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Respiração Celular

Biologia Humana
Metabolismo Celular
• Metabolismo  conjunto de reações químicas
que ocorrem no organismo.

• Reagentes Produtos
Energia

• Ex.: biossíntese de nucleotídeos e aminoácidos,


degradação de ácidos graxos.
Transferência de energia entre compostos
energia

energia
-

- -
(II)
núcleo
Onda eletromagnética
(I)

Perdeu um elétron  Ganhou um elétron 


oxidou-se reduziu-se
De onde vem essa energia?

• A energia necessária para a realização de


reações químicas do organismo vem da quebra
de moléculas,
principalmente
carboidratos.
Onde a energia fica armazenada?

• Nas ligações químicas entre os fosfatos da


molécula de ATP.

Adenina

Pentose
ATP
• ATP = Adenosina tri-fosfato

• Armazena nas suas ligações fosfatos a energia


liberada na quebra da glicose.

• Quando a célula precisa de energia para realizar


alguma reação química, as ligações entre os
fosfatos são quebradas, a energia é liberada e
utilizada no metabolismo celular.
ATP
• Essa molécula é formada pela união de uma
adenina e uma ribose aderida a três radicais
fosfato
Aceptores intermediários de H

• NAD e FAD

• São aceptores intermediários de hidrogênio,


ligando-se a prótons H+ “produzidos” durante
as etapas da respiração e cedendo-os para o
oxigênio, que é o aceptor final de hidrogênios.
O que é a Respiração Celular ?

• Processo pelo qual as células, na


presença do oxigênio, liberam a
energia contida nos nutrientes,
produzindo dióxido de carbono, vapor
de água e produtos tóxicos.
Respiração Celular
• A célula necessita, para produzir • Na respiração celular a célula utiliza o
energia, de oxigênio e de oxigênio e libera energia contida
nutrientes nos nutrientes, produzindo dióxido
de carbono, vapor de água e
produtos tóxicos
As reações que permitem obter energia formam resíduos
Respiração celular
• A energia necessária para a manutenção da vida provém da reação
entre os alimentos ingeridos e as moléculas de oxigênio.

• As principais etapas desse processo ocorrem nas


MITOCÔNDRIAS.

• Mitocôndrias são organelas formadas de dupla membrana. A


membrana externa é lisa e a interna, coberta de pregas, chamadas
cristas mitocondriais.

• No interior das mitocôndrias há uma solução coloidal com várias


substâncias dissolvidas, sendo que, entre elas há DNA, RNA e
ribossomos e é chamada matriz mitocondrial.
• Sobre as cristas mitocondriais existem enzimas
respiratórias e uma molécula transportadora de energia,
o ATP (trifosfato de adenosina).
Combustão e Respiração
• No processo de combustão, como a queima da gasolina
ou da madeira, as moléculas são quebradas
violentamente, rapidamente, liberando grandes
quantidades de energia em pouco tempo.

• Isso é bom quando se tenta mover uma máquina, como é


o automóvel.

• Se ocorresse processo semelhante nas células vivas, o


excesso de energia e de calor matariam a célula.
• As reações da respiração celular são fragmentadas em várias
reações intermediárias, de modo que a energia é liberada
gradativamente, lentamente, sem por em risco a vida da
célula.

• A energia liberada pelo alimento não é usada toda


imediatamente, sendo armazenada em ligações químicas
entre átomos de fósforo, presentes no ATP, trifosfato de
adenosina.

• Toda a energia necessária para a realização de qualquer


trabalho vem sempre do ATP.

• Quando é preciso, o átomo de fósforo mais externo é


liberado.
• A quebra da ligação química que o unia à molécula libera
uma quantidade de energia que é utilizada nos processos
bioquímicos; nesse caso, o ATP fica sendo ADP + P +
energia para os processos vitais.

• Uma molécula de ADP precisa permanentemente ser


regenerada, momento em que o ADP reúne-se a um átomo
de fósforo, virando novamente ATP.

• A energia necessária para esse processo é proveniente da


respiração, por isso, essa reação é chamada de
FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA ou respiração celular.
Processos de liberação de
energia:
•Aeróbios: ocorre com a participação do oxigênio.
Ele é o aceptor final de elétrons e hidrogênios.

•Anaeróbios: Também chamado de fermentação.


Acontece sem a utilização de oxigênio.

Os aceptores finais dependem do tipo de


fermentação.
Esquema da respiração celular.
Rendimento energético da
respiração aeróbica
• O processo de respiração aeróbica, é muito mais
eficiente que a da fermentação: para cada
molécula de glicose degradada, são produzida
na respiração, 38 moléculas de ATP, a partir de
38 moléculas de ADP e 38 grupos de fosfatos.
Na fermentação, apenas duas moléculas de ATP
são produzidas para cada molécula de glicose
utilizada.
Etapas da Respiração Celular
Aeróbica

• São elas: glicólise, ciclo de Krebs e cadeia


respiratória.
Glicólise
• A glicólise consiste na transformação de uma molécula
de glicose, ao longo de várias etapas, em duas moléculas
de ácido pirúvico.

• Nesse processo são liberados quatro hidrogênios, que se


combinam dois a dois, com moléculas de uma substância
celular capaz de recebê-los: o NAD (nicotinamida-
adenina-dinucleotídio).

• Ao receber os hidrogênios, cada molécula de NAD se


transforma em NADH2. Durante o processo, é liberada
energia suficiente para a síntese de 2 ATP.
Glicólise
Glicólise
Ciclo de Krebs
• As moléculas de ácido pirúvico resultantes da degradação da
glicose penetram no interior das mitocôndrias, onde ocorrerá a
respiração propriamente dita.

• Cada ácido pirúvico reage com uma molécula da substância


conhecida como coenzima A, originando três tipos de produtos:
acetil-coenzima A, gás carbônico e hidrogênios.

• O CO2 é liberado e os hidrogênios são capturados por uma


molécula de NADH2 formadas nessa reação. Estas participarão
da cadeia respiratória.
Ciclo de Krebs

• Em seguida, cada molécula de acetil-CoA reage com uma


molécula de ácido oxalacético, resultando em citrato (ácido
cítrico) e coenzima A, conforme mostra a equação:

• 1 acetil-CoA + 1 ácido oxalacético 1 ácido cítrico + 1 CoA

• Analisando a participação da coenzima A na reação, vemos que


ela reaparece intacta no final. Tudo se passa como se a CoA
tivesse contribuído para anexar um grupo acetil ao ácido
oxalacético, sintetizando o ácido cítrico.
Ciclo de Krebs
• Nessa fase, as moléculas de ácido pirúvico penetram na matriz
mitocondrial.

• O ciclo de Krebs é uma série de reações, onde cada molécula


de ácido pirúvico (3C) é descarboxilada (perdendo uma
molécula de CO2), formando um composto de 2 carbonos.
Essa molécula de 2 C combina-se com outra, de 4 C, que serve
de suporte para que as ligações sejam quebradas
gradativamente, liberando um pouco de energia de cada vez.

• Quando a molécula de 2 C une-se à de 4 C, forma-se um


composto intermediário com 6 C, chamado de ácido cítrico.
• O ácido cítrico (6 C) é descarboxilado e
desidrogenado por várias reações químicas
intermediárias.

• Para o Ciclo de Krebs há gasto de água, porém,


na etapa seguinte (cadeia respiratória) os
hidrogênios retirados pelos NAD serão entregues
ao oxigênio, formando uma quantidade de
moléculas de água que supera o que foi gasto no
processo.
Ciclo de Krebs
• ATENÇÃO: cada par de hidrogênios
recolhido pelo NAD produz 3 ATP, e pelo
FAD, 2 ATP. O GTP produz 1 ATP. Como há
duas moléculas de ácido pirúvico, cada uma dá
uma volta (ciclo de Krebs), produzindo, em cada
volta:

• 4 NAD.2H = 12 ATP
• 1 FAD.2H = 2 ATP +
• 1 GTP = 1 ATP
• Total..................15 ATP
• Em duas voltas, portanto serão produzidos os 30
ATP.

• Somando-se aos 2 ATP produzidos na glicólise e


mais 6 ATP da cadeia respiratória (três para cada
molécula de ácido pirúvico), teremos os 38 ATP
totais, resultado da degradação vagarosa de uma
molécula de glicose.

• (NAD: nicotinamida adenina dinucleotídeo)


• (FAD: flavina adenina dinucleotídeo)
Produto final do Ciclo de Krebs

• No final do ciclo são produzidas 3 moléculas de


CO2 e 10 átomos de hidrogênio, dos quais 2 são
recolhidos pelo FAD e os 8 H restantes são
recolhidos pelo NAD.

• O GTP produzido (guanosina trifosfato) é depois


convertido em ATP.
Cadeia respiratória
• A glicólise ocorre no hialoplasma, fora da mitocôndria, sem a
participação do oxigênio.

• O ciclo de Krebs ocorre dentro da mitocôndria, na matriz


mitocondrial, com o auxílio de enzimas específicas.

• A cadeia respiratória acontece sobre as cristas mitocondriais,


onde estão as enzimas oxidativas. Essas substâncias que
transportam os átomos de hidrogênio e os seus elétrons não
podem ficar espalhadas na matriz da mitocôndria. Elas têm de
estar arrumadas na sequência correspondente ao caminho que
os elétrons deverão seguir. Por isso, ficam sobre as cristas.
• Durante o transporte dos elétrons, ocorre a produção do ATP

• À medida que passam de um composto intermediário para outro, os


elétrons do hidrogênio vão ocupando níveis energéticos cada vez
mais baixos, sobrando energia para a síntese dos ATP.

• O receptor final dos hidrogênios é o oxigênio, que os recolhe de


maneira definitiva, formando água. Para que o processo continue, é
preciso um fornecimento constante de oxigênio, caso contrário, os
transportadores intermediários permanecerão com seus hidrogênios
(reduzidos), sem condições de receber novos átomos de hidrogênio,
interrompendo a respiração.

• Essa etapa é chamada de FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA, porque a


formação do ATP depende da colocação de um fosfato no ADP e
essa fosforilação é feita com a energia proveniente das oxidações.
Cadeia Respiratória
• Os organismos que não conseguem realizar a respiração
aeróbica, limitam-se a realização da Glicólise, pois não
possuem as enzimas do ciclo de Krebs, nem da cadeia
respiratória. São os chamados anaeróbicos, que podem
ser tanto facultativos quanto estritos. Produzem, portanto,
apenas 2 ATP por molécula de glicose.

• Facultativos: os que podem viver tanto na presença


quanto na ausência de oxigênio, como os fermentos ou
leveduras.

• Estritos: os que podem viver somente na ausência total de


oxigênio, como os seres decompositores, que reciclam a
matéria na natureza e decompõem cadáveres.
Fermentação
É o processo de degradação incompleta de
substâncias orgânicas com liberação de energia é
realizada principalmente por fungos e bactérias.

Existem diversos tipos de fermentação, que


variam quanto ao produto final. No processo de
fermentação o aceptor final de hidrogênios é o
produto final.
Fermentação
• Pode ser de diferentes tipos:

• Fermentação Alcóolica
• Fermentação Láctica
Fermentação Alcóolica
• Produtos Finais: etanol, CO2 e 2 ATPs

• Realizada por leveduras que é utilizada na


produção pouco eficaz no que diz respeito à
liberação de energia, pois uma molécula de
glicose só rende 2 ATPs
Fermentação Alcóolica
• Na fermentação alcoólica, a glicose inicialmente sofre a glicólise,
originando 2 moléculas de ácido pirúvico, 2 NADH2 e um saldo
energético positivo de 2 ATP, em seguida o ácido pirúvico é
descarboxilado, originando aldeído acético e CO2, sob a ação de
enzimas denominadas descarboxilases. O aldeído acético, então,
atua como receptor de hidrogênios do NADH2 e se converte em
álcool etílico.

• Equação simplificada da fermentação alcóolica:

C6H12O6 2C2H5OH(etanol) + 2 CO2 + 2ATP


Fermentação Alcóolica
• Utilização pelo homem:

Produção de Bebidas alcóolicas


Fermentação Alcóolica

• Utilização pelo homem:

Produção de pães e bolos - fermento biológico


Fermentação Láctica
• Realizada por bactérias do leite que é empregada
na preparação de iogurtes e queijos.

• Também ocorre em nossos músculos em


situações de grande esforço físico.

• Também rende 2 ATPs por molécula de glicose.


Fermentação Láctica
• Utilização pelo homem:

Produção queijos e iogurtes


Fermentação Láctica
• Na fermentação láctica, a glicose sofre glicólise exatamente
como na fermentação alcoólica.

• Enquanto na fermentação alcoólica o aceptor de hidrogênios é o


próprio aldeído acético, na fermentação láctica o aceptor de
hidrogênios é o próprio ácido pirúvico, que se converte em ácido
láctico.

• Não havendo descarboxilação do ácido pirúvico, não ocorre


formação de CO2.

• Equação simplificada da fermentação láctica:


C6H12O6 2C3H6O3 + 2ATP
Fermentação lática no músculo
• Quando fazemos um esforço muscular intenso, a quantidade de
oxigênio que chega ao músculo, não é o suficiente para fornecer toda a
energia necessária para a atividade desenvolvida. Então as células
musculares passam a realizar fermentação láctica, onde o ácido láctico
acumula-se no interior da fibra produzindo dores, cansaço e cãibras.

• Depois, uma parte desse ácido é conduzida pela corrente sanguínea ao


fígado onde é convertido em ácido pirúvico.

• Em repouso a célula muscular produz um excesso de ATP, que


transmite sua energia para outro composto, a creatina fosfato, que é
mais estável permanecendo por mais tempo armazenada na célula. Em
uma contração, este composto cede energia para produção de ATP.
Creatina Fosfato
• Ela exerce importante papel na contração muscular. Sua função é
fornecer o fosfato para que o ciclo do ATP, responsável pela
produção de energia em nosso corpo , possa se manter por mais
tempo. É como um combustível que fica armazenado em nossas
células, pronto para ser usado quando necessário.

• A fosfocreatina (creatina fosfato ou CP) mantém a concentração


de ATP constante e em altos níveis nos músculos esqueléticos. É
a principal molécula de ressíntese de ATP nos primeiros 10
segundos de atividades máximas. A quantidade de CP disponível
é provavelmente um dos fatores mais importantes para a fadiga
após o exercício de alta intensidade e curta duração.

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