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DISCIPLINA: CIÊNCIAS
PROFESSORA: VANESSA
9º ANO A – MANHÃ
CAUCAIA, 2022.
Aplicação da radiação no tratamento do câncer
O efeito da radioterapia se deve ao dano provocado no DNA das células, quando os tecidos são
irradiados.
O dano provocado sobre as células tumorais em relação às células normais é muito maior em
função da menor capacidade de recuperação da molécula de DNA dos tumores. A simples perda
da capacidade reprodutiva da célula significa a morte celular – quando imediata ou ocorrer em
um intervalo curto de tempo, os efeitos são considerados agudos, quando a característica do
tecido afetado é de uma taxa de reprodução mais lenta, os efeitos são tardios. As novas
tecnologias auxiliam os médicos no direcionamento preciso da radiação ao alvo, reduzindo a
quantidade de tecidos normais vizinhos que serão atingidos, protegendo dessa maneira tecidos
sadios.
Controle de sintomas
A radioterapia utiliza campos de raios X de alta energia para o controle paliativo de diversos
sintomas.
Embora não vise a cura do câncer, o tratamento paliativo pode ser indicado para redução ou
diminuição da velocidade de crescimento de tumores ou para redução de sintomas, como dor,
sangramento ou compressão sobre órgãos sensíveis.
A radioterapia paliativa pode ser indicada para:
Aliviar a dor óssea.
Tratamento de compressão da medula espinal
Controle de tumores ulcerantes e redução de sangramentos
Tratamento de sintomas de tumores de pulmão
Redução de tumores para a diminuição ou bloqueio da pressão
Tratamento de sintomas de tumores de crânio
Dúvidas Frequentes
O que é radioterapia?
É um tratamento que utiliza radiações do tipo ionizantes para destruir ou inibir o crescimento
de células anormais que formam um tumor ou um processo inflamatório em uma determinada
região do corpo.
São ondas eletromagnéticas com energia suficiente para alterar a estrutura de um material, por
meio da retirada de elétrons dos seus átomos. Esse processo leva à morte da célula em função
das alterações em seu interior. Essas radiações são invisíveis, indolores e, dependendo da sua
energia, atingem uma determinada profundidade do corpo.
Para que serve a radioterapia?
A radioterapia tem como principal objetivo curar uma enfermidade que esteja presente ou evitar
o seu reaparecimento após uma cirurgia. Além disso, pode ser utilizada para controlar sintomas,
como sangramento e dores, causados pela presença de doença.
A radioterapia atinge as células normais?
Sim, porém as células normais possuem uma capacidade maior do que as células anormais para
se regenerar do dano causado pela radiação. Portanto, na maioria das vezes, a doença é destruída
e as células normais se recuperam após o término do tratamento.
Quais os efeitos colaterais da radioterapia?
Tanto os efeitos benéficos como os indesejados dependem da dose utilizada e da área do corpo
que está sendo tratada. É possível, em muitas ocasiões, o paciente não ter qualquer efeito
colateral durante o tratamento ou apresentar apenas uma reação passageira na pele por onde a
radiação atravessou. Como cada efeito colateral depende de cada caso, é muito importante que
o paciente seja orientado pelo médico quanto a esses efeitos e como tratá-los ou amenizá-los.
A radioterapia, por exemplo, não causa queda de cabelo, a não ser que a região da cabeça seja
tratada e, mesmo assim, depende da técnica e da dose utilizadas. Com os avanços tecnológicos
obtidos nos últimos anos, a radioterapia se tornou muito menos tóxica e mais efetiva.
Qual a diferença entre radioterapia e quimioterapia?
A radioterapia pode ser o único tratamento curativo que o paciente receberá, assim como pode
ser utilizada em combinação com outros tratamentos – como a quimioterapia – ou, em algumas
situações, antes ou após uma cirurgia. A indicação é feita pelos médicos que estão envolvidos
no tratamento do paciente, junto com o médico especialista em tratamento radioterápico,
conhecido como radioterapeuta ou rádio-oncologista.
Como a radioterapia é aplicada?
A radiação emitida pela radioterapia externa atravessa o corpo do paciente e não impregna em
seu interior. Portanto, o paciente não fica radioativo e não há problemas de contato com outras
pessoas. Quando o paciente é tratado com implante de material radioativo de forma permanente,
haverá emissão de radiação no seu interior por um determinado tempo. Nestes casos, o paciente
recebe instruções específicas sobre os cuidados que deve ter e por quanto tempo.
Efeitos Colaterais
Os efeitos colaterais da radioterapia variam de pessoa para pessoa e dependem
fundamentalmente da área irradiada.
Se a área irradiada for a cabeça, pode ocorrer queda de cabelo localizada. Quando a boca ou o
esôfago estiverem próximos às áreas tratadas, certo grau de inflamação da mucosa que as
reveste está previsto, podendo haver dificuldades na alimentação. Nos casos em que o abdome
é irradiado, o intestino costuma ser alcançado pela radiação, o que pode determinar diarréia.
É comum que a pele que recobre a área irradiada apresente problemas. Vermelhidão, ardor,
prurido e escurecimento da pele são relatados com certa freqüência.
Os efeitos colaterais podem ser exacerbados nos casos em que quimioterapia e radioterapia são
aplicadas simultaneamente. Por isso, a integração das equipes médicas é muito importante.
Os pacientes sob radioterapia não se tornam radioativos.
É importante que o paciente reconheça seus novos limites e os respeite, estabelecendo horários
de descanso ao longo do dia.
Nutrição
Durante o tratamento, o paciente deve manter uma dieta balanceada e evitar perder peso. Os
efeitos da radioterapia sobre o tubo digestivo podem, entretanto, impedir a ingestão de diversos
alimentos, dificultando a obtenção dos nutrientes de que o organismo necessita.
Proteger a pele dos raios solares – se possível cobrindo a região com roupas claras antes
de expô-la à luz solar;
Não aplicar compressas (frias ou quentes) sobre a pele.
As marcas de tinta sobre a pele não podem ser retiradas. Caso se apaguem, não devem
ser retocadas pelo paciente.
Boca
Nos tratamentos da região da cabeça e do pescoço, a boca merece atenção especial. Alguns
cuidados podem evitar sérias complicações durante o tratamento:
não fumar;
não consumir bebidas alcoólicas;
evitar lanches açucarados nos intervalos das refeições;
evitar alimentos condimentados ou crocantes;
higiene oral cuidadosa – uso de escova com cerdas macias e fio dental (orientado pelo
dentista);
não usar colutórios, exceto quando indicado pelo dentista ou pela equipe médica.
Infecções e sangramentos
Os casos em que grandes áreas da medula óssea são irradiadas, as células do sangue podem ter
sua produção comprometida. Essa toxicidade se manifesta inicialmente pela queda na contagem
dos leucócitos (leucopenia) e das plaquetas (plaquetopenia). Com o passar das semanas, pode
ocorrer uma redução no número de hemácias no sangue (anemia).
Nos casos de queda acentuada, a radioterapia pode ser suspensa e novas doses serão calculadas.
Além disso, existem recursos que podem ser empregados para corrigir tais alterações.
A radiação dos testículos pode causar esterilidade no homem. Para os casos em que uma futura
gravidez é desejada, existe a possibilidade de congelar o sêmen antes do início de um
tratamento. Mulheres em idade reprodutiva devem evitar a gravidez com métodos eficazes. A
radioterapia pode causar danos ao feto.
Radioterapia curativa
A radioterapia é utilizada com finalidade curativa em uma série muito grande de doenças. e
pode agir de forma isolada (radioterapia exclusiva) ou associada à cirurgia ou à quimioterapia
(radioterapia adjuvante).
No tratamento do câncer, a indicação de cada uma das armas terapêuticas depende do
diagnóstico específico do indivíduo – que leva em conta a localização do tumor (mama, próstata
etc.), seu tipo histológico (o que o patologista vê no exame do material retirado por biópsia ou
cirurgia) e sua extensão no organismo (se o tumor está restrito ao órgão de origem ou se está
também comprometendo órgãos adjacentes – como gânglios linfáticos – ou outros distantes).