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GESTÃO PÚBLICA
E ÉTICA
Noções de Teoria Geral do Estado
Livro Eletrônico
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
Noções de Teoria Geral do Estado
Henry Pereira
Sumário
Noções de Teoria Geral do Estado..........................................................................................................................4
1. Definindo o Estado.. .....................................................................................................................................................4
1.1. Noções Essenciais....................................................................................................................................................6
1.2. Formas de Estado.....................................................................................................................................................8
1.3. Formas de Governo..................................................................................................................................................8
1.4. Sistemas de Governo. . ............................................................................................................................................9
1.5. Regimes de Governo...............................................................................................................................................9
2. Origens do Poder.. .......................................................................................................................................................11
2.1. Teorias Políticas.. .....................................................................................................................................................11
2.2. Teoria Jurídica..........................................................................................................................................................14
3. Evolução do Estado Contemporâneo.............................................................................................................15
3.1. Constitucionalismo.. ..............................................................................................................................................16
4. Agentes Públicos......................................................................................................................................................17
4.1. Classificações. . .........................................................................................................................................................17
4.2. Do Regime Jurídico.. ..............................................................................................................................................17
4.3. Da Responsabilidade Civil.. ..............................................................................................................................18
Resumo.................................................................................................................................................................................19
Questões de Concurso................................................................................................................................................22
Gabarito...............................................................................................................................................................................37
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................38
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Certamente, a soberania se refere a todos estes tipos de poder, de uma forma ou de outra,
porque o Estado é o controlador dos materiais bélicos, das armas e munições, com um exérci-
to permanente, chefiado e integrado por sujeitos capazes de fazer valer as regras do território.
Consequentemente, há poder substancialista e subjetivista.
Entretanto, acima de tudo, o Estado é uma forma de poder relacional, porque exclui a influ-
ência de todos os outros Estados de seu território – esta é a máxima da soberania.
Vejamos:
O povo brasileiro, em seu espaço geográfico, não está sujeito às leis de quaisquer outros países
sem que elas antes sejam incorporadas ao acervo nacional de normas jurídicas.
Falamos em exclusão dos outros Estados, mas existe uma exceção aparente contida em
nossa Lei Maior, com ênfase no aparente, visto que ela não se justifica. Vejamos.
A Constituição Federal, no art. 5º, inciso XXXI, diz:
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Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasi-
leiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualda-
de, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: [...]
XXXI – a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal
do de cujus;
Em outras palavras, existem situações em que a Lei estrangeira pode ser aplicada no Brasil,
com prioridade, em detrimento da legislação nacional. Inclusive, a Lei de Introdução às Nor-
mas do Direito Brasileiro expande o rol de situações em que a lei estrangeira é aplicada, como
por exemplo, quando o conflito jurídico diz respeito a contratos firmados no exterior, que por
algum motivo foram trazidos à justiça brasileira.
O que importa para o momento, é que o aluno entenda que esta NÃO é uma brecha ou ex-
ceção da soberania.
Nestes casos descritos anteriormente, o direito estrangeiro é meramente tido como fato, e
não como norma propriamente dita. Para entendermos melhor, precisamos lembrar do Cultu-
ralismo Jurídico de Miguel Reale.
Conforme este jurista, o direito é FATO, VALOR e NORMA.
Ou seja, o direito comprova e se refere a certa situação fática (Fato), ao mesmo tempo que
lhe compara a critérios morais valorativos (Valor). Ao final, toda essa dinâmica é instrumen-
talizada e sistematizada em formato de lei, para ser inserida no ordenamento jurídico de um
país (Norma).
Isto posto, não há exceção à soberania. Contudo, não podemos confundir a integralidade
deste fundamento com a ausência de limites. Isso não significa que um Estado deve permane-
cer impune ao violar os mais básicos direitos humanos.
Na obra O Conflito Entre Tratado Internacional e a Norma de Direito Interno, Mirtô Fra-
ga explica:
A soberania é, assim, um poder (ou grau de poder) absoluto, mas não é nem poderia ser ilimitado.
Ela encontra seus limites nos direitos individuais, na existência de outros Estados soberanos, na
ordem internacional.
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Ela nasce de um ato de soberania, relativo ao livre exercício do poder político, geralmente
descrito na doutrina como PODER ORIGINÁRIO CONSTITUINTE.
É por estes motivos que Norberto Bobbio diz que o estado pode ser reduzido ao conceito
de poder. Logo, propõe o seguinte:
Do ponto de vista dos vários critérios que foram adotados para distinguir as várias formas de poder,
a definição do poder político como o poder que está em condições de recorrer em última instância à
força (e está em condições de fazê-lo porque dela detém o monopólio) é uma definição que se refere
ao meio de que se serve o detentor do poder para obter os efeitos desejados.
Isso significa que o poder político se resume ao monopólio do exercício da força. Definição
que é comum em Max Weber e Hans Kelsen, embora este último chegue a outras conclusões.
Hans Kelsen entende que a coercitividade dos mandamentos do estado, ou o “poder” dele,
por assim dizer, sejam consequências ordinárias de sua natureza jurídica, porque o direito é
uma ordem coercitiva.
A definição de poder político é um dos elementos da concepção filosófica do estado que
será usada no próximo tópico. Antes de procedermos com esta matéria, retomaremos alguns
conceitos de Direito Administrativo, para que seja possível classificar o Estado com clareza.
A República Federativa do Brasil é um Estado porque é composta por um povo, com identidade
nacional definida, que tem domínio sob o espaço geográfico denominado Brasil, e soberania
em razão das próprias Leis e Forças Armadas.
A administração de Jair M. Bolsonaro, 38º presidente do Brasil, é um governo porque é contro-
ladora das ferramentas públicas, da política nacional de desenvolvimento, da política de prote-
ção ambiental, etc.
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O Estado, em sua concepção, tem poderes plenos e indetermináveis. Quando ele é criado,
a assembleia constituinte ou seu equivalente tem a competência para estabelecer o que bem
entende como regra e princípio. Assim sendo, não faz sentido tentar classificar cada uma das
iterações do poder originário.
Entretanto, com a mesma motivação que vimos no tópico anterior, um ESTADO pode se
subdividir, especialmente para que as pessoas de cada fração de seu território tenham a repre-
sentação de seus interesses. Neste caso, é possível e útil categorizar a extensão dos poderes
conferidos às frações. A elas é outorgada:
• AUTOADMINISTRAÇÃO;
• AUTOGOVERNO; e
• AUTO-ORGANIZAÇÃO.
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DICA
FOGO é REMO → Forma de Governo é República e Monarquia
O Brasil já foi adepto dos dois sistemas. Do parlamentarismo, em duas ocasiões, na época
do império e no período posterior à renúncia de Jânio Quadros, em 1964. Do presidencialismo,
pela primeira vez em 1891, após o fim do império, depois disso, em todos os momentos ordi-
nários. Inclusive, vale lembrar, na atualidade.
Em 07 de setembro de 1993 foi realizado um plebiscito com o intuito de definir qual seria a
forma e o sistema de governo adotados no Brasil. O Presidencialismo e a República ganharam.
Esta consulta popular foi realizada por força da Constituição Federal, que atribuiu implicita-
mente o rigor de cláusula pétrea ao resultado (art. 2º do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias).
Em outras palavras, somente mediante uma nova constituição é que o Brasil poderá deixar
de ser república federativa presidencialista.
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2. Origens do Poder
Por ora, sugiro a seguinte questão:
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o estado surge com a finalidade de subsistência. Ele surge sob a premissa de que todos os
homens são iguais e que dependem uns dos outros para se conservarem.
b) Schmittiana: é importante mencionar que as teorias foram divididas para fins didáticos
de acordo com os temas com os quais elas mais se identificam. Para a doutrina, Carl Schmitt
é geralmente mencionado como o autor da teoria política do direito, apesar de existirem inú-
meras outras teorias que podem ser consideradas políticas por natureza, com as que vimos
anteriormente.
Isto talvez seja porque a obra de Carl Schmitt dá uma definição própria ao conceito de
política, que não é amplamente utilizado em outras interpretações da origem do estado. Para
ele, política se resume no ato de distinguir o que faz parte do grupo e o que não faz. O autor de-
fende que o estado é predominante na política porque a sua principal função é a de identificar
quais pessoas são amigas e quais são inimigas do povo. Carl Schmitt faz parte dos voluntaris-
tas porque para ele o estado também é fruto da manifestação de vontade de uma autoridade
legítima. Além disso, este autor é tido como o criador de alguns outros conceitos relevantes
para o direito, como a distinção entre as normas constitucionais materiais e formais. Carl Sch-
mitt define que Constituição é o conjunto de normas que determinam a estrutura fundamental
do estado, sendo o restante “lei constitucional”. Assim sendo, a decisão política fundamental
(Constituição) não pode ser alterada, mas as leis constitucionais sim.
Entre outras ideias de Carl Schmitt, encontramos a de que o estado de exceção (estado de
sítio e estado de defesa, no Brasil) deve ser incondicional. Para ele, o executivo não deve estar
condicionado a nenhuma determinação da lei. De acordo com o autor, o propósito final desta
medida é a criação de uma nova ordem jurídica, e não a proteção da que resultou em crise. Carl
Schmitt defendeu que o controle de constitucionalidade deveria ser realizado sobretudo pelo
chefe do executivo, pois para ele a constituição é uma decisão essencialmente política. Esse
posicionamento resultou em uma rivalidade com Hans Kelsen, que defendeu o estado como
uma instituição exclusivamente jurídica, e que propunha que o controle de constitucionalidade
fosse feito pelo judiciário.
2.1.2. Sociológicas
Toda teoria política que infere a existência de poder relacional pode ser considerada socio-
lógica, portanto, todas as que vimos até agora se encaixariam nessa categoria. Todavia, essa
divisão foi feita com um motivo, os sistemas que veremos a seguir não partilham da ideia de
que o estado se constitui por meio de declaração de vontade.
a) Orgânica: o Estado é tido como uma hierarquia natural, é uma ordem social que surge
da necessidade, mas que não é “inventada”. Para esta teoria, o estado é uma decorrência da
convivência em sociedade, ele é comparável a hierarquias que se vê no mundo animal, como
no caso dos caranguejos.
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3.1. Constitucionalismo
O constitucionalismo é o movimento que advoga a sistematização de uma norma jurídica
que defina a estrutura do Estado, bem como os direitos fundamentais das pessoas interessa-
das. O nome que se dá a esta norma é “Constituição”.
A constituição pode ser interpretada tanto como um documento político quanto jurídico.
Ela é política no sentido de que expressa vontade que se impõe coercitivamente, e jurídica por-
que é o ato de constituição da personalidade do estado.
A princípio, pode-se dizer que as constituições acompanharam as gerações de direitos
fundamentais. As primeiras meramente limitavam os poderes dos governantes em defesa da
vida, liberdade e propriedade. As subsequentes trouxeram direitos sociais que se realizavam
por intermédio de prestações do Estado. E por fim, as mais recentes, preceituam direitos tran-
sindividuais.
A interpretação legal positivista da Constituição eventualmente deu espaço para o surgi-
mento do neoconstitucionalismo, tendo em vista que as atrocidades da segunda guerra mun-
dial demonstraram a necessidade de que o direito tivesse maiores mecanismos para a prote-
ção da vida.
O neoconstitucionalismo prescreve que os princípios constitucionais tenham a mesma for-
ça que quaisquer outras regras da constituição. Deste modo, princípios tais qual o da dignida-
de da pessoa humana surtem efeitos limitadores do poder destrutivo do Estado.
Finalizaremos com um breve estudo sobre Agentes Públicos, para completar a parte do
edital que nos incumbe.
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4. Agentes Públicos
De acordo com Hely Lopes Meirelles, agentes públicos “são todos que exercem fun-
ção pública”.
A Lei de Improbidade Administrativa, entretanto, possui uma definição mais ampla. Segun-
do ela, agente público é:
todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, empre-
go ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior
4.1. Classificações
Os agentes são:
• Políticos: quando compõe o alto escalão do Poder Público. São os integrantes titulares
do Executivo, Legislativo e Judiciário, ex.: Presidentes, Juízes, Deputados, Ministros…
• Administrativos: quando exercem atividade de natureza profissional e remunerada, com
vínculo empregatício ou estatutário, ex.: Analistas do Ministério Público, Oficiais de Jus-
tiça…
• Honoríficos: quando são requisitados por ter reputação ilibada. São cidadãos comuns,
selecionados para desempenhar atividade de natureza transitória, sem vínculo empre-
gatício ou estatutário, ex.: Jurados, Mesários…
• Delegatários: quando receberam permissão, concessão ou autorização do Poder Públi-
co para executar atividade, ex.: Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG (Con-
cessionária)…
• Credenciados: quando recebem a incumbência de representar a administração pública
em determinados atos ou atividades, ex: Professores substitutos, Médicos credencia-
dos…
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Após a aprovação, ele é nomeado, empossado e procede ao exercício do cargo. Então, ini-
cia o prazo de 3 (três) anos, denominado estágio probatório, no qual ele terá seu desempenho
regularmente avaliado. Se ele não for demitido neste intervalo de tempo, tornar-se-á estável.
Algumas condutas são consideradas Infrações Administrativas para este agente, que re-
sultam em penalidade. Elas são várias e podem ser encontradas em diferentes documentos.
Para o nosso concurso, as infrações administrativas estão listadas a partir do art. 211 da
Lei Orgânica do Ministério Público de Minas Gerais. Elas são:
• ADVERTÊNCIA;
• CENSURA;
• DISPONIBILIDADE COMPULSÓRIA E CAUTELAR;
• REMOÇÃO COMPULSÓRIA; E
• EXONERAÇÃO.
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RESUMO
Vamos revisar o conteúdo?
Conceitos
• Tipos de Poder: substancial, subjetivo ou relacional.
− É substancial quando poder é entendido como coisa (arma).
− É subjetivo quando poder é entendido como capacidade efetiva de modificar a reali-
dade (atirador).
− É relacional quando poder é entendido como a capacidade de obrigar alguém a fazer
algo que, do contrário, não seria feito.
• Concentração e Desconcentração: extinção e subdivisão de órgãos da administração
direta.
• Centralização e Descentralização: extinção e criação de entidades da administração
indireta.
• Poderes dos Entes Federados:
− Autogoverno
− Auto-organização
− Autoadministração
• Patrimonialismo: conceito relativo a um Estado que não distingue propriedade pública e
privada, no qual tudo é do Rei.
• Burocracia: conceito relativo a um Estado que sistematiza as relações públicas e priva-
das, com o objetivo de garantir o respeito aos direitos individuais.
• Gerencialismo: conceito relativo a um Estado ativo, que possui missões institucionais a
serem cumpridas e instrumentos marginalmente capazes de cumpri-las.
• Poder Político: é o monopólio do exercício da força.
• Teorias Políticas do Estado: são aquelas em que o estado surge em razão de critérios
sociológicos.
• Contratualismo: é a teoria que pressupõe que o homem abandonou o seu estado natu-
ral para viver em sociedade mediante a aceitação de um pacto denominado “contrato
social”.
− Presume que a aceitação do pacto implica a renúncia de direitos que o homem pos-
suía em seu estado de natureza.
− É denominada “voluntarista” porque infere que o contrato social foi uma livre manifes-
tação de vontade.
• Carl Schmitt: o criador da Teoria Política do Estado.
− Política é determinar quem é amigo e quem é inimigo.
− A guarda da constituição deve ser feita pelo chefe do executivo.
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− Administrativos.
− Honoríficos.
− Delegados.
− Credenciados.
• Teoria da Dupla Garantia: regra de legitimidade para ações de responsabilidade civil.
− impede que terceiro ingresse com ação indenizatória em que o polo passivo seja ser-
vidor público por danos causados em serviço da administração pública.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FCC/2018/DPE-AM/DEFENSOR PÚBLICO/REAPLICAÇÃO) No que concerne à relação
entre Direito e Estado, tal como a tematiza Hans Kelsen na obra O que é a justiça?, é correto
afirmar que o Estado
a) é uma ordem jurídica relativamente centralizada.
b) é uma entidade metajurídica que precede a criação do Direito.
c) considerado democrático, e somente este, é legítimo para produzir normas jurídicas, pois
reflete a justiça.
d) é um grupo de pessoas unidas para a consecução de interesses comuns, e o Direito é um
corpo normativo que reflete a moral do povo.
e) e Direito são duas coisas completamente distintas e não necessariamente relacionadas.
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c) No Sentido Político de Constituição, Carl Schmitt afirma que Lei Constitucional pode ser
conceituada como a norma que decorre diretamente da decisão política fundamental, estrutu-
rantes do Estado;
d) A Constituição Simbólica tem como característica principal a presença de normas que guiam
a atuação do Estado e de seus agentes por meio de programas de ação visando a consecução
dos seus objetivos. A constituição não apenas cita a forma de organização do Estado, mas o
guia na consecução dos seus objetivos, agindo em várias vertentes.
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d) Em julgamento recente, com repercussão geral, o Supremo Tribunal Federal entendeu inapli-
cável no Brasil a teoria neoconstitucional.
e) O neoconstitucionalismo é uma teorização que se reporta à interpretação dos direitos so-
ciais, e não dos direitos políticos.
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d) Banaliza a vida humana, por isso foi utilizado como expressão filosófica no advento
do nazismo.
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Noções de Teoria Geral do Estado
Henry Pereira
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Noções de Teoria Geral do Estado
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Noções de Teoria Geral do Estado
Henry Pereira
e) neoliberal.
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Noções de Teoria Geral do Estado
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De acordo com o STF, é lícito ao Poder Judiciário, em situações excepcionais, determinar que
a administração pública adote medidas assecuratórias de direitos constitucionalmente reco-
nhecidos como essenciais.
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a) quando o poder se reparte, se divide no espaço territorial, gerando uma multiplicidade de or-
ganizações governamentais, distribuídas regionalmente, está caracterizado o Estado unitário.
b) no Estado unitário, descentralizado administrativa e politicamente, além da autonomia ad-
ministrativa há total autonomia política para a implementação do comando central.
c) o modo de exercício do poder político em função do território dá origem ao conceito de for-
ma de Estado.
d) no federalismo por agregação, a Federação surge a partir de determinado Estado unitário,
que resolve se descentralizar.
e) no federalismo dual, a separação de atribuições entre os entes federativos é extremamente
flexível, havendo cooperação entre eles.
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Henry Pereira
GABARITO
1. a 37. a
2. c 38. b
3. b 39. a
4. a 40. b
5. C 41. E
6. e 42. c
7. b 43. a
8. a 44. C
9. c 45. c
10. b 46. C
11. e 47. E
12. c 48. c
13. e 49. b
14. e 50. a
15. c
16. C
17. e
18. d
19. b
20. C
21. b
22. E
23. C
24. a
25. E
26. C
27. E
28. C
29. c
30. e
31. C
32. C
33. E
34. c
35. c
36. d
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Noções de Teoria Geral do Estado
Henry Pereira
GABARITO COMENTADO
001. (FCC/2018/DPE-AM/DEFENSOR PÚBLICO/REAPLICAÇÃO) No que concerne à relação
entre Direito e Estado, tal como a tematiza Hans Kelsen na obra O que é a justiça?, é correto
afirmar que o Estado
a) é uma ordem jurídica relativamente centralizada.
b) é uma entidade metajurídica que precede a criação do Direito.
c) considerado democrático, e somente este, é legítimo para produzir normas jurídicas, pois
reflete a justiça.
d) é um grupo de pessoas unidas para a consecução de interesses comuns, e o Direito é um
corpo normativo que reflete a moral do povo.
e) e Direito são duas coisas completamente distintas e não necessariamente relacionadas.
a) Certa. Para Kelsen, o Estado é uma pessoa jurídica, é uma ordem nacional que monopoliza
o uso da força.
b) Errada. Kelsen explica o ato que constitui uma comunidade é a principal razão pela qual
aquela comunidade existe. Portanto, não se pode dizer que existem entidades sociais subja-
centes ao estado.
c) Errada. Kelsen não considera a democracia como critério de legitimidade da norma jurídica.
d) Errada. Novamente, Kelsen rejeita as ideias sociológicas de concepção do estado. Para ele,
o estado é estritamente jurídico.
e) Errada. Para Kelsen, estado e direito são a mesma coisa.
Letra a.
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a) Errada. A norma fundamental não é posta por autoridade nenhuma, ela é pressuposta.
b) Errada. De acordo com Kelsen, somente o fundamento de validade pode ser deduzido de
uma norma pressuposta, e não o conteúdo, sendo os dois elementos necessários para a cria-
ção de um sistema dinâmico de normas.
c) Certa. A interpretação autêntica é definida como: a interpretação feita pelo criador da nor-
ma. Logo, se um órgão aplicador do direito é quem está fazendo a interpretação autêntica, ele
é necessariamente o criador do direito.
d) Errada. A teoria pura do direito não se preocupa em definir como o direito deveria ser.
e) Errada. Para que uma norma moral seja necessáriamente jurídica, basta que ela seja consi-
derada relevante e que esteja prevista na legislação. Contudo, para que uma norma de direito
seja considerada necessariamente moral, o direito precisaria deixar de ser direito, pois para
Hans Kelsen, a norma jurídica não está limitada por critérios morais.
Letra c.
a) Errada. Essa não é a definição jurídica do ordenamento jurídico. A soma dos fatos reais de
poder é uma definição sociológica da Constituição desenvolvida por Ferdinand Lassale.
c) Errada. Este conceito se refere à Constituição e não à Lei Constitucional.
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d) Errada. A Constituição Simbólica, como o próprio nome diz, prioriza a ideologia em desfavor
da função jurídica e instrumental. Ela não guia a atuação do estado e de seus agentes por meio
de programas de ação.
Letra b.
a) Certa. Esta opção está incorreta em dizer que estados unitários possuem soberania.
Letra a.
Caracterizam-se por terem funções de direção e orientação estabelecidas na Constituição e por ser
normalmente transitório o exercício de tais funções. Como regra, sua investidura se dá através de
eleição, que lhes confere o direito a um mandato, e os mandatos eletivos caracterizam-se pela tran-
sitoriedade do exercício das funções, como deflui dos postulados básicos das teorias democrática
e republicana. Por outro lado, não se sujeitam às regras comuns aplicáveis aos servidores públicos
em geral; a eles são aplicáveis normalmente as regras constantes da constituição, sobretudo as que
dizem respeito às prerrogativas e à responsabilidade política.
Certo.
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O Judiciário desempenha como função atípica a administração, mas não a normatização, seja
típica ou atipicamente.
a) Errada. O neoconstitucionalismo não visa flexibilizar o princípio da legalidade, mas sim tor-
ná-lo mais restrito, pois a constituição é sobrelevada como critério de validade das normas.
c) Errada. O neoconstitucionalismo dá ainda mais importância ao dogma da supremacia da
Constituição.
d) Errada. Nenhum julgamento deste gênero foi realizado, até mesmo porque o neoconstitu-
cionalismo é uma teoria de direito. Caso isso tivesse de fato acontecido, em uma situação
hipotética, seria equivalente ao Supremo Tribunal Federal decidir pela inaplicabilidade do juris-
naturalismo ou do jurispositivismo, o que não faz sentido.
e) Errada. O neoconstitucionalismo não é restrito a um ou outro tipo de direito, ele simplesmen-
te dá ênfase à constituição como critério de validade das demais normas jurídicas.
Letra b.
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b) Para Hans Kelsen, as normas jurídicas podem ser classificadas como normas materialmen-
te constitucionais e normas formalmente constitucionais. Para o referido autor, mesmo as leis
ordinárias, caso tratem de matéria constitucional, são definidas como normas materialmente
constitucionais.
c) De acordo com o sentido político de Carl Schmitt, a constituição é o somatório dos fatores
reais do poder dentro de uma sociedade. Isso significa que a constituição somente se legitima
quando representa o efetivo poder social.
d) De acordo com o sentido sociológico de Ferdinand Lassale, a constituição não se confunde
com as leis constitucionais. A constituição, como decisão política fundamental, irá cuidar ape-
nas de determinadas matérias estruturantes do Estado, como órgãos do Estado, e dos direitos
e das garantias fundamentais, entre outros.
e) De acordo com o sentido político-sociológico de Hans Kelsen, a constituição está alocada
no mundo do “dever ser”, e não no mundo do “ser”. É considerada a norma pura ou fundamen-
tal, fruto da racionalidade do homem, e não das leis naturais.
b) Errada. Hans Kelsen não faz a distinção entre normas materialmente constitucionais e nor-
mas formalmente constitucionais.
c) Errada. Esta é a definição sociológica de constituição, proposta por Ferdinand Lassale.
d) Errada. Esta distinção é feita por Carl Schmitt e não por Ferdinand Lassale.
e) Errada. Hans Kelsen não se preocupa com o “dever-ser”. Na teoria pura do direito, o autor
explica esse tipo de análise não faz parte da ciência jurídica.
Letra a.
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a) Errada. Na antiguidade não existiam constituições escritas. Por este motivo, é uma época
da qual se possuem poucas informações a respeito. Logo, é muito difícil dizer qual era a cons-
tituição de qual cidade-estado, e na maior parte dos casos, não se sabe muito nem sobre as
estruturas de poder nem sobre a forma em que o poder se manifestava. “Constituição” e “anti-
guidade” não é uma dupla que faz muito sentido para o direito.
b) Errada. A Magna Carta foi um dos primeiros documentos escritos da Europa Ocidental a
limitar os poderes do monarca. Ela não conferia poderes absolutos ao rei.
d) Errada. As constituições mencionadas são constituições sociais que se preocupam em es-
tender o poder estatal com o propósito de criar um estado de bem estar social.
Letra c.
a) Errada. A constituição americana, desde o princípio, concedeu aos juízes o poder pleno de
interpretação. Inclusive, um exemplo disso é o fato de que o controle difuso de constituciona-
lidade nasceu em solo americano.
c) Errada. Em quase todos os lugares do mundo contemporâneo o paradigma do juspositivis-
mo formalista foi superado. A Constituição revolucionária francesa estabelecia que os juízes
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como na afirmação e garantia da autonomia dos indivíduos como sujeitos privados e como
agentes políticos, cuja garantia essencial é a jurisdição, enquanto que a tradição europeia é
preponderantemente marcada por um forte conteúdo normativo que supera o limiar da defini-
ção das regras do jogo organizando o poder, afirmando-se como um projeto político delineado
de forma a participar diretamente do jogo, condicionando decisões estatais destinadas a efeti-
var um programa transformador do Estado e da sociedade, seria correto afirmar que:
a) o Neoconstitucionalismo resulta exclusivamente do influxo da tradição constitucio-
nal europeia.
b) o Neoconstitucionalismo resulta exclusivamente do influxo da tradição constitucional nor-
te-americana.
c) o Neoconstitucionalismo resulta da aproximação entre os dois modelos, tanto ao adotar a
ideia – tipicamente europeia – de constituição como um texto jurídico supremo destinado a
instrumentalizar um programa transformador, quanto ao deferir à jurisdição/o que é caracterís-
tico do modelo norte-americano/a tarefa de implementar tal programa quando o legislador não
o faz, de que é exemplo a inconstitucionalidade por omissão tal como existente no sistema
constitucional brasileiro.
d) o Neoconstitucionalismo caracteriza-se essencialmente como um rompimento tanto com a
tradição constitucional europeia quanto com a norte-americana.
e) na ambiência do Neoconstitucionalismo, rompe-se definitivamente a separação entre di-
reito e moral, uma vez que se considera que o julgador pode e deve tanto interpretar normas
jurídicas a partir de suas convicções morais, quanto aplicar diretamente preceitos morais na
solução dos casos concretos quando inexistente norma jurídica específica.
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a) Errada. A constituição não escrita dificulta o reconhecimento do que é e o que não é cons-
titucional. Uma constituição elaborada de acordo com o iluminismo idealista busca consignar
os direitos individuais fundamentais antes de tudo.
b) Errada. De acordo com o comentário da opção “A”.
c) Errada. A constituição ideal não prevê o somatório de forças religiosas, políticas, econômi-
cas, militares e sociais.
d) Errada. Antes de tudo, a constituição ideal abrange os valores da liberdade, vida e proprieda-
de, que não se encaixam com outros valores conflitantes.
Letra e.
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O critério de ser texto formalmente constitucional é o que basta para contrapor a redação de
uma lei conflitante.
Todas as outras opções fazem referência a conceitos que não fazem sentido.
Letra c.
Não há muito que dizer, a opção descreve corretamente a função do típica do judiciário: resol-
ver conflitos sociais e aplicar a lei. Relembrando que o judiciário também tem funções atípicas
legislativas e executivas.
Certo.
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d) o fato social é resultado da atividade dos atores para conferir sentido a sua prática cotidia-
na. O esquema da comunicação substitui o da ação.
e) a sociologia crítica deve estudar as redes de interação em uso na sociedade, constituída por
relações comunicativas.
A letra e é a única opção que demonstra uma ideia exibida na obra de Habermas. É importante
lembrar que este autor está quase sempre associado à concepção de que a comunicação é a
forma essecial pela qual se constrói a ética, e se desenrola a vida em sociedade.
Letra e.
a) Errada. Em uma democracia, a existência de um espaço para deliberações políticas não de-
pende do consentimento do estado.
b) Errada. Habermas propõe que a população pode chegar a conclusões suficientes para in-
fluenciar a direção das políticas públicas até mesmo fora da estrutura do estado.
c) Errada. De acordo com Habermas, a cooperação é um dos elementos necessários para a
esfera pública.
Letra d.
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III – Buscando renovar as pretensões universalistas da ética, Habermas constrói uma teoria na
qual apresenta a importância do discurso racional como formador do consenso. É, pois, por
intermédio do discurso que se alcança a justificação racional capaz de legitimar a validade
das normas.
IV – Para a ética do discurso, é necessário discernir o consenso do falso consenso. O critério
capaz de realizar a distinção encontra-se na concepção habermasiana de situação ideal de
fala, mediante a qual seria possível imaginar comunicações livres de eventuais coações.
V – Ao conceder centralidade ao discurso, Habermas defende a ideia segundo a qual as nor-
mas somente alcançam legitimidade por intermédio do esforço compartilhado da prática co-
municativa. Sendo assim, a ética é um exercício que se realiza na comunicação de sujeitos
simetricamente dispostos em suas oportunidades de fala.
Assinale a alternativa correta:
a) Somente as afirmativas I, II e V são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas III, IV e V são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas I, III e V são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas II, III são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas II, IV são verdadeiras.
O primeiro item está incorreto porque Habermas reconhece que a ética pode ser construída
por meio do diálogo, e o segundo porque cada integrante do diálogo deve transcender suas
preferências pessoais para a construção da ética.
Letra b.
A comunicação pública é necessária para a democracia porque ela é o meio pelo qual se fun-
damenta a ética.
Certo.
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II – O direito tem sua legitimidade esgotada no cumprimento legal para criação de leis.
III – Com o direito democrático busca-se recuperar e conservar uma solidariedade social.
IV – A possibilidade de justificar o direito moderno a partir das ideias de direitos humanos e do
princípio da soberania do povo releva que se trata de elementos concorrentes.
Assinale a alternativa que apresenta somente as afirmações CORRETAS de acordo com a po-
sição de Habermas.
a) I e IV
b) I e III
c) I, II e IV
d) III e IV
e) II e III
O segundo item está errado porque a legitimidade do direito se estende ao juízo valorativo, e o
quarto porque as ideias de direitos humanos e de soberania do povo agem em conluio para a
construção de uma democracia ética.
Letra b.
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a) Certa. Esta é a descrição fundamental da razão comunicativa. Nenhuma das outras ques-
tões dizem respeito a ideias de Jürgen Habermas.
Letra a.
A crise de não governabilidade envolve tanto uma falha da gestão administrativa quanto uma
perda de apoio político.
Errado.
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Esta é a definição dada por Ferdinand Lassale para o Estado, e não Carl Schmitt.
Errado.
Além disso, Carl Schmitt entende que a Constituição é uma declaração política porque ela de-
termina o que pertence e o que não pertence ao grupo.
Certo.
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a) Errada. Hans Kelsen é o autor da concepção jurídica que propõe que a constituição é o ato
constitutivo de uma ordem nacional, da mesma forma que o contrato social é o ato constitutivo
de uma empresa.
b) Errada. Carl Schmitt foi quem elaborou a concepção do segundo item, e não do primeiro.
d) Errada. Ferdinand Lassale foi quem elaborou o primeiro item e não o segundo.
e) Errada. Konrad Hesse elaborou uma concepção completamente distinta de interpretação da
Constituição. Para ele, ela serve precipuamente o propósito de legitimar a realidade social, o
contrário do que diz Ferdinand Lassale.
Letra c.
Norberto Bobbio discorre que existe a pretensão de que as normas jurídicas digam respeito
à totalidade dos problemas sociais e que a complexidade atual dos sistemas que compõe a
sociedade prejudica essa noção. Sem prejuízo, o autor indica que a ausência de uma norma
justa é uma lacuna ideológica que deve ser evitada. Portanto, apesar de Norberto Bobbio não
ter expressamente dito que compete ao estado intervir nestes aspectos da vida humana, a sua
teoria infere este posicionamento.
Certo.
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Na linguagem política de hoje, a expressão “sociedade civil” é geralmente empregada como um dos
termos da grande dicotomia sociedade civil/Estado. O que quer dizer que não se pode determinar
seu significado e delimitar sua extensão senão redefinindo simultaneamente o termo “Estado” e
delimitando a sua extensão. Negativamente, por “sociedade civil” entende-se a esfera das relações
sociais não reguladas pelo Estado, entendido restritivamente e quase sempre também polemica-
mente como o conjunto dos aparatos que num sistema social organizado exercem o poder coativo”
Certo.
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a) Errada. Dependendo da métrica utilizada, uma monarquia pode estabelecer que determina-
do grupo pode participar do processo político e receber o título de cidadãos. Contudo, a prin-
cípio, democracia é um regime político ou regime de governo e não uma forma de governo. As
formas de governo são as repúblicas e as monarquias.
b) Errada. O cidadão que vota, vota para eleger os representantes de todo o coletivo. Além dis-
so, democracia e cidadania se confundem quando se trata de participação popular, porque o
poder emana do povo.
d) Errada. A obrigatoriedade do voto foi e é instituída com o propósito de fomentar a participa-
ção política, mas não é um elemento essencial dela.
Letra c.
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Em razão do terceiro item, trata-se de uma concepção elitista porque o modelo de concorrên-
cia empresarial exclui aqueles que não têm recursos para competir.
Letra a.
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Na segunda opção, a solução pacífica de conflitos não é um dos objetivos da república bra-
sileira, e na terceira, a cooperação dos povos para o progresso da humanidade não é um dos
princípios da república brasileira.
Letra a.
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d) Definições precisas de poder são possíveis somente quando circunscritas a domínios espe-
cíficos (político, econômico, militar etc.).
e) As concepções contemporâneas de poder político são abrangentes e reúnem em um único
entendimento conceitual poder, autoridade e capacidade decisória.
a) Errada. A autoridade da época de Hobbes e Maquiavel não era legitimada pelo consentimen-
to, mas sim pela tradição e pela vontade divina, tendo em vista que se trata de monarquias
absolutistas.
c) Errada. As concepções contemporâneas realmente valorizam o sentido relacional, quando
se usa a definição sociológica do termo, mas não existe nenhum prejuízo à análise das bases
materiais, até mesmo porque um dos principais focos da contemporaneidade é a distribuição
de riquezas.
d) Errada. A definição genérica de poder pode ser precisa, e não precisa estar circunscrita a um
domínio específico.
e) Errada. O entendimento conceitual de poder político diz respeito ao monopólio do exercício
da força, e não à autoridade e capacidade decisória.
Letra b.
A dominação racional legal é uma teoria sociológica que prescreve que o estado é uma entida-
de, e o grupo que se beneficia do estado é outra.
Errado.
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NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
Noções de Teoria Geral do Estado
Henry Pereira
A teoria institucionalista se contrapõe à teoria estatalista. Ela prescreve que o estado não é a
única instituição que estabelece e produz o direito.
Letra c.
Hans Kelsen vê o direito como ele é e não como ele deveria ser. Neste raciocínio, Kelsen busca
excluir do estudo do direito tudo que não lhe diz respeito, para evitar um sincretismo científico.
Letra a.
De acordo com as manifestações recentes dos ministros do STF, o judiciário brasileiro tem
adotado um posicionamento substancialista, que visa pôr o juiz na posição de protagonista de
políticas públicas que envolvam direitos fundamentais.
Certo.
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Noções de Teoria Geral do Estado
Henry Pereira
seja satisfatório para todos. A democracia ativista desconfia das exortações à deliberação por
acreditar que, no mundo real da política, onde as desigualdades estruturais influenciam proce-
dimentos e resultados, processos democráticos que parecem cumprir as normas de delibera-
ção geralmente tendem a beneficiar os agentes mais poderosos. Ela recomenda, portanto, que
aqueles que se preocupam com a promoção de mais justiça devem realizar principalmente a
atividade de oposição crítica, em vez de tentar chegar a um acordo com quem sustenta estru-
turas de poder existentes ou delas se beneficia.
(YOUNG, I. M. Desafios ativistas à democracia deliberativa. Revista Brasileira de Ciência Políti-
ca, n. 13, jan./abr. 2014)
As concepções de democracia deliberativa e de democracia ativista apresentadas no texto
tratam como imprescindíveis, respectivamente,
a) a decisão da maioria e a uniformização de direitos.
b) a organização de eleições e o movimento anarquista.
c) a obtenção do consenso e a mobilização das minorias.
d) a fragmentação da participação e a desobediência civil.
e) a imposição de resistência e o monitoramento da liberdade.
Devemos lembrar que a democracia deliberativa está associada à teoria da ação comunicativa
e à esfera pública de Habermas. Portanto, é possível concluir que a obtenção de um consenso
é imprescindível. Já no caso da democracia ativista, a mobilização das minorias proporciona
um contrapeso às desigualdades estruturais presentes no mundo contemporâneo. Portanto,
também é imprescindível.
Letra c.
Uma poliarquia é um regime com disputas de poder e com ampliação da participação política.
São estas as características que mais se aproximam aos ideais democráticos.
Certo.
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Noções de Teoria Geral do Estado
Henry Pereira
a) Errada. O próprio nome “estado unitário” explica que o poder não é repartido a uma multipli-
cidade de organizações governamentais.
b) Errada. Não faz sentido que órgãos oriundos da descentralização de um estado unitário
tenham autonomia política para a implementação do comando central, isso seria uma resigna-
ção da própria soberania, que resultaria na criação de um outro estado superior que controla
este estado inicial.
d) Errada. O federalismo por agregação surge quando vários estados decidem voluntariamente
se agregar. Não se trata de um estado unitário que se descentralizou.
e) Errada. O federalismo dual não tem uma repartição de atribuições flexível, e geralmente não
existe cooperação entre seus membros.
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Henry Pereira
Letra c.
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Henry Pereira
Professor. Advogado. Bacharel em Direito pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (2020). Pós-
graduando em Direito Processual Civil pelo Grupo Uninter.
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