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Não Devemos Permitir que alguém

saia da nossa presença sem se sentir


melhor e mais feliz.”

Madre Teresa de Calcutá


Objetivos da Aula

Definição de Oncologia e câncer;


Principais causas e fatores de risco relacionados ao câncer;



O que passa em
nossa mente quando
se trata de
Oncologia e
Câncer?
Aspecto Gerais

Morte Ansiedade

Diagnóstico
De Câncer
Experiências Informações
passadas sobre a doenca
O que é o Câncer?
Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100
doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno)
de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se
(metástase) para outras regiões do corpo (órgãos vizinhos).

Formação de Tumores – acúmulo


de células cancerosas ou
neoplasias malignas. Multiplicação
acelerada das células.

* Tumor benigno – massa


localizada de células. Multiplicação
vagarosa.
“Luta” Antiga
O câncer não é uma doença nova. O fato de ter sido detectado em múmias egípcias
comprova que ele já afetava o homem há mais de 3 mil anos antes de Cristo.
Paciente oncológico
• Todo aquele indivíduo que recebe diagnóstico de câncer, podendo
estar em espera de tratamento oncológico, ou recebendo cuidado
paliativo, englobando, portanto toda a trajetória do paciente (da
neoadjuvância à cura ou paliação).

• Risco de desnutrição: Associado tanto aos efeitos físicos e


metabólicos do câncer como também pelo efeito das terapias
antineoplásicas, estando a desnutrição associada a um pior
prognóstico. A presença dessa desnutrição limita a resposta ao
tratamento.
Tipos de Crescimento Celular
• A proliferação celular pode ser controlada ou não
controlada.

• No controlado-> aumento localizado e autolimitado do


número de células de tecidos normais que formam o
organismo, causado por estímulos fisiológicos ou
patológicos. Nele, as células são normais ou com pequenas
alterações na sua forma e função, podendo ser iguais ou
diferentes do tecido em que se instalam.

• A hiperplasia, a metaplasia e a displasia são exemplos


Tipos de Crescimento Celular
• No crescimento não controlado-> massa anormal
de tecido, cujo desenvolvimento é quase
autônomo, persistindo dessa maneira excessiva
após o término dos estímulos que o provocaram.

• As neoplasias (câncer in situ e câncer invasivo)


correspondem a essa forma não controlada de
crescimento celular e, são denominadas tumores.
O que se entende por crescimento
desordenado de células?
• O crescimento das células cancerosas é diferente do
crescimento das normais. As células cancerosas, em vez de
morrerem, continuam crescendo incontrolavelmente,
formando outras novas células anormais.
Classificação das Neoplasias
• Neoplasias podem ser benignas ou malignas.

• As neoplasias benignas/tumores benignos- têm crescimento de


forma organizada, geralmente lento, apresentam limites bem
nítidos e não invadem tecidos vizinhos. Exemplos: lipoma, mioma
e o adenoma(tumor benigno das glândulas).

• As neoplasias malignas/tumores malignos- são capazes de invadir


tecidos vizinhos e provocar metástases, podendo ser resistentes
ao tratamento e causar a morte do hospedeiro.
Evolução do Tumor maligno
• Da velocidade do crescimento tumoral

• Do órgão em que o tumor está localizado

• De fatores constitucionais de cada pessoa

• De fatores ambientais
Dessa forma, os tumores podem ser detectados em diferentes fases:

• Fase pré-neoplásica (antes de a doença se desenvolver)


• Fase pré-clínica ou microscópica (quando ainda não há sintomas)
• Fase clínica (apresentação de sintomas)

Exposição a fatores de riscos

Desenvolvimento do tumor
maligno

Apresentação de
manifestações clinicas
Fatores etiológicos

Ambientais

Infecção
Dieta
viral

Estilo de
Radiação
vida
Fatores Etiológicos
•Causas Externas – meio ambiente, hábitos ou costumes.
•Causas Internas – geneticamente pré-determinadas, ligadas à
capacidade do organismo se defender das agressões externas.

Obs.: 80 a 90% dos casos de câncer estão associados a fatores


ambientais.
*Ambiente: ambiente ocupacional; ambiente de consumo;
ambiente social e cultural.
Causas Externas
• Uso de cigarro - câncer de pulmão
• Bebidas alcoólicas- câncer de boca, orofaringe e laringe
(principalmente quando associado ao fumo), esôfago e fígado.
• Exposição excessiva ao sol- câncer de pele.
• Alguns micro-organismos- HPV – vírus associado ao câncer do colo
do útero e Helicobacter pylori (HP) – carcinoma gástrico e do
linfoma gástrico.
• Radiação
• Inatividade física, sedentarismo, obesidade e a alimentação não
saudável- intestino (cólon e reto), ovário, endométrio, tireoide.
Causas Internas
• Hormônios;
• Condições imunológicas;
• Mutações genéticas

• Apesar de o fator genético exercer um importante papel na formação


dos tumores são raros os casos de câncer que se devem
exclusivamente a fatores hereditários e familiares.

• As causas externas e internas podem interagir de várias formas,


aumentando a probabilidade de transformações malignas nas células
normais. Exemplo: o risco de uma pessoa desenvolver câncer de
pulmão é diretamente proporcional ao número de cigarros fumados
por dia e ao número de anos que ela vem fumando
Fatores de Risco

Hábitos Alimentares

Alguns tipos de alimentos, se consumidos regularmente durante


longos períodos de tempo, parecem fornecer o tipo de ambiente que
uma célula cancerosa necessita para crescer, se multiplicar e se
disseminar. Exemplos:
➢Dieta rica em gorduras e pobre em fibras (carnes vermelhas,
frituras, leite integral e derivados, etc.).

➢Nitritos – conservante – transformam-se em nitrosaminas no


estômago. (picles, salsichas e alguns tipos de enlatados)

➢Alimentos preservados em sal – carne-de-sol, charque e peixes


salgados;
Como prevenir-se através da alimentação

Mudanças nos hábitos alimentares ajudam a reduzir os riscos de


desenvolvermos câncer.
A adoção de mudanças para uma alimentação saudável contribui
não só para a prevenção do câncer, mas também de doenças cardíacas,
obesidade e outras enfermidades como diabetes.
Fibras – redução da formação de substâncias cancerígenas no intestino
grosso e diminuição da absorção de gorduras;
Verduras, frutas, legumes e cereais ricos em vitaminas C, A, E e fibras –
diminui o risco de câncer.
Alcoolismo: Relação com o Câncer

A relação entre álcool e câncer tem sido avaliada, no


Brasil, por meio de estudos, que estabeleceram a relação
epidemiológica entre o consumo de álcool e cânceres da
cavidade bucal e de esôfago.

➢Combinado com o tabaco – faringe e laringe

➢Está relacionado a 2 – 4% das mortes por câncer.

➢Os estudos demonstram que o tipo de bebida (cerveja, vinho,


cachaça etc.) é indiferente, pois é o etanol, propriamente, o
agente agressor.
Microrganismos

Alguns vírus com potencial carcinogênico :

• o herpesvírus tipo II e o papilomavírus (HPV) estão relacionados ao


câncer do colo uterino;
• o vírus HIV (Human Immunodeficiency Virus), pode desencadear o
aparecimento de sarcoma de Kaposi, câncer de língua e de reto,
respectivamente, em pacientes portadores de AIDS;
• o vírus da hepatite B relaciona-se ao câncer de fígado.
• Helicobacter pylori- carcinoma gástrico
Fatores Ocupacionais

O câncer provocado por exposições ocupacionais


geralmente atinge regiões do corpo que estão em contato direto
com as substâncias cancerígenas, seja durante a fase de
absorção (pele, aparelho respiratório) ou de excreção (aparelho
urinário), o que explica a maior freqüência de câncer de pulmão,
de pele e de bexiga nesse tipo de exposição.

Ocupação Locais Primários dos Tumores

Marceneiro Carcinoma de nariz e seios para-nasais

Sapateiro Carcinoma de nariz e seios para-nasais

Limpador de chaminé Carcinoma de pele, pulmão e bexiga

Relacionada à sí Carcinoma de pulmão


Radiação Solar

Exposição Excessiva
Um câncer muito freqüente é o de pele. A radiação ultra-
violeta natural, proveniente do sol, é o seu maior agente
etiológico.

➢Raios UV-A
➢Raios UV-B

Para a prevenção não só do câncer de pele como também


das outras lesões provocadas pelos raios UV é necessário evitar a
exposição ao sol sem proteção. É imprescindível o uso de
chapéus, guarda-sóis, óculos escuros e filtros solares
durante qualquer atividade ao ar livre e evitar a exposição em
horários em que os raios ultravioleta são mais intensos, ou seja,
das 10 às 16 horas.
Tabaco

90% dos casos de câncer no pulmão.

30% das mortes decorrentes de outros


tipos de câncer (de boca, laringe, faringe,
esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo de
útero);

As doenças cardiovasculares e o
câncer são as principais causas de morte
por doença no Brasil, sendo que o câncer de
pulmão é a primeira causa de morte por
câncer.
Considerações Importantes
• O câncer, pode surgir em qualquer parte do corpo.
• Existem mais de 100 tipos diferentes de câncer, cada um com
características clínicas e biológicas diversas, que devem ser estudadas
para que o diagnóstico, o tratamento e o seguimento sejam adequados.
• Ainda existem muitas ideias erradas sobre a doença. Muitas vezes, uma
má interpretação de fatos relacionados ao câncer e/ou uma
generalização de um caso isolado da doença, assim como especulações,
acabam por fazer com que essas ideias apresentem-se como verdades.
• Todo profissional de saúde deve ter conhecimentos sólidos sobre o
câncer para que possa informar, cuidar e encaminhar corretamente seus
pacientes
• Face à gravidade da situação do câncer como problema de saúde que
atinge toda a população, todos os profissionais de saúde, são
responsáveis pelo sucesso das ações de controle da doença.
Objetivos da Aula

⚫Reconhecimento dos fatores de risco relacionados ao


câncer;
⚫Abordagem sobre saúde preventiva e promoção da saúde
em oncologia.
Classificação dos Fatores de risco
• Modificáveis- Fatores ambientais depende do
comportamento do indivíduo, que pode ser
modificado, reduzindo o risco de desenvolver um
câncer.

• Não-modificáveis

OBS.: Interação entre os fatores modificáveis e os


não modificáveis que vai determinar o risco
individual de câncer.
Modificáveis
• Uso de tabaco
• Alimentação Inadequada
• Inatividade Física e Sedentarismo
• Sobrepeso/Obesidade
• Consumo excessivo de bebidas alcoólicas
• Agentes Infecciosos
• Radiação Ultravioleta
• Exposições ocupacionais
Não-modificáveis
Estão relacionados os fatores de risco que não
dependem do comportamento, hábitos e
práticas.

• idade,
• Gênero
• Herança genética ou hereditariedade.
Enfermagem na Prevenção ao Câncer

Promoção
da Saúde

4
Nove recomendações para Prevenção
do Câncer

Evitar tabaco
Proteger-se de infecções

Exercitar-se
Proteger-se do sol

Controlar peso
Realizar check-up

Alimentar-se bem
Aconselhamento genético

Moderar consumo álcool


UpToDate, 2019. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/cancer-prevention. Acessado em 04 abril 2019.
https://www.cancerresearchuk.org/about-cancer/causes-of-câncer. Acessado em 04 abril 2019
Ações de Controle
• Prevenir o câncer é possível?

• A Organização Mundial da Saúde (OMS)


considera que cerca de 50% das mortes por
câncer poderia ser evitada, o que faz da
prevenção um componente essencial de todos
os planos de controle do câncer.
Ações de Controle
• Eliminar ou reduzir a exposição aos fatores de risco é
uma medida de prevenção importante para vários
tipos de câncer.

• O Programa Nacional para o Controle do Câncer da


OMS recomenda que todos os países promovam uma
conscientização para os sinais de alerta que alguns
tipos de cânceres são capazes de apresentar.

• Participação efetiva dos profissionais de saúde nos


programas de educação comunitária para incentivo a
adoção de hábitos saudáveis de vida.
Ações de Controle
• Participação de membros da comunidade nas
atividades e campanhas educativas de
divulgação das medidas de controle do câncer

• Os dois principais componentes de programas


nacionais para o controle do câncer são:
informação para a população e informação
para os profissionais.
Ações de Controle

Detecção Precoce

✓Diagnóstico precoce - pessoas com sinais e


sintomas

✓Rastreamento - para pessoas sem sintomas de


doenças.
Estimativa de impacto de prevenção

✓O rastreamento detecta anormalidades antes de serem


clinicamente aparentes, permitindo a intervenção antes do
desenvolvimento do câncer, quando o tratamento é mais eficaz.

✓Estratégias de prevenção se concentram em modificar fatores de


risco ambientais e de estilo de vida promotores de câncer

Wolin KY, Carson K, Colditz GA. Obesity and cancer. Oncologist 2010; 15:556.
Detecção Precoce
O objetivo é a detecção de lesões pré-
cancerígenas ou do câncer quando ainda
localizado no órgão de origem, sem invasão de
tecidos vizinhos ou outras estruturas

Detecção Precoce

Diagnóstico Precoce Screening (Rastreamento)

Pessoas com sinais e População assintomática


sintomas de câncer

Fonte: OMS
Diagnóstico precoce do câncer

Detecção de lesões em fases iniciais a partir de


sintomas e/ou sinais clínicos.

O diagnóstico precoce é realizado com o


objetivo de descobrir, o mais cedo possível,
uma doença por meio dos sintomas e/ou
sinais clínicos que o paciente apresenta.

Fonte: Adaptado de Cancer Control, Early Detection. WHO, 2007.


Diagnóstico Precoce

• A prevenção e a detecção precoce são


estratégias fundamentais para o controle do
câncer.
Rastreamento
• O rastreamento (screening)- exame oferecido
para pessoas saudáveis (assintomáticas) com o
objetivo de selecionar aquelas com mais chances
de ter uma enfermidade por apresentarem
exames alterados ou suspeitos e que, portanto,
devem ser encaminhadas para investigação
diagnóstica.
Rastreamento

O rastreamento viabiliza a identificação de indivíduos


que têm a doença, mas que ainda não apresentam
sintomas.

✓Teste ou exame para detecção simples, fácil aplicação e seguro


✓ Fase inicial da doença possível de ser detectada e maior
possibilidade de cura se tratado nesta fase.
✓ Disponibilidade e acesso ao tratamento
✓ Benefícios do rastreamento superam os danos

Fonte: Adaptado de Cancer Control, Early Detection. WHO, 2007.


Rastreamento
• De acordo com o Ministério da Saúde (2010),
programas de rastreamento podem ser
oferecidos de duas formas diferentes:

✓Rastreamento oportunístico

✓Rastreamento organizado
Rastreamento Oportunistico
X
Rastreamento Organizado
Rastreamento Oportunístico: Ocorre quando a pessoa procura o
serviço de saúde por algum outro motivo e o profissional de saúde
aproveita o momento para rastrear alguma doença ou fator de
risco.

Rastreamento Organizado: ocorre de forma sistematizada, com


uma base populacional e população-alvo definidas. Os indivíduos
assintomáticos da população-alvo são convidados para a realização
dos testes de rastreamento na periodicidade preconizada pelo
programa, com maior controle das ações e das informações
relativas ao rastreamento
O que significa ter um rastreamento
organizado?
Necessário quatro componentes essenciais:

✓Populacional: definição e convocação da


população-alvo .
✓Exames de rastreamento: garantia da oferta
adequada de exames e organização de programas de
qualidade.
✓Serviços de diagnóstico e tratamento: garantia da
oferta de serviços diagnósticos e tratamento.
✓Coordenação: organização das referências e fluxos,
qualidade, acesso, oferta de serviços e resultados.
No rastreamento é preciso
equilibrar riscos e benefícios

Riscos / malefícios Benefícios


✓Resultado falso-positivo: ✓ Possibilidade de
ansiedade/ excesso de exames tratamento menos
e possíveis danos. agressivo

✓ Possibilidade de
maior potencial de
cura pela detecção
precoce
Linha de Cuidado no Câncer
Unidade Terciária
Unidade Secundária
UNACON / CACON

Atenção Primária

•Consulta com Consulta Tratamento Cuidados


generalista Especializada oncológico Paliativos
•Investigação
•Rastreamento
Diagnóstico Cuidado Domiciliar

Atenção
As linhas de cuidado são estratégias de Primária
estabelecimento do “percurso assistencial”
com o objetivo de organizar o fluxo dos
indivíduos, de acordo com suas necessidades
Políticas que se aplicam ao controle do
Câncer
• Política Nacional de Humanização (PNH) - define os
princípios e estabelece as diretrizes para
valorização dos diferentes sujeitos envolvidos no
processo de produção de saúde: usuários,
trabalhadores e gestores.

• Política Nacional de Atenção Básica (Pnab) -


estabelece diretrizes e normas para a organização
da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da
Família (ESF) e para o Programa Agentes
Comunitários de Saúde (PACS).
Políticas que se aplicam ao controle do
Câncer
• Política Nacional de Promoção à Saúde (PNPS) - tem
por objetivo promover a qualidade de vida e reduzir a
vulnerabilidade e os riscos à saúde relacionados aos
seus determinantes e condicionantes – modos de
viver, condições de trabalho, habitação, ambiente,
educação, lazer, cultura e acesso a bens e serviços
essenciais.

• Rede de Atenção à Saúde - concretiza as normas


sobre a redes do SUS.
AS POLÍTICAS ESPECÍFICAS RELACIONADAS AO
CONTROLE DO CÂNCER
• Em relação ao controle do câncer do Brasil, duas
merecem destaque especial:

✓A Política Nacional para a Prevenção e Controle do


Câncer na Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com
Doenças Crônicas no âmbito do SUS (PNPCC).

✓Portaria nº 140, de 27 de fevereiro de 2014- documento


que redefine os critérios e parâmetros para organização,
planejamento, monitoramento, controle e avaliação dos
estabelecimentos de saúde habilitados na atenção
especializada em oncologia.
Considerações Importantes
• O câncer, constitui um grave problema de saúde
pública, sabendo também que parte dos casos é
evitável e muitos podem ser prevenidos.

• Alguns tipos de câncer detectados precocemente


ou durante seu desenvolvimento, podem ser
tratados e curados
Considerações Importantes

• Mesmo em pacientes com doença avançada, os


sintomas podem ser minimizados, e, tanto os
pacientes quanto os seus familiares, podem receber
ajuda e cuidados.

• Cada profissional, dentro de seu campo de atuação,


deve, por meio de seu conhecimento teórico e de
sua prática individual, atuar de forma responsável e
consciente no cuidado da população para o controle
do câncer.
Objetivos da Aula

⚫Abordagem geral sobre Sistema Genital Feminino e suas


funções
Sistema Genital Feminino
FUNÇÕES:

- Fornecer gametas femininos (óvulos) e hormônios


- Conduzir o óvulo e ovo
- Fertilização
- Manter e alojar o produto conceptual
- Expulsão no parto
- Nutrição do lactente
Classificação Topográfica
Genitais Internos
- Ovários
- Tubas Uterinas
- Útero
- Vagina

Genitais Externos
-Genitália externa ou Vulva
(pequenos e grandes lábios e
clítoris)
Tubas uterinas Infundíbulo

Ovário
Ovário Ligamento dos ovários

Endométrio Útero

Colo do útero
Aparelho
Vagina reprodutor
feminino
Aparelho Reprodutor Feminino
Interno
Vagina: Comunica o útero com o meio externo
o Possui em média 10 cm de comprimento
o Dilata-se durante o parto e o ato sexual
Endométrio
Miométrio

Ovário
Tuba Uterina

Útero

Colo do Útero
Canal da vagina
Hímen
• A vagina é um canal tubular cuja função é receber
o pênis durante a relação sexual, permitir a saída
do bebê no momento do parto e eliminar o fluxo
menstrual.

• Possui grande elasticidade

• A vagina se estende do colo do útero à vulva,


parte do aparelho reprodutor feminino
Vagina e a Vulva
⚫ Relacionam-se com o ato sexual feminino.

Bactérias fermentam o
glicogênio, produzindo
ácido lático que confere
ao meio vaginal um pH
ácido, que impede a
proliferação da maioria
dos microorganismo
patogênicos.
Aparelho Reprodutor Feminino
Interno
Hímen: Película que delimita a entrada da vagina
o Protege contra infecção na infância
o Rompido, geralmente, no primeiro ato sexual
Endométrio
Miométrio

Ovário
Tuba Uterina

Útero

Colo do Útero
Canal da vagina
Hímen
Aparelho Reprodutor Feminino
Interno
HÍMEN

• É uma pequena membrana protetora que recobre


o intróito vaginal.
• O sintoma mais comum do rompimento do
hímen é o sangramento vaginal que pode
ocorrer ou não. Quando acontece é em pequena
quantidade e tem coloração vermelho vivo.

• Em algumas mulheres o rompimento acontece,


mas o hímen fica aderido às paredes da vagina
sem sangrar
Útero
• O útero é um órgão fibromuscular em forma de
pera invertida, localizado na cavidade pélvica.
• A extremidade inferior do útero é o colo do útero
e fica acima da vagina.
• A parte superior do útero é o corpo do útero.
Útero

⚫ É o lugar onde a célula-ovo se instala, dividindo-se a


seguir para formar o embrião de um novo individuo;
⚫ Acentuadas alterações no desenvolvimento durante o
ciclo menstrual;
⚫ Músculo liso;
⚫ HPV – câncer de colo de útero.
Útero
Funções
- Desenvolve
- Cresce o ovo
- Abriga o embrião
- Canal do parto

- Garantir o alojamento
do óvulo fecundado;
- Fornecer as condições
necessárias para que
o bebê seja
desenvolvido.
Fundo
Divisões Corpo
Istmo
Colo

Cavidade Uterina

Canal do colo
do útero nulípara multípara
Aparelho Reprodutor Feminino
Interno
Útero: Expande-se durante a gravidez
o Miométrio (tecido muscular), Endométrio (mucosa que reveste
o útero)
Endométrio
Miométrio
Endométrio
Local onde ocorre
a nidação (fixação
do embrião)

Ovário Colo do útero


Tuba Uterina (cérvix) – Porção
estreita do útero
Útero Local típico de
ação do vírus HPV

Colo do Útero
Canal da vagina
Hímen
Aparelho Reprodutor Feminino
Interno
Tuba uterina: (Trompa de Falópio) – Comunica as gônadas femininas
(ovários) ao útero.

Endométrio
Miométrio

Ovário
Tuba Uterina

Útero

Colo do Útero
Canal da vagina
Hímen
Aparelho Reprodutor Feminino
Interno
• TUBAS UTERINAS:
• A função das tubas uterinas é captar o óvulo e
conduzi-lo para o local da fecundação. É no interior
de uma das tubas que o embrião se forma.
• Transportam o embrião em direção ao útero (células
ciliadas).
Aparelho Reprodutor Feminino
Interno
• TUBAS UTERINAS:
• Transporte do embrião - Peristaltismo irregular,
atividade ciliar em direção ao útero . (Dura
aproximadamente 80 horas o transporte do embrião
da ampola até o interior do útero 4 dias)
Tuba Uterina
- Fímbrias
(fímbria ovárica)
Aparelho Reprodutor Feminino
Interno
Possui três regiões: Terço distal, Terço médio e Terço proximal

Local onde ocorre a fecundação: Terço distal da tuba uterina


Terço médio
Terço proximal
Fecundação

Terço distal
Aparelho Reprodutor Feminino
Interno
Ovários: Gônadas femininas (órgãos que produzem células sexuais)

Endométrio
Miométrio

Ovário
Tuba Uterina

Útero

Colo do Útero
Canal da vagina
Hímen
• Conceito – gônada feminina, bilateral. Tem a
forma de uma pequena azeitona, com 3 cm de
comprimento.

• Responsável pela produção de gametas femininos


(óvulo)
• Responsável pela produção dos hormônios
estrógeno e progesterona.
Ovário
Aparelho Reprodutor Feminino
Externo
Objetivos da Aula

Reconhecimento dos principais tipos de câncer na mulher


⚫Atuação da equipe de saúde frente às complicações


advindas do câncer.
OS PRINCIPAIS TIPOS DE CÂNCER
• O câncer pode surgir em qualquer parte do
corpo. Entretanto, alguns órgãos são mais
afetados do que outros; e cada órgão, por sua
vez, pode ser acometido por tipos diferenciados
de tumor, mais ou menos agressivos.
Ordem de Incidência de Câncer no Brasil*:

Mulheres Entre homens


1º Pele 1º Pele
2ª Mama 2º Próstata
3º Cólon e reto 3º Cólon e reto
4º Colo do útero 4ª Pulmão
5º Pulmão 5º Estômago
6º Tireóide 6º cavidade oral

* Fonte: Instituto Nacional de Câncer


Tumores Femininos
• Os cânceres de mama, colo de útero e ovário devem
ultrapassar 90.000 novos casos no Brasil em 2023, segundo o
Instituto Nacional de Câncer (INCA).

• Vacina contra HPV, autoexame das mamas, consultas


regulares ao ginecologista, realização de mamografia e
Papanicolau são os melhores caminhos para prevenir e/ou o
diagnóstico precoce dos tumores de mama e colo de útero.
Câncer de
Mama
Mamas
• A glândula mamária, é um órgão par, que se situa na
parede anterior e superior do tórax.

• A mama feminina é composta por:


– Lobos (glândulas produtoras de leite)
– Ductos (pequenos tubos que transportam o leite dos lobos ao
mamilo)
– Estroma (tecido adiposo e tecido conjuntivo que envolve os
ductos e lobos além de vasos sanguíneos e vasos linfáticos).
Estrutura da Mama
Câncer de Mama
• O câncer de mama resulta do crescimento desordenado
de células com potencial invasivo que se dá a partir de
alterações genéticas (hereditárias ou adquiridas).

• Podem aparecer nos exames de rastreamento como o


ultrassom e a mamografia sem ocasionar sintomas ou
apresentar seus principais sintomas.
Câncer de Mama
• Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de
mama é o mais comum entre as mulheres.
• Se diagnosticado e tratado precocemente, o
prognóstico é relativamente bom. O envelhecimento é
seu principal fator de risco.
• Os fatores de risco relacionados à vida reprodutiva da
mulher estão bem estabelecidos em relação ao
desenvolvimento do câncer de mama.
Sinais e Sintomas
• Principal sintoma é um nódulo mamário
endurecido, fixo e geralmente indolor;

• Saída espontânea de liquido do mamilo

• Uma massa palpável na região que pode causar


caroços, vermelhidão, nódulos nas axilas e
alterações na forma dos mamilos e das mamas.
Câncer de Mama
FATORES DE RISCO

• menarca precoce,
• não ter tido filhos,
• idade da primeira gestação a termo acima dos 30
anos,
• uso de anticoncepcionais orais,
• menopausa tardia e terapia de reposição
hormonal
• Envelhecimento
Câncer de Mama
FATORES DE RISCO- MODIFICÁVEIS

• Tabagismo

• Consumo de Álcool

• Excesso de Peso

• Sedentarismo
Tipos de Câncer de mama
• Carcinoma Ductal- Tem
origem nos ductos
mamários e há vários
subtipos. É o mais
comum encontrado em
cerca de 80% dos
casos.

• Carcinoma Lobular –
Originam-se nos lóbulos
(que são responsáveis
pela produção do leite
materno).
Diagnosticado em cerca
de 5 a 10% dos casos.
Prevenção
Fatores Protetores

• Atividade física
• Aleitamento materno exclusivo

Estilo de vida

• Dieta mais saudável e balanceada


• Exercícios físicos regulares e persistentes
• Perda de peso
• Redução do consumo de álcool
Autoexame
• O autoexame das mamas é importante para a detecção precoce.
• Ele é feito através da palpação mensal das mamas no 7° ou no 8º dia
após o início da menstruação.

• Deve ser feito todo mês a partir dos 25 anos idade e as mulheres que
não menstruam devem escolher uma data no mês de fácil
memorização.
• Mas não se esqueça: o autoexame não substitui a mamografia.
01 02 03
Diagnóstico Exame físico: feito Ultrassonografia: Mamografia (raio-x das
através da palpação pode ajudar mamas): é o mais
O diagnóstico do câncer da mama para na mamografia indicado para detectar
de mama é feito por identificar nódulos e especialmente em precocemente a
meio de: outras alterações na mamas de presença de nódulos, por
mama da mulher mulheres jovens ser capaz de mostrar
lesões muito pequenas
(de milímetros)

04 05

Biópsia: feita no Ressonância Magnética: utilizado


laboratório com principalmente para identificar o
amostras retiradas tamanho do câncer e a existência de
diretamente das lesões outros locais que possam estar
da mama, permitindo afetados, em casos de imagem duvidosa
observar se existem
células tumorais
Rastreamento
A mamografia é
considerada um dos
exames mais importantes
para o rastreio do câncer
ainda não palpável.

Toda mulher entre 50-69


anos de idade deve fazer
uma mamografia
anualmente (ou no
máximo a cada 2 anos).

Nos casos de histórico


familiar, o exame anual
deve ser iniciado aos 35
anos de idade.
Lei 11.664, de 2008: Toda mulher tem direito à
mamografia a partir dos 40 anos.
Tratamento
É determinado conforme o tipo e o estadiamento do câncer.
Os mais indicados são:

Cirurgia
Quimioterapia Radioterapia Hormonio- parcial, total Terapia alvo
terapia ou radical*

* Remoção do tumor, também conhecida como mastectomia


Para Controlar o Câncer de Mama no
Brasil:
O SISTEMA DE SAÚDE DEVE GARANTIR:
• Informação atualizada e de fácil compreensão sobre o
câncer de mama
• Acesso a mamografia de qualidade
• Diagnóstico de nódulo palpável em até 60 dias
• Início do tratamento em até 60 dias após diagnóstico
• Tratamento em ambiente que atenda as expectativas,
autonomia e dignidade da mulher
• Acompanhamento por equipe multidisciplinar
especializada no tratamento hospitalar
A genética e o Câncer de Mama
• 10% dos pacientes possuem fatores genéticos
responsáveis pelo desenvolvimento do câncer.

• Câncer de mama com transmissão hereditária


relacionado a mutações genéticas

• Saber o histórico familiar é importante para uma


melhor conduta de intervenção
Câncer de Colo do Útero
O que é o Câncer de Colo do Útero?
• Tumor que se desenvolve na
parte inferior do útero,
chamada colo do útero
podendo invadir outros
órgãos
• O Câncer de Colo do útero
pode crescer lenta e
silenciosamente por mais de
10 anos
• A doença começa ser mais
frequente entre 30 a 39
anos e se torna ainda mais
comum entre 50 e 60 anos.
Câncer de colo de útero
• Atinge os órgãos reprodutores femininos (o colo uterino
ou cérvix) localizados na parte inferior do útero, próximo
ao canal vaginal.

• É o terceiro tumor maligno mais frequente na população


feminina (atrás do câncer de mama e do colorretal, sem
contar o câncer de pele não melanoma), e a quarta
causa de morte de mulheres por câncer no Brasil,
segundo o INCA.
Fatores de Risco

•Infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV);

•Lesões Clínicas e Subclínicas;

80% das mulheres sexualmente ativas serão


infectadas por um ou mais tipos de HPV em
algum momento de suas vidas. Aproximadamente
291 milhões de mulheres no mundo são
portadoras do HPV (INCA, 2020).
28
Câncer de colo de útero
• 90% dos casos de câncer do colo do útero estão
relacionados com a infecção pelo Papilomavírus Humano
(HPV).
• O vírus é transmitido pelo contato direto de pele com
pele durante o sexo vaginal, oral ou anal.
Câncer de colo de útero
FATORES DE RISCO

• Atividade sexual precoce

• Prática sexual com vários parceiros

• Sexo sem preservativo (camisinha)

• Histórico de Doenças Sexualmente Transmissíveis


• O câncer do colo do útero pode não
apresentar sintomas na fase inicial e ser
diagnosticado somente por alterações no
exame de Papanicolau (preventivo)
O tipo histológico mais comum do câncer
do colo do útero é o carcinoma de células
escamosas, representando cerca de 85% a
90% dos casos, seguido pelo tipo
adenocarcinoma.

32
O câncer de colo uterino
Crescimento
lento e
silencioso

Estágio
Fase pré-
invasor da Pode ser clínica
doença
prevenido
em 100%
dos casos

Transformações
Lesões Intraepiteliais
p recursoras
25
Progressão do CCU

26
Sintomas
• Sangramento vaginal

• Dor abdominal associada a queixas urinárias ou


intestinais

• Dor vaginal após relações sexuais

• Corrimento ou Secreção
•Redução de
Prevenção fatores de risco;
Primária
•Vacinação

Educação
em Saúde

Prevenção • Papanicolau;
Secundária
• Exames coadjuvantes
27
Prevenção
• A principal medida preventiva contra o câncer do colo do
útero é a vacinação antiHPV. A vacina está disponível na
rede pública para meninas de 9 a 14 anos e meninos de
11 a 14 anos.
• São mais de 200 tipos diferentes de vírus do HPV e 13
deles apresentam maior risco de desenvolver o câncer
do colo do útero.
• O uso de preservativos nas relações sexuais também é
recomendado.
Rastreamento
• Além de prevenir os fatores de risco, é preciso fazer o
rastreamento para diagnóstico precoce da doença.
• O exame mais indicado é o Papanicolau, que identifica
lesões percursoras que podem se transformar em células
cancerosas.
• O exame é indicado para todas as mulheres, a partir dos
25 anos, com vida sexual ativa.
Prevenção Secundária

Exame Papanicolau
(colpocitológico)

- Efetivo para o controle - Vulnerável a erros de


do câncer de colo uterino; coleta e de preparação da
- Amplamente utilizado; lâmina;
- Rápido e simples; -Subjetividade na
interpretação dos
- Baixo custo; resultados;
Cuidados anteriores à Coleta
• Tomar banho antes do exame e
aparar os pêlos pubianos
• A utilização de lubrificantes, espermicidas ou medicamentos
vaginais deve ser evitada por 48 horas antes da coleta, pois
essas substâncias recobrem os elementos celulares dificultando
a avaliação microscópica, prejudicando a qualidade da amostra
para o exame citopatológico;
• O exame não deve ser feito no período menstrual, pois a
presença de sangue pode prejudicar o diagnóstico
citopatológico. Deve-se aguardar o quinto dia após o término
da menstruação;
• Certificar que a cliente esvaziou a bexiga.
36
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MORAES, Jeferson Cesário de; SOARES, Wanessa Danielle Barbosa.


Urgência e Emergência em Radioterapia: Síndrome de Compressão
Medular e Síndrome da Veia Cava Superior. Revista Científica
Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 2, Vol. 13. pp 482-485 Janeiro
de 2017 ISSN: 2448-0959

BONASSA, Edva Moreno Aguilar. Enfermagem em terapêutica oncológica.


3ª ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2005.

MOC – Enfermagem – Manual de Oncologia Clínica do Brasil –


Enfermagem. Editores: Veronica Torel de Moura et al. 1ª edição. São Paulo:
Dendrix Edição e Design Ltda., 2017.
Objetivos da Aula

Reconhecimento dos principais tipos de câncer na mulher


⚫Atuação da equipe de saúde frente as medidas de


prevenção em oncologia.
Câncer de Ovário
Câncer de Ovário
• Os ovários são dois órgãos que se ligam junto com trompas
ao útero, um de cada lado.
• O câncer de ovário é silencioso, demora a apresentar
sintomas e pode crescer bastante antes de ser detectado.
• Cerca de 75% dos casos têm o diagnóstico quando a
doença já está avançada.
• Até 25% dos casos têm um componente genético e podem
estar relacionados com a síndrome familial de mama e
ovário.
Câncer de Ovário
O câncer de ovário é o tumor ginecológico menos frequente, porém o
mais difícil de ser diagnosticado e o com maior agressividade.

Existem três tipos principais de tumores de ovário:

Tumores Epiteliais: tipo mais comum, surge no tecido da superfície


externa do órgão.
Tumores de Células Germinativas: começam nas células que produzem
os óvulos.
Tumores Estromais: aparecem nas células que produzem os hormônios
femininos.
Fatores de Risco
• Idade: o risco de câncer de ovário aumenta com a idade e
metade das pacientes tem mais de 60 anos.

• Histórico familiar: casos de câncer de ovário na família


aumentam seu risco de ter a doença.

• Síndromes familiais de câncer: portadoras de síndrome


familial de mama e ovário, de câncer colorretal
hereditário, de mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 , têm
alto risco de desenvolver câncer de ovário e precisam ser
acompanhadas regularmente por serviço especializado
em oncogenética.
• Começou a menstruar antes dos 12 anos

• Fez terapia hormonal na menopausa

• Uso do cigarro

• Síndrome do Ovário policístico


Sintomas
A doença não apresenta sintomas nos estágios iniciais. Quando se
manifestam, são sinais comuns a várias doenças e podem ser
confundidos com outros problemas.
Entre eles estão:

Náusea e Dor abdominal, Aumento da Prisão de Aumento de


Sangramento
azia lombar ou na frequência ventre volume
vaginal
região pélvica e urgência abdominal
urinária
Prevenção

Algumas medidas podem diminuir a


probabilidade de desenvolver o
tumor de ovário, como:

• Gravidez anterior
• Amamentação
• Ter usado anticoncepcionais por
mais de 5 anos
• Ter feito ligadura de trompas,
remoção dos ovários ou
histerectomia
Prevenção
• Não há exame para detecção precoce do câncer de ovário,
como ocorre com o câncer de mama ou de colo uterino.
Por esse motivo, a mulher precisa estar muito atenta aos
sintomas e comunicar seu médico.

• O exame Papanicolau não detecta câncer de ovário, apenas


de colo de útero.

• Mulheres com mutação no gene BRCA 1 e BRCA 2 podem


realizar cirurgia para retirar os ovários preventivamente.
Diagnóstico
01 02 03
Exame pélvico: o Ultrassom: as
Exame físico: médico inspeciona a imagens podem
pressionando o abdômen, parte externa de seus revelar alterações no
o médico poderá detectar órgãos genitais e insere ovário. O ultrassom
acúmulos anormais de um dispositivo para transvaginal também
líquido. verificar anomalias é utilizado no
diagnóstico, mas não
serve como rastreio.
É recomendável que a mulher
04
com câncer de ovário realize
05
Biópsia: com base nos
testes genéticos para investigar resultados do ultrassom, Exames de sangue: um
mutação no gene BRCA 1 e o médico pode sugerir a nível elevado de
BRCA 2, que predispõem a cirurgia (laparotomia) substâncias como CA-125
outros tipos de tumores e para remover o tecido e pode indicar tumor no
possam ajudar a guiar o seu fluido da pélvis e do ovário. Exames de sangue,
tratamento. abdômen. no entanto, não servem
para rastreamento.
Tratamento
Fatores como idade, saúde geral e estágio do câncer
influenciam na escolha do tratamento.
Os mais comuns são:

Cirurgia Radioterapia
Quimioterapia Terapia alvo Cuidado Paliativo

Retirar o câncer
Reduzir o crescimento do câncer
Reduzir o risco de disseminação do câncer para outras partes do corpo
Encolher o tumor para melhorar a operabilidade
Aliviar os sintomas
Gerenciar os efeitos colaterais
Cuidados de
Enfermagem ao
Paciente Oncológico
• “A assistência de enfermagem compreende
tarefas e relações que vão desde a interação com
cada cliente até articulações mais complexas,
com familiares, equipe de saúde multiprofissional
e institucional, e permeia diferentes fases do
processo de cuidado, desde a entrada até a saída
do paciente, seja pela alta hospitalar, seja pelo
óbito.”

(Firmino F, 2008)
O grande papel dos enfermeiros e técnicos que
atuam na oncologia é oferecer todo apoio e
suporte possível aos pacientes – não só na
assistência como na escuta, na fala e no cuidar
em si.
Acolhimento
• Sensibilização
• Cuidado centrado no paciente e na família
Atentar para alguns princípios:
1. Ética
2. Justiça
3. Autonomia
4. Conhecimento técnico-científico
Cuidados
• Monitorar sinais vitais (PA/ T/ FC/FR)
• Administração de medicamentos prescritos
• Promover a segurança do paciente em todos
os aspectos
• Prevenir complicações de doenças
• Realizar cuidados com a higiene corporal
• Prevenção de lesões por pressão.
• Identificar corretamente o paciente
• Esclarecer as duvidas do paciente
• Estabelecer acesso venoso (se for o caso)
• Estar atento as principais queixas do paciente
• Registrar e anotar todo e qualquer
procedimento realizado
• Estar atento a utilização de EPI (gorro,
mascara, avental)
• Fornecer alívio da dor e de outros sintomas como
astenia, dispneia e outras emergências
oncológicas
• Integrar os aspectos psicológicos e sociais ao
aspecto clinico de cuidado ao paciente.
• Oferecer apoio para ajudar a família a lidar com a
doença do paciente
• Oferecer suporte e apoio ao paciente a viverem
mais ativamente possível ate sua morte.
• Estar atento aos aspectos da hidratação,
alimentação, eliminações fisiológicas, higiene
e conforto do paciente
• Esclarecer sempre sobre a doença, objetivo do
tratamento, efeitos colaterais e reações
adversas.
“Não é necessário ver toda a
escada. Apenas dê o primeiro
passo.”

Martin Luther King


Referências

•http://www.inca.gov.br/
•http://www.nacc.org.br/infantil
•http://www.quimioterapia.com.sapo.pt
•http://www.caccdurvalpaiva.org.br/informacoes/quimioterapia.htm
•Greenstein, J.P. – BIOQUIMICA DEL CANCER. Revista de Occidente.
Madrid. 1959.

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