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ESCOLA TÉCNICA DE ENFERMAGEM EM ITABUNA

CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO – CÂNCER DE


COLO DE ÚTERO

Julyana Dark Sosnierz Silva do Nascimento


Marcia Gama de Santana

Itabuna-BA,2021
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ESCOLA TÉCNICA DE ENFERMAGEM EM ITABUNA
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO – CÂNCER DE


COLO DE ÚTERO

Julyana Dark Sosnierz Silva Do Nascimento


Marcia Gama de Santana

Atividade apresentada como avaliação da


disciplina Noções de pesquisa, ministrada
pelo Profª Jaimeire Pessoa.

Itabuna-BA,2021
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Escolhi os plantões, porque sei que o escuro da noite amedronta os enfermos.
Escolhi estar presente na dor porque já estive muito perto do sofrimento.
Escolhi servir ao próximo porque sei que todos nós um dia precisamos de ajuda.
Escolhi o branco porque quero transmitir paz.
Escolhi estudar métodos de trabalho porque os livros são fonte saber.
Escolhi ser Enfermeira porque amo e respeito a vida!
Florence Nightingale

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Agradecimento

Primeiramente a Deus por ter nos dados força para chegar até aqui! Pois esses
últimos anos foram muitos difíceis devido a pandemia deixamos de nos estar em
uma sala de aula nos abraçando sorrindo brincadeira as nossas conversas
paralelas.

Mas também somos gratas as todos os professores do corpo docente pela


paciência, pela foça – que nos deram para não desistirmos de realizar esse nosso
tão sonhado sonho de ajudar as pessoas, ter o acolhimento pelas pessoas que se
encontra nos seus momentos mais difícil, mesmo com as dificuldades de acesso à
tecnologia/internet e mesmo assim nos proporcionou momentos maravilhosos, não
apenas com o conhecimento, mas que podemos contar com todo seus esforços pra
nos proporcionar aulas produtivas pois não foram nada fáceis para todos.

Nossos familiares por nos apoiar, por nos compreender nas horas mais difíceis.

Agradeço também muito a Telma por nos dar palavras de apoio carinho coragem
para seguir em frente e a instituição (Etei).

Aos nossos colegas que mesmo atrás das telas de um celular ou de notebook que
sempre tiveram presente, um apoiando o outro, com trocas de energias positivas.

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Resumo

O câncer de colo uterino além de ser um assunto pouco citado, ainda causa várias
mortes na população feminina, o câncer de colo de útero é o terceiro tumor maligno
mais frequente nas mulheres – atrás apenas do de mama e o colarretal e a quarta
causa de morte na população feminina brasileira de acordo com o Instituto Nacional
Do Câncer (INCA). No brasil o câncer do colo uterino é um dos mais importantes
problemas de saúde pública, onde existem milhões de mulheres que não realizam o
exame Citopatológico do colo uterino, o câncer do colo de útero demora muitos anos
para se manifestar e comete, sobretudo mulheres acima de 25 anos. O principal
agente patológico da enfermidade e o papiloma vírus humano (HPV). Apesar de
seus inúmeros casos, é uma doença passível de prevenção e que está direcionada
os projetos de educação em saúde a população alvo a respeito de fatores de risco e
incentivos em realizar o exame Citopatológico, orientações, dentre outros. Para
obter grandes números de ações preventivas é necessário a criação de estratégias
que possam atingir toda a população feminina com informações constantes,
promovendo a compreensão dos fatores de riscos. Diante das informações
supracitadas, o presente trabalho tem por finalidade apresentar os perigos do câncer
de colo uterino, como também, , enfatizar a importância da realização dos exames
Citopatológico e do papel da enfermagem na “luta” contra o câncer de colo de útero.

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Sumário

INTRODUÇÃO 7

1 CÂNCER DO COLO DO ÚTERO 8


1.1 Definição do câncer de colo do útero 8
1.2 Fatores de risco 9
1.3 Manifestações clínica 11
1.4 Prevenção 11
1.5 Exames de Papanicolau ou citologia vaginal 12
1.6 Tratamento 14

2 O PAPEL DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO DE


ÚTERO 15

CONCLUSÃO 16

REFERÊNCIA 17

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INTRODUÇÃO

O câncer é uma doença que afeta várias mulheres no mundo inteiro. Origina-se de
uma multiplicação exagerada de células que acumulam mutações multiplicas. O
câncer de colo de útero é um tumor que acomete a porção inferior do útero,
conhecida como colo ou cérvix.

O câncer de colo de útero é o terceiro tumor maligno mais frequente nas mulheres –
atrás apenas do de mama e do colorretal – e a quarta causa de morte por câncer
entre a população feminina no Brasil, informação divulgada pelo “Instituto Nacional
do Câncer (INCA)”. A doença, entretanto, pode ser descoberta durante exame de
rotina e atinge altas taxas de cura quando detectada e tratada no início da
patologia .

Estudos realizados sobre mortalidade entre as mulheres demonstram que o CCU,


apesar de apresentar queda nas taxas padronizadas de mortalidade, ainda tem lugar
de destaque como causa de óbito. A taxa de mortalidade é elevada nas mais
variadas faixas etárias, sendo que o pico de incidência do carcinoma está entre 25 e
40 anos e o carcinoma invasor, entre 48 e 55 anos. O CCU praticamente inexiste
nas mulheres que não iniciaram a atividade sexual, contudo, a possibilidade da
doença aumenta com o início precoce da atividade sexual, com o número de
parceiros, exposição às doenças sexualmente transmissíveis. O desenvolvimento
natural de um câncer invasivo do colo uterino poderá ser curto, em torno de dez
anos, embora a média seja de 30 anos.

Existe uma fase pré-clínica (sem sintomas) do câncer do colo do útero, em que a
detecção de lesões precursoras (que antecedem o aparecimento da doença) pode
ser feita através do exame preventivo (Papanicolaou). Conforme a evolução da
doença, aparecem sintomas como sangramento vaginal, corrimento e dor.

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1 CÂNCER DO COLO DO ÚTERO

1.1 Definição do câncer de colo do útero

Explica-se que o câncer do colo do útero também conhecido como câncer cervical
que e causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano
– (HPV). As lesões precursoras ou o câncer em estágio inicial não apresentam
sinais ou sintomas, mas conforme a doença avança podem aparecer sangramento
vaginal, corrimento e dor, nem sempre nessa ordem. Dividindo-se rapidamente,
estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a
formação de tumores, que podem espalhar-se para outras regiões do corpo.

Há dois tipos principais de câncer de colo do útero: os carcinomas de células


escamosas, que representam entre 80% e 90% dos casos, e os adenocarcinomas,
de 10% a 20% do total. Entre os tipos de câncer de colo de útero menos frequentes
estão o carcinoma adenoescamoso e o tumor neuroendócrino. O primeiro é um
misto das células dos dois tipos mais comuns. O segundo é um aumento anormal da
quantidade de células chamadas de neuroendócrinas, que são as células que
podem ter funções diferentes dependendo do órgão em que estão. Existe também a
Neoplasia Intraeptelial Cervical (NIC), não é um câncer, mas sim lesões que podem
evoluir para um câncer – em alguns casos, essas feridas desaparecem sem a
necessidade de tratamento, mas algumas podem exigir uma intervenção para que
não evoluam e se tornem tumores.

O câncer é uma doença que afeta mulheres no mundo inteiro. Origina-se de uma
multiplicação exagerada de células que acumulam mutações múltiplas. Ele é
denominado como tumor maligno por ter a capacidade de passar para outros
lugares do corpo através da linfa e/ou corrente sanguínea por metástase.

O tumor uterino tem início como uma lesão pré-maligna, chamada displasia. As


displasias são lesões causadas pelo HPV. Podem ser classificadas como leves,
moderadas ou graves. As lesões pré-malignas também são chamadas de neoplasias
intraepiteliais cervicais.

Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo.


Quando começam em tecidos epiteliais, como pele ou mucosas, são denominados
carcinomas. Se o ponto de partida são os tecidos conjuntivos, como osso, músculo

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ou cartilagem. Papilomavírus Humano-HPV é bastante frequente e não evolui para a
doença em grande parte das vezes, sendo combatida pelo sistema imunológico da
paciente que ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer.

1.2 Fatores de risco

A presença do HPV na quase totalidade dos casos de câncer e as altas medidas de


associação demonstradas implicam na maior atribuição de causa especificas já
relatadas par o câncer em humanos. Dessa forma está determinado em infecção
pelo HVP e causa necessária para o desenvolvimento do câncer do colo de útero.

O HPV é um tipo de vírus bastante comum na população. A maioria das mulheres


será exposta a esta agente durante a sua vida sexual, porem a infeção é de forma
transitória, onde o próprio organismo tem a capacidade de eliminar o vírus num
período que varia de seis meses até dois anos.

Embora os fatores de risco possam influenciar o desenvolvimento do câncer, a


maioria não causa diretamente a patologia. Existem pessoas com vários fatores de
risco portanto desenvolverão um câncer, enquanto outros, sem fatores de risco
conhecido poderão desenvolver, são eles:

Primeiro, histórico sexual –ocorre que fatores relacionados ao histórico sexual


podem aumentar o risco de desenvolver o câncer de colo do útero. Onde existem o
risco está provavelmente relacionado ao aumento das chances de exposição ao
HPV, como se tornar sexualmente ativo antes dos 18 anos, por não ter parceiro fixos
, ou ainda, ter um parceiro considerado de alto risco (com infecção pelo HPV ou que
tenha muitos parceiros sexuais).

Segundo, a imunossupressão – em mulheres portadoras do vírus da


imunodeficiência humana (HIV) uma lesão pré-cancerígena do colo do útero pode
evoluir para um câncer invasivo mais rápido do que o esperado.

Terceiro, a infecção por clamídia – é um tipo relativamente comum de bactéria,


transmitida pelo contato sexual, que pode infectar o sistema reprodutivo. Essa
infecção pode causar inflamação pélvica, levando a infertilidade. A infecção por
clamídia geralmente não provoca sintomas nas mulheres.

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Quarto, as pílulas anticoncepcionais – existem evidências que fazer uso de
contraceptivos orais por um longo período de tempo aumenta o risco de desenvolver
câncer de colo do útero, mas esse risco tende a desaparecer depois de um tempo
que a mulher pare de fazer uso dessa medicação. Entretanto, a questão se os
benefícios do uso das pílulas anticoncepcionais superam os riscos potenciais deve
ser discutida entre a mulher e seu médico.

Quinto, a idade – mulheres que tiveram a primeira gravidez com menos de 20 anos
são mais propensas a ter câncer de colo do útero do que as mulheres que
engravidaram pela primeira vez após os 25 anos de idade.

Sexto, situação econômica – muitas mulheres de baixa renda por não terem acesso
adequado aos serviços de saúde, não fazem o exame de Papanicolau e HPV, logo
não são rastreadas ou tratadas para pré-cânceres ou cânceres de colo do útero.

Sétimo, a dieta – mulheres com dietas pobres em frutas e vegetais podem ter um
risco aumentado para desenvolver câncer de colo do útero.

Desse modo, existem alguns fatores de risco que não podem ser alterados:

Primeiro, dietilestilbestrol – o dietilestilbestrol (DES) é um medicamento hormonal


que foi administrado, entre 1938 e 1971, para evitar o aborto. Mulheres cujas mães
tomaram DES quando grávidas delas podem desenvolver a doença com uma
frequência acima do esperado. Existe cerca de 1 caso deste tipo de câncer em cada
1000 mulheres cujas mães tomaram DES durante a gravidez, o que significa que
cerca de 99,9% das filhas, cujas mães fizeram uso do DES não desenvolverão esse
tipo de câncer. O risco parece ser maior em mulheres cujas mães tomaram o
medicamento durante as primeiras 16 semanas de gravidez.

Segundo, o histórico familiar – mulheres com parentes de primeiro grau (mãe ou


irmã) que tiveram câncer de colo do útero têm um risco maior de desenvolver a
doença do que aquelas que não tem casos de doença na família. Alguns
pesquisadores suspeitam que alguns casos dessa tendência familiar são causados
por uma condição hereditária que torna algumas mulheres menos capazes de
combater a infecção pelo HPV do que outras. Em outros casos, as mulheres da
mesma família de uma paciente já diagnosticada têm um ou mais fatores de risco
não genéticos para a doença.

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1.3 Manifestações clínica

Geralmente, o HPV leva de 2 a 8 meses após o contágio para se manifestar,


podendo levar muitos anos até o diagnóstico de uma lesão pré-maligna ou maligna.
Devido a isso, torna-se muito difícil determinar com exatidão em que época e de que
maneira o indivíduo foi infectado.

Como o HPV comumente não apresenta nenhum sintoma, as pessoas não têm
como saber se são portadoras do vírus. A maioria das mulheres descobre que tem
HPV pelo resultado anormal do Papanicolaou. O câncer do colo do útero é um dos
mais fáceis de serem prevenidos, por isso é tão importante fazer o exame de
Papanicolaou regularmente.

Normalmente não existem primeiros sintomas do câncer de colo do útero, sendo que
a maioria dos casos é identificado durante o exame de papanicolau ou apenas nas
fases de câncer mais avançado. Quando provoca sintomas, o câncer de colo do
útero pode causar sinais como: sangramento vaginal sem causa aparente e fora da
menstruação, corrimento vaginal alterado, com mau cheiro ou coloração marrom,
por exemplo, dor abdominal ou pélvica constante, que pode piorar ao usar o
banheiro ou durante o contato íntimo, sensação de pressão no fundo da barriga,
vontade de urinar mais frequente, mesmo durante a noite e perda rápida de
peso sem estar fazendo dieta.

Nos casos mais graves, em que a mulher apresenta um câncer de colo de útero
avançado, ainda podem surgir outros sintomas como cansaço excessivo, dor e
inchaço nas pernas, assim como perdas involuntárias de urina ou de fezes. Na
maioria das vezes, o desenvolvimento do câncer do colo do útero demora vários
anos. No entanto, em casos raros, ele pode se desenvolver em apenas um ano.
Essa é a razão pela qual a detecção e o diagnóstico precoce é tão importante.

1.4 Prevenção

Prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do


risco de contágio pelo papilomavírus humano (HPV). 

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A transmissão da infecção pelo HPV ocorre por via sexual, presumidamente através
de abrasões microscópicas na mucosa ou na pele da região anogenital.
Consequentemente, o uso de preservativos (camisinha) durante a relação sexual
com penetração protege do contágio pelo HPV, que também pode ocorrer através
do contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal. Prevenção
primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do risco de
contágio pelo papilomavírus humano (HPV). 

Muitas pessoas acreditam que só as mulheres com muitos parceiros sexuais(garotas


de programas ) têm HPV, mas na verdade, qualquer mulher que tenha tido relações
sexuais, mesmo com apenas um parceiro, pode ter sido exposta ao HPV. O exame
preventivo do câncer do colo do útero (Papanicolaou) é a principal estratégia para
detectar lesões precursoras e fazer o diagnóstico da doença.

O Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal, em 2014, a vacina


tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 13 anos de idade. Esta vacina
protege contra os subtipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros causam
verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de
câncer do colo do útero. 

A vacinação, em conjunto com o exame preventivo (Papanicolaou), se


complementam como ações de prevenção deste câncer. Mesmo as mulheres
vacinadas, quando alcançarem a idade preconizada (a partir dos 25 anos), deverão
fazer o exame preventivo periodicamente, pois a vacina não protege contra todos os
subtipos oncogênicos do HPV.

1.5 Exames de Papanicolau ou citologia vaginal

A colpocitologia oncológica analisa as células no colo uterino e consegue identificar,


com isso, doenças sexualmente transmissíveis, como candidíase, tricomoníase,
sífilis, infecções na vagina e quaisquer sinais capazes de apontar a um câncer de
colo de útero.

Além disso, é mais conhecida por detectar alterações celulares que podem ser
provocadas por HPV. Caso haja uma delas, o ginecologista responsável solicita
outros exames laboratoriais a fim de identificar o vírus agressor. Esse tipo de
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exames ele tem que fazer parte da vida da mulher é recomendado a elas a partir de
21 anos, desde que já tenham iniciado sua vida sexual. Ademais, permanece
altamente indicado até os 64 anos, ainda que não sejam mais ativas. A frequência
de realização costuma ser anual, todavia, tais procedimentos estão suscetíveis a
alterações recomendadas pelo ginecologista. Caso sejam feitos dois exames anuais
sem alterações detectadas, pode ser repetido após três anos com segurança.

Além de ser simples e extremamente rápido, o preventivo é um método eficaz para


detectar câncer de colo de útero precoce e suspeitas de infecções por HPV. Assim,
a paciente pode ser submetida ao tratamento, o que evita complicações futuras com
a saúde feminina, capazes de levá-la à morte.

O papanicolau é um exame simples, rápido e barato que serve para detectar


doenças em estágios iniciais na saúde íntima da mulher, entre eles, o câncer do colo
do útero. O exame consiste em várias etapas, sendo elas: primeiro, observação ou
exame externo para detecção de infecções; segundo, introdução de um aparelho
(espéculo) para manter o canal vaginal aberto e observar o colo do útero; terceiro,
coletar o material com uma espátula ou cotonete diretamente do colo do útero, que
serão analisadas em laboratório.

O Ministério da Saúde, define como um “teste realizado para detectar alterações nas
células do colo do útero”. Da mesma forma, o exame é chamado de esfregaço
cervicovaginal e colpocitologia oncótica cervical. O exame é indolor, simples e
rápido. Porém, é possível que cause um pequeno desconforto, mas contornável se a
mulher conseguir relaxar e se for feito com cuidado. É necessário que a paciente
tome alguns cuidados, como por exemplo: não ter relações sexuais, mesmo com
camisinha, nos dois dias anteriores ao exame; evitar o uso de duchas,
medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais nas 48 horas anteriores à
realização do exame; não realizar exame ginecológico com toque, ultrassonografia
transvaginal e/ou ressonância magnética da pelve.

Sobre mulheres grávidas, de acordo com o Protocolo do Ministério da Saúde: “há


recomendações conflitantes quanto à coleta de material endocervical em grávidas.
Apesar de não haver evidências de que a coleta de espécime endocervical aumente
o risco sobre a gestação quando utilizada uma técnica adequada, outras fontes
recomendam evitá-la devido ao risco em potencial”.
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No caso das mulheres virgens, as mesmas podem se submeter ao exame, caso em
que a coleta do material será feita por meio da utilização de espéculo próprio para
esse tipo de caso. Para mulheres com mais de 64 anos de idade e que nunca
realizaram o exame citopatológico, é necessário realizar dois exames com intervalo
de 1-3 anos. Se os dois exames forem negativos, exames adicionais podem ser
dispensados.

1.6 Tratamento

O tratamento para câncer de colo do útero depende do estágio em que o tumor se


encontra, se existem metástases da doença, da idade e do estado de saúde geral da
mulher. As principais opções de tratamento incluem:

Primeiro, Conização – a conização consiste na retirada de uma pequena parte do


colo do útero, em forma de cone. Embora seja uma técnica mais utilizada para fazer
a biópsia e confirmar o diagnóstico de câncer, a conização também pode ser
considerada uma forma de tratamento padrão em casos de HSIL, que é a lesão
escamosa intraepitelial de alto grau, que ainda não é considerada câncer, mas pode
vir a evoluir para câncer.

Segundo, Histerectomia – a histerectomia é o principal tipo de cirurgia indicado para


o tratamento do câncer de colo de útero, que pode ser utilizada nas fases iniciais ou
mais avançadas e que, normalmente, é feita de uma das seguintes formas:
Histerectomia total – remove apenas o útero e o colo do útero e pode ser feita
através de um corte no abdome, por laparoscopia ou através do canal vaginal.
Normalmente é utilizada para tratar câncer do colo de útero no estágio IA1 ou no
estágio 0; Histerectomia radical – além do útero e do colo do útero, também são
removidos a parte superior da vagina e os tecidos próximos, que podem estar
afetados pelo câncer. Em geral, esta cirurgia é recomendada para casos de câncer
nos estágios IA2 e IB, sendo feita apenas por corte no abdome. É importante
lembrar que nos dois tipos de histerectomia os ovários e as trompas só são retirados
se também tiverem sido afetados pelo câncer ou se apresentarem outros problemas.

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2 O PAPEL DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO DE
ÚTERO

DE ACORDO COM BARROS, MARIN, ABRÃO, Enfermagem Obstétrica e


Ginecológica, In Práticas de Enfermagem na Assistência Ginecológica, o profissional
enfermagem deve:

``O profissional de enfermagem deverá contribuir de forma


humanizada na melhoria da qualidade de vida da mulher,
proporcionando condições que a conduzam a descobrir-se como um
ser integral, merecedora de muitos cuidados, inclusive aqueles
relacionados à saúde, possibilitando a oportunidade de educá-la no
desenvolvimento de um comportamento preventivo, ou seja, realizar
busca espontaneamente aos serviços de saúde de forma periódica,
mesmo na ausência de sintomas´´.(BARROS, MARIN, ABRÃO).
A Enfermagem tem um papel prioritário de disseminar informações sobre a
prevenção do câncer de colo uterino, pois participa ativamente de todo o processo,
desde a mobilização da população alvo, com medidas educativas, receptividade da
mulher na unidade de saúde, até a efetivação do exame. Durante a consulta de
enfermagem em ginecologia, o enfermeiro deve informar sobre a necessidade de
realização do exame de prevenção do câncer de colo do útero periodicamente, além
da importância de a paciente conhecer os fatores de risco para o desenvolvimento
desse tipo de câncer ou outros.

O profissional de enfermagem necessita desenvolver a sensibilidade, a empatia e ter


uma postura humanística perante os pacientes, assim é formado um vínculo de
confiança e consequentemente a mulher se sentirá mais segura e orientada na hora
de procurar uma forma de prevenção. Pois existem muitas mulheres que tem
vergonha ou medo e se sentem inseguras de realizar os devidos exames de
prevenção. Dentre os principais fatores estão: medo, vergonha, cultura, baixa renda,
baixa escolaridade, falta de vínculo com o profissional, desconhecimento sobre o
exame.

Motivar as mulheres a cuida da sua saúde articular uma rede de comunicação com a
mulher, reduzir a desigualdade de acesso da mulher a rede de saúde, aumentando a
eficiência da rede do controle do câncer,criando plano de vigilância avaliação .

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CONCLUSÃO

Na pesquisa realizada reunimos informações que nos proporcionou identificar que a


mortalidade por câncer de colo de útero continua sendo um grande desafio a ser
enfrentado. A população feminina por ter receio e timidez e por muitas vezes não ter
acesso ao serviço também muitos mitos e tabus que ainda muitas das vezes até o
seu próprio parceiro não aceitar que suas mulheres não façam o exame.

O papel da enfermagem é também estar junto à população necessita ser repensada,


não em termos de necessidades pré-estabelecidas, mas das necessidades
assistências centradas no sujeito-paciente a partir dele próprio. Trazer o conforto e
tenta passar o máximo de conhecimento sobre o exame, por ser um assunto pouco
discutido e que anda tem muita morte na polução feminina.

Entendesse que o principal papel da enfermagem e motivar as mulheres a cuida da


sua saúde articular uma rede de comunicação com a mulher passar toda a
segurança para a paciente, sensibilizando o papel da importância para poder estar
realizando os exames preventivos ginecológico.

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REFERÊNCIAS

Disponível em: https://www.einstein.br/doencas-sintomas/cancer-colo-utero

Disponível em: https://blog.partmedsaude.com.br/papanicolau-entenda-o-que-e-e-


como-funciona-esse-exame/

Disponível em: https://ismd.com.br/citologia-clinica-do-colo-uterino-e-a-importancia-


do-exame-papanicolau/

Paula , A.F.:Figueiredo ,E.S,Amaral .AR.A.GUEDES ,C,C.A enfermeira na


prevenção do câncer cervico –uterino e mama na ambulatório .CARLOS CHARGAS
(ACC)/UFMG: uma proposta de trabalho .Nursing ,SÃO PAULO ,V.5,N.45,P.30-34.

Disponível em : http://www.oncoguia.org.br/conteudo/cancer-de-colo-do-utero-
entenda-prevencao-sintomas-e-tratamento

Disponível em : https://bvsms.saude.gov.br/cancer-do-colo-de-utero

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