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Fisioterapia em Oncologia

A oncologia é um ramo da ciência médica que lida com tumores e com câncer. Na palavra
grega "onkos" (onco) que significa massa, volume, tumor e no termo "logia” que significa
estudo, portanto oncologia é o estudo dos tumores. Atualmente, câncer é o nome geral dado
a um conjunto de mais de 100 doenças, que têm em comum o crescimento desordenado de
células, que tendem a invadir tecidos e órgãos vizinhos.

Câncer e Crescimento Celular


As células normais que formam os tecidos do corpo humano são capazes de se multiplicar
por meio de um processo contínuo que é natural. A maioria das células normais cresce,
multiplica-se e morre de maneira ordenada, porém, nem todas as células normais são iguais:
algumas nunca se dividem, como os neurônios; outras – as células do tecido epitelial –
dividem-se de forma rápida e contínua.

O crescimento desordenado das células


O crescimento das células cancerosas é diferente do crescimento das células normais. As
células cancerosas, em vez de morrerem, continuam crescendo incontrolavelmente,
formando outras novas células anormais. O câncer é um desses transtornos.
Diversos organismos vivos podem apresentar, em algum momento da vida, anormalidade no
crescimento celular – as células se dividem de forma rápida, agressiva e incontrolável,
espalhando-se para outras regiões do corpo – acarretando transtornos funcionais.

🔎O câncer se caracteriza pela perda do controle da divisão celular e pela


capacidade de invadir outras estruturas orgânicas.

Tipos de Crescimento Celular


A proliferação celular pode ser controlada ou não controlada. No crescimento controlado,
tem-se um aumento localizado
e autolimitado do número de
células de tecidos normais que
formam o organismo, causado
por estímulos fisiológicos ou
patológicos. Nele, as células
são normais ou com pequenas
alterações na sua forma e
função, podendo ser iguais ou
diferentes do tecido onde se instalam. O efeito é reversível após o término dos estímulos que
o provocaram. A hiperplasia, a metaplasia e a displasia são exemplos desse tipo de
crescimento celula.No crescimento não controlado, tem-se uma massa anormal de tecido,
cujo crescimento é quase autônomo, persistindo dessa maneira excessiva após o término dos
estímulos que o provocaram. As neoplasias (câncer in situ e câncer invasivo) correspondem a
essa forma não controlada de crescimento celular e, na prática, são denominadas tumores.
Classificação das Neoplasias
A neoplasia é uma proliferação anormal do tecido, que foge parcial ou totalmente ao controle
do organismo e tende à autonomia e à perpetuação, com efeitos agressivos sobre o homem.
Neoplasias podem ser benignas ou malignas. As neoplasias benignas ou tumores benignos
têm seu crescimento de forma organizada, geralmente lento, expansivo e apresentam limites
bem nítidos.
Apesar de não invadirem os tecidos
vizinhos, podem comprimir os
órgãos e tecidos adjacentes.
⒈O Lipoma (que tem origem no
tecido gorduroso);
⒉Mioma (que tem origem no
tecido muscular liso);
⒊Adenoma (tumor benigno das
glândulas) são exemplos de
tumores benignos;

As neoplasias malignas ou tumores malignos manifestam um maior grau de autonomia e são


capazes de invadir tecidos vizinhos e provocar metástases, podendo ser resistentes ao
tratamento e causar a morte do hospedeiro. O câncer é uma neoplasia maligna.

Tumor Benigno Tumor Maligno

Células diferenciadas (semelhantes às do Formado por células anáplasicas( diferentes


tecido normal); do normal); atípico; falta de diferenciação;

Estrutura progressiva; pode regredir; Crescimento rápido; mitoses anormais; e


mitoses normais e raras numerosas;

Massa bem delimitada massa pouco delimitada, local invasivo,


infiltra tecidos adjacentes.

Não ocorre metástase Metástase presente

Câncer in Situ e câncer invasivo


O câncer não invasivo ou carcinoma in situ é o primeiro estágio em que o câncer pode ser
classificado (essa classificação não se aplica aos cânceres do sistema sanguíneo). Nesse
estágio (in situ), as células cancerosas estão somente na camada de tecido na qual se
desenvolveram e ainda não se espalharam para outras camadas do órgão de origem. No
câncer invasivo, as células cancerosas invadem outras camadas celulares do órgão, ganham a
corrente sanguínea ou linfática e têm a capacidade de se disseminar para outras partes do
corpo. Essa capacidade que os tumores malignos apresentam, de invasão, de disseminação e
de produção de outros tumores em outras partes do corpo, a partir de um já existente, é a
principal característica do câncer. Esses novos focos de doença são chamados de metástases.
A Formação do Câncer
Uma célula normal pode sofrer uma mutação genética, ou seja, alterações no DNA dos genes.
As células cujo material genético foi alterado passam a receber instruções erradas para as
suas atividades. Independentemente da exposição a agentes cancerígenos ou carcinógenos,
as células sofrem processos de mutação espontânea, que não alteram seu desenvolvimento
normal. As alterações podem ocorrer em genes especiais, denominados proto-oncogenes,
que, a princípio, são inativos em células normais. Quando ativados, os proto-oncogenes
transformam-se em oncogenes, responsáveis pela malignização (cancerização) das células
normais. Essas células diferentes são denominadas cancerosas.

Prevalência
São esperados 704 mil casos novos de câncer no Brasil para cada ano do triênio 2023-2025,
com destaque para as regiões Sul e Sudeste, que concentram cerca de 70% da incidência. Ao
todo foram estimadas as ocorrências para 21 tipos de câncer mais incidentes no País, dois a
mais do que na publicação anterior, com a inclusão dos de pâncreas e de fígado. • O tumor
maligno mais incidente no Brasil é o de pele não melanoma (31,3% do total de casos),
seguido pelos de mama feminina (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão
(4,6%) e estômago (3,1%).

Fisioterapia
A meta é preservar e restaurar a integridade cinético-funcional de órgãos e sistemas, assim
como prevenir, tratar e minimizar os distúrbios e sequelas causados pelo tratamento
oncológico, onde temos como principal objetivo a manutenção de qualidade de vida.
O fisioterapeuta pode atuar tanto no pré-operatório, quanto no pósoperatório e também nos
tratamentos não cirúrgicos.
Analgesia (eletroterapia e massoterapia);
• Alongamentos (passivos e ativos);
• Exercícios de fortalecimento muscular (com ou sem carga);
• Exercícios de amplitude de movimento;
• Exercícios cardiorrespiratórios;
• Exercícios pulmonares (cinesioterapia respiratória, manobras de higiene brônquica,
manobras de reexpansão pulmonar).

Fases da Reabilitação Oncologica


1ª Preventiva
É oferecida logo após o diagnóstico do câncer. É realizada antes ou imediatamente após os
tratamentos. Ainda não há deficiência de função presente. Objetiva reduzir o desempenho
inadequado e a incapacidade ou deficiência subsequentes.

2ª Reabilitação de Restauração
Aplicada quando não é esperada nenhuma incapacidade residual maior e quando o paciente
está curado ou essencialmente livre da restrição e incapacidade que a doença pode ocasionar
por um tempo consideravelmente maior

3ª Reabilitação de Suporte
Utilizada em pacientes nos quais a persistência da doença é esperada, embora sob relativo
controle ou remissão. Objetiva reduzir a incapacidade residual contínua por instrução
adequada ou provisão de dispositivos que auxiliem em seu processo, aumentando a
capacidade de autocuidado desses indivíduos.

4ª Reabilitação Paliativa
Sua meta é aumentar a independência e o apoio emocional e reduzir o desconforto de
pacientes em estágio avançado da doença, na qual sua progressão implacável e a morte
podem ser esperadas. Projetada para oferecer manutenção na independência máxima,
redução dos sintomas e manutenção do máximo conforto, observando os desejos dos
indivíduos.

Câncer de Mama
O câncer de mama representa a principal causa de morte por câncer em mulheres brasileiras.
O câncer de mama é raro antes dos 35 anos, crescendo rápida e progressivamente com a
idade, sendo descoberto, principalmente, entre 40 e 60 anos.Todo câncer é caracterizado por
um crescimento rápido e desordenado de células. Quando as células adquirem características
anormais, nas mamas, podem acometer:
• Células dos lobos mamários;
• Células produtoras de leite ou dos ductos por onde é drenado o leite;
• podem causar uma ou mais mutações no material genético da célula. Esta doença acontece
quase exclusivamente em mulheres, porém existem casos de homens com câncer de mama
também.

Fatores de Risco
✽ Idade avançada
✽ História anterior de CA de mama
✽ História de doença fibrocística da mama
✽ História de CA de mama em parentes de 1º grau
✽ Menarca precoce
✽ Menopausa tardia
✽ Idade da primeira gestação acima de 30 anos
✽ Anticoncepcionais orais
✽ Terapia de reposição hormonal
✽ Obesidade (dietas hipercalóricas levam ao aumento da conversão dos andrógenos em
estrógenos);
Diagnóstico
Ministério da Saúde recomenda:
– Auto exame de mama após 30 anos, mensalmente, até uma semana após a menstruação.
– Mamografia – Exame clínico de mama anual
– Em paciente de risco, exame clínico e mamografia a partir de 35 anos.
Taxa de mortalidade é alta devido diagnóstico em estádios avançados da doença.

Mamografia
Deve ser realizada a cada dois anos de acordo com as recomendações do INCA e do MS.

Outros métodos
ULTRA-SONOGRAFIA; DOPPLER COLORIDO; TERMOGRAFIA DE PLACA;
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA; CINTILOGRAFIA MAMÁRIA; TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA;
Tratamento clínico
- Radioterapia;
- Quimioterapia;
- Hormonioterapia;

Mastectomia Radical Modificada


Remoção da mama e esvaziamento radical com ou sem preservação do músculo peitoral
menor. Indicação para tumores com mais de 3cm não fixados à musculatura.
Dois tipos:
MADDEN – preservação do músculo peitoral maior e menor;
PATEY – mantém músculo peitoral maior;

Mastectomia Total
Remoção da mama, aponeurose ant. m. peitoral maior, sem esvaziamento axilar

Cirurgia Conservadoras
Tumorectomia
O objetivo da cirurgia é remover todo o câncer presente na mama, ao mesmo tempo em que
se preserva o máximo possível do tecido mamário saudável e a aparência estética da mama.

Setorectomia/ Segmentectomia

Semelhante à tumorectomia retirada do setor mamário, retirada de


pequena quantidade de tecido normal adjacente à lesão, margem de
segurança.
Quadrantectomia ou segmentectomia
(Mastectomia parcial)
Remoção de um quadrante onde se encontra o
carcinoma primário, com margens adjacentes; Indicação
para tumores de 2 a 3cm de diâmetros; Também deve
ser associada à linfadenectomia axilar (monobloco ou
dibloco) e radioterapia.

Fisioterapia pré e pós câncer de mama


Objetivos:
✽ Acelerar o processo de recuperação;
✽ Retorno mais rápido às atividades da Fisioterapia Pré tratamento
vida cotidiana, ocupacional e desportiva; - Vínculo terapeuta-paciente
✽ Readquirir amplitude de movimento, - Avaliação das condições
postura e autoestima; pré-existentes
✽ Reduzir e prevenir complicações - Identificar fatores de risco para
pós-operatórias possíveis complicações
- Promover relaxamento e melhor
Inicia-se a fisioterapia em todas as fases postura
logo após o diagnóstico, durante o - Avaliação da ADM e FM
tratamento cirúrgico e clínico, após o - Orientação de atividade física
tratamento, reconstrução mamária e - Orientações e cuidados
cuidados paliativos.
domiciliares

Fisioterapia pós operatório imediato


Objetivos:

❖ Evitar postura antálgica; ❖ Normalizar as alterações de


❖ Evitar respiração de defesa; sensibilidade
❖ Melhorar a extensibilidade e ❖ Reeducação postural
elasticidade torácica; ❖ Estímulo a saída do leito;
❖ Prevenir acúmulo de secreções ▪ ❖ Posicionamento no leito: elevação
Prevenir alterações circulatórias; de 30º e abdução de 45º;
❖ Profilaxia à tendência à retração da ❖ Exercícios respiratórios;
cicatriz; ❖ Auto massagem de drenagem
❖ Manutenção das ADM`s linfática;
❖ Manter o trofismo e a força ❖ Tratamento do quadro álgico.
muscular
❖ Redução das algias
❖ Prevenção da formação do
linfedema
Fisioterapia pós operatório - 15 dias Fisioterapia pós operatório - tardio
● ADM limitada a 90º enquanto
➔ Exercícios com ADM completa.
estiver com dreno e pontos.
➔ Prevenir e tratar complicações.
● Movimentação com ADM
➔ Fortalecimento muscular.
completa.
➔ Melhorar consciência corporal e
● Exercícios isométricos.
postura.
● Exercícios respiratórios.
➔ Orientações para AVDs.
● Drenagem linfática manual
➔ Cuidados com o membro.
(auto-massagem).
● Cuidados com cicatrizes.

Principais complicações pós operatórios


Limitação da ADM do ombro; Drenagem linfática manual (longe
da maior área do seroma)

Seroma Terapias Manuais


Laser de baixa potência
Acúmulo de líquido seroso em um espaço
entre tecidos ou órgãos, formando uma
bolsa ou cavidade. Complicações cicatriciais
A atuação fisioterapêutica:
- Aderência
ADM limitada a 90º (até retirada - Invaginação
dos pontos) - Infecção
Cuidados com o dreno - Deiscência
Terapia compressiva - Fibroses
Espumas de alta densidade - Hipertrofia
Taping compressivo - Necrose

Síndrome dolorosa pós mastectomia

Dor crônica na região anterior do tórax, Tratamento para SDPM


axila e face interna do braço homolateral. Dessensibilização
Lesões nervosas durante procedimento Kinesiotaping
cirúrgico.Lesões ocasionadas pelo dreno. TENS / FES
Neuropraxias/ Neurotmesis. Terapias manuais
Tens
Tratamento para o Nervo torácico Kinesiotaping
Alongamentos
longo Fortalecimento muscular
Mobilização cintura escapular
Escápula alada

Linfedema

O linfedema é uma complicação séria e incapacitante. Relacionado diretamente com a


remoção dos linfonodos (em casos de linfedema relacionado ao câncer).
Existem fatores de risco tais como; obesidade, alterações anatômicas do Sistema linfático,
estágio do tumor, etc.. É o resultado da sobrecarga do sistema linfático onde o volume da
linfa excede a capacidade de transporte. Persistente linfedema e estagnamento de proteína
leva a fibrose e oferece um meio excelente para acesso de celulite de repetição e linfagites.
Com a dilatação dos canais linfáticos, as válvulas tornam-se incompetentes, causando estase
avançada.

Classificação do Linfedema
Fase I – espontaneamente reversível, pequeno aumento de linfa intersticial e estase nos
vasos linfáticos.
Fase II - espontaneamente reversível, atitude terapêutica mais intensa, já possui fibrose em
certos pontos, aumento na consistência da pele, fluxo linfático mais lento.
Fase III – mais grave, grande volume na região afetada, grau elevado de fibrose com grave
estagnação da linfa, pele ressecada, friável, cor escura com aspecto de casca de laranja. Mais
vulnerável a infecções.
Fase IV – mais grave de todos, chamada elefantíase, falência total dos vasos linfáticos e
fístulas linfáticas.

Tratamento
- Drenagem Linfática Manual (DLM).
- Bandagens compressivas.
- Exercícios Miolinfocinéticos.
- Cuidados com a pele.

Exercícios de ganho de força


Podem ser realizados durante todo o tratamento. Não aumenta a incidência de linfedema.
Melhora da fadiga no tratamento oncológico. Diminui efeitos colaterais do tratamento.
Cuidados e Orientações
- Cuidados com infecções no membro homolateral à cirurgia
- Controle de peso
- Atividade Física
- Atenção aos sinais e sintomas subjetivos do linfedema
- Tratamento adequado e precoce do linfedema
Câncer de Próstata
Faixa etária para rastreamento: A partir dos 50 anos (deve ser informado ao homem a
possibilidade de rastreamento); Raça negra; Parentes de primeiro grau.

Prostatic Specific Antigen


O antígeno prostático específico PSA é uma glicoproteína sintetizada nas células epiteliais do
tecido prostático;
O aumento do nível sérico do PSA ocorre devido à perda da arquitetura celular e liberação
das moléculas de PSA na corrente sanguínea. Logo, situações que levam à ruptura celular
como trauma, infecções, ejaculação, hiperplasia prostática benigna (HPB), retenção urinária
etc. podem ser responsáveis pelo aumento do PSA. Baixa especificidade
Alta chance de detecção de tumores indolentes
Problemas na identificação de tumores agressivos (pois os indiferenciados podem ter PSA
baixo).
Critérios para a biópsia
- Baixa especificidade
- Alta chance de detecção de tumores indolentes
- Problemas na identificação de tumores agressivos (pois os indiferenciados podem ter
PSA baixo) ;

Prostatectomia radical
Retirada da próstata juntamente com as vesículas seminais e linfonodos da cadeia
obturatória.

Mecanismo Esfincteriano do Homem


Após a remoção do esfíncter uretral proximal, esta porção do mecanismo de continência é
removida durante a prostatectomia. A resistência infravesical é mantida pelo mecanismo do
esfíncter uretral distal, anos à inervação da musculatura lisa e estriada podem contribuir
para Incontinência Urinária Pós Prostatectomia (IUPP)
Incontinência Urinária

Avaliação
1ª Sessão Anamnese
- Educação Corporal ( localização das estruturas e funcionamento);
- Explicação da terapia, desenho MAP
- Orientações para o diário miccional e pad test (é um teste simples e não invasivo
usado para avaliar a quantidade de urina perdida durante atividades
específicas que podem desencadear a incontinência urinária, possui algumas
orientações: não fazer uso de bebidas e comidas estimulantes da bexiga, vestir
roupas esportivas ).
2º Sessão: Recolhido diário e - Tossir 10x;
realizado pad test - Lavar as mãos por 1 min;
- Mensurar peso absorvente; - Mensurar novamente
- Esvaziar a bexiga e colocar absorvente.
absorvente; Resultado - Reavaliar a cada 10
- Beber 3 copos de água, ▪ 30 min sessão
sentado; ● 2 a 10g – IU leve
- 30 min caminhando na esteira ● 11 a 50g – IU moderada
(4 a 5km/h); ● 51- 100g – IU grave
- Subir e descer 20 degraus ▪ ● > 100g – IU gravíssima
Sentar e levantar 10x;
3ºSessão - 1ª dia de tratamento
- Exame físico: pode ser realizado o toque retal para avaliar. (Tempo de
contrações mantidas, eficácia de contração ,coordenação, tônus muscular.)
Escala de Força Muscular do Assoalho pélvico:

Grau de Força Escala Oxford modificada

0 Ausência de resposta muscular

1 Esboço de contração não sustentada

2 Presença de contração de pouca


intensidade, mas que sustenta.

3 Contração moderada, sentida como um


aumento de pressão intravaginal, que
comprime os dedos do examinador com
pequena elevação cranial da parede
vaginal.

4 Contração satisfatória, a que aperta os


dedos do examinador com elevação da
parede vaginal em direção à sínfise
púbica.

5 Contração forte, compressão firme dos


dedos do examinador com movimento +
em direção à sínfise púbica.

- Cinesioterapia: Exercícios de Kegel.


✦ Começar em Decúbito Dorsal Evoluir para Decúbito Lateral variando os
exercícios; tensão das faixas e segundos de contração;
✦ Evoluir para posição sentada/ sentada na bola
✦ Evoluir para em pé.
✦ Em todos os decúbitos: com conscientização da contração; anteroversão e
retroversão; Adução com bola e contração associado; Abdução com elástico e
contração associado e respiração – inspirar antes de começar – expirar na contração.

- Biofeedback: consciência corporal.(equipamentos eletrônicos para medir e


registrar as atividades fisiológicas do corpo humano, o objetivo é permitir que
o paciente aprenda a controlar essas funções corporais que geralmente são
involuntárias).
- Terapia Comportamental: Período de 3 semanas; Excesso de carga,
caminhada e de esforço para urinar nos primeiros meses após a cirurgia
podem atrapalhar a recuperação, portanto devem ser evitados. No primeiro
mês você pode urinar sentado, Tão
logo quanto possível deve-se
restabelecer o ato miccional em pé.
Contraia o assoalho pélvico com
intensidade moderada por 30s e
relaxe BEM DEVAGAR sempre que
sentir vontade de urinar mas não
puder ir ao banheiro. Repita esta
estratégia se a vontade persistir.
Algumas bebidas e alimentos,
irritativos da bexiga, devem ser
evitados nessa fase. São eles: Chás, chimarrão, café, chocolate, leite e
derivados, bebidas alcoólicas, bebidas gasosas (água e refrigerante), sucos
artificiais, adoçantes artificiais e gelatinas. O volume de líquido ingerido
sempre deve estar acima de 1,5l. Evitar ingerir líquidos à noite. A última coisa
a fazer antes de dormir a noite é ir ao banheiro para urinar. Lembre-se que
álcool e tabaco são inimigos da potência sexual. Você deve ter uma dieta rica
em fibras e com ingestão hídrica adequada para o bom funcionamento do
intestino. Incentivar hábitos saudáveis

- Eletroestimulação do músculo tibial posterior: Utiliza-se eletrodo


transcutâneo posicionado em maléolo medial e outro 10cm acima, com
frequência de 10Hz e largura de pulso de 200 microssegundos, por 30
minutos, duas vezes por semana, totalizando 12 sessões. Os impulsos
conduzem de forma retrógrada ao estímulo elétrico, ocorrendo as ondulações
diminuindo as contrações do detrusor.

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