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1) Mitocôndrias

Mitocôndrias(singular, mitocôndria) são geralmente chamadas de usinas de energia ou


fábricas de energia da célula. A função delas é produzir um suprimento constante de
adenosina trifosfato (ATP), a principal molécula carregadora de energia da célula. O processo
de fabricar ATP usando energia química de combustíveis, tais como os açúcares lipídios, com
consumo de oxigênio é chamado de respiração celular, ou fosforilação oxidativa, e muitos
passos dessas reações acontecem dentro da mitocôndria. As mitocôndrias são suspensas no
citosol gelatinoso da célula. Elas possuem formato oval e possuem duas membranas: uma
externa, envolvendo toda a organela, e uma interna, com muitas saliências internas chamadas
cristas que aumentam a área de superfície. A membrana interna é pregueada, originando
dobras em forma de prateleiras ou de túbulos. O espaço entre as membranas é chamado de
espaço intermembranar, e o compartimento delimitado pela membrana interna é chamado de
matriz mitocondrial. A principal função das mitocôndrias é produzir e liberar energia
gradualmente das moléculas de ácidos graxos e glicose, provenientes dos alimentos,
produzindo calor e moléculas de ATP (adenosina-trifosfato). A energia armazenada no ATP é
usada pelas células para realizar suas diversas atividades. O número de mitocôndrias nos
diferentes tecidos é bastante variável, por exemplo, as células musculares possuem
tipicamente alta demanda de energia e grande número de mitocôndrias, enquanto que as
hemácias do sangue, que são altamente especializadas para transporte de oxigênio, não
possuem mitocôndrias. A mitocôndria possui seu próprio DNA e seus próprios ribossomos,
sendo assim capaz de sintetizar suas próprias proteínas e enzimas, capazes de manter todas as
reações em pleno vapor.
1) Retículo endoplasmático

O RE se estende a partir do envoltório nuclear e percorre grande parte do citoplasma,


formando uma rede tridimensional de cavidades que se intercomunicam. O retículo
endoplasmático (RE) tem um papel chave na modificação de proteínas e na síntese de lipídios.
Ele consiste de uma rede de túbulos membranosos e bolsas achatadas. Os discos e túbulos do
RE são ocos, e o espaço em seu interior é chamado de lume ou luz. O retículo endoplasmático
rugoso (RER) recebe seu nome devido aos inúmeros ribossomos aderidos à sua superfície, e
tem como principal a síntese e dobramento de proteínas. Conforme estes ribossomos
sintetizam proteínas, eles entregam as novas cadeias de proteínas em formação ao lume.
Algumas são completamente transferidas ao RE e flutuam em seu interior, enquanto outras
são ancoradas à membrana. No interior do RER, as proteínas passam por dobramentos e
modificações, como a adição de cadeias laterais de carboidratos. Se as proteínas modificadas
não estiverem destinadas a permanecer no RE, elas serão empacotadas em vesículas,
pequenas esferas de membrana que são usadas para transporte, e enviadas ao complexo de
Golgi. O retículo endoplasmático liso (REL) é contínuo com o RER, e sem ribossomos em sua
superfície. Nas membranas do retículo endoplasmático liso ocorre a síntese de praticamente
todos os lipídios que compõem as membranas celulares, incluindo os fosfolipídios e o
colesterol, além de sintetizarem hormônios esteroides e realizarem desintoxicação celular
através do complexo de proteínas citocromo P450. Nas células epiteliais de absorção do
intestino delgado, o REL sintetiza triglicerídios a partir dos ácidos graxos e glicerol provenientes
dos nutrientes encontrados no lúmen do intestino delgado e absorvidos por essas células. Nas
células musculares, um tipo especial de REL chamado retículo sarcoplasmático é responsável
pelo armazenamento de íons cálcio que são necessários para a ativação das contrações
coordenadas das células musculares.

1) Complexo de Golgi
O complexo ou aparato de Golgi ou
Golgiense é responsável por
organizar, empacotar e direcionar as
proteínas e lipídeos celulares
provenientes do REL e RER. É
composta por discos achatados de
membrana. O lado receptor do
complexo de Golgi é chamado de face
cis e o lado oposto é chamado de face
trans. As vesículas transportadoras do
RE viajam até a face cis, fundem-se a
ela, e esvaziam seus conteúdos no
lume do complexo de Golgi. Conforme
as proteínas e lipídeos viajam pelo
complexo, eles passam por
modificações adicionais. Então, são
empacotadas em vesículas e
irrompem da face trans do complexo
de Golgi. Ao microscópio eletrônico,
observamse muitas vesículas
esféricas, pequenas, associadas ao
Golgi. Parte dessas vesículas
transporta material do retículo
endoplasmático para o Golgi,
enquanto outras podem estar envolvidas no transporte de uma cisterna do Golgi para outra e,
também, do Golgi para outras organelas. Por suas funções, são genericamente denominadas
vesículas transportadoras. As proteínas modificadas são organizadas (com base em
marcadores tais como sequências de aminoácidos e etiquetas químicas) e empacotadas em
vesículas que irrompem da face trans do complexo de Golgi. Algumas destas vesículas
despejam seus conteúdos em outras partes da célula, como nos lisossomos ou vacúolos, onde
serão usados. Outras se fundem à membrana plasmática, disponibilizando as proteínas úteis
para a membrana e secretando outras proteínas para o meio extracelular. As células que
secretam muitas proteínas—como células das glândulas salivares secretoras de enzimas
digestivas ou células do sistema imunológico secretoras de anticorpos, são ricas em cisternas
de Golgi.

1) Lisossomos e peroxissomos
A endocitose é o processo pelo qual as células capturam fluidos e macromoléculas e até
mesmo outras células, do meio extracelular. Os lisossomos são organelas de forma e tamanho
muito variáveis, cujo interior é ácido e contém diversas enzimas hidrolíticas. Ele degrada as
estruturas obsoletas intracelulares para reutilizar suas moléculas, bem como as estruturas
endocitadas pelas células. Os lisossomos são parte do sistema endomembranar, e algumas
vesículas que deixam o Golgi são direcionadas para o lisossomo. Os lisossomos contêm cerca
de 40 tipos de enzimas hidrolíticas capazes de digerir quase todas as macromoléculas
biológicas, tais como proteínas, lipídios, ácidos nucleicos e oligossacarídios. Os lisossomos
recebem substâncias extracelulares por endocitose e material intracelular pela via de
autofagia. Os peroxissomos são organelas diferentes, com propriedades e funções singulares
na célula. Ele abriga enzimas envolvidas nas reações de oxidação, que produzem peróxido de
hidrogênio como subproduto. As enzimas degradam ácidos graxos e aminoácidos e elas
também desintoxicam algumas substâncias que entram no corpo. Por exemplo, o álcool é
desintoxicado desintoxicado pelos peroxissomos encontrados nas células hepáticas. Muitas
enzimas são conhecidas por estarem localizadas nos peroxissomas, muitas das quais estão
relacionadas ao metabolismo dos lipídios, tanto na oxidação de ácidos graxos ramificados
como também a beta-oxidação de ácidos graxos de cadeia muito longa (VLCFA, isto é, ácidos
graxos com 24 ou mais átomos de carbono) que é realizada inicialmente no interior dos
peroxissomas. Quando a cadeia carbônica é reduzida a um tamanho igual a 22 átomos de
carbonos, a beta-oxidação pode continuar no interior da mitocôndria.

1) Citoesqueleto
As células possuem uma rede de filamentos conhecida como citoesqueleto (literalmente,
"esqueleto da célula"), que não apenas suporta a membrana plasmática e dá a célula uma
forma geral, mas também que ajuda no correto posicionamento das organelas,
proporciona caminhos para o transporte de vesículas e (em muitos tipos de células)
permitem que a célula se mova. Nos eucariontes, existem três tipos de fibras proteicas no
citoesqueleto: os microfilamentos, filamentos intermediários e microtúbulos. Esses
elementos estruturais constituem um conjunto dinâmico que assume aspectos diferentes,
de acordo com o tipo celular e com as necessidades da célula. Além disso, é, também,
responsável pelos movimentos celulares como contração, formação de pseudópodos para
endocitose e deslocamentos intracelulares de organelas, cromossomos (através dos
centríolos), vesículas e grânulos diversos. Dos três tipos de fibras proteicas no
citoesqueleto, os microfilamentos são os mais finos. Eles têm um diâmetro de cerca de 7
nm e são feitos de muitos monômeros ligados de uma proteína chamada de actina,
combinados numa estrutura que se assemelha a uma hélice dupla. Pelo fato de serem
feitos de microfilamentos de monômeros de actina, os microfilamentos também são
conhecidos como filamentos de actina. Apesar do "micro" em seu nome, os microtúbulos
são os maiores entre os três tipos de fibras do citoesqueleto, com um diâmetro de cerca
de 25 nm. Um microtúbulo é composto de proteínas tubulinas organizadas na forma de
um tubo oco, como um canudo, e cada proteína tubulina consiste de duas subunidades, α-
tubulina e β-tubulina. Os microtúbulos, como os filamentos de actina, são estruturas
dinâmicas: elas podem esticar e encolher rapidamente pela adição ou remoção de
proteínas tubulina. Numa célula, os microtúbulos têm um papel estrutural chave,
ajudando a célula a resistir à forças de compressão. Os filamentos intermediários são um
tipo de elemento do citoesqueleto composto de múltiplos filamentos de proteínas fibrosas
juntas. Como seu nome sugere, os filamentos intermediários têm um diâmetro médio
entre 8 e 10 nm, entre os diâmetros dos microfilamentos e microtúbulos. Uma proteína
que forma os filamentos intermediários é a queratina, uma proteína fibrosa encontrada
nos cabelos, unhas e pele. Eles são especializados em suportar tensão, e sua função inclui
manter a forma da célula e ancorar o núcleo e outras organelas em seus lugares.

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