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Síntese- Escola Profissionalizante

Belo Horizonte, 2021


Título: (Cirurgia Segura)

Segurança
do
Paciente
NOME : Ana Kléria Madureira de Oliveira
TURMA: 102, A

DATA DE ENTREGA:

26 de Outubro de 2021

TEC° ENF/IC
Tópico 1- O que é Segurança do Paciente?

A segurança do paciente abrange as ações voltadas à redução do


risco de dano no cuidado com a saúde. O objetivo é diminuir as
ameaças a um mínimo aceitável, especialmente no que se refere à
infecção e à ocorrência de eventos adversos, assim como oportunizar
a segurança das cirurgias, entre outros. Considerado atualmente um
campo de atuação de vanguarda para profissionais e gestores da área
da saúde, a “Segurança do Paciente” sempre esteve nas bases da
medicina e, consequentemente, nas bases de qualquer profissão como
enfermagem, odontologia, fisioterapia, nutrição, etc. Afinal, não
podemos esquecer que a Hipócrates, o pai da medicina ocidental, é
atribuído o aforisma “Primum Non Nocere”, ou “primeiro não causar
dano”. Isso significa que a assistência ao paciente não deveria gerar
consequências ruins aos indivíduos doentes. Entretanto, nas últimas
décadas, um número crescente de publicações científicas vem
demonstrando que diversos pacientes sofrem danos causados por
falhas na assistência prestada pelos serviços de saúde. Esses danos
podem se traduzir em aumento do tempo de hospitalização, sequelas
permanentes e até mesmo na morte do paciente. Ao mesmo tempo,
pudemos aprender que estes danos não são causados por profissionais
de saúde mal intencionados, mas por problemas no complexo
processo de cuidados em saúde que hoje é necessário para cuidar de
um simples indivíduo. Em outras palavras, não basta que médicos,
enfermeiros e outros profissionais que prestam assistência sejam
completamente comprometidos em conseguir bons resultados. Erros
que levem a um dano ao paciente acontecem porque o sistema de
saúde e os processos de assistência nunca foram desenhados para que
não ocorressem falhas. Pelo contrário, eles predispõem a uma série
delas. Diante deste cenário surge o campo de trabalho intitulado
“Segurança do Paciente”, que é considerada a mais importante
dimensão quando se fala em qualidade na assistência à saúde. Por
Segurança do Paciente entende-se tudo aquilo que é estudado e
aplicado na prática para que os riscos desses danos desnecessários
diminuam até um nível aceitável, ou até mesmo que haja eliminação
destes riscos. Sendo assim, o cerne desta área de atuação é garantir
que a filosofia hipocrática seja praticada, produzindo uma assistência
em saúde que não cause mal ao paciente.

Tópico 2- Por que a Segurança do Paciente é


importante?
A segurança do paciente nos estabelecimentos de saúde ajuda a
reduzir ou até mesmo eliminar possíveis danos às pessoas que
frequentam clínicas médicas ou hospitais. A ideia é seguir uma série
de protocolos, para que evitar a transmissão de doenças, falhas de
biossegurança ou a administração incorreta de medicamentos nos
pacientes, por exemplo:
1. Identificação do paciente;
2. Prevenção de úlcera por pressão;
3. Segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos;
4. Cirurgia segura;
5. Prática de higiene das mãos em serviços de saúde;
6. Prevenção de quedas.
Tópico 3- O que são as metas da Segurança do
Paciente?
O Icesp adota as 6 Metas Internacionais de Segurança do Paciente,
estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e
preconizadas pela Joint Commisssion International (JCI).
Meta 1- Identificação Correta dos Pacientes:
Identificar corretamente cada paciente atendido no hospital é o
primeiro passo para uma assistência segura. Utilizamos dois
identificadores: nome completo e data de nascimento.
Meta 2– Comunicação Efetiva:
Uma assistência segura depende de uma comunicação eficaz entre os
profissionais de saúde e entre setores, garantindo de forma oportuna,
completa e clara, a transmissão de informações que irão favorecer a
continuidade do cuidado.
Meta 3- Melhorar a Segurança dos Medicamentos de Alta
Vigilância:
Erros de medicação representam uma ameaça à segurança dos
pacientes. Medicações de Alta Vigilância são assim consideradas por
representarem um risco ainda maior se administradas de forma
equivocada. Estes medicamentos precisam ser gerenciados de maneira
diferenciada dos demais, contemplando o processo de armazenamento,
prescrição, dispensação, administração e monitoramento dos efeitos
após administração. No Icesp, usa-se o conceito dos 5 “certos” para a
administração de medicações:
• Paciente Certo
• Medicamento certo
• Dose Certa
• Via Certa
• Horário certo
Meta 4– Cirurgia Segura:
A Organização Mundial da Saúde estabeleceu diretrizes para promover
a segurança durante procedimentos cirúrgicos, definindo etapas e
responsabilidades para toda equipe multiprofissional. O objetivo é
garantir que o procedimento correto, seja feito no paciente correto, no
local correto, com todos os recursos necessários disponíveis. Para
tanto, há um conjunto de ações realizadas, desde o agendamento
cirúrgico até o período pós-operatório.
Meta 5- Redução do risco de infecções associadas aos cuidados em
saúde
A prevenção e o controle de infecções são grandes desafios na maioria
das instituições de saúde. A principal atividade para a prevenção e
eliminação de infecções é a higiene adequada das mãos. As diretrizes
de higiene das mãos baseadas em evidências estão disponíveis na
Organização Mundial da Saúde (OMS), nos Centros de Controle e
Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) e em várias outras
organizações nacionais e internacionais.
O Icesp adere aos 5 momentos para higiene das mãos:
1- Antes de tocar no paciente;
2- Antes de realizar procedimentos;
3- Após o risco de exposição a fluídos corporais;
4- Após o contato com o paciente;
5- Após o contato com áreas próximas a ele.
Meta 6– Prevenção de danos decorrentes de quedas
Quedas em ambientes hospitalares podem causar danos aos pacientes.
O Instituto avalia individualmente todos os pacientes e identifica
aqueles que apresentam uma propensão maior a sofrerem quedas, em
função das condições clínicas atuais ou de fatores predisponentes.
Diante do risco identificado, os profissionais adotam medidas
preventivas e orientam pacientes e acompanhantes. Além disso, a
Instituição conta com um ambiente hospitalar que visa minimizar os
riscos, disponibilizando mobiliários adequados e estrutura física
planejada.
Tópico 4- Sobre a meta 1- Identificação correta do
paciente: Cite as pulseiras de identificação e suas
respectivas cores:
O uso da pulseira de identificação de pacientes em atendimento no setor
hospitalar garante segurança na execução das ações, a fim de reduzir a
ocorrência de incidentes, diminuindo significativamente os riscos. O
processo de identificação do paciente assegura, portanto, que o cuidado
seja prestado à pessoa para a qual se destina. A devida identificação de
pacientes é uma medida imprescindível em ambientes hospitalares a
fim de garantir segurança e melhor manejo durante as etapas de
atendimento. Pela pulseira de identificação hospitalar protocolo é
possível que dados do paciente, por meio do código de barras, tornem-
se acessíveis aos profissionais da área da saúde. Dessa forma, é possível
analisar o histórico hospitalar e os dados, além de demonstrar a
urgência do atendimento. As pulseiras de identificação são formas de
agilizar os processos internos, de forma que haja um atendimento ainda
mais humanizado, seguro e eficiente. A pulseira de identificação
hospitalar protocolo de Manchester, também conhecida como pulseira
colorida, é utilizada para identificar a urgência de atendimento de cada
paciente. Por meio das cores impressas na pulseira é possível
determinar em até quanto tempo o paciente deve ser atendido, assim
como identificar para qual setor encaminhá-lo e os procedimentos
corretos a serem seguidos. Para melhor entendimento, são as cores
utilizadas na confecção da pulseira de identificação hospitalar
protocolo de Manchester:
Vermelha: demonstra alta urgência no atendimento do paciente,
categorizando o caso como gravíssimo e de alto risco de ocasionar em
óbito;
Laranja: indica casos muito urgentes com pacientes em casos graves
que podem evoluir para o óbito;
Amarela: são casos urgentes em que os pacientes correm risco
moderado de morte;
Verde: pacientes com pouca urgência de atendimento; esses casos
podem ser atendidos em unidades básicas de saúde, por exemplo;
Azul: pacientes que não apresentam urgência no atendimento.
Sendo assim, diante da possibilidade de agilizar todos os processos
realizados em atendimentos hospitalares e levando em conta ainda a
obrigatoriedade do uso de tais pulseiras, contar com uma empresa
especializada em fornecer impressoras de pulseira de identificação
hospitalar protocolo é essencial. Para tanto, é possível usufruir dos
serviços especializados da Camasso Solução em Impressão

Tópico 5- Cite as 6 metas de Segurança do Paciente?


(1) IDENTIFICAÇÃO CORRETA DO PACIENTE

O que é?
A identificação correta do paciente é um dos primeiros cuidados para
uma assistência segura. Essa ação é o ponto de partida para a correta
execução das diversas etapas de segurança em nossa instituição. O
processo de identificação do paciente deve ser capaz de identificar
corretamente o indivíduo como sendo a pessoa para a qual se destina o
serviço (medicamentos, sangue ou hemoderivados, exames, cirurgias e
tratamentos). Nosso processo de identificação do paciente inclui três
informações distintas utilizadas para identificação do paciente antes de
cada ação assistencial: número de prontuário/atendimento, nome
completo e data de nascimento, afim de garantir que o cuidado seja
realizado no indivíduo certo. A identificação acontece no momento da
admissão (internação e Pronto Atendimento), por meio de pulseira de
identificação de coloração branca. O que medimos?
Para verificar o cumprimento desta meta medimos os seguintes
indicadores:
1. Taxa de eventos adversos devido a falhas na identificação do
paciente.
2. Proporção de pacientes com pulseiras padronizadas entre os
pacientes atendidos nas instituições.
O que fazer para melhorar esse processo?
Para garantir a segurança do cuidado, é importante:
1. Manter a pulseira de identificação até a alta.
2. Verificar se as informações estão corretas e legíveis.
3. Certifique-se de que a equipe assistencial faça a conferência de
sua identificação antes de qualquer atendimento.
4. Envolver o paciente no processo de cuidado, esclarecendo todas
as suas dúvidas. Isso pode evitar falhas.
Importante: o número do quarto não pode ser utilizado para identificar
o paciente apenas como localizador.
(2) COMUNICAÇÃO EFETIVA
O que é?
A segurança da assistência depende de uma comunicação entre os
colaboradores. A instituição padronizou como, por quem e para quem
são transmitidas as informações acerca do paciente (prescrições
verbais, resultados de exames críticos e transição de cuidados), bem
como a forma de registro dessas informações, de maneira que ocorra
de forma clara e oportuna, sem ambiguidades, com a certeza da correta
compreensão por parte do receptor da informação.
Importante: Esta informação deverá ser registrada em prontuário.
O que medimos?
Para verificar o cumprimento desta meta medimos os seguintes
indicadores:
1. Proporção de prescrições verbais e telefônica.
2. Proporção de registro de comunicação de resultados críticos de
exames diagnóstico.
3. Proporção de registro de transição do cuidado.
O que fazer para melhorar esse processo?
1. Registrar as informações do paciente no prontuário, que é um
documento legal e contém todas as informações do processo
assistencial, desde a admissão até a alta.
2. Envolver o paciente no processo de cuidado, esclarecendo todas
as suas dúvidas. Isso pode evitar falhas.
(3) MELHORAR A SEGURANÇA DOS MEDICAMENTOS

O que é?
As práticas para melhorar da segurança de medicamentos no CHAS
envolvem a padronizar procedimentos para garantir a segurança de
armazenamento, movimentação e utilização de medicamentos de alto
risco e que possuem nome, grafia e aparência semelhantes,
prevenindo a ocorrência de uma administração inadvertida.
O que medimos?
Taxa de erros na prescrição de medicamentos.
Taxa de erros na dispensação de medicamentos.
Taxa de erros na administração de medicamentos.
Taxa de eventos adversos relacionada a medicação.
O que fazer para melhorar esse processo?
A segurança no uso de medicamentos inclui a checagem da
identificação do paciente com a prescrição médica.
Fique atento à realização desse passo: confirmação dos dados da
pulseira com o prontuário.
Envolver o paciente no processo de cuidado, esclarecendo todas as suas
dúvidas. Isso pode evitar falhas.
(4) CIRURGIA SEGURA

GARANTIR O LOCAL CORRETO, O PROCEDIMENTO


CORRETO E A CIRURGIA NO PACIENTE CORRETO
O Que é?
O conceito de cirurgia segura envolve medidas adotadas para
redução do risco de eventos adversos que podem acontecer antes,
durante e depois das cirurgias. Eventos adversos cirúrgicos são
incidentes que resultam em dano ao paciente.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu um programa
para garantir a segurança em cirurgias que consiste na verificação de
itens essenciais do processo cirúrgico. O objetivo é garantir que o
procedimento seja realizado conforme o planejado, atendendo aos
cinco certos:
01. Paciente.
02. Procedimento.
03. Lateralidade (lado a ser operado, quando aplicável).
04. Posicionamento.
05. Equipamentos.
Importante: Fazemos também a checagem de segurança nosso
checklist cirúrgico ou time out, um conjunto de ações que envolve todas
as fases o procedimento cirúrgico.
O que medimos?
1. Percentual de pacientes que recebeu antibiótico profilaxia no
momento adequado;
2. Número de cirurgias em local errado;
3. Número de cirurgias em paciente errado;
4. Número de procedimentos errados;
5. Taxa de mortalidade cirúrgica intra-hospitalar ajustada ao risco;
6. Taxa de adesão à Lista de Verificação.
O que fazer para melhorar esse processo?
1. Nas cirurgias que envolvem lateralidade, o médico marcará o local
correto no corpo do paciente antes que este seja encaminhado ao centro
cirúrgico.
2. Fique atento à realização desse passo:
3. confirmação dos dados da pulseira com o prontuário.
4. checagem da identificação do paciente e o procedimento cirúrgico.
5. Envolver o paciente no processo de cuidado, esclarecendo todas as
suas dúvidas. Isso pode evitar falhas.
(5) REDUZIR O RISCO DE INFECÇÃO ASSOCIADO AO
CUIDADO
O que é?
A infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS) é aquela adquirida
em função dos procedimentos necessários à monitorização e ao
tratamento de pacientes em hospitais, ambulatórios, centros
diagnósticos ou mesmo em assistência domiciliar (home care).
Mesmo quando se adotam todas as medidas conhecidas para prevenção
e controle de IRAS, certos grupos apresentam maior risco de
desenvolver uma infecção. Entre esses casos estão os pacientes em
extremos de idade, pessoas com diabetes, câncer, em tratamento ou
com doenças imunossupressoras, com lesões extensas de pele,
submetidas a cirurgias de grande porte ou transplantes, obesas e
fumantes.
O que medimos?
O monitoramento das IRAS permite que os processos assistenciais
sejam aprimorados e que o risco dessas infecções possa ser reduzido.
Nesse sentido, a higienização das mãos é um procedimento essencial.
O nosso processo é baseado nas recomendações da OMS, que considera
a necessidade de higienização das mãos, por todos os profissionais de
saúde, em cinco momentos diferentes, incluindo antes e depois de
qualquer contato com o paciente, conforme mostra a figura abaixo.
Medimos:
1. Consumo de preparação alcoólica para as mãos: monitoramento
do volume de preparação alcoólica para as mãos utilizado para
cada 1.000 pacientes-dia.
2. Consumo de sabonete monitoramento do volume de sabonete
líquido associado ou não a antisséptico utilizado para cada 1.000
pacientes-dia.
3. Percentual (%) de adesão: número de ações de higiene das mãos
realizados pelos profissionais de saúde/número de oportunidades
ocorridas para higiene das mãos, multiplicado por 100.
O que você pode fazer para melhorar esse processo?
1. Disponibilizar preparação alcoólica em lugares estratégicos do
hospital.
2. Orientar acompanhantes e/ou familiares da importância da
antissepsia das mãos.
3. Treinar incansavelmente toda equipe multiprofissional.
4. Envolver o paciente no processo de cuidado, esclarecendo todas
as suas dúvidas. Isso pode evitar falhas.
(6) REDUZIR O RISCO DE DANOS AOS PACIENETES
RESULTANTES DE QUEDAS

O que é a avaliação de risco de queda?


Como medida de segurança, o centro Hospitalar Albert Sabin-CHAS
implantou o protocolo de queda no intuito de identificar o risco de
queda dos seus pacientes e agir preventivamente, evitando esse tipo de
evento e eventuais lesões causadas por ele.
O protocolo de prevenção de quedas do CHAS inclui a identificação de
pacientes com risco – em função das condições clínicas, dos
medicamentos prescritos e dos tratamentos – e a adoção de medidas
preventivas, conforme esse risco.
A avaliação do risco é realizada a partir da admissão, com base nas
condições clínicas e necessidades do paciente. Todos os pacientes são
orientados quanto aos riscos e às medidas de prevenção. Além disso, o
nosso ambiente hospitalar está sendo adequado para diminuir o risco
das quedas relacionadas a estrutura física e mobiliário, o que inclui o
quarto e o banheiro do paciente.
O que medimos para avaliar o risco de queda?
1. Proporção de pacientes com avaliação de risco de queda realizada
na admissão.
2. Número de quedas com danos.
3. Número de quedas sem danos.
4. Índice de quedas
O que você pode fazer para melhorar o processo de prevenção de
quedas?
1. Avaliar, no momento da admissão, o risco de queda do paciente
(pacientes internados, pacientes no serviço de emergência e
pacientes externos).
2. Uma vez identificado o risco de queda, orientar pacientes e
familiares sobre as medidas preventivas individuais, e entregar
material educativo específico.
3. Pacientes e acompanhantes devem seguir as orientações dadas
pela equipe multiprofissional.
4. Identificação todo paciente com riscos para queda.
5. Retirar todos objetos ou mobiliário que possa levar a uma queda
e evitar uso de tapetes na instituição.
6. Colocar sinalização visual para identificação de risco de queda, a
fim de alertar toda equipe de cuidado.
7. Envolver o paciente no processo de cuidado, esclarecendo todas
as suas dúvidas. Isso pode evitar falhas.
8. Notificar imediatamente ao Núcleo de Segurança do Paciente
caso ocorra um evento de queda.
Finalidade:
A finalidade deste protocolo é determinar as medidas a serem
implantadas para reduzir a ocorrência de incidentes e eventos
adversos e a mortalidade cirúrgica, possibilitando o aumento
dá segurança na realização de procedimentos cirúrgicos, no local
correto e no paciente correto, por meio do uso da Lista de Verificação
de Cirurgia Segura desenvolvida pela Organização
Mundial da Saúde -OMS.
Justificativa:
O volume anual de cirurgias de grande porte foi estimado entre
187 e 281 milhões, a partir de dados de 56 países, o que
representa, aproximadamente, uma cirurgia para cada 25 pessoas
por ano 2. Nas últimas décadas, as técnicas cirúrgicas foram
bastante aperfeiçoadas, aumentando as oportunidades de
tratamento de patologias complexas. No entanto, esses avanços
também aumentaram, de modo expressivo, o potencial de
ocorrência de erros que podem resultar em dano para o paciente
e levar à incapacidade ou à morte.
Revisão sistemática realizada em 2008 sobre a ocorrência de
eventos adversos em pacientes internados revelou que 01 (um) em
cada 150 (cento e cinquenta) pacientes hospitalizados morre
em consequência de um incidente. O mesmo estudo revelou que
quase dois terços dos eventos adversos ocorridos em ambiente
hospitalar foram associados ao cuidado cirúrgico.
As taxas de eventos adversos em cirurgia geral variam, segundo
diferentes estudos e métodos de avaliação, entre 2% e 30%5.
Os problemas associados à segurança cirúrgica são bem
conhecidos nos países desenvolvidos, porém menos estudados nos
países em desenvolvimento. Há relatos internacionais de
recorrentes e persistentes ocorrências de cirurgias em locais
errados, em órgãos vitais como pulmões e cérebro, além de
pacientes que tiveram o rim, a glândula adrenal, a mama ou outro
órgão sadio removido. A atenção que tais eventos invariavelmente
atraem na mídia abala a confiança do público nos sistemas de
saúde e nos profissionais de saúde. Estima-se que as cirurgias em
local errado e no paciente errado ocorram em cerca de 01 em cada
50.000 a 100.000 procedimentos nos Estados Unidos (EUA),
equivalendo a 1.500 a 2.500 eventos adversos deste tipo por ano. Uma
análise de eventos sentinelas relatadas pela Joint Commission (JC),
dos EUA, entre 1995 e 2006, apontou que 13% dos eventos adversos
relatados devia-se a cirurgias em sítios errados.
A literatura corrobora com a suposição de que a cirurgia em local
errado é mais comum em certas especialidades, particularmente em
cirurgias ortopédicas. Em um estudo com 1.050 cirurgiões de mão,
21% relataram ter realizado pelo menos uma cirurgia em local errado
em suas carreiras. Uma análise dos acionamentos de seguros para erro
médico que ocorreram após cirurgias ortopédicas demostraram que
68% derivaram de cirurgias em locais errados. Existem evidências de
que a Lista de Verificação de Cirurgia Segura reduz complicações e
salva vidas. Estudo realizado em oito países encontrou uma redução
de 11% para 7% da ocorrência de complicações em pacientes
cirúrgicos e uma diminuição de mortalidade de 1,5% para 0,8% com a
adoção da lista de Verificação. Um estudo holandês mostra uma
queda nas complicações entre pacientes cirúrgicos de 15,4% para
10,6% e da mortalidade de 1,5% para 0,8%. A Lista de Verificação
foi aprovada por 25 países, que declararam ter mobilizado recursos
para sua implementação e, em novembro de 2010, 1.788 hospitais no
mundo haviam relatado o seu uso. Nos últimos quatro anos, com o
apoio da Agency for Healthcare Research and Quality (AHRQ), dos
EUA, um grupo de especialistas das áreas de qualidade do cuidado e
segurança do paciente, conduziu uma abrangente e rigorosa revisão
sistemática sobre a evidência científica do que denominaram de
Estratégias para a Segurança do Paciente (Patient Safety Strategies -
PSSs). O estudo indicou a implementação de 22 estratégias com
evidências suficientemente robustas para melhorar a segurança,
considerando entre as estratégias, a implementação da Lista de
Verificação de Cirurgia Segura como fortemente recomendada.
Abrangência:
O protocolo para Cirurgia Segura deverá ser aplicado em todos os
locais dos estabelecimentos de saúde em que sejam realizados
procedimentos, quer terapêuticos, quer
diagnósticos, que impliquem em incisão no corpo humano ou em
introdução de equipamentos endoscópios, dentro ou fora de centro
cirúrgico, por qualquer profissional de saúde.
Definições:
➳ Lista de Verificação: lista formal utilizada para identificar,
comparar e verificar um
grupo de itens/procedimentos.
➳ Demarcação de Lateralidade:
demarcação de local ou locais a serem operados. Esta demarcação é
particularmente importante em casos de lateralidade (distinção entre
direita e esquerda), estruturas múltiplas (p.ex. dedos das mãos e dos
pés, costelas) e níveis múltiplos (p.ex. coluna vertebral).
➳ Condutor da Lista de Verificação: profissional de saúde (médico
ou profissional da enfermagem), que esteja participando da cirurgia e
seja o responsável por conduzir a aplicação da lista de verificação, de
acordo com diretrizes da instituição de saúde.
➳ Segurança Anestésica: conjunto de ações realizadas pelo
anestesiologista, que visa à
redução da insegurança anestésica por meio da inspeção formal do
equipamento anestésico, da checagem dos medicamentos e do risco
anestésico do paciente antes da realização de cada cirurgia. Este
procedimento deve seguir as orientações contidas no Manual para
Cirurgia Segura da OMS, traduzido pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária -ANVISA.
➳ Equipe cirúrgica: equipe composta por cirurgiões,
anestesiologistas, profissionais de enfermagem, técnicos e todos os
profissionais envolvidos na cirurgia.
Intervenção:
Muitos fatores concorrem para que um procedimento cirúrgico seja
realizado de forma
segura: profissionais capacitados, ambiente, equipamentos e materiais
adequados para a realização do procedimento, conformidade com a
legislação vigente, entre outros. Entretanto, este protocolo trata
especificamente da utilização sistemática da Lista de Verificação de
Cirurgia Segura como uma estratégia para reduzir o risco de
incidentes cirúrgicos. Baseia-se na Lista de Verificação de Cirurgia
Segura e no Manual de Cirurgia Segura, desenvolvidos pela
OMS.
Todas as instruções contidas neste protocolo deverão ser adequadas à
realidade de cada instituição, respeitando-se os princípios de cirurgia
segura.
A Lista de Verificação divide a cirurgia em três fases:
I- Antes da indução anestésica;
II- Antes da incisão cirúrgica; e
III- Antes do paciente sair da sala de cirurgia.
Cada uma dessas fases corresponde a um momento específico do
fluxo normal de um procedimento cirúrgico. Para a utilização da Lista
de Verificação, uma única pessoa deverá ser responsável por conduzir
a checagem dos itens. Em cada fase, o condutor da Lista de
verificação deverá confirmar se a equipe completou suas tarefas antes
de prosseguir para a próxima etapa. Caso algum item checado não
esteja em conformidade, a verificação deverá ser interrompida e o
paciente mantido na sala de cirurgia até a sua solução.
1. Antes da indução anestésica:
O condutor da Lista de Verificação deverá:
➳ Revisar verbalmente com o próprio paciente, sempre que possível,
que sua identificação tenha sido confirmada.
➳ Confirmar que o procedimento e o local da cirurgia estão corretos.
➳ Confirmar o consentimento para cirurgia e a anestesia.
➳ Confirmar visualmente o sítio cirúrgico correto e sua demarcação
➳ Confirmar a conexão de um monitor multiparâmetro ao paciente e
seu funcionamento.
➳ Revisar verbalmente com o anestesiologista, o risco de perda
sanguínea do paciente, dificuldades nas vias aéreas, histórico de
reação alérgica e se a verificação completa de segurança anestésica foi
concluída.
2. Antes da incisão cirúrgica (Pausa Cirúrgica)
Neste momento, a equipe fará uma pausa imediatamente antes da
incisão cirúrgica para realizar
os seguintes passos:
➳ A apresentação de cada membro da equipe pelo nome e função.
➳ A confirmação da realização da cirurgia correta no paciente
correto, no sítio cirúrgico correto.
➳ A revisão verbal, uns com os outros, dos elementos críticos de seus
planos para a cirurgia, usando as questões da Lista de Verificação
como guia.
➳ A confirmação da administração de antimicrobianos profiláticos
nos últimos 60 minutos da incisão cirúrgica.
➳ A confirmação da acessibilidade dos exames de imagens
necessários.
➳ Antes do paciente sair da sala de cirurgia.
A equipe deverá revisar em conjunto a cirurgia realizada por meio dos
seguintes passos:
➳ A conclusão da contagem de compressas e instrumentais.
➳ A identificação de qualquer amostra cirúrgica obtida.
➳ A revisão de qualquer funcionamento inadequado de equipamentos
ou questões que necessitem ser solucionadas.
➳ A revisão do plano de cuidado e as providencias quanto à
abordagem pós-operatória e da recuperação pós-anestésica antes da
remoção do paciente da sala de cirurgia.
3. Procedimento operacional
➳ Antes da indução anestésica; A etapa -antes da indução anestésica
-requer a presença do anestesiologista e da equipe de
enfermagem.
(3.1) Segue o detalhamento de cada um dos procedimentos desta
etapa:
➳ Confirmar a identificação do paciente, do sítio cirúrgico, do
procedimento e do consentimento informado. O condutor da Lista de
Verificação confirma verbalmente com o paciente sua identificação,
o tipo de procedimento planejado, o sítio cirúrgico e a assinatura do
consentimento para cirurgia. Quando a confirmação pelo paciente não
for possível, como no caso de crianças ou pacientes incapacitados, um
tutor ou familiar poderá assumir esta função. Os Termos de
Consentimento Informados -cirúrgicos e anestésicos -devem ser
assinados pelo paciente ou seu representante legal, após os
esclarecimentos feitos por médico membro da equipe cirúrgica, antes
do encaminhamento do paciente para o local de realização do
procedimento cirúrgico.
(3.2) Demarcar o sítio cirúrgico
A identificação do sítio cirúrgico deverá ser realizada por médico
membro da equipe cirúrgica antes do encaminhamento do paciente
para o local de realização do procedimento. Sempre que possível, tal
identificação deverá ser realizada com o paciente acordado e
consciente, que confirmará o local da intervenção. A instituição
deverá ter processos definidos por escrito para lidar com as exceções,
como, por exemplo, recusa documentada do paciente, de modo a
garantir a segurança cirúrgica. O condutor deverá confirmar se o
cirurgião fez a demarcação do local da cirurgia no corpo
do paciente naqueles casos em que o procedimento cirúrgico envolve
lateralidade, múltiplas estruturas ou múltiplos níveis. Nestes casos, a
demarcação deverá ser realizada no corpo do paciente em local que
indica a estrutura a ser operada com o uso de caneta demográfica. O
símbolo a ser utilizado deverá ser padronizado pela instituição e deve
permanecer visível após preparo da pele e colocação de campos
cirúrgicos. Devem-se evitar marcas ambíguas como “x”, podendo ser
utilizado, por exemplo, o sinal de alvo para este fim.
(3.3) Verificar a segurança anestésica; O condutor completa a
próxima etapa solicitando ao anestesiologista que confirme a
conclusão da verificação de segurança anestésica.
(3.4) Verificar o funcionamento do monitor multiparamétrico
Antes da indução anestésica, o condutor confirma que um monitor
multiparamétrico tenha sido posicionado no paciente e que esteja
funcionando corretamente.
(3.5) Verificar alergias conhecidas; O condutor deverá perguntar ou
confirmar se o paciente possui uma alergia conhecida, mesmo se o
condutor tenha conhecimento prévio a respeito da alergia. Em caso de
alergia, deverá confirmar se o anestesiologista tem conhecimento e se
a alergia em questão representa um risco para o paciente. Se algum
membro da equipe cirúrgica tem conhecimento sobre uma alergia que
o anestesiologista desconheça, esta informação deverá ser
comunicada.
(3.6) Verificar a avaliação de vias aéreas e risco de aspiração
O condutor deverá confirmar verbalmente com o anestesiologista se
este avaliou objetivamente se o paciente possui uma via aérea difícil.
O risco de aspiração também deverá ser levado em consideração
como parte da avaliação da via aérea.
(3.7) Verificar a avaliação de risco de perda sanguínea
O condutor deverá perguntar ao anestesiologista se o paciente tem
risco de perder mais de meio litro de sangue (> 500 ml) ou mais de 7
ml/kg em crianças durante a cirurgia a fim de assegurar o
reconhecimento deste risco e garantir a preparação para essa
eventualidade.
4. Antes da incisão cirúrgica (Pausa Cirúrgica)
A Pausa Cirúrgica é uma pausa momentânea feita pela equipe
imediatamente antes da incisão cutânea a fim de confirmar que as
várias verificações essenciais para a segurança cirúrgica foram
empreendidas e que envolveram toda equipe.
(4.1) Identificar todos os membros da equipe;
O condutor solicitará que cada pessoa na sala se apresente pelo nome
e função. Nas equipes cujos membros já estão familiarizados uns com
os outros, o condutor pode apenas confirmar que todos já tenham sido
apresentados, mas quando ocorrer a presença de novos membros ou
funcionários que tenham se revezado dentro da sala cirúrgica desde o
último procedimento, estes devem se apresentar.
(4.2) Confirmar verbalmente a identidade do paciente, o sítio
cirúrgico e o procedimento. Imediatamente antes da incisão cirúrgica,
é conduzida uma nova confirmação pela equipe cirúrgica (cirurgião,
anestesiologista e equipe de enfermagem) do nome do paciente, do
procedimento cirúrgico a ser realizado, do sítio cirúrgico e, quando
necessário, do posicionamento do paciente.
(4.3) Verificar a previsão de eventos críticos;
O condutor da Lista de Verificação conduz uma rápida discussão com
o cirurgião, anestesiologista e enfermagem a respeito de riscos graves
e planejamentos operatórios.
(4.4) Prever etapas críticas, possíveis eventos críticos, duração da
cirurgia e perda sanguínea. O cirurgião deverá informar à equipe
quais são as etapas críticas e os possíveis eventos críticos e a perda
sanguínea prevista.
(4.5) Revisar eventuais complicações anestésicas. O anestesiologista
deverá revisar em voz alta o planejamento e as preocupações
específicas para ressuscitação cardiopulmonar. Deverá informar
também a previsão do uso de sangue, componentes e hemoderivados,
além da presença de comorbidades e características do paciente
passíveis de complicação, como doença pulmonar ou cardíaca,
arritmias, distúrbios hemorrágicos, etc...
(4.6) Confirmar verbalmente a revisão das condições de esterilização,
equipamentos e infraestrutura. O instrumentador ou o técnico que
disponibiliza o equipamento para a cirurgia deverá confirmar
verbalmente a realização da esterilização e sua confirmação por meio
do indicador de esterilização, demonstrando que a esterilização tenha
sido bem sucedida. Além de verificar se as condições dos
equipamentos, bem como infraestrutura tenham sido avaliadas pela
enfermagem.
(4.7) Verificar a realização da profilaxia antimicrobiana. O condutor
perguntará em voz alta se os antimicrobianos profiláticos foram
administrados durante os últimos 60 minutos antes da incisão da pele.
O membro da equipe responsável pela administração de
antimicrobianos (geralmente o anestesiologista) deverá realizar a
confirmação verbal.
(4.8) Verificar exames de imagem. O condutor deverá perguntar ao
cirurgião se exames de imagem são necessários para a cirurgia. Em
caso afirmativo, o condutor deverá confirmar verbalmente que os
exames necessários para realização segura do procedimento cirúrgico
estão na sala e expostos de maneira adequada para uso durante a
cirurgia.
5. Antes do paciente deixar a sala de cirurgia;
(5.1) Confirmar o nome do procedimento. O condutor deverá
confirmar com o cirurgião e a equipe exatamente qual procedimento
foi realizado.
(5.2) Verificar a correta contagem de instrumentais, compressas e
agulhas. O profissional de enfermagem ou o instrumentador deverá
confirmar verbalmente a conclusão das contagens finais de
compressas e agulhas. Nos casos de cirurgia com cavidade aberta, a
conclusão da contagem de instrumental também deve ser confirmada.
(5.3) Confirmar a identificação da amostra. O profissional de
enfermagem deve confirmar a identificação/etiquetagem correta de
qualquer amostra patológica obtida durante o procedimento pela
leitura em voz alta do nome do paciente, descrição da amostra com
indicação anatômica do local de origem da amostra e quaisquer outras
indicações orientadoras.
(5.4) Documentar problemas com equipamentos;
O condutor deve assegurar que os problemas com equipamentos que
tenham ocorrido durante a cirurgia sejam identificados, relatados e
documentados pela equipe.
(5.5) Rever as medidas para a recuperação pós-operatória
O cirurgião, o anestesiologista e o profissional de enfermagem
deverão revisar o plano de recuperação pós-operatória, focando
particularmente em questões anestésicas ou cirúrgicas que possam
interferir nesta recuperação.
6. Estratégias de monitoramento e indicadores;
• Percentual de pacientes que recebeu antibioticoprofilaxia no
momento adequado;
• Número de cirurgias em local errado;
• Número de cirurgias em paciente errado;
• Número de procedimentos errados;
• Taxa de mortalidade cirúrgica intra-hospitalar ajustada ao risco; e
• Taxa de adesão à Lista de Verificação.
(6) 7. A instrumentação cirúrgica é uma técnica utilizada pelo
instrumentador para operacionalização do ato cirúrgico, sendo o
instrumentador, integrante da equipe que se responsabiliza pelo preparo
da mesa, fornecendo com segurança e precisão os instrumentais ao
cirurgião, acompanhando a sequência lógica de cada tempo cirúrgico
durante o ato operatório. A profissão de instrumentador surgiu da
necessidade dos avanços e desenvolvimentos das cirurgias, com isso
um enorme número de instrumentais foi criado para realizar as
manobras cirúrgicas e facilitar os procedimentos, tornando os
instrumentais indispensáveis nas cirurgias. A equipe cirúrgica é
composta pelo cirurgião que é o chefe da equipe, o assistente, o
anestesiologista, o instrumentador cirúrgico e o circulante de sala de
operação. O cirurgião e o assistente deverão ser médicos cirurgiões ou
dentistas cirurgiões. O anestesiologista também é um médico. O
circulante de sala é um membro da equipe de enfermagem, e o
instrumentador geralmente é um profissional da equipe de enfermagem
que possui um papel fundamental, atuando como um facilitador das
ações e procedimentos. É importante que os membros desta equipe
atuem de forma integrada e harmônica, visando à segurança do paciente
e à eficiência do ato cirúrgico (LÓPEZ; CRUZ, 2001; PARRA, SAAD,
2003). A Resolução nº 214/98, em seus artigos 1º e 2º do Conselho
Federal de Enfermagem (COFEN) define a instrumentação cirúrgica
como atividade de enfermagem, não sendo, entretanto, ato privativo da
mesma determina também que o profissional de enfermagem atuando
como instrumentador cirúrgico, por força de lei, subordina-se
exclusivamente ao enfermeiro responsável pela unidade, ou seja,
Centro Cirúrgico (BRASIL, 1998). O profissional de instrumentação
cirúrgica atua junto à equipe cirúrgica tendo como responsabilidade,
zelar pelo perfeito funcionamento do instrumental e equipamentos
usados pelo cirurgião e assistente. O bom instrumentador prepara-se
antes da cirurgia começar, prevê o material a ser usado e, já conhecendo
a equipe cirúrgica, pode inclusive preparar o paciente de acordo com a
preferência da mesma. Durante o ato cirúrgico, compete ao
instrumentador monitorar o material usado e fazer a solicitação de
reposição de material de consumo. Também é importante que o
instrumentador esteja atento aos movimentos da equipe cirúrgica, tendo
sob seu controle a quantidade exata de compressas, gazes, agulhas e
demais objetos que não podem ser perdidos ou esquecidos (SOBECC,
2005; A PROFISSÃO, 2006). Os autores acima citados também
afirmam que, o instrumentador deve estar atento à manutenção da
assepsia de toda a equipe cirúrgica. É extremamente importante que ele
possua conhecimento e aplique os princípios de técnica asséptica, tendo
noção espacial a fim de evitar contaminação da sua mesa com
movimentos repentinos ou inesperados de qualquer membro da equipe
cirúrgica. A responsabilidade constitui a base da consciência
profissional do instrumentador, que deve constantemente ser
aprimorada, para que as suas ações sejam o máximo possível corretas.
Como qualquer dos outros elementos da equipe, o instrumentador
deverá reger-se por normas de conduta pertinente à sua posição, bem
como guardar sigilo profissional (A PROFISSÃO, 2006).
Conclusão:
Vimos com clareza o quanto o Centro Cirúrgico se destaca no ambiente
hospitalar e a extrema importância do Instrumentador cirúrgico, tal qual
o cuidado e atenção que o mesmo precisa ter e sua total
responsabilidade em manter a ordem e segurança durante o ato
cirúrgico. Uma profissão respeitável e que merece devido
reconhecimento.
Fonte de pesquisa ↴
➳Camasso.com.br

http://www.sgc.goias.gov.br/upload/links/arq_686_4_Dra.AThais_Pro
tocoloAdeAIdentificacaoAdoApaciente.pdf
➳ http://www.icesp.org.br/o-instituto/qualidade/metas-
internacionais-de-seguranca-do-paciente
➳ https://segurancadopaciente.com.br/central_conteudo/o-que-e-
seguranca-do-paciente/
➳ https://cmb.edu.br/seguranca-do-paciente-por-que-isso-e-
importante/

https://proqualis.net/sites/proqualis.net/files/Topico1_GuiaCurricular
OMS.pdf
➳ https://office.live.com/start/Word.aspx?omkt=pt-BR
➳ Blog no Wordpress.com.
➳ Saúde e Bem Estar > Istrumentação Cirúrgica-Fundamentação
Teórica

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