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25/03/2020

PRINCIPIOS BIOETICOS
BASICOS E SUAS
IMPLICAÇÕES NA
PRATICA PROFISSIONAL

BIOETICA
É uma ética aplicada que se preocupa do uso correto das novas
tecnologias (CLOTET, 2003

Estudar a regulamentação é fundamental, pois:

na área das ciências médicas e das soluções


adequadas dos dilemas morais por ela apresentados.

Trata-se, portanto, de um ramo específico da filosofia


moral com características próprias.

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Bioética
• Iniciou nos Estados Unidos entre o final dos anos de 1960 e início

dos anos 1970:


• fatores históricos-culturais
• O termo bioética foi utilizado 1ª vez pelo médico oncologista Van

Rensselaer Potter da Universidade de Wisconsin, na obra


intitulada bioethics a bridje to the future.

Para Potter a bioética a ciência que


garantiria a sobrevivência do planeta.
(PRUDENTE, 2000).

Definição
Se impôs e se tornou clássica, foi descrita pela
renomada Enciclopédia de Bioética do Instituto
kennedy.

Estudo sistemático da  Metodologias éticas num contexto


interdisciplinar;
conduta humana no âmbito
 Espaço para o diálogo transdiciplinar
das ciências da vida e da na área das ciências da saúde e da
saúde. vida.

Valores e princípios morais

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Conceito
1. Compreende os problemas relacionados a valores que surgem em
todas as profissões da saúde, inclusive nas profissões a fins.

2. Aplica-se às investigações biomédicas e às de comportamento,


independente de influírem ou não de forma direta na terapêutica.

3. Aborda uma ampla gama de questões sociais, como as que se


relacionam com a saúde ocupacional e internacional e com a ética
de controle de natalidade, entre outras;

4. Vai além da vida e da saúde humana, enquanto compreende


questões relativas à dos animais e das plantas, por exemplo, no que
concerne às experimentações e as demandas ambientais conflitivas

LEVOU UMA NOVA MANEIRA DE SE FAZER CIÊNCIA E


ÉTICA!!!

“ A BIOÉTICA TRAZ UM FORTE APELO PARA INTERLIGAR


AS CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ÀS HUMANIDADES, NUMA
PONTE PARA O FUTURO, TENDO EM VISTA ASSEGURAR A
SOBREVIVÊNCIA HUMANA”.

” SE TRATA DE UMA NOVA SENSIBILIDADE HUMANA QUE


A CUIDAR, ZELAR E PROMOVER DIGNIDADE HUMANA E
QUALIDADE DE VIDA”.

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Príncipios da Bioética

• AUTONOMIA

• BENEFICIÊNCIA

• NÃO-MALEFICIÊNCIA

• PRINCÍPIO DA JUSTIÇA

O PRINCÍPIO DA AUTONOMIA

• Significa a capacidade da pessoa humana de estabelecer


os fins para sua conduta em função de seus valores e de
escolher os meios adequados para atingi-los.

• Dimensões da existência humana sendo que duas delas


se destacam: a moral e a jurídica

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O PRINCÍPIO DA AUTONOMIA

• Moral: autodeterminação ou autogoverno, ou


seja, ausência de limites para decidir sobre si mesmo,
respeitando a liberdade do ser humano, lembrando que a
autogovernabilidade só deve ser respeitada quando a
decisão de uma pessoa não resulte em danos para outro
ser humano.

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O PRINCÍPIO DA AUTONOMIA
O princípio moral da autonomia e o princípio jurídico da
intimidade, introduziram na área da saúde o conceito de
consentimento livre e esclarecido.

 garante ao paciente o direito de contar com informações


suficientes que o tornem livre de qualquer forma de coerção
ou engano por parte da equipe de saúde dando condições
para fazer uma escolha racional de aceitar ou não a
realização de um diagnóstico ou procedimento e fazer ou
recusar um tratamento.
(PRUDENTE, 2000).

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O PRINCÍPIO DA AUTONOMIA
Existem algumas circunstâncias especiais em que limitam a
obtenção do consentimento informado como:

 Incapacidade - tanto a das crianças e adolescentes como aquela causada, em


adultos, por diminuição do sensório ou da consciência, e nas patologias
neurológicas e psiquiátricas severas;

 situações de urgência- quando se necessita agir e não se pode obtê-lo;

 Obrigação legal de declaração das doenças de notificação compulsória;

 Um risco grave para a saúde de outras pessoas, cuja identidade é conhecida,


obriga o médico a informá-las mesmo que o paciente não autorize;

 Quando o paciente recusa-se a ser informado e participar das decisões.

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PRINCÍPIO DA BENEFICIÊNCIA
Ação realizada em benefício de outros que estabelecendo
está a obrigação moral de agir em benefício dos outros.

 quando é utilizado na área de cuidados com a saúde;

 engloba todas as profissões das ciências da vida e da


saúde;

 significa fazer o que é melhor para o paciente;

 não só do ponto de vista técnico-assistencial, mas também


do ponto de vista ético.

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PRINCÍPIO DA BENEFICIÊNCIA
Ação realizada em benefício de outros que estabelecendo
está a obrigação moral de agir em benefício dos outros.

 Princípio de fazer o bem e evitar o mal para o sujeito ou para a


sociedade
 Agir com benevolência significa ajudar os outros e obter o que é
benéfico para eles
 Que promova o bem-estar deles
 Reduzindo os riscos maléficos ou
 Que possam lhe causar danos físicos ou psicológicos

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PRINCÍPIO DA NÃO MALEFICÊNCIA


não causar mal ou danos aos pacientes

 o uso da prudência diante de situações que exijam do


profissional de saúde a não intervenção, já que, dependendo
do caso, a ação “beneficência”, poderia causar um mal maior
que os benefícios decorrentes.
 Uma vez determinados os modos de praticar a beneficência, o
enfermeiro precisaria preocupar-se com a maneira de
distribuir esses benefícios ou recursos entre seus pacientes.

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PRINCÍPIO DA JUSTIÇA
Justiça refere-se ao tratamento que as pessoas esperam receber, como
iguais ou em função de suas diferenças sociais, dos demais membros da
coletividade e do ordenamento jurídico que regula as relações entre eles.

 relacionado à distribuição correta e adequada de deveres e


benefícios sociais;
 que os seres humanos são iguais desde seu nascimento, não lhes
podendo ser negado;
 qualquer tratamento ou assistência em função de nenhum tipo
de discriminação, seja social, racial ou outro fator, preocupando-
se com a eqüidade na distribuição de bens e recursos
considerados comuns, numa tentativa de igualar as
oportunidades de acesso a estes bens .

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FIDELIDADE:
 Princípio de criar confiança entre o profissional e o
paciente
 Somente em circunstâncias excepcionais, quando os
benefícios da quebra da promessa são maiores que sua
manutenção, é que se pode quebra-la
 A confiança é base para a confidência espontânea, e os
fatos revelados em confidência fazem parte do segredo
profissional

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VERACIDADE:
 Princípio ético de dizer sempre a verdade
 Não mentir e nem enganar pacientes
 Em muitas culturas a veracidade tem sido considerada
com base para o estabelecimento e a manutenção da
confiança entre os indivíduos
 O profissional deve avaliar a importância queira para o
paciente conhecer seu diagnóstico em relação ao
tratamento ou cuidado pretendido

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CONFIDENCIALIDADE:
 Salvaguardar a informação de caráter pessoal obtida
durante o exercício de sua função como enfermeiro
 Manter o cunho de segredo profissional dessa
informação, não comunicando a ninguém as
confidências pessoais feitas pelos pacientes
 Observações técnicas relacionadas com o diagnóstico
ou terapêutica devem ser registradas nos prontuários,
pois são do interesse de toda equipe de saúde
 Cuidado – pedir autorização do cliente para revelar tal
informação ou solicitar que ele o mesmo o faça,
pessoalmente

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REFERÊNCIAS:
Oguisso, Taka. Schmitd, Maria José. O Exercício da enfermagem. Uma abordagem ético-
legal. 3ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2010.
Oguisso, Taka. Zoboli Elma. Ética e bioética: desafios para a enfermagem e a saúde.
Barueri. Manole, 2006.
Vídeo Bioética “Bioética para profissionais de saúde”:
https://www.youtube.com/watch?v=qpg5wQSPbNw

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