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A radioterapia é uma técnica de tratamento locorregional que utiliza radiação ionizante (raios X ou gama) para emitir
energia que leva à quebra cromossômica em células tumorais (e tecido saudável circunjacente). Este dano ao DNA
pode ser direto ou indireto (através da quebra de moléculas de água e emissão de radicais livres). As possibilidades
são: Rejunção à configuração inicial (não altera o tecido neoplásico nem o normal) - Falha na rejunção e morte celular
(é o objetivo do tratamento para o tecido neoplásico, mas pode atingir células normais) – Rejunção aleatória a outros
pontos de quebra e formação de cromossomos anormais (pode levar ao desenvolvimento de uma segunda neoplasia
no futuro).
Perda da capacidade reprodutiva e funcional das células neoplásicas - Morte celular tumoral com mínima morbidade
ao tecido saudável circunjacente.
O fracionamento de doses permite um tempo de recuperação ao tecido normal circunjacente (repopulação) e diminui
a morbidade entre as doses.
Radiocurabilidade depende de: Radiossensibilidade do tumor (germinativos e linfomas > carcinomas > sarcomas e
gliomas, maior quanto mais velocidade de crescimento) – Extensão local - Tolerância do tecido circunjacente
(respeitar a TD 5/5, dose máxima que leva a 5% de chance de efeitos colaterais em 5 anos, ex. 1Gy para os testículos) -
Condições clínicas do paciente - Volume e vascularização do tumor (melhor quanto mais vascularizado, pois o O2 fixa
o dano ao DNA) - Anemia <10 impede o tratamento (pouca oxigenação).
Dose total (calculada para cada tipo de tumor) - Intervalo entre as doses (mínimo 8h, não pode ser muito grande) -
Tamanho das frações (tendência atual ao hipofracionamento) - Tempo total de tratamento.
Indicações paliativas (qualidade de vida): Dor - Sangramentos - Estética (ex. tumores ulcerados) - Compressão medular
e deambulação - Compressão vascular e síndrome da veia cava superior.
● Teleterapia (radioterapia externa): Convencional - 3D - IMRT - Radiocirurgia (dose única elevada, ex. crânio).
8) Neoadjuvante, vantagens (5) e desvantagens (5). Adjuvante, vantagens (3) e desvantagens (6)
Neoadjuvante: Aumenta ressecabilidade - Viabiliza cirurgias conservadoras - Esteriliza margens - Diminui viabilidade
do tumor - Melhora condições clínicas. Atraso para cirurgia (5 semanas de radio + 5 semanas de espera) - Cirurgia mais
difícil - Muda estadiamento - Recusa à cirurgia - Abandono do tratamento.
Adjuvante: Maior experiência - Não atrasa cirurgia - Permite estadiamento cirúrgico. Não permite avaliar resultados -
Atraso para radioterapia (pós-op) - Condição clínica pode estar pior - Menor oxigenação - Menor tolerabilidade -
Aumenta o risco de deiscências.
Imediatos (5-7 semanas, dependem do local irradiado, revertem após o tratamento): Reações cutâneas (eritema,
hipercromia) - Mucosite - Efeitos gastrointestinais.
Tardios (após 6 meses, preocupantes, podem ser irreversíveis): Retite, dermatite, pneumonite actínia - Xerostomia -
Complicações cardiovasculares (IAM, miocardite) - Fratura patológica de arcos costais e osteoradionecrose -
Desenvolvimento de segunda neoplasia radio-induzida (preocupação em crianças e adolescentes, alta sobrevida).
Fracionamento - Braquiterapia (doses mais altas em menor volume, comodidade) - Exames de imagem (TC, RNM, PET-
scan) permitem melhor planejamento do tratamento – IMRT (modulação de diferentes doses para cada tecido numa
mesma sessão) - IGRT (possibilidade de reprogramar a radioterapia a cada sessão).
CÂNCER INFANTIL
R: Na infância são tumores embrionários, período de latência curto, são mais invasivos, crescem mais rapidamente,
mas possuem um melhor prognóstico pois respondem melhor a quimioterapia
R: síndrome da veia cava superior, síndrome de obstrução respiratória, compressão de medula espinhal, hérnia
cerebral, hiperleucocitose
R: sorologias (CMV, Toxoplasma, dengue, HIV, etc), hemograma, plaquetas, TAP, plaquetograma, RNI, LDH, ac. Úrico,
Rx de tórax
R: LLA (leucemia linfoide aguda) – pico 3 a 5 anos, inicio abrupto, dor em membros, hepatoesplenomegalia, dor óssea,
hipertrofia gengival.
R: neoplasia do sist. Nervoso central, lembrando que é 2ª entre os tumores pediátricos. O mais frequente entre os
tumores pediátricos é a LLA.
R: Neuroblastoma (medula da supra renal e gânglios simpáticos espinhais) CUIDADO: muitos erraram na prova pq ele
perguntou ql era o mais frequente tu abdominal, neste caso é o tu de Wilms (tu renal)
R: Osteossarcoma e Sarcoma de Ewing . Osteosarcoma é + frequente no osso ( acima de 10 anos) e Ewing (abaixo de
10 anos)
ONCOGENÉTICA
Sem intervenção precoce, pacientes com predisposição genética não se reproduzem, o que denota uma incidência
baixa na população.
Quanto maior a penetrância, maior a probabilidade de ter câncer -> ex: mutação de p53 tem alta penetrância, pois se
expressa em diversos tecidos. A frequência na população é inversamente proporcional ao grau de penetrância.
Síndrome de Lynch
6. Qual a chance de desenvolver câncer em uma mama se BRCA positivo? Qual a chance de reincidência?
BRCA + -> 63% de chance em uma mama. Ao diagnóstico de um câncer, 85% de reincidência. Por isso, faz-se
mastectomia radical.
Porque o mapeamento genético possibilita definição de intervenções para redução de risco, estratégias de prevenção
e terapias para portadores, bem como a identificação de não-portadores da síndrome genética.
10. Quais são as fases da história natural do câncer e seus níveis de intervenção?
Exposição
A – Iniciação
Tudo que atua do momento A ao B é prevenção primária: procedimentos de redução de risco (mastectomia,
gastrectomia, colectomia)
B – Detecção precoce
12. Quais fatores devem ser foco de atenção quando tratamos de síndromes de predisposição hereditária ao
câncer?
➢ estrutura familiar limitada
➢ expressividade variável
➢ penetrância incompleta
6% das mulheres com Ca de mama <40 anos; 3,3% das mulheres com Ca de mama entre 20 e 74 anos; 13% das
mulheres com Ca de mama triplo negativo; 10 a 15% das mulheres com Ca de ovário
➢ Caso não seja realizada a salpingo-ooforectomia, fazer US transvaginal (sens 43%) e CA-125 (sens 71%)
São genes de reparo do DNA, diferentes doS supressores de tumor, estão ali para reparar o DNA. Não são "guardiões
só do intestino", aumenta também risco de Ca de útero.
SARCOMAS ÓSSEOS
R: Osteossarcoma
R: primário (90% pct que não existe lesão pré-maligna existente) e secundário (10% secundário a lesão pré-maligna ou
ate radioinduzida)
R: É uma lesão benigna, não precisa operar se não tiver causando distúrbio funcional, porém pode malignizar então
devo acompanhar e a biópsia deve ser realizada de qualquer forma.
9. Pct com 3 anos com lesão óssea sugestiva de tumor, ql diagnóstico + provável?
R: Sarcoma de Ewing (antes de 5 anos) e diagnóstico diferencial de metástase de outros tumores p osso ou
neuroblastoma
11. Pct com tu ósseo com metástase p/ próprio osso, ql tipo histológico + provável?
R: Sarcoma de Ewing
R: dor de caráter progressivo, edema, perda funcional, febre, emagrecimento e adinamia, adenomegalias.
R: deve ser feito por meio da biópsia (radioscopia, agulha fina) sendo a imunohistoquimica mandatória pois define se
é tumor primário ósseo ou metástase ósseas de outros tumores.
R: ter mínima contaminação de tecido, garantir material suficiente para estudo, evitar complicações hematomas,
infecções e fratura patológica, localizar no trajeto da futura ressecção do tumor.
R: TC, cintilografia, RNM. LEMBRAR: o diagnóstico é feito por meio de exame de imagem (Rx ou TC + biopsia)
R: Sarcoma de Ewing
17. Qual a conduta diante de uma recidiva de tumor ósseo?
R: Avalia a porcentagem de necrose da peça cirúrgica e avaliar a resposta à QT. I < 50% de necrose// II- 50-90% de
necrose (tipos I e II devo mudar esquema de QT adjuvante) //III - > 90% de necrose ( mantém esquema de QT) //IV-
100% de necrose (mantém esquema)
R: lesão primaria controlada, ausência de dç metastastica extra pulmonar e ressecção completa das metástases
Sarcoma epitelioide
Lipossarcoma
- Qual a faixa etária mais frequentemente acometida pelo Sarcoma de partes moles?
. Quando adultos são acometidos, a faixa etária mais frequente é a 5a e 6a década de vida
- Quais condições genéticas estão associadas ao Sarcoma de partes moles?
. Neurofibromatose tipo I
. Síndrome de Li Fraumeni
. Retinoblastoma familiar
. Síndrome de Gardner
. Celularidade
. Diferenciação do tumor
. Taxa mitórica
. Necrose
. Polimorfismo Celular
. Em geral, o prognóstico dos sarcomas de partes moles é semelhante. Mas, quanto mais indiferenciado (G1 e G2),
mais difícil é o diagnóstico, maior é a chance de replicação e pior é o prognóstico.
- Qual o sítio metastático mais comum do Sarcoma de partes moles? Qual a via mais comum de disseminação?
. Se não disponível, RX de tórax quando sarcoma de baixo grau e menor que 5 cm ou TC de tórax quando sarcoma de
alto grau, independente do tamanho)
. Fibrohistiocitoma
- Quais as características de técnica devem ser utilizadas na biópsia para o diagnóstico do Sarcoma de partes moles?
. Técnica menos invasiva e biópsia por agulha grossa guiada ou não por US ou TC.
. Raramente é indicada biópsia prévia de tumores retroperitoneais, uma vez que apenas 20% são benignos e existe um
risco de 5% de disseminação do câncer pelo trajeto com a biópsia.
. Contudo, existem alguma indicações quando a cirurgia não será de imediato e suspeita-se de outra doença:
. Grau histológico
. Tamaho do tumor
. Linfonodos
. Metástases
. Quando linfonodos clinicamente positivos no estadiamento prévio ou intra-operatório ou tumor em local rico em
drenagem linfática.
. Tumores maiores que 5 cm, alto grau e com margens comprometidas ou exíguas que não possam ser ampliadas
cirurgicamente.
- Qual a melhor conduta para margens comprometidas em paciente com sarcoma de partes moles?
. Possível citorredução
Tumor primário controlado, sem evidência de doença extratorácica, bom estado geral, possibilidade de ressecção
completa.
. Cirurgia
- Nos tumores com pseudocápsula, qual conduta deve ser tomada na cirurgia?
. Ressecção e QT adjuvante.