Você está na página 1de 9

UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR ANHANGUERA

POLO JACUNDÁ
CURSO SUPERIOR TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA
MICAELA FERRAZ CUNHA

PROTEÇÃO RADIOLÓGIACA

JACUNDA – PA
2023/2
MICAELA FERRAZ CUNHA

PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

JACUNDÁ-PA
2023/2
1. INTRODUÇÃO
A Proteção Radiológica ou Radioproteção pode ser definida como um conjunto
de medidas que visam proteger o homem e o ecossistema de possíveis efeitos
indesejáveis causados pelas radiações ionizantes. Para isso ela analisa os diversos tipos
de fontes de radiação, as diferentes radiações e modos de interação com a matéria viva
ou inerte, as possíveis consequências e sequelas à saúde e riscos associados (INEP,
2002).
2. ATIVIDADE PRÁTICA

QUESTÃO 01:

A - O artigo 42 da RDC N° 611 diz:


“O serviço de saúde que utiliza radiações ionizantes para fins diagnósticos ou
intervencionistas deve implementar Programa de Proteção Radiológica que contemple,
no mínimo, medidas de prevenção, de controle e de vigilância e monitoramento, para
garantir a segurança e a qualidade dos procedimentos radiológicos.”
Ou seja, a finalidade do Programa de Proteção Radiológica é garantir que os serviços de
saúde que utilizam a radiação ionizante forneçam ao profissional e paciente condições
de proteção para evitar os efeitos nocivos dos feixes sem prejudicar a qualidade e
benefícios dos serviços à população.
B - Os princípios gerais da proteção radiológica estão contidos no artigo 43 da RDC,
onde diz que todos os procedimentos realizados nos serviços de radiologia diagnosticam
ou intervencionista devem levar em consideração os princípios da justificação,
otimização, limitação de doses e da prevenção de acidentes, garantindo sempre menor
exposição, segurança e qualidade esperada nas imagens e procedimentos.
C - Disposta no artigo 50 e 51 as medidas de prevenção em proteção radiológica devem
complementar:
I - avaliação contínua das condições de trabalho, quanto aos aspectos de proteção
radiológica;
II - classificação dos ambientes, em áreas livres, supervisionadas ou controladas,
segundo as características das atividades desenvolvidas em cada ambiente;
III - sinalização das áreas supervisionadas ou controladas e definição das barreiras
físicas de proteção radiológica e de controle de acesso a esses ambientes.
As salas onde se realizam procedimentos radiológicos diagnósticos ou intervencionistas
devem:
I - ser classificadas como áreas controladas;
II - possuir barreiras físicas com blindagem suficiente para garantir a manutenção de
níveis de dose tão baixos quanto razoavelmente exequíveis, não ultrapassando os níveis
de restrição de dose estabelecidos nesta Resolução;
III - dispor de restrição de acesso e de sinalização adequada, conforme especificado
nesta Resolução;
IV - ter acesso exclusivo aos profissionais necessários à realização do procedimento
radiológico, ao paciente submetido ao procedimento e ao acompanhante, quando
estritamente necessário;
V - dispor apenas dos equipamentos e acessórios indispensáveis à realização dos
procedimentos radiológicos.
QUESTÃO 02:

JUSTIFICAÇÃO: nenhuma prática ou fonte adscrita a uma prática deve ser autorizada
a menos que produza suficiente benefício para o indivíduo exposto ou para a sociedade,
de modo a compensar o detrimento que possa ser causado.
OTIMIZAÇÃO: estabelece que as instalações e as práticas devem ser planejadas,
implantadas e executadas de modo que a magnitude das doses individuais, o número de
pessoas expostas e a probabilidade de exposições acidentais sejam tão baixos quanto
razoavelmente exequíveis (ALARA).
LIMITAÇÃO DE DOSES: as doses de radiação não devem ser superiores aos limites
estabelecidos pelas normas de radioproteção.
PREVENÇÃO DE ACIDENTES: no projeto e operação de equipamentos e de
instalações deve-se minimizar a probabilidade de ocorrência de acidentes (exposições
potenciais). Deve-se desenvolver meios e implementar as ações necessárias para
minimizar a contribuição de erros humanos que levem à ocorrência de exposições
acidentais.
QUESTÃO 03:

A–
Dose Efetiva: a dose efetiva (HE) serve para estabelecer limites de exposição do corpo
todo à radiação, a fim limitar a ocorrência de efeitos cancerígenos e hereditários. Essa
dose refere-se à soma de doses equivalentes nos tecidos e órgãos HT, que é multiplicada
pelo produto do fator de ponderação de tecido ou órgãos WT, e a sua unidade é o
sievert.
Dose Equivalente: a dose equivalente pode ocorrer no tecido ou no órgão (HT), e é
definida para qualquer tipo de radiação, e o meio é o tecido ou órgão. É obtida a partir
da dose absorvida média DT,R no tecido ou órgão T, exposto à radiação de tipo R.

B–
C - Ele consiste na soma de dados indispensáveis para otimizar a proteção radiológica,
averigua o quanto de barreira, blindagem ou barita é necessário nas paredes a qual o
equipamento será instalado. É através dos resultados desses cálculos que se é capaz de
chegar ao melhor tipo de blindagem para cada tipo de equipamento utilizado em
clínicas, hospitais, laboratórios.

QUESTÃO 04:

A - Mecanismo Direto: quando a radiação interage diretamente com as moléculas


importantes como as de DNA, podendo causar desde mutação genética até morte
celular;

Mecanismo Indireto: quando a radiação quebra a molécula da água, formando assim


radicais livres que podem atacar outras moléculas importantes. Esse mecanismo é
importante, uma vez que nosso corpo é composto por mais de 70% de água.

B - Reações teciduais: resultam de dose alta e somente surgem acima de certa dose,
chamada dose limiar cujo valor depende do tipo de radiação e do tecido irradiado. Um
dos principais efeitos é a morte celular: se poucas células morrerem, o efeito pode nem
ser sentido, mas se um número muito grande de células de um órgão morrer, seu
funcionamento pode ser prejudicado. Nessas reações, quanto maior a dose, mais grave é
o efeito. Um exemplo é a queimadura que pode ser desde um leve avermelhamento até a
formação de bolhas enormes. Até recentemente acreditava-se que as reações teciduais
eram efeitos que surgiam pouco tempo após a exposição. Os estudos epidemiológicos
dos sobreviventes das bombas atômicas lançadas pelos americanos no Japão começaram
a mostrar evidências de que há efeitos bastante tardios que resultam de danos nos
tecidos e são doenças vasculares cardíacas e cerebrais além da 192 estudos avançados
27 (77), 2013 opacificação do cristalino, a catarata. Esses efeitos estão sendo
recentemente comprovados com a coleta de dados de pessoas submetidas a radioterapia
e no caso da catarata em médicos intervencionistas.
Efeitos estocásticos: são alterações que surgem em células normais, sendo os principais
o câncer e o efeito hereditário. As recomendações de proteção radiológica consideram
que esse tipo de efeito pode ser induzido por qualquer dose, inclusive dose devido a
radiação natural; são sempre tardios e a gravidade do efeito não depende da dose, mas a
probabilidade de sua ocorrência aumenta com a dose. Os efeitos hereditários ocorrem
nas células sexuais e podem ser repassadas aos descendentes.

QUESTÃO 05:

A: Protetor de Tireóide
B: Avental Plumbífero
C: Óculos Plumbífero
D: Biombo
E: Protetor Gonodal
F: Dosímetro (não é EPI)
3. CONCLUSÃO
A proteção radiologia é essencial para o desenvolvimento das pratica que
envolvem o uso da radiação ionizante para fins diagnósticos ou intervencionistas, dessa
forma sendo necessário que todos os serviços de saúde tenham a consciência de sua
importância para a equipe multiprofissional e o indivíduo ao qual será prestando a
assistência, sempre considerando os princípios da radioproteção e utilização dos EPI’s
garantindo que a quantidade de radiação absorvida não ultrapasse os limites
estabelecidos.
4. REFERENCIAS

RADIOLÓGICA, Proteção. Noções Básicas de Proteção Radiológica. Instituto de


Pesquisas Energéticas e Nucleares. Ipen, 2002.

Você também pode gostar