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Digestibilidade

- Energia é uma grandeza física, e é dada pela porcentagem da massa do alimento.

- Pode ser dado em KJ ou Kcal.

- Nem toda energia é aproveitada 100%

→ Energia Bruta (EB)

- Energia contida no alimento.


- Parte é absorvida, e o que não for é liberado nas fezes e urina.
- Pode ter origem alimentar ou endógena (descamação da epiderme → também
aproveitável).

→ Energia digestível (ED)

- Energia química absorvida pelo organismo


- EB consumida menos a energia presente nas fezes.
- Está relacionado com a interação animal-alimento, por isso varia de espécie para espécie.
- No caso de ruminantes, os produtos gasosos devem ser considerados, pois representam
perdas.

→ Energia Metabolizável (EM)

- Energia digestível menos a energia das fezes e a energia da urina.


- Energia disponível para a célula animal.

- Parte da energia, também é perdida na forma de calor. → Incremento calórico.


● Não é a energia utilizada do corpo.
● É tudo aquilo que excede a manutenção corporal.
● Tem-se um maior incremento calórico quando tem-se maior consumo de carboidratos
do que de lipídios. (Maior perda por calor).
● perda de energia na forma de calor inerente à metabolização dos alimentos

- Energia da urina (EU)

● A urina é coletada → retira a água → O que sobrar é descontado como perda.


● Não utilizado para aves, pois a urina é excretada junto com as fezes.

→ Energia Líquida (EL)

- Energia metabolizável menos o incremento calórico.


- Pode variar em:
● Energia de Mantença
● Energia de Produção
→ Digestibilidade do alimento

- Mede aquela porção que não foi excretada nas fezes

- Conteúdo disponível para ser absorvido.

- É representado na forma de coeficiente com base na matéria seca.

- Às vezes o peso da massa excretada pode ser mais pesado que o consumido, pois na massa
final têm uma adição de água.
Nutriente ingerido % do X (Alimento ingerido/Excre (g) X MS do alimento
= nutriente )

→ Coeficiente de digestibilidade

dNutrient Nutriente Ingerido - Nutriente Excretado


X 100
NutrienteIngerido

→ NDT (Nutrientes Digestíveis Totais)

- Faz maior diferença para ruminantes.


- Mede energia em Kg não em unidade energética.
- Leva em consideração aquilo que foi digerido e absorvido.
- Não considerar perda de energia na forma de gases, calor.
- Pela diferença de energia gerada por lipídios, utiliza-se um fator de correção igual a
2,25, para o cálculo de NDT.
● Lipídeos fornecem +/- 2,25 unidades de energia a mais.
Metabolismo de Carboidratos

- (CH2O)n

→ Função dos Carboidratos

- Fontes de energia (Glicose)


- Reserva de energia (Glicogênio, amido)
- Estrutura (Celulose, quitina)
- Genético (DNA e RNA)

→ Classificação

- Homopolissacarídeo
● Um único CHOs (glicogênio…)

- Heterossacarídeos
● Mais de um tipo de CHOs (Pectina…)

Pode ser ramificado ou não.

→ Os carboidratos são constantemente usados na nutrição animal, por serem mais baratos
e fáceis de adquirir.

→ CNF: Amido, amilose, amilopectina…

→ O CD (coeficiente de digestibilidade) de
fibras é variável pois depende da idade da
forrageira. Forrageiras mais velhas tendem a
ser mais lignificadas, o que diminui o CD.
→ CNE: Carboidratos não-estruturais
→ CNF: Carboidratos não-fibrosos
→ Lignina: Composto fenólico (não é carboidrato). É uma macromolécula tridimensional
amorfa encontrada nas plantas, associada à celulose e hemicelulose na parede celular cuja
função é de conferir rigidez, impermeabilidade e resistência a ataques microbiológicos e
mecânicos aos tecidos vegetais.

- Efeitos da Lignina na redução do CD


● Efeito tóxico de componentes da lignina aos microorganismos do rúmen
○ Desativa enzimas.
● Impedimento físico causado pela ligação lignina polissacarídeo que causa
limitação do acesso de enzimas fibrolíticas ao substrato fibroso
● Limitação da ação de enzimas hidrofílicas causada pela hidrofobicidade criada
pelos polímeros de lignina.
○ Lignina repele água e enzimas hidrofílicas não chegam perto desse
carboidrato.

Ruminantes

→ Carboidratos estruturais representam


cerca de 70 – 80% da dieta

→ Essencial
- Exigência de energia
- Produção de leite e carne
- Saúde animal (Bom funcionamento
do rúmen).

→ Digestibilidade dos CE depende:

- Características químicas
● Composição
● Relação de CE e [lignina]
→ Produção de AGV’s

- São produzidos durante a fermentação no rúmen pelos microrganismos


● Os microrganismos quebram o carboidrato em glicose e depois fermentam
a glicose nas vias fermentativas. → Produz gases (metano, CO 2…).
- Os principais ácidos produzidos são:
● Acetato/Ácido acético (2C)
● Propionato/Ácido propiônico(3C)
● Butirato/ácido butírico (4C)
- Suprem 50-70% da exigência de energia dos ruminantes.
- O acetato é precursor de gordura corporal e do leite; o propionato é a principal fonte
de glicose para o ruminante, através da gliconeogênese realizada no fígado; e o
butirato é a principal fonte de energia para o epitélio ruminal e também para
produção de gordura corporal e do leite.

→ Acetato
- Principal AGV presente na corrente sanguínea.
- Utilizado para produção de energia e também
como precursor de ácidos graxos presentes na
gordura do leite
- Nunca convertido à glicose
- Vira Acetil-coa.
- Para cada 1 mol de acetato produz-se cerca de 10
ATPs

→ Propionato
Trans
- Convertido à glicose no fígado
- Para cada mol de propionato produz-se cerca de
17 ATP`s AG
- Propionato passa a piruvato na gliconeogênese e
entra no ciclo de Krebs em situações em que necessita de energia, mas a glicose está
em níveis altos no sangue.
- Se não precisar de energia e nem de glicose, vira lipídios de reserva.

→ Butirato
- Convertido à corpos cetônicos na parede do rúmen
- Conhecidos como β-hidroxibutirato
- Importante fonte de energia para os tecidos;
- Também podem ser originados da mobilização de tecido adiposo
- Para cada mol de butirato produz-se cerca de 25 ATP`s
- Usado para a síntese de AG no tecido adiposo e glândulas mamárias.
- Butirato → β hidroxibutirato → Acetoacetato → Aceto acetil- CoA

Metabolismo

- Glicose é a fonte primária de energia.


- Toda célula pode utilizar a glicose como fonte de energia
● A glicose presente na corrente sanguínea absorvida pela células dos tecidos
● Insulina
● Transportadores de glicose

→ Insulina
- Hormônio proteico
- Induz os receptores das células a absorver glicose disponível no sangue.
- Age em conjunto com o glucagon.
● Atua em momentos de jejum.
● Aumenta a quantidade de glicose no sangue.
- Portanto, regula a homeostase de glicose sanguínea.

→ Transporte de glicose
- GLUT’ s – difusão facilitada.
● Distribuída amplamente pelo corpo.
- A glicose se difunde pela membrana, o que a torna passível a sair da célula, por isso
que uma das primeiras reações da glicólise, são reações de fosforilação. O fosfato
impede que a glicose saia da célula.
● Também tem por papel enfraquecer a ligação entre o C3 e C4.

→ Glicose é convertida em piruvato - GLICÓLISE

- Ocorre no citoplasma.
- Produz pouca energia → 2 ATP saldo.
- Ao final tem-se: 2 ATP, 4 NADH e 2 Piruvatos.
- Possíveis destinos para o piruvato:
● Virar lactato → Animais de tração
● Virara acetil CoA.

→ Metabolismo do piruvato - CICLO DE KREBS

- Convertido a acetil CoA (2C).


- Os carbonos são perdidos na forma de CO2
- Produz pouca energia → 1 GTP
- Para cada Acetil tem-se: 3 NADH, 1 FADH2, 1 GTP

- Rep 1: Vias alternativas para obtenção de energia.


- Res 2: Quebra de tecidos de reserva, glicogênio ou aa.
- Res 3: Carboidratos e lipídios.

Glicogênese

Síntese de um polímero de glicose, o glicogênio.

- Ligações α- 1,4 entre glicoses lineares, com ligações do tipo β - 1,6 nas
ramificações.

- O armazenamento da glicose na forma de glicogênio ocorre de forma rápida e é


o substrato utilizado imediatamente na falta de glicose.

- Locais para armazenamento da glicose:


● Fígado → Ajuda na regulação dos níveis de glicose no sangue.
● Tecido muscular esquelético → Não atua na regulação da glicemia
sanguínea. Usa toda glicose que armazena e também pode pegar do
sangue.

- Enzimas que auxiliam na formação:


● Glicogenina: Inicia o processo de polimerização.
● Glicogênio sintase: Adiciona glicose ao polímero já formado.
● Enzima ramificadora.
Após a ingestão de carboidratos, quais vias estão
ativas?

Glicogenólise

- Fosforólise de glicogênio para produção de glicose-1- fosfato

- Enzimas envolvidas:
● Glicogênio fosforilase: fosforila a ligação entre glicoses e as quebras.
● Enzima desramificadora: desramifica, e pega essa glicose e a coloca em uma
cadeia linear.
● Fosfoglicomutase: Muda a posição do P da glicose. Glicose 1-P → Glicose
6-P

- Ocorre no tecido muscular e hepático.

- A Glicose 6-P está dentro da célula, e para sair a enzima glicose 6-fosfatase retira o
fosfato, para que a glicose saia.
● Tecidos musculares não possuem essa enzima, por isso que todo glicogênio
armazenado é utilizado por ele.

Quando o corpo ativa a glicogenólise e a


glicogênese?

Gliconeogênese

Síntese de glicose a partir de compostos que não são carboidratos

É necessário pois alguns tecidos do corpo utilizam apenas glicose como fonte de energia

→ A partir do piruvato

- Lactato, glicerol (quebra do triglicerídeo) e alguns aa (não utiliza leucina e lisina)


podem virar piruvato.
- Possui alguns pontos irreversíveis, por isso que faz uso de alguns desvios.
→ A partir do Glicerol

- Na quebra de triglicerídeos vai ser liberado o glicerol.


- O glicerol vai ser convertido em dihidroxiacetona.
- Se estiver precisando de energia ele vai ser convertido em piruvato e segue a via
metabólica padrão.
- Se estiver em um estado de hipoglicemia, a dihidroxiacetona vai ser convertida em
glicose através da gliconeogênese.

→ A partir do Lactato

- Pode ocorrer acúmulo de lactato nos músculos. E para convertê-lo em glicose ele tem
que ir para o fígado é lá que ele será convertido em glicose.

→ Uso de proteínas

- A proteína no músculo vai ser quebrada em aa → a alanina é mandada para o


fígado para que seja convertida em piruvato.

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