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Protocolo de Atendimento a Emergência - Deslizamento ou

desabamento

PRO-012161, Rev.: 12 – 20/06/2022 - Classificação: Uso Interno

OBJETIVO

Este protocolo tem como objetivo descrever os procedimentos a serem adotados de


forma segura em situações de emergências durante o acesso e atendimento a
emergências com vítimas de soterramento.

APLICAÇÃO

Este protocolo aplica-se a Brigada de Emergência da Vale.

DEFINIÇÕES

APH - Atendimento Pré Hospitalar.


CCE - Central de Controle de Comunicação a Emergência.

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES

Operador da CCE

 O operador da CCE após receber a informação sobre a emergência deve:

 Acionar de imediato a equipe de emergência, informando o que está


acontecendo e o local exato da ocorrência;
 Garantir que a equipe recebeu a comunicação e foi iniciado o deslocamento
para o local;
 Se necessário, fazer contato com a área para coletar mais informações sobre a
ocorrência;
 Se houver risco de ambiente energizado solicitar a presença de um eletricista
no local;
 Manter a equipe atualizada com as novas informações que forem chegando à
CCE;
 Comunicar a emergência via mensagem para as pessoas que estão
relacionadas no fluxo de comunicação.

Bombeiro Civil Líder

 Garantir a triagem de risco do ambiente;


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 Coordenar todas as atividades da emergência;


 Durante os atendimentos manter contato permanente com os demais membros
do grupo;
 Seguir orientações descritas nas Instruções de Trabalho e no Plano de
Atendimento a Emergências da Vale;
 Garantir uma busca no local para verificar a existência de pessoas presas ou
impossibilitadas de fuga e providenciar o resgate;
 Garantir atendimento médico pré-hospitalar às vítimas;
 Providenciar o transporte da(s) vítimas para o ambulatório / hospitais;
 Solicitar o isolamento da área e manter vigilância para evitar a presença de
estranhos no local;
 Definir os tipos de equipamentos, materiais que serão utilizados na
emergência;
 Solicitar material de apoio (veículos de suporte, equipamentos, fitas de
isolamento, cavaletes, cones, transporte de acidentados, etc.);
 Informar a CCE o término da emergência para que seja retornado com a
comunicação normal.

Bombeiros

 Realizar a triagem de risco do ambiente;


 Avaliar a possibilidade de novos deslizamentos de terra antes do acesso às
possíveis vítimas e informar ao líder sobre as alterações encontradas;
 Garantir e certificar que o local da ocorrência esteja seguro antes de iniciar o
acesso às possíveis vítimas;
 Solicitar apoio de máquinas e equipamentos que garantam a estabilização de
pontos que apresentem novos riscos de deslizamentos;
 Providenciar ou solicitar a fixação de escoras se necessário;
 Fazer uso de vestimenta e equipamentos específicos e apropriados para o
resgate em locais soterrados;
 Realizar resgate de pessoas presas ou impossibilitadas de fuga;
 Realizar o atendimento inicial médico pré-hospitalar as vítimas;
 Deslocar as vítimas até uma local seguro para que a equipe médica dê
continuidade no atendimento;
 Utilizar os equipamentos e materiais de acordo com as orientações do líder;
 Utilizar os EPI´s básicos e específicos de acordo com os riscos;
 Manter contato permanente com o líder;

Acionamento de cadeia de ajuda

 Diante de situações onde seja necessária a tomada de decisão por um dos


membros da Brigada e sejam apresentadas dúvidas, não faça, recorra à cadeia
de ajuda, sendo que os operadores de CCE e bombeiros devem procurar os
líderes e os líderes devem procurar o supervisor de brigada.

Resgate de Vítimas – Conceito

 O regate de vítimas é realizado quando acontecer um acidente ou evento onde


as pessoas não conseguem sair por estarem presas, por não conseguirem se
locomover ou devido os acessos de saída estiverem obstruídos. Ex: Homem ao
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mar, pessoas presas em elevador, pessoas acidentadas no interior de espaços


confinados, pessoas presas em ferragens de veículos e aeronaves,
soterramento e outros.

Operação e Equipamentos

 Dependendo da situação e do tipo de ocorrência, podem ser utilizados vários


tipos de equipamentos e materiais que terão a finalidade de auxiliar no
atendimento e resgate da vítima de soterramento como: pás, enxadas,
enxadão, trava quedas de resgate, bolsa com equipamentos de resgate em
altura, cordas apropriadas, freios “8”, Sked, cinto tipo paraquedista, cabo-
solteiro, prancha rígida, mosquetões, cadeirinhas, guinchos e outros recursos
adicionais se necessários, EPI´s e EPC´s necessários e indispensáveis além
das técnicas de descida (rapel, tirolesa, descida dupla e etc.), maca offshore,
maca SKED, prancha rígida, fraldão de resgate, maca KED, colar cervical,
ambu, lanternas, tifor, talha tipo alavanca, alicate de corte a frio etc.
 Outros meios utilizados: moto niveladora, pá carregadeira, trator de esteiras,
caminhão de bombeiros, caminhão munck, guindaste, helicópteros etc.

Ponto de ambulância

 Os condutores devem procurar um local plano e apropriado para o


estacionamento da viatura e garantir que o mesmo seja seguro para manobrar.
 É importante que os condutores liguem os sinalizadores e sirenes das viaturas
ao entrarem no acesso.
 Informar a chegada da equipe de emergência no local e garantir um tempo
resposta de qualidade na ocorrência.

Disponibilidade de recursos para os atendimentos a emergência

 Durante o atendimento o Bombeiro Líder deve garantir o envio de todos os


recursos necessários para a execução dos procedimentos a serem aplicados.
 Devem ser direcionadas as equipes das estações mais próximas da área
informada.
 O Bombeiro líder deve coordenar o atendimento.

Dificuldade de resgate

 Solicitar apoio da área referente aos equipamentos específicos como: botes


salva vidas, barco com motor de popa ou helicóptero caso haja a necessidade.
 A equipe só deverá acessar a vítima após garantir que todas as medidas de
segurança tenham sido adotadas e aplicadas.

Resgate de vítima - Procedimentos

 O acesso à vítima será realizado somente após certificar que não haja riscos
de novos deslizamentos de terra e que os taludes, bermas ou leras estejam
devidamente escorados e estabilizados;
 A equipe de Saúde só deve acessar a vítima após a retirada da mesma do
local e após ser realizada a avaliação do cenário pelos bombeiros.
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 Nos casos de descida por cordas de resgate, utilizar sempre duas cordas
(corda dupla), onde deverá ter o “homem segurança” que terá o controle da
descida;
 Quando o resgate for através de escadas, utilizar uma das mãos no corrimão;
 Em nenhuma hipótese, duas pessoas deverão descer através da mesma corda
ao mesmo tempo;
 Enquanto realizar as atividades de amarrações e atendimento a vítima, todos
devem fazer uso do cinto de segurança com duplo talabarte os quais devem
estar “clipados” e de preferência em dois pontos diferentes;
 Durante a descida a vítima deve permanecer sempre com a cabeça mais alta
do que o restante do corpo;
 Quando houver a necessidade de um bombeiro descer acompanhando a vítima
através de cordas, este deverá coloca-se ao lado ou à frente na posição
vertical sentido aos pés da vítima;
 O primeiro membro da equipe de emergência que chegar ao local deve verificar
a quantidade de vítimas e estado das mesmas, em seguida informar à CCE;
 Atender a vítima de acordo com os protocolos de APH;
 Após conseguir o acesso, estabilizar a cabeça da vítima a fim de preservar a
coluna cervical, em seguida instalar o colar cervical, verificando e monitorando
os sinais vitais, aplicar o KED imobilizador de coluna caso seja avaliado a
necessidade de uso do mesmo;
 Durante a estabilização da coluna cervical o socorrista deve iniciar o diálogo
com a vítima a fim de verificar as condições neurológicas da mesma;
 O profissional da saúde deve iniciar de imediato a regulação médica para
definição do procedimento a ser adotado;
 Realizar a retirada e transporte da vítima até um local seguro para fixação e
imobilizações na prancha rígida se necessário;

ESPECIFICAÇÕES

Riscos e Medidas de Controle

 Durante o acesso ao local

 Durante o acesso ao local para atender as vítimas deve ser realizado uma
avaliação do cenário a fim de identificar os riscos potenciais, além dos citados
abaixo.

Riscos – Tombamento e capotamento das viaturas.

Medida

 Os caminhões de bombeiro e as ambulâncias não devem acessar locais que


apresentem características de terrenos arenosos ou cobertos por água ou
outro material que dificulte a visualização e avaliação do local.
 Atentar para sinalização da via e orientação dos colaboradores da área.
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 Nos declives os veículos devem estar traçados e com o freio motor acionado
(caminhões de bombeiros).

Riscos – Colisão com outros veículos.

Medida

 Solicitar a paralisação dos veículos para o acesso rápido e seguro das


viaturas.
 Evitar proximidade de outros veículos.
 Realizar manobras em marcha ré somente com balizador.

Riscos – Atropelamento

Medida

 Atentar para pessoas se deslocando a pé, buzine antes e aguarde o pedestre


se posicionar.

 Durante a chegada no local

 Durante a chegada no local para atender as vítimas deve ser realizado uma
nova reavaliação do cenário, a fim de identificar riscos potenciais, além dos
citados abaixo.

Riscos – Vazamento de combustível

Medida

 Realizar contenção e absorção, eliminar as fontes de ignição e manter


extintores de prontidão.

Riscos – Equipamento energizado

Medida

 Solicitar o desligamento do equipamento para que possa haver a intervenção


no mesmo.

Riscos – Estabilidade de solo


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Medida

 Analisar o solo antes de acessar a vítima verificando a estabilidade do mesmo.


Nos casos de instabilidade do solo deve ser solicitado o apoio dos
responsáveis da área para disponibilizar outros equipamentos, a fim de garantir
a estabilidade.

Riscos – Queda de arvores

Medida

 Utilizar moto poda para cortar galhos.

Riscos – Tombamento de veículos

Medida

 Utilizar recursos de sustentação para evitar a movimentação do equipamento.

RESPONSABILIDADES E ATRIBUIÇÕES

Supervisor de Brigada

 Garantir a divulgação deste protocolo para todos os Líderes, Bombeiros e


Operadores da CCE;
 Disponibilizar os recursos necessários para o cumprimento deste protocolo;
 Implementar as ações corretivas e oportunidades de melhoria identificadas.

Bombeiro Líder

 Garantir o preenchimento dos registros que estão sob a responsabilidade dos


operadores da CCE;
 Assegurar o cumprimento deste protocolo.

Operador da CCE
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 Cumprir o fluxo de comunicação de emergência.


 Preencher os relatórios e registros devidos.

Equipe de bombeiros

 Cumprir este protocolo;


 Realizar o atendimento atentando para os riscos identificados nas instruções e
adotar as medidas de controle como prevenção de acidentes;
 Comunicar o Bombeiro Líder qualquer alteração ou situação diferente das
citadas neste protocolo;

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