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Conceitos:
CÂNCER:
CÂNCER É A DENOMINAÇÃO GENÉRICA USADA SOMENTE PARA TUMORES MALIGNOS, E
ORIGINOU-SE DEVIDO A CAPACIDADE DE INVADIREM OS TECIDOS VIZINHOS
(METÁSTASE).
O QUE É CÂNCER?
Fase de iniciação:
• Reparação
• Alteração permanente
Fase de promoção:
– Exposição continuada
Fase de progressão:
- Proliferação
- Invasão
Estadiamento:
- Historicamente foi pensada decorrente da observação que cânceres localizados têm sobrevida
maior.
- O estádio da doença, na ocasião do diagnóstico, pode ser um reflexo não somente da taxa de
crescimento e extensão da neoplasia, mas também do tipo de tumor e da relação tumor-
hospedeiro.
Objetivos:
2. Possa ser complementado, mais tarde, por informações que se tornem disponíveis pela
histopatologia e/ou cirurgia.
Sistema TNM:
O Sistema TNM para descrever a extensão anatômica da doença tem por base a avaliação de
três componentes:
A adição de números a estes três componentes indica a extensão da doença maligna. Assim
temos:
Classificações do TNM:
1. A classificação clínica (classificação clínica pré tratamento), designada TNM (ou cTNM), tem
por base as evidências obtidas antes do tratamento.
2. A classificação patológica (classificação histopatológica pós-cirúrgica), designada pTNM, tem
por base as evidências conseguidas antes do tratamento, complementadas ou modificadas pela
evidência adicional conseguida através da cirurgia e do exame histopatológico.
T - Tumor Primário:
- T1, T2, T3, T4 Tamanho crescente e/ou extensão local do tumor primário
N - Linfonodos Regionais:
M - Metástases à Distância:
- M1 Metástase à distância
- Zubrod 1, Karnofsky 89-70: Doente sintomático, mas com capacidade para o comparecimento
ambulatorial.
Tratamento:
Radioterapia:
-A indicação da radioterapia deverá estar sempre dentro de um planejamento terapêutico
global, com início e fim previstos.
Mecanismo de Ação:
-As radiações ionizantes podem interagir diretamente com componentes celulares como DNA,
proteínas e lipídios. Podem assim provocar, entre outros efeitos, quebras no DNA e
cromossomos, peroxidação lipídica, indução de genes, transdução de sinais, alteração do ciclo
celular.
- Incidência: considera-se incidência, a direção em que a radiação externa é aplicada sobre uma
área demarcada, podendo, por exemplo, ser anterior, posterior, lateral direita, lateral esquerda
ou oblíqua.
- Fração: considera-se fração o número de vezes em que a dose total de radioterapia é dividida
em doses diárias.
Classificação:
- Radioterapia Curativa
- Radioterapia Paliativa: Está indicada para a paliação de sinais e sintomas que comprometem a
capacidade funcional do doente, mas não repercutirá, obrigatoriamente, sobre a sua sobrevida
Quimioterapia:
-A maioria dos quimioterápicos utilizados tem sua dose básica, para efeito antiblástico.
QT – preparo:
A infusão da quimioterapia deve ser precedida de medicações pré-químio, que visam a evitar
náuseas, reações alérgicas, hidratar, diminuir o desconforto gástrico ou mesmo prevenir
espoliação de eletrólitos.
QT- Hormonioterapia:
QT - Bioterapia e Imunoterapia:
QT- Classificação:
- Quimioterapia Paliativa
- Quimioterapia Curativa
- Quimioterapia Adjuvante
● Nota: Nos casos especificados na descrição dos procedimentos, pode ser autorizada como
quimioterapia concomitante à radioterapia.
QT Adjuvante:
Usado em pacientes que já foram submetidos a ressecção primária do tumor, possivelmente
curados, mas com risco de recorrência. O principal objetivo é tratar micrometástases,
diminuindo a chance de recorrência.
Cirurgia Oncológica
- Curativa
- Parcial
- Suporte
- Reconstrução
- Profilática
CONSIDERAÇÃO:
Existência de uma barreira fisiológica dificultando o livre contato entre o encéfalo e a corrente
sanguínea (barreira hematencefálica [BHE]).
- Células altamente especializadas. Mesmo os tumores que poderiam ser classificados como
benignos podem apresentar maior gravidade, dependendo de sua localização.
- A presença de inúmeras regiões com circulação terminal, associada ao alto fluxo que chega ao
encéfalo, também contribui para que metástases de tumores de outros órgãos ocorram com
maior frequência.
EPIDEMIOLOGIA:
-Tipo histológico mais frequente: meningioma (36,6%), seguido pelo glioblastoma (14,9%).
QUADRO CLÍNICO:
São comuns sinais e sintomas de aumento de pressão intracraniana (PIC), como cefaléia,
náuseas, vômitos e papiledema, que podem ou não ser acompanhados por déficits focais
progressivos, dependendo da área acometida.
DIAGNÓSTICO:
Gliomas Difusos:
Gliomas são tumores que se originam das células da glia e representam 27% de todos os tumores
primários e 80% dos tumores primários malignos do sistema nervoso (SN).
-Têm pico de incidência entre a terceira e quarta décadas de vida e não podem ser considerados
benignos: são, em geral, infiltrativos e, apesar da sobrevida mediana relativamente longa (entre
6 e 8 anos), tendem a evoluir para recidiva e graus mais malignos.
- Raros;
-O quadro clínico é rapidamente progressivo, com sinais focais e de HIC, e o aspecto mais
característico, na RM, é de hipossinal em T1 e isossinal em T2 e FLAIR, limites mal definidos,
efeito expansivo, edema extenso e realce irregular e heterogêneo.
METÁSTASES INTRACRANIANAS:
EPIDEMIOLOGIA:
-São observadas tardiamente na evolução do câncer, e em 25 a 30% dos casos, elas podem ser
assintomáticas, com diagnóstico estabelecido por necropsia. Por outro lado, podem ser a
primeira manifestação em até 5 a 10% dos pacientes.
NEOPLASIAS PRIMÁRIAS:
FISIOPATOLOGIA:
ONCOPEDIATRIA:
Leucemia (25%)
Linfoma (16%)
-EM CRIANÇAS MENORES DE 5 ANOS, AS NEOPLASIAS MAIS COMUNS SÃO LEUCEMIA LINFÓIDE
AGUDA, TU SN SIMPÁTICO, TU RENAIS, HEPÁTICOS E OCULARES (MUITOS DE ORIGEM
EMBRIONÁRIA);
SINTOMAS:
Dores de cabeça, tontura e falta de equilíbrio ou coordenação, alterações nos olhos como
inchaço e pupila branca, caroços no pescoço, axilas ou virilhas. Tosse persistente ou falta de ar
e sudorese noturna, inchaço abdominal, cansaço ou dor nas pernas e braços. Febre e perda e
peso sem explicação, hematomas, sangramento e anemia.
TUMORES SNC:
- Geralmente prevalecem na primeira década de vida, com exceção dos gliomas supratentoriais,
que são mais comuns em adolescentes.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
- VARIAM de acordo com o tipo histológico do tumor, sua localização primária, a idade e o grau
de desenvolvimento neuropsicomotor da criança.
- Podem estar relacionadas a comprometimento direto pela lesão (por infiltração/ compressão)
ou à hipertensão intracraniana (cefaléia e vômitos matinais, letargia).
- Tumores medulares (m. espinhal) geralmente têm como primeira manifestação clínica a dor,
podendo associar-se disfunção urinária, intestinal e motora.
DIAGNÓSTICO:
-Neuroimagem
-Anatomo-patológico
DISSEMINAÇÃO:
RETINOBLASTOMA:
- Origina-se da retina embrionária e é um tumor congênito, embora muitas vezes não possa ser
detectado ao nascimento.
- Está associado ao gene "RB", regulador do ciclo celular, que tem muita importância no
desenvolvimento de estudos da genética do câncer.
- Leucocoria ou "reflexo do olho do gato" é o principal sinal da doença e pode ser detectada em
fotos com flashes, por familiares ou em serviços de saúde.
MASSAS ABDOMINAIS:
NEUROBLASTOMA:
- Corresponde ao tipo histológico mais indiferenciado de sua linhagem que, dependendo do grau
de maturação celular, ainda compreende o ganglioneuroblastoma e o ganglioneuroma.
- Suas células têm origem no sistema nervoso autônomo; desta forma, os principais sítios
primários dessas neoplasias são a porção medular das glândulas supra-renais e os gânglios
nervosos paravertebrais.
TUMOR DE WILMS:
- É o tumor renal maligno mais comum da infância, correspondendo a 90% dos casos. Tem
origem no tecido metanéfrico primitivo e pode apresentar um ou mais dos seus subtipos
histológicos: epitelial, estromal e blastematoso.
- A idade média ao diagnóstico é de três anos e seis meses, sendo mais raro a partir dos seis
anos.
- Devido à presença da cápsula renal, elas tendem a respeitar a linha média do abdome, não
sendo palpável no lado oposto ao rim de origem, ao contrário de outros tumores abdominais.
Dor, hematúria, febre e hipertensão arterial podem estar associadas.
- Metástases podem estar presentes mesmo ao diagnóstico, especialmente nos pulmões (acima
de 80% dos casos metastáticos nessa fase têm lesões pulmonares) e nos ossos.
HEPATOBLASTOMA:
- Idade média de diagnóstico é de um ano e seis meses e 95% dos casos ocorrem até os quatro
anos.
- Na maioria dos casos apresenta-se com massa abdominal assintomática, muitas vezes
volumosa. Anorexia, perda de peso e dor ocorrem em casos mais avançados. Icterícia verifica-
se em apenas 5% dos casos. Virilização, esplenomegalia, trombocitose e febre também podem
existir.
- Acometem pacientes de diferentes faixas etárias, desde lesões congênitas, até adolescentes,
especialmente meninas, com tumores ovarianos. Ocorrem também em adultos.
- Os TCGs são originários das células germinativas primordiais, que sofrem alterações em seu
processo de migração da crista neural até as gônadas, ainda na fase embrionária. Suas
tumorações geralmente respeitam a linha média, muitas vezes são assintomáticas e quando
apresentam sintomas, estes estão relacionados ao tamanho e local.
TUMORES ÓSSEOS:
- Dor óssea em local envolvido, com três meses ou mais de evolução, com ou sem aumento de
partes moles associado é a principal manifestação do osteossarcoma. Além do aumento de
volume, podem existir circulação venosa exacerbada e mesmo úlceras no local em tumores mais
volumosos. Fratura patológica pode estar presente.
SÍNDROME PARANEOPLÁSICA:
- Tais neoplasias apresentam ou adquirem com o tempo a capacidade de secretar uma variedade
de substâncias biologicamente ativas que podem levar ao desenvolvimento de síndromes
clínicas distintas. Essas síndromes são denominadas paraneoplásicas porque os componentes
secretores responsáveis pelo seu desenvolvimento não são derivados do órgão ou tecido de
origem previsto.
- O SNP pode ser o produto de peptídeos, aminas ou citocinas secretados por tumores, ou
reatividade cruzada imunológica entre tecidos neoplásicos e normais, e pode se originar de
neoplasias endócrinas ou não endócrinas.
SINTOMAS:
-Síndrome que se caracteriza por diversos sintomas, em diversos sistemas (endócrino,
neurológico, cutâneo, renal, hematológico, reumatológico, gastrointestinal...) São
manifestações que ocorrem em locais distantes ao tumor ou suas metástases. As malignidades
mais comumente associadas incluem câncer de pulmão de pequenas células, câncer de mama,
tumores ginecológicos e malignidades hematológicas.
- Os sintomas em geral aparecem concomitantemente aos tumores, mas podem aparecer antes
ou depois da neoplasia.
Exemplos:
2. Pênfigo Paraneoplásico:
3. Síndrome de Cushing. (Ganho de peso ao redor do tronco) Tumores associados: pulmão, timo,
pâncreas.
Exemplos:
Aproximadamente 90% dos casos são paraneoplásicos, com os demais casos encontrados em
associação com condições como fibrose pulmonar, endocardite, doença de Graves e doença
inflamatória intestinal.
Exemplos:
1. Eosinofilia: Nível elevado de glóbulos brancos que combatem doenças, conhecido como
eosinófilos no sangue.
2. Ganulocitose: redução dos leucócitos granulócitos, como neutrófilos, basófilos, eosinófilos.
3. Aplasia de células vermelhas: síndrome clínica rara, caracterizada por anemia normocítica
grave, reticulocitopenia e diminuição ou ausência de eritroblastos na medula óssea, com
normalidade de precursores das outras séries celulares.
FISIOPATOLOGIA:
A fisiopatologia dessas manifestações ainda não é clara. mas relaciona-se a hormônios, fatores
de crescimento, citocinas inflamatórias, e anticorpos.
LINFOMA DE HODGKIN:
Importância:
-Linfoma de Hodgkin: pode atingir crianças e adultos, mas é mais comum nos jovens adultos e
idosos (PICO BIMODAL 3 DÉCADA E ACIMA DE 55 ANOS).
-É raro antes dos 5 anos de idade, mas entre 10% e 15% dos casos ocorrem em adolescentes e
crianças com menos de 16 anos de idade
Conceito:
Apenas no começo do século XX foi definida histologicamente pelos patologistas Carl Sternberg
e Dorothy Reed.
A maioria dos pacientes com linfoma de Hodgkin pode ser curada com o tratamento disponível
atualmente.
Classificação:
SUA INCIDÊNCIA PARECE SER IGUAL EM AMBOS SEXOS, É MAIS COMUM NA 3 E 4 DÉCADAS DE
VIDA.
Manifestações Clínicas:
Linfonodomegalia:
● Mediastino (60%);
● Retroperitoneal (20%);
● Inguinal (6 a 12%).
Sintomas Sistêmicos:
-Sintomas B: Febre (> 38) ocorre em 25 a 50% dos doentes, sendo mais comum com estádios
mais avançados.
-Sudorese noturna.
Outros Sintomas:
Prurido generalizado (10 a 15% dos doentes no diagnóstico); dor induzida pelo álcool; dor
lombar e desconforto abdominal por linfonodomegalia retroperitoneal;
Alterações laboratoriais:
- Anemia normo/normo
Diagnóstico:
CARACTERISTICAS ANATOMOPATOLÓGICAS:
-NECESSÁRIO
HISTÓRICO CLÍNICO
E EXAME FÍSICO E
DEMAIS EXAMES
LABORATORIAIS
(HMG, VHS, DHL,
ALBUMINA, FC
HEPATICA E RENAL)
E DE IMAGEM
(TORAX, ABDOMEN
E PELVE: TC COM CONTRASTE, PET-CT)
-OUTROS EXAMES IMPORTANTES PARA AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO: TESTE DE GRAVIDEZ (IDADE
REPRODUTIVA), FC PULMONAR, ECOCARDIO.
-Cintilografia óssea na presença de dor óssea, ou fosfatase alcalina sérica elevada ou nível de
cálcio.
Após Estadiamento:
SEXO MASCULINO
ESTADIO IV
ALBUMINA SERICA,4
HB<10,5
LEUCOCITOSE (>15.000)
Tratamento:
É A NEOPLASIA LINFÓIDE COM MAIOR CHANCE DE CURA EM JOVENS E ADULTOS (~80% DOS
CASOS)
Epidemiologia:
-Mais em homens.
Na população Infanto-Juvenil:
- Em pediatria, na maioria dos casos, os LNH estão incluídos no grupo de alto grau de
malignidade e são agressivos. Sexo masculino é mais acometido.
- O linfoma de Burkitt acomete mais frequentemente a criança com menos de 10 anos de idade.
- O aumento do número de crianças infectadas pelo vírus HIV tem levado ao surgimento de LNH
e da AIDS.
Quadro Clínico:
- Linfoma Indolentes: acometem mais idosos, história clínica mais lenta, poucos sintomas,
dificilmente curáveis.
- Linfomas Agressivos: Adultos, crescimento rápido, sobrevida menor sem tratamento, maior
chance de cura.
Sintomatologia:
- Sintomas B.
- Hepatoesplenomegalia.
- Envolvimento do TGI.
Alterações Laboratoriais:
- DHL elevado.
- Beta-2-microglobulina elevada.
Subtipos Principais:
- Linfoma MALT - indolente (mucosa gástrica - H.pylori) Os linfomas gástricos tipo MALT são
neoplasias do estômago primárias com características clinicopatológicas relacionadas com a
estrutura e função do assim chamado tecido linfoide associado à mucosa (MALT), que surge no
estômago em resposta à infecção pela bactéria Helicobacter pylori.
Os três grandes grupos pediátricos são: Burkitt (células B maduras), Linfoblástico (precursores
de B e T), Linfoma de grandes células (grandes células B e T).
Linfoma de Burkitt:
- A infiltração tumoral da alça intestinal ocorre pelo íleo terminal, órgãos pélvicos e rins
- O paciente pode apresentar sinais de abdome agudo, dor abdominal, alteração de hábito
intestinal, sangramento ou perfuração.
- O SNC e a MO podem estar envolvidos. Além de glândulas salivares, mandíbula, testículo, entre
outros...
- O linfoma de Burkitt esporádico ou americano, que tem predileção pela região abdominal e
acomete crianças e adultos; (massa abdominal, dor abdominal, sinais de intussuscepção,
alteração do hábito intestinal, náuseas e vômitos.)
Linfoma Linfoblástico:
- A infiltração da MO pode ocorrer em até 50% dos casos, e representa 30% dos LNH pediátricos.
- Linfomas do mediastino tem tendência de disseminação para MO, gônadas e SNC. Meninos
são mais afetados do que meninas.
- Os anaplásicos podem apresentar curso lento e sintomas sistêmicos (febre e perda de peso)
- Pode se manifestar em todas as faixas etárias, porém a prevalência é maior entre 60 e 70 anos
de idade.
- Como grupo, em geral, os linfomas difusos de grandes células B são rapidamente fatais se não
tratados.
- Os mais comuns dos linfomas de células B maduras são o linfoma folicular (22%) (considerado
indolente) e o linfoma difuso de grandes células B (31%) (considerado o mais frequente dos
agressivos).
Diagnóstico:
- Exame Físico;
- I a IV + ABXE
- > 60 anos.
- DHL aumentado.
Risco Baixo - 0 a 1 pontos. | Risco Intermediário 2-3 pontos. | Risco Alto 4-5 pontos;
Tratamento:
- Quimioterapia.
- Radioterapia.