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1) Complexo de Golgi
O complexo ou aparato de Golgi ou
Golgiense é responsável por
organizar, empacotar e direcionar as
proteínas e lipídeos celulares
provenientes do REL e RER. É
composta por discos achatados de
membrana. O lado receptor do
complexo de Golgi é chamado de face
cis e o lado oposto é chamado de face
trans. As vesículas transportadoras do
RE viajam até a face cis, fundem-se a
ela, e esvaziam seus conteúdos no
lume do complexo de Golgi. Conforme
as proteínas e lipídeos viajam pelo
complexo, eles passam por
modificações adicionais. Então, são
empacotadas em vesículas e
irrompem da face trans do complexo
de Golgi. Ao microscópio eletrônico,
observamse muitas vesículas
esféricas, pequenas, associadas ao
Golgi. Parte dessas vesículas
transporta material do retículo
endoplasmático para o Golgi,
enquanto outras podem estar envolvidas no transporte de uma cisterna do Golgi para outra e,
também, do Golgi para outras organelas. Por suas funções, são genericamente denominadas
vesículas transportadoras. As proteínas modificadas são organizadas (com base em
marcadores tais como sequências de aminoácidos e etiquetas químicas) e empacotadas em
vesículas que irrompem da face trans do complexo de Golgi. Algumas destas vesículas
despejam seus conteúdos em outras partes da célula, como nos lisossomos ou vacúolos, onde
serão usados. Outras se fundem à membrana plasmática, disponibilizando as proteínas úteis
para a membrana e secretando outras proteínas para o meio extracelular. As células que
secretam muitas proteínas—como células das glândulas salivares secretoras de enzimas
digestivas ou células do sistema imunológico secretoras de anticorpos, são ricas em cisternas
de Golgi.
1) Lisossomos e peroxissomos
A endocitose é o processo pelo qual as células capturam fluidos e macromoléculas e até
mesmo outras células, do meio extracelular. Os lisossomos são organelas de forma e tamanho
muito variáveis, cujo interior é ácido e contém diversas enzimas hidrolíticas. Ele degrada as
estruturas obsoletas intracelulares para reutilizar suas moléculas, bem como as estruturas
endocitadas pelas células. Os lisossomos são parte do sistema endomembranar, e algumas
vesículas que deixam o Golgi são direcionadas para o lisossomo. Os lisossomos contêm cerca
de 40 tipos de enzimas hidrolíticas capazes de digerir quase todas as macromoléculas
biológicas, tais como proteínas, lipídios, ácidos nucleicos e oligossacarídios. Os lisossomos
recebem substâncias extracelulares por endocitose e material intracelular pela via de
autofagia. Os peroxissomos são organelas diferentes, com propriedades e funções singulares
na célula. Ele abriga enzimas envolvidas nas reações de oxidação, que produzem peróxido de
hidrogênio como subproduto. As enzimas degradam ácidos graxos e aminoácidos e elas
também desintoxicam algumas substâncias que entram no corpo. Por exemplo, o álcool é
desintoxicado desintoxicado pelos peroxissomos encontrados nas células hepáticas. Muitas
enzimas são conhecidas por estarem localizadas nos peroxissomas, muitas das quais estão
relacionadas ao metabolismo dos lipídios, tanto na oxidação de ácidos graxos ramificados
como também a beta-oxidação de ácidos graxos de cadeia muito longa (VLCFA, isto é, ácidos
graxos com 24 ou mais átomos de carbono) que é realizada inicialmente no interior dos
peroxissomas. Quando a cadeia carbônica é reduzida a um tamanho igual a 22 átomos de
carbonos, a beta-oxidação pode continuar no interior da mitocôndria.
1) Citoesqueleto
As células possuem uma rede de filamentos conhecida como citoesqueleto (literalmente,
"esqueleto da célula"), que não apenas suporta a membrana plasmática e dá a célula uma
forma geral, mas também que ajuda no correto posicionamento das organelas,
proporciona caminhos para o transporte de vesículas e (em muitos tipos de células)
permitem que a célula se mova. Nos eucariontes, existem três tipos de fibras proteicas no
citoesqueleto: os microfilamentos, filamentos intermediários e microtúbulos. Esses
elementos estruturais constituem um conjunto dinâmico que assume aspectos diferentes,
de acordo com o tipo celular e com as necessidades da célula. Além disso, é, também,
responsável pelos movimentos celulares como contração, formação de pseudópodos para
endocitose e deslocamentos intracelulares de organelas, cromossomos (através dos
centríolos), vesículas e grânulos diversos. Dos três tipos de fibras proteicas no
citoesqueleto, os microfilamentos são os mais finos. Eles têm um diâmetro de cerca de 7
nm e são feitos de muitos monômeros ligados de uma proteína chamada de actina,
combinados numa estrutura que se assemelha a uma hélice dupla. Pelo fato de serem
feitos de microfilamentos de monômeros de actina, os microfilamentos também são
conhecidos como filamentos de actina. Apesar do "micro" em seu nome, os microtúbulos
são os maiores entre os três tipos de fibras do citoesqueleto, com um diâmetro de cerca
de 25 nm. Um microtúbulo é composto de proteínas tubulinas organizadas na forma de
um tubo oco, como um canudo, e cada proteína tubulina consiste de duas subunidades, α-
tubulina e β-tubulina. Os microtúbulos, como os filamentos de actina, são estruturas
dinâmicas: elas podem esticar e encolher rapidamente pela adição ou remoção de
proteínas tubulina. Numa célula, os microtúbulos têm um papel estrutural chave,
ajudando a célula a resistir à forças de compressão. Os filamentos intermediários são um
tipo de elemento do citoesqueleto composto de múltiplos filamentos de proteínas fibrosas
juntas. Como seu nome sugere, os filamentos intermediários têm um diâmetro médio
entre 8 e 10 nm, entre os diâmetros dos microfilamentos e microtúbulos. Uma proteína
que forma os filamentos intermediários é a queratina, uma proteína fibrosa encontrada
nos cabelos, unhas e pele. Eles são especializados em suportar tensão, e sua função inclui
manter a forma da célula e ancorar o núcleo e outras organelas em seus lugares.