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ENTREVISTA DE

AVALIAÇÃO
CLÍNICA
Com Adultos
DA ENTREVISTA
DE PESQUISA -
À ENTREVISTA
CLÍNICA Interação verbal entre Entrevista não pode ser
duas ou mais pessoas totalmente previsível

Processo de interação e
intervenção

Prática/técnica Habilidades de
entrevistar
DA ENTREVISTA DE
PESQUISA À ENTREVISTA
CLÍNICA
Conceito de entrevista

“Entrevista é a habilidade de encorajar


a exposição de informação pessoal
com um propósito profissional
especifico”
Entrevista é considerada em duas
dimensões:
Conteúdo ou de coleta de
dados Processo
■ Manuais questionários ou ■ interação terapeuta-paciente
inventários;
■ perguntas abertas
■ Percepção do comportamento;
■ entrevistador precisa ter qualidades
■ Técnicas clássicas de interpretação, pessoais
reflexão e confrontação;
■ método centrado no paciente
■ Estabelecer os primeiros contatos.
■ estratégias de entrevistar.
Entrevista clínica: o que
importa?
■ Entendê-la como um método de trabalho que implique
um conjunto de habilidades que podem ser aprendidas;
■ Fazer uso de estratégias ou técnicas variadas que
tornam a entrevista um instrumento de trabalho mais
efetivo, seja para coleta de dados seja para
intervenção.
HABILIDADES
PARA
ENTREVISTAR
HABILIDADES
EMPÁTICAS

Sentimentos associados;

Colocar-se no lugar do cliente;

Demonstrar os sentimentos;

Terapeuta REFORÇADOR;

Aceitação incondicional;

Não ter pré-julgamentos;


HABILIDADES NÃO
VERBAIS

Características da Postura corporal e


Expressão facial;
voz; gestos

Intensificar ou Comportamentos
Atenção “às
complementar a não verbais
pistas” não
comunicação positivos e
verbais do cliente
verbal congruentes;
Conhecer a si
mesmo:
- detectar e monitorar seus
pensamentos e
sentimentos durante a
entrevista;
- diferenciar seus próprios
valores dos do seu
cliente;
- modelo de como
expressar sentimentos.
Entrevista NÃO é
Aberta ou Fechada?
questionário
O ponto importante é Usar em conjunto com outros recursos
quando formular cada a) perguntas abertas e fechadas
pergunta. - aberta: resposta ampla e descritiva –
- fechada: sim ou não
b) solicitação de esclarecimentos e complementação para
informações adicionais
c) outras considerações: perguntas únicas/breves/ diretas
/tipo de de linguagem.
Quer ser
terapeuta? Anota
aí!
• Operacionalizar
informações.

• Parafrasear - é afirmar, não


é perguntar.
Quer ser
terapeuta? Anota
aí!
• Refletir sentimentos
(Conteúdo
predominantemente afetivo,
e não cognitivo)
Quer ser
terapeuta? Anota
aí!
• Dirigir a entrevista
(conduzir com objetivo) - de
modo seguro e ativo.
• Manter a interação- “
reciprocidade”.
• Sumariar ou Resumir -
“reformulação “.
ENTREVISTA
CLÍNICA
INICIAL
Entrevista Clínica Inicial
A entrevista clínica tem uma característica
completamente diferente das demais porque não
visa apenas uma coleta de dados, mas o
estabelecimento de um bom vínculo que
possibilitará a confiabilidade dos dados
apresentados.
Lazarus (1979) afirma que a primeira entrevista é
crucial na formação das primeiras impressões pelo
paciente. Impressões que abrangem a psicoterapia
em geral e a instituição que está sendo realizado os
atendimentos.
No brasil predomina-se dois tipos de entrevista inicial,
a entrevista de triagem e a entrevista terapêutica.
Diferença entre a entrevista de Triagem e a Terapêutica

Entrevista de Triagem Entrevista Terapêutica


■ São realizadas em instituições que ■ O paciente é entrevistado pelo
oferecem o serviço de triagem separado profissional que dará imediata
do serviço de psicoterapia. continuidade ao tratamento.
■ São comuns em instituições públicas, que ■ Muito comum nas clínicas particulares,
possui uma demanda maior que a pois não há filas de espera.
capacidade de atendimento.
■ Em geral, o psicólogo que realiza a
entrevista de triagem não tem condições
de atender posteriormente, sendo muito
comum o encaminhamento a outro
profissional.
Objetivos interacionais: referem-se ao
estabelecimento de uma relação de
confiança mútua entre as partes que
possibilite ao paciente sentir-se confortável
na situação.

Objetivos de
entrevista Objetivos de coleta de dados: a entrevista
clínica é estruturada de maneira a maximizar

clínica inicial a obtenção de informações sem prejudicar a


sua qualidade interacional.

Objetivos de intervenção: considera-se que a


intervenção possa ocorrer numa entrevista
inicial, porém sem que se constitua em um
objetivo prioritário e nem realizada de modo
sistemático.
Modelo de Algumas sugestões para essa
etapa:
entrevista
Entrosar-se com a instituição
clínica inicial responsável pelo atendimento;
As disposições prévias incluem toda a Providenciar um ambiente tanto
preparação da situação de entrevista no sentido de físico como online adequado;
não só viabilizá-la, mas de possibilitar que seus
Preparar todo o material
resultados sejam mais efetivos. necessário;
Prever o horário para o início e
término.
Sugestão de um modelo de entrevista clínica
inicial
Introdução

Cumprimentar o paciente;

Fazer uma breve apresentação sua e da instituição;

Conferir a ficha de dados pessoais com o paciente.


Sugestão de um modelo de
entrevista clínica inicial
Desenvolvimento

Etapa que o terapeuta deve tomar conhecimento sobre a


queixa;

Obter dados suficientes para a realização de uma


análise funcional preliminar;

Conduzir de forma que os assuntos sejam tratados do


geral para o particular.
Sugestão de um modelo de entrevista clínica
inicial

Encerramento

Indicar ou dar pistas ao paciente que o tempo está esgotando-se;

Evitar introduzir novos assuntos ou que gerem perturbação emocional;

Verificar se o paciente precisa de alguma informação ou esclarecimento;

Deixar claro ao paciente qual será o seu encaminhamento.


Modelo de entrevista clínica inicial.
Além do modelo geral anterior, outros cuidados podem ser úteis na condução da
entrevista como:

Evitar escrever Ser cuidado ao Evitar emitir


tudo o que o fazer conselhos
paciente fala; interferências; precipitados;

Evitar atrasar- Variar as


se para a estratégias da
entrevista; entrevista.
CONTEÚDO
DA
ENTREVISTA
Para Análise do
comportamento:

1 - modelo funcional;
2 - modelo de variação e
seleção por consequências
(seleção de operantes)
ENTREVISTA
CLÍNICA DE
AVALIAÇÃO GERAL
X
ENTREVISTA INICIAL
Dados para análise comportamental de casos clínicos
(Adaptado de Silvares e Gongora, p.39-42 1998)

Dados pessoais do paciente;

Dados do núcleo familiar;

Aparência geral do paciente durante a entrevista (humor, comportamento etc);

Como o paciente chegou ao tratamento;

Informações biográficas;

Queixas;

Hierarquia das queixas;


Dados para especificação das queixas (Adaptado de
Silvares e Gongora, p.39-42 1998)

Dimensões do Eventos relacionado à Exemplo da ocorrência da


Histórico da queixa;
comportamento problema; ocorrência do problema; queixa;

Pensamentos, crenças,
Antecedentes e
atitudes e sentimentos do
consequentes imediatos da Consequências gerais do O que outras pessoas dizem
paciente durante e depois
ocorrência das respostas problema; sobre o problema.
da ocorrência do
envolvidas na queixa;
comportamento problema;
Objetivos ou metas do paciente para a terapia;

Pontos positivos e negativos do paciente em relação às possibilidades


de tratamento;
Pontos positivos e negativos do ambiente;

Tratamentos anteriores;
Dados para Condições gerais de saúde;
análise
Motivação do paciente para o tratamento;
comportamental
de casos clínicos
Reforçadores potenciais;

(Adaptado de Silvares e Gongora, p.39-42 Estimativa de riscos e possíveis crises imediatas;


1998)

Respostas emocionais ao problema;

Dados de relação entre os diversos problemas apresentados;

Outros para esclarecer a queixa.


Conclusões
Roteiro APENAS orientativo, não é
questionário.

Adaptar é preciso!

Para aprender:
a) leitura de manuais de introdução;
b) oportunidade do aluno conduzir a
entrevista;
c) feedback de professor experiente.
Atividade ilustrativa
de Entrevista Clínica

Caso inspirado em Elize


Matsunaga autora confessa de
um dos crimes mais
impactantes da história
recente do país ocorrido em
19 de maio de 2012.

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