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Escola Pierre Fauchard

Técnico em Saúde Bucal

Módulo
Sumário

Histórico da Radiação

Processamento Radiográfico “Radiologia Odontológica”(conteúdo de ASB)

Técnica Radiográfica (conteúdo de TSB)

Periodontia

Amalgama

Resina

Odontologia Social

Primeiros Socorros
Histórico da Radiação
Introdução

O termo radiografia refere-se a imagens visíveis numa película radiográfica


(filme), e que são obtidas através da exposição dessa película a uma fonte de
energia ionizante. Como numa fotografia, temos a possibilidade de imprimir
imagens diferentes de um mesmo objeto. Se não ajustamos adequadamente o
foco de uma câmera fotográfica, teremos uma fotografia com imagens
embaçadas, sem definição, diferentes da realidade. A variação da altura do
fotografo, distância do objeto a ser fotografado, desvio à esquerda ou à direita
também vão influenciar no resultado final da fotografia. Para que o resultado
final de uma fotografia seja fiel à realidade retratada, algumas regras no uso da
câmera fotográfica, bem como o conhecimento do seu funcionamento e do
posicionamento do seu operador, devem ser respeitadas. Da mesma forma,
para se obter uma radiografia adequada, algumas regras devem ser seguidas e
o conhecimento do material a ser utilizado é imprescindível. Vários
pesquisadores devotaram suas carreiras ao estudo de todos os materiais
envolvidos na execução de uma radiografia e da forma adequada de utilizá-los.
Já que uma das maiores responsabilidades do técnico em saúde bucal (TSB) é
expor, processar e montar radiografias dentais, aprender a operar com
segurança e manter o equipamento radiográfico é essencial. Este capítulo
proverá as informações básicas necessárias para a produção de radiografias
adequadas ao processo de diagnóstico no consultório odontológico.

Histórico

Os raios X foram descobertos no dia 8 de novembro de 1985 por um físico


alemão chamado Wilhelm Conrad Roentgen. A descoberta se deu quando o
físico estudava correntes de alta tensão e conseguiu, durante uma experiência,
imprimir numa película os ossos da mão de sua esposa. A controvérsia sobre o
uso dos raios X se espalhou tão rápido quanto sua descoberta. Vários
cientistas em todo mundo começaram experimentos com raios X. E, 14 dias
após a descoberta, Edmund Kells, nos Estados Unidos, realizava a primeira
radiografia dental. Kells é lembrado até hoje, não só pelo fato de ter sido o
primeiro dentista a utilizar essa técnica, mas por ter padecido em decorrência
de não saber seus efeitos secundários. Convém lembrar que a primeira
radiografia necessitou de um tempo de exposição de 25 minutos para ser
executada. Por 12 anos, o Dr. Kells realizou tomadas radiográfica sem
qualquer proteção ou cuidado; após esse período, vários tumores malignos
começaram a surgir no seu corpo. As mãos foram as primeiras partes afetadas,
mas as lesões espalharam-se rapidamente. No início de 1926, teve seu braço
esquerdo amputado, e vários dedos da mão direita no final do mesmo ano. No
dia 7 de maio de 1928, não suportando a dor física e psicológica que a sua
condição impunha, o Dr. Kells se suicidou.

Ainda que as práticas de segurança moderna com relação à radiação tenham


sido originadas desta triste história, as conseqüências da exposição excessiva
à radiação permanecem em foco na perspectiva pública. Os profissionais
devem ter conhecimento sobre a radiação X para esclarecer as dúvidas dos
pacientes e operar o equipamento com segurança e eficácia.

Efeitos Biológicos da Radiação

Tanto os pacientes como os profissionais da Odontologia preocupam-se com a


absorção da radiação. Quanta energia eletromagnética pode ser absorvida,
com segurança, pelo corpo humano? Esta não é uma pergunta fácil de ser
respondida, em decorrência dos efeitos biológicos causados pela radiação
serem determinados por diversos fatores.

Órgãos Críticos
Tecido \ órgão Efeito de baixas doses de radiação

Hematopoiético leucemia

Tireóide Neoplasia

Seio Neoplasia

Glândulas salivares Neoplasia

Pele Neoplasia

Gônadas Problemas de fertilidade ou mutações

Gravidez Problemas no feto

Olhos Catarata

Podemos enumerar os fatores importantes para manter a prática radiológica


adequada e o mínimo de exposição possível.

 Colimação: O feixe de raio X que deve ser restrito para que o menor
volume possível de tecido seja irradiado.

 Filtragem: Os filtros removem seletivamente a baixa energia dos


raios X, a qual é absorvida pelos tecidos e contribui muito pouco para a
imagem radiográfica.

 Equipamentos: As máquinas de raios X devem sempre estar bem


reguladas. O uso de máquinas de raios X Timers eletrônicos são
preferidos em comparação aos mecânicos, pois são mais exatos em
reproduzir pequenos tempos de exposição. Os braços articuladores de
suspensão devem ser estáveis mantendo sua posição em movimento.
Um programa de manutenção preventiva assegurará uma performance
ótima do equipamento.

 Filme: Devem ser selecionados rápidos, que produzam uma imagem


ótima, com menor quantidade de radiação possível.
 Aventais de chumbo: Devem ser sempre utilizados para proteger o
paciente. Hoje já podemos encontrar no mercado aventais que protegem
não só o tronco como a tireóide.

 Processamento: As condições de processamento filmes devem ser


checadas antes do início da manobra, evitando novas tomadas
radiográficas.

 Posicionadores: Diminuem erros nas tomadas radiográficas,


evitando novas tomadas radiográficas.

 Proteção ao profissional: Manter-se atrás de barreiras de proteção


(biombos com 1 mm de chumbo e 2 mm de aço), e jamais segurar o
filme ou o cabeçote ou ficar no caminho do feixe primário de raios X.
Caso uma criança ou alguma pessoa com problemas motores necessite
de ajuda para segurar o filme, deve-se pedir ajuda a um membro da
família que esteja acompanhando o paciente. Esses familiares devem
ser cobertos com aventais de chumbo e luvas. Manter-se a, no mínimo,
1.8 m da fonte de raios X.

 Desenho do consultório: Paredes com 8 cm de concreto ou 12 de


alvenaria.

 Educação Profissional Continuada: Atualizar-se com relação a novas


técnicas, equipamentos e medidas de segurança.

Efeitos Biológicos da Radiação

Tanto os pacientes como os profissionais da Odontologia preocupam-se


com a absorção da radiação. Quanta energia eletromagnética pode ser
absorvida, com segurança, pelo corpo humano? Está não é uma
pergunta fácil de ser respondida, em decorrência dos efeitos biológicos
causados pela radiação serem determinados por diversos fatores. Esses
fatores incluem a energia e a quantidade de radiação absorvida, o tempo
de exposição à radiação, a área do corpo exposta ou o tipo de tecido
irradiado, fatores ambientais e genéticos.

Os efeitos biológicos podem ser divididos em efeitos de baixas doses de


radiação e efeitos de altas doses de radiação (acima de 50 serem em
todo corpo)
Quando os tecidos absorvem altas doses de radiação, é previsível que
aconteça um dano biológico, mas esse dano não é visto imediatamente.
O tempo entre a exposição à radiação e a evidência clínica de seus
efeitos indesejados é chamado de Período de Latência. Quando altas
doses de radiação são absorvidas, os efeitos indesejados são vistos
após um curto período de latência (semanas ou meses). Portanto, é fácil
relacionar esses efeitos à absorção da radiação. Esses efeitos
dependem do tipo celular ou tecidual irradiado. Quando apenas uma
parte do corpo é irradiada, comparando com exposição do corpo todo
são necessárias doses muito maiores de radiação para produzir uma
resposta. Podemos lembrar da radioterapia com finalidade terapêutica
utilizada para o tratamento de neoplasia malignas, como por exemplo de
altas doses de radiação. Os efeitos adversos mais comuns são a perda
parcial ou total de pelos e o eritema.

Os efeitos das altas doses de radiação não preocupam quanto a


Radiologia empregada no diagnóstico. Já os efeitos associados à
absorção de baixas doses de radiação, que incluem malignidades
induzidas pela radiação, dano local ao tecido e efeitos genético, devem
ser levados em consideração. Os efeitos de baixas doses aparecem
após um longo período de latência. Como o período de latência
envolvido com baixas doses de radiação é longo (anos ou décadas), é
difícil ou mesmo impossível associar uma exposição a uma radiação
específica. Apesar disso, sabe-se que alguns tecidos são
particularmente sensíveis a baixas doses de radiação ionizante. Esses
órgãos são chamados de órgão críticos. Já que as baixas doses são
cumulativas durante toda a vida do indivíduo, é muito importante para o
profissional da área odontológica, reconhecer os órgãos críticos, porque
as medidas de segurança direcionadas a minimizar a exposição a esses
órgão. Os tecidos que têm maior risco de indução de câncer após
radiografias dentais são glândula tireoide, glândulas salivares, seios
cérebro e medula óssea. O risco da radiação induzindo malignidade é
muito pequeno comparado com risco de aparecimento espontâneo.
Ainda assim, é importante que os profissionais da área odontológica
reconheçam o risco potencial e os métodos para minimizar a exposição
enquanto promovem uma informação diagnóstica adequada.
Os profissionais da área odontológica devem estar aptos a responder
dúvidas dos pacientes com relação a radiação emitida durante o usu dos
aparelhos de raios X. Devem-se assegurar ao paciente que os
procedimentos radiográficos foram selecionados para dar importantes
informações para o diagnóstico e que serão utilizadas técnicas
compatíveis para reduzir o risco a níveis aceitáveis.

As radiografias dentais são consideradas seguras para as gestantes. A


radiografia deve ser evitada durante a gravidez quando o feto ou o
embrião poderia estar perto ou no caminho do feixe primário de raios X
(como em radiografias abdominais ou pélvicas). Nas radiografias
dentais, o feixe primário está localizado na região de cabeça e pescoço.
A única radiação a qual o feto ou embrião estará exposto é a
secundária. Tem sido recomendado que se evite radiografias durante o
primeiro trimestre de gestação, particularmente entre a 2ª(segunda) e a
6ª(sexta) semana. De qualquer forma, a decisão final sobre a exposição
radiográfica fica a cargo da paciente e seu médico.

Tabela sobre Sensibilidade dos Orgãos às Altas Doses de Radiação

Baixa Média Alta Sensibilidade

Glândula Salivares Células endoteliais Órgãos linfóides

Pulmões Fibroblastos Medula óssea

Músculos Osso em crescimento Intestino

Cérebro Cartilagem em
crescimento

Coluna Vertebral
Questionário de Radiologia

Descoberta do Raio X

1 Quando foram descobertos os raios X?

2 Por quem foram descobertos os raios X?

3 Como foram descobertos os raios X?

4 Quanto tempo foi necessário para a realização da primeira tomada?

5 O que aconteceu com o Dentista que realizou a primeira tomada?

6 Quais são os fatores que determinam os efeitos biológicos da radiação?

7 Como podemos classificar os efeitos biológicos da radiação?

8 O que é o Período de Latência?

9 Qual o tipo de radiação usada no tratamento do câncer

10 Quais são os efeitos adversos?

11 Por que devemos ter cuidado com as baixas doses de radiação?

12 Quais são os tecidos que tem mais riscos de indução de câncer após a
realização de radiografia odontológica?

13 Gestantes podem realizar radiografia dental?

14 Quais são os órgãos sensíveis a radiação?

15 Quais são os órgãos sensíveis a radiação baixa?

16 Quais são os órgãos sensíveis a radiação média?

17 Quais são as medidas de biossegurança durante a tomada radiográfica para


proteção:

a) Paciente

b) Profissional
Processamento Radiográfico
“Radiologia Odontológica”
Filmes e processamentos radiográficos

Introdução

A radiografia é uma imagem radiográfica de um objeto, obtida com o emprego


dos raios X em lugar da luz. Necessita-se, portanto, para alcançar este
objetivo, um material sensível (filme radiográfico) que se modifique pela
passagem dos raios X, alteração esta que vai ser evidenciada pelas soluções
processadoras, as quais, além de prover o aparecimento da imagem
radiográfica (revelador), ainda a tornam permanente (fixador).

Filmes Radiográficos

O filme de raio-X é o meio utilizado para registrar a imagem radiográfica depois


de ter sido exposto à radiação X e o processado nas soluções adequadas.

Constituição
 Base: Consiste num suporte plano e transparente, feita de poliéster
(plástico) azulada ou esverdeada. Ela é fina e rígida para que possa ser
manipulada adequadamente pelo operador.

 Emulsão: A emulsão corresponde a gelatina e cristais de sais


halogenados de prata que recobre a base em um ou ambos os ladosda
base com espessura uniforme e delgada. Estes cristais são expostos
pelos raios X e após o processamento dão origem à imagem
radiográfica.

 Capas-protetoras: Correspondem à finas camadas de gelatina que


recobrem a emulsão com a finalidade de protegê-la dos contatos
durante a manipulação do filme.

 Embalagem: Corresponde a uma proteção a prova de luz e água


composta por (de dentro para fora) papel preto, opaco à luz; lâmina de
chumbo para proteger o filme contra a radiação secundária; envelope
branco (plástico ou papel) onde encontramos as informações a respeito
do filme.

Classificações

Os filmes radiográficos podem ser classificados quanto à localização, tamanho,


embalagem e sensibilidade.

Quanto à localização

Quanto à localização os filmes radiográfixos podem ser classificados como


intrabucais, extrabucais e dosimétricos.

a) Filmes intrabucais: são aqueles destinados ao exame radiográfico dentro


da cavidade bucal. O elenco dos filmes intrabucais compõem-se de Filmes
periapicais, Filmes interproximais e Filmes oclusais.

 Filmes periapicais: são os filmes destinados ao exame do periápice.


 Filmes interproximais: são os filmes destinados ao exame das
superfícies interproximais. A diferença destes para os filmes
periapicais é a presença de uma asa de mordida e a classificação
quanto ao tamanho.

 Filmes oclusais: são os filmes destinados ao exame das áreas mais


extensa da maxila e/ou mandíbula. A diferença destes para os
anteriores é o tamanho; este é o maior.

b) Filmes extrabucais: são aqueles destinados ao exame radiográfico fora


da cavidade oral e podem ser de várias formas a depender da finalidade.

c) Filmes dosimétricos: são filmes especiais que servem para medir a


exposição dos operadores de raios-X.

Quanto ao tamanho

Existem filmes de várias formas e vários tamanhos.

Quanto à quantidade

Os filmes podem ser simples quando vem apenas uma película ou duplo que
possibilita o profissional ter duas radiografias iguais

Quanto à sensibilidade

A sensibilidade corresponde à eficácia com que o filme radiográfico responde à


exposição, ou seja, a capacidade de produzir imagens com maior ou menor
quantidade de radiação. Existem filmes mais sensíveis e outros menos
sensíveis.

Processamento Radiográfico

O processamento radiográfico consiste em um conjunto de procedimentos que


completam a produção de uma radiografia. Após o processamento radiográfico,
aquela imagem que foi criada com a tomada radiográfica irá se tornar visível.

Para o processamento dos filmes necessitamos de instalação adequada,


soluções para o processamento e métodos de revelação padronizada.
Instalação adequada

Câmara Escura

Para que o filme radiográfico seja processado é necessário seja ao abrigo da


luz e para isso um compartilhamento específico é utilizado, a Câmara Escura.

Existem três tipos: portátil, quarto e labirinto.

a) Câmara escura portátil: corresponde a uma caixa de acrílico vermelha


ou marrom, utilizada quando não há possibilidade de se utilizar outro tipo
de câmara escura. Esta caixa contem três recipientes que irão depositar
as soluções de processamento (revelador, água e fixador).

b) Câmara escura do tipo quarto: corresponde ao aproveitamento de uma


das dependências do consultório sendo adaptado para o funcionamento
de uma câmara escura.

c) Câmara escura do tipo labirinto: corresponde a um espaço criado


especificamente para o processamento radiográfico. A entrada
corresponde ao corredor que quebra a luz exterior. As paredes são
pintadas de preto.

Soluções para Processamento

As soluções necessárias e essenciais para o processamento dos filmes


radiográficos são a solução reveladora e a solução fixadora.

a) solução reveladora: esta é a responsável por tomar a imagem invisível


em visível.

b) solução fixadora: tem por finalidade fixar permanentemente as imagens


produzidas pelo revelador.

Obs.: Para um bom desempenho, as soluções devem ser renovadas a cada


sete dias dependendo, entretanto do número de radiografias processadas.
Métodos de revelação

Existem dois métodos de revelação, o visual e o tempo/temperatura.

a) Método Visual: consiste em observar a revelação a cada momento sob a


luz de segurança à uma distância aproximada de 20 cm.

b) Método tempo/temperatura: consiste em revelar o filme baseado no


tempo de revelação e na temperatura das soluções. Para as soluções
energéticas que são mais velozes, é necessário um tempo de 2 minutos
à uma temperatura de 20°C.

Este é o método que dá melhores resultados desde que se obedeça os


princípios de revelação. Não é necessário examinar os filmes e os mesmos
apresentam-se padronizados.

Processamento Radiográfico (procedimentos)

a) Agitar as soluções suavemente utilizando um misturador individual para


cada solução.

b) Verificar a temperatura utilizando em termômetro de imersão, lavando-o


quando passar de uma solução para outra. Esta temperatura deve ser
de 20°C.

c) Colocar os filmes na colgadura evitando tocar com os dedos,


provocando arranhões ou dobras.

d) Ajustar o cronômetro.

e) Mergulhar o filme no revelador e ligar o cronômetro.

f) Agitar o filme levantando e abaixando a colgadura.

g) Deixar o filme escorrer.

h) Enxaguar completamente o filme em água corrente durante 20


segundos. Esta tapa tem por finalidade interrromper a revelação,
removendo o revelador do filme e evitando a contaminação do fixador.
i) Fixar adequadamente, agitando a colgadura rigorosamente a cada 5
segundos. O filme deve permanecer por 10 minutos para que haja uma
fixação ideal.

j) Lavar completamente em água corrente por 20 segundos para remover


o fixador que envolve a película evitando o seu amarelamento.

k) Secagem em secadora ou ventilador.

Considerações Gerais

Para uma radiografia ser considerada boa, deve ter um ótimo detalhe
(nitidez), uma densidade média e um contraste adequado.

Detalhe – é a nitidez com que uma radiografia reproduz um objeto


radiográfico, ou seja, a capacidade de reproduzir fielmente as partes
radiografadas.

Contraste- diferença entre os diferentes graus de preto, branco e cinza.

Uma radiografia deve preencher certos requisitos técnicos para permitir


uma interpretação adequada. Para isso devem ser tomados determinados
cuidados:

a) Não devemos permitir a entrada de luz na câmara escura.

b) Utilizar lâmpadas e filtros de segurança adequada.

c) Utilizar soluções reveladoras e fixadoras novas, sem contaminação e


bem misturadas.

d) Utilizar soluções de processamento numa temperatura ideal.

e) Não tocar o filme com os dedos úmidos ou suados.

f) Não inverter a sequência do processamento.

g) Não deixar o filme em contato com as paredes do tanque ou mesmo


com outro filme.

h) Não deixar o filme imerso parcialmente nas soluções.

ERROS CAUSADOS POR TÉCNICA DE PROCESSAMENTO


INADEQUADA ASSIM COMO NA CORREÇÃO DESTES ERROS
Radiografias Com Imagens Parciais

Causas Correções

Imersão parcial do filme no revelador Adicionar solução reveladora em


quantidade necessária para manter
o nível do tanque e verificar sempre
se os filmes superiores do suporte
estão completamente imersos.

Imersão parcial do filme no fixador Mesmo procedimento anterior

Contato do filme com as paredes do Tomar cuidado na colocação dos


tanque revelador ou com outros filmes suportes, a fim de que os filmes
durante a revelação. não entrem em contato entre si e
com as paredes do tanque.

Radiografias Com Imagens Claras - Subexposição

Causas Correção

Colocação do filme com a parte Verificar a sua colocação


superior (chumbo) voltada para os
dentes.

Radiografias Com Imagens Escuras Super - Revelação

Causas Correção

Revelação excessiva Verificar o tempo de revelação

Solução reveladora com alta Diminuir a temperatura do revelador


temperatura

Falha em diluir a concentração do Verificar a capacidade do tanque e


revelador preparar a solução de acordo com as
instruções do fabricante.
Imperfeições de Tonalidades Claras

Causas Correções

Imperfeições causadas por bolhas de Agitar os filmes, movendo-os para


ar, pois a solução reveladora não cima e para baixo ao colocá-los na
poderá agir sobre as superfícies solução reveladora, para que se
protegidas pelas mesmas. desprendam possíveis bolhas de ar
que tenham se fixado na superfície do
filme.

Imperfeições causadas por laceração Evita-se como manuseio adequado.


na emulsão devido aomanuseio
inadequado dos filmes ou quando
forçado contra outros na introdução
no tanque.

Solução fixadora respingada no filme Procedimentos corretos evitam tal


não revelado, formando borrões erro.
brancos na radiografia.

Imperfeições de Tonalidades Escuras

Causas Correções

Dobrando excessivamente o filme, o Evita-se procurando não dobrar o


invólucro é rompido, permitindo a filme e fazendo com que o paciente o
passagem da luz do ambiente, mantenha em posição apenas com a
responsável pelas manchas negras pressão dos dedos.
visíveis após a revelação.

Imagens negras arboriformes Com o manuseio cuidadoso e correto


provocadas em atmosfera seca pela do filme evitamos tal erro.
liberação de pequena carga de
eletricidade estática quando o filme é
retirado muito rapidamente do seu
invólucro de papel.
Imperfeições Diversas

Causas Correções

Dilatações/contrações alternadas Evita-se mantendo os banhos,


produzidas pela transferência de um inclusive a de água, à temperatura
banho de temperatura alta para outro não muito diferentes e nunca
de temperatura baixa, resultando a superiores a 30°C.
reticulação do filme.

Impressão digital nas radiografias, Manuseio adequado e mãos secas


devido ao manuseio inadequado. são condições necessárias para evitar
tal erro.

Radiografias sem Imagens – Filmes Transparentes

Causas Correções

Filme colocado na solução fixadora Verificar a disposição dos tanques:


antes da reveladora. revelador à direita e fixador à
esquerda

Radiografias sem Imagens – Filmes Opacos

Causas Correções

Filme colocado apenas na solução


reveladora. Verificar o preenchimento dos
tanques para não usar somente
solução reveladora

RADIOGRAFIAS VELADAS

Véu Químico

Causas Correção
Revelador com temperatura alta Diminuir temperatura

Revelador muito concentrado Preparar as soluções de acordo com


as instruções do fabricante

Revelador contaminado Usar nova solução

Filmes em Mau Estado

Causas Correção

Conservações do filme em alta Armazenar os filmes emlocais frescos


temperatura 20°C

Conservação dos filmes em locais Armazenar os filmes emlocais secos


úmidos (50°C de umida de relativa)

Filmes velhos Verificar a data de vencimento


fornecida pelo fabricante

Luz

Causas Correção

Infiltração de luz no quarto escuro Fazer um “chek-up” na câmara escura

Lâmpadas de segurança Usar filtros e lâmpadas adequadas

Radiação

Causas Correção

Insuficiente proteção dos filmes Colocar os filmes expostos ou virgens


em receptácu-los especiais

IDENTIFICAÇÃO DOS FILMES RADIOGRÁFICOS EMONTAGEM DAS


RADIOGRAFIAS

A identificação e correta montagem das radiografias é de grande


importância para uma adequada interpretação radiográfica.
Os filmes intra-bucais são identificados pelo picote que corresponde ao ponto
de orientação do filme. Estes filmes são montados em cartões contendo
espaços para as radiografias.

Os filmes extra-bucais não são não são montados e necessitam do nome do


paciente, data e lado do paciente que são impressos na própria radiografia.

Identificação e montagem da radiografia intra-bucais

a) Preencher o cartão de identificação com nome do paciente, número da


radiografia, data, dente ou região.

b) A parte externa convexa do picote deve ficar sempre voltada para o


operador e para a oclusal dos dentes.

c) Para facilitar a interpretação das radiografias periapicais e interproximais


devem ser montadas em ordem anatômicas nos cartões de montagem.
Técnica Radiográfica

Técnicas Radiográficas Intra-bucais

Denominação empregada para as tomadas radiográficas nas quais o


filme é colocado no interior da cavidade bucal no momento da obtenção
das radiografias.

As técnicas são:

 Periapical (bissetriz e paralelismo)

 Interproximal

 Oclusal

Exigências necessárias para a prática de qualquer técnica radiográfica:

a) Conhecer o funcionalismo do aparelho de raio X

b) Posicionamento dacabeça dopaciente para cada técnica


c) Ângulos de incidência do feixe de raio X para cada região a ser
radiografada

d) Diomensões e especificações dos filmes utilizados

OBS.: LEI ISOMÉTRICA DE LIESZINSKI – “A imagem projetada temo mesmo


comprimento e as mesmas proporções do objeto, desde que o feixe de raio X
seja perpendicular a bissetriz do ângulo formado pelo filme e o objeto”.

Para o posicionamento da cabeça do paciente, utilizamos planos e linhas de


referência.

 Plano Sagital Mediano

É o plano que dividi a cabeça do paciente em lado direito e lado


esquerdo. Para a maxila e mandíbula este plano deve ser perpendicular
ao plano horizontal formando 90°C.

 Plano de Camper

São dois Planos de Camper um para a maxila outro para mandíbula

Na maxila, o Plano de Camper é representado por uma linha que vai do


tragús a asa do nariz, devendo estar paralelo ao plano horizontal

Na mandíbula, este é representado por uma linha que vai do tragús a


comissura labial e que deve estar paralela ao plano horizontal.

Ângulos de incidência do feixe de raio X:

Utilizados para que possamos obter a imagem com menor grau possível de
alongamento ou encurtamento.

Ângulos verticais:

São obtidos movimentando o cilindro do aparelho de raio X em relação a linha


de oclusão.

Positivos no exame da maxila

Negativos no exame da mandíbula


Para técnica da bissetriz ou isometria, devemos orientar o feixe de raio x
perpendicular a bissetriz formada pelo plano do dente e do filme.

Os ângulos verticais são determinados através do gonionômetro existente no


cabeçote do aparelho de raio X.

DENTES MAXILA MANDÍBULA

MOLARES 20º / 30º 0 / -5º

PRÉ-MOLARES 30º / 40º -5º / -10º

CANINO 40º / 45º - 10º / - 15º

INCISIVOS 45º / 50º - 15º / - 20º

Ângulos horizontais:

Estão relacionados com o Plano Sagital e são determinados executando-se


movimento horizontal do cabeçote do aaparelho de raio X.

O objetivo é determinar que o feixe central de raio X seja paralelo às faces


interproximais dos dentes, evitando assim, que haja sobreposição de imagem.

Área de incidência do feixe de raio X

É de primordial importância, pois o resultado radiográfico depende deste


procedimento, uma vez que na técnica periapical (bissetriz e paralelismo). O
feixe central de raio X é orientado para apical dos dentes.

Para a mandíbula:

a) Região dos dentes molares – o feixe de raio X deverá incidir na região


de interseção entre as linhas imaginárias traçadas a 1,0 cm atrás da
missura palpebral externa perpendicular àquela situada a 0,5 cm da
borda livre da mandíbula.
b) Região dos dentes pré-molares - devemos incidir o feixe de raio X, na
interseção entre uma linha vertical a partir da pupila, quando o paciente
está olhando para frente, e a linha horizontal 0,5 cm acima da borda
livre da mandíbula.

c) Região dos dentes caninos - o feixe de raio X incidirá na área de


interseção entre a asa do nariz e 0,5 cm acima da borda livre da
mandíbula.

d) Região dos dentes incisivos – o feixe de raio X deverá incidir na área de


interseção entre o ápice nasal e 0,5 cm acima da borda livre da
mandíbula.

Para maxila:

A mesma orientação descrita para a mandíbula deverá ser observada,


sendo que as áreas de incidência do feixe de raio X serão determinadas
pela interseção das linhas imaginárias, anteriormente descritas com
aquela que vai do trágus à asa do nariz, que estará paralela ao Plano
Horizontal.

Posicionamento do Filme

a) Lado de exposição voltado para o feixe de raio X.

b) Para molares e pré-molares, o longo eixo do filme paralelo ao


Plano Horizontal. Para caninos e incisivos perpendicular ao
Plano Horizontal.

c) O picote existente no filme deve ficar voltado para oclusal.

Distribuição dos filmes na cavidade bucal

Maxila

1. Molares
2. Pré-molares

3. Canino e incisivo lateral

4. Incisivos centrais

Mandíbula

1. Molares

2. Pré-molares

3. Canino

4. Incisivos

 O exame periapical completo é feito com 14 filmes.

 A manutenção do filme na técnica da bissetriz é feita pelo próprio


paciente com o dedo polegar (oposto ao lado da tomada radiográfica)
na maxila e com o dedo indicador (da mão oposta ao lado da tomada
radiográfica) na mandíbula.

 A distância focal na técnica da bissetriz é de 20 cm.

 Tempo de exposição aos raios X é determinado pelo fabricante do


filme radiográfico, da miliamperagem do aparelho e da idade do
paciente.

Técnica radiográfica do paralelismo, cone longo ou cilindro longo

Essa técnica tem a mesma finalidade da técnica da bissetriz que é o exame


radiográfico do dente e sua região periapical.

As diferenças das técnicas consistem em:


1. Emprego de suportes especiais para filme radiográfico que facilitam
a manutenção do mesmo, além de melhorar as relações de
paralelismo entre o longo eixo do dente e filme, proporcionando uma
imagem radiográfica com menor grau de distorção.

2. Estes suportes porta-filme possuem além do dispositivo para


manutenção do filme um anel localizador que determina os ângulos
vertical e horizontal, como também o ponto de incidência do feixe de
raio X.

3. A distância focal é de 40 cm, o que vem proporcionarmelhor nitidez


de detalhes.

Vantagens da técnica do paralelismo:

a) Maior simplicidade na execução do exame, não havendo


necessidade do posicionamento correto da cabeça do paciente.

b) Menor grau de distorção da imagem.

c) Exame radiográfico padronizado, com a possibilidade de se obter


radiografias semelhantes em épocas diferentes.

d) Determinação dos ângulos pelos posicionamentos do suporte.

Desvantagens da técnica:

a) Maior possibilidade de movimento do paciente, devido a um maior


tempo de exposição.

b) Desconforto ao paciente.

c) Maior custo.

Indicações dos exames periapicais com as técnicas da bissetriz e do


paralelismo
O objetivo principal do exame radiográfico é proporcionar uma visão de
conjunto das estruturas componentes do órgão dentário e região periapical.

Aspectos importantes:

a) Estudos das relações anatômicas entre as dentições decídua e


permanente, cronologia e erupção.

b) Presença de pequenas alterações coronárias como cáries.

c) Quanto aos tecidos dentinários e pulpares, observação da presença


de alterações estruturais, cáries, mineralizações, nódulos pulpares,
reabsorções, forma e número de condutores radiculares.

d) Na manipulação de condutos radiculares é indispensável o exame


radicular.

e) A existência de anomalias dentárias, reabsorção, lesão patológica,


impactação de unidades dentárias, lesões ósseas circunvizinhas ao
órgão dentário.

Técnica radiográfica interproximal ou Bite-Wing

Utilizamos o filme promovido de uma asa de mordida.

A indicação principal é o exame das faces interproximais dos dentes


posteriores e da crista óssea alveolar, com a finalidade de detectar a
presença de processos de cárie nessa região, adaptação marginal de
restaurações (falta ou excesso) e a presença de lesões periodontais.

Filmes radiográficos:

2.4 X 4 cm para exame dos dentes anteriores

5.4 X 2.7 cm para exames oclusais

3 X 4 cm para exame dos dentes anteriores e posteriores


Posicionamento e manutenção do filme

Os filmes previamente adaptados a asa de mordida serão levados à


cavidade bucal, procurando-se posicionar primeiro na região da
mandíbula e em seguida pedindo ao paciente para executar o
fechamento da boca.

Posicionamento da cabeça do paciente

A cabeça do paciente de tal maneira que o Plano Sagital Mediano fique


perpendicular ao Plano Horizontal e o Plano Oclusal Paralelo ao Plano
Horizontal.

São 4 tomadas radiográficas:

- 2 para a região de molares

- 2 para a região pré-molares

A área de incidência do feixe de raio X obedece a seguinte


orientação:

a) Região de molares: feixe do raio X perpendicular a face


vestibular do 2º molar, com angulação vertical +8º.

b) Região de pré-molares: feixe de raio X perpendicular a face distal


do 2º pré-molar, com angulação vertical + 8º.
Angulação horizontal – o feixe de raio X deverá ser paralelo as faces
proximais do dente para evitar sobreposição de imagem.

Técnicas Radiográficas Periapical em Crianças

Recomendações ao radiografar crianças

1. Familiarizar a criança com a aparelhagem e o material a ser


usado.

2. Mostrar a criança o “retrato” do dente, antes e depois de


radiografar.

3. Executar procedimentos como preparo do filme, à vista da


criança.

4. Esclarecer a criança o “porquê” dos procedimentos.

5. Simula, quando possível, a tomada radiográfica através da


utilização do manequim.

6. Utilizar filmes de tamanho adequado e de maior sensibilidade.

7. Selecionar o menor tempo de exposição para cada região de


acordo com a técnica.

8. Posicionar o cabeçote próximo a região a ser radiografada e


determinar angulações vertical e horizontal.

9. Começar a radiografar a região ântero-superior, devido a maior


facilidade para ganhar a confiança do paciente.

10. Dar preferência as técnicas cujo posicionamento e sustentação


do filme sejam através da mordida do paciente como a técnica
interproximal.

Erros em Radiologia

Erros da técnica – CausaXCorreção


 Alongada

Ângulação Vertical subestimada

Ângulação Vertical perpendicular à bissetriz

 Encurtação

Ângulação Vertical subestimada

Ângulação Vertical perpendicular à bissetriz

 Superposição de imagem

Ângulação horizontal incorreta

Ângulação horizontal paralela às faces interproximais

 Distorção

Superfície do filme curvada

Manutenção do filme plano

 Meia-lua

Ponto de incidência incorreto

Acerto do ponto de incidência

 Ápice cortado

Mal posicionamento do filme

Posicionamento correto do filme

 Radiografia muito densa

Super exposição / Super revelação

Acerto de ambos os tempos


 Radiografia pouco densa

Sub exposição / subrevelação

 Mancha de contato

Contato entre os filmes no revelador

Montagem correta da colgadura

 Mancha

Pouco tempo de fixação

Correção do tempo de fixação

 Mancha de fixação

Lavagem final inadequada

Aumentar tempo de lavagem final

 Radiografia tremida

Movimentação do paciente ou do cabeçote

Dar apoio à cabeça do paciente

Outros Erros:

 Imersão parcial do filme no revelador

 Filme exposto do lado contrário

 Dupla exposição de película

 Presença de prótese removível, óculos, brinco

Anatomia em radiografia
Definição:

 Radiolúcido

 Radiopaco

Estruturas

 Esmalte:

Estrutura que apresenta maior radiodensidade entre as estruturas


do corpo humano.

 Dentina:

Estrutura de menor radiodensidade que o esmalte.

 Polpa:

Tecido sem expressão radiográfica.

 Ligamento periodontal:

Tecido sem expressão radiográfica mas que deixa evidente o


espaço que ocupa.

 Osso alveolar:

Linha radiopaca que contorna inteiramente o alvéolo, também


denominada lâmina dura.
Indicações:

Método de localização radiográfica

O exame radiográfico embora seja imprescindível na prática da Odontologia,


apresenta algumas limitações, as quais se procuram contornar. Uma delas é a
problemática da localização radiográfica, nos diversos planos.

Como já é sabido, a radiografia apresenta uma imagem bidimensional (lagura e


altura) de uma estrutura, que se caracteriza pela tridimensionidade e
frequentemente temos a necessidade de determinar o relacionamento espacial
desta estrutura examinada, considerando a sua largura, altura e profundidade.

Um outro aspecto importante a considerar nos exames radiográfico é o


problema de sobreposição das imagens radiográfica de estruturas contíguas.

Ao executarmos um exame radiográfico de rotina, seja ele intra ou extrabucal,


podemos nos deparar com a sobreposição das imagens radiográficas, o qual
trará sérios problemas no tocante à interpretação correta das entidades
correspondentes.

Método Clark

Idealizado por Clark, em 1909, este método também é conhecido como método
“princípio de paralaxe”, deslocamento horizontal do tubo ou do “deslizamento”.

Pelas suas características, esta metodologia fornece melhores resultados


quando do exame da maxila, sem, entretanto restringí-la a madíbula em casos
especiais.

Clark, ao propor sua metodologia, baseou-se na aplicação do princípio da


Paralaxe, que é o seguinte:

a) O objeto que estiver mais próximo do observador deslocar-se-á em


sentido contrário ao deslocamento desse observador;

b) O objeto mais distante do observador deslocar-se-á no mesmo sentido.


No seu trabalho Clark utilizou duas radiografias periapicais da mesma região
modificando apenas a angulação horizontal.
Indicações :

A indicação primeira, como propôs Clark, é a localização dos dentes não


interrompidos.

a) Nas dissociações dos condutos radiculares, radiograficamente, quando


houver sobreposição das imagens;

b) Na localização de anomalias e processos patológicos no contexto das


estruturas anatômicas examinadas;

c) Fraturas de dentes e corpos estranhos.

Método de Miller-Winter

Este método foi idealizado por Fred Miller, em 1914, e mais tarde divulgado por
Winter, daí o fato de ser conhecido com o nome dos dois autores. Também
conhecido como técnica do “ângulo reto” ou da “dupla incidência”.
Originariamente foi idealizado para localizar os dentes não irrompidosda região
dos molares inferiores; entretanto, pode ser utilizado em outras regiões, com
resultados positivos.

Nos procedimentos técnicos, para obtermos a localização radiográfica


empregamos o princípio da dupla incidência: tomamos uma radiografia
intrabucal periapical na região dos dentes molares inferiores, para localizarmos
o dente não irrompido, no sentido da altura e largura, faltando-nos à terceira
dimensão, que é o relacionamento vetíbulo-lingual. Para tal, executa-se uma
radiografia oclusal direta, empregando-se um filme periapical convencional
(3X4 cm), que é mantido em posição, pelo paciente, com o fechamento da
boca (levemente, para não danificar a película radiográfica).

Modificações de Donovan

Esta autora sugere o posicionamento do filme sobre o ramo ascendente da


mandíbula, abrangendo a área do trigono-retro-molar, e com o auxílio do dedo
indicador, o paciente mantém a borda do filme apoiada na superfície do dente
segundo mola inferior ou do rebordo alveolar, quando este estiver ausente.

Ao dirigirmos o feixe de Raio X central perpendicular ao filme, na tomada


oclusal, deveremos inclinar a cabeça do paciente, o mais possível para o lado
oposto àquele que está sendo examinado, e teremos assim o feixe de Raio X
dirigido ao ângulo mandibular, a ápice nasal do paciente.

No tocante ao tempo de exposição, nesta tomada oclusal direta, utilizamos o


dobro daquele empregado no exame periapical.

Método de Parma:

Procurando diminuir as dificuldades encontradas, durante o exame radiográfico


intrabucal periapical, da região dos molares inferiores, Parma, em 1936, sugere
uma modificação no posicionamento do filme inclinando-o com o seu maior
eixo formando um ângulo com a linha de oclusão.

Para maior comodidade do paciente o filme assim posicionado poderá sofrer


dobras na proporção superior e inferior, para uma melhor adaptação ao
assoalho bucal.
Periodontia

1-CARIOLOGIA

1.1DEFINIÇÃO

Doença- infecto contagiosa crônica, que resulta em uma perda localizada de


miligramas de minerais dos dentes afetados, causada por ácidos orgânicos
provenientes da fermentação dos carboidratos da dieta.

FATORES ESSENCIAIS.

-hospedeiro (dente)

- micro biota
DIETA DENTE
-dieta ( carboidratos)
MICRO

FATORES SECUNDÁRIOS:

-Saliva

-Flúor

-Higiene oral

-Cariogenicidade da dieta

-Potencial cario gênico da micro biota

1.2-MICROBIOTA

Os microorganismo acido gênicos e acidúricos da placa possuem um alto


potencial cario gênico, colonizando os dentes preferencialmente em zonas
retentivas.

( sulcos,fóssulas, áreas de contato).


Os principais microorganismo cario gênico são os estreptococos mutans e
lactobacilos.

Micro ácido lático

Placa-básica (não cario gênica)

Patogênica (cario gênica)

1.3 DIAGNÓSTICO DA CÁRIE

Exame clínico

Exame radiológico (Bite wing)

Exame laboratorial ( Bacteriológico).

1.4- PACIENTE DE ALTO RISCO

Bactérias Açúcar Saliva

Característica Aderência ao Nutrientes


da cárie dente microbianos Nutrientes
multiplicação microbianos
produção de
Substrato para Aderência ou
ácidos
ácidos não

Fatores Número e tipos


avaliados de bactérias Frequência de Fluxo salivar
capacidade de alimentação
produção de remoção dos
ácidos açúcares
1.5-ELIMINAÇÃO OU REDUÇÃO DO AGENTE INFECCIOSO

Controle dietético: pela restrição do consumo de sacarose.

Manter o ph não ácido.

Uso de substâncias antimicrobiana: controle da placa dental pelo uso da


escovação, uso de fio dental, obturação de cavidades, limpeza profissional.

Proteção do hospedeiro: vacinas.

1.6 O PROCESSO DE DESMINERALIZAÇÃOX REMINERALIZAÇÃO

- Açúcar da placa – ácidos que retiram Ca e p.

-P e Ca são repostos no esmalte dentário.

1.7 O PAPEL DO FLÚOR

O flúor é incorporado ao esmalte ( hidroxiapatita) dando como resultado um


esmalte mais resistente á ação dos ácidos da placa ( apatita fluoretado).

o flúor usado nas pastas, bochechos, aplicações, água ou medicamentos fica


na interface placa/dente, fazendo com que haja remineralização mais rápida do
esmalte.

1.8DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ENTRE MBA E MBI

Superfície hígida-mancha

Branca inativa-mancha

Branca ativa-cárie (cavidade)


As manchas brancas geralmente estão presentes junto ao colo dentário,
fóssulas e fissuras.

MBA: SUPERFÍCIE RUGOSA E FOSCA.

MBI: SUPERFÍCIE LISA E BRILHANTE

1.9- TRATAMENTO BÁSICO DA ATIVIDADE CARIOGÊNICA

Tratamento imediato: através da intervenção profissional, limitar a


desmineralização e favorecer a remineralização (fluoterapia-controle da placa).

Tratamento mediato: delegar ao paciente a responsabilidade pelo equilíbrio


dinâmico o processo des x re, garantindo o uso do flúor e autocuidados com o
controle da placa.

Tratamento a longo prazo: através da manutenção da saúde dental do


paciente, agregar a seus hábitos de higiene , o uso de flúor e a diminuição
inteligente do uso do açúcar

1.9.1-FLUOTERAPIA.

É o uso profissional do flúor para o tratamento da doença cárie, baseado nos


mecanismo de ação do flúor no processo des x re.

Remoção da placa dentária

Aplicação tópica do flúor gel

Bochechos com flúor

Uso de pastas, fio dental com flúor.

Escovação correta

Dieta inteligente do açúcar.


Nessa fase, as MBA se transformam em MBI.

Método Baixa Média Alta


Flú
Dentrificios + + +
or:
Comprimidos
Co
Água fluoretada mpr
imi
dos
,
got
as, água fluoretada, sal fluoretado, pastas dentais, fio dental, soluções para
bochechos, flúor gel tópico.

- o flúor pode ser tóxico se ingerido além do recomendado, (5,0 mg f/ kg) por
isso os comprimidos e gotas contendo flúor são administradas por
recomendações do dentista, que orientará o seu uso. Deve-se manter o flúor
longe do alcance das crianças, também no caso de gel, bochechos ou até
pastas dentrificiais.

Algumas sugestões para aumentar a segurança da aplicação tópica de


flúor:

Utilizar pequena quantidade de gel.

Se possível, utiliza-se regada.

Após aplicação, salientar que os pacientes cuspam durante 1 mim.

As crianças devem fazer aplicação tópica com estômago cheio.


Bochecho /flúor - + ++

Aplicação tópica - + ++

Toxidade aguda: náuseas, vômitos.

Toxidade crônica: fluorose dental, uma anomalia ao desenvolvimento que


afeta a estética do dente (manchas) e cuja severidade depende da dose de
flúor

1.9.2 USO DO FLÚOR EM FUNÇÃO DO RISCO OU ATIVIDADE DA CÁRIE

RISCO OU ATIVIDADE DA CÁRIE

2-TRATAMENTOS PREVENTIVOS DAS REGIÕES DE CICATRÍCULAS E


FISSURAS

-Fatores que diminuem os índices de cárie:

-Fluoretos

-Maior conscientização da população ( escovação, dieta)

Todavia esses benefícios atingem somente as superfícies lisas, deixando as


regiões de fóssulas, fissuras, e cicatrículas da face oclusal vulneráveis.

Como a primeira alternativa para prevenir o surgimento de cáries temos os


Selantes; quando já houver cárie incipiente, temos os cimentos de ionômero de
vidro, resinas compostas e selantes associados.

2.1 SELAMENTO DAS CICATRÍCULAS E FISSURAS

Os selantes oclusais, são usados para prevenir cárie nas regiões de


cicatrículas profundas e, paralelamente com o flúor nas faces lisas, apresenta
um grande efeitona redução do índice de cárie dental.

EFEITOS DOS SELANTES:

Selar mecanicamente as cicatrículas e fissuras com um material ácido


resistente.

Anular o habitat preferido pelos s.mutans e outgênicos.

Permitir uma melhor limpeza das regiões de cicatrículas e fissuras.


2.2 -TIPOS DE SELANTE

Os selantes são geralmente polímeros de bis-gma ou diacrilato de uretano, os


quais podem ser auto ou termo polimerizáveis, com Oe sem pigmento, com ou
sem carga.

2.3INDICAÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES

Os selantes não devem ser empregados indiscriminadamente.

EXISTEM CRITÉRIOS A SEREM SEGUIDOS E SITUAÇÕES ONDE SEU


EMPREGO É INDICADO:

Dentes recém-irrrompidos com cicatrícula e fissuras profundas, livres de cárie.

Dente de paciente excepcional ou que tenha problema de coordenação motora.

Pacientes com pouca saliva

2.4-TÁTICA OPERATÓRIA

1-limpeza da região com água oxigenada ( em baixa velocidade com escova do


tipo pincel)

2-spray água/ar

3-isolamento do campo operatório (relativo, absoluto)

4-condicionamento ácido das regiões de cicatrículas e fissuras com ácido


fosfórico por 1 minuto.

5-spray água/ar durante20 segundos ( ácido líquido) ou 1 minuto ( ácido gel)


aplicação.

6- manipulação do selante segundo as recomendações do fabricante, com


auxílio de um instrumento adequado (pincel, cânula ou sonda exploradora).

OBS: DEVE-SE EVITAR A PRESENÇA DE EXCESSOS E BOLHAS DE AR.

7-polimerização do selante e retirada da camada superficial com uma bolinha


embebecida de água.

8- secagem e exame do dente.

9-checagem da oclusão

10- aplicação do flúor gel por 4 minutos.


2.5-REAPLICAÇÃO DO SELANTE

De seis em seis meses, o selante deverá ser avaliado com relação a sua
permanência parcial ou total e sobre o seu desgaste para reaplicar caso seja
necessário.

CÁRIES EXTENSAS EM DENTES DECÍDUOS POR ALEITAMENTO


MATERNO PROLONGADO

O problema clínico da chamada cárie de mamadeira noturna, também


conhecida como “rampante”, tem oferecido dificuldades na sua solvência ,não
só do ponto de vista operatório, como do manejo e na orientação dietética.

Mas ainda, a despeito da importância do aleitamento materno, seu uso


prolongado tem acarretado problemas semelhantes ao uso da mamadeira com
leite, artificialmente açucarado ou não. O leite em si é cariogênico desde que o
tempo de permanência em contato com as estruturas dentárias seja grande. O
leite humano e em pó, apresenta maior potencialidade cariogênica do que o
bovino.

INTRODUÇÃO

A concepção atual, de acordo com as qualidades do leite materno, estabelece


que esse deva ser oferecido durante os seis primeiros meses, embora nem
todas as mães sigam esta orientação.

Grande é a frequência de amamentação natural mais curta sendo substituída


mais precocemente pela artificial.

Por outro lado, algumas mães continuam oferecendo aleitamento materno por
um período superior a 6 meses.

Este fato deve ser questionado também quanto um possível potencial


cariogênico.
Deve-se salientar o aspecto de que tanto a amamentação artificial como natural
são mais frequentemente oferecida quando a criança vai dormir, propiciando
uma estagnação de liquídos na cavidade oral.

No caso de aleitamento materno, a lesão cariosa se inicia nas superfícies


vestibular e lingual no terço médio do dente causando uma rápida perda de
estruturas dentais em forma de meia lua e envolvimento pulpar, sendo que as
superfícies mesial e distal não são atacadas inicialmente.

A cárie rampante provocada por uma mamadeira apresenta como aspecto


inicial uma faixa de desmineralização de cor-branco- opaco ao longo do colo
dental próximo á gengiva.com o avançar esta torna escurecida.

TABELA 1- COMPOSIÇÃO DO LEITE BOVINO, HUMANO E EM PÓ (%)

CONSTITUENTE LEITE BOVINO LEITE HUMANO LEITE EM PÓ

ÁGUA 87,00 87050 87,20

PROTEÍNAS 3,50 1,30 1,80

LIPÍDIOS 3,50 3,50 3,60

LACTOSE 4,50 7,20 7,00

FÓSFORO 0,09 0,01 0,02

CÁLCIO 0,10 0,03 0,04

OUTROS 0,75 0,20 0,40


MINERAIS

Traduzido por gardner, 1977

Existem diferenças importantes entre o leite bovino e humano que explicam o


maior potencial cariogênico do último. O conteúdo de carboidratos fermentáveis
sob a forma de lactose é maios no leite humano, o que lhe confere uma maior
capacidade de redução de ph.
CONCLUSÕES

1-Por apresentar um maior conteúdo de carboidrato fermentável, o leite


humano apresenta maior potencial de desmineralização quando comparado
aos outros tipos de leite.

2-A permanência prolongada do leite humano em contato com as estruturas


dentais poderia ser o agente etiológico de um quadro de cárie generalizada
semelhante ao causado pelo hábito de mamadeira noturna.

PAPEL DO FLÚOR

O íon flúor acrescenta enormente o grau de reimineralização obtido e reduz o


tempo do processo. Mesmo em pequenas quantidades, o flúor já demonstrou
acelerar a velocidade de preciptação de hidroxiapatita de soluções de ca e po4
e preservar a estrura de apatita em ph críticos onde o fosfato de cálcio seria a
fase estável.

 TEORIA DA ADAPTAÇÃO DO ESMALTE FRENTE AO ATAQUE


CARIOGÊNICO.

Lesões do esmalte podem ser detidas e convertidas em aréas de alta


resistência a cáries quando são expostas a vários ciclos de desmineralização.
Durante o ciclo de desmineralização a supersaturação relativa diante de
minerais de esmalte promove sua dissolução. Ciclos de remineralização
promovem a supersaturação e a deposição de minerais insolúveis. Por isso, se
a desmineralização predominar, produzir-se á a cavitação do esmalte.

Mas se a remineralização for predominante, teremos a consolidação da lesão e


a resistência progressiva da superfície ao ataque cariogênico já que os
minerais perdidos durante a desmineralização serão substituídos pelo mineral
mais insolúvel existente no fluído bucal.
USO DO CARIOSTÁTICO

Nem sempre a clínica se defronta somente com cáries incipientes, que podem
e devem ser controladas pelos processos de remineralização. Há casos de
crianças bem tenras, apresentando cárie de “mamadeira noturna” ou mesmo
de seio materno, cujas destruições coronárias são amplas e de difícil condução
terapêutica pela idade da criança. Estes casos poderiam ser controlados por
cariostáticos, por exemplo, o fluoreto de prata amoniacal.

Estes casos poderiam são comercializados no brasil com os nomes de


cariostátic (10%), bioride (12%) e saforide (38%), proviniente do japão.

A ação primordial do diamino fluoreto de prata amoniacal é inibir a progressão


de cárie.suas indicações quanto ao uso são os casos de cárie de mamadeira
noturna, cárie om profundidade média, pacientes especiais e dentes
posteriores, onde a estética não é importante, pois mancha as estruturas
dentais, coberta por matéria orgânica.

IMPLICAÇÕES CLÍNICAS

A presença de flúor no local da cárie incipiente é um fator chave no sucesso do


tratamento.

Estudos recentes confirmaram que a aplicação regular de baixas


concentrações de flúor é muito mais efetiva que aplicação não frequente de
altas concentrações de flúor,dentrifrícios, soluções de higiene bucal fluoretadas
e a fluoretação da água, constituem veículos adequados para prover baixas e
frequentes concentrações de flúor, e portanto são importantes para o sucesso
do tratamento conservador.

O grau de ataque cariogênico é reduzido pelo aperfeiçoamento de hábitos oral,


pela estimulação de exposição freqüentes a baixas concentrações de flúor,
criando um ambiente favorável para o sucesso da remineralização.
NOÇÕES DE PERIODONTIA
1-CONCEITO.

Peri=em torno, ao redor

Odonto=dente

Periodontia=ao redor do dente

2-FUNÇÃO

O periodonto serve como meio de proteção e inserção do dente; é uma


unidade de desenvolvimento, biológica e funcional, que sofre determinadas
alterações com a idade e está sujeito a alterações morfológicas e funcionais,
relacionadas com o meio ambiente.

3-CLASSIFICAÇÃO

Proteção- gengiva

inserção ou sustentação- ligamento periodontal

Cemento

Osso alveolar

A MUCOSA ORAL PODE SER:

Mastigatória-gengiva

Palato duro

Epitelial-doroso da língua

Revestimento- restante da cavidade oral

3.1- GENGIVA

É a parte da mucosa mastigatória que cobre o processo alveolar e circunda o


colo dentário.
DO PONTO DE VISTA ANATÔMICO, A GENGIVA PODE SER:

Marginal ou livre

Inserida

Interdentária ou papilar

GENGIVA MARGINAL OU LIVRE:

É a margem ou bordo da gengiva que circunda os dentes, formando um colar.


Está separada da gengiva inserida por uma depressão liner rosa, denominada
“ranhura gengival livre” ou “ sulco marginal”.

GENGIVA INSERIDA:

Tem textura firme, cor róssea coral, aspecto pontilhado de casca de laranja,
com uma largura entre 1 a 3 mm.

GENGIVA PAPILAR:

Ocupa o espaço interdentário em forma de pirâmide, abaixo do ponto de


contato.

COOL:

É uma depressão em forma de vale que une as papilas v e l, adaptando-se ao


contato interdentário.

3.2LIGAMENTO PERIODONTAL:

Também chamado de pericemento, é uma estrutura de tecido conjuntivo que


circunda a raiz e a une ao osso.

3.3-CEMENTO:

É um tecido calcificado especializado, que cobre as superfícies radiculares.


Semelhante ao tecido ósseo, não apresenta contudo vasos sanguíneos nem
intervenção, e serve de inserção das fibras do ligamento periodontal.o cemento
sofre reabsorção e se caracteriza pela deposição contínua durante toda vida.
3.4 OSSO:

O processo alveolar forma o alvéolo e aí se inserem também as fibras do


ligamento periodontal. O alvéolo só existe em função do dente; após a extração
do dente, o osso alveolar é reabsorvido.

4-CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DO PERIODONTO NORMAL

4.1- COR: rosa

4.2-CONTORNO: característica, com bisel junto ao colo dentário.

4.3-FORMA: recobre o osso, e contorna o colo dentário, penetrando no espaço


interdentário.

4.4 - CONSISTÊNCIA: firme

4.5-TEXTURA: lisa (marginal) ou granular (inserida).

4.6-POSIÇÃO: depende da posição dos dentes e da localização dos pontos de


contato.

5-FATORES ANATÔMICOS QUE ALTERAM A SAÚDE PERIODONTAL

Contornos anatômicos (bossas), adaptações cervicais, pontos de contato,


cristad marginais, cúspides em êmbolo e contato prematuro.

Esses fatores são pré-disponentes que influenciam ou modificam a doença


periodontal, geralmente pelo aumento da placa bacteriana nos tecidos
gengivais.
TERAPIA PERIODONTAL:FASE ASSOCIADA Á CAUSA

OBJETIVOS DA TERAPIA ASSOCIADA Á CAUSA

Medidas que têm por meta a eliminação e prevenção da recorrência dos


depósitos bacterianos localizados supra e sub- gengivalmente nas superfícies
dentária.isto é realizado:

Motivando o paciente a combater a doença dentária (informação ao paciente).

Instruindo o paciente sobre as técnicas apropriadas (métodos de controle de


placa aplicados pelo paciente).

Raspagem e alisamento radicular.

Remoção dos fatores adicionais de retenção de placa,tais como margens


salientes de restaurações,coroas mal adaptadas e etc.

MÉTODOS DA TERAPIA ASSOCIADA Á CAUSA

1-INFORMAÇÃO AO PACIENTE

Deve ter início pela demonstração ao paciente dos sintomas da doença dental.
O profissional deve mostrar as áreas hígidas da dentição bem como os locais
que revelam sintomas da doença.

O paciente deve ser informado de que as bactérias responsáveis pelas placas


dentais não só podem reduzir o ph da placa e produzir lesões de cárie,como
também liberam substâncias que dão início e mantém as alterações
inflamatórias na gengiva e causam destruição do aparelho de inserção.ele
também deve ser conscientizado que sua participação ativa no tratamento é
essencial para o êxito do resultado.
2-MÉTODOS DE CONTROLE DE PLACA APLICADAS PELO PACIENTE

2.1-TÉCNICA DE ESCOVAÇÃO: foram descritas várias técnicas e podem ser


classificadas de acordo com o padrão de movimento que a escova executa-
rolante, vibratório, circular, vertical e horizontal.

OBSERVAÇÃO: mais importante do que a eleição de um determinado método


de escovação dentária é a disposição e a capacidade do próprio paciente de
limpar seus dentes de modo adequado.

2.2 LIMPEZA INTERDENTÁRIA: devem ser usados dispositivos auxiliares


dependendo da forma do espaço interdentário,podem ser empregados o fio
dental, a fita dental, palitos, escovas interproximais e/ou escovas com apenas
um tufo de cerdas.

FIO E FITA DENTAL: nos casos com que as papilas interdentárias preenchem
completamente os espaços interdentários.o fio dental pode ser introduzido 2 a
3,5 mm abaixo da ponta da papila, sem causar dano á gengiva e o ligamento
periodontal;quando usado corretamente o fio dental pode limpar quase todas
as partes das superfícies interdentárias.

PALITOS: nas áreas onde as papilas estão retraídas. Deve ser de madeira
macia e tem forma triangular para se adaptar ao espaço interdentário

ESCOVA INTERPROXIMAL: em casos com espaços interdentários mais


amplos. As escovas são fabricadas em tamanhos diferentes e selecionadas de
modo a se adaptarem o mais intimamente possível aos espaços interdentários.
É usada em aréas interproximais com superfícies côncavas ou onde existem
sulcos nas raízes dentárias.

ESCOVA DE UNITUFO: usada em regiões que não são alcançadas facilmente


com outros dispositivos para ho. Exemplos: áreas de furca, superfícies distais
dos molares mais posteriores e superfícies dentárias vestibulares ou linguais
com margem gengival irregular.

ESCOVA ELÉTRICA: indicadas para deficientes, idosos ou pessoas


hospitalizadas
2.3- MEIOS AUXILIARES:

AGENTES REVELADORES: devem ser usados para demonstrar a presença e


localização da placa e para avaliar a eficácia da técnica usada pelo paciente. O
agente revelador deve ser aplicado depois da escovação e da limpeza
interdentária. O paciente pode assim identificar as áreas em que os esforços de
h o foram inadequados.

DENTEFRÍCIOS: devem ser usados em associação com escovação dos


dentes, para facilitar a remoção da placa e aplicação de agentes nas
superfícies dentárias (clorexidina) com fins terapêuticos ou preventivos ( flúor).

3- RASPAGEM E ALISAMENTO RADICULAR

3.1- DEFINIÇÃO: é um procedimento que auxilia na remoçao da placa e


cálculo das superfícies dentárias. Dependendo da localização dos depósitos,
as raspagens têm de ser executadas por meio de instrumentação
supragengival ou subgengival.

O objetivo da raspagem é a remoção de depósitos da coroa clínica dos dentes.


O alisamento radicular significa uma técnica de instrumentação por meio da
qual o cemento amolecido é removido de modo a tornar a superfície radicular
dura e lisa. A raspagem e o alisamento radicular são executados por métodos
fechados ou abertos (afastamento intencional da gengiva- cirurgia).

Os instrumentos são classificados em manuais (curetas, foices, enxadas,


cinzéis e limas), ultra-sônicos e rotatórios.

3.2 INTRUMENTOS MANUAIS

Compostos por três partes – parte ativa (lâmina), haste e cabo.

CURETAS: usadas nas raspagens subgengival.

FOICES: são usadas principalmente na raspagem supra gengival ou raspagem


de bolsas rasas.

ENXADAS: usadas para raspagem supra gengival e alisamento radicular


durante a cirurgia periodontal.
CINZÉIS: usadas na raspagem supragengival, de massas compactas de
cálculo nas superfícies proximais linguais dos dentes antero-inferiores.

LIMAS: usadas no alisamento da superfície radicular e bolsas rasas ou aréas


de bifurcação que sejam inacessíveis a outros instrumentos.

3.3 INSTRUMENTOS ULTRA-SÔNICOS

Usados para a remoção de placa e depósitos volumosos de cálculos e


manchas. Costuma produzir uma superfície radicular irregular, devendo ser
completada com a instrumentação manual, a fim de produzir uma superfície
radicular lisa.

3.4 INSTRUMENTOS ROTÁTORIOS

Usados pelo dentista.

3.5 INSTRUMENTAÇÃO

Raspagem supragengival: deve-se remover o cálculo supragengival e as


saliências das margens cervicais das restaurações de amálgamas ou das
coroas métalicas, para facilitar a instrumentação subgengival. Pode ser
executada por instrumentos manuais ou ultra-sônicos. Após a instrumentação
manual, as coroas devem ser polidas e aplicado o flúor.

RASPAGEM SUBGENGIVAL: REALIZADA PELO DENTISTA

4. REMOÇÃO DOS FATORES RETENTIVOS DE PLACAS SOMENTE PELO


DENTISTA
CÁLCULO DENTAL OU TÁRTARO

1-DEFINIÇÃO

São agregados calcificados sobre os dentes e outras estruturas sólidas na


boca.

2-CLASSIFICAÇÃO

De acordo com sua localização, classificam-se em supragengival (acima da


gengica) e subgenginval (abaixo da gengiva)

3-COMPOSIÇÃO

70 a 80 % de sais inorgânicos os principais elementos são: cálcio (+ de 40%),


fósforo (+/- 20%), pequena quantidade de magnésio, sódio, carbonato e
fluoreto.

30 a 20 % da porção é composta de proteínas, carboidratos e lipídios em


pequenas porções.

4-ESTRUTURA

Cristais inorgânicos em forma de pequenas agulhas, discos ou em bastonetes


alongados. Geralmente os cristais são orientados ao acaso. Dentro do material
mineralizado, é possível distinguir o contorno de microorganis calcificados.
Uma característica importante que sua superfície é coberta por uma camada de
placa não mineralizada; o cálculo não é fator etiológico da “ doença
periodontal” e sim a palca libera produtos patogênicos para a gengiva.

5-FORMAÇÃO

Os depósitos de palca servem como matriz orgânica para sua subseqüente


mineralização. Inicialmente são observados pequenos cristais na matriz
intermicrobiana, quase sempre em justaposição á face externa das bactérias;
gradativamente a matriz enter os ms se torna totalmente calcificada e
eventualmente as bactérias também calcificam.

6- ADERÊNCIA

Uma razão para sua aderência á superfície dentária pode ser o fato de que a
película que se encontra abaixo da placa também se calcifica, deste modo os
cristais do cálculo entram em contato com os cristais do esmalte cemento ou
dentina.

7- TEORIA DA MINERALIZAÇÃO

A saliva é uma solução supersaturada em relação aos sais, sendo, desta


maneira, capaz de promover o crescimento de cristais.

Questionário de Periodontia

1- O que é carie?

2- Quais são os fatores essenciais para que ocorra a carie?

3-Cite os fatores secundários relacionados com a cárie?

4- Diferencie placa patogênica de não patogênica?

5-Quais os principais microorganismo cariogênicos?

6- diga quais exames necessários para o diagnóstico da cárie?

7- o que é preciso para eliminação, redução do agente infeccioso causador da


cárie?

8-Qual o papel do flúor no esmalte dentário?

9-Qual o diagnóstico diferencial entre mba e mbi?

10-Fale sobre os seguintes tratamentos básicos da atividade cariogênica.

A-tratamento imediato:

B-tratamento mediato.

C-tratamento a longo prazo

11- o que é fluo terapia

12-Cite algumas sugestões para aumentar a segurança a aplicação tópica do


flúor?

13-Qual a conseqüência da ingestão exagerada do flúor?

14- Quais as formas de aplicação do flúor?

15-Quais as superfícies aonde o flúor age no esmalte dentário?


16-Qual o tratamento preventivo da cárie para regiões de cicatrículas e
fissuras?

17-Quais são os efeitos do selante?

18-Quais os tipos de selante?

19- Quais as indicações e contra indicações do uso do selante?

Indicaçãoes.

Contra indicações

20-Cite todas as etapas da aplicação do selante?

21- quando deve ser replicado o selante?

22- Quando devemos usar um cariostático?

23- Qual a finalidade do cariotástico?

24- O que significa periodonto?

25- Qual a função do periodonto?

26- Classifique o periodonto?

27-Do ponto de vista anatômico como podemos classificar a gengiva?

28- Fale sobre cada estrutura do periodonto.

A- Gengiva-
B-ligamento periodontal -

C-Cemento -

D-Osso-

29- Diga as características clínicas do periodonto normal?

Cor;

Contorno;

Forma;

Consistência

Textura;

Posição;

30-Cite alguns fatores anatômicos que alteram a saúde periodontal?

31- Quais objetivos da terapia periodontal?


32- De que maneira podemos alcançar esses objetivos?

33- Qual a melhor técnica de escovação?

34- De acordo como, são classificados as técnicas de escovação?

35- Defina cálculo dental?

36- Classifique o cálculo dental?

37- Qual a composição do cálculo dental?

38- Como o cálculo dental é formado?

39- Diga onde devemos utilizar os seguintes dispositivos para limpeza


interdentária?

A- Fio e fita dental


B- Palitos.
C- Escova interproximal-.
D- Escova unitufo-

40- Quando deve ser indicado o uso da escova elétrica?

41- Para que servem os seguintes meios auxiliares usados na higiene oral?

A- agentes reveladores –

B-dentrifícios

42- Como podemos classificar a raspagem dental?

43- Qual a finalidade dos instrumentos ultra-sônicos?


Amalgama
Restaurações de amálgamas.

Ainda hoje, com todo avanço dos compositores, 2/3 das restaurações ainda
são de amálgama em função dos dois seguintes fatores:

1-material menos sensível á técnica.

2-por ser um material auto selante (a deposição de produtos da sua corrosão


na interface dente-restauração, a infiltração decai na medida em que a
restauração envelhece,tornando –se mais difícil a cárie recorrente)

Para se obter uma restauração satisfatória com o mínimo de fracasso é


necessário:

1-que o profissional prepare adequadamente paciente para recebe - lá (


controle de placa).

2-se esmere ao máximo em todas as etapas do procedimento

A longevidade das restaurações de amálgama está ligada á vários fatores e


todo esforço deve ser feito no sentido de torna-lás mais ampla possível, uma
vez que, poucos dentes resistem a sucessivas substituições.

LIGAS PARA AMÁLGAMA

Juntamente com a adequação do paciente e o correto preparo cavitário é o


fator mais importante, o que parece mais influir no desempenho clínico das
restaurações de amálgamas. Por isso, é importante saber como se classificam.

FÓRMULA
Ag3Sn+Hg=Ag3Sn+Ag2Hg3+Sn8Hg

(liga) (mercúrio) ( fase gama) (fase gama 1) ( fase gama 2)

Hg=MERCÚRIO

Ag=PRATA

Sn= ESTANHO

Cu=COBRE
CLASSIFICAÇÃO

São classificados de acordo com o conteúdo de cobre que apresentam na sua


fase gama 2.

LIGAS COM BAIXO TEOR DE COBRE

(Convencionais) característicos:

-4 a6% de cobre

-possui fase gama 2 (sn8hg)

-menos resistente mecanicamente

-mais suceptível a corrosão

-quanto ao formato das partículas da liga(partículas irregulares-limalha ou


partículas esféricas)

-a fase gama 2 é continua através de toda estrutura do amálgama,quando é


iniciada a corrosão na superfície da restauração ela difunde-se por todo corpo
do amálgama através da fase gama 2.

O cloro de oxigênio da saliva apresentam afinidade com o estanho. Desta


forma esses elementos combinam-se com o estanho desta forma esses
elementos combinam-se com o estanho da fase gama 2(sn8hg),formando
óxidos e cloretos de estanhos que são dissolvidos na saliva,deixando em
liberdade o mercúrio que difunde-se no interior do ampalgama que combina-se
com a fase gama formando novas fase gama 1 e gama 2, então verifica-se a
expansão mercuroscópica, ocorrendo a deflexão das bordas da
restauração,deixando o amálgama sem suporte e sucesptível a fratura, com o
desaperecimento da fase gama 2 por corrosão, propociona o aparecimento de
espaços vazios) porosidadeno amálgama e em consequência o
enfraquecimento mecânico).

-pior desempenho clínico.

ALTO TEOR DE COBRE ( Cu6sN5)

-9 a 30% de cobre

-Redução ou eliminação da fase gama 2.

-0,1 % fase gama 2 remanescente.


-Quanto ao formato das partículas da liga ( partículas esféricas, partículas
esferoidais,partículas esferoidais + limalha, partícula irregulares)

-Mais resistente mecanicamente

--Menos susceptível á corrosão

-Melhor desempenho clínico


NOTA= O DESEMPENHO CLÍNICO DAS LIGAS SÓ PODEM SER OBSERVADOS APARTIR DE 6
MESES APÓS A EXECUÇÃO DAS RESTAURAÇÕES QUANDO JÁ PODE OBSERVAR A
DEGRADAÇÃO MARGINAL.

CARACTERÍSTICAS MANIPULATIVAS

O formato das partículas é provavelmente um dos principais fatores.

CARACTERÍSTICAS DAS LIGAS CONSTITUÍDAS POR PARTÍCULAS

IRREGULARES

(Limalha com predomínio deste)

- Necessidade de mais mercúrio para amalgamação (50 53% de hg) essas


partículas oferecem uma aréa extensa para ser umedecida pelo amálgama.

-Condesabilidade de compactação positiva durante a condensação do


amálgama (resistência oferecida á ponta do condensador).

-É necessário o uso do condensador com extremo da parte ativa do plano com


diâmetro crescente e elevada pressão de condensação.

-Características granulosas durante a escultura.

2- PARTÍCULAS ESFEROIDAIS OU ESFÉRICAS

- Necessitam de menos mercúrio (42 a 48%)

-Oferecem menos resistência á condensação (são pastosos)

-São fáceis de esculpir (são macios), brunir e polir

-É necessário o uso de um condensador com maior diâmetro possível e com


pequena pressão de condensação.

PROPORCIONAMENTO LIGA/MERCÚRIO

Para correta manipulação, é necessário que o profissional certifique-se primeiro


das recomendações do fabricante.
A relação liga/mercúrio influi diretamente sobre a plasticidade do amálgama,
porém, quanto mais mercúrio for empregado na mistura original, maior será o
conteúdo de mercúrio residual na restauração e em conseqüência, maior será
o teor na fase gama 2 no amálgama cristalizado,menor será a resistência á
corrosão, maior será a degradação marginal, o amálgama perde o brilho e a
lisura adquiridos com o polimento. O conteúdo de mercúrio não deve ser
superior a 50 % da massa total, mas também a sua falta fará com que a massa
total,fique seca e com pouca plasticidade, dificultando a adaptação do
amálgama ás paredes cavitárias.

Trituração

Para a trituração de qualquer tipo de liga é fundamental que o profissional siga


as recomendações do fabricante, utilizando-as nos amalgamadores sugeridos
com velocidade e tempo de trituração recomendados.

A trituração pode ser manual, executada com gral e pistilo, ou mecânica,


executada num aparelho próprio. A mecânica parece ser superior por permitir
maior padronização, economia de tempo e menor desgaste físico do
profissional, além de manter a mistura com menor quantidade de mercúrio.

Com a trituração deve ser obtida uma massa plástica de amálgama liso e não
granulosos.

O término da trituração manual pode ser visualmente constatado quando:

1-Não existirem mais partículas de liga solta

2-Tiver coesão da massa de amálgama

3-Ausência de aderência dessa ao gral.

Condesação e brunidura ( pré –escultura)

A condensação visa o preenchimento e a perfeita adaptação do amálgama com


as paredes e ângulos dessa cavidade, além de possibilitar a compactação do
amálgama, produzindo assim, uma restauração uniforme e livre de poros.

A condensação deve ser iniciada logo após a trituração (imediatamente a


medida em que o tempo passa após a trituração, a massa de amálgama perde
a plasticidade e a resistência, a condensação torna-se extremamente difícil e a
adaptação se prejudica.
A TÉCNICA DE CONDESAÇÃO VARIA DE ACORDO COM A FORMA DE
PARTÍCULAS DE LIGA.
ESCULTURA E BRUNIDURA PÓS ESCULTURA

ESCULTURA

Deverá ser iniciada após a condensação(ligas de presa rápida e / ou


restaurações amplas, pelo poderá ser iniciada alguns minutos após, ligas de
presa lenta e/ou vativas) o importante é que durante a escultura,o amálgama
ofereça uma ligadura resistente á ação de corte do instrumental, encontre-se
apoiado em estrutura dental,seguindo as inclinações das vertentes cúspides.

A escultura deverá ser iniciada pela definição das cristas marginais com o
auxílio de uma zona exploradora.

A escultura da superfície oclusal poderá ser totalmente executada com uma


espátula de hollemback, esse deve ser apoiado em estrutura dental para evitar
superescavação.

BRUNIDURA
FINALIDADES:

-Diminuir o conteúdo de mercúrio residual das bordas da restauração.

-Diminuir a porosidade do amálgama.

-Tornar a superfície, mas lisa.

-Melhorar a adaptação marginal.

-Melhorar o desempenho clínico

-Melhorar o selamento

-Diminuir a evaporação do amálgama cristalizado (mercúrio)

BRUNIDURA NA SUPERFÍCIE OCLUSAL: com o brunidor metálico em forma de ovo,


com suave pressão do centro da restauração para a superfície dental. Nos
sulcos emprega-se um brunidos afiado.

CHECAGEM DA OCLUSÃO: fechamento, lateralidade e protusão.


ACABAMENTO E POLIMENTO

Finalidades:

1-Reduzir aspereza das restaurações

2-Obter uma superfície lisa

3-Regularizar as bordas das restaurações

4-Redefinir a escultura

5-Corrigir a oclusão (quando necessário)

6-Aumentar a resistência do amálgama á corrosão

7-Melhorar o desempenho clínico das restaurações de amálgama (diminuir o


índice de fraturas de bordas)

8-Dificultar o acúmulo de placas sobre a superfície e as bordas das


restaurações.

As restaurações de amálgama só devem ser finalizadas e polidas 24 e 48


horas após a sua execução para permitir que o amálgama alcance um elevado
grau de cristalização.

A técnica de acabamento e polimento é toda realizada e em velocidade


convencional e de forma intermitente.

Didaticamente dividimos em 3 etapas:

1-Acabamento

2-Polimento inicial

3-Polimento final

ACABAMENTO

-Discos de lixa=cristas marginais, por vestibular e por lingual

-brocas multilâminadas=escultura da oclusal (da margem cavitária para o


centro)

-Tiras de lixa metálica=superfícies interproximais no sentido vestibular-lingual e


vice-versa até que os excessos sejam removidos e a superfície seja
regularizada.
POLIMENTO INICIAL

Pasta de pedra-pomes e álcool

Superfície oclusal- escova de cerdas duras

Superfície lisa-taça de borracha ou pasta de pedra-pomes

Borrachas abrasivas marrom

POLIMENTO FINAL

Pasta de óxido de zinco e álcool

Escovas de cerdas macias ou pasta de óxido de zinco

Borrachas abrasivas verde e azul

INDICAÇÃO DA RESTAURAÇÃO DE AMÁLGAMA

É indicada em dentes posteriores, pois suporta grande quantidade de esforços


mastigatórios e não é estético.

Suporta carga mastigatória desde que possua uma razoável espessura e pelo
menos está confinado em 3 paredes,não deve ser usado para reconstrução da
cúspide.

VANTAGENS X DESVANTAGENS

Na odontologia, ainda é um dos materiais mais utilizados devido as suas


propriedades físicas e químicas.

VANTAGENS

1-É de fácil manipulação

2-A técnica utilizada é simples e de excelente resultados

3- É compatível com os tecidos vivos dos dentes

4-O polimento não permite a instalação de placa bacteriana

5-É um material de baixo custo


DESVANTAGENS

1-Transmissão de temperatura ao complexo dentina-polpa

2-Ocorrência de corrente galvânica quando na presença de outras


restaurações metálicas.

3-Não é estético

CLASSIFICAÇÃO DAS RESTAURAÇÕES QUANTO AO TIPO DE PREPARO

CLASSE 1( POSTERIOR)
-O

-OL

-OV

-OP

CLASSE 2 (POSTERIOR)
-MO

-OD

-MOD

CLASSE 3 (ANTERIOR)

-M

-D

CLASSE 4 (ÂNGULO ANTERIOR)


-DI

-MI

-MDI

CLASSE 5( ANTERIOR E POSTERIOR)

-V

-P

-L

INSTRUMENTAL
-Porta-matriz (iviory/sigueland)

-matriz aço

-cunha (madeira/plástica

-gral e pistilo
-amalgamador mecânico

-porta-amálgama ou injetor de amálgama ( de metal/ de plástico)

-condensador, brunidor, escultura (frahn/discóide-cleóide/ hollemback)

TOXIDADE DO MERCÚRIO

Não existem dúvidas que o mercúrio é um elemento químico tóxico. Porém


para concluir este elemento nas restaurações de amálgama pode trazer
prejuízos á saúde, é preciso estabelecer as seguintes considerações:

-as restaurações de amálgama liberam mesmo mercúrio para o organismo?

-o mercúrio, se liberado, é absorvido pelo organismo?

-o mercúrio, se absorvido, é acumulado nos órgãos ou é excretado?

-o mercúrio proveniente das restaurações pode ser danoso á saúde do


indivíduo?

Desde o seu uso inicial, os efeitos colaterais do mercúrio têm sido


questionados.

O mercúrio pode ser liberado, em forma de vapor, durante o ato da colocação e


/ou remoção da restauração antiga com amálgama.o contato do paciente com
este vapor de mercúrio durante a inserção e/ou remoção da restauração é
bastante pequeno, e a quantidade total de vapor de mercúrio neste momento é

muito pequena para causar injúrias.essa pequena liberação drasticamente


reduzida através de procedimentos cuidadosos,tais como o uso do dique de
borracha,uso de refrigeração e sucção vigorosa dos restos do material.

Sem dúvida, o mercúrio da restauração de amálgama penetra na estrutura do


dente.

Uma análise na dentina, que suportava restaurações de amálgama, revelou


presença de mercúrio, o qual, em parte, pode promover uma descoloração
subseqüente do dente.

Durante a mastigação, pequenas quantidades de mercúrio são liberadas.


Entretanto, a possibilidade de reações tóxicas no paciente, provenientes destes
traços de mercúrio que penetram no dente são bastante remotas. Os perigos
têm avaliado em diferentes estudos.

Um paciente que possua mais de 12 restaurações de amálgama na boca pode


liberar mercúrio para o organismo em cerca de 1 MG.isso representa cerca de
10% das contaminações por mercúrio de um indivíduo por outras fontes como
alimentos(peixes e crustáceos),meio ambiente(poluentes) e ocupacionais,que
chegam a um teor na ordem de 10 a 20mg.

As principais de absorção do mercúrio são:

-80%do mercúrio inalado (vapor) é absorvido pelos pulmões.

-10%do mercúrio é absorvido pelo trato gastrointestinal.

-não há evidência do transporte do mercúrio via cavidade oro nasal para o


cérebro.

Os rins são os principais órgãos do corpo que podem acumular o mercúrio


inorgânico por sua capacidade de formar compostos complexos com a
metalotionina e selênio, que reduz a toxicidade e protege o fígado de possíveis
danos ao organismo.

Os dentistas e auxiliares estão exposto diariamente ao risco de intoxicação


pelo mercúrio. Apesar de o mercúrio pode ser absorvido pela pele ou por
ingestão, o risco principal da equipe odontológica está relacionado à inalação.
O mercúrio é volátil á temperatura ambiente. O vapor de mercúrio não tem cor,
odor, ou gosto, e não pode ser detectado prontamente, por meios simples,
mesmo em níveis próximos do máximo, para uma exposição segura.

O consultório deve ser bem ventilado. Todo excesso de mercúrio proveniente


do proporciona mento das cápsulas descartáveis e do amálgama removido
durante a condensação deve ser coletado e armazenado em recipientes
perfeitamente vedados. Gotas de mercúrio perdidas devem ser limpas o mais
cedo possível. se o mercúrio entrar em contato com a pele,esta deve ser
lavada com água e sabão.

Quando o amálgama está sendo desgastado, deve-se usar spray de água e


sucção.

Atualmente já constitui como padrão, nos consultórios odontológicos, o uso de


protetores para olhos, de máscaras descartáveis e de luvas.
Os pesquisadores afirmam que as restaurações de amálgama não são
responsáveis por doenças, intoxicações e outros danos que possam
comprometer o indivíduo.

Questionário de Amálgama

1-Como podemos classificar as ligas para amálgama?

2- Cite as características das ligas convencionais?

3-Porque a fase SNH é indesejada?

4-Cite as características das partículas irregulares e esféricas?

5-Quais os instrumentais utilizados para restauração de amálgama

6-Diga a importância do proporciona mento limalha/mercúrio.

7-Qual a proporção ideal de limalha/mercúrio, e por quê?

8-Como podemos realizar a fase da trituração?

9-Como identificar o término da fase de trituração?

10-A trituração mecânica é melhor que a manual por quê?

11-Quando devemos iniciar a condensação?

12-Como realizar a escultura nas cristas marginais?

13-E na superfície oclusal?

14-Qual a finalidade do bruni mento?

15-Antes do acabamento e polimento, o que deve ser verificado na


restauração?

16-Quando deve ser realizado o polimento das restaurações de amálgama?

17- Cite 5 finalidades dos procedimentos de acabamento e polimento?

18-Quais os materiais necessários para realização do acabamento?

19-Como deve ser realizado o polimento?

20-Qual sua opinião em relação ás restaurações em amálgama e resina


composta?

21-O mercúrio proveniente das restaurações pode causar danos á saúde dos
indivíduos?

22-Quais os cuidados quando realizamos restaurações em amálgama?


RESINA

Restaurações com Resinas Compostas

Uma das grandes preocupações da odontologia; desde seu início, foi a de


encontrar um material restaurador que, além de restabelecer a função do
elemento dental, apresentasse adequada resistência à abrasão, boa adaptação
marginal, biocompatibilidade e que reproduzisse a cor natural dos dentes.

Composição

a) Matriz orgânica: BIS-GMA(Bisfenol Glicidil Metacrilato). Está no corpo da


resina e vai conferir viscosidade à resina. Tem a capacidade de
polimerização espontânea pela ação da temperatura, luz ou tempo de
armazenamento.

b) Carga inorgânica:partícula de quartzo, sílica coloidal, vidro de bário,


boro, zinco, estrôncio e silicato-lítio-alumínio, com tamanho médio de 1 a
5 micra. Confere a forma.

c) Agente de união carga/matriz:atualmente é utilizado o agente


metacriloxipropil-trimetoxi-silano. É capaz de unir duas fases entre si.

d) Outros componentes:agentes inibidores(usados para impedir a


polimeração prematura), ativadores da polimeração e radiopacificadores
(óxido de bário e fluoreto de bário, que têm a finalidade de facilitar a
proservação radiográfica)

Sistemas indicadores ou ativadores

Estes sistemas podem ser divididos em dois grupos: os quimicamente


ativados(peróxido de benzoíla) e os fotoativados, sendo que este pode ser
subdividido por luz ultravioleta(em desuso) e luz visível(éter metílico de
benzoíla ou éteres alquílicos de benzoíla)
O éter é um decomposto, liberando radicais livers que desencadeiam a
polimerização.

Formas de apresentação

A) Para os ativados quimicamente

 Sistema pasta/pasta única

 Sistema pó/líquido

Ativador: pó

Iniciador: líquido

Tamanho das Partículas

Macro: 15 micra

Micro: 0,01-0,1 micra

Média: 5-15 micra

Pequena: 1-5 micra

B) Para os sistemas foto ativados

 Pasta Única

Tamanho das Partículas

Macro

Micro

Média

Pequena

Híbrida: mistura sendo uma delas micro

Microhíbrida

Classificação das resinas(de acordo com o tamanho das partículas)


A) Resina tradicional ou convencional:

Partículas de quartzo, 60% do peso é de carga inorgânica,


macropartícula, característica: dureza, aspereza. Devem ser
manipuladas com espátula de plástico.

B) Resinas compostas por micropartículas:

Partículas de sílica coloidal, 35 a 50% do peso de carga inorgânica,


característica: lisas e políveis.

C) Resinas compostas intermediárias: 70 a 80% do peso de cargas


inorgânicas.

De partículas médias

De partículas pequenas

Superfícies regulares e lisura de superfície. São melhores que as macro


e piores que as micro. Podem ser usadas em dentes anteriores e
posteriores.

Propriedades

A) Resistência à abrasão

As resinas apresentam baixa resistência à abrasão. Esta desvantagem


leva à perda da forma anatômica das restaurações, limitando a sua
longevidade. Quanto maior o conteúdo de carga inorgânica maior a
resistência à abrasão.

Classe III e V – abrasão pela escovação

Classe I e II – abrasão pela mastigação

A superfície de uma restauração será mais suscetível à abrasão em


presença de placa bacteriana, isto porque o ácido acético e o ácido
propiônico produzidos pela mesma promovem o amolecimento da matriz
resinosa. Este fato é mais pronunciado em compósitos com maior
quantidade de BIS-GMA. As partículas de reforço ou carga não sofrem
abrasão em condições clínicas, provavelmente elas são arrancadas pelo
desgaste da matriz que as envolve. Quanto maior o conteúdo de carga,
maior a resistência à abrasão.

B) Estabilidade da cor

Este fato ocorre por dois fatores conhecidos: manchamento superficial


(relacionado a penetração de corantes contidos no alimentos, fumo) e
descoloração interna(que é resultante de um processo de reações
químicas dos componentes ativadores da resina). Os compósitos
ativados por luz são mais estáveis que os quimicamente ativos.

O manchamento superficial ocorre através da superfície da restauração.


As restaurações mais lisas são menos suscetíveis a esse processo. No
caso, as resinas de micro-partículas têm maior lisura e maior dificuldade
de penetração de corantes.

C) Contração de Polimeração, infiltração marginal e expansão


higroscópica.

A contração de polimerização diminui e estabilidade dimensional e em


consequência a adaptação marginal. Podemos tentar melhorar com
novas técnicas de inserção da resina da cavidade.

A expansão higroscópica é da ordem de 0,07 a 0,80% de volume. Pode


compensar em parte contratação de polimerização, readaptando a
restauração às paredes cavitárias, diminuindo a infiltração marginal.
Qualquer acabamento só deve ser realizado 24 horas após a realização
da restauração.

Resinas flúidas(adesivos)

Para que as resinas restauradoras, especialmente as composta, possam


unir-se de uma forma mais eficaz e duradoura com a estrutura dental, e
com isso possibilitar maior longevidade às restaurações, é fundamental
o emprego prévio de uma resina de baixa viscosidade que seja capaz de
penetrar no íntimo da estrutura dental e aí se polimerizar. Haverá um
maior desempenho clínico com relação à integridade marginal.

Tipos de Adesivos:

a) Adesivos para esmalte


b) Adesivos dentinários

c) Adesivos esmalte/dentina

Podem ser auto ou fotopolimerizável

Seqüência operatória

Separação do instrumental

A. Profilaxia-Pedra pomes e água

B. Seleção da cor

Esmalte varia do branco ao cinza, enquanto a dentina pode ser


amarela, laranja, vermelha. O esmalte é mais espesso na borda
incisal dos dentes anteriores e é mais fino próximo a linha da
cervical da coroa.

A escolha da cor deve ser feita com o dente e a escala de cor


molhados, pois a resina fica hidratada, e não se torna mais clara.
Deve-se usar luz natural, o refletor não deve estar ligado e com
maior rapidez para que não haja fadiga visual.

C. Isolamento

De preferência o absoluto que evita contaminação com saliva.

D. Proteção do complexo dentina-polpa

E. Condicionamento ácido

Ácido fosfórico a 37%

Tempo de 15 segundos a 01 minuto.

F. Lavagem

20 segundos para o ácido líquido


60 segundos para ácido gel

G. Secagem

Com papel absorvente ou algodão

H. Seleção e estabilidade da matriz

I. Resina flúida

Adesivo: primer-bond. Aplica a espera 20 segundos, polimeriza e


observa se a superfície ficou brilhante.

J. Inserção e polimerização da resina

Concluído o condicionamento ácido, a resina flúida selecionada,


para esmalte ou esmalte/dentina, deverá ser aplicada sobre a
superfície, os excessos removidos com suave jato de ar e a
mesma ser polimerizada por 20 segundos. Observar se ficou
brilhante, caso não tenha ficado reaplicar para vedar os
canalículos dentinários, evitando sensibilidade.

Realizar a inserção incremental para as resinas fotoativadas.

Estas contraem em direção à superfície externa mais próxima da


fonte luminosa, em contraste com as quimicamente ativadas,
onde a contração ocorre em direção ao centro do material.

Tempo de aplicação da luz: +/- 40 segundos

Plano: o plano de aplicação da luz deve ser perpendicular em


relação à superfície que vai ser polimerizada.

Distância: a fonte luminosa deve ficar o mais próximo da resina.

K. Acabamento e polimento

Os excessos são retirados com brocas multilaminadas ou com


pontas diamantadas, discos abrasivos (soflex), aplicados a seco e
em baixa rotação. O acabamento de superfície e interproximal
são feitos com tiras de lixa.

Vantagens de restaurações:

1. Preparo cavitário com o mínimo de estrutura dental

2. Restaurações concluídas algumas vezes em uma única


sessão

3. Menor tempo de trabalho

4. Custo baixo

5. Estética

6. Boa adaptação

7. Biocompatibilidade

8. Resistência à abrasão

Condicionamento ácido do esmalte

A técnica do condicionamento ácido do esmalte foi desenvolvida por


Buonocore em 1955 e mudou, quase que totalmente, os rumos da odontologia,
especialmente da restauradora, possibilitando simplificação das técnicas e
considerável economia do tecido dental sadio. Basicamente ela consiste na
aplicação de ácido fosfórico na concentração de 30 a 50%(em solução ou gel),
durante um minuto, sobre a superfície externa do esmalte. O ácido atua de
forma seletiva sobre a estrutura prismática do esmalte, promovendo uma
dissolução do esmalte pelo ácido é um sal solúvel em água, que deverá ser
removido com auxílio de um spray de ar/água para que uma resina de baixa
viscosidade(resina fluida para esmalte ou para esmalte/dentina) possa penetrar
nas microporosidades e aí polimerizar. Este
Questionário de Resinas Compostas

1- Quais os pré-requisitos necessários para que um material restaurador seja


considerado como aceitável?

2- Qual a composição básica das resinas compostas?

3- Quais as finalidades de cada componente das resinas compostas?

4- Quais os tipos básicos de sistema iniciadores ou ativadores?

5- Como o sistema iniciador funciona?

6- Quais as formas de apresentação das resinas compostas?

7- Como as resi9nas podem ser classificadas em relação ao tamanho das


partículas? Quais suas características?

8- Relacione a forma de apresentação das resinas com o tamanho das


partículas.

9- Quais as propriedades das resinas compostas?

10- Qual a finalidade dos adesivos?

11- Quais os tipos de adesivos?

12- Diga a sequência operatória?

13- Quais os cuidados para a tomada de cor do dente?

14- Como deve ser feita a inserção e polimeração da resina composta?

15- Como devem ser feitos o acabamento e polimento das resinas compostas?

16- Quais as vantagens das restaurações em resinas compostas?

17- Qual a finalidade do condicionamento ácido do esmalte?

18- Diga a sequência do condicionamento ácido do esmalte.

19- Quais os fatores que determinam a qualidade do condicionamento ácido do


esmalte?
Odontologia Social
ODONTOLOGIA SOCIAL E SAÚDE PÚBLICA

*MUDANÇAS NO QUADRO EPIDEMIOLÓGICO DA POPULAÇÃO

*EDUCAÇÃO EM SAÚDE: PILAR DA ODONTOLOGIA MODERNA

*MUDANÇAS COMPORTAMENTAIS: INDIVÍDUO, FAMILÍA, COMUNIDADE

*A ODONTOLOGIA SOCIAL CONSTITUI UMA ESPECIALIDADE DA


ODONTOLOGIA

*CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE ( 1987)- REFORMA SANITÁRIA

*CONSTITUIÇÃO DE 1988 ( BRASIL) – INSTITUIÇÃO DO SUS( SISTEMA


ÚNICO DE SAÚDE)

TRÊS PRINCÍPIOS DA REFORMA SANITÁRIA

“A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes entre outros, a


alimentação a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a
renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços
essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e
econômica do país”

“A; saúde como direito de todos e dever do estado, segundo a qual o estado
deve atuar como regulador público e responsável- por meio das políticas
sociais e de saúde, pela promoção, proteção e recuperação da saúde,
garantindo a cidadania e o acesso de todos os cidadãos aos serviços de saúde
a todos cidadãos.”
A EQUIDADE, QUE COMPREENDE:

* UNIVERSALIZAÇÃO-inclusão da população ás ações e ao atendimento dos


os cidadões.

INTEGRALIDADE DA ATENÇÃO- acesso da população a todos os


procedimentos relacionados ao atendimento em saúde, como diagnóstico,
terapêutica etc...,com o emprego do aparato tecnológico disponível.

DESCENTRALIZAÇÃO: redistribuição do poder de âmbito federal para as


alçadas estadual e municipal, promovendo a autonomia na coordenação das
ações e serviços de saúde, como planejamento, controle e execução, e
permitindo a participação popular.

“participação da sociedade civil no controle dos recursos fundo público, gastos


destinados ás políticas de saúde, por meio dos conselhos e das conferências
de saúde.”

Para gerar igualdade entre as pessoas é necessário tratar desigualmente os


desiguais.

Ações e serviços de saúde não são favores ou atos de caridade do estado para
com os indivíduos, mas um direito estabelecido na constituição.

EQUIDADE DE SAÚDE BUCAL

Como a reforma sanitária modificou a forma dos cds na sociedade?

“Antes o cd atuava sozinho e suas ações tinham um caráter curativo, entretanto


o aumento da incidência de cárie e de problemas periodontais na população,
não tornava satisfatório para população em geral esse modelo de trabalho.”

A odontologia assumiu um caráter preventivo e curativo, dessa forma o cd,


sentiu a necessidade de criar uma equipe de apoio para o seu trabalho.

POLÊMICA:

Muitas discussões acaloradas têm acompanhado a história do pessoal auxiliar.


A APROVAÇÃO DO PARECER 26/84 PELO CONSELHO FEDERAL DE
EDUCAÇÃO, QUE DISCIPLINOU O EXERCÍCIO PROFISSIONAL DO
PESSOAL AUXILIAR ACENDEU UM DEBATER, PARTICULARMENTE OS
ASB.

COMPETE AOS ASBṡ, SEGUNDO A RESOLUÇÃO CFO-185/93 (ART.20)


“SEMPRE SOB A SUPERVISÃO DO CD OU DO TSB:

1-Orientar os pacientes sobre higiene bucal

2-Marcar consultas

3-Preencher e anotar fichas clínicas

4-Manter em ordem arquivo e fichário

5- Controlar o movimento financeiro

6-Revelar e montar radiografias intra-orais

7-Preparar o paciente para o atendimento

8-Auxiliar no atendimento ao paciente

9-Instrumentar o cirugião dentista e o técnico em saúde bucal junto á cadeira


operatória.

10-Promover isolamento do campo operatório.

11-Manipular materiais de uso odontológico

12-Selecionar moldeiras.

13-Confeccionar modelos em gesso

14-Aplicar métodos preventivos para o controle da cárie dental

15-Proceder á conservação e a manutenção do equipamento odontológico.

COMPETE AOS TSBṡ, SEGUNDO A REOLUÇÃO CFO-185/93 “ SEMPRE


SOB A SUPERVISÃO COM A PRESENÇA FÍSICA DO CD, NA PROPORÇÃO
MÁXIMA DE 1 PARA 5 TSBṡ:

1-Participar do treinamento de auxiliar em saúde bucal

2-Colaborar nos programas educativos de saúde bucal

3- Colaborar nos levantamento e estudos epidemiológicos como coordenador,


monitor e anotador.
4-Educar e orientar os pacientes ou grupos de paceintes sobre prevenção e
tratamento das doenças bucais.

5-Fazer a demonstração de técnicas de escovação

6-Responder pela administração da clínica

7-Supervisionar, sob delegação, os trabalhos das auxiliar em saúde bucal.

8-Fazer tomada e revelação de radiografias intra-orais

9-Realizar teste de vitalidade pulpar

10-Realizar remoção de indutos, placas e cálculos supra gengivais

11-Executar a aplicação de substâncias da cárie dental.

12-Inserir e condensar substâncias restauradoras.

13-Polir restaurações, vedando-se escultura.

14- Proceder a limpeza e á anti-sepsia do campo operatório, antes e após os


atos cirúrgicos.

15-Remover suturas

16-Confeccionar modelos

17-Preparar moldeiras

OBJEÇÕES AO TSB.

1-Rouba o mercado de trabalho que é por direito do cd.

2-Vai se transformar em falso dentista e prático

3-Não é capaz de realizar trabalhos com a mesma qualidade que o cd

4- PÕE O CD EM RISCO PERANTE A JUSTIÇA, POIS ESSE É


RESPONSÁVEL PELO TRABALHO QUE AQUELE REALIZA

DISCUSSÃO ABERTA!

Aspectos legais: boa parte das críticas ao pessoal auxiliar odontológico resulta
de desconhecimento dos dispositivos legais já existentes e que , a rigor,
deveriam bastar para disciplinar o trabalho de equipes de saúde bucal sob
comando,coordenação e controle do cd.outra parte das críticas resulta, ao
contrário, das notáveis imperfeições do parecer 460/75, reproduzidas
mecanicamente pelo cfo na decisão 26/84 e nas resoluções 155/84, 157/87 e
185/93.tais imperfeições vão das denominações a dscrição das competências.

ÍNDICES EPIDEMIOLÓGICOS

O que é epidemiologia?

EPI=sobre

DEMOS=povo

LOGOS=estudo

Epidemiologia é o ramo das ciências da saúde que estuda na população a


ocorrência, a distribuição e os fatores determinantes dos eventos relacionadaos
á saúde.

O conhecimento do estado epidemiológico é muito importante para avaliação


do estado de saúde bucal de uma população.

 Estudar,pesquisar e formular um planejamento ideal

 Determinar a necessidade de tratamento

 Erradicar as doenças que mais acometem essa população

ÍNDICES

Definiçâo: é um valor numérico que descreve a situação relativa de uma


determinada população por meio de uma escala graduada com limites
superiores e inferiores definidos,permitindo comparações com outras
populações classificadas pelos mesmos métodos e critérios.

CARACTERÍSTICAS

 Objetivos e simples

 Permitir que vários examinadores possam efetuar os exames e


reproduzi-los confiavelmente.

 Devem ser específicos e medir exatamente aquilo que se deseja.


 Não podem causar injúrias as pessoas que estão sendo examinadas e
devem ser sensíveis ao ponto de detectar qualquer variação do estado
de saúde da população.

ÍNDICE DENTAL

CPOD: caracteriza a quantidade de dentes permanentes de uma população


que foram afetados pela doença cárie.

C=cariado

P=perdido

O=obturado

D=dente

NA SIGLA DA DENTIÇÃO DECÍDUA AS SIGLAS SE ALTERAM:

CEOD

C=cariado

E=extraído (não esfoliado) ou com extração indicada

O=obturado

D=dente

PARA QUALIFICAR AS SUPERFÍCIES ATINGIDAS OS ÍNDICES SÃO:

CPOS

C=cariado

P=perdido

O=obturado

S=superfície

ÍNDICE DE FLUOROSE DENTÁRIA

Códigos para diagnosticar o (ÍNDICE DE FLUOROSEAN) são:


0=NORMAL: esmalte liso, brilhante e com forma normal.

1=QUESTIONÁVEL: esmalte apresenta leves alterações em sua translucidez.

2= MUITO LEVE: manchas esbranquiçadas irregulares porosas envolvendo


25% da superfície vestibular.

3= LEVE: opacidade maior chegando a 50% da superfície dentária.

4= MODERADO: esmalte com manchas marrons, alterando a anatomia do


dente.

5= SEVERO: o formato geral da coroa está afetado, dando aspecto de


corrosão.

ÍNDICE PERIODONTAL COMUNITÁRIO ( IPC)

O exame é feito com uma sonda periodontal específica, que se caracteriza por
possuir uma esfera na ponta de o,5 mm e uma faixa preta entre 3,5 e 5,5 mm.

REALIZADO POR SEXTANTE, NAS UNIDADES REPRESENTATIVAS:

17 E16 11 26 E27

36 E 37 31 46 E 47

OS CÓDIGOS UTILIZADOS SÃO:

0= Hígido

1=Sangramento

2= Cálculos detectável, mas sem bolsa periodontal

3= Bolsa periodontal com 4 a 5 mm.

4= Bolsa periodontal com 6 mm ou mais.

X= Sextante excluído

1 2 3

6 5 4

ÍNDICE PSR- PERIODONTAL SCREENING RECORDING (REGISTRO


PERIODONTAL SIMPLIFICADO)

Exame fácil e rápido, eficiente para triagem

Material necessário: sonda periodontal especial (who-621)


FICHA COM ESPAÇO PARA ANOTAR OS ESCORES DE CADA
SEXTANTE:

1 2 3

(17-14) (13-23) (24-27)

6 5 4

(44-47) (33-43) (37-34)

Técnica do exame: leve introdução da sonda periodontal (no sentido do


longo eixo do dente)

Verificação dos escores:

CÓDIGO 0: SAÚDE PERIODONTAL

 A faixa colorida da sonda periodontal está totalmente visível.

 Não há sangramento a sondagem

 Não há cálculos ou margens irregulares de restaurações

 Conduta: medidas preventivas, como orientação de higiene, polimento a


aplicação tópica, se necessário, intervenção de um tsb.

CÓDIGO 1: GENGIVITE

 A faixa colorida na sonda periodontal está totalmente visível.

 Não há cálculos ou margens irregulares de restaurações.

Sangramento a sondagem presente

 Conduta: orientação de higiene, remoção da placa supra e subgengival,


aplicação tópica de flúor.

 Intervenção de um tsb.

CÓDIGO 2 : GENGIVITE E PERIODONTITE LEVE


 Faixa colorida totalmente visível

 Presença de cálculos e / ou margens insatisfatórias de restaurações


(supra ou infrasulculares)

 Sangramento á sondagem presente ou não

 Conduta- orientação de higiene, remoção de placa bacteriana, supra e


subgengival, correção das margen das restaurações, raspagens de
cálculos supra e subgengival, aplicação tópica de flúor.

 Intervenção de um cd.

CÓDIGO 3: PERIODONTITE MODERADA

 Faixa colorida parcialmente intrasulcular

 Conduta: mapeamento periodontal completo: mensuração de bolsa


periodontal, perda de inserção, mobilidade dental, envolvimento de
furca, discrepâncias oclusais ,alterações mucogengivais,exame
radiográfico do sextante.

 Se ocorrer código 3 em dois ou mais sextante,fazer o mapeamento


periodontal de todos os dentes e exame radiográfico da boca toda

 Intervenção de um especialista.

CÓDIGO 4:PERIODONTITE SEVERA

 Faixa colorida totalmente no interior da bolsa periodontal.

 Conduta: mapeamento periodontal completo, exame radiográfico


completo ( independentemente do código dos outros sextantes).

CÓDIGO 5

 Mobilidade denta

 Envolvimento de furca

 Retrações gengivais maiores que 3,00 mm.

 Problemas mucogengivais.

ÍNDICE PHP-PATIENT HYGIENE PERFOMANCE( PERFOMANCE DE


HIGIENE DO PACIENTE)
É o índice para medir a qualidade de higiene naquele momento e o resultado
será apresentado em percentual.

Técnica do exame: evidenciar a placa bacteriana e contar as superfícies


coradas nos dentes indicados, ou em caso de ausência, os dentes adjacentes.

DENTES MESIAL GENGIVAL TERÇO OCLUSAL DISTAL LINGUAL


MÉDIO

16

11

26

36

31

X: -----------------%

CÁLCULO DE X:

EX: 36 ------------------100%

Y -------------------X X=100Y

36

36: Quantidade total de superfícies examinadas

Y=Superfícies coradas

X=Porcentagem de placa bacteriana que vai ser determinada.


QUESTIONÁRIO DE ODONTOLOGIA SOCIAL

1-Qual o objetivo de ação da odontologia social?

2-Quando o SUS foi instuído?

3-Quais os 03 princípios da reforma sanitária?

4-Explique porque o pilas da odontologia moderna é a prevenção?

5-Como a reforma sanitária modificou a forma de atuação dos CDs na


sociedade?

6-Quais profissionais compõem a equipe de apoio em saúde bucal?

7-A partir de que ano a equipe de saúde bucal passou a integrar o Psf?

8-Quais as competências da Asb?

9-Quais as competências do Tsb?

10-O que a epidemiologia estuda?

11-Porque é importante o conhecimento do estado epidemiológico de uma


população?

12-O que é um índice epidemiológico?

13-Que característica deve ter um índice epidemiológico?

14-Que índices avaliam a doença cárie em adultos?

15-Qual a diferença entre o cpod e o cpos?

16-Qual o objetivo do índice de Dean?

17-Que índices podem ser utilizados para medir a condição periodontal de uma
comunidade?

18 - No índice Php, se 27 superfícies forem coradas, qual a porcentagem de


placa deste paciente?

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