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Etiologia:

Câncer é uma doença caracterizada por uma população de células que cresce e se


divide sem respeitar os limites normais, invade e destrói tecidos adjacentes, e pode se
espalhar para lugares distantes no corpo, através de um processo chamado metástase.
Estas propriedades malignas do câncer o diferenciam dos tumores benignos, que são
auto-limitados em seu crescimento e não invadem tecidos adjacentes (embora alguns
tumores benignos sejam capazes de se tornarem malignos). O câncer pode afetar pessoas
de todas as idades, mas o risco para a maioria dos tipos de câncer aumenta com o
acréscimo da idade.1 O câncer causa cerca de 13% de todas as mortes no mundo, sendo
os cânceres de pulmão, estômago, fígado, cólon e mama os que mais matam.

Nomenclatura:

 Tumor é um termo genérico que indica um aumento anormal de uma parte ou da


totalidade de um tecido. Pode ser originado por um processo inflamatório (sinais de
Celsus), por uma neoplasia benigna , por um quisto ou por uma neoplasia maligna
(cancro).
 Cancro é um conjunto de células anormais que se formam num determinado sítio (por
exemplo: mama) e onde criam metástases para várias partes do corpo. O cancro
apresenta quatro estágios. É uma doença a nível celular em que a célula sofre
mutações ao nível do ácido desoxirribonucleico, com tendência a metástase, através
do sangue. Pode ser um lipossarcoma (morfologia semelhante
aos adipócitos); fibrossarcoma (semelhante a fibrócitos); rabdomiossarcoma (músculo
esquelético) ouleiomiossarcoma (músculo liso).
 Tumores de células epiteliais são carcinomas: adenocarcinomas se têm morfologia
glandular, carcinomas epidermóides (ou de células escamosas) se são constituídos de
células semelhantes às da pele, com queratina; carcinoma hepatocelular, carcinoma
de células renais.
 Linfomas e leucemias são tumores das células da linfa(a nível de glóbulos brancos ou
leucócitos) e sangue (a nível de glóbulos vermelhos ou hemácias), as quais têm
origem na medula óssea. Se a maioria das células neoplásicas se concentra
em órgãos linfoides são linfomas, se estão na medula óssea são leucemias.
 De células germinativas, como teratoma seminoma e outros (ver tumores do
ovário e tumores do testículo).
 De células neuroendócrinas: os tumores carcinóides.
 De células dos endotélios: hemangiossarcomas (vasos sanguíneos),
linfangiossarcomas (vasos linfáticos), colangiossarcomas (vasos biliares)
Sinais e Sintomas:

 Locais: caroços ou inchaços não-usuais


(tumor), hemorragia (sangramento), dor e/ou ulceração. A compressão dos tecidos
circundantes no fígado pode causar sintomas como icterícia.
 De metástase: linfonodos aumentados, tosse e hemoptise, hepatomegalia (fígado aum
entado), dor óssea, fratura de ossos afetados e sintomas neurológicos. Embora o
câncer avançado possa causar dor, ela geralmente não é o primeiro sintoma.
 Sistêmicos: perda de peso (perda da massa muscular), falta de apetite
e caquexia (cansaço), transpiração excessiva (suor noturno),anemia e, em cerca de
10% dos doentes, fenômenos paraneoplásicos específicos, ou seja, condições
específicas que ocorrem devido a um câncer ativo, a como trombose ou mudanças
hormonais.

Cada sintoma na lista acima pode ser causado por diversas condições. O câncer tanto
pode ser uma causa comum ou rara para cada item.

Poderá haver ocasionalmente crescimento de massa interna com obstrução de canal


natural, como por exemplo os tumores no pescoço que podem causar falta de ar ou
dificuldade de deglutição.

Diagnóstico:
A maioria dos cânceres são inicialmente reconhecidos por causa de seus sintomas e
sinais ou através de exames. Nenhum dos dois leva a um diagnóstico definitivo, que
geralmente requer a opinião de um patologista.

Tratamento:

Cirurgia: A cirurgia é então apenas usada no tratamento dos tumores que ainda estão
delimitados, por resecção ou retirando o órgão completo (prostectomia no cancro da
próstata, mastectomia no da mama). Contudo se o tumor invadir estruturas adjacentes que
não podem ser resectadas (e.g. uma artéria importante) o tumor é irressectável.

Quimioterapia: Baseia-se no fato de as células tumorais se dividirem muito mais rápido que
as células normais. O doente recebe medicamentos (injetáveis; por via oral; em cavidades
como a bexiga, o espaço intratecal, o espaço pleural ou o abdômen) que interferem com a
síntese do DNA e matam as células em divisão. Contudo, poderão acontecer efeitos
secundários (colaterais) naquelas células normais de crescimento rápido, como a mucosa
gastrointestinal (diarreia, náuseas, vómitos), folículos pilosos (queda do cabelo) e outros. Mais
recentemente, existe uma nova classe de medicamentos chamada de anticorpos monoclonais,
que, por terem um alvo molecular específico na célula cancerígena, têm como vantagem serem
menos tóxicos para as células normais. Os anticorpos monoclonais podem ser utilizados
sozinhos ou em conjunto com as quimioterapias.
Radioterapia: Também ataca células de crescimento rápido. As células tumorais, como
têm défice de proteínas reparadoras do DNA, são mais vulneráveis a doses de radiação de
alta energia (raios X e gama). As suas doses letais são mais baixas que as das células
normais. No entanto além de efeitos secundários semelhantes aos da quimioterapia, há
risco de desenvolvimento de novos tumores, apesar de relativamente pequeno.

Terapia hormonal: O crescimento de alguns cânceres pode ser inibido ao se fornecer ou


bloquear certos hormônios. Exemplos comuns de tumores sensíveis a hormônios incluem
certos tipos de câncer de mama e próstata. Remover ou bloquear
o estrógeno ou testosterona é frequentemente um tratamento adicional importante. Em
certos cânceres, a administração de agonistas hormonais, como progestágenos podem ser
benéficos terapeuticamente.

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