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RADIAÇÃO

O que é radiação e para que serve?


A radiação é uma ferramenta comum e valiosa na Medicina, pesquisa e indústria. Está
presente em sistemas de saúde para realização de diagnósticos e, em altas doses, para
tratar doenças como o câncer. Além disso, é usada para matar bactérias nocivas em
alimentos e prolongar a vida útil de produtos frescos. (SUMMIT SAUDE ESTADAO)

Elementos radioativos produzem o calor que é usado para gerar eletricidade em reatores
de energia nuclear, como na usina de Chernobyl (Ucrânia) e de Fukushima (Japão). Os
materiais também são usados em vários produtos, como detectores de fumaça e sinais de
saída, e para muitos outros fins industriais e de pesquisa.

Diversos procedimentos de terapia e de diagnóstico são realizados com material


radioativo. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)
A radiação é a energia que se move através do espaço ou da matéria a uma velocidade
muito alta. Essa energia pode estar na forma de partículas, como alfa ou beta, que são
emitidas por materiais radioativos ou ondas como luz, rádio, micro-ondas, raios X e
gama.

Na Medicina, a radioatividade é usada em muitos procedimentos de imagem médica e


tratamento contra tumores. Os procedimentos que envolvem material radioativo são
realizados por um radiologista, um profissional médico treinado e certificado para esse
fim e pode atuar na:

 radioterapia — usa muitos tipos e fontes radioativas para curar ou aliviar os sintomas
do câncer e outras doenças.
Geralmente, os benefícios ao diagnosticar ou tratar doenças com elementos radioativos
superam os riscos. Os procedimentos radiológicos apenas fornecem a dose mínima
necessária para a área específica, protegendo todas as outras partes do corpo

Como a radiação ionizante afeta a saúde?

A exposição à radiação pode levar a diferentes efeitos para a saúde. O tipo e a


probabilidade dos efeitos produzidos geralmente dependem do tipo de material
radioativo, dose, forma de exposição, concentração do material radioativo, tempo de
permanência no organismo e sensibilidade do corpo aos efeitos radioativos.

Em doses mais baixas de radioatividade, o ácido desoxirribonucleico (DNA) da célula


pode reparar o dano e sobreviver. Em altas doses, uma célula humana pode ser
danificada tão severamente que morre em um curto período. A exposição a níveis
moderados podem causar náusea, vômito, diarreia, dor de cabeça e febre.

Na síndrome aguda, ou envenenamento radioativo, existem complicações


hematopoéticas, gastrointestinais, neurovasculares ou cutâneas. Os sintomas costumam
desaparecer em 24h. No entanto, a radiação pode prejudicar o organismo a longo prazo,
favorecendo o desenvolvimento de tumores cancerígenos, doenças cardiovasculares,
esterilidade, problemas fetais, entre outros.

Como limitar a exposição?

Chumbo é considerado o “padrão-ouro” para proteção contra radiação. (Fonte:


Shutterstock/Reprodução)
Quanto menor a exposição, menores serão os problemas à saúde. A principal fonte de
radiação é a cósmica, tendo como origem o mais profundo espaço interestelar e
erupções do Sol. Portanto, a proteção contra os raios solares, mesmo com a recuperação
do buraco de Ozônio, é essencial para evitar os danos, principalmente à pele.

Os benefícios e riscos do uso de material radioativo para diagnóstico ou tratamento de


doenças deve ser avaliado pelo médico. Caso seja necessário utilizar, o monitoramento e
a aplicação de técnicas para reduzir a dose recebida são importantes.

Em caso de uma emergência nuclear, como um acidente em uma usina, deve-se


procurar um bunker como abrigo. Na falta deste, um prédio comum pode ser utilizado
como alternativa de proteção

Radiação e suas aplicações na saúde: quais os riscos?

Inicialmente, é importante que os pacientes conheçam as recomendações internacionais


de exposição à radiação e a segurança dos procedimentos médicos.
Para mensurar os efeitos biológicos da radiação no corpo humano é usada uma unidade
de medida chamada de milisievert (mSv). No mundo, a média de exposição à radiação
natural é 2,4 mSv por ano, que é considerada uma quantidade segura.

Destaca-se que, qualquer pessoa tem uma chance em três de desenvolver algum tipo de
câncer em qualquer momento da vida.

Pensando nos receios por parte dos pacientes, a Agência de Proteção da Saúde do Reino
Unido (HPA) calculou o risco de dano celular no caso de exames de imagem. A
constatação foi a seguinte:

 o exame de raio-X do tórax, dentes, braços ou pés apresenta menos de uma chance em 1
milhão de causar câncer;
 o raio-X de crânio ou pescoço apresenta riscos de um em 100.000 a 1.000.000 de causar
câncer;
 a mamografia ou raios-X do quadril, coluna vertebral, abdômen ou pelve têm uma
chance em 10.000 a 100.000 de causar câncer;
 a radiografia contrastada, com ingestão de bário, tem uma em 1.000 a 10.000 chances de
causar câncer.

Usos da radiação para diagnóstico de doenças


A radiação e suas aplicações na saúde apresentam benefícios para os pacientes ao
reduzir o número de mortes associadas a procedimentos invasivos e também elevar a
qualidade diagnóstica.

A radiação é usada de forma controlada em diferentes tratamentos médicos de ponta,


auxiliando especialmente no diagnóstico e tratamento de câncer como será visto adiante.

Atualmente, os exames de imagem que usam radiação, como raio-x, tomografia


computadorizada e cateterismo auxiliam na detecção precoce de patologias,
possibilitando a identificação ainda nas etapas iniciais.
Devido essa agilidade, os médicos têm melhores condições que prescrever um
tratamento adequado e que será mais eficaz por ser iniciado precocemente.

Um exemplo do uso da radiação e suas aplicações na saúde é a substituição da


colonoscopia pela tomografia computadorizada na investigação de pólipos antes que
eles se tornem cancerígenos ou a realização precoce da radioterapia.

Essa inovação permite que os pacientes tenham mais qualidade de vida, melhorando a
saúde, reduzindo os óbitos decorrentes de procedimentos invasivos e diminuindo os
custos da assistência médica, o que a torna mais acessível.

Diagnóstico e tratamentos oncológicos

O extensivo uso da radiação nas condutas oncológicas deve-se ao potencial que ela tem
para alterar e promover mutações celulares, sendo eficaz na eliminação de células
cancerígenas.

Uma das transformações benéficas proporcionadas pela radiação e suas aplicações na


saúde é o equipamento de PET-CET, usado para melhorar o diagnóstico e tratamento do
câncer.

O aparelho combina as imagens anatômicas e funcionais e disponibiliza uma terceira


imagem que contribui para:

 realizar o diagnóstico oncológico;


 determinar o estágio da doença;
 conhecer as chances de prognóstico.
Portanto, a técnica é relevante para um diagnóstico precoce e adequado, auxiliando no
encaminhamento do tratamento que pode ser determinante para as chances de sucesso.

Outra conduta é utilizar radioisótopos artificiais, denominados radiotraçadores, no


organismo do paciente. Essas substâncias emitem radiação que permite o
monitoramento do percurso, ajudando no mapeamento dos órgãos.

No caso das imagens radiológicas, as radiações beta e gama incidem sobre filmes
fotográficos permitindo identificar as características da lesão. As imagens são geradas
por radioisótopos emissores de pósitrons, identificando a lesão e se ela é benigna ou
maligna.

A radiação pode ser usada no tratamento de câncer. Um exemplo é o uso do iodo-131,


um radioisótopo utilizado em casos de câncer de tireoide, pois, por se acumular nesse
órgão, a radiação gama destrói as células cancerígenas.

Destaca-se que, devido à falta de estudos que esclareçam a questão, os métodos são
contraindicados para gestantes, pois os efeitos radioativos em bebês não são claros.

Verifica-se assim que apesar do receio comum sobre a radiação e suas aplicações na
saúde, as soluções são seguras e podem contribuir no tratamento de doenças graves,
como é o caso do câncer.
DIAGRAD.COM.BR
IMAGENS;

FONTE DA IMAGEN; GOOGLE

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