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Colégio Montes Belos

Curso Técnico de Enfermagem

Câncer Cervicouterino

São Luís do Montes Belos de Goiás


2023
Maria da Glória Barros da Costa Santos
Cláudia machado dos Santos Trindade
Lays Cristinny Gonçalves Fernandes
Marcos Paulo Monteiro da Silva
Gleyce Kelly Rezende Gontijo
Kenia Flávia Teixeira Pereira
Emilliane Oliveira Pinheiro
Natália Eterna dos Santos
Amanda Felipe Pessoa

Câncer Cervicouterino

Trabalho apresentado como


requisito parcial para obtenção
de nota na disciplina de Saúde
da Mulher.
Orientador (a): Nara Christina

São Luís do Montes Belos de Goiás


2023
Introdução

O câncer cervicouterino, também conhecido como câncer do colo do útero, é uma


doença que afeta milhares de mulheres em todo o mundo. É o quarto tipo de câncer
mais comum entre as mulheres e uma das principais causas de mortalidade
relacionada ao câncer em países em desenvolvimento. O câncer cervical é causado
principalmente pela infecção persistente por certos tipos de vírus do papiloma
humano (HPV), uma doença sexualmente transmissível.

Ao compreender melhor o câncer cervical, podemos tomar medidas para prevenir


sua ocorrência, detectá-lo em estágios iniciais e oferecer melhores cuidados às
mulheres afetadas. Além disso, este trabalho visa aumentar a conscientização sobre
a importância da vacinação contra o HPV e a realização regular do exame de
Papanicolau, como medidas fundamentais para a prevenção e detecção precoce
desse tipo de câncer.

Causas

A principal causa do câncer cervical é a infecção persistente pelo vírus do papiloma


humano (HPV). Existem mais de 100 tipos de HPV, mas apenas alguns deles estão
associados ao desenvolvimento do câncer cervical. O HPV de alto risco, como os
tipos 16 e 18, é responsável por aproximadamente 70% dos casos de câncer do colo
do útero.

É importante destacar que o HPV é uma infecção muito comum e, na maioria dos
casos, o sistema imunológico do corpo consegue eliminá-lo naturalmente. No
entanto, em algumas mulheres, a infecção persiste e pode levar a alterações nas
células cervicais que podem se tornar cancerosas ao longo do tempo.

Além da infecção pelo HPV, outros fatores de risco estão associados ao


desenvolvimento do câncer cervical. Esses fatores incluem:

 Início precoce da atividade sexual: Mulheres que iniciam a atividade sexual


em uma idade jovem têm maior risco de exposição ao HPV.
 Múltiplos parceiros sexuais: Ter vários parceiros sexuais aumenta as
chances de entrar em contato com o HPV de alto risco.
 Imunidade enfraquecida: Um sistema imunológico enfraquecido devido a
condições como infecção por HIV ou uso crônico de medicamentos
imunossupressores aumenta o risco de infecção persistente pelo HPV e
desenvolvimento de câncer cervical.
 Tabagismo: O tabagismo está associado a um maior risco de desenvolver
câncer cervical. Os produtos químicos presentes no tabaco podem danificar
as células cervicais e afetar o sistema imunológico, tornando-o menos eficaz
na eliminação do HPV.
 Uso prolongado de contraceptivos orais: O uso prolongado de
contraceptivos orais (pílulas anticoncepcionais) tem sido associado a um
pequeno aumento no risco de câncer cervical. No entanto, esse risco diminui
após a interrupção do uso dos contraceptivos.

Sintomas

Nas fases iniciais, o câncer de colo de útero é assintomático. Quando os sintomas


aparecem, os mais importantes são:

 Sangramento vaginal especialmente depois das relações sexuais, no intervalo


entre as menstruações ou após a menopausa;
 Corrimento vaginal (leucorreia) de cor escura e com mau cheiro.
 Nos estágios mais avançados da doença, outros sinais podem aparecer.
Entre eles, vale destacar:
 Massa palpável no colo de útero;
 Hemorragias;
 Obstrução das vias urinárias e intestinos;
 Dor lombar e abdominal;
 Perda de apetite e de peso.
Estrutura Anatômica

Para explicar a sobre o câncer fisicamente, um pequeno resumo sobre a estrutura


normal do colo do útero. Este fica na entre o útero e a vagina. Possui fina camada
muscular e uma camada maior de tecido conjuntivo denso. Possuindo parte
endocérvica (interior) e parte externa do colo, que fica em contato com a vagina,
chama-se ectocérvice, está última possui uma camada escamosa de pele. E aqui
que se forma o câncer de colo de útero, nas células escamosas epiteliais.

Existem dois tipos de HPV (16 e 18) que causam 70% dos cânceres do colo do útero
e lesões pré-cancerosas, estes são vírus oncogênicos (vírus de DNA transformantes
formam associações estáveis com o genoma da célula hospedeira. Esse vírus
integrado é incapaz de completar seu ciclo de replicação porque seus genes
essenciais para completar seu ciclo de replicação são interrompidos durante a
integração do DNA viral), por exemplo.

O que acontece é que no geral, todo câncer surge a partir de uma mutação genética.
Uma alteração do DNA, que começa a dar instruções erradas para a célula. E como
já foi percebido, quase todo tecido regenera. E com o DNA diferente e recebendo
nutrientes, começa a “regenerar”, se duplicando. Gerando um tumor e o câncer
propriamente dito.

Tratamento

O tratamento varia de acordo com o estágio da doença e pode envolver uma


combinação de abordagens terapêuticas, como cirurgia, radioterapia, quimioterapia
ou imunoterapia. A cirurgia pode incluir a remoção do colo do útero (histerectomia)
ou a remoção do colo do útero e parte da vagina (histerectomia radical). A
radioterapia usa radiação de alta energia para destruir as células cancerígenas,
enquanto a quimioterapia utiliza medicamentos para combater as células
cancerígenas em todo o corpo. A imunoterapia é uma abordagem inovadora que
estimula o sistema imunológico a reconhecer e destruir as células cancerígenas.
Diagnóstico

O diagnóstico envolve uma avaliação clínica, exame ginecológico completo,


colposcopia, biópsia do colo do útero e exames de imagem, como ultrassonografia,
ressonância magnética ou tomografia computadorizada. O teste de Papanicolau,
que envolve a coleta de células cervicais para análise laboratorial, desempenha um
papel fundamental na detecção precoce de alterações celulares anormais que
podem indicar a presença de câncer cervical.

Complicações

As complicações do câncer cervicouterino podem incluir disseminação para órgãos


próximos, como bexiga, reto ou vagina, metástase para outros órgãos distantes,
complicações urinárias, intestinais ou sexuais, além de impactos emocionais e
psicológicos significativos para as pacientes e suas famílias.

Prevenção

A prevenção é possível através da vacinação contra o HPV, principalmente antes do


início da vida sexual, e da realização regular do exame de Papanicolau, conforme
orientação médica. Além disso, evitar comportamentos de risco, como o tabagismo e
o contato com múltiplos parceiros sexuais, pode reduzir as chances de infecção pelo
HPV.

Cuidados da enfermagem
Os cuidados da enfermagem desempenham um papel fundamental no suporte aos
pacientes com câncer cervicouterino. Isso envolve fornecer informações e
orientações sobre o tratamento, gerenciar os efeitos colaterais dos medicamentos,
auxiliar no controle da dor e promover o bem-estar físico e emocional das pacientes.
Os enfermeiros também desempenham um papel importante na educação sobre a
importância dos exames de rotina, como o Papanicolau, e na promoção de medidas
preventivas.
Conclusão
O câncer cervicouterino é uma doença grave, mas pode ser prevenido e tratado com
sucesso quando diagnosticado precocemente. É essencial promover a
conscientização sobre a importância da vacinação, dos exames de rotina e dos
cuidados da enfermagem. Através de medidas preventivas, diagnóstico precoce e
tratamento adequado, podemos reduzir a incidência e o impacto do câncer
cervicouterino, melhorando a qualidade de vida das mulheres afetadas por essa
doença. É fundamental que a sociedade, os profissionais de saúde e os governos
trabalhem em conjunto para enfrentar esse desafio e garantir acesso igualitário aos
cuidados de saúde e medida preventivas.

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