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TRANSPORTE AEROMÉDICO
CONTEXTUALIZANDO
Uma equipe de resgate aéreo foi acionada para atender um jovem que
estava praticando rafting em um rio passando por uma corredeira. Um dos
integrantes que estava no bote de rafting teve uma queda e bateu seu capacete
em uma pedra, perdendo a consciência por alguns minutos. Seus amigos o
retiraram da água, colocando-o na margem do rio, porém, eles estavam no meio
de um cânion, sem sinal para celular. Decidiram então subir em uma das
paredes do cânion para acessar um ponto alto onde havia sinal de celular e
acionaram a equipe de resgate.
Quando a equipe se aproximou do local do acidente, puderam pousar
onde os amigos conseguiram o sinal de celular. Ao pousar, a equipe de
atendimento foi comunicada que a vítima estava na parte baixa do cânion
gravemente ferida.
Neste tipo de missão, encontramos várias dificuldades, que iremos
solucionar no decorrer da aula.
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1.1 Atendimento primário (APH primário)
O atendimento primário, conhecido como APH primário, é a realização
dos primeiros atendimentos às vítimas, sejam elas de trauma ou de emergências
clínicas.
Atualmente nessa modalidade de APH primário tem ocorrido uma grande
expansão nos serviços, devido ao menor tempo de transporte até o hospital de
referência, prática muito utilizada para atendimento em rodovias, em que o
deslocamento até o hospital mais próximo fica superior ao tempo de 30 minutos.
Nesse caso, a equipe irá prestar o primeiro atendimento às vítimas, iniciando
sua imobilização, estabilizando-a e removendo assim que a vítima estiver
estável, seguindo os protocolos de ATLS (advanced trauma life support ou
suporte avançado à vida no trauma) e ATCN (advanced trauma care for nurses
ou suporte avançado de vida no trauma para enfermagem). A equipe do APH
primário se restringe a dois profissionais da saúde, um médico e um enfermeiro,
dando assim suporte avançado de vida a essa vítima.
No APH primário, o atendimento deverá ser realizado com aeronaves de
asa rotativa, devido aos locais de pouso, podendo ser em rodovias, praias,
campos, montanhas, entre outros locais.
Fonte: <http://www.pilotopolicial.com.br/goarj-realiza-salvamento-aquatico-em-copacabana/>.
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2.3 Resgate pairado
O resgate pairado é definido como o embarque de pessoas ou vítimas
com a aeronave em voo totalmente parada no ar. Isso ocorre devido às más
condições da superfície para pouso e, com isso, a aeronave de asa rotativa não
tem condições de tocar totalmente os dois trens de pouso na superfície.
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Figura 4 – Cesto para resgate
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2.6 Resgate em montanha
O resgate em montanha é uma associação de todas as técnica descritas
anteriormente, pois, como se trata de uma área inóspita, na grande maioria não
possui um local seguro para pouso, sendo feito o resgate pairado, ou em
algumas situação poderá ser realizado o resgate com cesto. De acordo com a
gravidade da vítima, será realizado o resgate com maca vertical.
Para a realização desse resgate, deverá ser feita uma avaliação pelo
comandante da aeronave, pois muitas vezes as condições climáticas não
permitem a aproximação da aeronave em ambiente montanhoso. Situações tais
como: mudança de direção do vento, neblina, horário do resgate, tripulação
capacitada para tal atividade.
Figura 7 – Resgate em montanha
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Figura 7 – Resgate em rodovia
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d. Toda e qualquer aproximação da aeronave será ser autorizada pelo
comandante. Sendo assim, aguardar o sinal para saber se poderá
aproximar seja com o roto ligado ou não.
e. Evitar deixar materiais soltos como boné, cobertores, cintas de fixação,
canetas, prancheta etc.
f. Sempre que se aproximar ou se afastar de um helicóptero, fazer com que
o corpo fique ligeiramente inclinado para frente. Isso evitará que as pás
do rotor principal possam atingir você.
g. Caso ocorra a entrada de poeira nos olhos devido ao pouso, parar, sentar
e aguardar o auxílio de um tripulante.
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Nas missões de resgate, muitas vezes o pouso é ocasionado em áreas
não homologadas, como áreas urbanas, rurais ou florestas. Esse pouso
realizado em locais não homologados é amparado pela IMA – 100/4 e pela
RBHA 91, subparte “K”. Porém, esse pouso e essa decolagem em locais não
homologados são de responsabilidade do comandante da aeronave.
A escolha de uma ZPH é determinada por alguns fatores, tais como:
Dimensão da área de toque mínima de 17m X 17m.
A área está completamente livre?
Topografia do terreno é compatível para pouso?
Como são as características do solo e/ou vegetação da área de pouso?
Solo compatível com o peso da aeronave?
Barrancos, entulhos, alagados, areia etc.?
Facilidade de isolamento?
Em geral, só será estabelecida uma ZPH quando forem asseguradas as
seguintes regras:
A viabilidade técnica para pouso e a posterior decolagem.
A segurança da tripulação, da aeronave, do pessoal envolvido na
ocorrência e do público geral que se encontra nas proximidades do
evento.
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TEMA 5 – CUIDADOS COM O PACIENTE
Na remoção de paciente com aeronaves de asa rotativa, deverão ser
tomados alguns cuidados especiais, tais como:
Manter o paciente dentro da ambulância antes do pouso da aeronave, de
preferência para a equipe de atendimento da aeronave avaliar a vítima
dentro da ambulância antes mesmo de realizar sua remoção até a
aeronave.
Imobilizar firmemente o paciente na maca rígida, principalmente sua
cabeça.
Fixar a maca rígida na maca da aeronave somente quando autorizado
pelo comandante.
Cobrir o paciente com manta térmica, não deixando parte da manta solta.
Antes de entrar com o paciente na aeronave, deixar todos os soros fixos
no corpo do paciente, quando esse paciente estiver dentro da aeronave.
Fixar os soros em seus devidos suportes dentro da aeronave.
Colocar os equipamentos rente ao corpo do paciente, não deixando cabos
soltos.
Proteger membros imobilizados, evitado assim qualquer contato do
membro com alguma parte da aeronave.
Não deixar o paciente perder temperatura, aquecê-lo o bem, pois durante
o voo a temperatura irá abaixar na altitude.
Caso paciente esteja entubado, lembrar-se de trocar o ar por água.
Paciente entubado deverá permanecer sedado durante o voo. Lembrar-se
de mantê-lo contido sobre prescrição médica.
Redobrar a atenção com a fixação do tubo de pacientes entubados, pois
devido a vibrações, este poderá se deslocar.
Verificar a possibilidade de manter dois acessos venosos de grosso
calibre, pois a fixação deste no paciente deverá estar em perfeito estado.
Colocar protetor auricular antes de acomodar o paciente dentro da
aeronave.
Em situação de paciente com dreno de tórax, evitar deixá-lo fechado e
manter sempre o sistema coletor abaixo do nível do paciente. Se possível,
utilizar o dispositivo de fluxo único.
Em caso de paciente politraumatizado, dar preferência para realizar o voo
com as portas da aeronave fechadas.
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Verificar se todo seu material de atendimento está acomodado dentro dos
compartimentos da aeronave.
Posicionar o monitor e respirador em local de fácil visibilidade para a
equipe de atendimento.
Por fim, para realizar o voo com segurança, deve-se evitar a realização de
procedimentos durante o voo, como demonstrado anteriormente. As aeronaves
de asa rotativa não possuem espaço para realização de grande procedimento,
providencie estabilidade do paciente em solo.
FINALIZANDO
O resgate com aeronave de asa rotativa é uma modalidade na qual a
equipe deve estar preparada para diversas situações, pois os profissionais serão
deslocados para operações de resgate aquático, em áreas remotas, em
rodovias, em qualquer lugar que se exigir uma remoção mais rápida.
Sendo assim, é importante e obrigatório que o profissional esteja
atualizado constantemente a respeito das novas técnicas de atendimento e de
resgate.
Por ser uma área nova da saúde, constantemente estão surgindo novas
descobertas que irão proporcionar um atendimento melhor aos pacientes que
necessitam de transporte aeromédico.
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REFERÊNCIAS
OLIVA, R.; Valoracion inicial del paciente com trauma grave. In: MORAZA, A. S.;
AYUSO, D. F. Manual de helitransporte sanitario. Barcelona: Elsevier, 2008.
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