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Do ponto de vista químico, a respiração vegetal pode ser expressa como a oxidação da
molécula de 12 carbonos sacarose e a redução de 12 moléculas de O2
Essa reação é o inverso do processo fotossintético; ela representa uma reação redox acoplada,
na qual a sacarose é completamente oxidada a C02, enquanto o oxigênio serve como aceptor
final de elétrons, sendo reduzido à água no processo.
Essa reação é o inverso do processo fotossintético; ela representa uma reação redox acoplada,
na qual a sacarose é completamente oxidada a C02, enquanto o oxigênio serve como aceptor
final de elétrons, sendo reduzido à água no processo.
Essas reações podem ser agrupadas em quatro processos principais: glicólise, a rota
oxidativa das pentoses-fosfato, o ciclo do ácido cítrico e a fosforilação oxidativa.
→ GLICÓLISE
Envolve uma série de reações catalisadas por enzimas localizadas tanto no citosol quanto nos
plastídeos. Um açúcar é parcialmente oxidado via açúcares-fosfato de seis carbonos e açúcares-
fosfato de três carbonos para produzir um ácido orgânico.
O processo rende uma pequena quantidade de energia como ATP e exerce poder redutor sob a forma
do nucleotídeo nicotinamida reduzido, NADH.
- Substratos
- Mecanismos
Regulação primária no nível do metabolismo do PEP pela piruvato cinase e pela PEP carboxilase. A
regulação secundária é exercida pelo PEP na conversão da frutose-6-fosfato em frutose-1,6-bifosfato
→ FERMENTAÇÃO
A fosforilação oxidativa não funciona na ausência de oxigênio. Portanto, a glicólise não pode
continuar a operar porque o suprimento celular de NAD+ é limitado, e, uma vez que todo o NAD+
fica aprisionado no estado reduzido (NADH), a atividade catalítica da gliceraldeído 3-fosfato
desidrogenase cessa o funcionamento.
Duas enzimas, piruvato descarboxilase e álcool desidrogenase, atuam sobre o piruvato, produzindo,
ao final, etanol e C02 e oxidando NADH no processo.
Devido à baixa recuperação de energia da fermentação, uma taxa maior de degradação de carboidratos
é requerida para sustentar a produção de ATP necessária para a sobrevivência celular.
→ CICLO DE KREBS
O piruvato é completamente oxidado a CO2. Esse processo gera a maior parte do poder redutor
oriundo da quebra da sacarose.
A degradação da sacarose em piruvato libera menos que 25% da energia total da sacarose; a energia
restante é armazenada nas quatro moléculas de piruvato.
- Estrutura da mitocôndria
As mitocôndrias vegetais têm duas membranas: uma membrana externa lisa, que circunda
completamente uma membrana interna altamente invaginada → Como consequência de sua área
de superfície significativamente aumentada.
A fração lipídica de ambas as membranas é principalmente formada por fosfolipídeos, 80% dos quais
são ou fosfatidilcolina ou fosfatidiletanolamina. Cerca de 15% é difosfatidilglicerol (também
chamado cardiolipina), a qual ocorre nas células somente na membrana mitocondrial interna. A
cardiolipina faz com que a membrana interna seja muito impermeável.
● Fumarato é hidratado para produzir malato, que é subsequentemente oxidado pela malato
desidrogenase, para regenerar oxaloacetato e produzir outra molécula de NADH.
A energia química conservada durante o ciclo do ácido cítrico sob a forma de NADH e
FADH2 deve ser convertida em ATP para realizar trabalho útil dentro da célula.
Para cada molécula de sacarose oxidada pela glicólise e pelo ciclo do ácido cítrico, quatro
moléculas de NADH são geradas no citosol e dezesseis moléculas de NADH mais quatro
moléculas de FADH2 são geradas na matriz mitocondrial.
Os elétrons do NADH gerados na matriz mitocondrial durante o ciclo do ácido cítrico são
oxidados pelo complexo I
Quatro prótons são bombeados da matriz para o espaço intermembrana para cada par de
elétrons que passa pelo complexo.
- Ubiquinona
Localizada dentro da membrana interna. Ela não está fortemente associada a qualquer
proteína e pode se difundir no interior hidrofóbico da bicamada da membrana.
Quatro prótons por par de elétrons são bombeados pelo complexo III, utilizando um
mecanismo chamado de ciclo Q.
- Citocromo c
Pequena proteína fracamente presa à superfície externa da membrana interna e serve como
um carregador móvel que transfere elétrons entre os complexos III e IV.
- Complexo IV
Esse complexo é a oxidase terminal e realiza a redução do O2 a duas moléculas de H20 com
quatro elétrons. Dois prótons são bombeados para cada par de elétrons.
- ATP sintase
É uma proteína de membrana virada para a matriz mitocondrial e fosforila ATP a partir de
ADP mais Pi.
O mecanismo da síntese mitocondrial de ATP baseia-se na hipótese quimiosmótica. A
orientação dos carregadores de elétrons dentro da membrana mitocondrial interna permite a
transferência de prótons através da membrana interna durante o fluxo de elétrons
Para cada ATP sintetizado, 3 H + passam pelo componente F°' vindos do espaço
intermembrana para a matriz, ao longo de um gradiente eletroquímico de prótons.
O transportador ADP / ATP (adenina nucleotídeo) efetua a troca ativa de ADP e ATP através
da membrana interna. O movimento do ATP4-, mais negativamente carregado, para fora da
mitocôndria, em troca de ADP3 - ou seja, uma carga negativa líquida para fora, é governado
pelo gradiente de potencial elétrico (positivo fora) gerado pelo bombeamento de prótons.
A absorção de fosfato inorgânico (P) envolve uma proteína de transporte ativo de fosfato,
que uti1iza o componente de potencial químico (ΔpH) da força motriz de prótons, para
governar a troca eletroneutra de Pi- (para dentro) por OH- (para fora).
Esse próton, que governa a troca de ATP por ADP e Pi, deveria ser também incluído no
cálculo do custo de síntese de um ATP. Assim, o custo total é de 3 H + usados pela ATP
sintase mais 1 H + para a troca através da membrana, ou um total de 4 H+.
- Balanço
52 moléculas de ATP serão geradas por molécula de sacarose, pela fosforilação oxidativa.
→ OXIDASE ALTERNATIVA
As plantas apresentam uma capacidade de respiração resistente ao cianeto que é comparável à
capacidade da rota da citocromo e oxidase. A enzima responsável por essa captura de
oxigênio resistente ao cianeto foi identificada como uma ubiquinol oxidase denominada
oxidase alternativa.
Os elétrons saem da cadeia principal de transporte de elétrons para esta rota alternativa no
nível do pool de ubiquinona.
Quando os elétrons passam à rota alternativa a partir do pool de ubiquinona, dois locais de
bombeamento de prótons (nos complexos III e IV) são deixados de lado.
Como não existe um local de conservação de energia na rota alternativa entre a ubiquinona e
o oxigênio, a energia livre que normalmente seria conservada na forma de ATP é perdida
como calor.
- Aplicações
Se a taxa respiratória excede a demanda celular por ATP (isto é, se os níveis de ADP estão
muito baixos), o nível de redução na mitocôndria será alto e a oxidase alternativa será
ativada. Portanto, a oxidase alternativa possibilita à mitocôndria ajustar suas taxas relativas
de produção de ATP e de síntese de esqueletos de carbono para uso em reações
biossintéticas..
- Reação
Esses produtos podem ser depois metabolizados pela glicólise para produzir piruvato.
- Triacilgliceróis
Os ácidos graxos em plantas são, normalmente, ácidos carboxílicos de cadeia reta com um
número par de átomos de carbono.
Os ácidos graxos em plantas são, normalmente, ácidos carboxílicos de cadeia reta com um
número par de átomos de carbono.
As plantas não são capazes de transportar gorduras dos cotilédones para outros tecidos da
plântula em desenvolvimento, de modo que elas precisam converter os lipídios armazenados
em uma forma mais móvel de carbono, geralmente sacarose.
Ela começa com a hidrólise dos triacilgliceróis armazenados em corpos lipídicos a ácidos
graxos livres, seguida da oxidação destes ácidos graxos para produzir acetil-CoA.
A quebra de AG
pode gerar até 106
ATPs.
→ CONTROLE DA RESPIRAÇÃO
À medida que a demanda celular por ATP no citosol diminui em relação à taxa de síntese de
ATP nas mitocôndrias, menos ADP estará disponível, e a cadeia de transporte de elétrons
opera em uma taxa reduzida.
- Necessidades
- Luz
- Oxigênio
O oxigênio pode afetar a respiração vegetal devido ao seu papel como substrato no processo
respiratório como um todo.
As limitações no suprimento de oxigênio podem ser mais fortes em árvores com raízes muito
profundas e que crescem em solos úmidos.
- Temperatura
Normalmente aumenta com a temperatura entre 10 e 30ºC e atinge um platô entre 40 e 50ºC.
Em temperaturas mais altas, ela novamente decresce devido à inativação da maquinaria
respiratória
Em uma escala de tempo mais longa, as plantas se aclimatam a baixas temperaturas pelo
aumento de sua capacidade respiratória, de modo que a produção de ATP pode ser
continuada
As temperaturas baixas são utilizadas para retardar a respiração pós-colheita durante a
estocagem de frutos e verduras, mas essas temperaturas devem ser ajustadas com cuidado.
- CO2
A temperatura reduzida baixa a taxa respiratória, da mesma maneira que o nível reduzido de
O2. Níveis baixos de oxigênio, em vez de condições anóxicas, são usados para impedir que as
tensões de oxigênio nos tecidos baixem ao ponto no qual o metabolismo fermentativo é
estimulado. O dióxido de carbono tem um efeito inibidor direto limitado sobre a respiração
em concentrações artificiais altas de 3 a 5%.