O documento discute os processos metabólicos de nutrição e crescimento bacteriano. Ele explica como as bactérias geram energia através da fosforilação, oxidando nutrientes para sintetizar ATP. Também descreve os processos de respiração aeróbica e anaeróbica, fermentação e fotossíntese, pelos quais as bactérias podem obter energia em diferentes condições ambientais.
O documento discute os processos metabólicos de nutrição e crescimento bacteriano. Ele explica como as bactérias geram energia através da fosforilação, oxidando nutrientes para sintetizar ATP. Também descreve os processos de respiração aeróbica e anaeróbica, fermentação e fotossíntese, pelos quais as bactérias podem obter energia em diferentes condições ambientais.
O documento discute os processos metabólicos de nutrição e crescimento bacteriano. Ele explica como as bactérias geram energia através da fosforilação, oxidando nutrientes para sintetizar ATP. Também descreve os processos de respiração aeróbica e anaeróbica, fermentação e fotossíntese, pelos quais as bactérias podem obter energia em diferentes condições ambientais.
EBT0309A-Microbiologia: Nutrição e Crescimento Bacteriano
Universidade estadual paulista UNESP
Guia de estudo, definições e notas.
Energia requerida pela célula microbiana: realização de diferentes tipos de
trabalho:
1. Biossíntese das partes estruturais da célula;
2. Síntese de enzimas e outras biomoléculas; 3. Reparo de dados e manutenção da célula em boas condições; 4. Crescimento; 5. Armazenamento e consumo de nutrientes e excreção de produto; 6. Mobilidade.
Nos seres vivos as reações exergônicas (liberam energia) fornecem a
energia necessária para as endergônicas.
Fosforilação
o Processo no qual a energia da luz é utilizada para síntese de ATP a
partir de ADP. A luz produz uma força próton-motiva e essa produz a síntese de ATP. o Fosforilação do ADP: para ligar essas reações os microrganismos desenvolvem o processo de acoplamento energético. Isso é feito através de compostos de transferência de energia, sendo o mais importante a adenosina (adenina+ribose) trifosfatada - ATP (moeda energética corrente). A terceira ligação P é chamada de fosfato de alta energia. o ADP + fosfato + energia ———> ATP Canais específicos na membrana permitem o fluxo de H+ para o interior da célula e passam pela enzima Adenosina trifosfatase (ATPase) forçando a enzima a fosforilar o ADP. o Fosforilação em nível de substrato: processo no qual o fosfato de um composto químico é removido e adicionado diretamente ao ADP. Processo mais simples e com menor rendimento. Acontece com bactérias fermentativas. Ex: Ácido Fosfoenolpirúvico contém fosfato de alta energia, quando convertido em ácido pirúvico libera esse fósforo que vai formar ATP. o Fosforilação oxidativa: processo no qual a energia liberada pela oxidação de compostos químicos (nutrientes) é utilizada par síntese de ATP a partir de ADP no final da respiração. A energia liberada pelo sistema de transporte de elétrons, através de reações oxidativas em cascata de sistemas O/R (oxidação e redução), é utilizada para bombear prótons para o lado externo da célula, gerando uma diferença de cargas dentro (negativa) e fora da membrana (positivo), essa diferença consiste numa forma de energia potencial, a força proton-motiva, os prótons não são permeáveis para entrar via membrana, então apenas passam para o interior da célula por meio de canais no interior de proteína enzimática (ATPase) permitindo a enzima produzir a síntese do ATP. É dipolo, carga positiva na membrana externa, pois é onde os prótons ficaram acumulados e internamente fica mais carregado negativamente com hidroxilas. Forma água no fim da reação. o Geração da força proton-motiva: Os prótons são atraídos para dentro da célula, mas eles só entram por canais específicos com proteínas enzimática. Ao passar pelos canais acabam ativando a enzima ATPase de membrana (transforma ADP + PI = ATP → fosforização oxidativa). NADH formado no ciclo de Krebs é oxidado, perde um hidrogênio, esse H+ é transformado em elétrons e prótons (que estão saindo da célula), enquanto, o elétrons fazem um outro processo para se reduzirem e formarem água, transformam H+ + OH- → H2O. Devido ao transporte de elétrons que ocorre entre as coenzimas NADH e FADH, liberando prótons. O NADH (forma reduzida) é oxidado formando NAD+ e pares de elétrons. O FADH libera elétrons para uma proteína ferro-sulfurosa, ocorre dissociação da água no citoplasma, devido aos prótons liberados quando essa proteína é reduzida a Coenzima Q, essa passa elétrons até citocromo (cit) bc1, que transfere elétrons para as quinonas dos cit c, este para cit a, e finalizando através da redução de ½ O2 a água, resultando no acúmulo de cargas positiva (H+) fora, e negativa (OH-) dentro da célula, próximo à membrana. Esse sistema de transporte de elétrons é localizado na membrana citoplasmática (bactéria) ou membrana interna da mitocôndria (eucariotos), onde libera a energia que é usada para bombear prótons (H+) através da membrana.
Bactérias anoxigênicas:
o Bactérias púrpuras sulfurosa: forma particular de fotossíntese.
o CO2 + H2S → CH2O + H2O + S Vibriões, cocus, bacilos ou filamentosas; em colônias ou isoladas; Habitam lagos com elevado teor de H2S; Depósito de enxofre em forma de glóbulo em seu interior; Usam compostos sulfurosos reduzidos como doadores e elétrons para fixação de CO2; Na presença do pigmento bacterioclorofila a ou b reduzem dióxido de carbono e oxidam sulfetos e enxofre elementar; Podem usar H2 como fonte de elétron.
Processos metabólicos:
o Bactérias que oxidam compostos químicos empregam os processos
de Respiração aeróbica, anaeróbica ou Fermentação. o Bactérias que utilizam a luz como fonte de energia fazem Fotossíntese. o Respiração aeróbica: Processo de obtenção de energia caracterizado pela utilização do oxigênio como receptor final dos elétrons liberados na oxidação dos compostos que constituem a fonte de energia. C6H12O6 + 6 O2 —-> 6 CO2 + 6 H2O o NADH2 gerado na glicólise e Ciclo de Krebs é oxidado na cadeia respiratória de elétrons. o Respiração anaeróbica: Processo de obtenção de energia caracterizados pela utilização de compostos inorgânicos, tais como sulfatos, nitratos e CO2 (exceto o O2), como receptores finais dos elétrons liberados na oxidação dos compostos que constituem a fonte de energia.
2. Os quimiorganotróficos - por ex. Desulfovibrio - oxida lactato
(composto orgânico) e transfere apenas anaerobicamente os elétrons para sulfato este é convertido a sulfeto. 3. Os quimiolitotróficos - por ex. Nitrobacter, Bactérias Sulfurosas - que não exigem qualquer nutriente orgânico podendo usar CO2 como única fonte de C. Este é reduzido a gliceraldeido 3 fosfato e a energia vem da oxidação de compostos inorgânicos como H2, Amônia, nitritos, nitratos, tiosulfatos, etc. Os elétrons entram na cadeia respiratória gerando ATP. o Fermentação:
Processo de obtenção de energia onde compostos orgânicos
funcionam como receptores finais dos elétrons liberados na oxidação de outros compostos orgânicos usados como fonte de energia. C6H12O6 --> 2 C2H5OH + 2 CO2 + 2e- (ferm. alcoólica). o NADH2 (ou HADH + H+) é usado para reduzir um aceptor (molécula que recebe életrons e sofre redução) orgânico de elétrons produzido pela própria célula.
o Glicólise, via glicolítica ou via de Embden-Meyerhof-Parnas.
Degradação anaeróbia da glicose para produzir ácido lático, através de uma cadeia de reação enzimáticas de óxido- reduções.
ETAPAS
2. Fosforilação e clivagem da glicose com perda de 2 ATP.
1. Produzindo glicose 6-fosfato, a partir disso a oxidação
da Glicose 6-fosfato acontece por meio:
1. A fosforilação da hexose, com a produção de
uma molécula bifosforilada; 2. Quebra da molécula de hexose bifosforilada, produzindo duas trioses monofosforiladas interconversíveis; 3. Após, tem-se a oxidação da triose fosforilada, por transferÊncia de elétrons ao NAD+; 4. E depois tem a transformação de 1,3 bisfosfoglicerato para ADP, produzindo ATP. 3. Oxidação do gliceraldeido acoplado a redução do NAD formando 2 NADH2 e 2 ADP sendo fosforilado a 4 ATP. Saldo de 2 ATPs. Há dois processos para regenerar NAD a partir de NADH2 . Na Fermentação o NADH2 é usado para reduzir um aceptor orgânico de elétrons produzido pela própria célula.
NADH + 2 H+ + 2 ATP. O Ácido Pirúvico pode ser considerado um tronco metabólico para as bactérias, onde várias rotas podem ser utilizadas dependendo do microrganismo, e fatores ambientais envolvidos. Gênero propionium bacterium transforma o ácido pirúvico em ácido oxalacético, málico e succínico e depois em ácido pirúvico.
Respiração:
o Outro processo de regeneração de NAD é aquele onde o NADH2 é
usado como doador de elétrons para a Cadeia Transportadora de Elétrons, com produção adicional de ATP via NADH2. o O aceptor final de elétrons na respiração pode ser o O2 que se reduz formando água (respiração aeróbia) ou outra molécula inorgânica como o Nitrato ou sulfato (respiração anaeróbia). o Se o microrganismo respira, o ácido pirúvico formado na glicólise será convertido em radical acetil, que ligado a uma molécula de Coenzima A, formará acetilCoA. Nessa passagem é reduzido um NAD formando NADH2. o A Acetill Coa (C2) condensa-se com um ácido oxalacético (C4) para formar um ácido tricarboxílico, o ácido cítrico (6 C.), iniciando assim o Ciclo de Krebs, ou Ciclo do Ac. Cítrico. O ácido cítrico é degradado por uma sequência de reações que produz 2 moléculas de co2 e regenera o ácido oxalacético de 4c. Essa operação é cíclica podendo sofrer inibição (ou modulação). Uma molécula de ácido oxalacético pode promover a oxidação de muitas moléculas de acetato. As etapas oxidativas do ciclo de krebs estão acopladas à redução das coenzimas NAD e FAD. o Estas coenzimas reduzidas são oxidadas na cadeia respiratória (ou cadeia transportadora de elétrons), que é constituída de uma sequência de enzimas e coenzimas. o Os átomos de hidrogênio (elétrons) liberados na oxidação das coenzimas são transferidos, sequencialmente, nesta cadeia, até o receptor final de elétrons, o oxigênio, que se reduz formando água.
Cadeia respiratória de elétrons:
Inicia-se com a oxidação do NADH pela enzima NADH-
ubiquinona redutase, com concomitante redução da ubiquinona (ou coenzima Q) que aceita hidreto (H-) do NADH e H+ da água. Forma o Ubiquinol (UQH2). Há também a participação de enzimas (Succinato desidrogenase) ligadas à coenzimas FAD e Ferro (Fe-S) que converte succinato à ubiquinona. O par de elétrons é oxidado em NAD por uma ferro proteína que recebe os elétrons por oxidação do NAD e se transforma em NAD+, onde vai ser novamente regenerado no ciclo de krebs ou na via glicólica.
O FADH2, a flavina ele doa elétron para a coezima q.
Mas quando a ferro proteína recebe o elétron ela doa para o sistema citocromo. O citocromo b (ferro proteínas) recebe elétrons da ubiquinona, e transfere para o cit. c1 este doa para o cit. c. O citocromo c reduzido é oxidado doando elétrons para o aa3 (complexo citocromo oxidase que contém cit. A e A3 e contém grupos Heme e Cobre ligados à proteína) que doa para O2, e esse se reduz formando água.