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NOÇÕES DE

GESTÃO PÚBLICA
E ÉTICA
Noções de Teoria Geral do Estado

Livro Eletrônico
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
Noções de Teoria Geral do Estado
Henry Pereira

Sumário
Noções de Teoria Geral do Estado..........................................................................................................................4
1. Definindo o Estado.. .....................................................................................................................................................4
1.1. Noções Essenciais....................................................................................................................................................6
1.2. Formas de Estado.....................................................................................................................................................8
1.3. Formas de Governo..................................................................................................................................................8
1.4. Sistemas de Governo. . ............................................................................................................................................9
1.5. Regimes de Governo...............................................................................................................................................9
2. Origens do Poder.. .......................................................................................................................................................11
2.1. Teorias Políticas.. .....................................................................................................................................................11
2.2. Teoria Jurídica..........................................................................................................................................................14
3. Evolução do Estado Contemporâneo.............................................................................................................15
3.1. Constitucionalismo.. ..............................................................................................................................................16
4. Agentes Públicos......................................................................................................................................................17
4.1. Classificações. . .........................................................................................................................................................17
4.2. Do Regime Jurídico.. ..............................................................................................................................................17
4.3. Da Responsabilidade Civil.. ..............................................................................................................................18
Resumo.................................................................................................................................................................................19
Questões de Concurso................................................................................................................................................22
Gabarito...............................................................................................................................................................................37
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................38

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Olá, tudo certo? Espero que sim!


A aula de hoje é sobre Teoria Geral do Estado.
Trata-se de uma introdução de conceitos e temas que deverão ser aprofundados nas aulas
de Direito Constitucional e Direito Administrativo. Neste momento, construiremos algumas ba-
ses essenciais para que no futuro seja possível entender integralmente estas disciplinas.
Estudaremos os tópicos que constam em nosso edital sob o item Noções de Gestão Pú-
blica e Ética.
De maneira sucinta, trataremos de algumas definições, tal como a de Estado, governo e
sociedade; estudaremos os aspectos fundamentais da formação do estado brasileiro, assim
como a organização e gestão que lhe correspondem; além disso, verificaremos quais são
os agentes públicos e suas funções; e terminaremos com a análise da legislação aplicável a
estes temas.
Este estudo envolve essencialmente o uso da doutrina, da Constituição Federal e da Lei
Orgânica do Ministério Público de Minas Gerais. É um assunto teórico, mas com baixo grau de
dificuldade – o que será possível constatar ao final da nossa aula, no momento em qual resol-
veremos questões sobre o que foi visto.
Tenha uma boa aula!
Henry

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NOÇÕES DE TEORIA GERAL DO ESTADO


1. Definindo o Estado
De acordo com a doutrina majoritária, o Estado é composto por três elementos principais:
POVO, TERRITÓRIO e SOBERANIA.
A relação entre estes termos é intuitiva.
Falamos de um grupo ou associação de pessoas com identidade definida por critérios
socioculturais (Povo), que se governa (Soberano) e se situa em determinada localização geo-
gráfica (Território).
A soberania, por sua vez, merece algumas considerações adicionais, tendo em vista que
ela decorre de alguns pressupostos e pressupõe algumas coisas por si só.
A palavra “soberania” advém dos termos latinos supremitas e potestas, que significam po-
der supremo. Norberto Bobbio, na obra Estado, Governo e Sociedade, explica o significado de
poder em três partes pertinentes ao nosso estudo, são elas: a Substancialista; a Subjetivista e
a Relacional.
Abaixo, encontramos a descrição de cada uma.
• Substancialista: no sentido de que uma arma de fogo é poder. Ou seja, o poder é inter-
pretado como uma coisa que se tem, uma substância, assim como qualquer outra coisa;
• Subjetivista: no sentido de que o atirador, e não a arma, é que é a imagem do poder. Em
outras palavras, o poder é interpretado como a capacidade efetiva de obter resultados; e
• Relacional: no qual o poder é interpretado como a relação entre dois sujeitos, em que um
obtém do outro um comportamento que, em caso contrário, não obteria.

Certamente, a soberania se refere a todos estes tipos de poder, de uma forma ou de outra,
porque o Estado é o controlador dos materiais bélicos, das armas e munições, com um exérci-
to permanente, chefiado e integrado por sujeitos capazes de fazer valer as regras do território.
Consequentemente, há poder substancialista e subjetivista.
Entretanto, acima de tudo, o Estado é uma forma de poder relacional, porque exclui a influ-
ência de todos os outros Estados de seu território – esta é a máxima da soberania.
Vejamos:

O povo brasileiro, em seu espaço geográfico, não está sujeito às leis de quaisquer outros países
sem que elas antes sejam incorporadas ao acervo nacional de normas jurídicas.

Falamos em exclusão dos outros Estados, mas existe uma exceção aparente contida em
nossa Lei Maior, com ênfase no aparente, visto que ela não se justifica. Vejamos.
A Constituição Federal, no art. 5º, inciso XXXI, diz:

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Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasi-
leiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualda-
de, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: [...]
XXXI – a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal
do de cujus;

Em outras palavras, existem situações em que a Lei estrangeira pode ser aplicada no Brasil,
com prioridade, em detrimento da legislação nacional. Inclusive, a Lei de Introdução às Nor-
mas do Direito Brasileiro expande o rol de situações em que a lei estrangeira é aplicada, como
por exemplo, quando o conflito jurídico diz respeito a contratos firmados no exterior, que por
algum motivo foram trazidos à justiça brasileira.
O que importa para o momento, é que o aluno entenda que esta NÃO é uma brecha ou ex-
ceção da soberania.
Nestes casos descritos anteriormente, o direito estrangeiro é meramente tido como fato, e
não como norma propriamente dita. Para entendermos melhor, precisamos lembrar do Cultu-
ralismo Jurídico de Miguel Reale.
Conforme este jurista, o direito é FATO, VALOR e NORMA.
Ou seja, o direito comprova e se refere a certa situação fática (Fato), ao mesmo tempo que
lhe compara a critérios morais valorativos (Valor). Ao final, toda essa dinâmica é instrumen-
talizada e sistematizada em formato de lei, para ser inserida no ordenamento jurídico de um
país (Norma).
Isto posto, não há exceção à soberania. Contudo, não podemos confundir a integralidade
deste fundamento com a ausência de limites. Isso não significa que um Estado deve permane-
cer impune ao violar os mais básicos direitos humanos.
Na obra O Conflito Entre Tratado Internacional e a Norma de Direito Interno, Mirtô Fra-
ga explica:

A soberania é, assim, um poder (ou grau de poder) absoluto, mas não é nem poderia ser ilimitado.
Ela encontra seus limites nos direitos individuais, na existência de outros Estados soberanos, na
ordem internacional.

No que diz respeito ao Brasil, a soberania é um dos fundamentos da República e um alicer-


ce do direito internacional. Dela decorre a maior parte dos princípios das relações exteriores
do país, previstos no art. 4º da Constituição.
A soberania também está relacionada ao exercício do poder político, ao autogoverno, à
autoadministração e à autolegislação.
Enfim, já mencionamos algumas vezes a Constituição Federal, certa colocação pode ser
feita a seu respeito, considerando o tema.

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Ela nasce de um ato de soberania, relativo ao livre exercício do poder político, geralmente
descrito na doutrina como PODER ORIGINÁRIO CONSTITUINTE.
É por estes motivos que Norberto Bobbio diz que o estado pode ser reduzido ao conceito
de poder. Logo, propõe o seguinte:

Do ponto de vista dos vários critérios que foram adotados para distinguir as várias formas de poder,
a definição do poder político como o poder que está em condições de recorrer em última instância à
força (e está em condições de fazê-lo porque dela detém o monopólio) é uma definição que se refere
ao meio de que se serve o detentor do poder para obter os efeitos desejados.

Isso significa que o poder político se resume ao monopólio do exercício da força. Definição
que é comum em Max Weber e Hans Kelsen, embora este último chegue a outras conclusões.
Hans Kelsen entende que a coercitividade dos mandamentos do estado, ou o “poder” dele,
por assim dizer, sejam consequências ordinárias de sua natureza jurídica, porque o direito é
uma ordem coercitiva.
A definição de poder político é um dos elementos da concepção filosófica do estado que
será usada no próximo tópico. Antes de procedermos com esta matéria, retomaremos alguns
conceitos de Direito Administrativo, para que seja possível classificar o Estado com clareza.

1.1. Noções Essenciais


1.1.1. Estado e Governo

Para a filosofia política, Estado e Governo não se confundem.


O raciocínio é o de que o Estado possui um substrato social, assim dizendo, existem gru-
pos de pessoas com personalidade, intenções e atuação distinta que fazem parte da máquina
pública, que muitas vezes dão causa a conflitos de interesse
Conforme vimos anteriormente, Estado é o conjunto de três elementos: POVO, TERRITÓ-
RIO e SOBERANIA.
O GOVERNO, no que lhe concerne, é uma ordem social subjacente, que ocupa as estrutu-
ras de poder.

A República Federativa do Brasil é um Estado porque é composta por um povo, com identidade
nacional definida, que tem domínio sob o espaço geográfico denominado Brasil, e soberania
em razão das próprias Leis e Forças Armadas.
A administração de Jair M. Bolsonaro, 38º presidente do Brasil, é um governo porque é contro-
ladora das ferramentas públicas, da política nacional de desenvolvimento, da política de prote-
ção ambiental, etc.

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1.1.2. Descentralização e Desconcentração

A administração pública executa muitas funções, na área da segurança, da educação, da


infraestrutura, entre outras. Desta forma, são necessárias muitas pessoas em seu serviço, en-
carregadas de policiar, ensinar e construir estradas.
No entanto, nem sempre faz sentido econômico para o Estado desempenhar todas estas
funções diretamente, ou sequer contratar todos os funcionários desta maneira.
Assim sendo, a título de especializar o trabalho e aumentar a eficácia dos serviços presta-
dos, são criadas entidades com personalidade própria e responsáveis por seus próprios atos,
que podem ser fiscalizadas de fora e têm missões exclusivas de desempenhar o serviço públi-
co, sob os parâmetros preestabelecidos.
Estas entidades recebem o nome de ADMINISTRAÇÃO INDIRETA. No Brasil, elas se sub-
dividem em:
• AUTARQUIAS;
• FUNDAÇÕES;
• EMPRESAS PÚBLICAS; e
• SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA.

O processo de criação destas entidades é chamado de DESCENTRALIZAÇÃO. Em contra-


partida, o ato de extinção de uma delas, evidentemente, é chamado de CENTRALIZAÇÃO.
Por outro lado, quando uma entidade pública se subdivide internamente e cria diretorias,
coordenadorias ou secretarias, o método é denominado DESCONCENTRAÇÃO. Nesta ocasião,
o inverso é a CONCENTRAÇÃO.
Lembramos destes conceitos porque são muito semelhantes ao que acontece com o Es-
tado Federado.

1.1.3. Divisão do Poder Político

O Estado, em sua concepção, tem poderes plenos e indetermináveis. Quando ele é criado,
a assembleia constituinte ou seu equivalente tem a competência para estabelecer o que bem
entende como regra e princípio. Assim sendo, não faz sentido tentar classificar cada uma das
iterações do poder originário.
Entretanto, com a mesma motivação que vimos no tópico anterior, um ESTADO pode se
subdividir, especialmente para que as pessoas de cada fração de seu território tenham a repre-
sentação de seus interesses. Neste caso, é possível e útil categorizar a extensão dos poderes
conferidos às frações. A elas é outorgada:
• AUTOADMINISTRAÇÃO;
• AUTOGOVERNO; e
• AUTO-ORGANIZAÇÃO.

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Um Estado subdividido deste modo é chamado de ESTADO FEDERADO.


Os entes podem desempenhar atos de gestão (Autoadministração), escolher suas próprias
políticas públicas (Autogoverno) e se concentrar ou desconcentrar, na medida que lhes convier
(Auto-organização).

1.2. Formas de Estado


Contextualizando com a história do Brasil, dois anos após a independência, em 1824, o
Imperador Dom Pedro II outorgou a primeira Constituição do país. A estrutura prevista para o
Estado Brasileiro era uma de concentração de poder político, nas mãos de um único ente, sub-
dividido em órgãos sem autonomia, secretarias e circunscrições regionais.
A filosofia política chama esta forma de Estado de Unitário.
A Constituição do monarca só foi revogada em 1891, após um coup d’état que transformou
o Império do Brasil na República dos Estados Unidos do Brasil. A organização imaginada para
o Estado Brasileiro era uma com 20 (vinte) estados, mais o Distrito Federal, com responsabili-
dades e atribuições próprias.
A filosofia política chama esta forma de Estado de Federado.
Excluindo as circunstâncias extraordinárias referentes aos períodos de ditadura militar e
civil, o Brasil só veio a mudar de forma novamente em 1988, com a Constituição que vigora até
hoje. A nação continua pela via federada, só que tripartida. O país contemporâneo à elaboração
desta aula, denominado Brasil, é uma federação constituída por Municípios, Estados, Distrito
Federal e União.
À União competem todos os assuntos de presumida relevância nacional e interestadual,
tais quais a declaração de guerra, as regras gerais de tributação, o direito penal, o direito de
transporte, o direito tributário federal, etc.
Aos Estados e ao Distrito Federal competem todos os assuntos de presumida relevância
regional e intermunicipal, geralmente de forma residual, ou seja, tudo que a União deixa de le-
gislar, é de competência dos Estados.
Por fim, aos Municípios e ao Distrito Federal, no que couber, competem todos os assuntos
locais, mas com a ressalva de que estes entes federativos não poderão violar as regras de
competência já estabelecidas.
Aliás, a forma federativa de estado é cláusula da Constituição Federal que não pode ser
alterada (art. 60, § 4º, I). Assim sendo, enquanto viger esta lei, o Brasil será uma República
Federativa.

1.3. Formas de Governo


Retomando o assunto, governo é o conjunto de elementos que ocupa e utiliza a estrutura
do Estado para fins políticos.

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A princípio, as formas de governo são duas:


• REPÚBLICA; e
• MONARQUIA.

DICA
FOGO é REMO → Forma de Governo é República e Monarquia

A república é marcada pela temporariedade, eletividade e responsabilidade, enquan-


to a monarquia é vitalícia, não-eletiva e garante a seus líderes a prerrogativa de permanece-
rem impunes.

1.4. Sistemas de Governo


Os dois sistemas de governo relevantes para nossa aula são o:
• PRESIDENCIALISMO: no qual uma única pessoa é chefe de estado e chefe de governo.
Ou seja, um indivíduo é responsável pela representação do país em face às relações
exteriores e também é quem desempenha os atos de gestão e a coordenação dos es-
forços políticos; e o
• PARLAMENTARISMO: no qual as funções de chefe de estado e de chefe de governo são
divididas entre duas pessoas. Uma delas é quem assina os tratados internacionais, e a
outra é quem pratica os atos internos, de interesse político.

O Brasil já foi adepto dos dois sistemas. Do parlamentarismo, em duas ocasiões, na época
do império e no período posterior à renúncia de Jânio Quadros, em 1964. Do presidencialismo,
pela primeira vez em 1891, após o fim do império, depois disso, em todos os momentos ordi-
nários. Inclusive, vale lembrar, na atualidade.
Em 07 de setembro de 1993 foi realizado um plebiscito com o intuito de definir qual seria a
forma e o sistema de governo adotados no Brasil. O Presidencialismo e a República ganharam.
Esta consulta popular foi realizada por força da Constituição Federal, que atribuiu implicita-
mente o rigor de cláusula pétrea ao resultado (art. 2º do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias).
Em outras palavras, somente mediante uma nova constituição é que o Brasil poderá deixar
de ser república federativa presidencialista.

1.5. Regimes de Governo


Novamente, são dois os mais relevantes:
• DEMOCRACIA; e
• DITADURA.

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Na democracia, o Governo só existe porque é consentido pelo povo, enquanto na ditadura,


o Estado é controlado à força.
Encontramos logo no art. 2º da Constituição Federal a menção de que todo poder emana
do povo, máxima da democracia. No que concerne o Brasil, a democracia é representativa, pois
o poder é exercido por intermédio de representantes.
Entretanto, o poder também é exercido de forma direta, através de PLEBISCITOS, REFE-
RENDOS e LEIS DE INICIATIVA POPULAR, criando uma ponte entre Governo e Sociedade.

1.5.1. Democracia Deliberativa

Democracia deliberativa ou discursiva, é uma aproximação entre a democracia representa-


tiva e a democracia direta. É um sistema em qual o voto não é única forma de legitimação da
lei. Ela existe de forma descentralizada e dá ênfase à participação popular.
A democracia deliberativa existe na forma em que o poder público e a população estão
sempre em comunicação, e que o resultado dessa incessante discussão resulta em uma lin-
guagem que programa as ações do estado. Uma linguagem especializada quando diz respeito
à prática jurídica, mas que se traduz à língua comum para que a população em geral a entenda.
Portanto, a união da ação comunicativa à democracia deliberativa resulta em uma teoria
discursiva do direito, que supera a dicotomia entre direito positivo e direito natural.
Jurgen Habermas é o criador desta ideia, um dos mais influentes filósofos da Escola de
Frankfurt, com inúmeras contribuições para o direito e para a sociologia. As suas principais
ideias são a Teoria da Ação Comunicativa e a Teoria da Esfera Pública, que se estendem da
filosofia do direito à ciência política, na obra Entre Fatos e Normas.
Para o autor, a ação comunicativa consiste fundamentalmente no preceito de que a co-
municação é o principal meio pelo qual se permite a socialização, possibilitando que ações
individuais desencadeiem um processo de fundamentação da ética.
A esfera pública é justamente este espaço em que a comunicação e a interação social
acontecem, do qual se extraem valores suficientes para alterar o curso da política pública.
Logo, é um conceito de grande importância para a democracia.
As características principais da ação comunicativa são: a imparcialidade; a transcendência
das preferências iniciais de todos os participantes; a igualdade, liberdade e facilidade da inte-
ração; a ausência de coerções externas e internas; a ausência de restrições sobre a discussão;
e a revisibilidade dos resultados.
Jurgen Habermas adota a posição de que a lei é o meio primário de integração social, e
é um poder que deriva sua validade do consentimento dos governados. Ela é o elemento que
estabiliza a sociedade por intermédio da democracia deliberativa.

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2. Origens do Poder
Por ora, sugiro a seguinte questão:

Qual é a origem do estado?

A doutrina dá várias respostas, que se subdividem em dois grandes grupos: o político, e


o jurídico.
A principal diferença entre os dois é que a origem política do Estado envolve a teoria rela-
cional de poder, que insinua aspectos sociológicos que são rejeitados na teoria jurídica.
Começaremos pelas teorias políticas.

2.1. Teorias Políticas


2.1.1. Voluntaristas

Chama-se de teoria voluntarista aquela em que uma comunidade de pessoas se reuniu e


manifestou conjuntamente a vontade de criação de um estado.
As principais correntes desta teoria são as seguintes:
a) Contratualista: a manifestação de vontade que cria o estado consiste na ficção deno-
minada “contrato social” – é um pacto sobre o qual se justificam todas as atividades públicas.
O homem renunciou parte de seus direitos quando passou a conviver em sociedade, preci-
puamente para se proteger dos elementos da natureza e dos outros homens, para esse fim,
ele se comprometeu a obedecer ao que lhe é imposto. John Locke, Jean-Jacques Russeau e
Thomas Hobbes são os principais nomes associados a esta teoria.
Cada um destes autores possui visões diferentes sobre as implicações disso. Thomas
Hobbes defende a ideia de que o homem é o lobo do próprio homem (lupus est homo homini
lupus), ele é egoísta, e quando deixado à natureza, ele é um perigo para os outros e para si
mesmo, portanto, o estado é necessário para que ele seja protegido. Seguindo esta linha de
raciocínio, o contrato social outorga poderes absolutos.
John Locke, por outro lado, defende que o estado é necessário para a defesa dos direitos
fundamentais do indivíduo. Para ele, pode-se dizer que o contrato social é a organização cole-
tiva do direito de legítima defesa. O homem abandonou o estado de natureza pela garantia de
direitos que precedem a escrita (direito natural) e ele espera que este acordo proteja a vida da
violência, a propriedade da subtração e a igualdade da subversão.
No caso de Jean-Jacques Russeau, o homem é tido como virtuoso em seu estado de na-
tureza. A sociedade é o que lhe corrompe e o induz a necessidades em demasia. Para o autor,

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o estado surge com a finalidade de subsistência. Ele surge sob a premissa de que todos os
homens são iguais e que dependem uns dos outros para se conservarem.
b) Schmittiana: é importante mencionar que as teorias foram divididas para fins didáticos
de acordo com os temas com os quais elas mais se identificam. Para a doutrina, Carl Schmitt
é geralmente mencionado como o autor da teoria política do direito, apesar de existirem inú-
meras outras teorias que podem ser consideradas políticas por natureza, com as que vimos
anteriormente.
Isto talvez seja porque a obra de Carl Schmitt dá uma definição própria ao conceito de
política, que não é amplamente utilizado em outras interpretações da origem do estado. Para
ele, política se resume no ato de distinguir o que faz parte do grupo e o que não faz. O autor de-
fende que o estado é predominante na política porque a sua principal função é a de identificar
quais pessoas são amigas e quais são inimigas do povo. Carl Schmitt faz parte dos voluntaris-
tas porque para ele o estado também é fruto da manifestação de vontade de uma autoridade
legítima. Além disso, este autor é tido como o criador de alguns outros conceitos relevantes
para o direito, como a distinção entre as normas constitucionais materiais e formais. Carl Sch-
mitt define que Constituição é o conjunto de normas que determinam a estrutura fundamental
do estado, sendo o restante “lei constitucional”. Assim sendo, a decisão política fundamental
(Constituição) não pode ser alterada, mas as leis constitucionais sim.
Entre outras ideias de Carl Schmitt, encontramos a de que o estado de exceção (estado de
sítio e estado de defesa, no Brasil) deve ser incondicional. Para ele, o executivo não deve estar
condicionado a nenhuma determinação da lei. De acordo com o autor, o propósito final desta
medida é a criação de uma nova ordem jurídica, e não a proteção da que resultou em crise. Carl
Schmitt defendeu que o controle de constitucionalidade deveria ser realizado sobretudo pelo
chefe do executivo, pois para ele a constituição é uma decisão essencialmente política. Esse
posicionamento resultou em uma rivalidade com Hans Kelsen, que defendeu o estado como
uma instituição exclusivamente jurídica, e que propunha que o controle de constitucionalidade
fosse feito pelo judiciário.

2.1.2. Sociológicas

Toda teoria política que infere a existência de poder relacional pode ser considerada socio-
lógica, portanto, todas as que vimos até agora se encaixariam nessa categoria. Todavia, essa
divisão foi feita com um motivo, os sistemas que veremos a seguir não partilham da ideia de
que o estado se constitui por meio de declaração de vontade.
a) Orgânica: o Estado é tido como uma hierarquia natural, é uma ordem social que surge
da necessidade, mas que não é “inventada”. Para esta teoria, o estado é uma decorrência da
convivência em sociedade, ele é comparável a hierarquias que se vê no mundo animal, como
no caso dos caranguejos.

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b) Dominação: este sistema também é conhecido como a teoria do bandido estacionário.


A premissa dessa teoria começa com a ideia de que determinadas comunidades de saquea-
dores e bandidos molestavam certas comunidades matando e destruindo. Com o passar do
tempo, eles perceberam que o risco de seu ofício poderia ser consideravelmente reduzido se
eles parassem de atacar suas vítimas diretamente.
Portanto, os saqueadores e bandidos se estabeleceram em meio a suas vítimas para furtá-
-las na forma de impostos e taxas, sob os mais diversos pretextos. Geralmente a justificativa
envolve a prestação do serviço de proteção, assim como fazia a máfia italiana na época da
proibição do álcool nos Estados Unidos.
c) Pura: esta teoria foi classificada aqui como “pura” porque quando a doutrina se refere à
teoria sociológica da formação do estado, ela se refere àquela que foi elaborada por Ferdinand
Lassale. O autor defende que o estado é a reunião das circunstâncias de fato que dizem respei-
to a determinada comunidade. Pouco importa o que está escrito em qual documento, o estado
consiste nas relações reais de poder, e não na formalidade da lei.

Estudaremos agora a teoria jurídica de origem do estado.

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2.2. Teoria Jurídica


Hans Kelsen é o principal proponente desta vertente.
Em suma, ele explica que o estado não passa de uma corporação instituída pela constitui-
ção e que ele é a personificação de uma ordem jurídica nacional.
O autor argumenta que é indefensável a ideia de que o estado é tanto um ordenamento
jurídico quanto uma ordem social subjacente, ele justifica que o ato constitutivo dessa ordem
social é o único motivo pelo qual ela existe.
Simplificando, Hans Kelsen diz que não existe nenhuma comunidade que precede o estado,
ou que existe sobre ele, porque o que na verdade constitui a comunidade é o estado. Por este
motivo, a concepção do estado é essencialmente jurídica, e não sociológica ou política.
Hans Kelsen rejeita a teoria da interação, a ideia de que as interações entre os elementos
subjacentes do estado criam algum tipo de ordem sociológica, e da mesma forma, rejeita a
formação do estado como unidade social constituída por vontade ou interesse comum (volun-
tarismo), porque se o direito realmente representasse a vontade de todos, ele não precisaria
ser coercitivo, nem precisaria ser direito.
Além disso, o autor rejeita a teoria que descreve o estado como organismo, por se tratar de
mera ficção que não busca explicar cientificamente o fenômeno do estado, e também, rejeita
a teoria do estado como dominação social por ser impossível definir a figura do governante do
estado sem pressupor uma ordem jurídica preestabelecida.
De acordo com Hans Kelsen, “o estado não se identifica com nenhuma das ações que
formam objeto da sociologia, nem com a soma de todas elas”. Isso posto, não existe nenhum
conceito sociológico de estado ao lado do jurídico.
Sem prejuízo, o autor explica que o estado é uma organização política porque é uma ordem
que monopoliza e regula o uso da força. Para ele, “o poder político é (tão somente) a eficácia
da ordem coercitiva reconhecida como direito”. Ou seja, o que se descreve como político nas
outras teorias é na verdade o aspecto principal da norma jurídica, a coercitividade.
Em razão disso, o estado é o direito, e nada mais.

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Agora, estudaremos outro tema.

3. Evolução do Estado Contemporâneo


Podemos classificar o progresso do Estado em três conceitos: Patrimonialismo, Burocra-
cia e Gerencialismo.
Eles surgem em sequência um do outro, com a finalidade relativa de resolver os supostos
problemas que afligiam seus antecessores. Primeiro o Patrimonialismo, na época das monar-
quias, após, a Burocracia, no período dos estados liberais. Por fim, o Gerencialismo, na última
metade do século XX.
Abaixo, temos a descrição de cada um deles:
• PATRIMONIALISMO: o Estado é tido como patrimônio do monarca, não existe distinção
entre público e privado, por força do absolutismo ou da fusão, por tempo indefinido, das
prerrogativas de um cargo público ao seu ocupante;

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• BUROCRACIA: o Estado reconhece a necessidade de sistematizar e procedimentalizar


a administração pública, com o intuito de proteger o patrimônio privado e as liberdades
individuais;
• GERENCIALISMO: o Estado assume a missão de produzir efeitos na sociedade, com
políticas públicas e ativismo engendrados pelas instituições que lhe pertencem.

Segmentos de cada um destes conceitos ainda se aplicam ou ocorrem esporadicamente


dentro da administração pública moderna. Existem políticos que tratam a máquina pública
como se fosse sua e leis estritamente formais que não necessariamente produzem um resul-
tado positivo no mundo, contudo, a principal característica do Brasil é o GERENCIALISMO.
Isso é facilmente constatado no texto constitucional, que estabelece uma série de leis de
eficácia limitada programática.
Falando nisso…

3.1. Constitucionalismo
O constitucionalismo é o movimento que advoga a sistematização de uma norma jurídica
que defina a estrutura do Estado, bem como os direitos fundamentais das pessoas interessa-
das. O nome que se dá a esta norma é “Constituição”.
A constituição pode ser interpretada tanto como um documento político quanto jurídico.
Ela é política no sentido de que expressa vontade que se impõe coercitivamente, e jurídica por-
que é o ato de constituição da personalidade do estado.
A princípio, pode-se dizer que as constituições acompanharam as gerações de direitos
fundamentais. As primeiras meramente limitavam os poderes dos governantes em defesa da
vida, liberdade e propriedade. As subsequentes trouxeram direitos sociais que se realizavam
por intermédio de prestações do Estado. E por fim, as mais recentes, preceituam direitos tran-
sindividuais.
A interpretação legal positivista da Constituição eventualmente deu espaço para o surgi-
mento do neoconstitucionalismo, tendo em vista que as atrocidades da segunda guerra mun-
dial demonstraram a necessidade de que o direito tivesse maiores mecanismos para a prote-
ção da vida.
O neoconstitucionalismo prescreve que os princípios constitucionais tenham a mesma for-
ça que quaisquer outras regras da constituição. Deste modo, princípios tais qual o da dignida-
de da pessoa humana surtem efeitos limitadores do poder destrutivo do Estado.
Finalizaremos com um breve estudo sobre Agentes Públicos, para completar a parte do
edital que nos incumbe.

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4. Agentes Públicos
De acordo com Hely Lopes Meirelles, agentes públicos “são todos que exercem fun-
ção pública”.
A Lei de Improbidade Administrativa, entretanto, possui uma definição mais ampla. Segun-
do ela, agente público é:

todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, empre-
go ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior

Afinal, temos de diferenciar quem faz o que.


Vejamos.

4.1. Classificações
Os agentes são:
• Políticos: quando compõe o alto escalão do Poder Público. São os integrantes titulares
do Executivo, Legislativo e Judiciário, ex.: Presidentes, Juízes, Deputados, Ministros…
• Administrativos: quando exercem atividade de natureza profissional e remunerada, com
vínculo empregatício ou estatutário, ex.: Analistas do Ministério Público, Oficiais de Jus-
tiça…
• Honoríficos: quando são requisitados por ter reputação ilibada. São cidadãos comuns,
selecionados para desempenhar atividade de natureza transitória, sem vínculo empre-
gatício ou estatutário, ex.: Jurados, Mesários…
• Delegatários: quando receberam permissão, concessão ou autorização do Poder Públi-
co para executar atividade, ex.: Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG (Con-
cessionária)…
• Credenciados: quando recebem a incumbência de representar a administração pública
em determinados atos ou atividades, ex: Professores substitutos, Médicos credencia-
dos…

4.2. Do Regime Jurídico


O agente público mais importante para o nosso estudo é o administrativo, até porque o
nosso objetivo é a aprovação no concurso, não é!? a fim de integrar o quadro de pessoal da
Administração Pública.
Assim sendo, temos que considerar que este agente ingressa na carreira por intermédio de
concurso público, com validade de até dois anos, prorrogáveis por igual período.

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Após a aprovação, ele é nomeado, empossado e procede ao exercício do cargo. Então, ini-
cia o prazo de 3 (três) anos, denominado estágio probatório, no qual ele terá seu desempenho
regularmente avaliado. Se ele não for demitido neste intervalo de tempo, tornar-se-á estável.
Algumas condutas são consideradas Infrações Administrativas para este agente, que re-
sultam em penalidade. Elas são várias e podem ser encontradas em diferentes documentos.
Para o nosso concurso, as infrações administrativas estão listadas a partir do art. 211 da
Lei Orgânica do Ministério Público de Minas Gerais. Elas são:
• ADVERTÊNCIA;
• CENSURA;
• DISPONIBILIDADE COMPULSÓRIA E CAUTELAR;
• REMOÇÃO COMPULSÓRIA; E
• EXONERAÇÃO.

Para a aplicação das penalidades listadas é necessário Procedimento Administrativo Disci-


plinar, conduzido por comissão composta por três membros, designados pelo Procurador-Ge-
ral de Justiça.

4.3. Da Responsabilidade Civil


Em regra, a responsabilidade civil da administração pública é verificada por intermédio da
Teoria do Risco Administrativo. Ou seja, a obrigação de indenizar independe de culpa ou dolo,
ela decorre meramente do fato de que foi causado dano.
Entretanto, isso só se aplica às entidades da administração pública, e não aos servidores.
No que lhes diz respeito, existe a TEORIA DA DUPLA GARANTIA, que impede terceiro de pro-
cessar o servidor diretamente por dano que este tenha causado.
O agente público só será responsabilizado se for verificada a culpa e em ação regressiva,
proposta pelo estado contra ele.

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RESUMO
Vamos revisar o conteúdo?

Conceitos
• Tipos de Poder: substancial, subjetivo ou relacional.
− É substancial quando poder é entendido como coisa (arma).
− É subjetivo quando poder é entendido como capacidade efetiva de modificar a reali-
dade (atirador).
− É relacional quando poder é entendido como a capacidade de obrigar alguém a fazer
algo que, do contrário, não seria feito.
• Concentração e Desconcentração: extinção e subdivisão de órgãos da administração
direta.
• Centralização e Descentralização: extinção e criação de entidades da administração
indireta.
• Poderes dos Entes Federados:
− Autogoverno
− Auto-organização
− Autoadministração
• Patrimonialismo: conceito relativo a um Estado que não distingue propriedade pública e
privada, no qual tudo é do Rei.
• Burocracia: conceito relativo a um Estado que sistematiza as relações públicas e priva-
das, com o objetivo de garantir o respeito aos direitos individuais.
• Gerencialismo: conceito relativo a um Estado ativo, que possui missões institucionais a
serem cumpridas e instrumentos marginalmente capazes de cumpri-las.
• Poder Político: é o monopólio do exercício da força.
• Teorias Políticas do Estado: são aquelas em que o estado surge em razão de critérios
sociológicos.
• Contratualismo: é a teoria que pressupõe que o homem abandonou o seu estado natu-
ral para viver em sociedade mediante a aceitação de um pacto denominado “contrato
social”.
− Presume que a aceitação do pacto implica a renúncia de direitos que o homem pos-
suía em seu estado de natureza.
− É denominada “voluntarista” porque infere que o contrato social foi uma livre manifes-
tação de vontade.
• Carl Schmitt: o criador da Teoria Política do Estado.
− Política é determinar quem é amigo e quem é inimigo.
− A guarda da constituição deve ser feita pelo chefe do executivo.

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− A constituição é composta de elementos materiais e formais.


− Os elementos materiais da constituição são todos aqueles que dizem respeito à es-
trutura do estado, enquanto os formais são todos os outros.
• Teoria Orgânica: o estado é uma hierarquia natural de homens, da mesma forma que
existem hierarquias naturais de outros animais.
• Teoria da Dominação: o estado surge a partir da espoliação de determinadas comunida-
des por parte de grupos de criminosos que buscam reduzir o risco da própria atividade.
− Também conhecida como Teoria do Bandido Estacionário.
• Ferdinand Lassale: o estado é o conjunto dos elementos fáticos de poder.
− É rejeitada a influência de qualquer determinação legal a respeito da formação do
estado.
• Teorias Jurídicas do Estado: são as que atribuem a origem do estado fundamentalmen-
te ao direito.
• Hans Kelsen: a teoria jurídica da origem do estado consiste na ideia de que a constitui-
ção cria uma ordem nacional, de forma semelhante à que um contrato social cria uma
corporação.
− A validade da constituição é extraída de uma norma fundamental pressuposta no
plano lógico-jurídico.
− É rejeitada a influência sociológica no estudo do direito.
− O estado e o direito são a mesma coisa.
• Constitucionalismo: é o movimento que busca sistematizar um ordenamento jurídico.
− As primeiras constituições (fim do século XVIII) previam a proteção da vida, liberdade
e propriedade.
− As constituições subsequentes (século XIX) previam direitos sociais.
− As constituições mais recentes (século XXI) preveem direitos transindividuais e bus-
cam novas gerações de direitos para inaugurar.
• Neoconstitucionalismo: movimento que resultou da segunda guerra mundial.
− Preceitua a aplicação de princípios com a mesma força de regras constitucionais.
− Teoria moderadamente aceita.
• Classificações de Estado: dividem-se em formas de governo, regimes de governo, for-
mas de estado e sistemas de governo.
− Monarquia e República são formas de governo.
− Democracia e Ditadura são regimes de governo.
− Federação e Unitarismo são formas de estado.
− Presidencialismo e Parlamentarismo são sistemas de governo.
• Agentes Públicos: são todos aqueles que desempenham função pública, a qualquer tí-
tulo.
− Políticos.

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− Administrativos.
− Honoríficos.
− Delegados.
− Credenciados.
• Teoria da Dupla Garantia: regra de legitimidade para ações de responsabilidade civil.
− impede que terceiro ingresse com ação indenizatória em que o polo passivo seja ser-
vidor público por danos causados em serviço da administração pública.

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FCC/2018/DPE-AM/DEFENSOR PÚBLICO/REAPLICAÇÃO) No que concerne à relação
entre Direito e Estado, tal como a tematiza Hans Kelsen na obra O que é a justiça?, é correto
afirmar que o Estado
a) é uma ordem jurídica relativamente centralizada.
b) é uma entidade metajurídica que precede a criação do Direito.
c) considerado democrático, e somente este, é legítimo para produzir normas jurídicas, pois
reflete a justiça.
d) é um grupo de pessoas unidas para a consecução de interesses comuns, e o Direito é um
corpo normativo que reflete a moral do povo.
e) e Direito são duas coisas completamente distintas e não necessariamente relacionadas.

002. (FCC/2017/DPE-PR/DEFENSOR PÚBLICO) Segundo Hans Kelsen, em sua obra Teoria


Pura do Direito,
a) o fundamento de validade de um ordenamento jurídico é tido como sua norma fundamental,
a qual deve ser posta por uma autoridade a ela pressuposta.
b) um sistema de normas cujo fundamento de validade e conteúdo de validade são deduzidos
de uma norma pressuposta é um sistema dinâmico de normas.
c) a interpretação autêntica feita por um órgão aplicador do Direito, sempre é criadora do Direi-
to mesmo quando cria uma norma individual a um único caso.
d) o propósito único e exclusivo da Teoria Pura do Direito é responder à questão: “o que é e
como deve ser um Direito legítimo?”
e) sendo possível relacionar o conteúdo da norma moral com o da norma jurídica, pode haver
hipóteses de aplicação em que uma norma jurídica seja, necessariamente, moral.

003. (IMA/2018/PREFEITURA DE CAXIAS/MA/PROCURADOR) A constituição é a norma fun-


damental do Estado, podendo ser conceituada, em breves linhas, como o sistema de normas
jurídicas que regula a forma de Estado, a forma de governo, o modo de aquisição e o exercício
do poder, o estabelecimento dos seus órgãos, os limites de sua ação, os direitos fundamentais
do homem e suas garantias. Tomando como base o exposto, assinale a alternativa correta em
relação às concepções/sentidos que a Constituição pode ter:
a) Tomando como base o sentido Jurídico, Constituição seria a soma dos fatores reais do
poder vigente em uma determinada sociedade, tendo como principal expoente a figura de Fer-
dinand Lassalle.
b) Segundo Hans Kelsen a Constituição tem o seu fundamento de validade na norma hipotéti-
ca fundamental situada no plano lógico-jurídico. Já o plano Jurídico-Positivo corresponderia a
constituição escrita, norma posta e positivada.

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c) No Sentido Político de Constituição, Carl Schmitt afirma que Lei Constitucional pode ser
conceituada como a norma que decorre diretamente da decisão política fundamental, estrutu-
rantes do Estado;
d) A Constituição Simbólica tem como característica principal a presença de normas que guiam
a atuação do Estado e de seus agentes por meio de programas de ação visando a consecução
dos seus objetivos. A constituição não apenas cita a forma de organização do Estado, mas o
guia na consecução dos seus objetivos, agindo em várias vertentes.

004. (FCC/2010/AL-SP/PROCURADOR) Pela Teoria Geral do Estado, é INCORRETO afirmar:


a) No Estado Unitário, o ente provincial tem, dentre outras, soberania interna e externa, compe-
tência legislativa própria, capacidade de auto-organização e subordinação vinculada.
b) As formas de Estado levam em consideração a composição geral do Estado, a estrutura do
poder, sua unidade, distribuição e competências no território do Estado.
c) O Estado Federal é aquele que se divide em províncias politicamente autônomas, possuindo
duas fontes paralelas de Direito Público, uma Nacional e outra Provincial.
d) Pelo fato de apresentar a centralização política, o Estado Unitário só tem uma fonte de Po-
der, o que não impede a descentralização administrativa.
e) Dentre as características do Estado Federal, tem-se a constância dos princípios fundamen-
tais da Federação e da República, sob as garantias da imutabilidade desses princípios, da rigi-
dez Constitucional e do instituto da Intervenção Federal.

005. (CESPE/CEBRASPE/2022/PGE/RJ/ANALISTA PROCESSUAL) Julgue o seguinte item.


Os agentes políticos se caracterizam, entre outros aspectos, por possuírem funções de direção
e orientação estabelecidas na Constituição Federal.

006. (QUADRIX/2019/CRMV/RN/AGENTE FISCAL) Julgue o item a respeito dos conceitos


de Estado, de governo e de Administração Pública.
O Judiciário desempenha como função atípica a administração, mas não a normatização, seja
típica ou atipicamente.

007. (PGM/CURITIBA/PROCURADOR/NC-UFPR/2019) Na atualidade, discute-se muito a


questão do neoconstitucionalismo, que é tema polêmico e controvertido, não somente no Bra-
sil, mas em outros países. Sobre o assunto, assinale a alternativa correta.
a) O neoconstitucionalismo é uma teoria francesa, importada pelo STF com o objetivo de flexi-
bilizar o princípio da legalidade.
b) Um dos temas recorrentes para o entendimento do neoconstitucionalismo é a tensão entre
o constitucionalismo e a democracia.
c) Um dos pontos-chave para a compreensão do neoconstitucionalismo é a superação do dog-
ma da supremacia da Constituição.

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d) Em julgamento recente, com repercussão geral, o Supremo Tribunal Federal entendeu inapli-
cável no Brasil a teoria neoconstitucional.
e) O neoconstitucionalismo é uma teorização que se reporta à interpretação dos direitos so-
ciais, e não dos direitos políticos.

008. (PC-DF/DELEGADO DE POLÍCIA/FUNIVERSA/2015) Acerca da teoria geral das consti-


tuições, assinale a alternativa correta.
a) Hans Kelsen concebe dois planos distintos do direito: o jurídico-positivo, que são as normas
positivadas; e o lógico-jurídico, situado no plano lógico, como norma fundamental hipotética
pressuposta, criando-se uma verticalidade hierárquica de normas.
b) Para Hans Kelsen, as normas jurídicas podem ser classificadas como normas materialmen-
te constitucionais e normas formalmente constitucionais. Para o referido autor, mesmo as leis
ordinárias, caso tratem de matéria constitucional, são definidas como normas materialmente
constitucionais.
c) De acordo com o sentido político de Carl Schmitt, a constituição é o somatório dos fatores
reais do poder dentro de uma sociedade. Isso significa que a constituição somente se legitima
quando representa o efetivo poder social.
d) De acordo com o sentido sociológico de Ferdinand Lassale, a constituição não se confunde
com as leis constitucionais. A constituição, como decisão política fundamental, irá cuidar ape-
nas de determinadas matérias estruturantes do Estado, como órgãos do Estado, e dos direitos
e das garantias fundamentais, entre outros.
e) De acordo com o sentido político-sociológico de Hans Kelsen, a constituição está alocada
no mundo do “dever ser”, e não no mundo do “ser”. É considerada a norma pura ou fundamen-
tal, fruto da racionalidade do homem, e não das leis naturais.

009. (PC-GO/DELEGADO DE POLÍCIA/UEG/2013) Nos estudos sobre a formação do direito


constitucional, verifica-se que o constitucionalismo representou um importante movimento po-
lítico e filosófico, com manifestações distintas, nos diferentes períodos da história. Os teóricos
desse ramo do direito apresentam classificação do constitucionalismo, identificando caracte-
rísticas próprias a cada período. Assim, o constitucionalismo
a) antigo, desenvolvido nas cidades-estado da Grécia, entre os séculos V a III a.C., caracteriza-
-se por um regime político constitucional ditatorial, cujo poder político é concentrado no chefe
político, e o exercício do governo é afastado dos governados.
b) na Idade Média, marcado pela Magna Carta Inglesa de 1215, caracteriza-se pelo avanço do
absolutismo, tendo em vista que esse documento confere poder ilimitado e absoluto ao Rei,
sobretudo nas questões referentes à propriedade.
c) moderno, identificado nas Constituições dos Estados Unidos da América de 1787 e da Fran-
ça de 1791, caracteriza-se pela vinculação à ideia de constituição escrita e rígida, com força
para limitar e vincular os órgãos do poder político.

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d) contemporâneo, cujo marco inicial são as Constituições Mexicanas de 1917 e de Weimar


de 1919, caracteriza-se por inaugurar o modelo de organização do Estado e por limitar o poder
estatal, por meio de uma declaração de direitos e garantias fundamentais.

010. (TJ-MT/JUIZ DE DIREITO/VUNESP/2019) Assinale a alternativa correta a respeito da


Constituição e do Constitucionalismo.
a) Nos Estados Unidos, diferentemente da França, a constituição americana deu pouca rele-
vância ao papel do juiz, dada a aversão à sua figura pelos revolucionários, reduzindo a função
do Judiciário a mero emissor da voz da lei.
b) A Constituição francesa de 1791 construiu um sistema fundado na supremacia do legislati-
vo, restando ao executivo a função de dispor dos meios aptos à aplicação da lei.
c) O modelo de constitucionalismo praticado no mundo contemporâneo segue, nas suas li-
nhas gerais, o padrão que foi estabelecido pela Constituição francesa de 1791, especialmente
no que diz respeito à função do Judiciário.
d) A Constituição norte-americana de 1787 e a Constituição francesa de 1791 são os dois mar-
cos mais importantes do Neoconstitucionalismo.
e) Influenciada pela revolução francesa e pelas revoluções americanas, a Constituição brasi-
leira de 1824 continha importante rol de direitos civis e políticos, tendo adotado a separação
tripartite de Montesquieu na divisão e no exercício do poder político.

011. (DPE-AM/DEFENSOR PÚBLICO/FCC/2018) Sobre o controle de políticas públicas pelo


Poder Judiciário, é correto afirmar que a base teórica que privilegia os princípios, tornando o
juiz um agente das transformações sociais, atuando não só na verificação da constitucionali-
dade da lei formal, mas também na observação das questões materiais relativas às próprias
políticas, é conhecida como:
a) participação popular.
b) procedimentalismo.
c) separação dos Poderes.
d) judicialismo.
e) substancialismo.

012. (PGE-AC/PROCURADOR DO ESTADO/FMP CONCURSOS/2017) Considerando-se que


a tradição constitucional norte-americana se encontra cifrada, ainda que não de forma total e
absoluta, na ideia de Constituição como regra do jogo da competência social e política, assim
como na afirmação e garantia da autonomia dos indivíduos como sujeitos privados e como
agentes políticos, cuja garantia essencial é a jurisdição, enquanto que a tradição europeia é
preponderantemente marcada por um forte conteúdo normativo que supera o limiar da defini-
ção das regras do jogo organizando o poder, afirmando-se como um projeto político delineado

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de forma a participar diretamente do jogo, condicionando decisões estatais destinadas a efeti-


var um programa transformador do Estado e da sociedade, seria correto afirmar que:
a) o Neoconstitucionalismo resulta exclusivamente do influxo da tradição constitucio-
nal europeia.
b) o Neoconstitucionalismo resulta exclusivamente do influxo da tradição constitucional nor-
te-americana.
c) o Neoconstitucionalismo resulta da aproximação entre os dois modelos, tanto ao adotar a
ideia – tipicamente europeia – de constituição como um texto jurídico supremo destinado a
instrumentalizar um programa transformador, quanto ao deferir à jurisdição/o que é caracterís-
tico do modelo norte-americano/a tarefa de implementar tal programa quando o legislador não
o faz, de que é exemplo a inconstitucionalidade por omissão tal como existente no sistema
constitucional brasileiro.
d) o Neoconstitucionalismo caracteriza-se essencialmente como um rompimento tanto com a
tradição constitucional europeia quanto com a norte-americana.
e) na ambiência do Neoconstitucionalismo, rompe-se definitivamente a separação entre di-
reito e moral, uma vez que se considera que o julgador pode e deve tanto interpretar normas
jurídicas a partir de suas convicções morais, quanto aplicar diretamente preceitos morais na
solução dos casos concretos quando inexistente norma jurídica específica.

013. (PGE-GO/PROCURADOR DO ESTADO/2010) Expressa uma das características do neo-


constitucionalismo:
a) a limitação da argumentação jurídica ao raciocínio de subsunção norma-fato.
b) o expurgo de contribuições metajurídicas, como as advindas da ética e da moral, do proces-
so interpretativo.
c) o prestígio da lei em detrimento da Constituição.
d) o declínio da importância do Poder Judiciário, quando comparado com as funções assumi-
das pelos demais poderes.
e) o reconhecimento da força normativa dos princípios constitucionais.

014. (PREFEITURA DE FRANCISCO MORATO–SP/PROCURADOR/VUNESP/2019) Para a


doutrina, a Constituição Ideal é
a) não escrita, buscando normatizar, juridicizar as forças sociais, e, a partir daí, integrá-las a um
plano superior de ação do Estado e da própria sociedade.
b) não escrita, desde que seja prioridade o tratamento constitucional das normas e princípios
de organização e funcionamento do Estado.
c) escrita, contendo o somatório de forças religiosas, políticas, econômicas, militares e cultu-
rais atuantes em determinada sociedade.
d) escrita, abrangendo determinados valores, determinados princípios políticos, ideológicos ou
institucionais.

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e) escrita, contemplando e especificando o princípio da divisão de poderes e consagrando um


regime de garantias de liberdade e direitos individuais.

015. (TCE-RO/PROCURADOR/CESPE/2019) O conceito de Constituição como documento


dotado de superior hierarquia jurídica no ordenamento do Estado, que delimita o parâmetro
constitucional para ajuizamento de ação declaratória de inconstitucionalidade no STF, refere-
-se à ideia de Constituição:
a) material.
b) ideal.
c) formal.
d) normativa.
e) rígida.

016. (QUADRIX/2021/CRECI/14ª REGIÃO/MS/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) A triparti-


ção dos Poderes da União foi consagrada no art. 2º da Constituição Federal de 1988, que prevê
a existência independente e harmônica do Legislativo, do Executivo e do Judiciário. Com rela-
ção a esse assunto, julgue o item.
A função típica do Poder Judiciário é solucionar, definitivamente, conflitos de interesses, por
meio da aplicação do direito ao caso concreto.

017. (FCC/2011/TRT/23ª REGIÃO (MT)/ANALISTA JUDICIÁRIO/PUBLICIDADE E PROPA-


GANDA) Segundo Habermas,
a) a dualidade do estrutural e as propriedades estruturais dos sistemas sociais são ao mesmo
tempo o meio e o resultado que se organizam de maneira recursiva.
b) ao trabalho etnometodológico cumpre identificar as operações pelas quais as pessoas se
dão conta e dão conta do que elas próprias são e do que fazem no dia-a-dia no contexto das
interações.
d) todos vivem temporalidades diferenciadas que remetem a outras relações com o saber e
outras posições nas redes de relações intersubjetivas.
d) o fato social é resultado da atividade dos atores para conferir sentido a sua prática cotidia-
na. O esquema da comunicação substitui o da ação.
e) a sociologia crítica deve estudar as redes de interação em uso na sociedade, constituída por
relações comunicativas.

018. (CONSULPLAN/2018/CÂMARA DE BELO HORIZONTE/MG/CONSULTOR LEGISLATI-


VO/CIÊNCIAS SOCIAIS E POLÍTICAS) Considerando o pensamento de Habermas, a ideia de
um espaço para as deliberações políticas
a) representa a aferição da vontade do Estado.
b) só seria possível dentro da estrutura do próprio Estado.

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c) prescinde de um processo cooperativo de interpretação.


d) representa o que o autor denomina como esfera pública.

019. (IF-RS/2015/IF-RS/PROFESSOR/FILOSOFIA) Considere as afirmativas abaixo sobre a


ética discursiva de Jürgen Habermas.
I – Habermas reconhece que a ética está inexoravelmente determinada pela impossibilidade
de fundamentação do agir moral: não há critérios absolutos, os juízos morais possuem um
caráter histórico e social incontornável. Cabe à ética discursiva admitir o relativismo de toda
verdade moral e renunciar ao alcance de normas universais.
II – Diante da pluralidade de perspectivas que orientam a ação moral, Habermas afirma que os
juízos morais devem necessariamente expressar atitudes e preferências de cada integrante do
diálogo. Por conseguinte, em face do relativismo, a ética discursiva abandona qualquer inten-
ção formalista, concedendo centralidade às decisões particulares e/ou aos contextos.
III – Buscando renovar as pretensões universalistas da ética, Habermas constrói uma teoria na
qual apresenta a importância do discurso racional como formador do consenso. É, pois, por
intermédio do discurso que se alcança a justificação racional capaz de legitimar a validade
das normas.
IV – Para a ética do discurso, é necessário discernir o consenso do falso consenso. O critério
capaz de realizar a distinção encontra-se na concepção habermasiana de situação ideal de
fala, mediante a qual seria possível imaginar comunicações livres de eventuais coações.
V – Ao conceder centralidade ao discurso, Habermas defende a ideia segundo a qual as nor-
mas somente alcançam legitimidade por intermédio do esforço compartilhado da prática co-
municativa. Sendo assim, a ética é um exercício que se realiza na comunicação de sujeitos
simetricamente dispostos em suas oportunidades de fala.
Assinale a alternativa correta:
a) Somente as afirmativas I, II e V são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas III, IV e V são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas I, III e V são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas II, III são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas II, IV são verdadeiras.

020. (CESPE/2013/MPU/ANALISTA/COMUNICAÇÃO SOCIAL) Com relação à comunicação


pública, julgue os itens a seguir.
A comunicação pública está estreitamente vinculada ao exercício da cidadania, e ambas se
realizam na esfera pública, de acordo com a perspectiva de Habermas.

021. (IFB/2017/IFB/PROFESSOR/FILOSOFIA) Habermas desenvolve em seu livro “Direito e


Democracia” uma fundamentação do Estado Democrático de Direito, que leva em conta tanto

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um mundo pós-convencional quanto a necessidade de limitar as mazelas provocadas pelo


poder econômico e político. Leia as afirmações sobre “Direito e Democracia”.
I – Não se pode ter nem manter um Estado de direito sem democracia radical.
II – O direito tem sua legitimidade esgotada no cumprimento legal para criação de leis.
III – Com o direito democrático busca-se recuperar e conservar uma solidariedade social.
IV – A possibilidade de justificar o direito moderno a partir das ideias de direitos humanos e do
princípio da soberania do povo releva que se trata de elementos concorrentes.
Assinale a alternativa que apresenta somente as afirmações CORRETAS de acordo com a po-
sição de Habermas.
a) I e IV
b) I e III
c) I, II e IV
d) III e IV
e) II e III

022. (CESPE/2018/ABIN/OFICIAL DE INTELIGÊNCIA/ÁREA 3) Grupos organizados da so-


ciedade, como os movimentos sociais, buscam influenciar as políticas públicas e os agentes
estatais. Nesse sentido, julgue o item a seguir, acerca das relações entre Estado e sociedade.
Conforme Habermas, o conceito de sociedade civil autolimitada diz respeito à sociedade civil
livre das influências do Estado e assistida e acompanhada por organizações do mercado.

023. (CESPE/2019/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO) Com fundamento nas teorias sobre direi-


tos humanos e na Declaração Universal dos Direitos Humanos, julgue o item que se segue.
Na perspectiva de Jürgen Habermas, os direitos humanos pressupõem a soberania popular, e
vice-versa, na medida em que esses direitos são fruto de decisões populares soberanas que,
ao mesmo tempo, estão limitadas por esses mesmos direitos.

024. (INSTITUTO AOCP/2019/SEECT-PB/PROFESSOR/FILOSOFIA) O filósofo alemão Jür-


gen Habermas (1929-), inicialmente, recebeu influências da Escola de Frankfurt, no entanto,
gradativamente, foi trilhando o seu próprio caminho filosófico e sociológico até os dias atuais.
Esse filósofo estuda uma série de relações entre ciência, técnica e economia política, sendo
que, entre os seus conceitos principais, encontra-se a razão comunicativa. Sobre esse concei-
to, assinale a alternativa correta.
a) Apoia-se no diálogo, na interação entre os indivíduos do grupo, mediada pela linguagem,
pelo discurso.
b) Consiste em um desenvolvimento da heteronomia moral, porque a autonomia moral cabe-
ria ao uso monológico da razão que, por sua vez, refere ao pensamento filosófico de Kant. No
caso, a razão comunicativa não visa à emancipação na moralidade.
c) Tem o mesmo significado que razão instrumental.

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d) Banaliza a vida humana, por isso foi utilizado como expressão filosófica no advento
do nazismo.

025. (CESPE/2013/ANTT/ANALISTA ADMINISTRATIVO/CIÊNCIA POLÍTICA) Julgue o item


a seguir, considerando as concepções contemporâneas acerca do Estado.
A não governabilidade é, segundo Habermas, o resultado de uma crise de gestão administra-
tiva, decorrente das crises de output e crises de input, que consistem, respectivamente, na
incapacidade administrativa de compatibilizar eficientemente os imperativos de controle que
chegam do sistema econômico (crise de apoio político) e a incapacidade de preservar o nível
necessário de lealdade da massa (crise de gestão administrativa).

026. (CESPE/2019/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO) Com fundamento nas teorias sobre direi-


tos humanos e na Declaração Universal dos Direitos Humanos, julgue o item que se segue.
A teoria de Habermas sobre os direitos humanos, fundamentada na filosofia de Kant, consi-
dera os direitos humanos em espécie como derivações da dignidade humana: embora cada
direito tenha sentido específico, todas as pessoas merecem proteção jurídica.

027. (CESPE/2012/INCA/ANALISTA EM C&T JÚNIOR/DIREITO) Acerca de normas consti-


tucionais, teoria geral da constituição e análise do princípio hierárquico das normas, julgue o
item a seguir.
Para Carl Schmitt, a constituição de um Estado deveria ser a soma dos fatores reais de poder
que regem a sociedade. Caso isso não ocorra, ele a considera como ilegítima, uma simples
folha de papel.

028. (CESPE/2008/PC-TO/DELEGADO DE POLÍCIA) Julgue os itens a seguir, relativos à na-


tureza jurídica, à
classificação e aos elementos da Constituição.
A concepção política de Constituição, elaborada por Carl Schmitt, compreende-a como o con-
junto de normas que dizem respeito a uma decisão política fundamental, ou seja, a vontade
manifestada pelo titular do poder constituinte.

029. (VUNESP/2019/CÂMARA DE PIRACICABA/SP/ADVOGADO) Diversos doutrinadores


são responsáveis pela formulação de conceitos de Constituição, tendo por base distintas con-
cepções. Dentre elas, podem ser mencionadas, as seguintes: (i) “A Constituição seria a soma-
tória dos fatores reais do poder dentro de uma sociedade” e (ii) “Constituição representa a de-
cisão política do titular do poder constituinte.”. Assim sendo, assinale a alternativa que indica,
correta e respectivamente, os autores dessas duas concepções.
a) Hans Kelsen e J.J. Gomes Canotilho.
b) Carl Schmitt e Hans Kelsen.

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c) Ferdinand Lassale e Carl Schmitt.


d) Hans Kelsen e Ferdinand Lassale.
e) Konrad Hesse e Carl Schmitt.

030. (VUNESP/2020/CÂMARA DE BOITUVA/SP/AGENTE ADMINISTRATIVO) A expressão


política do Estado é:
a) o poder público.
b) a administração direta,
c) a legislação.
d) a autoridade delegada.
e) o Governo.

031. (CESPE/CEBRASPE/2016/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/CURSO DE FOR-


MAÇÃO/3ª TURMA/2ª PROVA) No que se refere aos conceitos de sociedade e Estado, julgue
o item que se segue.
De acordo com Noberto Bobbio, compete ao Estado intervir em conflitos sociais de caráter
econômico, ideológico, social e religioso, para atenuá-los ou, se possível, resolvê-los.

032. (CESPE/CEBRASPE/2020/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/CURSO DE FOR-


MAÇÃO/3ª TURMA/1ª PROVA) Acerca da conceituação doutrinária de sociedade civil e de
Estado, julgue o item a seguir.
De forma sintética, para o filósofo Norberto Bobbio, a sociedade civil compreende a esfera de
relações entre indivíduos, classes e grupos sociais não reguladas pelo Estado.

033. (CESPE/CEBRASPE/2020/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/CURSO DE FOR-


MAÇÃO/3ª TURMA/1ª PROVA) Acerca da conceituação doutrinária de sociedade civil e de
Estado, julgue o item a seguir.
A conceituação moderna de Estado defende a teoria da dupla personalidade do Estado, que,
em diferentes circunstâncias, atua tanto com personalidade de direito público quanto com
personalidade de direito privado.

034. (CONSULPAM/2015/PREFEITURA DE NOVA OLINDA/CE/PROCURADOR) Para o reco-


nhecimento do Estado perfeito se faz necessário a presença de três elementos constitutivos.
NÃO é um deles:
a) Povo.
b) Território.
c) Liderança.
d) Soberania.

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035. (ACEP/2018/PREFEITURA DE ARACATI/CE/FISCAL DE OBRAS E SERVIÇOS PÚBLI-


COS) As noções de democracia e cidadania são intimamente relacionadas, mas designam
conceitos diferentes. Nesse sentido, assinale a alternativa que melhor relaciona o conceito de
cidadania com o de democracia.
a) O indivíduo só pode ser considerado cidadão se inserido num regime democrático, não se
podendo falar em cidadania em outras formas de governo.
b) O cidadão que vota, vota unicamente para eleger os seus representantes, por isso não se
pode confundir os conceitos de democracia e cidadania.
c) A relação entre cidadania e democracia reside na ideia de que, ao exercer a sua participação
na vida política do seu país, o indivíduo age em prol da coletividade e para dar melhor destina-
ção às coisas públicas.
d) O regime democrático impõe sempre a obrigatoriedade do voto. Assim, não se pode falar
em exercício da cidadania nos países em que o voto não é obrigatório.

036. (CONSULPLAN/2019/MPE-PA/ESTAGIÁRIO/CIÊNCIAS SOCIAIS) As chamadas fake


news (notícias falsas) preocupam aqueles que se dedicam ao entendimento e ao aperfeiçoa-
mento da democracia. Considerando os estudos sobre democracia e decisão política, é corre-
to afirmar que as fake news:
a) Não interferem nem comprometem a democracia, pois fazem parte do jogo democrático e
da disputa política em torno do leitor.
b) Não comprometem o sistema democrático porque a assimetria de informação já está calcu-
lada no processo decisório, não ficando, assim, a democracia dependente dela.
c) Comprometem o sistema democrático, apesar de não interferirem no processo de tomada
de decisão do eleitor, visto que a assimetria de informação já está calculada no processo deci-
sório, não ficando, assim, a democracia dependente dela.
d) Comprometem o sistema democrático porque interferem no processo de tomada de deci-
são do eleitor, passando o eleitor a decidir num contexto de informações inadequadas, já que
a qualidade das informações é considerada fundamental para o avanço democrático.

037. (FCC/2015/DPE-SP/CIENTISTA SOCIAL) A democracia:


I – pode, na melhor das hipóteses, ser um mecanismo para selecionar os governantes.
II – é uma estrutura institucional, cuja finalidade principal é gerar e legitimar as lideranças.
III – confunde-se com um mecanismo de mercado, cujo motor é a concorrência dos partidos
segundo o modelo de concorrência empresarial.
As proposições acima são características da concepção democrática:
a) elitista.
b) pluralista.
c) legal.
d) participativa.

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e) neoliberal.

038. (AMEOSC/2021/PREFEITURA DE SANTA HELENA/SC/PEDAGOGO) Em linhas gerais a


democracia constitui a representação legal do povo por meio de representantes por ele eleito,
mas em uma análise mais aprofundada da significação do termo podemos afirmar que:
a) Democracia é a liberdade social que garante ao povo o direito de eleger seus representantes
nas instâncias do poder judiciário.
b) Democracia é o exercício do direito social e a fundamentação legal para que se busque o
cumprimento das prerrogativas que em sua essência ela própria concede à sociedade.
c) Democracia é a liberdade concedida aos agentes políticos para agir e tomar decisões em
nome do povo.
d) Democracia é um tipo de governo onde o poder executivo é soberano e inquestionável.

039. (EJUD-PI/2019/TJ-PI/JUIZ LEIGO) De acordo com as assertivas abaixo, assinale a alter-


nativa CORRETA:
I – São fundamentos da República Federativa do Brasil a soberania, a cidadania e os valores
sociais do trabalho e da livre iniciativa.
II – Entre os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil estão a construção
de uma sociedade livre, justa e solidária; solução pacífica dos conflitos e promover o bem de
todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de dis-
criminação.
III – Dentre os princípios da República Federativa do Brasil, nas suas relações internacionais,
estão a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade, defesa da paz e autode-
terminação dos povos.
a) Apenas a assertiva I está correta.
b) Apenas a assertiva I e II estão corretas.
c) Apenas a assertiva III está correta.
d) Apenas a assertiva II está incorreta.
e) Apenas a assertiva III está incorreta.

040. (CESPE/2019/CGE/CE/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/FOMENTO AO CONTROLE


SOCIAL) Acerca dos conceitos de poder, assinale a opção correta.
a) O significado de poder foi estabelecido nos primórdios da era moderna, com base nos pen-
samentos de autores como Maquiavel, Thomas Hobbes e Jean Bodin, que relacionaram poder
ao exercício da autoridade legitimada pelo consentimento.
b) De acordo com a teoria subjetivista, o poder político advém da posse e do emprego de ca-
pacidades materiais que facultam a obtenção de um resultado desejado ou a imposição de
uma vontade.

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c) As concepções contemporâneas de poder político valorizam mais o seu sentido relacional e


dimensões subjetivas do que suas bases materiais.
d) Definições precisas de poder são possíveis somente quando circunscritas a domínios espe-
cíficos (político, econômico, militar etc.).
e) As concepções contemporâneas de poder político são abrangentes e reúnem em um único
entendimento conceitual poder, autoridade e capacidade decisória.

041. (CESPE/2016/INSS/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL/SERVIÇO SOCIAL) Com relação


ao Estado moderno e à dominação racional legal, julgue o item a seguir.
Estado e governo se confundem, pois as instituições em uma sociedade territorialmente defi-
nida são ocupadas por dirigentes que governam em nome do Estado.

042. (FCC/2013/DPE-SP/DEFENSOR PÚBLICO) Ao analisar o tema da pluralidade dos or-


denamentos, na obra Teoria da norma jurídica, Norberto Bobbio enfatiza que a teoria insti-
tucionalista
a) reafirma que o Estado e as suas instituições detém exclusividade na produção do direito.
b) sustenta que o Estado é a única instituição que estabelece o direito.
c) rompe com a teoria estatalista, pois rejeita a redução do direito a uma forma estatal de
expressão.
d) confunde-se com a teoria estatalista, pois enxerga no Estado a única instituição que
cria o direito
e) considera o Estado moderno como a instituição que detém o monopólio da produção jurídica.

043. (FEPESE/2012/PGE-SC/DEFENSOR PÚBLICO) Hans Kelsen afirmou que a teoria pura


do direito é uma teoria geral do direito positivo. Para ele, o Direito é “uma ordem normativa da
conduta humana, ou seja, um sistema de normas que regulam o comportamento humano”.
Com o termo norma, Kelsen buscou significa algo que “deve ser ou acontecer, especialmente
que um homem se deve conduzir de determinada maneira”. Na obra Teoria Pura do Direito, que
leva o mesmo nome da teoria de Kelsen, o autor afirma que essa teoria pura busca única e ex-
clusivamente conhecer o seu próprio objeto, ou seja:
a) o que é e como é o Direito.
b) como deve ser o Direito.
c) como deve ser feito o Direito.
d) como deve ser feita a política do Direito.
e) como ocorre a relação entre o Direito e as demais áreas do saber.

044. (CESPE/CEBRASPE/2021/TC-DF/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/OBJETIVA) A


respeito de mandado de segurança, ação popular e ação civil pública, julgue o item a seguir.

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De acordo com o STF, é lícito ao Poder Judiciário, em situações excepcionais, determinar que
a administração pública adote medidas assecuratórias de direitos constitucionalmente reco-
nhecidos como essenciais.

045. (INEP/2016/ENEM/EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO/PRIMEIRO E SEGUNDO


DIA) A democracia deliberativa afirma que as partes do conflito político devem deliberar entre
si e, por meio de argumentação razoável, tentar chegar a um acordo sobre as políticas que
seja satisfatório para todos. A democracia ativista desconfia das exortações à deliberação por
acreditar que, no mundo real da política, onde as desigualdades estruturais influenciam proce-
dimentos e resultados, processos democráticos que parecem cumprir as normas de delibera-
ção geralmente tendem a beneficiar os agentes mais poderosos. Ela recomenda, portanto, que
aqueles que se preocupam com a promoção de mais justiça devem realizar principalmente a
atividade de oposição crítica, em vez de tentar chegar a um acordo com quem sustenta estru-
turas de poder existentes ou delas se beneficia.
(YOUNG, I. M. Desafios ativistas à democracia deliberativa. Revista Brasileira de Ciência Políti-
ca, n. 13, jan./abr. 2014)
As concepções de democracia deliberativa e de democracia ativista apresentadas no texto
tratam como imprescindíveis, respectivamente,
a) a decisão da maioria e a uniformização de direitos.
b) a organização de eleições e o movimento anarquista.
c) a obtenção do consenso e a mobilização das minorias.
d) a fragmentação da participação e a desobediência civil.
e) a imposição de resistência e o monitoramento da liberdade.

046. (CESPE/CEBRASPE/2012/MCT/ANALISTA EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA PLENO/


TEMA I) Com relação aos modelos de distribuição de poder e às teorias da democracia, julgue
o item seguinte.
A partir do entendimento de que o conceito de democracia preconiza uma sociedade ideal,
que não existe na realidade, foi desenvolvido o conceito de poliarquia, por meio do qual são
descritos os regimes existentes no mundo que mais se aproximam dos ideais democráticos.

047. (CESPE/2012/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO/TÉCNICA LE-


GISLATIVA) Julgue os próximos itens, referentes aos elementos que compõe a organização
política do Brasil, país que é uma república federativa.
O chefe de governo da forma de governo denominada república deve, obrigatoriamente, ser
escolhido de forma direta pelo povo, por meio do sufrágio.

048. (VUNESP/2020/CÂMARA MUNICIPAL DE PINDORAMA/SP/PROCURADOR JURÍDI-


CO) A respeito do Estado e de suas formas, é correto afirmar:

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a) quando o poder se reparte, se divide no espaço territorial, gerando uma multiplicidade de or-
ganizações governamentais, distribuídas regionalmente, está caracterizado o Estado unitário.
b) no Estado unitário, descentralizado administrativa e politicamente, além da autonomia ad-
ministrativa há total autonomia política para a implementação do comando central.
c) o modo de exercício do poder político em função do território dá origem ao conceito de for-
ma de Estado.
d) no federalismo por agregação, a Federação surge a partir de determinado Estado unitário,
que resolve se descentralizar.
e) no federalismo dual, a separação de atribuições entre os entes federativos é extremamente
flexível, havendo cooperação entre eles.

049. (CS-UFG/2018/CÂMARA DE GOIÂNIA/GO/ASSESSOR TÉCNICO LEGISLATIVO/AS-


SESSOR GERAL) O que é um Estado Federativo?
a) É um Estado governado politicamente e administrativamente por um governo central
exclusivo.
b) É um Estado com unidades subnacionais autônomas política e administrativamente naquilo
que lhe compete.
c) É um Estado que, em determinado momento, dá autonomia administrativa para as unidades
subnacionais, podendo revogá-la a qualquer momento.
d) É um Estado que, em determinado momento, dá autonomia política para as unidades subna-
cionais, podendo revogá-la a qualquer momento.

050. (ADM&TEC/2019/PREFEITURA DE COLÔNIA LEOPOLDINA/AL/SOCIÓLOGO) Leia as


afirmativas a seguir:
I – O Judiciário é um dos poderes da União.
II – A Constituição Federal determina que todo o poder emana do povo.
Marque a alternativa CORRETA
a) As duas afirmativas são verdadeiras
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
d) As duas afirmativas são falsas

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GABARITO
1. a 37. a
2. c 38. b
3. b 39. a
4. a 40. b
5. C 41. E
6. e 42. c
7. b 43. a
8. a 44. C
9. c 45. c
10. b 46. C
11. e 47. E
12. c 48. c
13. e 49. b
14. e 50. a
15. c
16. C
17. e
18. d
19. b
20. C
21. b
22. E
23. C
24. a
25. E
26. C
27. E
28. C
29. c
30. e
31. C
32. C
33. E
34. c
35. c
36. d

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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
Noções de Teoria Geral do Estado
Henry Pereira

GABARITO COMENTADO
001. (FCC/2018/DPE-AM/DEFENSOR PÚBLICO/REAPLICAÇÃO) No que concerne à relação
entre Direito e Estado, tal como a tematiza Hans Kelsen na obra O que é a justiça?, é correto
afirmar que o Estado
a) é uma ordem jurídica relativamente centralizada.
b) é uma entidade metajurídica que precede a criação do Direito.
c) considerado democrático, e somente este, é legítimo para produzir normas jurídicas, pois
reflete a justiça.
d) é um grupo de pessoas unidas para a consecução de interesses comuns, e o Direito é um
corpo normativo que reflete a moral do povo.
e) e Direito são duas coisas completamente distintas e não necessariamente relacionadas.

a) Certa. Para Kelsen, o Estado é uma pessoa jurídica, é uma ordem nacional que monopoliza
o uso da força.
b) Errada. Kelsen explica o ato que constitui uma comunidade é a principal razão pela qual
aquela comunidade existe. Portanto, não se pode dizer que existem entidades sociais subja-
centes ao estado.
c) Errada. Kelsen não considera a democracia como critério de legitimidade da norma jurídica.
d) Errada. Novamente, Kelsen rejeita as ideias sociológicas de concepção do estado. Para ele,
o estado é estritamente jurídico.
e) Errada. Para Kelsen, estado e direito são a mesma coisa.
Letra a.

002. (FCC/2017/DPE-PR/DEFENSOR PÚBLICO) Segundo Hans Kelsen, em sua obra Teoria


Pura do Direito,
a) o fundamento de validade de um ordenamento jurídico é tido como sua norma fundamental,
a qual deve ser posta por uma autoridade a ela pressuposta.
b) um sistema de normas cujo fundamento de validade e conteúdo de validade são deduzidos
de uma norma pressuposta é um sistema dinâmico de normas.
c) a interpretação autêntica feita por um órgão aplicador do Direito, sempre é criadora do Direi-
to mesmo quando cria uma norma individual a um único caso.
d) o propósito único e exclusivo da Teoria Pura do Direito é responder à questão: “o que é e
como deve ser um Direito legítimo?”
e) sendo possível relacionar o conteúdo da norma moral com o da norma jurídica, pode haver
hipóteses de aplicação em que uma norma jurídica seja, necessariamente, moral.

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Henry Pereira

a) Errada. A norma fundamental não é posta por autoridade nenhuma, ela é pressuposta.
b) Errada. De acordo com Kelsen, somente o fundamento de validade pode ser deduzido de
uma norma pressuposta, e não o conteúdo, sendo os dois elementos necessários para a cria-
ção de um sistema dinâmico de normas.
c) Certa. A interpretação autêntica é definida como: a interpretação feita pelo criador da nor-
ma. Logo, se um órgão aplicador do direito é quem está fazendo a interpretação autêntica, ele
é necessariamente o criador do direito.
d) Errada. A teoria pura do direito não se preocupa em definir como o direito deveria ser.
e) Errada. Para que uma norma moral seja necessáriamente jurídica, basta que ela seja consi-
derada relevante e que esteja prevista na legislação. Contudo, para que uma norma de direito
seja considerada necessariamente moral, o direito precisaria deixar de ser direito, pois para
Hans Kelsen, a norma jurídica não está limitada por critérios morais.
Letra c.

003. (IMA/2018/PREFEITURA DE CAXIAS/MA/PROCURADOR) A constituição é a norma fun-


damental do Estado, podendo ser conceituada, em breves linhas, como o sistema de normas
jurídicas que regula a forma de Estado, a forma de governo, o modo de aquisição e o exercício
do poder, o estabelecimento dos seus órgãos, os limites de sua ação, os direitos fundamentais
do homem e suas garantias. Tomando como base o exposto, assinale a alternativa correta em
relação às concepções/sentidos que a Constituição pode ter:
a) Tomando como base o sentido Jurídico, Constituição seria a soma dos fatores reais do
poder vigente em uma determinada sociedade, tendo como principal expoente a figura de Fer-
dinand Lassalle.
b) Segundo Hans Kelsen a Constituição tem o seu fundamento de validade na norma hipotéti-
ca fundamental situada no plano lógico-jurídico. Já o plano Jurídico-Positivo corresponderia a
constituição escrita, norma posta e positivada.
c) No Sentido Político de Constituição, Carl Schmitt afirma que Lei Constitucional pode ser
conceituada como a norma que decorre diretamente da decisão política fundamental, estrutu-
rantes do Estado;
d) A Constituição Simbólica tem como característica principal a presença de normas que guiam
a atuação do Estado e de seus agentes por meio de programas de ação visando a consecução
dos seus objetivos. A constituição não apenas cita a forma de organização do Estado, mas o
guia na consecução dos seus objetivos, agindo em várias vertentes.

a) Errada. Essa não é a definição jurídica do ordenamento jurídico. A soma dos fatos reais de
poder é uma definição sociológica da Constituição desenvolvida por Ferdinand Lassale.
c) Errada. Este conceito se refere à Constituição e não à Lei Constitucional.

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d) Errada. A Constituição Simbólica, como o próprio nome diz, prioriza a ideologia em desfavor
da função jurídica e instrumental. Ela não guia a atuação do estado e de seus agentes por meio
de programas de ação.
Letra b.

004. (FCC/2010/AL-SP/PROCURADOR) Pela Teoria Geral do Estado, é INCORRETO afirmar:


a) No Estado Unitário, o ente provincial tem, dentre outras, soberania interna e externa, compe-
tência legislativa própria, capacidade de auto-organização e subordinação vinculada.
b) As formas de Estado levam em consideração a composição geral do Estado, a estrutura do
poder, sua unidade, distribuição e competências no território do Estado.
c) O Estado Federal é aquele que se divide em províncias politicamente autônomas, possuindo
duas fontes paralelas de Direito Público, uma Nacional e outra Provincial.
d) Pelo fato de apresentar a centralização política, o Estado Unitário só tem uma fonte de Po-
der, o que não impede a descentralização administrativa.
e) Dentre as características do Estado Federal, tem-se a constância dos princípios fundamen-
tais da Federação e da República, sob as garantias da imutabilidade desses princípios, da rigi-
dez Constitucional e do instituto da Intervenção Federal.

a) Certa. Esta opção está incorreta em dizer que estados unitários possuem soberania.
Letra a.

005. (CESPE/CEBRASPE/2022/PGE/RJ/ANALISTA PROCESSUAL) Julgue o seguinte item.


Os agentes políticos se caracterizam, entre outros aspectos, por possuírem funções de direção
e orientação estabelecidas na Constituição Federal.

De acordo com Carvalho Filho, os agentes políticos:

Caracterizam-se por terem funções de direção e orientação estabelecidas na Constituição e por ser
normalmente transitório o exercício de tais funções. Como regra, sua investidura se dá através de
eleição, que lhes confere o direito a um mandato, e os mandatos eletivos caracterizam-se pela tran-
sitoriedade do exercício das funções, como deflui dos postulados básicos das teorias democrática
e republicana. Por outro lado, não se sujeitam às regras comuns aplicáveis aos servidores públicos
em geral; a eles são aplicáveis normalmente as regras constantes da constituição, sobretudo as que
dizem respeito às prerrogativas e à responsabilidade política.
Certo.

006. (QUADRIX/2019/CRMV/RN/AGENTE FISCAL) Julgue o item a respeito dos conceitos


de Estado, de governo e de Administração Pública.

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O Judiciário desempenha como função atípica a administração, mas não a normatização, seja
típica ou atipicamente.

O judiciário edita seus próprios regulamentos.


Errado.

007. (PGM/CURITIBA/PROCURADOR/NC-UFPR/2019) Na atualidade, discute-se muito a


questão do neoconstitucionalismo, que é tema polêmico e controvertido, não somente no Bra-
sil, mas em outros países. Sobre o assunto, assinale a alternativa correta.
a) O neoconstitucionalismo é uma teoria francesa, importada pelo STF com o objetivo de flexi-
bilizar o princípio da legalidade.
b) Um dos temas recorrentes para o entendimento do neoconstitucionalismo é a tensão entre
o constitucionalismo e a democracia.
c) Um dos pontos-chave para a compreensão do neoconstitucionalismo é a superação do dog-
ma da supremacia da Constituição.
d) Em julgamento recente, com repercussão geral, o Supremo Tribunal Federal entendeu inapli-
cável no Brasil a teoria neoconstitucional.
e) O neoconstitucionalismo é uma teorização que se reporta à interpretação dos direitos so-
ciais, e não dos direitos políticos.

a) Errada. O neoconstitucionalismo não visa flexibilizar o princípio da legalidade, mas sim tor-
ná-lo mais restrito, pois a constituição é sobrelevada como critério de validade das normas.
c) Errada. O neoconstitucionalismo dá ainda mais importância ao dogma da supremacia da
Constituição.
d) Errada. Nenhum julgamento deste gênero foi realizado, até mesmo porque o neoconstitu-
cionalismo é uma teoria de direito. Caso isso tivesse de fato acontecido, em uma situação
hipotética, seria equivalente ao Supremo Tribunal Federal decidir pela inaplicabilidade do juris-
naturalismo ou do jurispositivismo, o que não faz sentido.
e) Errada. O neoconstitucionalismo não é restrito a um ou outro tipo de direito, ele simplesmen-
te dá ênfase à constituição como critério de validade das demais normas jurídicas.
Letra b.

008. (PC-DF/DELEGADO DE POLÍCIA/FUNIVERSA/2015) Acerca da teoria geral das consti-


tuições, assinale a alternativa correta.
a) Hans Kelsen concebe dois planos distintos do direito: o jurídico-positivo, que são as normas
positivadas; e o lógico-jurídico, situado no plano lógico, como norma fundamental hipotética
pressuposta, criando-se uma verticalidade hierárquica de normas.

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b) Para Hans Kelsen, as normas jurídicas podem ser classificadas como normas materialmen-
te constitucionais e normas formalmente constitucionais. Para o referido autor, mesmo as leis
ordinárias, caso tratem de matéria constitucional, são definidas como normas materialmente
constitucionais.
c) De acordo com o sentido político de Carl Schmitt, a constituição é o somatório dos fatores
reais do poder dentro de uma sociedade. Isso significa que a constituição somente se legitima
quando representa o efetivo poder social.
d) De acordo com o sentido sociológico de Ferdinand Lassale, a constituição não se confunde
com as leis constitucionais. A constituição, como decisão política fundamental, irá cuidar ape-
nas de determinadas matérias estruturantes do Estado, como órgãos do Estado, e dos direitos
e das garantias fundamentais, entre outros.
e) De acordo com o sentido político-sociológico de Hans Kelsen, a constituição está alocada
no mundo do “dever ser”, e não no mundo do “ser”. É considerada a norma pura ou fundamen-
tal, fruto da racionalidade do homem, e não das leis naturais.

b) Errada. Hans Kelsen não faz a distinção entre normas materialmente constitucionais e nor-
mas formalmente constitucionais.
c) Errada. Esta é a definição sociológica de constituição, proposta por Ferdinand Lassale.
d) Errada. Esta distinção é feita por Carl Schmitt e não por Ferdinand Lassale.
e) Errada. Hans Kelsen não se preocupa com o “dever-ser”. Na teoria pura do direito, o autor
explica esse tipo de análise não faz parte da ciência jurídica.
Letra a.

009. (PC-GO/DELEGADO DE POLÍCIA/UEG/2013) Nos estudos sobre a formação do direito


constitucional, verifica-se que o constitucionalismo representou um importante movimento po-
lítico e filosófico, com manifestações distintas, nos diferentes períodos da história. Os teóricos
desse ramo do direito apresentam classificação do constitucionalismo, identificando caracte-
rísticas próprias a cada período. Assim, o constitucionalismo
a) antigo, desenvolvido nas cidades-estado da Grécia, entre os séculos V a III a.C., caracteriza-
-se por um regime político constitucional ditatorial, cujo poder político é concentrado no chefe
político, e o exercício do governo é afastado dos governados.
b) na Idade Média, marcado pela Magna Carta Inglesa de 1215, caracteriza-se pelo avanço do
absolutismo, tendo em vista que esse documento confere poder ilimitado e absoluto ao Rei,
sobretudo nas questões referentes à propriedade.
c) moderno, identificado nas Constituições dos Estados Unidos da América de 1787 e da Fran-
ça de 1791, caracteriza-se pela vinculação à ideia de constituição escrita e rígida, com força
para limitar e vincular os órgãos do poder político.

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d) contemporâneo, cujo marco inicial são as Constituições Mexicanas de 1917 e de Weimar


de 1919, caracteriza-se por inaugurar o modelo de organização do Estado e por limitar o poder
estatal, por meio de uma declaração de direitos e garantias fundamentais.

a) Errada. Na antiguidade não existiam constituições escritas. Por este motivo, é uma época
da qual se possuem poucas informações a respeito. Logo, é muito difícil dizer qual era a cons-
tituição de qual cidade-estado, e na maior parte dos casos, não se sabe muito nem sobre as
estruturas de poder nem sobre a forma em que o poder se manifestava. “Constituição” e “anti-
guidade” não é uma dupla que faz muito sentido para o direito.
b) Errada. A Magna Carta foi um dos primeiros documentos escritos da Europa Ocidental a
limitar os poderes do monarca. Ela não conferia poderes absolutos ao rei.
d) Errada. As constituições mencionadas são constituições sociais que se preocupam em es-
tender o poder estatal com o propósito de criar um estado de bem estar social.
Letra c.

010. (TJ-MT/JUIZ DE DIREITO/VUNESP/2019) Assinale a alternativa correta a respeito da


Constituição e do Constitucionalismo.
a) Nos Estados Unidos, diferentemente da França, a constituição americana deu pouca rele-
vância ao papel do juiz, dada a aversão à sua figura pelos revolucionários, reduzindo a função
do Judiciário a mero emissor da voz da lei.
b) A Constituição francesa de 1791 construiu um sistema fundado na supremacia do legislati-
vo, restando ao executivo a função de dispor dos meios aptos à aplicação da lei.
c) O modelo de constitucionalismo praticado no mundo contemporâneo segue, nas suas li-
nhas gerais, o padrão que foi estabelecido pela Constituição francesa de 1791, especialmente
no que diz respeito à função do Judiciário.
d) A Constituição norte-americana de 1787 e a Constituição francesa de 1791 são os dois mar-
cos mais importantes do Neoconstitucionalismo.
e) Influenciada pela revolução francesa e pelas revoluções americanas, a Constituição brasi-
leira de 1824 continha importante rol de direitos civis e políticos, tendo adotado a separação
tripartite de Montesquieu na divisão e no exercício do poder político.

a) Errada. A constituição americana, desde o princípio, concedeu aos juízes o poder pleno de
interpretação. Inclusive, um exemplo disso é o fato de que o controle difuso de constituciona-
lidade nasceu em solo americano.
c) Errada. Em quase todos os lugares do mundo contemporâneo o paradigma do juspositivis-
mo formalista foi superado. A Constituição revolucionária francesa estabelecia que os juízes

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eram a boca da lei, e estavam restritos à interpretação lógico-gramatical. A maior parte do


mundo adota vários outros critérios interpretativos que vão além desse.
d) Errada. As duas constituições citadas são exemplos do “Constitucionalismo” e não do “Ne-
oconstitucionalismo”. O neoconstitucionalismo só surgiu após a segunda guerra mundial, no
século XX.
e) Errada. É importante lembrar que em 1824 o Brasil era um império, e o imperador detinha o
“poder moderador”. Portanto, a separação de poder era quadripartite, e não tripartite.
Letra b.

011. (DPE-AM/DEFENSOR PÚBLICO/FCC/2018) Sobre o controle de políticas públicas pelo


Poder Judiciário, é correto afirmar que a base teórica que privilegia os princípios, tornando o
juiz um agente das transformações sociais, atuando não só na verificação da constitucionali-
dade da lei formal, mas também na observação das questões materiais relativas às próprias
políticas, é conhecida como:
a) participação popular.
b) procedimentalismo.
c) separação dos Poderes.
d) judicialismo.
e) substancialismo.

a) Errada. A doutrina geralmente se refere a referendos e plebiscitos quando menciona o termo


participação popular, e ele quase nunca está associado à função judicial.
b) Errada. Essa é a base teórica que propõe que a constituição deve servir como meio de pro-
piciar o debate público.
c) Errada. A separação dos poderes por si só não torna o juiz em um agente de transformação
social, que verifica as questões materiais relativa à política.
d) Errada. Esse termo se refere à cultura de recorrer excessivamente ao judiciário para a solu-
ção de problemas. Ora, se o judiciário manter uma filosofia positiva legalista, ele não será um
instrumento de transformação social, ele será mero instrumento do poder legislativo.
e) Certa. O substancialismo prescreve que o juiz interprete a constituição como fonte de va-
lores que fundamentam as políticas públicas, sendo que a lei deve prever os meios para que
os fins constitucionais sejam atingidos. Portanto, o juiz assume uma posição importância na
resolução de questões políticas materiais.
Letra e.

012. (PGE-AC/PROCURADOR DO ESTADO/FMP CONCURSOS/2017) Considerando-se que


a tradição constitucional norte-americana se encontra cifrada, ainda que não de forma total e
absoluta, na ideia de Constituição como regra do jogo da competência social e política, assim

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como na afirmação e garantia da autonomia dos indivíduos como sujeitos privados e como
agentes políticos, cuja garantia essencial é a jurisdição, enquanto que a tradição europeia é
preponderantemente marcada por um forte conteúdo normativo que supera o limiar da defini-
ção das regras do jogo organizando o poder, afirmando-se como um projeto político delineado
de forma a participar diretamente do jogo, condicionando decisões estatais destinadas a efeti-
var um programa transformador do Estado e da sociedade, seria correto afirmar que:
a) o Neoconstitucionalismo resulta exclusivamente do influxo da tradição constitucio-
nal europeia.
b) o Neoconstitucionalismo resulta exclusivamente do influxo da tradição constitucional nor-
te-americana.
c) o Neoconstitucionalismo resulta da aproximação entre os dois modelos, tanto ao adotar a
ideia – tipicamente europeia – de constituição como um texto jurídico supremo destinado a
instrumentalizar um programa transformador, quanto ao deferir à jurisdição/o que é caracterís-
tico do modelo norte-americano/a tarefa de implementar tal programa quando o legislador não
o faz, de que é exemplo a inconstitucionalidade por omissão tal como existente no sistema
constitucional brasileiro.
d) o Neoconstitucionalismo caracteriza-se essencialmente como um rompimento tanto com a
tradição constitucional europeia quanto com a norte-americana.
e) na ambiência do Neoconstitucionalismo, rompe-se definitivamente a separação entre di-
reito e moral, uma vez que se considera que o julgador pode e deve tanto interpretar normas
jurídicas a partir de suas convicções morais, quanto aplicar diretamente preceitos morais na
solução dos casos concretos quando inexistente norma jurídica específica.

a) Errada. O neoconstitucionalismo não resulta exclusivamente de alguma tradição jurídica.


b) Errada. De acordo com a explicação da letra “A”.
d) Errada. O neoconstitucionalismo não é um rompimento com a tradição constitucional nor-
te-americana.
e) Errada. O neoconstitucionalismo prescreve uma interpretação que dá espaço ao direito na-
tural dentro do direito positivo. A questão induz o interlocutor a pensar que o neoconstitucio-
nalismo é uma forma de moralismo jurídico, que não é verdade.
Letra c.

013. (PGE-GO/PROCURADOR DO ESTADO/2010) Expressa uma das características do neo-


constitucionalismo:
a) a limitação da argumentação jurídica ao raciocínio de subsunção norma-fato.
b) o expurgo de contribuições metajurídicas, como as advindas da ética e da moral, do proces-
so interpretativo.
c) o prestígio da lei em detrimento da Constituição.

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d) o declínio da importância do Poder Judiciário, quando comparado com as funções assumi-


das pelos demais poderes.
e) o reconhecimento da força normativa dos princípios constitucionais.

a) Errada. Essa é uma característica do positivismo normativo, e não do neoconstitucionalismo.


b) Errada. Novamente, uma característica do positivismo normativo.
c) Errada. A constituição é quase que unanimemente reconhecida pela doutrina como norma
superior às demais leis, e essa opção definitivamente não manifesta uma ideia proposta pelo
neoconstitucionalismo.
d) Errada. O neoconstitucionalismo prescreve o contrário do que diz esta opção, visto que o
judiciário recebe maior relevância por ter maior maleabilidade interpretativa.
Letra e.

014. (PREFEITURA DE FRANCISCO MORATO–SP/PROCURADOR/VUNESP/2019) Para a


doutrina, a Constituição Ideal é
a) não escrita, buscando normatizar, juridicizar as forças sociais, e, a partir daí, integrá-las a um
plano superior de ação do Estado e da própria sociedade.
b) não escrita, desde que seja prioridade o tratamento constitucional das normas e princípios
de organização e funcionamento do Estado.
c) escrita, contendo o somatório de forças religiosas, políticas, econômicas, militares e cultu-
rais atuantes em determinada sociedade.
d) escrita, abrangendo determinados valores, determinados princípios políticos, ideológicos ou
institucionais.
e) escrita, contemplando e especificando o princípio da divisão de poderes e consagrando um
regime de garantias de liberdade e direitos individuais.

a) Errada. A constituição não escrita dificulta o reconhecimento do que é e o que não é cons-
titucional. Uma constituição elaborada de acordo com o iluminismo idealista busca consignar
os direitos individuais fundamentais antes de tudo.
b) Errada. De acordo com o comentário da opção “A”.
c) Errada. A constituição ideal não prevê o somatório de forças religiosas, políticas, econômi-
cas, militares e sociais.
d) Errada. Antes de tudo, a constituição ideal abrange os valores da liberdade, vida e proprieda-
de, que não se encaixam com outros valores conflitantes.
Letra e.

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015. (TCE-RO/PROCURADOR/CESPE/2019) O conceito de Constituição como documento


dotado de superior hierarquia jurídica no ordenamento do Estado, que delimita o parâmetro
constitucional para ajuizamento de ação declaratória de inconstitucionalidade no STF, refere-
-se à ideia de Constituição:
a) material.
b) ideal.
c) formal.
d) normativa.
e) rígida.

O critério de ser texto formalmente constitucional é o que basta para contrapor a redação de
uma lei conflitante.
Todas as outras opções fazem referência a conceitos que não fazem sentido.
Letra c.

016. (QUADRIX/2021/CRECI/14ª REGIÃO/MS/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) A triparti-


ção dos Poderes da União foi consagrada no art. 2º da Constituição Federal de 1988, que prevê
a existência independente e harmônica do Legislativo, do Executivo e do Judiciário. Com rela-
ção a esse assunto, julgue o item.
A função típica do Poder Judiciário é solucionar, definitivamente, conflitos de interesses, por
meio da aplicação do direito ao caso concreto.

Não há muito que dizer, a opção descreve corretamente a função do típica do judiciário: resol-
ver conflitos sociais e aplicar a lei. Relembrando que o judiciário também tem funções atípicas
legislativas e executivas.
Certo.

017. (FCC/2011/TRT/23ª REGIÃO (MT)/ANALISTA JUDICIÁRIO/PUBLICIDADE E PROPA-


GANDA) Segundo Habermas,
a) a dualidade do estrutural e as propriedades estruturais dos sistemas sociais são ao mesmo
tempo o meio e o resultado que se organizam de maneira recursiva.
b) ao trabalho etnometodológico cumpre identificar as operações pelas quais as pessoas se
dão conta e dão conta do que elas próprias são e do que fazem no dia-a-dia no contexto das
interações.
d) todos vivem temporalidades diferenciadas que remetem a outras relações com o saber e
outras posições nas redes de relações intersubjetivas.

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d) o fato social é resultado da atividade dos atores para conferir sentido a sua prática cotidia-
na. O esquema da comunicação substitui o da ação.
e) a sociologia crítica deve estudar as redes de interação em uso na sociedade, constituída por
relações comunicativas.

A letra e é a única opção que demonstra uma ideia exibida na obra de Habermas. É importante
lembrar que este autor está quase sempre associado à concepção de que a comunicação é a
forma essecial pela qual se constrói a ética, e se desenrola a vida em sociedade.
Letra e.

018. (CONSULPLAN/2018/CÂMARA DE BELO HORIZONTE/MG/CONSULTOR LEGISLATI-


VO/CIÊNCIAS SOCIAIS E POLÍTICAS) Considerando o pensamento de Habermas, a ideia de
um espaço para as deliberações políticas
a) representa a aferição da vontade do Estado.
b) só seria possível dentro da estrutura do próprio Estado.
c) prescinde de um processo cooperativo de interpretação.
d) representa o que o autor denomina como esfera pública.

a) Errada. Em uma democracia, a existência de um espaço para deliberações políticas não de-
pende do consentimento do estado.
b) Errada. Habermas propõe que a população pode chegar a conclusões suficientes para in-
fluenciar a direção das políticas públicas até mesmo fora da estrutura do estado.
c) Errada. De acordo com Habermas, a cooperação é um dos elementos necessários para a
esfera pública.
Letra d.

019. (IF-RS/2015/IF-RS/PROFESSOR/FILOSOFIA) Considere as afirmativas abaixo sobre a


ética discursiva de Jürgen Habermas.
I – Habermas reconhece que a ética está inexoravelmente determinada pela impossibilidade
de fundamentação do agir moral: não há critérios absolutos, os juízos morais possuem um
caráter histórico e social incontornável. Cabe à ética discursiva admitir o relativismo de toda
verdade moral e renunciar ao alcance de normas universais.
II – Diante da pluralidade de perspectivas que orientam a ação moral, Habermas afirma que os
juízos morais devem necessariamente expressar atitudes e preferências de cada integrante do
diálogo. Por conseguinte, em face do relativismo, a ética discursiva abandona qualquer inten-
ção formalista, concedendo centralidade às decisões particulares e/ou aos contextos.

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III – Buscando renovar as pretensões universalistas da ética, Habermas constrói uma teoria na
qual apresenta a importância do discurso racional como formador do consenso. É, pois, por
intermédio do discurso que se alcança a justificação racional capaz de legitimar a validade
das normas.
IV – Para a ética do discurso, é necessário discernir o consenso do falso consenso. O critério
capaz de realizar a distinção encontra-se na concepção habermasiana de situação ideal de
fala, mediante a qual seria possível imaginar comunicações livres de eventuais coações.
V – Ao conceder centralidade ao discurso, Habermas defende a ideia segundo a qual as nor-
mas somente alcançam legitimidade por intermédio do esforço compartilhado da prática co-
municativa. Sendo assim, a ética é um exercício que se realiza na comunicação de sujeitos
simetricamente dispostos em suas oportunidades de fala.
Assinale a alternativa correta:
a) Somente as afirmativas I, II e V são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas III, IV e V são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas I, III e V são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas II, III são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas II, IV são verdadeiras.

O primeiro item está incorreto porque Habermas reconhece que a ética pode ser construída
por meio do diálogo, e o segundo porque cada integrante do diálogo deve transcender suas
preferências pessoais para a construção da ética.
Letra b.

020. (CESPE/2013/MPU/ANALISTA/COMUNICAÇÃO SOCIAL) Com relação à comunicação


pública, julgue os itens a seguir.
A comunicação pública está estreitamente vinculada ao exercício da cidadania, e ambas se
realizam na esfera pública, de acordo com a perspectiva de Habermas.

A comunicação pública é necessária para a democracia porque ela é o meio pelo qual se fun-
damenta a ética.
Certo.

021. (IFB/2017/IFB/PROFESSOR/FILOSOFIA) Habermas desenvolve em seu livro “Direito e


Democracia” uma fundamentação do Estado Democrático de Direito, que leva em conta tanto
um mundo pós-convencional quanto a necessidade de limitar as mazelas provocadas pelo
poder econômico e político. Leia as afirmações sobre “Direito e Democracia”.
I – Não se pode ter nem manter um Estado de direito sem democracia radical.

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II – O direito tem sua legitimidade esgotada no cumprimento legal para criação de leis.
III – Com o direito democrático busca-se recuperar e conservar uma solidariedade social.
IV – A possibilidade de justificar o direito moderno a partir das ideias de direitos humanos e do
princípio da soberania do povo releva que se trata de elementos concorrentes.
Assinale a alternativa que apresenta somente as afirmações CORRETAS de acordo com a po-
sição de Habermas.
a) I e IV
b) I e III
c) I, II e IV
d) III e IV
e) II e III

O segundo item está errado porque a legitimidade do direito se estende ao juízo valorativo, e o
quarto porque as ideias de direitos humanos e de soberania do povo agem em conluio para a
construção de uma democracia ética.
Letra b.

022. (CESPE/2018/ABIN/OFICIAL DE INTELIGÊNCIA/ÁREA 3) Grupos organizados da so-


ciedade, como os movimentos sociais, buscam influenciar as políticas públicas e os agentes
estatais. Nesse sentido, julgue o item a seguir, acerca das relações entre Estado e sociedade.
Conforme Habermas, o conceito de sociedade civil autolimitada diz respeito à sociedade civil
livre das influências do Estado e assistida e acompanhada por organizações do mercado.

A sociedade civil autolimitada não está necessariamente assistida por organizações


de mercado.
Errado.

023. (CESPE/2019/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO) Com fundamento nas teorias sobre direi-


tos humanos e na Declaração Universal dos Direitos Humanos, julgue o item que se segue.
Na perspectiva de Jürgen Habermas, os direitos humanos pressupõem a soberania popular, e
vice-versa, na medida em que esses direitos são fruto de decisões populares soberanas que,
ao mesmo tempo, estão limitadas por esses mesmos direitos.

De acordo com Habermas, a democracia verdadeira ou soberania popularo, só existe quando


o direito é legítimo, e o critério de legitimidade adotado é a participação ativa e a garantia das
liberdades subjetivas.
Certo.
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024. (INSTITUTO AOCP/2019/SEECT-PB/PROFESSOR/FILOSOFIA) O filósofo alemão Jür-


gen Habermas (1929-), inicialmente, recebeu influências da Escola de Frankfurt, no entanto,
gradativamente, foi trilhando o seu próprio caminho filosófico e sociológico até os dias atuais.
Esse filósofo estuda uma série de relações entre ciência, técnica e economia política, sendo
que, entre os seus conceitos principais, encontra-se a razão comunicativa. Sobre esse concei-
to, assinale a alternativa correta.
a) Apoia-se no diálogo, na interação entre os indivíduos do grupo, mediada pela linguagem,
pelo discurso.
b) Consiste em um desenvolvimento da heteronomia moral, porque a autonomia moral cabe-
ria ao uso monológico da razão que, por sua vez, refere ao pensamento filosófico de Kant. No
caso, a razão comunicativa não visa à emancipação na moralidade.
c) Tem o mesmo significado que razão instrumental.
d) Banaliza a vida humana, por isso foi utilizado como expressão filosófica no advento
do nazismo.

a) Certa. Esta é a descrição fundamental da razão comunicativa. Nenhuma das outras ques-
tões dizem respeito a ideias de Jürgen Habermas.
Letra a.

025. (CESPE/2013/ANTT/ANALISTA ADMINISTRATIVO/CIÊNCIA POLÍTICA) Julgue o item


a seguir, considerando as concepções contemporâneas acerca do Estado.
A não governabilidade é, segundo Habermas, o resultado de uma crise de gestão administra-
tiva, decorrente das crises de output e crises de input, que consistem, respectivamente, na
incapacidade administrativa de compatibilizar eficientemente os imperativos de controle que
chegam do sistema econômico (crise de apoio político) e a incapacidade de preservar o nível
necessário de lealdade da massa (crise de gestão administrativa).

A crise de não governabilidade envolve tanto uma falha da gestão administrativa quanto uma
perda de apoio político.
Errado.

026. (CESPE/2019/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO) Com fundamento nas teorias sobre direi-


tos humanos e na Declaração Universal dos Direitos Humanos, julgue o item que se segue.
A teoria de Habermas sobre os direitos humanos, fundamentada na filosofia de Kant, consi-
dera os direitos humanos em espécie como derivações da dignidade humana: embora cada
direito tenha sentido específico, todas as pessoas merecem proteção jurídica.

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A ética de Habermas, assim como a de Kant é universalista.


Certo.

027. (CESPE/2012/INCA/ANALISTA EM C&T JÚNIOR/DIREITO) Acerca de normas consti-


tucionais, teoria geral da constituição e análise do princípio hierárquico das normas, julgue o
item a seguir.
Para Carl Schmitt, a constituição de um Estado deveria ser a soma dos fatores reais de poder
que regem a sociedade. Caso isso não ocorra, ele a considera como ilegítima, uma simples
folha de papel.

Esta é a definição dada por Ferdinand Lassale para o Estado, e não Carl Schmitt.
Errado.

028. (CESPE/2008/PC-TO/DELEGADO DE POLÍCIA) Julgue os itens a seguir, relativos à na-


tureza jurídica, à
classificação e aos elementos da Constituição.
A concepção política de Constituição, elaborada por Carl Schmitt, compreende-a como o con-
junto de normas que dizem respeito a uma decisão política fundamental, ou seja, a vontade
manifestada pelo titular do poder constituinte.

Além disso, Carl Schmitt entende que a Constituição é uma declaração política porque ela de-
termina o que pertence e o que não pertence ao grupo.
Certo.

029. (VUNESP/2019/CÂMARA DE PIRACICABA/SP/ADVOGADO) Diversos doutrinadores


são responsáveis pela formulação de conceitos de Constituição, tendo por base distintas con-
cepções. Dentre elas, podem ser mencionadas, as seguintes: (i) “A Constituição seria a soma-
tória dos fatores reais do poder dentro de uma sociedade” e (ii) “Constituição representa a de-
cisão política do titular do poder constituinte.”. Assim sendo, assinale a alternativa que indica,
correta e respectivamente, os autores dessas duas concepções.
a) Hans Kelsen e J.J. Gomes Canotilho.
b) Carl Schmitt e Hans Kelsen.
c) Ferdinand Lassale e Carl Schmitt.
d) Hans Kelsen e Ferdinand Lassale.
e) Konrad Hesse e Carl Schmitt.

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a) Errada. Hans Kelsen é o autor da concepção jurídica que propõe que a constituição é o ato
constitutivo de uma ordem nacional, da mesma forma que o contrato social é o ato constitutivo
de uma empresa.
b) Errada. Carl Schmitt foi quem elaborou a concepção do segundo item, e não do primeiro.
d) Errada. Ferdinand Lassale foi quem elaborou o primeiro item e não o segundo.
e) Errada. Konrad Hesse elaborou uma concepção completamente distinta de interpretação da
Constituição. Para ele, ela serve precipuamente o propósito de legitimar a realidade social, o
contrário do que diz Ferdinand Lassale.
Letra c.

030. (VUNESP/2020/CÂMARA DE BOITUVA/SP/AGENTE ADMINISTRATIVO) A expressão


política do Estado é:
a) o poder público.
b) a administração direta,
c) a legislação.
d) a autoridade delegada.
e) o Governo.

O poder público, a administração direta, a legislação, e a delegação de autoridade são todos


instrumentos que compõe o estado, enquanto o governo é a entidade que ocupa estas ferra-
mentas para fins ideológicos. É o governo que toma decisões acerca da gestão dos recursos
do estado. Logo, o governo faz decisões políticas.
Letra e.

031. (CESPE/CEBRASPE/2016/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/CURSO DE FOR-


MAÇÃO/3ª TURMA/2ª PROVA) No que se refere aos conceitos de sociedade e Estado, julgue
o item que se segue.
De acordo com Noberto Bobbio, compete ao Estado intervir em conflitos sociais de caráter
econômico, ideológico, social e religioso, para atenuá-los ou, se possível, resolvê-los.

Norberto Bobbio discorre que existe a pretensão de que as normas jurídicas digam respeito
à totalidade dos problemas sociais e que a complexidade atual dos sistemas que compõe a
sociedade prejudica essa noção. Sem prejuízo, o autor indica que a ausência de uma norma
justa é uma lacuna ideológica que deve ser evitada. Portanto, apesar de Norberto Bobbio não
ter expressamente dito que compete ao estado intervir nestes aspectos da vida humana, a sua
teoria infere este posicionamento.
Certo.

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032. (CESPE/CEBRASPE/2020/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/CURSO DE FOR-


MAÇÃO/3ª TURMA/1ª PROVA) Acerca da conceituação doutrinária de sociedade civil e de
Estado, julgue o item a seguir.
De forma sintética, para o filósofo Norberto Bobbio, a sociedade civil compreende a esfera de
relações entre indivíduos, classes e grupos sociais não reguladas pelo Estado.

Norberto Bobbio explica:

Na linguagem política de hoje, a expressão “sociedade civil” é geralmente empregada como um dos
termos da grande dicotomia sociedade civil/Estado. O que quer dizer que não se pode determinar
seu significado e delimitar sua extensão senão redefinindo simultaneamente o termo “Estado” e
delimitando a sua extensão. Negativamente, por “sociedade civil” entende-se a esfera das relações
sociais não reguladas pelo Estado, entendido restritivamente e quase sempre também polemica-
mente como o conjunto dos aparatos que num sistema social organizado exercem o poder coativo”
Certo.

033. (CESPE/CEBRASPE/2020/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/CURSO DE FOR-


MAÇÃO/3ª TURMA/1ª PROVA) Acerca da conceituação doutrinária de sociedade civil e de
Estado, julgue o item a seguir.
A conceituação moderna de Estado defende a teoria da dupla personalidade do Estado, que,
em diferentes circunstâncias, atua tanto com personalidade de direito público quanto com
personalidade de direito privado.

A conceituação moderna de estado defende que o estado é unicamente personalidade de di-


reito público.
Errado.

034. (CONSULPAM/2015/PREFEITURA DE NOVA OLINDA/CE/PROCURADOR) Para o reco-


nhecimento do Estado perfeito se faz necessário a presença de três elementos constitutivos.
NÃO é um deles:
a) Povo.
b) Território.
c) Liderança.
d) Soberania.

Os elementos do estado são: povo, território e soberania.


Letra c.

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035. (ACEP/2018/PREFEITURA DE ARACATI/CE/FISCAL DE OBRAS E SERVIÇOS PÚBLI-


COS) As noções de democracia e cidadania são intimamente relacionadas, mas designam
conceitos diferentes. Nesse sentido, assinale a alternativa que melhor relaciona o conceito de
cidadania com o de democracia.
a) O indivíduo só pode ser considerado cidadão se inserido num regime democrático, não se
podendo falar em cidadania em outras formas de governo.
b) O cidadão que vota, vota unicamente para eleger os seus representantes, por isso não se
pode confundir os conceitos de democracia e cidadania.
c) A relação entre cidadania e democracia reside na ideia de que, ao exercer a sua participação
na vida política do seu país, o indivíduo age em prol da coletividade e para dar melhor destina-
ção às coisas públicas.
d) O regime democrático impõe sempre a obrigatoriedade do voto. Assim, não se pode falar
em exercício da cidadania nos países em que o voto não é obrigatório.

a) Errada. Dependendo da métrica utilizada, uma monarquia pode estabelecer que determina-
do grupo pode participar do processo político e receber o título de cidadãos. Contudo, a prin-
cípio, democracia é um regime político ou regime de governo e não uma forma de governo. As
formas de governo são as repúblicas e as monarquias.
b) Errada. O cidadão que vota, vota para eleger os representantes de todo o coletivo. Além dis-
so, democracia e cidadania se confundem quando se trata de participação popular, porque o
poder emana do povo.
d) Errada. A obrigatoriedade do voto foi e é instituída com o propósito de fomentar a participa-
ção política, mas não é um elemento essencial dela.
Letra c.

036. (CONSULPLAN/2019/MPE-PA/ESTAGIÁRIO/CIÊNCIAS SOCIAIS) As chamadas fake


news (notícias falsas) preocupam aqueles que se dedicam ao entendimento e ao aperfeiçoa-
mento da democracia. Considerando os estudos sobre democracia e decisão política, é corre-
to afirmar que as fake news:
a) Não interferem nem comprometem a democracia, pois fazem parte do jogo democrático e
da disputa política em torno do leitor.
b) Não comprometem o sistema democrático porque a assimetria de informação já está calcu-
lada no processo decisório, não ficando, assim, a democracia dependente dela.
c) Comprometem o sistema democrático, apesar de não interferirem no processo de tomada
de decisão do eleitor, visto que a assimetria de informação já está calculada no processo deci-
sório, não ficando, assim, a democracia dependente dela.

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d) Comprometem o sistema democrático porque interferem no processo de tomada de deci-


são do eleitor, passando o eleitor a decidir num contexto de informações inadequadas, já que
a qualidade das informações é considerada fundamental para o avanço democrático.

a) Errada. As notícias falsas comprometem o processo democrático porque elas induzem o


cidadão a tomar decisões que ele não tomaria sem a notícia falsa.
b) Errada. De acordo com a explicação da letra “A”.
c) Errada. As notícias falsas interferem no processo de tomada de decisão do eleitor.
Letra d.

037. (FCC/2015/DPE-SP/CIENTISTA SOCIAL) A democracia:


I – pode, na melhor das hipóteses, ser um mecanismo para selecionar os governantes.
II – é uma estrutura institucional, cuja finalidade principal é gerar e legitimar as lideranças.
III – confunde-se com um mecanismo de mercado, cujo motor é a concorrência dos partidos
segundo o modelo de concorrência empresarial.
As proposições acima são características da concepção democrática:
a) elitista.
b) pluralista.
c) legal.
d) participativa.
e) neoliberal.

Em razão do terceiro item, trata-se de uma concepção elitista porque o modelo de concorrên-
cia empresarial exclui aqueles que não têm recursos para competir.
Letra a.

038. (AMEOSC/2021/PREFEITURA DE SANTA HELENA/SC/PEDAGOGO) Em linhas gerais a


democracia constitui a representação legal do povo por meio de representantes por ele eleito,
mas em uma análise mais aprofundada da significação do termo podemos afirmar que:
a) Democracia é a liberdade social que garante ao povo o direito de eleger seus representantes
nas instâncias do poder judiciário.
b) Democracia é o exercício do direito social e a fundamentação legal para que se busque o
cumprimento das prerrogativas que em sua essência ela própria concede à sociedade.
c) Democracia é a liberdade concedida aos agentes políticos para agir e tomar decisões em
nome do povo.
d) Democracia é um tipo de governo onde o poder executivo é soberano e inquestionável.

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a) Errada. Não existem eleições externas para o poder judiciário.


c) Errada. Democracia não é uma outorga incondicionada de poder. Portanto, é errado dizer
que ela é a liberdade de agir dos agentes políticos.
d) Errada. A descrição dada nesta opção diz respeito ao absolutismo e não à democracia.
Letra b.

039. (EJUD-PI/2019/TJ-PI/JUIZ LEIGO) De acordo com as assertivas abaixo, assinale a alter-


nativa CORRETA:
I – São fundamentos da República Federativa do Brasil a soberania, a cidadania e os valores
sociais do trabalho e da livre iniciativa.
II – Entre os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil estão a construção
de uma sociedade livre, justa e solidária; solução pacífica dos conflitos e promover o bem de
todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de dis-
criminação.
III – Dentre os princípios da República Federativa do Brasil, nas suas relações internacionais,
estão a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade, defesa da paz e autode-
terminação dos povos.
a) Apenas a assertiva I está correta.
b) Apenas a assertiva I e II estão corretas.
c) Apenas a assertiva III está correta.
d) Apenas a assertiva II está incorreta.
e) Apenas a assertiva III está incorreta.

Na segunda opção, a solução pacífica de conflitos não é um dos objetivos da república bra-
sileira, e na terceira, a cooperação dos povos para o progresso da humanidade não é um dos
princípios da república brasileira.
Letra a.

040. (CESPE/2019/CGE/CE/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/FOMENTO AO CONTROLE


SOCIAL) Acerca dos conceitos de poder, assinale a opção correta.
a) O significado de poder foi estabelecido nos primórdios da era moderna, com base nos pen-
samentos de autores como Maquiavel, Thomas Hobbes e Jean Bodin, que relacionaram poder
ao exercício da autoridade legitimada pelo consentimento.
b) De acordo com a teoria subjetivista, o poder político advém da posse e do emprego de ca-
pacidades materiais que facultam a obtenção de um resultado desejado ou a imposição de
uma vontade.
c) As concepções contemporâneas de poder político valorizam mais o seu sentido relacional e
dimensões subjetivas do que suas bases materiais.

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d) Definições precisas de poder são possíveis somente quando circunscritas a domínios espe-
cíficos (político, econômico, militar etc.).
e) As concepções contemporâneas de poder político são abrangentes e reúnem em um único
entendimento conceitual poder, autoridade e capacidade decisória.

a) Errada. A autoridade da época de Hobbes e Maquiavel não era legitimada pelo consentimen-
to, mas sim pela tradição e pela vontade divina, tendo em vista que se trata de monarquias
absolutistas.
c) Errada. As concepções contemporâneas realmente valorizam o sentido relacional, quando
se usa a definição sociológica do termo, mas não existe nenhum prejuízo à análise das bases
materiais, até mesmo porque um dos principais focos da contemporaneidade é a distribuição
de riquezas.
d) Errada. A definição genérica de poder pode ser precisa, e não precisa estar circunscrita a um
domínio específico.
e) Errada. O entendimento conceitual de poder político diz respeito ao monopólio do exercício
da força, e não à autoridade e capacidade decisória.
Letra b.

041. (CESPE/2016/INSS/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL/SERVIÇO SOCIAL) Com relação


ao Estado moderno e à dominação racional legal, julgue o item a seguir.
Estado e governo se confundem, pois as instituições em uma sociedade territorialmente defi-
nida são ocupadas por dirigentes que governam em nome do Estado.

A dominação racional legal é uma teoria sociológica que prescreve que o estado é uma entida-
de, e o grupo que se beneficia do estado é outra.
Errado.

042. (FCC/2013/DPE-SP/DEFENSOR PÚBLICO) Ao analisar o tema da pluralidade dos or-


denamentos, na obra Teoria da norma jurídica, Norberto Bobbio enfatiza que a teoria insti-
tucionalista
a) reafirma que o Estado e as suas instituições detém exclusividade na produção do direito.
b) sustenta que o Estado é a única instituição que estabelece o direito.
c) rompe com a teoria estatalista, pois rejeita a redução do direito a uma forma estatal de
expressão.
d) confunde-se com a teoria estatalista, pois enxerga no Estado a única instituição que
cria o direito
e) considera o Estado moderno como a instituição que detém o monopólio da produção jurídica.

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A teoria institucionalista se contrapõe à teoria estatalista. Ela prescreve que o estado não é a
única instituição que estabelece e produz o direito.
Letra c.

043. (FEPESE/2012/PGE-SC/DEFENSOR PÚBLICO) Hans Kelsen afirmou que a teoria pura


do direito é uma teoria geral do direito positivo. Para ele, o Direito é “uma ordem normativa da
conduta humana, ou seja, um sistema de normas que regulam o comportamento humano”.
Com o termo norma, Kelsen buscou significa algo que “deve ser ou acontecer, especialmente
que um homem se deve conduzir de determinada maneira”. Na obra Teoria Pura do Direito, que
leva o mesmo nome da teoria de Kelsen, o autor afirma que essa teoria pura busca única e ex-
clusivamente conhecer o seu próprio objeto, ou seja:
a) o que é e como é o Direito.
b) como deve ser o Direito.
c) como deve ser feito o Direito.
d) como deve ser feita a política do Direito.
e) como ocorre a relação entre o Direito e as demais áreas do saber.

Hans Kelsen vê o direito como ele é e não como ele deveria ser. Neste raciocínio, Kelsen busca
excluir do estudo do direito tudo que não lhe diz respeito, para evitar um sincretismo científico.
Letra a.

044. (CESPE/CEBRASPE/2021/TC-DF/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/OBJETIVA) A


respeito de mandado de segurança, ação popular e ação civil pública, julgue o item a seguir.
De acordo com o STF, é lícito ao Poder Judiciário, em situações excepcionais, determinar que
a administração pública adote medidas assecuratórias de direitos constitucionalmente reco-
nhecidos como essenciais.

De acordo com as manifestações recentes dos ministros do STF, o judiciário brasileiro tem
adotado um posicionamento substancialista, que visa pôr o juiz na posição de protagonista de
políticas públicas que envolvam direitos fundamentais.
Certo.

045. (INEP/2016/ENEM/EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO/PRIMEIRO E SEGUNDO


DIA) A democracia deliberativa afirma que as partes do conflito político devem deliberar entre
si e, por meio de argumentação razoável, tentar chegar a um acordo sobre as políticas que

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seja satisfatório para todos. A democracia ativista desconfia das exortações à deliberação por
acreditar que, no mundo real da política, onde as desigualdades estruturais influenciam proce-
dimentos e resultados, processos democráticos que parecem cumprir as normas de delibera-
ção geralmente tendem a beneficiar os agentes mais poderosos. Ela recomenda, portanto, que
aqueles que se preocupam com a promoção de mais justiça devem realizar principalmente a
atividade de oposição crítica, em vez de tentar chegar a um acordo com quem sustenta estru-
turas de poder existentes ou delas se beneficia.
(YOUNG, I. M. Desafios ativistas à democracia deliberativa. Revista Brasileira de Ciência Políti-
ca, n. 13, jan./abr. 2014)
As concepções de democracia deliberativa e de democracia ativista apresentadas no texto
tratam como imprescindíveis, respectivamente,
a) a decisão da maioria e a uniformização de direitos.
b) a organização de eleições e o movimento anarquista.
c) a obtenção do consenso e a mobilização das minorias.
d) a fragmentação da participação e a desobediência civil.
e) a imposição de resistência e o monitoramento da liberdade.

Devemos lembrar que a democracia deliberativa está associada à teoria da ação comunicativa
e à esfera pública de Habermas. Portanto, é possível concluir que a obtenção de um consenso
é imprescindível. Já no caso da democracia ativista, a mobilização das minorias proporciona
um contrapeso às desigualdades estruturais presentes no mundo contemporâneo. Portanto,
também é imprescindível.
Letra c.

046. (CESPE/CEBRASPE/2012/MCT/ANALISTA EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA PLENO/


TEMA I) Com relação aos modelos de distribuição de poder e às teorias da democracia, julgue
o item seguinte.
A partir do entendimento de que o conceito de democracia preconiza uma sociedade ideal,
que não existe na realidade, foi desenvolvido o conceito de poliarquia, por meio do qual são
descritos os regimes existentes no mundo que mais se aproximam dos ideais democráticos.

Uma poliarquia é um regime com disputas de poder e com ampliação da participação política.
São estas as características que mais se aproximam aos ideais democráticos.
Certo.

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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
Noções de Teoria Geral do Estado
Henry Pereira

047. (CESPE/2012/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO/TÉCNICA LE-


GISLATIVA) Julgue os próximos itens, referentes aos elementos que compõe a organização
política do Brasil, país que é uma república federativa.
O chefe de governo da forma de governo denominada república deve, obrigatoriamente, ser
escolhido de forma direta pelo povo, por meio do sufrágio.

“República” preconiza a distinção entre o que é público e o que é privado, em contraposição à


“Monarquia”, em que não existe esta distinção, pois tudo é do monarca. A princípio, o termo “re-
pública” não explica como se dá o provimento do chefe de governo. Além disso, uma república
pode ser democrática e eleger representantes por sorteio, assim como acontecia em algumas
cidades-estado da Grécia antiga. Deste modo, uma república não depende do voto para esco-
lher seus líderes.
Errado.

048. (VUNESP/2020/CÂMARA MUNICIPAL DE PINDORAMA/SP/PROCURADOR JURÍDI-


CO) A respeito do Estado e de suas formas, é correto afirmar:
a) quando o poder se reparte, se divide no espaço territorial, gerando uma multiplicidade de or-
ganizações governamentais, distribuídas regionalmente, está caracterizado o Estado unitário.
b) no Estado unitário, descentralizado administrativa e politicamente, além da autonomia ad-
ministrativa há total autonomia política para a implementação do comando central.
c) o modo de exercício do poder político em função do território dá origem ao conceito de for-
ma de Estado.
d) no federalismo por agregação, a Federação surge a partir de determinado Estado unitário,
que resolve se descentralizar.
e) no federalismo dual, a separação de atribuições entre os entes federativos é extremamente
flexível, havendo cooperação entre eles.

a) Errada. O próprio nome “estado unitário” explica que o poder não é repartido a uma multipli-
cidade de organizações governamentais.
b) Errada. Não faz sentido que órgãos oriundos da descentralização de um estado unitário
tenham autonomia política para a implementação do comando central, isso seria uma resigna-
ção da própria soberania, que resultaria na criação de um outro estado superior que controla
este estado inicial.
d) Errada. O federalismo por agregação surge quando vários estados decidem voluntariamente
se agregar. Não se trata de um estado unitário que se descentralizou.
e) Errada. O federalismo dual não tem uma repartição de atribuições flexível, e geralmente não
existe cooperação entre seus membros.

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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
Noções de Teoria Geral do Estado
Henry Pereira

Letra c.

049. (CS-UFG/2018/CÂMARA DE GOIÂNIA/GO/ASSESSOR TÉCNICO LEGISLATIVO/AS-


SESSOR GERAL) O que é um Estado Federativo?
a) É um Estado governado politicamente e administrativamente por um governo central
exclusivo.
b) É um Estado com unidades subnacionais autônomas política e administrativamente naquilo
que lhe compete.
c) É um Estado que, em determinado momento, dá autonomia administrativa para as unidades
subnacionais, podendo revogá-la a qualquer momento.
d) É um Estado que, em determinado momento, dá autonomia política para as unidades subna-
cionais, podendo revogá-la a qualquer momento.

b) Certa. As demais opções descrevem estados unitários.


Letra b.

050. (ADM&TEC/2019/PREFEITURA DE COLÔNIA LEOPOLDINA/AL/SOCIÓLOGO) Leia as


afirmativas a seguir:
I – O Judiciário é um dos poderes da União.
II – A Constituição Federal determina que todo o poder emana do povo.
Marque a alternativa CORRETA
a) As duas afirmativas são verdadeiras
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
d) As duas afirmativas são falsas

As duas afirmações estão contidas na Constituição da República Federativa do Brasil.


Letra a.

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Henry Pereira
Professor. Advogado. Bacharel em Direito pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (2020). Pós-
graduando em Direito Processual Civil pelo Grupo Uninter.

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