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CURSO DE FISIOTERAPIA

Disciplina: Fisioterapia Uroginecológica e pélvica e Oncológica

Neoplasia

Profª. Dra Deise A. A. Pires Oliveira


Associação Educativa Evangélica Anápolis – 2023.1
CURSO DE FISIOTERAPIA
Disciplina: Fisioterapia Uroginecológica e pélvica e Oncologia

OBJETIVOS:

Capacitar o aluno a reconhecer a epidemiologia do câncer, os fatores de


risco bem como as caracteristicas neoplásicas.

Associação Educativa Evangélica


CURSO DE FISIOTERAPIA
Disciplina: Fisioterapia Uroginecológica e pélvica

Referencia:
Mitchell, Richard, N. et al. Robbins & Cotran Fundamentos de Patologia. Cap. 07.
Disponível em: Minha Biblioteca, (9th edição). Grupo GEN, 2017.

Sarmento, George Jerre, V. e Thalissa Maniaes. Oncologia para fisioterapeutas.


Disponível em: Minha Biblioteca, (2nd edição). Editora Manole, 2022.

Associação Educativa Evangélica


Neoplasia
• Os termos neoplasia (literalmente “crescimento novo”) e tumor são sinônimos; se
referem a massas anormais de tecido, cujo crescimento é virtualmente autônomo
e excede àquele dos tecidos normais.

• Crescimento tumoral é dirigido por mutações adquiridas que conferem uma


vantagem proliferativa e são passadas à sua prole de maneira clonal, a partir de
uma única célula maligna inicial.
Neoplasia: Significa um distúrbio do crescimento celular ( excessivo e desordenado) que é

causado por uma série de mutações adquiridas que afetam uma única célula primordial.

É sinônimo de TUMOR.

Existem neoplasias benignas e malignas.

Câncer é o termo referido APENAS as neoplasias malignas, ou seja aos TUMORES

MALIGNOS.

Dessa forma, todo CÂNCER é maligno., não existe câncer benigno. Existe tumor benigno

que é uma neoplasia benigna.


Os tumores são geralmente classificados com
base em seu comportamento clínico em:
• Benignos — com um comportamento “inocente”
caracterizado por uma lesão localizada, que não se
dissemina para outros locais e é passível de ressecção
cirúrgica; o paciente, normalmente, sobrevive — apesar
de haver exceções.
• Malignos — denominados câncer, com comportamento
agressivo, incluindo invasão e destruição dos tecidos
adjacentes, e capacidade de se disseminar para outros
locais (metástase).
Nomenclatura dos tumores
• Os tumores benignos tipicamente possuem em seu nome o sufixo oma;
Ex: tumores mesenquimais benignos incluem o lipoma, o fibroma, o angioma, o osteoma e
o leiomioma.
• Exceção: alguns tumores não seguem a regra do oma; ex: melanoma, linfoma e
mesotelioma são todos tumores malignos.
• Os tumores malignos são assim categorizados:
• Carcinomas, quando derivados de células epiteliais.
• Sarcomas, quando de origem nas células mesenquimais.
• Tumores mesenquimais advindos das células que formam o sangue são chamados de
leucemias, e tumores de linfócitos ou de seus precursores são chamados de linfomas.
Características das Neoplasias Benignas e Malignas

• A classificação de um tumor como benigno ou maligno depende, em última


instância, de seu comportamento clínico; contudo, a avaliação morfológica (e,
cada vez mais, o perfil molecular) permite a categorização dessas neoplasias com
base no grau de diferenciação, da capacidade de invasão local e de metástase.

• Apesar de os tumores malignos terem a tendência de crescer mais rapidamente


do que os benignos, esse achado não é consistente; de fato, algumas
neoplasias malignas podem apresentar crescimento extremamente lento e
indolente.
Anaplasia: desenvolvimento
incompleto ou anormal de uma célula
ou de um tecido.
Epidemiologia
• Impacto Global do Câncer : Nos Estados Unidos, as neoplasias malignas de
próstata, pulmão e colo (intestino grosso) ou reto são os tipos de câncer mais
comuns em homens;

• Os cânceres de mama, pulmão e colo (intestino grosso) ou reto são os mais


comuns em mulheres (Fig. 7-2).

• As boas notícias são que as taxas de mortalidade por câncer em países


desenvolvidos declinaram 18,4% em homens e 10,4% em mulheres desde
1990.
Fatores Ambientais
• Influências ambientais parecem ser fatores de risco dominantes para a maior parte das
neoplasias malignas; isso se reflete pela ampla variação geográfica na incidência de
formas específicas de câncer. Exemplos de fatores de risco ambientais:

• O tabagismo está envolvido nos cânceres de orofaringe, laringe, esôfago, pâncreas e


bexiga, além de estar implicado em quase 90% das mortes por câncer de pulmão.

• O álcool aumenta o risco de doenças malignas na boca e na faringe e, por causar


cirrose alcóolica, contribui para o desenvolvimento do carcinoma hepatocelular.

• Os fatores dietéticos estão associados aos cânceres colorretais, de próstata e de


mama.
Cânceres Ocupacionais

• Agentes ou Grupos de Agentes: Arsênio= Carcinoma de pulmão,


carcinoma de pele,

• Agentes ou Grupos de Agentes: Asbestos = Carcinomas de pulmão,


esôfago, estômago e intestino;

• Agentes ou Grupos de Agentes: Benzeno = Leucemia mieloide aguda

• Agentes ou Grupos de Agentes: Cádmio e seus compostos = Carcinoma


de próstata.

• Entre outros
Idade
• A maioria dos tipos de câncer ocorre em indivíduos com idade superior a 55 anos;
esta é a principal causa de morte em mulheres com idade entre 40 e 79 anos e em
homens com idade entre 60 e 79 anos.

• Atribui-se a incidência crescente com o aumento da idade ao acúmulo de


mutações somáticas e declínio na vigilância imunológica.

• Não obstante, alguns tipos de câncer são particularmente comuns em crianças e


10% das mortes em pacientes com menos de 15 anos são relacionadas com
câncer.
Predisposição Genética e Interações entre Fatores Ambientais e

Hereditários: Aproximadamente 95% das doenças malignas surgem

esporadicamente (ou seja, não possuem uma base familiar

aparentemente herdada).
Como surge o câncer?
Uma mutação genética, ou seja,
uma alteração no DNA da célula é o
ponto de partida para o surgimento de
um câncer. Devido a essa alteração, a
célula passa a receber informações
erradas para suas atividades.
Como surge o câncer?
• O câncer surge a partir de uma
mutação genética, ou seja, de uma
alteração no DNA da célula, que
passa a receber instruções erradas
para as suas atividades. As
alterações podem ocorrer em genes
especiais, denominados proto-
oncogenes, que a princípio são
inativos em células normais. Quando
ativados, os proto-oncogenes
tornam-se oncogenes, responsáveis
por transformar as células normais
em células cancerosas.
O processo de formação do câncer é chamado de carcinogênese
ou oncogênese e, em geral, acontece lentamente, podendo levar vários
anos para que uma célula cancerosa prolifere-se e dê origem a um
tumor visível.

Os efeitos cumulativos de diferentes agentes cancerígenos ou


carcinógenos são os responsáveis pelo início, promoção, progressão e
inibição do tumor.
• As células que constituem os animais são formadas por três partes: a
membrana celular, que é a parte mais externa; o citoplasma (o corpo da
célula); e o núcleo, que contém os cromossomos, que, por sua vez, são
compostos de genes.

• Os genes são arquivos que guardam e fornecem instruções para a organização


das estruturas, formas e atividades das células no organismo.

• Toda a informação genética encontra-se inscrita nos genes, numa "memória


química" - o ácido desoxirribonucleico (DNA). É através do DNA que os
cromossomos passam as informações para o funcionamento da célula
Como surge o câncer?
A carcinogênese é determinada pela exposição a esses agentes,
em uma dada frequência e em dado período de tempo, e pela
interação entre eles.

Devem ser consideradas, no entanto, as características


individuais, que facilitam ou dificultam a instalação do dano celular.
Esse processo é composto por três estágios:
• Estágio de iniciação: os genes sofrem ação dos agentes cancerígenos, que
provocam modificações em alguns de seus genes. Nessa fase, as células se
encontram geneticamente alteradas, porém ainda não é possível se
detectar um tumor clinicamente. Elas encontram-se "preparadas", ou seja,
"iniciadas" para a ação de um segundo grupo de agentes que atuará no
próximo estágio.
• Estágio de promoção: as células geneticamente alteradas, ou seja, "iniciadas",
sofrem o efeito dos agentes cancerígenos classificados como oncopromotores.
• A célula iniciada é transformada em célula maligna, de forma lenta e gradual.
• Para que ocorra essa transformação, é necessário um longo e continuado contato
com o agente cancerígeno promotor.
• A suspensão do contato com agentes promotores muitas vezes interrompe o
processo nesse estágio.
• Alguns componentes da alimentação e a exposição excessiva e prolongada a
hormônios são exemplos de fatores que promovem a transformação de células
iniciadas em malignas.
• Estágio de progressão: se caracteriza pela multiplicação
descontrolada e irreversível das células alteradas.

• Nesse estágio, o câncer já está instalado, evoluindo até o surgimento


das primeiras manifestações clínicas da doença.

• Os fatores que promovem a iniciação ou progressão da carcinogênese


são chamados agentes oncoaceleradores ou carcinógenos.

• O fumo é um agente carcinógeno completo, pois possui componentes


que atuam nos três estágios da carcinogênese.
https://www.youtube.com/watch?v=Ofe9r8DWm9c

Como nasce o câncer

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