano, sendo que a porção de ácido graxo volátil será absorvido e
convertido em energia, enquanto a porção de CO2 e metano será liberada no
ambiente por eructação e respiração
b. Os ácidos graxos livres podem ser insaturados ou saturados e terão destinos
diferentes:
i. Insaturados: por serem tóxicos para as bactérias ruminais (alteram a
permeabilidade da membrana da bactéria), podem passar por dois processos
que os tornam menos nocivos:
➔ Biohidrogenação: as bactérias quebram as insaturações tornando o ácido graxo
insaturado em saturado
◆ Ex: ácido linoleico→ ácido rumênico → ácido vacênico → ácido esteárico
➔ Saponificação: na presença de ácidos graxos insaturados de forma excessiva, o cálcio
presente na saliva dos animais se liga a eles produzindo sabão de cálcio. Esse sabão é
inerte para o rúmen e passa direto para o abomaso e, em seguida, para o intestino
Obs: a biohidrogenação possui o problema de ser um processo demorado e com o tempo necessário,
na maior parte das vezes o alimento não fica tempo suficiente no rúmen para passar por toda essa
transformação. Com isso, muitos elementos intermediários da biohidrogenação passam, como o ácido
vacênico e o ácido rumênico (CLA) - quando o CLA e o ácido vacênico são absorvidos, da circulação
eles vão para a glândula mamária inibindo enzimas responsáveis pela produção de gordura do leite
(delta 9 dessaturase). Com isso, eles reduzem a presença de gordura no leite.
Já no intestino, tanto o ácido graxo saturado resultante da biohidrogenação do insaturado
quanto o ácido graxo insaturado ligado ao sabão de cálcio e o ácido graxo saturado (oriundo dos
ácidos graxos livres) serão parcialmente absorvidos e parcialmente liberados nas fezes.
2. Das vitaminas grande parte passará inerte pelo intestino, sendo pouco absorvidas. Já os
pigmentos basicamente se tornarão fezes.
➢ Absorção Intestinal de ácidos graxos: nos enterócitos ocorre junção dos ácidos graxos
com o glicerol formando os triglicerídeos. Esses triglicerídios serão carreados para fora dos
enterócitos pelo VLDL por exocitose e levados para a circulação linfática e para o
sangue/tecidos.
Gordura Protegida
A gordura protegida entra para aumentar a energia da dieta e normalmente é fornecida no pré
pico de lactação - aumento o pico E a persistência de lactação, normalmente o fornecimento
é em torno de 400 a 600 g/dia/animal
★ Óleo de soja x Óleo de
palma: a proteção do óleo
de soja não é tão boa
quanto o de palma e isso
é confirmado pois o óleo
de soja reduz o teor de
gordura do leite pois
permite uma maior
passagem de
intermediários da
biohidrogenação para a
glândula mamária
reduzindo o teor de gordura do leite - ou seja, a proteção do óleo de soja é menor
★ Megalac também é gordura protegida
Obs: Lisina e metionina se destacam como principais aminoácidos presentes na dieta de gado de
leite - Lisina como primeiro limitante e metionina como segundo. Metionina apesar de não ser o
primeiro limitante, é o mais barato
★ A PDR tem uma limitação de uso, ou seja, não adianta adicionar ilimitadamente na dieta pois
começa a ser excretado e isso gasta energia, então eu perco energia que poderia ser
direcionada para a produção de leite - CHEGA UM PONTO EM QUE É DESVANTAJOSO
ADICIONAR PDR ILIMITADO NA DIETA DO ANIMAL (o certo é
trabalhar com 10 a 11% de PDR na dieta do animal).
★ Farinha de glúten é uma boa fonte de PNDR mas não é bom para usar pois é pobre em
aminoácidos
★ Quando suplementar PNDR para as vacas? Quando tiver animais de alta produção (30/35
litros de leite). Lembrando de primeiramente maximizar a proteína microbiana (a PDR tem
que girar em torno de 10/12%) e escolher a fonte correta de PNDR
O período de transição
corresponde ao momento em que
o animal passa de vaca seca para
vaca em lactação (21 dias antes
do parto e 21 dias depois do
parto). Há mudanças metabólicas
importantes nesse período.
ECC desejado:
- Escore por volta de 3 é ideal (1
muito magra e 5 muito gorda)
- Índices caem no arto e se
recupera no final da lactação (ajustar
ECC no terço final da lactação)
- Vacas muito gordas ao parto
podem ter problemas metabólicos
- Ter o mínimo de mudança de
ECC no período seco
- Meta = menos de 10% das vacas secas com ECC > 3,5
Vacas magras: pouca reserva corporal para lactação, pico baixo e menor produção na lactação
Vacas gordas: balanço energético negativo (BEN) pronunciado, distúrbios metabólicos pós parto,
menor produção na lactação e maior intervalo entre partos
★ O animal precisa de energia para produzir leite no pós parto, mas não consegue consumir o
quanto precisa pois o rúmen ainda está pequeno devido ao útero gravídico ainda não
regredido. O pico de consumo se dá entre 3 e 4 semanas pós parto e até esse período o animal
gasta energia para produzir leite (BEN)
○ Início da lactação: alta produção de leite e baixo consumo de massa seca
resultam em BEN = perda de reservas corporais
Desordens Metabólicas
● BEN (não tem como eliminar, mas é controlável)
○ Cetose
○ Esteatose hepática
● Manejo alimentar
○ Acidose
○ Laminite
○ Deslocamento de abomaso
○ Hipocalcemia
Cetose e Esteatose
A alta exigência energética + o baixo consumo de energia resultam em BEN e a mobilização de
reservas do animal é direcionada para conversão de triglicerídeos em NEFA ou AGNE (ácidos graxos
não esterificados). No fígado os ácidos graxos são metabolizados e se tornam corpos cetônicos que
são usados apenas pelo SNC. Há sobrecarga do SNC e o animal começa a perder funções motoras e
deposita o que sobra no fígado (esteatose hepática) - animal possivelmente é
descartado
Como amenizar BEN? Estratégia de
controle de ECC para mobilizar menos gordura
e menor estresse calórico (animais mais
confortável consome mais e produz mais leite)
como estratégias básicas - THI consiste no
índice de temperatura e umidade que estabelece
conforto para o
animal, se ele aumenta o animais estressa e a produção cai.
Como estratégias mais avançadas usamos amido e gordura na dieta para fornecer mais
energia, principalmente no pós parto
● Amido: cuidado pois amido em excesso pode levar à acidose ruminal. Muito amido sendo
fermentado produz ácidos graxos que reduzem o pH ruminal + bactérias produzindo ácido
lático reduzem mais ainda o pH. E acidose leva a laminite!
○ Acidose = queda do consumo, da produção e no teor de gordura do leite
Ajustes Dietéticos
● Limites:
○ Mínimo de FDN (35% de MS total)
○ Máximo de amido (28% da MS total)
■ Alternativas: DDG, polpa cítrica, caroço de algodão e casca de soja
Hipocalcemia
Causas: baixo nível de Ca circulante, baixa absorção intestinal de Ca, baixa mobilização
óssea de Ca ou alta secreção de Ca no leite ou inativação do paratormônio (fica inativo logo após o
parto). A hipocalcemia ocorre em 75% das vacas de alta produção. O músculo liso tem
redução da sua capacidade de contratilidade levando a retenção de placenta, involução uterina
ineficiente e aumento da incidência de deslocamento do abomaso.
Tratamento: dieta aniônica (à base de sulfatos e cloretos - sulfato de amônio, cálcio ou
magnésio e cloreto de amônio, cálcio ou magnésio). Provoca mecanismo de acidose
metabólica o que leva à ativação do paratormônio possibilitando a reabsorção/absorção de cálcio.
● Avaliação da dieta aniônica (utilizar 21 dias antes do parto): verificar o pH da urina
(normal 8,2); limitação de cátions na dieta 7,8; o ideal 3 semanas antes do parto é 5,8 a 6,2
Objetivo principal do confinamento: tirar as vacas do pasto devido a lama (maior sujidade =
maior incidência de mastite) de verão, infestação de carrapatos e stress térmico
- Hoje no Brasil estão adotando mais o compost, mas na lista das 100 maiores
fazendas BR de gado de leite, a maioria é free stall
Obs: para um produtor (pequeno ou médio) que busca aumentar a produção em escala, optar por tirar
as vacas do pasto e colocar em confinamento (maior produção, maiores taxas de concepção e
prenhez)
Free Stall
A principal diferença entre o free stall e o compost é que no free stall a vaca tem um local exato para
deitar e no compost ela deita em qualquer lugar - custo de produção do compost é maior que do free
stall (com 10 mil reais por vaca alojada podemos chegar a gastar 1 milhão de reais só com instalação)
● Pé direito alto
● Telhas de cerâmica para deixar o ambiente mais fresco
● Cama de tecido (PR para baixo adota tecido) ou areia (Sp para cima adota areia) - para a
vaca deitar é melhor areia pois é gelada e não acumula microorganismos de manejada de
maneira correta
○ Na cama de tecido pode ser colocada serragem para ajudar a mantê-la limpa
○ Neck rail impede a vaca de ficar em pé defecando na cama e a impede de passar
para o outro lado
Obs: no sul usam tecido para não precisar separar areia de dejetos. Há fiscalização para descarte de
areia no solo - não é certo pois altera a qualidade do solo - de SP para cima usam areia pois a
fiscalização não é rigorosa
● Ambiente todo fechado com controle de temperatura por placas de resfriamento - a vaca
tem que ficar de 12 a 14 horas deitada ruminando, vacas deitadas é sinal de
conforto
● Divisórias de metal ou madeira que variam muito de acordo com o tamanho da vaca
- rebanho heterogêneo é melhor compost para evitar mal dimensionamento
○ Dimensionamento deve ser de acordo com a categoria (um free stall para novilha
e um para vaca)
● Não é obrigatório ter ventiladores
● Piso mais abrasivo - maior possibilidade de problemas de casco
● Manejo de dejetos: “puxador” que raspa o piso retirando dejetos e os direciona para as
lagoas de dejetos (fazendas grandes possuem separador - separa areia dos
dejetos)
Desvantagens do free stall em relação ao Compost Barn: problemas de casco devido ao
piso abrasivo; cama de tecido dá trabalho para reformar; cama de areia pode trazer problema
ambiental; manejo de dejetos mais complicado - no compost (compostagem) a vaca defeca na cama.
Uma vaca produz de 50 a 80 kG de fezes e 80 a 100 Kg de urina; exige rebanho homogêneo para
evitar mal dimensionamento; areia das camas entorna na pista e forma lama
Compost Barn
Um compost feito no BR se baseando nas medidas dos EUA não funciona! Nos EUA a
área por animal é de 7,44 metros quadrados e no BR precisa ser de 12 a 15 metros quadrados (nos
EUA o sistema é todo fechado)
Obs: nos EUA vacas limpas é indicador de que o sistema funciona (baixo índice de mastite e baixo
CCS)
● OBRIGATÓRIO o uso de ventiladores para secar as camas
● Lanternim para melhorar a ventilação, pé direito alto e laterais abertas com sombrite (BR)
● Cama de compostagem (exige trator para revirar a cama 2 ou 3 x por dia), vacas
mais limpas e livres para deitar onde quiserem - compost não ELIMINA dejetos, só diminui
(50 a 70% dos dejetos ficam na cama)
○ Materiais para a cama: 1° serragem e maravalha, 2° casca de café, 3° casca de arroz,
4° bagaço de cana. A efetividade (necessidade de troca de cama) da serragem é maior
do que da casca de café - serragem trocada com menor frequência
○ Monitoramento da cama: termômetro na superfície precisa apontar temperaturas
próximas às do ambiente; temperatura profunda precisa estar entre 45 e 55 graus
indicando que está ocorrendo compostagem
○ Manejo da cama: 0,5 a 0,6 metros de cama lembrando de colocar serragem no início;
nova cama de 5 a 20 cm quando começar a acumular umidade; limpeza tirando
TUDO 1 a 2 x por ano; deixar 25% da cama antiga ao colocar a nova (a cama
antiga sofrendo compostagem mata as bactérias patogênicas)
Obs: para as camas estarem corretas, a temperatura profunda precisa estar certa, umidade
correta (cama “fofa” = cama seca), distribuição dos animais (sem escolher lugar para deitar = cama
boa), sujidade dos animais precisa ser baixa.
● Aeração da cama: 25 a 30 cm de profundidade de cama devem ser revolvidos 2 a 3 x por dia
quando as vacas estão na ordenha, misturando nas duas direções (cultivador, subsolador,
escarificador e enxada rotativa - quebra os torrões)
● Chão macio evita problemas de casco
● Canzis: permitem o manejo/ordenha do animal enquanto se alimenta
● Bebedouro: isolado para não molhar as camas
● Dejetos: lagoa de dejetos, sendo que a fase líquida é usada para fertirrigação e a fase
sólida para compostagem
● Proteção na beira do cocho para não machucar os animais
● Aspersão: molhar as vacas ou na pista de trato ou na sala de ordenha, é importante para
manter o conforto térmico - escolher horários específicos para evitar perda de
água. Cuidado para não molhar o material de compostagem e, se feito na pista de
trato, aumenta a quantidade de dejetos
IMPORTANTE! Para um produtor “largado” o compost é perigoso pois o acúmulo de
microorganismos em uma cama mal compostada predispõe a mastite
★ Composto com túnel de vento: todo fechado com placas de resfriamento, teto
rebaixado com lona, maior necessidade de exaustores e sem aspersores, ambiente
interno < 22 graus, necessita de maior cuidado com a cama
Limitações do Compost: dimensionamento errado leva a densidade de animais acima do
recomendado; mistura inadequada da cama; material errado para a cama; umidade do ambiente da
cama (levar em consideração a região em que o sistema vai ser implementado)
Loose housing
● Sem revolvimento de cama, então sem compostagem
● Cama de palha, feno ou bagaço de cana
● Animais livres para deitar onde quiserem
Tie Stall
● Animal contido em baias individuais sem conseguir virar e nem passear
● O animal fica muito sujo
● Tipo de instalação usado para exposição/experimento e pouco usado para produção
Cocho
➢ Tipos: direto no chão, com murinho, azulejado, suspenso, suspenso de concreto, com
depressão, automáticos
○ Cochos direto do chão precisamos passar um cabo para limitar o acesso do animal
ao lado de fora
○ Cochos com murinho dificultam a retirada de sobras mas por outro lado não é
necessário ficar voltando para manejar a comida que cai para fora
○ Azulejado fica no chão mas o azulejo limita a umidade do alimento a previne
problemas com toxinas
○ Existem tintas específicas para deixar o fundo liso facilitando a higienização
○ Quanto mais fundo/suspenso, mais difícil retirar as sobras então pior será o cocho
○ Cochos com depressão evitam o desperdício
○ Cochos automáticos fazem o cálculo de quanto tinha de comida menos o que sobrou
para calcular quanto o animal comeu
Escore de Higiene
Avaliar se o ambiente em que as vacas
vivem é de qualidade. O escore de higiene
é feito no momento da ordenha e é
interessante que seja feito por um mesmo
profissional para manter os parâmetros.
Apenas os escores 1 e 2 são aceitáveis.
Escore de Cocho
Só avaliamos antes do trato da manhã e o cocho deve estar ou vazio ou com poucas sobras
● Escore zero: sem sobras. Para novilhas e vacas secas (não devem engordar em excesso) é
o escore ideal
● Escore 1: sobras de até 2,5% do que foi fornecido. Para lotes de vacas de alta produção é
um problema pois pode significar que a vaca selecionou o que comer (resulta em
limitação do consumo)
● Escore 2: sobras de até 5%. Essa sobra indica que as vacas poderiam ter comido mais mas
não comerem por estarem satisfeitas - desafia as vacas a comerem mais. Não é um problema
para vacas de alta e média produção SE a sobra não for só palhada
● Escore 3: até 10% de sobras. Ou a dieta foi formulada errada ou as vacas estão no cio
● Escore 4: >10% de sobras. Vacas doentes.
● Escore 5: alimento intacto. Vacas não tiveram acesso ao cocho, o que é mais difícil de
acontecer
Obs: a comida que sobra não é jogada fora, é fornecida para lotes menos exigentes como machos ou
para compor parte da alimentação de novilhas
Agrupamento
Consiste em selecionar vacas parecidas e colocar em um mesmo lote
★ Sistema 3:1 = para cada 3 litros de leite que a vaca produz, eu forneço 1 quilo
de ração. Unindo vacas com baixa, média e alta produção e usando o sistema 3:1 pode
acontecer de fornecer menos ração para uma vaca que produz mais (resulta em queda da
produção) e fornecer mais ração para uma vaca que produz menos (ela vai engordar)
Transferência de Grupo
➔ Pós parto: esperar 21 dias - o ideal é ter um lote de pós parto, a dieta ainda é um pouquinho
aniônica - e depois desse período levar essas vacas e novilhas para o lote de mais alta
produção da fazenda. Chamamos isso de DESAFIAR A VACA (colocar a vaca em um lote
para comer mais pq sei que ela está subindo na curva de lactação, então fornecendo mais
comida há possibilidade dela aumentar a produção de leite)
◆ O ideal é esperar juntar 2 ou 3 vacas para transferir de lote ao invés de
transferir uma só
◆ O ideal é movimentar a vaca APÓS a ordenha, logo depois que ela voltar da
ordenha já direcionar para o lote novo
Tipos de Ordenha
Obs: vaca defecar durante a ordenha é sinal de estresse
➔ Balde ao pé: o balde fica ao pé da vaca. Para a ordenha, a vaca precisa ser tranquilizada e
isso é feito fornecendo alimento (só é feito em fazendas pequenas). Normalmente a
qualidade do leite é inferior pois ele fica parado no balde muito tempo demorando para
resfriar, o que aumenta a CBT
◆ Balde ao pé sem fosso: a pessoa fica abaixada ao lado da vaca
● Forçar a teteira: algumas pessoas acreditam que forçar a teteira melhora
a sucção do leite, mas na verdade isso pode forçar o esfíncter e
futuramente o leite pode ficar pingando da teta da vaca (precisa descartar
o animal)
● Vacas mais puxadas para o Gir tem mais dificuldade de descida do leite,
então é comum colocar o bezerro ao pé da vaca para facilitar. Aqueles
ordenhadores que não querem levar o bezerro podem usar ocitocina para
descer o leite (o problema é que muitos usam a mesma agulha em mais de um
animal, facilitando a transmissão de doenças)
➔ Espinha de peixe: fosso + pessoa de pé no fosso + sistema de ordenha encanado
(leite vai direto para o tanque de resfriamento). Mais encontrado em fazendas médias
◆ Nesse sistema é possível saber a produção individual de cada animal - importante
para percepção de animais doentes. Além disso, é possível fazer agrupamentos com
maior assertividade
➔ Paralelo: parecido com a espinha de peixe, mas os animais ficam paralelos entre si
(possibilita a disposição de mais animais por espaço) - piso parecido com borracha previne
problemas de casco. Comum em fazendas grandes .
➔ Carrossel: o sistema roda de 10 a 15 minutos e conforme volta, outros animais ocupam os
espaços. Para fazendas grandes, esse sistema otimiza muito ordenha pois
precisa de menos funcionários mas é MUITO caro (investimento 3x maior quando
comparado com paralelo)
◆ Existe o carrossel robotizado (teteira encaixa sozinha, sem mão de obra)
Obs: no paralelo o sistema em si é mais barato mas o gasto com funcionários é maior
➔ Robótica: por conta do peso, a vaca “quer” ser ordenhada e entra no robô sozinha. É possível
saber a CCS e a produção do animal em tempo real - caso tenha alteração de CCS o sistema
já desvia o leite para não ir para o tanque. A ordenha robótica também libera ração para a
vaca, uma quantidade estipulada pelo proprietário
◆ As vacas são ordenhadas pelo menos 3 x por dia (quanto mais a vaca for
ordenhada, menor a chance de mastite pois o teto é limpo mais vezes e sobra
menos leite residual)
Obs: na fazenda robotizada eu tenho aumento do valor médio de produção pelo ajuste de ordenha -
posso obter 5 litros a mais de leite ordenhados por dia na fazenda (aumenta o lucro). Além disso, o
robô possibilita até o reconhecimento dos animais que estão no cio e o ajuste de ração dos animais (é
possível economizar com ração)
Curva de Lactação
Deve ser avaliada para encontrar:
● Alimentação deficiente
● Instalações inadequadas
● Patologias não aparentes
● Animais mais produtivos
Normalmente a lactação dura 305 dias (a vaca pare, começa a aumentar a produção - mais ou menos
aos 90 dias de parida ocorre o PICO DE LACTAÇÃO - e depois disso vai diminuindo a produção e
ocorre a secagem em torno de 60 dias antes do parto)
Uso de bST
É o hormônio aplicado nas vacas em lactação para
manter a persistência. A aplicação é feita SC a cada
14 dias e somente em animais produzindo mais de
20 litros/dia que tenham comida de qualidade,
conforto térmico e EC bom - só aplicado depois de
atingir o pico (tanto para vacas quanto para novilhas
há efeito positivo na aplicação de bST e o bST pode
ser aplicado enquanto a vaca estiver respondendo)
➔ O bST ajuda na manutenção do escore
corporal (o ideal é ficar entre 2.75 e 3),
ele aumenta a eficiência de nutrientes metabolizados no fígado que são enviados para a
glândula mamária
➔ Os receptores do humano não reconhecem os hormônios da vaca, por isso não tem problema
injetar hormônio na vaca (mesmo que a tenha uma porcentagem de hormônio muuuuuuuuito
pequena sendo passada para o leite)
Obs: o boostin tem ação mais rápida pois a base de diluição do hormônio é aquosa enquanto o
lacto tem ação mais lenta pois a base de diluição é óleo. Posilac é recomendado para Girolando.