Você está na página 1de 26

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

FELIPE DOS PRAZERES E JOSÉ CARLOS GOMES

DIREITO PRIVADO

CACHOEIRA

2021
FELIPE DOS PRAZERES E JOSÉ CARLOS GOMES

DIREITO PRIVADO

Trabalho de avaliação acadêmica


apresentado ao curso de
Administração da Faculdade
Adventista da Bahia, como
requisito parcial para obtenção de
Bacharel em Administração.
Orientador(a): Adriano Feitosa,
Instituições de Direito Público e
Privado.

CACHOEIRA

2021
RESUMO

Nesse artigo será abordado a diferença entre o direito público e privado,


seus ramos do direito privado e seus princípios de atuação, o direito privado é
formado por nomas que que abrangem as relações que existem nas partes
particulares que é de forma direta regente da vida privada, as relações que
abrangem as partes patrimoniais e sucessões. São apresentas as subdivisões
do direito público é do direito privado para comparar as duas divisões do direito
para poder distinguir os mesmos, a seguir é abordado os seus princípios vemos
a sua definição elas são muito importantes para a norma jurídica dentro de seu
ordenamento que ao mesmo tempo dão uma função de interpretação para o
direito privado. Elas também são importantes para a limitação de atuação do
direto privado, tonando impossível a atuação do mesmo foda do alcance desses
princípios.
E por fim é citado que o direito privado é dividido em ramos onde estão
incluídos os seguintes ramos: direito civil, direito empresarial, ou seja, o código
civil, que é a reunião que de todas as leis que estão no direito civil, ela tem como
estrutura duas grandes partes: a parte geral ela serve a qualquer área do direito
civil e a área especial que se trata de certos assuntos específicos.

Palavras-chave: Direito privado. Estado. Particulares. Código Civil. Interesses


individuais.
LISTA DE FIGURAS

Ramos do direito: ............................................................................................. 9

Direito privado :.............................................................................................. 13


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................ 6

2. NOÇÕES DE DIREITO............................................................................ 7
2.1. NORMAS JURÍDICAS E NORMAS SOCIAIS..................................... 7

3. DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO ............................................. 8


3.1. AS SUBDIVISÕES DO DIREITO PÚBLICO ..................................... 10
3.2. SUBDIVISÕES DO DIREITO PRIVADO ........................................... 10
3.2.1. Direito privado ........................................................................... 11
3.2.2. Art. 40 do Código Civil: pessoa jurídica .................................. 12

4. SOBRE OS PRINCÍPIOS NO DIREITO ................................................ 14


4.1. O PÓS-POSITIVISMO E OS PRINCÍPIOS ....................................... 16

5. PRINCÍPIOS BASILARES DO DIREITO PRIVADO ............................. 17


5.1. PRINCÍPIO DA PERSONALIDADE .................................................. 17
5.2. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DA VONTADE ................................... 18
5.3. PRINCÍPIO DA INTANGIBILIDADE FAMILIAR................................. 19
5.4. PRINCÍPIO DA PROPRIEDADE INDIVIDUAL .................................. 19
5.5. PRINCÍPIO DA LEGITIMIDADE DA HERANÇA E DO DIREITO DE
TESTAR ................................................................................................ 20

6. CAMPOS DE AÇÃO DO DIREITO PRIVADO ...................................... 21

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................. 22

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 23

ANEXOS .......................................................................................................... 25
6

1. INTRODUÇÃO
A maioria das leis de Roma tratava das relações entre as pessoas e o Estado,
enquanto as interações entre indivíduos particulares eram regulamentadas
principalmente pelas tradições e costumes. Por isso, as leis romanas se orientavam
muito mais a regulamentar a vida em sociedade, como por exemplo o funcionamento
do serviço militar, o que era considerado crime, quem podia participar do Senado etc.
Essa dicotomia entre direito público e privado foi reforçada durante as
revoluções do século XVIII, em especial a Revolução Francesa, quando vários
pensadores teorizaram as diferenças entre ambos os direitos e a necessidade de
controlar as funções estatais.
O Direito é uma Ciência (Ciência Jurídica e Social) e fala precipuamente sobre
o homem. O Direito é feito pelo homem, assim como todas as ciências. Para uma
melhor análise das ciências, Francis Bacon sugere o método à “Uma atividade pré-
organizada de investigação empírica, para que o homem possa compreender a
natureza, a fim de modificá-la”. Desta forma, mesmo sendo o Direito uma ciência una,
foi ele dividido, para atender um anseio didático, facilitando seu aprendizado. E foi
dividido em Direito Público de um lado e Direito Privado de outro.
O Direito Público, por sua vez, é dividido em Interno e Externo. Conforme lição
extraída de Hely Lopes Meirelles, o Direito Privado tutela predominantemente os
interesses individuais, de modo a assegurar a existência das pessoas em sociedade
e a fruição de seus bens, quer nas relações indivíduo a indivíduo, quer nas relações
de indivíduo com o Estado, sendo aplicado como Direito Civil, Direito empresarial,
Direito do Trabalho e Direito do Consumidor.
O Direito Público Externo destina-se a reger as relações entre Estados
soberanos e as atividades individuais no plano internacional. Já o Direito Público
Interno visa regular, precipuamente, os interesses estatais e sociais, cuidando só
reflexamente da conduta individual.
Conforme essa explicação sobre a natureza jurídica dos direitos, o direito
administrativo é um dos ramos do direito público, pois rege a organização do Estado
para satisfação dos interesses da sociedade.
7

2. NOÇÕES DE DIREITO1

Existe pelo menos cinco definições da palavra “direito”. É percebível claramente


essas cinco definições nas frases que estão apresentadas a seguir:
➢ direito brasileiro é contra o duelo.
➢ É direito do estado fazer as cobranças de impostos.
➢ O trabalhador tem por de direito o seu salário.
➢ O direito ter seus próprios métodos de estudos.
➢ O direito tem como parte principal o setor da vida social.
Para Montoro (1983). Aquele que pronuncia a primeira frase, mostra que as
normas que constitui o Direito não permitem o duelo. Na segunda expressão quer falar
de uma faculdade, ou seja, uma prerrogativa que o Estado tem. No terceiro frase, a
palavra “direito” está indicando o termo justiça – ou aquele que trabalha honestamente
e faz todas as suas obrigações, acha justo não receber salário no fim do mês? Na
quarta hipótese, Montoro (1983) se refere a uma ciência estudada academicamente
cujo nome também é Direito. E finalmente, na quinta frase, a palavra “direito” é
utilizada com o sentido de fato social.
Mas não para por aí, ainda há várias outras formas de se utilizar a palavra
“direito”. Mas as cinco palavras contidas nas frases acima citadas são apenas as
principais para que a haja a compreensão e melhor esclarecimento sobre as
instituições de direito público e de direito privado, e em nosso trabalho abordaremos
e esclareceremos o nosso tema em cima dessas cinco acepções.

2.1. NORMAS JURÍDICAS E NORMAS SOCIAIS

Até a pessoa que menos entende sobre o tema direito sabe que as normas por
ele apresentadas rege os termos que são importantes para regulamentar as ações
dos seres humanos e de suas condutas para com a sociedade é assim prevenir os
conflitos entre eles. Então entendemos como as normas e objetivo de o direito levar
paz social dos indivíduos de qualquer ameaça que os rodeia. Mas com essas
afirmação apresentada sobre para que serve o direito nos leva a pensar, mais se o
direito serve para levar a paz social, é levado a dar um pouco de descredito já que o

1
Desenvolvimento: os tópicos de 2 a 3.2.2. foram escritos por Felipe dos Prazeres.
8

nosso mundo não está vivendo essas paz que é descrita e esperada e não está
evidente nos dias atuais, isso é uma verdade, não é de fato difícil perceber tal coisa,
mas o que acontece é quer o direito não é exatamente para solucionar o conflitos, se
assim é pensado pois a concepção é errada, pois o direito é não sozinho entre outros
métodos que serve para dar uma direção ou seja, para que possa haver uma
organização na sociedade se assim a mesma desejar.
Agora se pegue imaginando se a humanidade não houvesse criado nem uma
norma ou limite a liberdade para a sociedade, ela estaria em um verdadeiro caos, seria
ruim para todos. Imagine se as pessoas pudessem ir i vir quando bem entendessem?
ou estar no lugar quando quisessem estar? como estaria os trânsitos hoje? ou os
hospitais? ou os bares provavelmente estariam cheios de crianças, para tudo e para
todos existe um limite ou como diz o ditado: “a liberdade de cada um termina quando
a do outro acaba”.
E quando um determinado grupo dita uma norma ou lei a ser seguida por todos
está sendo dita ou cria-se então a conhecida norma social, as normas sociais são
sadias a partir do momento em que seu principal objetivo seja a manutenção ou
levantamento da ordem e bem estrutura da convivência entre a sociedade.

3. DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO

No decorrer da história do direito, estudos mostram que ele tem sido dividido
em dois grandes grupos, que se denominam de um lado direito público e do outro o
direito privado. Bom, mas ao observar diversos estudos é capaz de perceber que essa
descrição não e bem concreta, pois pode se encontrar vários vestígios de ramos do
direito público atuando no direito privado e assim vice-versa. Mas essa distinção
mesmo não sendo concreta ela é a que está apta a nos ajudar a entendermos os dois
conceitos em si, pois a partir dos mesmos entender suas variações, é citado um
exemplo bem assertivo sobre esse conceito, que diz: “é como após conhecer o preto
e o branco, está apto a classificar as coisas em vários tons de cinza”, quer nos dizer
quer essa definição é essencial para termos o norteia, sabermos definir e mesmo com
sem ou muita dificuldade, nos orientando sempre para o rumo certo sobre as
definições do direito. Mas enfim o que é realmente o direito público é o direito privado?
9

Direito público: o direito público é definido como aquele em que o sujeito seja
o próprio estado ou os cidadãos.
Direito privado: já o direito, direito privado rege e defende os interesses dos
particulares, atua entre as relações dos particulares ou seja: “de particular para
particular”.

Observemos agora na figura representada abaixo, que retrata os seus ramos:

DIREITO DIREITO
DIREITO
PÚBLICO PRIVADO

RELAÇÃO: estado – RELAÇÃO: partícula –


cidadãos. particular.
EX: direito constitucional, EX: direito comercial, direito
direito Internacional, direito do consumidor, direito do
penal trabalho.

Figura 1: ramos do direito.

Mas é bem verdade que o direito público pode sim se relacionar com o direito
privado, podem se relacionar da seguinte forma, como se fossem outro ínvido no
mesmo plano jurídico (que tenham relações de contrato privadas). Mas, no que
concerne as regras do direito geral se dá o nome de relações de direito público, essas
relações entre o estado e outros demais.
Já nas relações do direito privado, é bem diferente do direito público os seus
métodos, pois o direito privado e os indivíduos que neles estão relacionados estão
sempre em pé de igualdade, o que não se ver no direito público pois se dirigindo de
forma direta quem manda é o estado, pois ele é representante da coletividade, ou
seja, dos cidadãos que neles estão.

Poderíamos continuar a enumeração de critérios propostos. Mas nenhum é,


inteiramente, satisfatório. O que revela o caráter não rigorosamente lógico,
mas sim prático e histórico dessa divisão, que acompanha desde Roma a
evolução do Direito e, apesar das críticas que recebeu durante séculos, não
foi hoje substituída com vantagem por qualquer outra. Montoro (2009, p.457).
10

Como já foi abordado acima sabemos que os critérios de distinção do direito


não são perfeitos, mas ela serve não só de agora mais vem servindo de muito tempo
como o princípio norteador ela é historicamente utilizada por já que ela considerada
suficiente para citar e sabermos observar as peculiaridades de relações em que o
estado está envolvido e participa, ou da quelas em que somente os indivíduos, sejam
ela pessoas físicas e/ou pessoa jurídicas privas integram.

O Direito Público é o conjunto de normas de natureza pública, com forte


atuação do Estado, de caráter social e organizacional da sociedade. Por
sua vez, o Direito Privado visa disciplinar as relações interindividuais e os
interesses privados. São alguns ramos do Direito Público o Direito
Constitucional, Administrativo, Tributário, Financeiro e Penal. Constitui
o Direito Privado os ramos de Direito Civil e Empresarial. Luiza (2018).

3.1. AS SUBDIVISÕES DO DIREITO PÚBLICO

O direito público assim como o direito privado é dividido em subdivisões, para


serem mais bem compreendidas e mais bem interpretadas, que tem como o principal
objetivo esclarecer e nos fazer compreender as arias adversas e especificas do
direito público na produção de variadas normas sociais. Bom variando de algumas
expressões de livro para livro, os ademais são expressas como principais ramos do
direito público, que são eles:
➢ O direito constitucional;
➢ O direito administrativo;
➢ O direito tributário;
➢ O direito processual;
➢ O direito penal; e
➢ O direito Internacional.

3.2. SUBDIVISÕES DO DIREITO PRIVADO

Sobre as normas que rege o direito privado estão a quelas que vemos citadas
acima, elas mesmo: as que regem as relações entre particulares, ou seja, elas são
definidas por pessoas físicas e pessoas jurídicas, que não estão a integrar o direito
público ou seja fazer parte da estrutura do estado.
11

o direito privado tem diversos ramos mais o que ganhou voz ou tem maior
destaque é o direito civil, que conhecemos ou é conhecido por muitos como o direito
privado comum, definido assim porque ele rege os interesses familiares, pessoais e
também os patrimônios dos indivíduos. A que no brasil a grande parte das normas
estabelecidas estão à disposição do mais famoso e conhecido como o código civil.
E as suas subdivisões de acordo com o código civil são:
➢ o direito comercial;
➢ o direito do consumidor;
➢ o direito do trabalho; e por fim
➢ o direito internacional privado.

3.2.1. Direito privado

O prof. MIGUEL REALE, em seus estudos ‘lições preliminares de direito,’ na


9ª edição Saraiva, s. Paulo, 1981, inicia que nos faz lembrar que ‘toda a forma de
conhecimento filosófico científico indica existência de princípios, isto é, de certos
enunciados nos pulsos admitidos como condições ou base de validade das demais
ações que compõem dado campo de saber’. Muito se é debatido sobre o as fontes
do direito, saber as bases é o que se entende como princípio é necessário para o
compreendimento do assunto, e como se entender o que é princípio.

princípio era uma fonte, uma causa de ação, tornando-se um freio dos
fenômenos sociais. Já Cícero, analisando o conjunto de codificação civil
romana, diz que os princípios serviriam para resolver casos novos. Assim,
é de se perceber que na antiguidade os princípios eram tidos como fonte de
direito natural. Aristóteles.

Na antiguidade se percebe de acordo com a passagem que os princípios para


eles eram tidos como uma base e fonte do direito natural. Na época da antiguidade
o direito público era sim mais ativo que o direto privado pois ele prevalecia sobre o
direto público pois o estado atuava muito, onde se atuava as classes
autossuficientes e também as classes hipossuficientes eram sempre atendidas,
então era percebível que essas relações eram predominantes com o poder público.
Mas depois disso com o aumento excessivo de indústrias e comércios o direito
privado da quele tempo foi ganhando cada vez mais força, com o interesse do
indivíduo de ter em seu lado leis que regem seus negócios.
12

Ocorre que atualmente o mundo passa por uma transformação onde o


Estado é declarado como ineficiente, a política neoliberal imposta pela
globalização impõe a desestatização, ressaltando cada vez mais as
relações privadas. Com isso, é de identificar que o direito privado
atualmente goza de codificação própria que disciplina a base de seus
institutos e de sua aplicação; goza de um piso mínimo de direitos e garantias
fundamentais fruto da contribuição do Estado, tendo assim uma plataforma
mais ampla que requer apenas regras da função institucional do direito
privado permitindo a integração entre os diversos ordenamentos. Sergio
Gabriel.

De antemão, o direito privado defini como surgiu as normas ordenamento que


rege o ser jurídico, ao mesmo tempo em que se deve uma definição que interpreta
ao direito privado.

3.2.2. Art. 40 do Código Civil: pessoa jurídica

Comparado e percebível em alguns artigos, as relações privadas de pessoas


jurídicas também são feitas e baseadas no conhecido Código Civil. Contudo, a
pessoa jurídica pode ter natureza distinta, tal qual explorado pelo art. 40 do Código
Civil de 2002.
Baseado no art. 40 do código civil, a pessoa jurídica poderá ser classificada
como:
direito privado:
associações;
sociedades;
fundações;
organizações religiosas;
partidos políticos.
Que o direito privado deve ser visto como um todo, como já vimos em cima o
direto público tem atenuantes no direito privado e assim vice-versa, tanto que é
comum encontrar essas atenuantes nos diplomas estudados e constituídos do direito
privado, destacam-se abaixo normas e classificações do direito privado, que mesmo
que tenham participações e excreções no direito público, eles fazem parte da
natureza privada.
Como também é citado na figura abaixo:
13

DIREITO PRIVADO
Direito civil
Direito comercial
Direito agrário

Direito marítimo
Direito do trabalho
Direito do consumidor
Direito aeronáutico
Figura 2: direito privado.

Para finalizarmos essa tradução e esse conhecimento que está sendo


buscado de na pesquisa a que incluídas no texto em páginas foi citado o significado
que mais complementa essa parte do direito que é tão legal e importante de se
entender e de ter acesso. Será abordado agora um pedaço dessa definição mais
que tem como altor desconhecido em uma página.

Direito privado é o ordenamento jurídico que rege os interesses


particulares. Questões como patrimônio familiar e sucessões são matéria do
Direito Privado, que está dividido entre o Direito Civil e o Direito Empresarial.
Ver o significado de Ordenamento Jurídico. O direito privado tem a função de
regular as relações entre os particulares, levantadas em seu nome pessoal e
proveito. Trata-se de um ramo do direito constituído pelo direito civil e pelo
direito comercial, entre outros. O direito privado seria o responsável por
regulamentar as relações jurídicas entre os particulares. Assim, os
particulares pactuam de acordo com sua vontade, o que não os permite,
entretanto, desobedecer aos dispositivos infraconstitucionais e
constitucionais. Ator desconhecido.

Será abordado em continuidade alguns temas importantes para a melhor


compreensão dessa parte do Direito que é o direito privado. Veremos os ramos do
direito e seus princípios.
14

4. SOBRE OS PRINCÍPIOS NO DIREITO2

Segue a definição de “princípios gerais de direito” segundo (GUIMARÃES,


2021, p. 211): “são critérios maiores, muitas vezes não escritos, que estão presentes
em cada ramo do Direito”. É difícil pensarmos nas normas do Direito sem os princípios,
da mesma forma como é confuso tentar entender os princípios sem os preceitos
morais (valores). Nitidamente, os três possuem uma interdependência no âmbito
social e jurídico, parecendo ser uma tríade inseparável quando ligada à regulação dos
atos individuais e do convívio em sociedade.
No decorrer do tempo, à medida que o homem se desenvolvia politicamente e
exercia sua capacidade jurídica adquirindo direitos e contraindo obrigações; novos
valores iam surgindo nas relações civis, enquanto outros também enfraqueciam ou
desapareciam. Por isso, indivíduos que viviam em momentos diferentes do passado
poderiam ter defendido valores que hoje são desconceituados para as populações
modernas e vice-versa, tendo essas diferenças de construções éticas definido o
porquê de certas condutas (TEBAR, 2017).
Ao atentarmos para o sentido de princípio e sua natureza legitima, podemos
encontrar auxílio na filosofia do direito, na qual alguns juristas, filósofos e
jurisconsultos deram do seu esforço intelectual importantes explicações que
auxiliaram no entendimento e melhor aplicação desses prolegômenos do âmbito
constitucional do Direito, tanto sua contemplação no jus privatum como no jus
publicum. Segundo alude (REALE, 2003, p. 37), conforme citado por (Castro, 2012)
os princípios podem ser descritos como:

[...] enunciações normativas de valor genérico, que condicionam e orientam


a compreensão do ordenamento jurídico, a aplicação e integração ou mesmo
para a elaboração de novas normas. São verdades fundantes de um sistema
de conhecimento, como tais admitidas, por serem evidentes ou por terem sido
comprovadas, mas também por motivos de ordem prática de caráter
operacional, isto é, como pressupostos exigidos pelas necessidades da
pesquisa e da práxis.

Essas normas de valores que são bases para leis, decisões políticas, formas
de comportamento e outras implicações partem de evidências reais no mundo
sociopolítico e por serem comprovadas podem fundamentar o exercício da cidadania

2
Desenvolvimento: os tópicos de 4 a 6 foram escritos por José Carlos Gomes.
15

e da justiça, sabendo que essas não seriam o que são hoje sem aqueles rudimentos
da moralidade. Dimitri Dimoulis (2003) explica que “a norma diz ao destinatário aquilo
que deve fazer em relação à conduta descrita. Assim sendo, relaciona o ser da
conduta descrita (...) com o dever ser de certas prescrições”, apud (TEBAR 2017, p.
3). Com base nisso, as práticas civis das pessoas precisam de uma norma maior que
determine e vincule o dever ao fazer nas relações coletivas. Os princípios não só ditam
papéis morais individuais, como também “fornece diretrizes que embasam uma
ciência e visam à sua correta compreensão e interpretação” (Castro, 2012).
Para termos uma noção mínima de como os princípios fazem parte do alicerce
do direito, verifiquemos o que consta no art. 4º da LINDB onde está expresso que
“quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes
e os princípios gerais de direito.” Isso quer dizer que, quando houver lacunas na lei e
não tiver respostas para determinada situação judicial o juiz poderá recorrer,
respectivamente ao que foi listado no artigo acima; em terceiro lugar, aos princípios
gerais do direito. No tocante a isso, (CARVALHO I. C., 2014) comenta:

Assim, primeiro se recorre à analogia. Não encontrada resposta com base


nesse recurso, procura-se a solução nos costumes. Sendo esses
insuficientes, a resposta deve ser buscada nos princípios gerais de direito.
Finalmente, se esses não existirem, nada informarem para a solução do caso
ou se afigurarem controversos, dever-se-á recorrer à equidade, quando então
o juiz terá discricionariedade para decidir.

Conforme explicita (REALE, 2002), os princípios são divididos em três classes,


sendo, a partir desse arranjo, os princípios gerais de direito classificados como
monovalentes, isto significa que eles possuem validade unicamente em sua própria
ciência, apud (Castro, 2012). Finalmente, à guisa de conclusão desse primeiro tópico
podemos ressaltar outra ideia filosófica de (REALE, 2002, p. 60) acerca da concepção
de “princípios”:

Princípios são, pois, verdades ou juízos fundamentais, que servem de


alicerce ou de garantia de certeza a um conjunto de juízos, ordenados em um
sistema de conceitos relativos a dada porção da realidade. Às vezes também
se denominam princípios certas proposições que, apesar de não serem
evidentes ou resultantes de evidências, são assumidas como fundantes da
validez de um sistema particular de conhecimentos, como seus pressupostos
necessários.
16

4.1. O PÓS-POSITIVISMO E OS PRINCÍPIOS

O pós-positivismo é uma teoria posterior ao positivismo moderno, e esse, por


sua vez, era posterior e antagônico ao Direito natural. Esse movimento do pós-
positivismo é nupérrimo e funcionou como uma crítica ao positivismo e a outras
particularidades filosóficas do pensamento de estudiosos do Direito. Uma de suas
facetas é a escola do Constitucionalismo Moderno, que é apresentada por
(CARVALHO A. T., 2009, p. 74) da seguinte forma:

[...] difundida no Brasil por LUIS ROBERTO BARROSO, cujos traços


característicos são a ascensão dos valores, o reconhecimento da
normatividade dos princípios e a essencialidade dos direitos fundamentais.
Tal escola traz a discussão ética para o direito, exaltando os princípios
constitucionais como síntese dos valores abrangidos no ordenamento jurídico
que dão unidade e harmonia ao sistema. O direito é visto como uma mistura
de regras e princípios, cada qual desempenhando papéis diferentes na
compositura da ordem jurídica. Os princípios, além de atribuírem unidade ao
conjunto normativo, servem como guia para o intérprete, que deve pautar-se
neles para chegar às formulações das regras.

A autora descreve que nessa vertente do Constitucionalismo moderno “...O


direito é visto como uma mistura de regras e princípios, cada qual desempenhando
papéis diferentes na compositura da ordem jurídica” (CARVALHO A. T., 2009, p. 74).
Com isso realçado, está claro que os princípios foram estudados cada vez mais em
uma perspectiva “normativista”, visto que as outras teorias estavam sendo
confrontadas diante de novas compreensões e estudos feitos ao longo do período
moderno.
Um dos motivos por que as ideologias pós-positivistas precisaram surgir como
crítica ao positivismo foi o fato de os princípios éticos no século XX estarem sendo
distorcidos durante o domínio nazista (Alemanha) e fascista (Itália), os quais usaram
o positivismo como supedâneo para suscitar o caos, o autoritarismo e a discriminação
racial (NUNES & SEROTINI, 2011)
17

5. PRINCÍPIOS BASILARES DO DIREITO PRIVADO

Ao fazermos uma releitura da relação entre os particulares podemos perceber


dois princípios elementares da relação privada, os quais são: o princípio da igualdade
das partes e o princípio da legalidade ampla, que segundo (Ferreira, 2010), o primeiro
descreve a relação no direito privado como acontecendo entre partes juridicamente
iguais; e o segundo, baseia-se na ideia de que aos particulares é conferido maior
noção de liberdade jurídica. A posteriori, serão destacados os princípios do CC, que
apresentam leis que regem os interesses privados.

5.1. PRINCÍPIO DA PERSONALIDADE

Esse princípio determina que as pessoas com a sua existência são sujeitas a
direitos e obrigações, haja vista que não se pode negar-lhes um bem que já nasce
com elas, que a cada um é inerentemente irrevogável, intransferível e inamovível. O
Código Civil, Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, estabelece que:

Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade
são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer
limitação voluntária.
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento
do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer
cessar ato contrário a esta norma.

O princípio da personalidade é descrito por (MORAES, 2019) nos termos


abaixo:

[...] o mais importante no tocante a direitos fundamentais pois esse é o que


dita que toda pessoa devido a sua condição inerente como ser humano
possui uma alta quantidade de direitos inalienáveis dos quais gozam e não
lhes podem ser retirados, se ganha com o nascimento com vida e se perde
com a morte, ele é essencial no tema de direitos fundamentais pois ele
determina, através dos dispositivos que partem desse princípio os titulares de
direitos essenciais ao ser humano, como nome e imagem, e também regendo
direito patrimoniais.

Sobre esse princípio recai debates atinentes à sua subjetividade constitucional,


existem autores que falam da ideia de que esse princípio pode ser considerado
híbrido, ou melhor, ele pertence aos direitos que regem relações tanto entre
particulares, como entre cidadãos e o Estado. (DE ASSIS ZANINI, Leonardo Estevam
et al, 2018, pag. 217) afirmam que “se consideramos os direitos da personalidade,
18

pelo fato deles terem sido constitucionalizados, como uma categoria híbrida, o mesmo
raciocínio deverá ser seguido com todos os demais direitos previstos na Constituição”.
Partindo desse ponto de vista, eles querem dizer que, se for considerado o direito da
personalidade uma característica hibrida, isso pode ser visto também sobre os outros
direitos que são próprios de direito privado. Com isso, eles concluem que a “maciça
ingerência do direito público na esfera individual acaba por provocar a socialização da
personalidade do ser humano”.
Os direitos da personalidade, regidos pelos seus próprios princípios, não
podem ser coletivizados por uma arbitrariedade pública, porque são “intransmissíveis
e irrenunciáveis” conforme o citado no início do tópico nos arts. 11 e 21 do CC. Já
que, dessa forma o direito privado poderia sofrer extinção e levar “ao reconhecimento
de que no Brasil só existem direitos híbridos e direitos públicos” de acordo com (DE
ASSIS ZANINI, Leonardo Estevam et al, 2018, pag. 217)

5.2. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DA VONTADE

Juridicamente podemos dilucidar esse princípio como aquele que defende a


liberdade que os particulares têm para agir e adquirir obrigações, como contratar
serviços ou negócios jurídicos que preferirem e que são considerados lícitos por lei.
(SANTOS, 2001) o descreve dessa maneira:

O princípio da autonomia da vontade preceitua terem os indivíduos, desde


que dotados de capacidade jurídica, o poder de praticar atos e assumir
obrigações de acordo com a sua vontade. Sua origem está vinculada aos
ideais iluministas surgidos no século VIII, cujo foco era o indivíduo, em cuja
liberté e igalité, pregadas pela Revolução Francesa está basicamente
assentado.

Isso também vale no sentido de não ser lícito coagir alguém a fazer o que não
tem vontade ou contratar negócios os quais não tem interesse. Referente aos
contratos, (SANTOS, 2001) também esclarece que:

Em suma, o princípio da autonomia da vontade compreende a liberdade de


contratar - decidir se e quando estabelecer uma relação jurídica contratual; a
liberdade de escolher o outro contratante; e a liberdade de determinar o
conteúdo do contrato - optar por uma das modalidades de contrato reguladas
em lei, com introdução das modificações que considerar necessárias, ou por
um contrato inominado, totalmente distinto dos modelos regulados. Não é um
princípio absoluto, pois: a) não se pode contratar o que for contrário à lei ou
aos bons costumes; b) em determinadas situações - monopólios estatais, por
19

exemplo - não se pode escolher o outro contratante; e c) nos contratos de


adesão não é possível exigir alterações específicas.

5.3. PRINCÍPIO DA INTANGIBILIDADE FAMILIAR

No art. 226 da Constituição Federal está a norma áurea que rege esse princípio
que diz precisamente que “a família, base da sociedade, tem especial proteção do
Estado”. Nesse mesmo artigo temos as prescrições legais que estabelecem o
casamento, a união estável, a formação familiar, a igualdade conjugal, o divórcio etc.
A família é regida por princípios positivados pelo Estado e por princípios morais que
residem na composição social familiar.
Esse princípio normativo é regido por vários outros princípios que se
comunicam em favor da proteção e da integridade humana, um desses princípios que
está ligado ao direito da família é o princípio de proteção da dignidade da pessoa
humana (art. 1º, inc. III, da CF) que é definido por Ingo Wolfgang Sarlet (2015, p. 124)
como:

O reduto intangível de cada indivíduo e, neste sentido, a última fronteira


contra quaisquer ingerências externas. Tal não significa, contudo, a
impossibilidade de que se estabeleçam restrições aos direitos e garantias
fundamentais, mas que as restrições efetivadas não ultrapassem o limite
intangível imposto pela dignidade da pessoa humana (apud Tartuce, 2007).

5.4. PRINCÍPIO DA PROPRIEDADE INDIVIDUAL

Na Constituição da República Federativa do Brasil, em seu art. 5º, incisos XXII


e XXIII está expresso que, “é garantido o direito de propriedade” e que “a propriedade
atenderá a sua função social”. O princípio da propriedade individual traz às normas
que regem esses direitos a garantia da posse, mesmo que limitada, sobre bens moveis
e imóveis. A função social delimita esse princípio e regulamenta que a propriedade
precisa que seus componentes naturais e sociais sejam conservados, conforme o que
está previsto no art. 1.228, §§1º e 2º do Código Civil.
De acordo com (PINTO, 2013, p. 77) o direito de propriedade pode se dividir
em usar, gozar, dispor e reivindicar, e são descritos conforme segue:

Usar: consiste em utilizar-se da coisa no seu próprio interesse, ou seja, extrair


da coisa todos os benefícios ou vantagens que ela puder prestar, sem alterar-
20

lhe a substância. O direito de propriedade não exige o uso. O uso é uma


faculdade. Mesmo que o proprietário não use, não se perde a propriedade.
Gozar: significa que o proprietário pode retirar da coisa as suas utilidades
econômicas, como, por exemplo, os frutos naturais, industriais e civis, além
dos produtos. É uma faculdade do proprietário.
Dispor: é a faculdade de alienar a coisa, seja onerosa ou gratuitamente.
Reivindicar: não é uma faculdade, é um direito subjetivo. Concede ao
proprietário o direito de recuperar a coisa que lhe foi injustamente retirada,
para restaurar o seu patrimônio. Neste caso, existe a ação reivindicatória,
cuja autoria é exclusiva do proprietário.

5.5. PRINCÍPIO DA LEGITIMIDADE DA HERANÇA E DO DIREITO DE


TESTAR

No art. 5º, inciso XXX da CF está escrito que “é garantido o direito de herança”.
Essa norma é regida pelo princípio que determina às pessoas a capacidade de
transferir bens a outros por meio de testamentos e receber herança conforme
estipulado na lei de sucessão e herança. O art. 1.857. do Código dispõe que “toda
pessoa capaz pode dispor, por testamento, da totalidade dos seus bens, ou de parte
deles, para depois de sua morte”. No art. 1.829 do CC está previsto os legítimos da
sucessão o qual exprime que “a sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: I -
aos descendentes; II - aos ascendentes; III - ao cônjuge sobrevivente; IV - aos
colaterais”.
Segundo (LÔBO, 2015, p. 36) o “direito à herança não se confunde com direito
a suceder alguém, porque antes da morte não há qualquer direito a suceder”. O autor
também explica o seguinte sobre as diferenças entre a herança e a sucessão na CF:

A Constituição não se refere à sucessão em geral, mas apenas à herança.


Ou seja, foi elevado à garantia constitucional o direito daqueles que se
qualificam como herdeiros de quem morreu (autor da herança), mas não
qualquer sucessor. A Constituição não define quem seja herdeiro, o que
remete ao legislador infraconstitucional. Todavia, este está limitado ao fim
social da norma constitucional, que é a proteção das pessoas físicas que
tenham com o autor da herança relações estreitas de família ou de
parentesco. Todos os demais sucessores têm tutela restritamente
infraconstitucional e desde que não afetem a preferência atribuída pela
Constituição aos qualificados como herdeiros. Os legatários, sejam eles
pessoas físicas ou jurídicas, entes ou entidades não personificadas, são
sucessores, mas não são herdeiros.
21

6. CAMPOS DE AÇÃO DO DIREITO PRIVADO

Primariamente, por motivos didáticos, é considerado que o Direito seja dividido


em dois ramos gerais, o Direito Público e o Direito Privado. Essa divisão remonta ao
direito romano no qual Domício Ulpiano, jurisconsulto muito importante da época,
propôs com base em suas obras jurídicas tal separação. De acordo com (MAFRA
FILHO) “os campos do Direito Público e do Direito privado são comunicáveis entre si,
embora formados por princípios distintos – os princípios de direito público e os
princípios de direito privado”.
Essa é apenas a primeira ramificação do Direito, já que, somente para o Direito
Privado existem diversas outras áreas nas quais seus princípios influem; referente a
essas subáreas enfatiza-se aqui o Direito civil, que foi explanado aqui no tópico dos
princípios, o Direito comercial (empresarial), o Direito trabalhista e o Direito
internacional privado. À guisa de explicação, como sabemos, o Direito civil rege as
relações sociais e privadas das pessoas, delimitando os regramentos que tratam da
personalidade, da propriedade, das sucessões, da herança, da família, do negócio
jurídico etc. O Direito comercial regulamenta as atividades corporativas e mercatórias
das pessoas jurídicas. O ramo trabalhista, como o nome sugere, organiza as regras
atinentes aos interesses do trabalhador e do empregador, mais especificamente dos
direitos e obrigações previstas no contrato de trabalho. Por fim, conforme aduz
(FILHO, 2009, p. 23) o Direito internacional privado:

Compreende as regras que regulam os problemas ocasionados pelo conflito


de leis de mais de um país onde as pessoas concentrem seus interesses.
Perceba que, uma vez em solo estrangeiro, certos direitos seus ficam
submetidos às regras daquele país. Exatamente como acontece quando você
visita a casa de alguém. Se, por exemplo, um brasileiro casa-se no Brasil, o
casamento fica submetido à legislação brasileira. Quando um brasileiro se
casa com uma estrangeira que more no exterior, por outro lado, surge o
problema da lei a ser aplicada: a brasileira ou a estrangeira. A questão é de
Direito Internacional Privado.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pela observação dos aspectos analisados, entende-se que o direito privado


possui muita relação com a vida social, empresarial, trabalhista e profissional dos
indivíduos. Com o conhecimento desse subgrupo do Direito, as pessoas podem
22

aprimorar sua capacidade para buscar seu lugar de atuação na vida privada com mais
protagonismo e noção jurídica refinados. Se os sujeitos dessa relação física e jurídica
sabem, por exemplo, que existem dispositivos legais que atuam protegendo o
patrimônio e a propriedade individual, eles podem defender-se com categoria contra
ladrões de bens alheios que usam de artimanhas contra aqueles que não conhecem
as normas privadas.
Assim, podemos concluir que, quanto mais conhecemos os ordenamentos
jurídicos, suas funcionalidades legislativas, suas ramificações e suas diferentes
atuações no mundo no qual se aplica o Direito, mais estaremos à frente de muitos
que ignoram esse conhecimento essencial. Esse artigo buscou contribuir com isso,
destacando importantes definições, facetas e explicações que com base em autores
destacados, como Miguel Reale, podem redimensionar a compreensão e intensificar
a disseminação de tudo que foi abordado nesse trabalho acadêmico.
À medida que o tempo avança e as mudanças vão acontecendo nas relações
civis e contratuais, os autores das normas e processos legislativos precisam atualizar
as formas de gestar as diferenças que vão surgindo e organizar as leis para o mais
adequado funcionamento da sociedade. Sem o devido estudo e exploração dos
princípios do Direito privado não é possível a interpretação verossímil do que mudou
e de como adaptar-se a um novo contexto que vem surgindo, daí a importância do
que foi explanado nesse artigo, entender como é hoje esse ordenamento para então
acompanhar o que ele poderá ser futuramente dependendo das revoluções sociais e
contratuais no quadro sociopolítico nacional e global.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ÂMBITO JURÍDICO. Teoria geral dos princípios. Disponível em:


https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-104/teoria-geral-dos-principios/. Acesso
em: 17 mai. 2021.

CARVALHO, Igor Chagas de. Análise crítica do artigo 4º da Lei de Introdução às


normas do direito brasileiro Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 29 de dez de 2014.
Disponível em: https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/42745/analise-critica-
do-artigo-4o-da-lei-de-introducao-as-normas-do-direito-brasileiro. Acesso em: 18 de
maio de 2021.

CARVALHO, A. T. D. TEORIA GERAL DO DIREITO (o Constructivismo Lógico-


Semântico): Publicação de Tese. São Paulo: 2009. p. 74. Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co
_obra=147777
23

DINIZ, Maria Helena. As lacunas do direito, 4ª edição, Editora Saraiva, São Paulo,
1997.

DIREITO LEGAL. DIREITO PÚBLICO X PRIVADO – PRINCÍPIOS. Disponível em:


https://direito.legal/aintdir/25-direito-publico-x-privado-principios/. Acesso em: 20 mai.
2021.

DE ASSIS ZANINI, Leonardo Estevam et al. Os direitos da personalidade em face da


dicotomia direito público-direito privado. Revista de Direito Brasileira, v. 19, n. 8, p.
217, 2018.

FILHO, A. F. D. P. Instituições de Direito Público e Privado. v. 1. Rio de Janeiro:


Fundação CECIERJ, 2009. p. 23.

GUIMARÃES, Deocleciano Torrieri. DICIONÁRIO JURÍDICO. 25. ed. São Paulo:


Rideel, 2021. p. 211.

INSTITUTO BRASILEIRO DE DIREITO DE FAMÍLIA - IBDFAM. Novos princípios do


Direito de Família Brasileiro (1). Disponível em:
https://ibdfam.org.br/artigos/308/Novos+princípios+do+Direito+de+Família+Brasileiro
+(1). Acesso em: 19 mai. 2021.

LORENZETTI, Ricardo Luis. Fundamentos do Direito Privado, Editora Revista dos


Tribunais, São Paulo, 1998.

LÔBO, Paulo. Família: pluralidade e felicidade: Anais do Congresso Brasileiro de


Direito de Família. v. 9. Belo Horizonte – MG: IBDFAM, 2015. p. 36.

MORAES, G. M. C. D. OS PRINCÍPIOS PRESENTES NO CÓDIGO CIVIL DE 2002.


Intertemas, Presidente Prudente, v. 15, n. 15, 2019.

MAFRA FILHO, Francisco de Salles Almeida. DIREITO PÚBLICO E DIREITO


PRIVADO.

NUNES, José Manoel Goes; MADOGLIO, Mariana Carvalio; SEROTINI, André. O


pós-positivismo: conceituação através de uma breve pesquisa bibliográfica.
Caderno de Doutrina e Jurisprudência da Escola de Magistratura da 15ª Região,
Campinas, v. 7, n. 1, p. 6-10, jan. 2011. Disponível em:
http://bdjur.stj.jus.br/dspace/handle/2011/37418. Acesso em: 18 de maio de 2021.

OLIVEIRA, João Rezende Almeida; COSTA, Tágory Figueiredo Martins. instituições


de direito público e privado. Direito Público e Privado miolo gráfica 08-11-2010.pmd

PINTO, L. F. D. A. Direitos Reais: Série Aperfeiçoamento de Magistrados 16. 16. ed.


Rio de Janeiro: EMERJ, 2013. p. 77.

REALE, Miguel. Filosofia do Direito. 19. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. p. 60.
24

SANTOS, L. H. B. D. OS PRINCÍPIOS E OS CONTRATOS A AUTONOMIA DA


VONTADE E A FORÇA OBRIGATÓRIA. Revista Eletrônica Direito UNIFACS, n. 15,
ago./2001.

TEBAR, E. C. C. E. W. B. C. TEORIA GERAL DOS PRINCÍPIOS E SEUS REFLEXOS


PRÁTICOS: O PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ. Intertemas,
PRESIDENTE PRUDENTE, v. 13, n. 13, p. 2-3, jan./2017.

ANEXOS

ANEXO 1: análise do CopySpider

Divisão da escrita do artigo


Felipe dos Prazeres Capa, resumo, introdução e sete folhas
do desenvolvimento.
José Carlos Gomes da Silva Contracapa, sumário, conclusão, sete
folhas do desenvolvimento e formatação
final do artigo.
ANEXO 2: divisão das partes

Anexo 3: comentários dos vídeos


25
26

Você também pode gostar