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PRIMEIROS SOCORROS

NA AVIAÇÃO
Área Técnica; 20 horas.

Prof. CMO Vinícius Mengal


PRIMEIROS SOCORROS
NA AVIAÇÃO
Área Técnica; 20 horas.

Prof. CMO Vinícius Mengal


MANUAL DO CURSO DE COMISSÁRIO DE
VÔO - 2005

MCA 58-11/2005 (69)


7.3.10 DISCIPLINA: PRIMEIROS SOCORROS NA AVIAÇÃO CIVIL

🡪 Área curricular: Técnica Carga horária: 20 h-a

a) Objetivos específicos: ao final da disciplina, o aluno deverá ser capaz


de
atingir os objetivos específicos constantes no item c – Objetivos
Específicos e conteúdo programático:
● Unidade 01 Introdução;
● Unidade 02: Suporte básico de vida;
● Unidade 03: Emergências clínicas.
● Unidade 04: Emergências traumáticas.

b) Ementa
● Introdução.
● Suporte básico de vida.
UNIDADEI – INTRODUÇÃO AOS
PRIMEIROS SOCORROS
● 1.1 Primeiros socorros – Definição
● 1.2 A prestação de primeiros socorros pelo comissário de vôo como parte integrante de seu
encargo relativo à segurança e ao atendimento do passageiro a bordo – Alínea f do Art. 6º
da Lei nº 7.183/84
● 1.3 Importância do treinamento em primeiros socorros – O treinamento em primeiros
socorros como
parte do treinamento de emergência para tripulantes, segundo o RBHA 121: 121. 417 (b) (2)
(ii) e (iv)
● 1.4 Providência inicial a ser tomada pelo comissário de vôo quando da necessidade de
prestação de primeiros socorros: acionamento de outros tripulantes e de médicos e/ou
enfermeiros a bordo
● 1.5 Principais recursos disponíveis na aeronave
● 1.5.1 Conjunto Médico de Emergência como parte integrante do Conjunto de Sobrevivência
na Selva e do Conjunto de Sobrevivência no Mar – Aplicabilidade. Conteúdo. Importância do
controle
● 1.5.2 Conjunto de Primeiros Socorros – Aplicabilidade. Conteúdo. Importância do controle
● 1.5.3 Sistema portátil de oxigênio medicinal ou terapêutico – Finalidade. Componentes.
Procedimentos a serem realizados pelo comissário de vôo para a utilização por passageiro
● 1.5.4 Sistema portátil de oxigênio de emergência
● 1.5.4.1 Finalidade. Componentes. Procedimentos a serem realizados pelo comissário
de vôo para utilização
EMERGÊNCIA A BORDO
🡪 Os homens não possuem asas. Mas nós construiremos, e então
poderemos voar - Afirmou o pai de Ícaro. O mito de Dédalo e Ícaro.

🡪 Emergência, do Latim emergentia, quer dizer ato


de emergir. Mas em Aviação Civil nos referimos
a toda situação anormal que põe em risco a
segurança da aeronave e de seus ocupantes; a
Bordo está relacionado com estar internamente
em uma aeronave ou no percurso até a mesma.
DESPRESSURIZAÇÃO DE CABINE
🡪 Pressurizar, é manter através de processos mecânicos,
pressão compatível com a fisiologia humana, dentro de um
espaço hermeticamente fechado destinado a operar em
grandes altitudes ou grandes profundidades, permitindo a
respiração humana.

🡪 A despressurização é a perda da pressurização da cabine,


ou seja, a saída de ar de um meio de maior pressão para um
meio de menor pressão, fazendo com que a pressão interna
da cabine se iguale a do meio externo, evidenciado por
formação de neblina no interior da cabine.

🡪 Tipos de Pressurização:
🡪 Lenta:
🡪 Rápida:
🡪 Explosiva:
FOGO A BORDO
🡪Fogo é um fenômeno que consiste no
desprendimento de calor e luz produzidos pela
combustão de um corpo (FERREIRA, 1990).

🡪 É uma reação química, acompanhada de luz e calor


que só ocorrerá quando estiverem presentes três
elementos básicos:
🡪 Combustível;
🡪 Comburente; e
🡪 Oxigênio;
TURBULÊNCIA
🡪 Segundo a Federal Aviation Administration (FAA),
turbulência é o movimento ascendente e
descendente do ar que normalmente não pode ser
visto e frequentemente ocorre inesperadamente.
🡪 Pode ser formada por: 🡪 Pode ser dividida em:
🡪 Pressão Atmosférica;
🡪 Jatos de Ar; 🡪
Pressão Atmosférica;
🡪 Ventos Próximos a
🡪 Turbulência Leve;
Montanhas;
🡪 Turbulência Moderada;
🡪 Frentes Frias e Quentes;
🡪 Tempestades; 🡪 Turbulência Severa;
TRANSPORTE DE ARTIGOS PERIGOSOS
NA CABINE
🡪 A RBAC nº 175 aborda assuntos pertinentes ao
Transporte de Artigos Perigosos em Aeronaves
Civis segundo Resolução nº 129, de 8 de dezembro de
2009, publicada no Diário Oficial da União, N° 235, S/1, de
09/12/2009.

🡪 Artigos Perigosos são artigos ou substâncias capazes de


apresentar um risco significativo a saúde, segurança ou
propriedade quando transportada por via aérea.

🡪 ANEXO 18 – TRANSPORTE DE CARGAS PERIGOSAS


EVACUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

🡪 É a saída dos passageiros do interior de uma


aeronave em qualquer situação anormal.
EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
🡪 Emergência, do Latim emergentia, quer dizer ato de
emergir. Mas em medicina nos referimos a um estado
de emergência onde existe o risco iminente de morte.
🡪 Hipóxia Hipobárica;
🡪 Aerodilatação/Aerobarotrauma;
🡪 Aeroembolismo;
🡪 Desmaios;
🡪 Emergências Cardiológicas;
🡪 Convulsão;
🡪 Alcoolismo;
🡪 Hiper e Hipoglicemia;
🡪 Urgências Obstétricas;
EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
🡪 Trauma é definido como toda lesão que ocorre em um
tecido ou órgão provocada por ação de uma violência
direta ou indireta.

🡪 Lesão de extensão, intensidade, gravidade variáveis que


pode ser produzida por agentes diversos e deforma
intencional ou acidental.

🡪 Traumatismo aberto;
🡪 Traumatismo fechado;
HISTÓRICO DE ACIDENTESAÉREOS
BRASILEIROS
● 3 de setembro de 1928 – Primeiro acidente da aviação comercial brasileira.
● 25 de setembro de 1932 – Primeiro sequestro de aeronave brasileira;
● 15 de agosto de 1938 – Morre o primeiro piloto brasileiro de aviação comercial;
● 8 de novembro de 1940;
● 27 de agosto de 1943 – Dos 18 paxs a bordo, 15 faleceram.
● 23 de dezembro de 1946 – Dos 21 paxz a bordo, 20 faleceram;
● 28 de julho de 1950 – Um dos maiores desastres até o momento, com 51 mortos;
● 30 de janeiro de 1979 – Um Boing 707-323C operado pela Varig desapareceu e é considerado
um dos maiores mistérios da aviação cívil até hoje (o piloto era o mesmo do Voo Varig
RG-820 de 11 de julho de 1973 que teve que realizar um pouso de emergência com 123
mortes e 11 sobreviventes (10 tripulantes dentre eles).
● 29 de setembro de 1988 – Voo 375 VASP feito por um Boing 737-300 é sequestrado levando a
morte do
então presidente José Sarney.
● 21 de março de 1989 – Boing 707 cai deixando 25 mortos e mais de 100 feridos;
● 03 de setembro de 1989 – Boing 737-200,Voo Varig 254 realiza um pouso forçado sobre
a vegetação da floresta Amazônica causando a morte de 12 ocupantes e o ferimento de
42.
● 09 de julho de 1997 – Uma bomba dentro da aeronave explode em um voo partindo de Vitória
causando um rompimento da fuselagem e um óbito a bordo;
● 29 de setembro de 2006 – Voo Gol 1907 causa 154 mortes.
● 17 de julho de 2007 – Voo TAM 3054 derrapa na pista e colide com prédio causa 199 vítimas
fatais.
● 25 de maio de 2009 – Airbus A330 da TAM sofre turbulência deixando 21 feridos a bordo;
PRIMEIROS SOCORROS
● Primeiros Socorros são os procedimentos de emergência
aplicados às vítimas de
🡪 qualquer acidente ou mal súbito antes do atendimento
médico, visando manter os sinais vitais e evitando o
agravamento da situação da vítima.
LEI Nº 7.183/84
● Art. 6 - São tripulantes

● a) Comandante;
● b) Co-Piloto;
● c) Mecânico de Vôo;
● d) Navegador;
● e) Radioperador de Vôo; e
● f) Comissário: é o auxiliar do Comandante, encarregado do cumprimento das
normas relativas à segurança e atendimento dos passageiros a bordo e da
guarda de bagagens, documentos, valores e malas postais que lhe tenham sido
confiados pelo Comandante.
● § 1º - A guarda dos valores fica condicionada à existência de local apropriado e seguro
na
aeronave, sendo responsabilidade do empregador atestar a segurança do local.
● § 2º - A guarda de cargas e malas postais em terra somente será confiada ao
comissário
quando no local inexistir serviço próprio para essa finalidade.
● Art. 7º - Consideram-se também tripulantes, para os efeitos desta Lei, os
operadores de equipamentos especiais instalados em aeronaves homologadas
para serviços aéreos
RBHA 121 - REQUISITOS OPERACIONAIS: OPERAÇÕES
DOMÉSTICAS, DE BANDEIRA E SUPLEMENTARES
● 121.417 - TREINAMENTO DE EMERGÊNCIA PARA TRIPULANTES
● (b) O treinamento de emergência deve proporcionar o seguinte:
● (1) instruções e procedimentos para as funções alocadas a cada tripulante
em condições de emergência, incluindo a coordenação entre os
tripulantes nessas ocasiões.
● (2) instrução individual sobre localização, função e operação de
equipamento
de emergência, incluindo:
● (ii) equipamentos de primeiros socorros e sua apropriada utilização;
● (iv) saídas de emergência operadas no modo emergência, com as
escorregadeiras/bote instaladas (se aplicável), com ênfase no treinamento
de operação das saídas sob condições adversas.
● (3) instruções e procedimentos para lidar com situações anormais ou de
emergência incluindo:
● (i) descompressão rápida;
● (iv) enfermidades, contusões, ferimentos e outras situações envolvendo
passageiros ou tripulantes, incluindo familiarização com o conjunto de
emergências médicas;
● O comissário de vôo, figura responsável pela segurança e
pelo atendimento desse público, deve estar preparado
para agir diante de uma manifestação de emergência
médica a bordo, estabilizando a vítima com
procedimentos não invasivos adequados até que a
mesma seja entregue aos profissionais da área médica.
PRINCIPAIS RECURSOSDISPONÍVEIS
NA AERONAVE
● RBHA 121 - 121.309 - EQUIPAMENTOS DE EMERGÊNCIA
● (d) Cada avião deve possuir conjuntos de primeiros socorros,
equipamentos de atendimento médico e luvas protetoras
como se segue:

● (1) conjuntos de primeiros socorros e um conjunto


médico de emergência, aprovados, para tratamento de
ferimentos e indisposições possíveis de ocorrer em vôo
ou em acidentes menores.Tais conjuntos devem
atender às especificações e requisitos do apêndice A
deste regulamento.
● (2) pares de luvas protetoras de látex, ou luvas
impermeáveis equivalentes, em número igual ao número de
conjuntos de primeiros socorros existentes a bordo,Tais
luvas devem ser distribuídas ao longo do avião tão
RBHA 121 - APÊNDICE C - CONJUNTOS DE
SOBREVIVÊNCIA NO MAR E NA SELVA
● (a) Conjunto de sobrevivência no mar. Os conjuntos de sobrevivência
no mar, requeridos por 121.339(c), devem atender aos seguintes
requisitos e especificações:

● (4) Cada conjunto deve conter, pelo menos:


● (iv) Material para primeiros socorros, contido em estojo à prova d’água,
apropriado para fazer curativos e para medicar queimaduras, enjôo e
dores (analgésico);
● (vi) Qualquer outro material julgado conveniente pela empresa, em função
da rota
de vôo.

● (b) Conjunto para sobrevivência em regiões desabitadas ou selva.

● (4) Cada conjunto deve conter, pelo menos:


● (vii) Conjunto de 1º socorros e lanterna (podem ser computados aqueles
exigidos
pelos parágrafos 121.309(d) e 121.310 (1); e
RBHA 121 - APÊNDICE A - CONJUNTO DE PRIMEIROS
SOCORROS E CONJUNTO MÉDICO DE EMERGÊNCIA
● (a) Os conjuntos de primeiros socorros aprovados, requeridos por
121.309(d)(1), devem atender às seguintes especificações e requisitos:

● (1) cada conjunto deve ser acondicionado em um estojo à prova de


umidade e poeira e deve conter o material constante na tabela do
parágrafo (a)(4) deste apêndice, observado, sempre que aplicável, os
prazos de validade dos mesmos.
● (2) os conjuntos de primeiros socorros devem ser distribuídos tão
regularmente quanto possível ao longo do avião e devem ser
prontamente acessíveis aos comissários de bordo.
● (3) o número mínimo de conjuntos de primeiros socorros requeridos é o
seguinte:
RBHA 121 - REQUISITOS OPERACIONAIS: OPERAÇÕES
DOMÉSTICAS, DE BANDEIRA E SUPLEMENTARES
● (4) cada conjunto de primeiros socorros deve conter, o material constante
da seguinte tabela ou substitutos que satisfaçam às funções listadas:
SISTEMA PORTÁTIL DE OXIGÊNIO
DE TERAPÊUTICO e DE EMERGÊNCIA
● Tem como finalidade atender os ocupantes da aeronave
que se encontrem com insuficiência respiratória .
● É composto com cilindros portáteis com capacidade de 311
litros,
de coloração verde.
● Quando carregados em sua capacidade normal, indicarão
no
manômetro 1800psi a 21ºC.
● Cada cilindro está equipado com uma alça de lona
para seu transporte e possui duas saídas de fluxo
contínuo:

🡪 Verde (LO): Fluxo de 2L/min;


🡪 Vermelha (HI): Fluxo de 4L/min;

● A máscara é do tipo oro-nasal e misturadora,


SISTEMA PORTÁTIL DE OXIGÊNIO DE
TERAPÊUTICO e DE EMERGÊNCIA
OPERAÇÃO:

● Retirar o cilindro, colocá-lo na posição vertical;


● Abrir o invólucro da máscara;
● Adaptar o pino de encaixe da mangueira ao cilindro, forçando até
escutar um clique!
● Girar a válvula de abertura no sentido anti-horário;
● Verificar se o fluxo está saindo normalmente;
🡪 Indicador VEMELHO: Obstrução da máscara;
🡪 Indicador VERDE: Liberação à passagem do fluxo;
● Limpar o rosto do passageiro com pano úmido;
● Ajustar a máscara ao rosto do passageiro; **
● Fixar a tira elástica ao redor da cabeça;
● Orientar que o mesmo respire normalmente;

Após seu uso, girar a válvula no sentido horário, recolocar o cilindro


no local
CILÍNDRO DE OXIGÊNIO DE EMERGÊNCIA/TERAPÊUTICO
VERIFICAR: LOCALIZAÇÃO; NÚMERO DE 02 MÁSCARAS POR CILINDRO; MANÔMETRO
INDICANDO “FULL” (CHEIO).
BASIC LIFE
SUPORT
(BLS)
UNIDADE II – SUPORTE BÁSICO DE
VIDA
• 2.1 Suporte Básico de Vida – Definição

• 2.2 Obstrução de vias aéreas superiores por corpo estranho

• 2.2.1 Definição
• 2.2.2 Sinais. Sintomas. Procedimentos corretivos não invasivos apropriados a serem

executados pelo comissário de vôo para desobstrução em bebês (até um ano), em

crianças (de um a oito anos), em adultos (com mais de oito anos), em gestantes e em

obesos, segundo protocolos da American Heart Association

• 2.3 Parada respiratória e parada cárdio-respiratória

• 2.3.1 Definições. Sinais. Sintomas


• 2.3.2 Procedimentos corretivos não invasivos apropriados, segundo protocolos da

American Heart Association, a serem executados pelo comissário de vôo em bebês, em

crianças e em adultos.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
• É o conjunto de medidas e procedimentos técnicos que
objetivam o suporte de vida à vítima, tornando-se
essencial durante a espera do atendimento avançado.
• 1. Ativação do sistema de serviço médico de emergência;

• 2. Avaliação da vítima com perda súbita da consciência e


realização de manobras para sustentação das vias aéreas,
respiração e circulação;

• 3. Tentativa de desfibrilação de pacientes com fibrilação


ventricular ou taquicardia ventricular utilizando desfibrilador
externo automático;

• 4. Reconhecimento da vítima com obstrução de via aérea por


corpo estranho e realização de manobras de desobstrução,
conforme indicado.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
✔ AVALIAÇÃO DO CENÁRIO: Consiste
avaliação minuciosa por de toda cena na
emergência, possibilitando eliminar
🡪 minimizar as situações de risco existentes.
de
ou
🡪 Incêndio, explosão, choque elétrico,
contaminação com produtos químicos e
agentes biológicos, intoxicação, asfixia,
atropelamento, ocorrência de novos
acidentes, etc...

✔ AVALIAÇÃO DA VÍTIMA
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
• A - (AIRWAY) PERMEABILIDADE DAS VIAS
AÉREAS E CONTROLE DA COLUNA CERVICAL;

• B- (BREATHING) VENTILAÇÃO. SE RESPIRA E


COMO SE PROCESSA ESSA RESPIRAÇÃO;

• C- (CIRCULATION) VERIFICAR PULSO,


HEMORRAGIA E RISCO DE ESTADO DE CHOQUE;

• D- (DISABILITY) INCAPACIDADE NEUROLÓGICA;

• E- (EXPOSURE) EXPOSIÇÃO DE FERIMENTOS;


AVALIAÇÃO PRIMÁRIA

A-B-C do Trauma
X
C-A-B do Trauma
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA x AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA

• O socorrista deve completar o exame


primário, identificar e tratar as lesões que
ameaçam a vida antes de começar o exame
secundário.

Seu objetivo é identificar lesões ou


problemas que não foram identificados
durante o exame primário.
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA DA
VÍTIMA
OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS
SUPERIORESPOR CORPO
ESTRANHO
• É definida como a dificuldade da passagem de ar
para os pulmões devido a alguma obstrução em
determinada área das vias aéreas superiores.
• Pode ocorrer na forma LEVE ou GRAVE

Apresenta uma troca de ar


Há uma boa troca de ar, inclusive insuficiente, tendo como sinais:
propiciando que a vítima
estimule a tosse para tentar Respiração cada vez mais difícil;
desobstruir a via aérea Tosse fraca e ineficaz;
comprometida. Incapacidade de falar ou respirar;
Pele, unhas das mãos e a parte interna da
Roncos ou Grasnadas poderão ser boca com aspecto arroxeado (cianose).
audíveis.
MANOBRA DE HEIMLICH
PARADA RESPIRATÓRIA

• Cessação dos movimentos respiratórios


(APNÉIA).

• Pode ocorrer por obstrução das vias aéreas;


• Por intoxicação ao Monóxido de Carbono (CO);
• Por depressão do mecanismo de inspiração e
expiração; ou ainda
• Como fenômeno secundário a uma parada
cardíaca.
PARADA RESPIRATÓRIA

• Durante as insuflações Boca-a-Boca, além do


Oxigênio (O2) ofertado há a presença do Dióxido
de Carbono (CO2) que auxilia durante uma
parada Respiratória ao estimular o centro
respiratório.
PARADA CARDIORESPIRATÓRIA

•É a interrupção da circulação sanguínea, decorrente da


suspensão súbita e inesperada dos batimentos cardíacos,
caracterizado principalmente por ausência de pulso e
pupilas dilatadas.

• Quando o coração não funciona corretamente ou para


completamente, o sangue que conduz oxigênio e nutrientes
não chega aos tecidos, fazendo com que órgãos vitais como o
pulmão pare de funcionar por falta de energia.

• Choque circulatório;
• Choque hipovolêmico;
• Trauma;
• Doença cardiovascular e;
• Ooutras.
M
A
N
O
B
R
A

D
E

R
C
P
RCP NO ADULTO
• Avaliar estado de consciência da vítima.
• Vítima inconsciente aciona-se o recurso de orientação médica
motora e/ou médico voluntário a bordo.
• Posicionar a vítima em uma superfície rígida e em decúbito dorsal;
• Abertura das vias aéreas, como hiperextensão do pescoço e protusão
mandibular, caso não haja trauma em cabeça/pescoço.
• Avaliar respiração (VER, OUVIR e SENTIR).
• Caso não respire, aplicar insuflações
• Caso a vítima volte, coloque em posição de segurança para evitar
aspiração, caso não volte a respirar inicia-se a RCP.
• Localiza-se o pulso carotídeo ou radial. Se a vítima apresentar pulso,
aplica-se uma insuflação a cada segundos durante um minuto e
reavalia a vítima.
• Caso não haja pulso, inicia-se as monaboras de compressão torácica
e orienta-se que outro comissário instale o DEA.
• Realizar 15 compressões e 2 insuflações (01 socorrista)
• Realizar 30 compressões e 2 insuflações (02 socorristas)
• As compressões devem deprimir o tórax em 5cm, e mantidas em
ritmo de 100/min.
RCP NO ADULTO

• A sequência de uma
RCP de alta qualidade
será:

🡪Desobstrução das vias aéreas;


🡪Ventilação;
🡪Compressão (massagem).
Algoritmo de
SBV Adulto
simplificado
DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO
(DEA)
• Remova a vítima de ambientes com água e condutores de
eletricidade.
• Ligue o DEA e conecte os eletrodos no peito da vítima.
✔ Caso muitos pêlos, realiza-se a depilação.
✔ Caso haja implantação de marca-passo não colocar por
cima da cicatriz/saliência.
• Pressione o botão “AVALIAR”.
• Pode-se ter “CHOQUE RECOMENDADO” ou “CHOQUE
NÃO RECOMENDADO”.
• Caso “CHOQUE”, será reavaliado podendo indicar
“NOVO CHOQUE” ou “REALIZAR RCP”.

• O DEA somente é utilizado em adultos.


COMO
UTILIZAR O
DEA
RCP NA CRIANÇA

• Ao abrir as vias aéreas basta estender o pescoço


(caso não haja suspeita de trauma).
• As insuflações devem elevar o tórax.
• As compressões são feitas com uma das mãos.
• Os ciclos de RCP são de 5 compressões
para 1 insuflação.

• Em caso de Parada Respiratória, realiza-


se 1 insuflação a cada 3 segundos em 1
minuto.
RCP NO BEBÊ
• Ao abrir as vias aéreas basta estender o pescoço (caso
não haja suspeita de trauma).
• As insuflações devem apenas elevar o tórax, utilizando
somente a quantidade de ar contido nas bochechas.
• Se usar sua boca, coloque-a sobre a boca e nariz do bebê,
mas se usar uma máscara, vire a ponta que aponta para o
nariz no adulto.
• Localize o pulso braquial.
• As compressões são feitas com 2 dedos, entre os
mamilos.
• Os ciclos de RCP são de 5 compressões para 1 insuflação.

• Em caso de Parada Respiratória, realiza-se 1


insuflação a cada 3 segundos em 1 minuto.
RCP DE ALTA QUALIDADE

• Frequência mínima de 100/min.

• Profundidade de compressão
mínimo de 5cm.

• Permitir o retorno total do tórax


após cada compressão.

• Minimizar as interrupções nas


compressões torácicas.

• Evitar ventilação excessiva.


Prof. CMO Vinícius Mengal
UNIDADE III - EMERGÊNCIAS
CLÍNICAS
PROF.º CMO VINÍCIUS MENGAL
UNIDADE III – EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
🡪 3.1 Emergências clínicas – Definição
🡪 3.2 Alterações relacionadas à pressão atmosférica
🡪 3.2.1 Revisão da unidade 2 de “Aspectos Fisiológicos da Atividade do Comissário de Vôo”
🡪 3.2.2 Hipóxia hipobárica – Sinais indicativos da necessidade de primeiros socorros. Procedimentos corretivos apropriados a serem executados pelo comissário de vôo
🡪 3.2.3 Aerodilatação ou aerobarotrauma
🡪 3.2.3.1 Aerodilatação no sistema digestivo, aerodilatação nos seios da face e aerodilatação no ouvido médio – Sinais indicativos da necessidade de primeiros socorros.
Procedimentos corretivos não invasivos apropriados a serem executados pelo comissário de vôo
🡪 3.2.4 Aeroembolismo
🡪 3.2.4.1 Aeroembolismo na forma cutânea, aeroembolismo na forma articular, aeroembolismo na forma pulmonar e aeroembolismo na forma nervosa – Sinais indicativos da
necessidade de primeiros socorros. Procedimentos corretivos apropriados a serem executados pelo comissário de vôo
🡪 3.3 Desmaio – Definição. Sinais precedentes. Sintomas precedentes. Procedimentos preventivos apropriados. Procedimentos corretivos não invasivos apropriados a serem
executados pelo comissário de vôo
🡪 3.4 Principais emergências cardiológicas: angina e infarto agudo do miocárdio – Definições. Sinais. Sintomas. Procedimentos corretivos não invasivos apropriados a serem
executados pelo comissário de vôo
🡪 3.5 Acidentes vasculares cerebrais – Sinais. Sintomas. Procedimentos corretivos não invasivos apropriados a serem executados pelo comissário de vôo
🡪 3.6 Convulsão
🡪 3.6.1 Definição
🡪 3.6.2 Causas: epilepsia, febre alta, traumatismo craniano e mistura e/ou abuso de substâncias químicas
🡪 3.6.3 Procedimentos corretivos não invasivos a serem executados pelo comissário de vôo durante e após a crise
🡪 3.7 Consumo excessivo de álcool – Sinais. Sintomas. Procedimentos corretivos não invasivos a serem executados pelo comissário de vôo
🡪 3.8 Hipoglicemia e hiperglicemia – Definições. Sinais. Sintomas. Procedimentos corretivos não invasivos a serem executados pelo comissário de vôo
🡪 3.9 Dor de orelha – Possíveis causas. Procedimentos corretivos não invasivos a serem executados pelo comissário de vôo
🡪 3.10 Alterações gastrointestinais mais comuns: diarréia, vômito, enjôo/náusea, cólica e azia – Definições. Possíveis causas. Orientação a ser dada ao passageiro pelo comissário de
vôo
🡪 3.11 Doenças alérgicas: asma e choque anafilático – Definições. Sinais. Sintomas. Procedimentos corretivos não invasivos apropriados a serem executados pelo comissário de vôo
🡪 3.12 Alterações orgânicas relacionadas à temperatura corporal: insolação, intermação, hipotermia e hipertermia/febre – Definições. Sinais. Sintomas. Procedimentos corretivos
não invasivos a serem executados pelo comissário de vôo
🡪 3.13 Envenenamento – Definição. Formas: por contato, por inalação, por ingestão e por inoculação. Sinais. Sintomas. Procedimentos corretivos não invasivos a serem executados
pelo comissário de vôo
🡪 3.14 Parto de emergência
🡪 3.14.1 Definição
🡪 3.14.2 Sinais indicativos do início do parto
🡪 3.14.3 Preparo dos recursos materiais necessários. Acomodação da parturiente
🡪 3.14.4 Procedimentos apropriados a serem executados pelo comissário de vôo ao lidar com a parturiente e o feto durante o parto e com a mãe e o bebê após o parto
EMERGÊNCIAS CLÍNICAS

🡪 Emergência, do Latim emergentia, quer dizer ato


de emergir. Mas em medicina nos referimos a um
estado de emergência onde existe o risco
iminente de morte.
✔ A cada momento, cerca de 500.000 pessoas em todo o
mundo utilizam o transporte aéreo.

✔ O comissário tem papel fundamental como elemento de


segurañça dos passageiros, uma vez que a aeronave a 30.000
pés não é o melhor local para se tratar uma emergência
médica, entretanto um pouso de emergência desnecessário
implica em custos para empresa aérea.
ALTERAÇÕES RELACIONADAS À PRESSÃO
ATMOSFÉRICA

🡪 HIPÓXIA HIPOBÁRICA
🡪 Sinais Indicativos da necessidade de primeiros socorros;
🡪 Procedimentos corretivos apropriados a serem executados pelo
comissário.

🡪 AERODILATAÇÃO OU AEROBAROTRAUMA
🡪 Sistema digestivo;
🡪 Seios da face; SINAIS X PROCEDIMENTOS
🡪 Ouvido médio;

🡪 AEROEMBOLISMO
🡪 Cutâneo;
🡪 Articular;
🡪 Pulmonar; SINAIS X PROCEDIMENTOS
🡪 Nervoso;
DESMAIO
🡪 Representam as emergências mais comuns a bordo e raramente se
constituem em ameaça direta à vida.

🡪 Vários mecanismos desencadeiam o desmaio, mas o mais comum é a


síncope vaso-vagal (SVV), caracterizada pela combinação da
diminuição da pressão arterial e da frequência cardíaca.

🡪 É normalmente uma forma de “autoproteção”, porém pode gerar


alguma ferida no momento da queda. Antes de realizar qualquer
procedimento, certifique-se que não há lesões. Consiste na perda
momentânea de consciência, devido a diminuição de sangue e
oxigênio no cérebro, e pode decorrer de queda na pressão, estresse,
medo e outras intercorrências.

PREVENÇÃO PROCEDIMENTOS ADOTADOS PELO COMISSÁRIO


SINAIS E SINTOMAS DO DESMAIO
🡪 Inconsciência;
🡪 Pulso fraco;
🡪 Palidez;
🡪 Sudorese fria;
🡪 Pode ser precedido de tonteiras ou vertigem;

CUIDADOS: Caso a vitima ainda não tenha desmaiado, mas


apresenta os sintomas, oriente que sente e coloque a cabeça entre
as pernas. Caso já tenha desmaiado, mantenha a vitima deitada no
chão e eleve seus membros inferiores. Afrouxar as roupas e
manter o ambiente arejado. Após acordar solicite que continue em
repouso, em posição lateral de segurança, por um tempo, e em
seguida procure o profissional médico.
PRINCIPAIS EMERGÊNCIAS
CARDIOLÓGICAS
🡪ANGINA;
✔ Situações de estresse emocional ou esforço físico fazem
com que o coração trabalhe mais, exigindo maior fluxo de
sangue pelas artérias coronárias para suprir o músculo
cardíaco. O miocárdio, privado de oxigênio, faz o paciente
sentir dor. É a angina pectoris ou dor no peito.

🡪INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM);


✔ Condição em que ocorre necrose (morte) de parte do
miocárdio como resultado da falta de oxigênio. Isso
acontece por estreitamento ou oclusão da artéria
coronária que supre de sangue a região.
SINAIS E SINTOMAS / PROCEDIMENTOS
CORRETIVOS 🡪 ANGINA
🡪 Dor torácica retroesternal ou precordial (às vezes,
desconforto), desencadeada por esforço físico, estresse,
refeição volumosa ou exposição a temperaturas muito frias.
🡪 A dor pode irradiar-se para membros superiores, ombros,
mandíbula e porção superior do abdome. Raramente
ultrapassa dois a cinco minutos, desaparecendo com
repouso e uso de vasodilatador sublingual.

CUIDADOS: Confortar e acalmar o paciente; Mantê-lo em repouso, em


posição confortável; Informar-se sobre o uso do vasodilatador sublingual e
se o tem; Passar os dados clínicos para o médico e aguardar instruções;
Se houver necessidade de transporta-lo, faze-lo sem sirene, devagar e
monitorando sinais vitais e se possível monitorização cardíaca.
SINAIS E SINTOMAS / PROCEDIMENTOS
CORRETIVOS 🡪 IAM
🡪 Dor torácica de forte intensidade, prolongada (30 minutos a várias horas), que
localiza atrás do esterno e irradia-se para o membro superior, ombro, pescoço,
mandíbula, etc. Geralmente o repouso não alivia a dor;
🡪 Falta de ar;
🡪 Náusea, vômitos, sudorese fria;
🡪 Vítima ansiosa, inquieta, com sensação de morte iminente;
🡪 Alteração do ritmo cardíaco – bradicardia, taquicardia, assistolia, fibrilação
ventricular;
🡪 Na evolução, a vítima perde a consciência e desenvolve choque cardiogênico.
CUIDADOS: Assegurar vias aéreas;Tranquilizar a vítima – abordagem
calma e segura (objetiva diminuir o trabalho do coração); Mantê-la
confortável, em repouso absoluto. Não permitir seu deslocamento;
Administrar oxigênio; Examinar sinais vitais com freqüência;
Monitorização cardíaca; Conservar o calor corporal; Solicite um médico a
bordo;Transporte imediatamente, de forma cuidadosa, calma; Em vítima
inconsciente por parada cardiopulmonar, iniciar manobras de RCP.
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
(AVE)
🡪 É uma desordem do sistema cardiovascular, causada por
oclusão ou ruptura de um dos vasos que suprem o cérebro
de sangue. Embora ocorram predominantemente nas
pessoas mais idosas, freqüentemente surpreendem jovens,
comprometendo sua capacidade laborativa.

🡪 AVE ISQUÊMICO;
✔ AVE HEMORRÁGICO
SINAIS E SINTOMAS / PROCEDIMENTOS
CORRETIVOS 🡪 AVE
🡪 Dependem do vaso lesado e da importância funcional da área
cerebral envolvida. Podem surgir:

✔ Cefaléia, tontura, confusão mental;


✔ Perda de função ou paralisia de extremidades (geralmente de um
lado do corpo);
✔ Paralisia facial (perda de expressão, geralmente de um lado da face,
com defeito na fala);
✔ Anisocoria, pulso rápido, respiração difícil, convulsão, coma.
CUIDADOS: Assegurar abertura e manutenção de vias aéreas;
Tranqüilizar o paciente e mantê-lo em repouso; Monitorar sinais vitais;
Reavaliar nível de consciência e escala de Glasgow; Não administrar nada
via oral; Mantê-lo aquecido; Administrar O2; Solicitar auxílio a um
médico a bordo; Aguardar orientações médicas;Transportar ao hospital.
CONVULSÃO
🡪 A convulsão é uma desordem cerebral, que durante um breve
período de tempo, o cérebro deixa de funcionar normalmente e
passa a enviar estímulos desordenados ao resto do corpo, iniciando
as crises convulsivas, que são contrações e relaxamentos repentinos
e violentos dos músculos.

🡪 Algumas vezes alguns sintomas são precedidos das crises, como


dores na cabeça, tonteiras, náuseas ou odores estranhos.

CONVULSÃO EPLEPSIA
CONVULSÃO
🡪 Durante as crises a vítima poderá eliminar
involuntariamente urina e fezes, além de salivação
intensa, com contração dos músculos da
mastigação.

🡪 As crises podem ser originadas a partir de


tumores cerebrais, traumatismos cranianos,
envenenamentos, picadas de animais
peçonhentos, choque elétrico, medicações,
hipóxia, processos inflamatórios (meningite) e em
crianças muito comum em casos de febre alta.

CUIDADOS: Não há nada que possa ser feito para interromper a convulsão
depois de seu inicio. O que deve ser feito é a proteção da vítima, para que
não haja agravos na situação clinica da vitima. Não introduzir NADA na
boca da vítima. Ao término das contrações, colocar a vitima em posição
lateral de segurança, para evitar aspiração de saliva, caso haja excesso.
EMBRIAGUÊS
🡪 A OMS define como sendo “toda forma de ingestão de
álcool que excede ao consumo tradicional, aos hábitos
sociais da comunidade considerada, quaisquer que sejam
os fatores etiológicos responsáveis e qualquer que seja a
origem desses fatores”.
🡪 Compreende perturbações da consciência, das faculdades
cognitivas, da percepção, do afeto ou do comportamento,
ou de outras funções e respostas psicofisiológicas.

A Embriaguez ocorre toda vez que a


quantidade ingerida de álcool é maior que a
velocidade de sua metabolização.
EMBRIAGUÊS
🡪 É a intoxicação aguda e transitória causada pela ingestão de álcool,
cujos efeitos podem progredir a partir de suas fases:
✔ Excitação (Euforia, Animação, Humor instável);
✔ Depressão (Confusão mental, Falta de coordenação motora, irritabilidade); e
✔ Fase do Sono (Voz pastosa, Comprometimento do equilíbrio, podendo levar ao
relaxamento dos esfíncteres e estado de coma).

🡪 Segundo a Lei das Contravenções Penais, apresentar-se


publicamente e estado de embriaguez, de modo que cause
escândalo ou ponha em perigo a segurança própria ou alheia (art.
62).
CUIDADOS: Suspender imediatamente o consumo de álcool; Se a vítima
estiver consciente, mantê-la sentada e oferecer líquidos açucarados (água
com açúcar ou café açucarado); Se a vítima estiver inconsciente, colocá-la
na posição de recuperação para evitar asfixia ou aspiração, mantendo
aquecida e monitorando sinais vitais.
HIPERGLICEMIA HIPOGLICEMIA
HIPERGLICEMIA HIPOGLICEMIA
🡪 Para funcionar em harmonia, o organismo precisa estar em
equilíbrio, inclusive com as taxas a nível da circulação sanguínea
da insulina, glucagom e glicose.

🡪Na ausência de insulina, a 🡪 O contrário, ou seja, o excesso


glicose permanece no sangue, de insulina ou a insuficiência de
aumentando progressivamente glicose na circulação sanguíneas
sua concentração, levando a leva ao estado de hipoglicemia.
hiperglicemia. 🡪 Irritabilidade, mau-humor, palidez,
🡪 Tonteira, sede intensa, micção confusão, desorientação, fome
frequente, pele avermelhada, vômito, repentina, sudorese, tremedeira e
hálito com odor de vinagre e inconsciência.
respiração pesada, podendo evoluir
para inconsciência.
✔ CUIDADOS: Forneça líquidos
✔ CUIDADOS: Administrar açucarados, frutas doces e outros
insulina, e aumentar a ingestão produtos com alta taxa de glicose.
de água.
ALTERAÇÕES GASTROINTESTINAIS
🡪 As dores abdominais podem ser desencadeadas por:
✔ Distensão da parede de uma víscera;
✔ Inflamação de alguma estrutura;
✔ Doença em outro lugar gerando dor reflexa;

🡪 DIARRÉIA: Eliminação das fezes em quantidade superior a habitual;


🡪 VÔMITO: Consiste na expulsão do conteúdo gástrico pela boca.
🡪 ENJÔO/NÁUSEA: É a sensação de mal-estar com desejo de vômito.
🡪 AZIA/PIROSE: Sensação de ardor atrás do esterno acompanhada de
eructação e salivação aumentada.
🡪 DISPEPSIA/INDIGESTÃO: Dores no abdome superior após ingestão de
alimentos/líquidos.

CUIDADOS: Tranquilizar o passageiro, oferecendo algo para distraí-lo;


Manter a cabeça da vítima apoiada em uma mesma direção, e orientar que
feche os olhos ou fixe o olhar em um ponto específico dentro da aeronave;
Afrouxar suas vestes; Evitar a ingestão de alimentos e orientar quando as
sacolinhas destinadas a necessidade do vômito.
ASMA
🡪 É o estreitamento dos bronquíolos (pequenos canais de ar dos
pulmões) que dificulta a passagem do ar provocando
contrações ou broncoespasmos. As crises comprometem a
respiração, tornando-a difícil.
🡪 Falta de ar;
🡪 Tosse seca,;
🡪 Chiado; e
🡪 Opressão no peito.;
🡪 Gripes e resfriados costumam agravá-los.

CUIDADOS: A melhor forma para aliviar as crises de alergias respiratórias


é evitar sua causa e não interromper o tratamento medicamentoso.
CHOQUE ANAFILÁTICO
🡪 É uma reação de hipersensibilidade sistêmica, que ocorre
quando um indivíduo é exposto a uma substância à qual é
extremamente alérgico.
🡪 É caracterizado pele pálida, úmida, pegajosa e fria. Cianose
(arroxeamento) de extremidades, orelhas, lábios e pontas dos dedos,
suor, fraqueza, pulso rápido e fraco, calafrios, respiração rápida,
taquicardia e diminuição da pressão arterial, edema generalizado e
de glote.

CUIDADOS: Uso de anti-histamínico, ou na impossibilidade deste, se pode


criar uma via aérea alternativa (traqueostomia ou cricotirotomia), que são
procedimentos médicos invasivos. Elevar os membros e caso haja secreção
na cavidade oral, colocar a vítima em posição lateral de segurança.
INSOLAÇÃO INTERMAÇÃO
🡪 É decorrente de uma ação 🡪 Corresponde à uma ação
prolongada de raios solares indireta do calor sobre o
sobre o indivíduo. organismo humano.
🡪 Além do calor intenso do ambiente, outros fatores podem contribuir para
agravar a situação, como o grau de umidade do ar, o vestuário e ventilação
do ambiente.
✔ Aumento da Temperatura Corporal;
✔ Pele avermelhada;
✔ Dor de cabeça;
✔ Sede intensa;
✔ Tonturas e Desmaios;
✔ Sudorese;
CUIDADOS: Remover a vítima para local fresco e arejado; Afrouxar ou
retirar as vestes, quando necessário; Resfriar com o uso de compressas frias
ou banho; Oferecer líquidos se estiver consciente.
HIPOTERMIA HIPERTERMIA
🡪 Ocorre quando a temperatura 🡪 Ocorre quando a temperatura
corporal está abaixo de 36ºC. corporal sobre acima de 37ºC.

🡪 Sonolência; 🡪 Pele vermelha;


🡪 Fraqueza; 🡪 Sede;
🡪 Pele pálida; 🡪 Calafrios;
🡪 Confusão mental; 🡪 Delírio;
🡪 Perda de consciência; 🡪 Confusão mental;
🡪 Rigidez muscular; 🡪 Perda de consciência/Desmaios;
🡪 Dificuldades respiratórias. 🡪 Convulsão;

CUIDADOS: No caso de Hipotermia deve-se aquecer a vítima, mas sem


utilizar objetos quentes, e caso a vítima esteja consciente oferecer líquidos
quentes. Em caso de Hipertermia o banho com água fria ou uso de
antipirético são os principais procedimentos.
ENVENENAMENTO
🡪 Situação que pode ser causada através da ingestão, inalação,
injeção ou contato com a pele/organismo e sua gravidade
dependerá da sensibilidade da vítima, toxicidade do veneno,
tempo de exposição e quantidade.

🡪 Sinais e Sintomas:
✔ Náuseas e Vômitos;
✔ Dores abdominais e Diarréia;
✔ Salivação;
✔ Sudorese;
✔ Extremidades frias;
✔ Pupilas dilatadas;
✔ Convulsões;
✔ Inconsciência;
✔ Parada cardiorespiratória.

CUIDADOS: Vai depender da via de penetração e do agente causador..


PARTO DE EMERGÊNCIA
GESTANTE A BORDO:
🡪 Existe algum risco para vôo da mulher gestante!?

🡪 Restrições ao vôo da mulher gestante:


✔ Contra-indicação acima das 34 semanas de gestação, sendo permitido
apenas até a 36ª semana. A partir das 36 semanas é OBRIGATÓRIO
apresentação de atestado médico.

🡪 Cuidados na acomodação da mulher gestante:


✔ Orientação quanto o uso correto do sinto de segurança (baixo ventre).

🡪 A gestante está a bordo e chegou a hora! O que fazer!?


✔ Um parto normal poderá ser realizado a bordo sem maiores
complicações.
SINAIS DO TRABALHO DE PARTO

🡪Dores de aclaramento;
🡪 Dores de falso trabalho de parto;
🡪 Alterações da cérvix;
🡪 Expulsão da rolha mucosa;
🡪 Ruptura das membranas;
🡪 PUXOS
✔ Quando estes sinais estão presente poderá ser iminente a
realização do parto, que é um ato normal do organismo e
não há muito o que ser feito apenas deixar a natureza agir!!
FASES DO PARTO
🡪 Dilatação;

🡪Expulsão; e
🡪 Dequitação (Manobra de Jacob-Dublin)

🡪 Primeira hora pós-parto


MECANISMO DO PARTO

1. Insinuação

2. Descida

3 e 4. Rotação interna

5. Desprendimento da
cabeça

6. Rotação externa

7 e 8. Desprendimento do
tronco
ACOMODAÇÃO PARA HORA DO PARTO
PROCEDIMENTOS IMEDIATOS E
SIMULTÂNEOS
🡪 Escolher acomodação da parturiente;
🡪 Providenciar compressas e bandagens;
🡪 Acomodar parturiente;
🡪 Lavar as mãos e calçar as luvas;
🡪 Limpar períneo e coxas;
🡪 Orientar para realizar força durante as contrações e relaxar nos intervalos;
🡪 Preparar para receber o feto.
🡪 Realizar massagem abdominal para facilitar dequitação;
🡪 Acondicionar em panos limpos e guardá-la.
🡪 Realizar hemostasia do períneo, caso necessário.
🡪 Limpar as vias aéreas do bebê.
🡪 Manter o bebê um pouco mais baixo que a mãe.
🡪 Após o choro do bebê e a ausência do pulso do cordão umbilical, amarrar o
cordão na sua extensão mediana.
🡪 Não lave-o, aqueça-o.
🡪 Caso a criança não chore, realize fricção na sola dos pés. Caso não chore, sugue
duas vezes para liberar as vias respiratórias, e depois insufle, observando
movimentos respiratórios. Observar sinais de circulação, caso negativo, inicie RCP.

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