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Posicionamento

Radiológico
Especializado:
Radioterapia
CÂNCER E SEUS TRATAMENTOS

• É o conjunto de mais de cem tipos de doenças, em que se tem como


a principal causa para a morte o crescimento desordenado de células
invadindo ou comprimindo órgãos e tecidos vizinhos a ele.
• Palavra que deriva do latim e significa caranguejo possivelmente
porque sugere a adesão em qualquer lugar.
O câncer não e uma doença moderna, ela existe há mais de
séculos mas
sem duvidas é mais prevalente na sociedade atual do que
anteriormente.
Essa realidade é justificada pelo aumento da expectativa de vida
da
população, principalmente mediante o controle das doenças
infectocontagiosas. É natural portanto que o controle do câncer
seja o
passo seguinte no aprimoramento do suporte a saúde.
O fato de ter sido detectado em múmias egípcias comprova que
ele já
comprometia o homem há mais de 3 mil anos antes de Cristo.
O câncer pode ser definido como uma proliferação anormal e descontrolada
de células oriundas de uma célula previamente normal, que sofreu uma ou
mais mutações, e que tem a capacidade de se espalhar pelo organismo
As células normais que formam os tecidos do corpo humano
são capazes de se multiplicar por meio de um processo
contínuo que é natural. A maioria das células normais cresce,
multiplica-se e morre de maneira ordenada
HISTÓRICO
A descoberta dos Raios-x 1895 Roetgen.
A descoberta da Radioatividade 1896 Becquerel.
A descoberta dos Isótopos Radioativos 1898 CI
HISTÓRICO

Primeira pessoa a utilizar


radiação ionizante com
efeitos terapêuticos.
Tratou com sucesso um
volumoso nevus cutâneo,
em uma criança de 5 anos
no ano de 1886, publicou o
caso em 190
Relatório de uma testemunha
"Eu dei-lhe a bobina de ignição da instituição e um tubo
de raio-X feito por mim mesmo com a bomba de
mercúrio, apresentou-o à física e tecnologia de raios-X
e mostrou-lhe um espaço de trabalho para, em que um
amigo uma vez sua radiação começou com zelo. Como
um objeto, ele usou uma pequena menina que foi
desfigurado por uma vasta marca de nascença,
densamente peludo no pescoço e nas costas, para que
a remoção pais desses cabelos pediu urgentemente
[...]
Um dia, quando eu estava trabalhando em meu
laboratório, a porta estava aufgerissen- do mesmo e
sem aviso prévio com o sinal da mais alta excitação
invadiu amigo, mão da menina por trás herziehend, no,
gritando: 'Senhor, senhor, eles cair! '
JM Eder no "Neue Freie Presse"; 06 de janeiro de 1922.
1900- anunciadas queimaduras de pele por sais de rádio. Geisel e
Walkoff.

1901 – Bequerel também sofre graves queimaduras provenientes


de radiação.

Exploração dos efeitos biológicos da radiação


A RADIOTERAPIA PODE SER UTILIZADA NO
TRATAMENTO DE CA COM DOIS OBJETIVOS
PRINCIPAIS:
• CURATIVO
• Nesta situação há a possibilidade de cura da doença e a radioterapia tem
importante papel tanto isolada quanto associada a outros tratamentos.
Isoladamente, a radioterapia está indicada para tumores iniciais sensíveis ao
tratamento e, portanto, com alta probabilidade de cura, por exemplo,
tumores de pele, laringe e linfoma de Hodgkin entre outros.
• Também pode ser utilizada para os pacientes que não têm condições clínicas
para a cirurgia, considerados inoperáveis, por cardiopatias ou pneumopatias
severas. Outra situação em que o uso é exclusivo da radioterapia são para os
tumores considerados inrressecáveis, seja pela localização desfavorável do
tumor ou pela grande infiltração tumoral que inviabiliza qualquer
procedimento cirúrgico para a retirada do tumor. Exemplo dessas situações
são tumores localizados em áreas profundas do cérebro bem como tumores
que infiltram grandes vasos sanguíneos (tumor de pulmão avançado) ou que
estejam aderidos aos órgãos e ossos (tumor de colo uterino avançado).
• PALIATIVO:
• Embora tenhamos perdido a capacidade de cura da doença, mesmo
assim é possível proporcionar qualidade de vida para os pacientes e
frequentemente por vários anos. Os tumores podem causar
sintomas em seu sítio primário, ou seja, no local onde se originou,
bem como a distância (metástases). Os principais sintomas causados
pela doença são: dor, compressão e sangramento. Nestas situações a
radioterapia pode ser utilizada com objetivo antiálgico (para aliviar a
dor), descompressivo e hemostático respectivamente
RADIOTERAPIA
É um tratamento no qual se utilizam radiações
ionizante para destruir um tumor ou impedir que
suas células aumentem.
A radioterapia pode ser usada de forma isolada ou
em combinação com a quimioterapia ou outros
recursos usados no tratamento dos tumores.
Enquanto a quimioterapia atua no organismo
como um todo, a radioterapia visa combater uma
região específica, tornando possível a interrupção
da reprodução das células, e por sua vez,
proporcionando a cura do paciente.
OBJETIVO
• Liberar uma dose correta de radiação a um volume tumoral, com o
menor dano possível aos tecidos sadios vizinhos, resultando na
erradicação do tumor, em ótima qualidade de vida, no aumento da
sobrevida, a um custo razoável.

• Existem vários tipos de radiação, porém as mais utilizadas são as


eletromagnéticas (Raios X ou Raios gama) e os elétrons (disponíveis
em aceleradores lineares de alta energia).
BENEFÍCIO.
• Metade dos pacientes com câncer são tratados com radiações, e é
cada vez maior o número de pessoas que ficam curadas com este
tratamento. Para muitos pacientes, é um meio bastante eficaz,
fazendo com que o tumor desapareça e a doença fique controlada,
ou até mesmo curada.

• Quando não é possível obter a cura, a radioterapia pode contribuir


para a melhoria da qualidade de vida. Isso porque as aplicações
diminuem o tamanho do tumor, o que alivia a pressão, reduz
hemorragias, dores e outros sintomas, proporcionando alívio aos
pacientes.
EQUIPE

• Médico Radioterapeuta (Radio-Oncologista).


• Físico Médico
• Enfermeiro e Multidisciplinar (Nutricionista, Psicólogo, Dentista).
• Técnico ou Tecnólogo em Radioterapia.
• Técnico da Sala de Moldes (Terceirizado).
• Pessoal do Apoio Técnico.
• Pessoal do Apoio Administrativo.
Como é feita a radioterapia?

• O número de aplicações necessárias pode variar de acordo com a


extensão e a localização do tumor, dos resultados dos exames e do
estado de saúde do paciente.

• De acordo com a localização do tumor, a radioterapia pode ser feita


de duas formas:
MODALIDADE DO TRATAMENTO.
• A radioterapia pode ser neoadjuvante, curativa, adjuvante e paliativa, de acordo com o quadro do
paciente:

• Neoadjuvante: para diminuir o volume do tumor, com objetivo de facilitar a cirurgia, possibilitar a
preservação de um membro, permitir que a cirurgia seja menos mutiladora. Usada em tumores em
reto baixo, sarcomas de partes moles e estômago.
• Adjuvante: quando a radioterapia é associada à quimioterapia ou à cirurgia. Aplicada em regiões da
• cabeça e pescoço, colo e corpo uterino, pulmão, esôfago, sistema nervoso central, mama, linfomas
etc.
• Curativa: quando a radioterapia é considerada a principal arma no combate ao câncer, podendo ser
associada à quimioterapia ou utilizada em casos no quais a cirurgia não é possível ou muito
arriscada para o paciente. Aplicada em regiões da cabeça e pescoço, tumores localmente avançados
do colo e corpo uterino, canal anal, pulmão, esôfago, sistema nervoso central etc.
• Paliativa: para melhorar a qualidade de vida do paciente oncológico, propiciando melhora da dor,
redução de sangramento ou de outros sintomas.
TIPOS DE RADIOTERAPIA
• Teleterapia ou Radioterapia Externa

• A radiação é emitida por um aparelho, que fica afastado do paciente, direcionado ao local a ser
tratado, com o paciente deitado. As aplicações são, geralmente, diárias.
• As distâncias mais usadas hoje são de 80 cm para os antigos aceleradores lineares e os
equipamentos de cobaltoterapia ou de 100 cm para todos os aceleradores lineares mais novos.

• Braquiterapia

Aplicadores são colocados pelo médico, em contato ao local a ser tratado, e a radiação é
emitida do aparelho para os aplicadores. Esse tratamento é feito no ambulatório (podendo
necessitar de anestesia), de uma a duas vezes por semana.
RADIOBIOLOGIA

• A radiobiologia é considerada a farmacologia da radioterapia, ou


seja é a área da radioterapia que estuda todos os efeitos causados
pela radiação ionizante sobre as células do tecido vivo no
organismo.
RADIOBIOLOGIA

• Ao interagir com o tecido, a radiação ionizante desencadeia uma


série de processos físicos, químicos e biológicos que podem
determinar diferentes tipos de efeitos dependendo da dose
administrada, do fracionamento da dose, do tempo de tratamento e
tratamento da área irradiada.
RADIOBIOLOGIA
Quando a célula é atingida pela radiação ionizante podem acontecer
três coisas:

• Morte Celular - pode acontecer tanto na célula normal quanto na


tumoral, embora a tumoral, na maioria das vezes, seja a mais
sensível.
• Dano Subletal - onde o efeito não é suficiente para levar à morte da
célula, existe a possibilidade de recuperação deste dano e também
acontece tanto com as células normais quanto com as tumorais.
• Nenhum Dano - a radiação passa pela célula sem produzir qualquer
efeito (dano).
RADIOBIOLOGIA

Quais as células mais sensíveis a radiação?


• As células formadoras do sangue são as mais sensíveis devido a sua
(reprodução rápida), os órgãos formadores do sangue são os mais
sensíveis à radiação.
• As células musculares e nervosas são relativamente mais resistentes
à radiação devido a sua (reprodução lenta), portanto, os músculos e
o cérebro são menos afetados.
RADIOBIOLOGIA
• Os 4 Rs da Radiobiologia:

• Todos estes processos da radiobiologia


(Reparo, Reoxigenação, Redistribuição, Repopulação), ocorrem de
maneira simultânea, pode-se afirmar que: o fracionamento
contribui para o reparo das células normais que sofreram o dano
subletal (não causa morte) e para aumentar a sensibilidade do
tumor à radiação.
Reparação:
• Refere-se ao reparo da lesão subletal (onde existe a possibilidade de
reparo das fitas de dupla hélice do DNA, ou seja, um dano reversível)
que ocorre com maior eficácia nos tecidos normais, uma vez que as
células tumorais, de uma forma geral, apresentam maior quantidade de
mitoses (reprodução celular) do que as células normais que as geraram,
descontrole do ciclo celular e da ativação dos checkpoints para reparo
(nas fases G1 e G2 do ciclo celular). Desta forma, o fracionamento
oferece condições para otimização do tratamento, ao possibilitar o
reparo dos tecidos normais;
Redistribuição:
• A sensibilidade das células a radiação tem relação com a fase do
ciclo celular em que se encontram. Logo após a irradiação, de uma
certa forma, as células "congelam" o seu ciclo celular e ativam os
checkpoints de reparo. Se este processo não é possível, ocorre a
morte celular. Assim, é interessante produzir um dano irreversível
quando as células estão nas fases G2 e mitose (fases celular mais
sensíveis a radiação). Após um intervalo de tempo, as outras células
que se encontravam nas outras fases do ciclo (G1 ou S, por exemplo)
voltam a progredir para as fases G2 ou mitose e têm chance de
sofrerem um dano irreversível promovido pela radiação devido a
nova fração da dose de tratamento que paciente receberá na
sequência;
Repopulação:
• refere-se principalmente a capacidade de crescimento das células
tumorais que escaparam da morte radioinduzida. Desta forma, em
um departamento de radioterapia
• (i) paciente não pode faltar as sessões diárias de tratamento e (ii)
deve-se respeitar dose e tempo de tratamento, permitindo assim
que novas células tumorais sejam erradicadas, não repopulando a
massa tumoral;
Reoxigenação:
Boa parte das células tumorais apresentam a característica de serem
pouca oxigenadas (células hipóxicas). A presença do oxigênio
(elemento químico altamente reativo) "fixa" os danos promovidos
pela radiação através da radiólise da água na macromolécula do DNA.
Com isso, ao fracionar a dose de tratamento (i) primeiramente
promove a morte celular das células tumorais mais oxigenadas e (ii)
permite o reparo dos vasos sanguíneos, os quais irão vascularizar
melhor o tumor, ofertando assim mais oxigênio para as células
tumorais hipóxicas;
FRACIONAMENTO
• Ao fracionar o tratamento com doses diárias menores, as células
normais que sofreram dano subletal conseguem se recuperar entre
uma fração e outra de tratamento.
• Esta capacidade de recuperação do dano é maior nas células
normais.
• Desta maneira, quando for realizada a segunda fração, a célula
normal que sofreu o dano estará recuperada e o mesmo não
acontecerá com a célula tumoral.
• Para esta célula tumoral, a segunda fração de radioterapia irá
contribuir para o acúmulo de danos até levá-la a morte.
EFEITOS COLATERAIS

• Os efeitos colaterais da radioterapia estão diretamente relacionados


com a área do corpo tratada, a dose administrada e a capacidade
das células saudáveis em reparar o dano.
• Pode ocorrer cansaço, reações na pele (pele ressecada, escurecida
e/ou avermelhada), perda de pelos no local do tratamento, coceira
na área tratada, perda de apetite e náuseas.
EFEITOS COLATERAIS
EFEITOS COLATERAIS
EFEITOS COLATERAIS
EFEITOS COLATERAIS
EFEITOS COLATERAIS
EFEITOS COLATERAIS
EFEITOS COLATERAIS

• Os efeitos colaterais geralmente aparecem no final da 2ª ne 3ª


semana de aplicação da radiação e desaparecem poucas semanas
depois de terminado o tratamento, podendo durar mais tempo.
• Alguns cuidados devem ser tomados para diminuir os efeitos
colaterais: repouso, nutrição, pele e boca.
FIM

Efeitos colaterais agudos e tardios da


radioterapia.
Região cabeça e pescoço
Alterações no paladar, dor ao engolir. Reações na pele (pele ressecada,
escurecida e/ou avermelhada, ou com feridas) e na boca (aftas ou feridas)
que podem causar dor e dificuldade para se alimentar. E boca seca ou saliva
grossa.
Região torácica
Cansaço, reações na pele (pele ressecada, escurecida e/ou avermelhada),
perda de pelos no local do tratamento, coceira na área tratada, perda de
apetite e náuseas.
Região pélvica
Cansaço, alteração do ritmo intestinal (diarreia ou prisão de ventre), reações
da pele (pele ressecada, escurecida, avermelhada, ou com feridas), perda de
pelos no local de tratamento, coceira na área tratada e ardência ao urinar.

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