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Processos de Obtenção

De
Energia de
Seres Vivos

Aluno: Lucas Vilar Moraes nº17


Matéria: Biologia
A – Respiração Celular

Fenômeno que consiste basicamente no processo de extração de energia química de


moléculas como carboidratos e lipídios.
Antes de começarmos a estudar os tipos de respiração, é necessário falar um pouco sobre o
ATP.

ATP
A energia dos seres vivos é liberada nas reações metabólicas é armazenada em uma molécula
especial, o ATP (adenosina trifosfato). sob a forma de ligações químicas muito ricas em
energia.

O ATP é constituído pela adenina (adenina é uma das quatro bases nucleicas usadas na
formação dos nucleotídeos dos ácidos nucleicos DNA e RNA) ligada a uma ribose
(Carboidrato) e a três grupos fosfóricos, formando a adenosina trifosfato.

Os grupos de fosfato estão unidos entre si por ligações químicas com grande quantidade de
energia. Ao perder um grupo fosfórico, ele transforma-se em ADP (adenosina difosfato),
liberando energia.

O ATP possui duas ligações de alta energia e o ADP apenas uma. Ao absorver energia e
ganhar um grupo fosfórico, o ADP pode voltar a ser ATP.

I – Respiração Aeróbica
Nesse processo, a glicose (carboidrato) combina-se com o oxigênio do ar formando resíduos
com menos quantidade de energia (gás carbônico e água). É como se a glicose fosse
“desmontada”. Esses resíduos são oxidados ou “queimados” liberando energia.

A respiração celular ocorre principalmente nas mitocôndrias e pode ser representada pela
equação seguinte:

Glicose + Oxigênio => Gás Carbônico + Água + Energia

A glicose deve ser “desmontada” gradativamente. Assim, a respiração aeróbica compreende,


basicamente, três fases: Glicólise, Ciclo de Krebs e Cadeia Respiratória. Até a presente etapa,
a partir de uma molécula de glicose, foram formadas 2 CO2 (gás carbônico), 2 acetil Co-A, 2
ATP e 4 NADH.
A – Glicólise

Todas as etapas da glicólise acontecem no citoplasma. Inicialmente a molécula de glicose


recebe dois grupos fosfato, convertendo-se em frutose 1,6-P:
Glicose + 2 ATP => frutose 1,6-P + 2 ADP

A seguir, essa molécula é fragmentada em duas, com três átomos de carbono cada,
denominada ácido pirúvico (C3H4O3).

Frutose 1,6-P + 4 ADP => 2 ácidos pirúvicos + 4 ATP

Para ser ativada e tornar-se reativa, a célula consome 2 ATP. No entanto, a energia química
liberada no rompimento das ligações químicas da glicose permite a síntese de 4 ATP.
Portanto, a glicólise apresenta um saldo energético positivo de 2 ATP (o rompimento das
ligações da glicose libera 4ATP, ocorre gasto de 2 ATP, sobram 2 ATP).

Nessa quebra, duas moléculas de NAD (nicotinamida – adenina – dinucleotídeo) recolhem


átomos de hidrogênio com elétrons ricos em energia, convertendo-se em duas moléculas de
NADH. Essas duas moléculas de NADH irão levar esses átomos de hidrogênio para o interior
das mitocôndrias (2 moléculas de NADH formadas).

Em seguida, uma nova oxidação transforma cada molécula de ácido pirúvico em uma
molécula de acetil coenzima-A (ou acetil Co-A). Nessa passagem mais duas moléculas de
NAD se convertem em NADH (mais 2 moléculas de NADH formadas, totalizando agora 4
NADH).

2 ácido pirúvicos + 2 Co-A + 2 NAD => 2 acetil Co-A + 2 NADH + 2 CO2

Saldo

Até a presente etapa, a partir de uma molécula de glicose, foram formadas 2 CO2 (gás
carbônico), 2 acetil Co-A, 2 ATP e 4 NADH.

A transformação do ácido pirúvico em acetil Co-A se dá na membrana mitocondrial.


Portanto, todas as etapas posteriores irão ocorrer no interior da mitocôndria e não mais no
citoplasma.

B – Ciclo de Krebs

Também chamado de Ciclo do Ácido Cítrico ou Ciclo dos Ácidos Tricarboxílicos. Todas as
etapas desse ciclo ocorrem na mitocôndria, mais precisamente na matriz mitocondrial.

Nesse ciclo, os átomos de hidrogênio (ricos em energia) do acetil Co-A são removidos. Com
isso, ocorre a liberação de átomos de carbono na forma de CO2 (produto estável da
respiração aeróbica), que deixa a célula. Cada molécula de acetil Co-A promove uma volta no
ciclo.
As principais etapas serão representadas a seguir. Não há necessidade de memorizá-las.

Inicialmente, a molécula de acetil Co-A se funde a uma molécula de ácido Oxalacético. A


molécula resultante da fusão é o ácido cítrico (com 6 carbonos). Em algumas etapas do ciclo
são perdidos átomos de carbono e de hidrogênio.

Os átomos de carbono entram na formação do CO2, liberado pela célula. Os átomos de


hidrogênio são recolhidos pelo NAD, anteriormente citado e pelo FAD (flavina-adenina-
dinucleotídeo). Em uma das etapas da sequência, a energia liberada é suficiente para que uma
molécula de ADP se converta em ATP.

Portanto, em cada volta do ciclo, são formados 2 CO2, 1 ATP, 3 NADH e 1 FADH. Como
cada molécula de glicose origina duas moléculas de acetil Co-A, permite que o ciclo seja
adicionado duas vezes.

Saldo

No total o ciclo de Krebs produz, por molécula de glicose: 4 CO2, 2 ATP, 6 NADH, 2
FADH.

As moléculas de CO2 são liberadas pela célula, juntamente com as geradas na glicólise,
totalizando seis moléculas. As duas moléculas de ATP tornam-se disponíveis para o uso da
célula. As seis moléculas de NADH e as duas de FADH irão levar os átomos de hidrogênio
para a cadeia respiratória.

C – Cadeia Respiratória

Também conhecida como cadeia transportadora de elétrons, é a última etapa da respiração


aeróbica e é composta por uma série de enzimas, os citocromos. Todos eles estão presentes
junto das cristas mitocondriais, onde a cadeia respiratória acontece.

Os citocromos são proteínas dotadas de um anel central com íons ferro. Quando um
citocromo recebe um par de elétrons, os seus íons Fe +++ se transformam em Fe++. Quando
o par de elétrons é cedido para o citocromo seguinte, os íons ferro retornam ao seu estado
inicial.

Os pares de elétrons provenientes dos átomos de hidrogênio ao passarem de um para o outro,


vão liberando energia. Ao mesmo tempo, os prótons H+ circulam pelo espaço existente entre
as membranas interna e externa das mitocôndrias.

Em algumas etapas da passagem de pares de elétrons pela cadeia, a energia liberada é


suficiente para que uma molécula de ADP seja ligada a um grupo fosfato formando uma
molécula de ATP.

Como a fosforilação se faz graças à energia proveniente da oxidação da glicose, chamamos


de fosforilação oxidativa.

Na cadeia respiratória, os elétrons provenientes dos átomos de hidrogênio, transportados pelo


NADH, possibilitam a produção de três moléculas de ATP. Já os elétrons transportados pelo
FADH, permitem a produção de apenas duas moléculas.

Depois que passam pela cadeia transportadora, os pares de elétrons são recolhidos pelo
oxigênio, juntamente com seus respectivos prótons, formando moléculas de água.

Na cadeia respiratória, o aceptor final de elétrons é o oxigênio. Na falta dele, os outros


componentes da cadeia passam a reter elétrons, cessando a produção de ATP e causando a
morte da célula por falência energética.

Saldo Final

Balanço Energético da Respiração Aeróbica

Atualmente, considera-se como correto que uma molécula de glicose produz, na respiração
aeróbica, 36 moléculas de ATP.

Equação Geral da Respiração Aeróbica

Glicose: + 6 O2 + 36 ADP => 6 CO2 + 6 H2O + 36 ATP

II – Respiração Anaeróbica

Nas células, o tipo de respiração anaeróbica realizada é denominado fermentação. Nesse


processo, a célula obtém energia a partir da oxidação incompleta da molécula de glicose, sem
a utilização de oxigênio.

Na fermentação, os aceptores finais dos átomos de hidrogênio são compostos orgânicos


originados na glicólise e o rendimento energético é menor que a respiração aeróbica.

A fermentação pode ser de dois tipos, e em ambos há a produção de duas moléculas de ATP
ao final do processo: Fermentação Alcoólica e Fermentação Lática.
A – Fermentação Alcoólica

Na fermentação alcoólica, a glicose inicialmente sofre a glicólise, originando duas moléculas


de ácido pirúvico, dois NADH2 e um saldo energético positivo de duas moléculas ATP.

Cada molécula de ácido pirúvico perde um CO2 (ou se “descarboxila”), originando aldeído
acético que atua como receptor dos hidrogênios só NADH2 formando
o álcool etílico (dois carbonos), produto final desse tipo de fermentação.
Fermentação alcoólica: Glicose + 2ADP + 2Pi → 2 Etanol + 2CO2 + 2ATP + 2 H2O

B – Fermentação Lática

Do mesmo modo que na fermentação alcoólica, no processo de fermentação lática a glicose


sofre glicólise, originando duas moléculas de ácido pirúvico, dois NADH2 e duas moléculas
de ATP.

O ácido pirúvico age como aceptor dos átomos de hidrogênio e se converte em ácido lático.
Como não ocorre a descarboxilação do ácido pirúvico, não há formação de CO2.

A fermentação de energia dos seres vivos é lática é realizada por micro-organismos (certas
bactérias, fungos e protozoários) e por certos animais. Um exemplo de microrganismo
fermentador são os Lactobacillus, bactérias utilizadas no processo de fabricação de queijos,
coalhadas e iogurtes. Eles convertem a lactose (açúcar do leite) em ácido lático. O ácido
lático reduz o pH, provocando a precipitação das proteínas do leite, formando o coalho no
processo de energia dos seres vivos.

Fermentação lática: Glicose + 2ADP + 2Pi → 2 Lactato + 2ATP + 2 H2O

Bibliografia
 Brasil-Escola:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/fermentacao.htm
 Portal-Educação:
https://blog.portaleducacao.com.br/processo-para-
obtencao-de-energia-dos-seres-vivos/

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