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EMELY MARIA FERNANDES DUTRA COELHO

IMAGENOLOGIA

Duque de Caxias – RJ
2024
PREVENÇÃO DA EXPOSIÇÃO AOS RAIOS IONIZANTES NO CORPO
HUMANO DURANTE EXAMES RADIOLÓGICOS DE ACORDO COM AS
INSTRUÇÕES NORMATIVAS DA ANVISA (2022)

A aplicação de radiação ionizante na obtenção de imagens para


diagnóstico médico é uma prática fundamental na medicina moderna,
permitindo uma visão interna detalhada do corpo humano, além de facilitar a
identificação precoce e precisa de uma variedade de condições médicas. No
entanto, é imperativo reconhecer os potenciais riscos à saúde que podem estar
associados à exposição repetida aos raios ionizantes durante esses
procedimentos.
A Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 611, de 9 de março de
2022, publicada no Diário Oficial da União em 16 de março de 2022,
estabelece os requisitos sanitários para a organização e o funcionamento de
serviços de radiologia diagnóstica ou intervencionista, além de regulamentar o
controle das exposições médicas, ocupacionais e do público decorrentes do
uso de tecnologias radiológicas diagnósticas ou intervencionistas. Emitida pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), essa resolução é
fundamental para garantir a segurança e a qualidade dos serviços e
procedimentos envolvendo radiações ionizantes no âmbito da saúde humana. A
norma abrange tanto pessoas jurídicas quanto físicas envolvidas na prestação
de serviços, fabricação e comercialização de equipamentos, bem como
atividades de pesquisa e ensino em saúde humana relacionadas à radiologia.
Em conformidade com as diretrizes estabelecidas por órgãos
reguladores como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), as
instituições de saúde devem adotar medidas preventivas rigorosas para mitigar
os riscos à saúde associados à exposição à radiação ionizante. Entre essas
medidas, destaca-se a importância de garantir que os equipamentos de
radiologia estejam adequadamente calibrados e mantidos, com manutenção
regular para assegurar a precisão das doses de radiação administradas.
Além disso, é essencial a instalação de barreiras de proteção eficazes,
como aventais de chumbo, entre a fonte de radiação e o paciente, visando
proteger áreas sensíveis do corpo que não estão diretamente envolvidas no
exame radiológico. Essas barreiras são fundamentais para minimizar a
exposição desnecessária à radiação.
Outra medida crucial é a otimização dos protocolos de imagem, com o
objetivo de reduzir ao máximo o tempo de exposição à radiação, sem
comprometer a qualidade diagnóstica. Profissionais de saúde devem ser
treinados para utilizar técnicas que garantam a obtenção de imagens de alta
qualidade com a menor quantidade de radiação possível.
Apesar das precauções tomadas, é importante reconhecer que a
exposição frequente aos raios ionizantes ainda apresenta riscos à saúde.
Estudos científicos têm associado essa exposição a um aumento do risco de
câncer, especialmente em tecidos sensíveis como o tecido mamário e a
tireoide. Além disso, a radiação pode causar danos ao DNA das células,
resultando em mutações genéticas que podem afetar não apenas o paciente,
mas também as gerações futuras.
Portanto, é essencial que as instituições de saúde estejam plenamente
conscientes dos potenciais riscos à saúde associados à exposição aos raios
ionizantes e implementem medidas rigorosas de proteção para garantir a
segurança dos pacientes e a eficácia dos procedimentos radiológicos. O
cumprimento estrito das normativas estabelecidas pelos órgãos reguladores é
fundamental para assegurar a qualidade e segurança dos serviços de
radiologia diagnóstica e intervencionista. A conscientização contínua sobre
essas questões e a busca constante por melhores práticas na utilização da
radiação ionizante são essenciais para proteger a saúde tanto dos pacientes
quanto dos profissionais de saúde envolvidos.

REFERÊNCIAS
ANVISA. Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Brasil). Ministério da Saúde/Agência Nacional de Vigilância Sanitária/Diretoria
Colegiada. Resolução - RDC nº 611, de 09 de março de 2022. Brasil: Diário
Oficial da União, ano 2022, p. 107-110, 16 mar. 2022. Disponível em:
https://antigo.anvisa.gov.br/documents/10181/6407467/RDC_611_2022_.pdf/
c552d93f-b80d-408e-92a0-9fa3573f6d46. Acesso em: 25 mar. 2024.

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