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Proteçao radiológica:

1)

A) O Programa de Proteção Radiológica é um conjunto de medidas e procedimentos


implementados para garantir a segurança e minimizar os riscos associados à
exposição à radiação ionizante. Ele é aplicado em diversas áreas, como medicina
nuclear, radiologia diagnóstica, radioterapia, indústria nuclear, entre outras. O objetivo
principal do programa é assegurar que a exposição à radiação seja mantida em níveis
seguros para os trabalhadores, pacientes e público em geral. Para isso, são adotadas
medidas de proteção, como o uso de equipamentos de proteção individual, o controle
da fonte de radiação, a implementação de barreiras de proteção e a monitoração da
radiação. Além disso, o programa também engloba a educação e treinamento dos
profissionais envolvidos, a avaliação e gestão dos riscos, a manutenção dos
equipamentos de forma adequada e o cumprimento das normas e regulamentos
estabelecidos pelas autoridades competentes.

B) 1. Princípio da Justificação: Qualquer atividade ou prática envolvendo exposição à


radiação deve ser justificada, ou seja, os benefícios devem superar os riscos
potenciais. A exposição à radiação deve ser evitada ou minimizada sempre que
possível.

2. Princípio da Otimização: Todas as medidas razoáveis devem ser tomadas para


otimizar a proteção radiológica de modo a manter as doses de exposição tão baixas
quanto razoavelmente exequíveis ("ALARA" - As Low As Reasonably Achievable). Isso
envolve a utilização de técnicas e procedimentos que reduzam a exposição à radiação
ao mínimo necessário, sem comprometer a efetividade da prática.

3. Princípio da Limitação de Dose: As doses de radiação a que os trabalhadores,


pacientes e público em geral são expostos devem estar de acordo com os limites
estabelecidos pelas autoridades reguladoras. Esses limites são baseados em
avaliações de risco e buscam garantir que as exposições fiquem dentro de níveis
seguros para a saúde humana.

4. Princípio da Precaução: A incerteza científica em relação aos efeitos da radiação


deve ser levada em consideração na implementação das medidas de proteção
radiológica. O princípio da precaução busca minimizar os riscos potenciais, mesmo
quando não há consenso científico absoluto sobre a magnitude desses riscos.

C) 1. Utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): Os EPIs, como


aventais e luvas de chumbo, são equipamentos que devem ser usados para reduzir a
exposição à radiação.

2. Controle da Fonte de Radiação: A fonte de radiação deve ser mantida sob controle,
com o uso de medidas de contenção e blindagem adequadas.

3. Barreiras de Proteção: As barreiras de proteção, como paredes de concreto ou


vidro, devem ser usadas para reduzir o nível de radiação em áreas públicas e de
trabalho.

4. Monitoramento da Radiação: O monitoramento da radiação deve ser realizado


regularmente em áreas onde a radiação é usada ou produzida.

5. Educação e Treinamento: Os profissionais e trabalhadores envolvidos devem ser


educados e treinados sobre os riscos associados à exposição à radiação e as medidas
preventivas necessárias.

6. Manutenção e Calibração de Equipamentos: Os equipamentos de proteção e


monitoramento devem ser mantidos e calibrados regularmente para garantir seu
funcionamento adequado.

7. Cumprimento de Normas e Regulamentos Estabelecidos: Todas as atividades


envolvendo radiação devem seguir as normas e regulamentos estabelecidos pelas
autoridades competentes, garantindo a proteção radiológica adequada.

2) A proteção radiológica em serviços de radiologia diagnóstica ou intervencionista se


baseia em três princípios gerais, conhecidos como "Princípios das Três Esferas":

1. Justificação: Todos os procedimentos radiológicos devem ser justificados, ou seja,


devem ter uma finalidade clínica ou médica válida e fornecer benefícios diretos ao
paciente. Isso envolve avaliar se os benefícios esperados superam os riscos potenciais
da exposição à radiação.

2. Otimização: Deve-se tomar todas as medidas razoáveis para otimizar a proteção


radiológica, minimizando a dose de radiação recebida pelos pacientes e profissionais
da área de saúde. Isso inclui o uso de técnicas de imagem com menor dose e seleção
cuidadosa dos parâmetros de exposição.

3. Limitação de Dose: É necessário estabelecer limites de dose de radiação para


garantir que as exposições permaneçam dentro de níveis seguros. Os limites de dose
são definidos pelas autoridades regulatórias e são baseados em avaliações de risco
para a saúde humana.
3)

A) A dose efetiva é uma medida da dose de radiação absorvida pelos diferentes órgãos
do corpo, levando em conta a sensibilidade de cada órgão à radiação. A dose
equivalente é uma medida da dose de radiação que leva em conta os diferentes tipos
de radiação e seu potencial de causar efeitos biológicos. A dose equivalente é dada em
unidades chamadas Sievert (Sv), enquanto a dose efetiva é dada em millisieverts
(mSv).

B) Os limites de doses anuais são estabelecidos pelas autoridades regulatórias para


garantir que as exposições à radiação permaneçam dentro de níveis seguros. Para
trabalhadores expostos, o limite anual é geralmente de 20 mSv por ano, com um limite
de dose cumulativa de 100 mSv em cinco anos consecutivos. Para o público em geral,
o limite anual é geralmente de 1 mSv por ano, embora em alguns casos específicos
possa ser mais alto.

C) O cálculo de blindagem é um processo para determinar o nível de proteção


necessária para reduzir a exposição à radiação em uma área específica. Envolve a
consideração de fatores como o tipo e a energia da radiação, a distância da fonte de
radiação e o material usado para criar a blindagem. O objetivo é estabelecer um nível
adequado de proteção que reduza a exposição à radiação a um nível seguro para
trabalhadores e o público em geral. O cálculo de blindagem é frequentemente realizado
por físicos médicos ou engenheiros de proteção radiológica e requer conhecimento
especializado de matemática, física e dos princípios da proteção radiológica.

4)

A) Os mecanismos de ação da radiação ionizante estão relacionados à capacidade da


radiação em interagir com os tecidos do corpo humano. Os principais mecanismos de
ação incluem:

1. Ionização Direta: Nesse mecanismo, a radiação ionizante transfere energia suficiente


para remover elétrons dos átomos dos tecidos do corpo. Isso pode levar à formação de
íons e radicais livres, que podem causar danos diretos ao DNA e outras biomoléculas.

2. Ionização Indireta: Nesse mecanismo, a radiação ionizante interage com moléculas


de água presentes nos tecidos do corpo, gerando produtos químicos altamente
reativos, como radicais hidroxila. Esses radicais livres podem reagir com as
biomoléculas, causando danos oxidativos e levando a efeitos biológicos adversos.

3. Excitação e Ionização de Moléculas: A radiação ionizante também pode excitar as


moléculas presentes nos tecidos do corpo, alterando suas estruturas e funções
normais. Além disso, pode causar ionizações adicionais nos átomos próximos através
de transferência de energia.

B) Quanto à natureza, os efeitos da radiação ionizante podem ser classificados em dois


grupos:

1. Efeitos Determinísticos: Esses são efeitos que apresentam uma relação direta com a
dose de radiação recebida. Eles ocorrem acima de um certo limiar de dose e sua
gravidade está relacionada à magnitude da dose. Exemplos de efeitos determinísticos
incluem queimaduras na pele, danos nos órgãos e sintomas agudos de radiação.

2. Efeitos Estocásticos: Esses são efeitos que podem ocorrer de forma aleatória e não
apresentam um limiar de dose. Eles estão relacionados à probabilidade de ocorrência e
sua gravidade não depende da magnitude da dose. Exemplos de efeitos estocásticos
incluem o desenvolvimento de câncer e mutações genéticas.

5)

A) Protetor de tireóide: é colocado em volta do pescoço do paciente afim de proteger a


glandula tireóide.

B) Colete de chumbo: colete afim de proteger os orgaos vitais do paciente, tanto do


peito quanto do adbomen. Comumente usado para exames de extemidades, e que
pode ser combinado ao protetor de tireóide.

C) Óculos plumbífero: Óculos afim de proteger a visão principalmente do profissional


da radiologia durante o exame.

D) Biombo de chumbo: Usado afim de proteger o paciente e o profissional da radiologia


de exposição desnecessária à radiação.

E) Avental de chumbo: Usado afim de proteger as gônadas do paciente. Sao


prosicionadas no colo do paciente.

F) Dosímetro: Faz o monitoramento da dose de radiação que o profissional recebe


durante a jornada de trabalho, seja quando está operando equipamentos ou apenas
presente em área controlada. O dosímetro é levado para central todo os meses para
medir a radiaçao que o profissional ficou exposto naquele mês, recebendo outro novo
para ser utilizado.

Ressonância Magnética:

1) O TR representa o intervalo de tempo entre a aplicação de um pulso de


radiofrequência (RF) de excitação e a aplicação do próximo pulso de RF. Ele determina
o momento em que a repetição do sinal de radiofrequência é aplicada para criar um
novo sinal de ressonância magnética.

O TE, por sua vez, representa o tempo decorrido entre a aplicação do pulso de RF de
excitação e a aquisição do sinal de eco gerado. Ele está relacionado à
desmagnetização do tecido no campo magnético após a aplicação do pulso de RF, que
resulta no sinal de eco.

A relação entre o TR e o TE está relacionada à forma como o sinal de ressonância é


capturado pela sequência de pulso utilizada na aquisição da imagem. Uma relação
comum é que o TE seja menor que o TR, pois o tempo necessário para a aquisição do
sinal de eco é geralmente menor do que o intervalo necessário entre as repetições dos
pulsos de RF.

Ao ajustar o TR e o TE, é possível controlar características específicas da imagem,


como o contraste e a nitidez. Por exemplo, um TR curto com um TE curto é
frequentemente usado para realçar o sinal de líquido cerebral na imagem, enquanto um
TR longo com um TE longo é usado para realçar o sinal de tecidos sólidos como os
músculos.

3) 1. Triagem adequada: É crucial realizar uma triagem completa dos pacientes antes
do exame de RM. Isso inclui verificar se eles possuem implantes metálicos, dispositivos
médicos ou outros materiais que podem representar riscos durante o procedimento.
Essa triagem adequada ajudará a evitar interações perigosas entre os implantes e o
campo magnético, reduzindo os riscos de lesões para o paciente. Além disso, é
importante solicitar aos pacientes informações sobre histórico médico, cirurgias
anteriores e alergias, a fim de tomar as precauções necessárias durante o exame.

2. Proteção auditiva: Os colaboradores que trabalham em ambientes de RM estão


expostos a altos níveis de ruído durante o funcionamento do equipamento. É
fundamental fornecer aos colaboradores equipamentos de proteção auditiva, como
protetores auriculares, para minimizar o risco de danos à audição a longo prazo. Além
disso, é importante que os colaboradores sejam devidamente treinados sobre os
possíveis riscos auditivos e as medidas de segurança apropriadas a serem tomadas.

3. Treinamento em segurança: Todos os colaboradores envolvidos na realização de


exames de RM devem receber treinamento adequado em segurança. Isso inclui
conhecimento sobre os protocolos de segurança específicos do equipamento,
procedimentos de emergência, gestão de riscos e práticas recomendadas para
manipulação e movimentação de pacientes. O treinamento em segurança deve ser
contínuo e abranger revisões periódicas das diretrizes de segurança, a fim de garantir
que todos estejam atualizados e conscientes das precauções necessárias para
minimizar os riscos associados à RM.

4) A) Difusão, B) Mapa ADC

5) A - Paciente, B - Bobina de rádio frequencia, C - Bobina de gradiente, D - Magneto,


E - Scanner, F - Mesa do paciente.

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