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Tarefa de Bioquímica

Aluno: Lucas Filliphy Corteze Cândido

1. A fotossíntese ocorre em duas tapas: a fase fotoquímica (ou reações dependentes de


luz) e a fase bioquímica (ou ciclo de Calvin, ou reações independentes de luz).

2. O CO2 (dióxido de carbono) e a H20 (água)


são substâncias essenciais para a fotossíntese. O CO2 é usado como fonte de carbono
para a produção de moléculas
orgânicas, enquanto a H20 fornece elétrons que são utilizados na síntese de ATP
(adenosina trifosfato) e NADPH (nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato reduzido),
que são necessários para a fixação do CO2 e para a produção de moléculas orgânicas
durante a fase bioquímica da fotossíntese.

3. A reação de Hill é uma reação fotossintética que ocorre na fase fotoquímica. Ela
envolve a transferência de elétrons do fotossistema lI para um aceptor de elétrons,
geralmente uma molécula de plastoquinona. Essa reação produz ATP e NADPH, que são
usados posteriormente na fase bioquímica da fotossíntese.

4. Os fotossistemas I e ll são complexos proteicos presentes nas membranas tilacoides


dos cloroplastos. O fotossistema lI é responsável pela absorção de fótons de luz e pela
transferência de elétrons a longo da cadeia de transporte de elétrons, gerando um
gradiente de prótons que é usado para a produção de ATP. O fotossistema I recebe
elétrons do fotossistema ll e os utiliza para reduzir o NADP+ a NADPH, que é um
importante transportador de elétrons a fase bioquímica da fotossíntese.

5. As moléculas de ATP e NADPH são formadas durante a fase fotoquímica da


fotossíntese. O ATP é produzido pela fotofosforilação, que ocorre através do fluxo de
prótons através da
ATP sintase na membrana tilacoide, impulsionado pelo gradiente de prótons gerado
pelo fotossistema lI. O NADPH é formado pela redução do NADP+ pelo fotossistema I,
utilizando elétrons provenientes do fotossistema ll.

6. A fosforilação oxidativa ocorre durante a respiração celular, envolvendo a produção


de
ATP pela fosforilação de ADP utilizando energia liberada na transferência de elétrons.
A fotofosforilação cíclica ocorre apenas no fotossistema I, gerando ATP sem a produção
de NADPH. A fotofosforilação acíclica ocorre no fotossistema Il e no fotossistema I,
produzindo ATP e NADPH. A fosforilação ao nível de substrato ocorre
independentemente da luz, envolvendo a transferência direta de um grupo fosfato de
um substrato rico em
V energia para o ADP, formando ATP.

7. A fosforilação fotossintética ocorre durante a fotossíntese nas plantas e utiliza a


energia da luz para produzir ATP. Nesse processo, a energia luminosa é capturada pelos
pigmentos fotossintéticos nos cloroplastos e usada para gerar um gradiente de prótons
através da cadeia de transporte de elétrons, que, por sua vez, é utilizado pela ATP
sintase para a produção de ATP. Já a fosforilação oxidativa ocorre durante a respiração
cellar e utiliza a energia liberada na transferência de elétrons de moléculas de alta
energia (como a glicose) para produzir ATP. Nesse caso, a energia é proveniente da
oxidação de moléculas orgânicas e é transferida por meio de uma cadeia de transporte
de elétrons
localizada na membrana mitocondrial.

8. Os herbicidas da classe das triazinas atuam inibindo a fotossíntese nas plantas


daninhas.
Eles se ligam ao centro de reação do fotossistema ll e bloqueiam a transferência de
elétrons, interrompendo assim a produção de
ATP e NADPH. Com a falta de energia e coenzimas redutoras, as plantas não
conseguem realizar a fixação de CO2 e a produção de moléculas orgânicas, levando à
morte das plantas daninhas.

9. A fase bioquímica, também conhecida como ciclo de Calvin ou reações


independentes de luz, consiste em uma série de reações químicas que ocorrem no
estroma dos cloroplastos. As etapas do ciclo de Calvin são as seguintes:
a) Fixação do CO2: O CO2 é incorporado em uma molécula de cinco carbonos chamada
ribulose-1,5-bisfosfato (RuBP) pela enzima
RuBisCO (ribulose bisfosfato carboxilase/oxigenase).
b) Redução: O CO2 fixado é reduzido usando
ATP e NADPH produzidos na fase fotoquímica. O produto final dessa redução é a
formação de carboidratos, principalmente glicose.
c) Regeneração de RuBP: Algumas moléculas de carboidrato são utilizadas para
regenerar o
RuBP, permitindo que o ciclo continue.

10. O composto inicial no Ciclo de Calvin é o ribulose-1,5-bisfosfato (RuBP), uma


molécula de cinco carbonos.

11. A Rubisco carboxilase é a enzima responsável pela fixação do CO2 durante a fase
bioquímica da fotossíntese. Elaé essencial para a fixação do carbono e, portanto,
desempenha um papel fundamental na síntese de carboidratos e na produção de
matéria orgânica. A Rubisco é considerada a enzima mais abundante na Terra eé de
extrema importância na manutenção do equilibrio do ciclo do carbono.

12. O primeiro produto estável formado no Ciclo de Calvin é o ácido 3-fosfoglicérico


(3PGA), uma molécula de três carbonos.

13. Para a síntese de uma molécula de glicose, são necessárias seis moléculas de CO2.
Cada molécula de CO2 precisa ser fixada no ciclo de Calvin, consumindo três moléculas
de ATP e duas moléculas de NADPH. Portanto, para a síntese de uma molécula de
glicose, são necessárias 18 moléculas de ATP (6 CO2 × 3
ATP) e 12 moléculas de NADPH (6 CO2 × 2
NADPH). Esse número é maior do que a quantidade de ATP produzida no catabolismo
da glicose (38 moléculas de ATP). Isso ocorre porque a sintese de glicose é uma via
anabólica que requer energia adicional para construir moléculas complexas a partir de
substratos mais simples.

14. Sim, a fase fotoquímica depende diretamente da energia solar. Durante a fase
fotoquímica, os pigmentos fotossintéticos nos cloroplastos absorvem a luz solar e
convertem essa energia em energia química. Essa energia é usada para impulsionar a
transferência de elétrons e a produção de ATP e NADPH, que são utilizados na fase
bioquímica da fotossíntese para a produção de moléculas orgânicas.
15. A enzima Rubisco atua como oxidase em condições de alta concentração de
oxigênio e baixa concentração de CO2. Esse fenômeno ocorre durante a
fotorrespiração, quando a Rubisco fixa moléculas de oxigênio em vez de CO2, levando a
uma perda de carbono e energia. A reação catalisada pela Rubisco como oxidase
resulta na produção de um composto chamado 2-fosfoglicolato, queé metabolizado em
uma série de reações conhecidas como ciclo de fotorrespiração.

16. A fotorrespiração afeta negativamente a fotossíntese, pois leva à perda de carbono


fixado e reduz a eficiência geral do processo fotossintético. Durante a fotorrespiração,
ocorre a conversão do produto da reação da Rubisco com o oxigênio (2-fosfoglicolato)
em outros compostos, resultando na liberação de
CO2 e consumo de energia. Esse processo leva a uma perda líquida de carbono e reduz
a quantidade de carbono disponível para a síntese de moléculas orgânicas,
prejudicando o crescimento e desenvolvimento da planta.

17. A fotorrespiração é favorecida por condições de alta temperatura, alta


concentração de oxigênio e baixa concentração de CO2. Em condições de estresse
ambiental, como altas temperaturas e baixa disponibilidade de água, as plantas
tendem a fechar seus estômatos para reduzir a perda de água por transpiração. No
entanto, esse fechamento dos estômatos leva a uma acumulação de oxigênio e uma
redução na disponibilidade de CO2 dentro dos cloroplastos. Como resultado, a Rubisco,
a enzima chave no ciclo de Calvin, passa a atuar como oxidase, fixando o oxigênio em
vez do CO2. Isso ocorre porque o oxigênio é um competidor do CO2 pela
Rubisco e, em condições de baixa concentração de CO2, a Rubisco fixa o substrato mais
abundante, que é o oxigênio, levando à fotorrespiração.

18. Na via C4 da fotossíntese, ocorre uma adaptação especializada em certas plantas


para minimizar a fotorrespiração e melhorar a eficiência fotossintética em condições de
altas temperaturas e altas taxas de transpiração. Essas plantas têm uma anatomia foliar
especializada e uma divisão de trabalho entre células dos mesofilo e
células da bainha do feixe vascular.

19. A enzima responsável pelo início da via C4 é a fosfoenolpiruvato carboxilase


(PEPcase). O substrato utilizado pela PEPcase é o fosfoenolpiruvato (PEP), queé um
composto de três carbonos. A PEPcase está localizada nas células do mesofilo, que são
as células que circundam os feixes vasculares.

20. Na via C4, ocorre a produção do ácido oxalacético nas células do mesofilo. Em
seguida, o ácido oxalacético é convertido em ácido málico e transportado para as
células da bainha do feixe vascular. Nas células da bainha do feixe vascular, o ácido
málico é descarboxilado, resultando a produção de ácido pirúvico. O ácido pirúvico é
transportado de volta para as células do mesofilo, onde é regenerado em
fosfoenolpiruvato (PEP). Portanto, o ácido oxalacético é produzido nas células do
mesofilo, o ácido málico nas células da bainha do feixe vascular, o ácido pirúvico em
ambos os tipos de células, e o PEP é regenerado nas células do mesofilo.

21.A consequência da via C4 para o ciclo de Calvin é a concentração eficiente de CO2


nas células da bainha do feixe vascular, onde a enzima Rubisco está presente. Nas
células do mesofilo, o CO2é fixado em compostos de quatro carbonos, como o ácido
oxalacético. Esses compostos de quatro carbonos são transportados para as células da
bainha do feixe vascular, onde ocorre a liberação do CO2.Devido à concentração mais
alta de CO2 nas células da bainha do feixe vascular, a Rubisco pode fixar o CO2 com
maior eficiência e menor competição com o oxigênio. Isso reduz a ocorrência de
fotorrespiração, um processo que leva à perda de carbono e energia. Como resultado,
a via C4 aumenta a eficiência da fotossíntese, permitindo que as plantas que a utilizam
prosperem em condições de alta temperatura, alta luminosidade e baixa
disponibilidade de água, características comuns em ambientes tropicais e subtropicais.

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