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OPA, BOM TE

VER POR AQUI!

Seja muito bem vindo ao nosso material gratuito “Suporte Avançado de Vide em Pediatria
(PALS): um guia de bolso no padrão Medway”! Esperamos que ao finalizar este material
você se sinta mais seguro ao se deparar com uma emergência pediátrica!

Sabemos que o manejo dos pacientes pediátricos pode ser uma baita dor de cabeça pra
quem não está habituado, principalmente pelas doses dos medicamentos e cálculos a
serem realizados.

Por isso, reunimos aqui as principais informações que você precisa saber na hora de
manejar uma emergência pediátrica.

Esperamos que aproveite!

Boa leitura!
Equipe Medway
ÍNDICE
Introdução.......................................................................................................................................................................6

Causas de PCR..............................................................................................................................................................6

Reconhecimento da PCR.......................................................................................................................................7

Compressões torácicas na RCP...........................................................................................................................9

Ventilações na RCP................................................................................................................................................... 11

Carrinho de parada chegou, e agora?........................................................................................................... 13

Ritmo chocável................................................................................................................................................................ 14

Ritmo não chocável.......................................................................................................................................................17

Via aérea durante a RCP.......................................................................................................................................18

Cuidados pós-parada e retorno da circulação espontânea.............................................................. 19

Referências Bibliográficas..................................................................................................................................20

Conclusão...................................................................................................................................................................... 21

Anexos............................................................................................................................................................................ 22

Sobre a Medway .............................................................................................................................................................22

Nossos cursos................................................................................................................................................................... 24

Acesse gratuitamente.................................................................................................................................................26

Ficou alguma dúvida?................................................................................................................................................ 28


QUEM SOMOS

Somos um time de médicos formados nas principais instituições de residência do


Brasil.

Conhecemos bem os obstáculos e as dificuldades que surgem durante a preparação para


as provas de residência médica. Justamente por isso, e porque sentimos falta de ter alguém
nos orientando lá atrás, tomamos a decisão de criar a Medway.

Depois de muito estudo, trabalho duro e dedicação total, desenvolvemos cursos exclusivos
e que nos enchem de orgulho. Isso porque, na prática, temos visto esses cursos serem a
chave do sucesso na aprovação de milhares de alunos de Medicina em todo o país.

Em quatro anos de existência, impactamos 16 mil alunos com uma metodologia diferente
da convencional. Leve, objetiva e verdadeira. Sem dúvidas, essa última característica é o
nosso maior diferencial.

Não te enrolamos e nem falamos o que você quer ouvir. Não generalizamos. Te tratamos
com respeito, da forma como gostaríamos de ser tratados.

Muitos nos veem como professores ou mentores. Nós gostamos de nos enxergar como
aqueles veteranos que você admira pelo conhecimento técnico, mas também pela
didática e pelo lado humano.

Se você chegou até aqui, saiba que já nos orgulhamos muito de você ter se conectado com
a Medway. Estamos e estaremos ao seu lado para sermos parceiros em toda a sua jornada
como profissional de Medicina. Até a prova de residência e depois dela. Vamos juntos até
o final!

Boa leitura!
O QUE NOSSOS ALUNOS
ESTÃO FALANDO?
Introdução
Fala, moçada, prontos para salvar a vida de uma criança?

Diariamente somos expostos a diferentes cenários dentro da prática médica, como consultas
ambulatoriais, procedimentos e – talvez o mais emblemático – emergências. Dentro de um
pronto socorro pediátrico, podemos encontrar diversas situações potencialmente fatais
que, se não bem conduzidas, podem levar à parada cardiorrespiratória (PCR). Por mais que
desejamos que isso não ocorra, precisamos ter em mente o fluxograma de atendimento
dessa condição clínica para que possamos ser capazes de reverter de forma adequada
uma parada.

Antes de partirmos para o atendimento, é importante termos em mente que a PCR


pediátrica é – geralmente – resultado de uma deterioração progressiva, sendo a causa mais
comum a hipóxia. Nos adultos, ao contrário, a PCR geralmente instala-se de forma súbita!

Causas de PCR
Durante uma parada cardiorrespiratória, a causa exata nem sempre é tão evidente.
Por isso, é muito importante que saibamos as principais causas de PCR uma vez que o
reconhecimento delas pode contribuir em muito para a reversão dessa situação.

CAUSAS REVERSÍVEIS DE PCR

Hipóxia Tensão tórax (pneumotórax)

Hipovolemia Tamponamento cardíaco

Hidrogênio (acidose) Toxinas

Hipoglicemia Trombose pulmonar

Hipo ou hipercalemia Trombose coronariana (IAM)

Hipotermia

Como já falamos anteriormente, a hipóxia é a principal causa de PCR na população


pediátrica! Guardem esse conceito, ok?

Índice

6
Reconhecimento da PCR
Podemos encontrar uma criança desacordada em qualquer cenário, certo? Pode ser na
rua, no supermercado, na escola ou até mesmo dentro do hospital, na enfermaria ou no
leito de emergência.

Quando deparamos com essa situação em locais externos (por exemplo, na rua), o primeiro
passo é garantir a segurança da cena. Não vamos massagear a criança no meio da
avenida, não é mesmo?

Cena segura. Agora, o próximo passo é testar a responsividade da criança com um estímulo
verbal (chamando-a em voz alta) e um estímulo tátil (em lactentes, damos suaves batidas
nas plantas dos pés; em crianças mais velhas, leves batidas nos ombros). Caso não haja
resposta, devemos CHAMAR AJUDA: ligar para o SAMU (192) se estivermos em um
ambiente extra-hospitalar ou, em situações hospitalares, solicitar o carrinho de parada/
DEA e outros profissionais.

A ajuda está vindo. Agora, devemos checar a respiração e o pulso simultaneamente e


em menos de 10 segundos.
• Respiração – observar se há movimentação do tórax
• Pulso
• Bebês (menos de 1 ano):

Figura: Verificação do pulso. Em bebês, procure o pulso braquial. Fonte: PALS 2020.

Índice

7
• Crianças (maiores de 1 ano até a puberdade):

Figura: Verificação do pulso. Em uma criança, procure o pulso carotídeo (imagem à esquerda) ou o pulso femoral
(imagem à direita). Fonte: PALS 2020.

Pode ser difícil determinar a presença ou ausência de pulso em crianças (principalmente


bebês). Então, se você não sentiu nenhum pulso em 10 segundos, devemos inferir a
ausência e iniciar a reanimação!

QUANDO INICIAR A REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP)?

Ausência de pulso OU com frequência cardíaca < 60 bpm associada a sinais


de perfusão deficiente apesar da ventilação e oxigenação adequada.

SINAIS DE PERFUSÃO DEFICIENTE

ELEMENTO AVALIADO NO EXAME APRESENTAÇÃO EM CONTEXTO


FÍSICO DE PERFUSÃO DEFICIENTE

Temperatura Extremidades frias

Diminuição progressiva da consciência


Estado mental
e da capacidade de resposta

Pulsos Fracos e/ou reduzidos

Palidez, moteamento (manchas)


Pele
e cianose (azulada)

Índice

8
RESPIRAÇÃO INADEQUADA COM PULSO

Caso a criança apresente pulso palpável, frequência cardíaca > 60 bpm e


respiração irregular, iniciamos ventilação de resgate, ou seja, 1 ventilação a cada
2 a 3 segundos (20 a 30 ventilações/minuto), até que a respiração espontânea
seja restabelecida.

Reavalie o pulso a cada 2 minutos!

Compressões torácicas na RCP


Agora que reconhecemos uma PCR, devemos imediatamente iniciar as manobras de RCP.
Na faixa etária pediátrica, como a principal causa de PCR é a hipóxia, damos ênfase às
compressões torácicas, mantendo a sequência C-A-B.

Antes de iniciar as compressões, garanta a retirada de toda a roupa do tórax para o melhor
posicionamento das mãos e das pás do desfibrilador, além de uma superfície rígida,
podendo ser necessária uma prancha rígida.

Em crianças menores de 1 ano:


• 1 socorrista: usar a técnica dos 2 dedos – dois dedos no centro do tórax, logo abaixo da
linha mamilar na metade inferior do esterno

Figura: Técnica dos 2 dedos. Fonte: PALS 2020.

Índice

9
• 2 socorristas: usar a técnica dos 2 polegares
• Essa técnica é preferível com dois socorristas porque melhora o fluxo sanguíneo.

Figura: Técnica dos 2 polegares. Fonte: PALS 2020.

Em crianças maiores de 1 ano: 1 ou 2 mãos posicionadas sobre o terço inferior do esterno,


paraesternal à esquerda.

COMPRESSÕES TORÁCICAS EFETIVAS

Profundidade: Comprimir, no mínimo, um terço do diâmetro anteroposterior


do tórax
Aproximadamente 5 cm em maiores de 1 ano
Aproximadamente 4 cm em menores de 1 ano

Permitir retorno total do tórax

Frequência: 100 a 120 bpm

Coordenação compressão e ventilação (para lactentes e crianças até a


puberdade)
1 socorrista: 30 compressões para 2 ventilações
2 socorristas: 15 compressões para 2 ventilações

OBS: Em adolescentes (após início da puberdade) e adultos: 30 compressões


para 2 ventilações com 1 ou 2 socorristas.

MINIMIZAR INTERRUPÇÕES NAS COMPRESSÕES – MÁXIMO 10 SEGUNDOS

Índice

10
Ventilações na RCP
Enquanto um dos socorristas cuida das compressões torácicas efetivas, o outro deve focar
na ventilação da criança em PCR. O primeiro passo para ventilarmos o paciente é garantir
que as vias aéreas estejam pérvias. Para tal, precisamos posicionar a via aérea por meio das
manobras de elevação do queixo e anteriorização da mandíbula. Podemos, ainda, utilizar
um coxim da seguinte forma:

Figura: Instalação do coxim na região dos ombros, para pacientes menores de 1 ano (imagem à esquerda), e
instalação do coxim sobre o occipício, para pacientes maiores de 1 ano (imagem à direita). Fonte: PALS 2020.

Após o posicionamento adequado, iniciamos as ventilações com a bolsa-válvula-máscara


(famoso AMBU) nos pacientes sem uma via aérea definitiva, oferecendo oxigênio a 100%.
Lembre-se de escolher corretamente o tamanho da máscara para o paciente, cobrindo da
ponte nasal à fenda do queixo.

Ao realizarmos a ventilação com o dispositivo bolsa-válvula-máscara, precisamos ter certeza


de que a máscara está bem vedada contra o rosto da criança. Utiliza-se a técnica C-E para
realizar essa vedação. Os dedos polegares e indicadores formam um C sobre a máscara; e
os terceiros, quartos e quintos dedos formam o E, tracionando a mandíbula.

Figura: Ventilação bolsa-válvula-máscara: técnica C-E. Fonte: Tratado de Pediatria da SBP

Índice

11
Figura: Ventilação bolsa-válvula-máscara com 1 e 2 socorristas. Fonte: Tratado de Pediatria da SBP

Além do tamanho da máscara, é necessário escolher o volume adequado da bolsa. Para


lactentes e crianças, a bolsa de 450 a 500 mL é adequada para a ventilação. Para crianças
maiores e adolescentes, a de 1000 mL geralmente é necessária para a expansão torácica.

Com a máscara de tamanho adequado e com a técnica certa, realizam-se 6-8 ventilações
por minuto para 1 socorrista (se a relação compressão/ventilação for de 30:2 e a FC deverá
ser de 100 a 120 bpm, isso nos gera um total de 6-8 ventilações em 1 minuto!) ou 12-16
ventilações por minuto para 2 socorristas (se a relação compressão/ventilação for de
15:2 e a FC deverá ser de 100 a 120 bpm, isso nos gera um total de 12-16 ventilações em 1
minuto!).

Índice

12
VENTILAÇÃO NO PACIENTE COM VIA AÉREA AVANÇADA

A partir da atualização do PALS de 2020, ao executar a RCP em pacientes


pediátricos com via aérea avançada, aconselha-se uma ventilação a cada 2
a 3 segundos (20 a 30 ventilações por minuto).

Antes da atualização, uma criança intubada, por exemplo, receberia uma


ventilação para cada 6 segundos (10 ventilações por minuto).

Até esse momento, estamos fornecendo ao paciente uma RCP de qualidade: compressões
torácicas efetivas e ventilação adequada e sincronizada. Manteremos esse fluxo até que o
desfibrilador ou o DEA seja instalado para que possamos avaliar o ritmo cardíaco.

Carrinho de parada chegou, e ago-


ra?
A partir da chegada do monitor cardíaco/desfibrilador ou DEA (em situações extra-
hospitalares), interrompem-se as compressões e checam-se o pulso e o ritmo cardíaco
no monitor. Lembrem-se de que existem ritmos chocáveis (fibrilação ventricular ou
taquicardia ventricular sem pulso) e não chocáveis (assistolia ou atividade elétrica sem
pulso). Dependendo do ritmo cardíaco encontrado, indicaremos a desfibrilação cardíaca.

Figura: Taquicardia ventricular sem pulso (TVSP). Fonte: PALS

Figura: Fibrilação ventricular (FV). Fonte: PALS

Índice

13
Figura: Atividade elétrica sem pulso (AESP). Fonte: PALS

Figura: Assistolia. Fonte: PALS

RITMO CHOCÁVEL

Ao detectarmos um ritmo CHOCÁVEL (FV ou TVSP), está indicada a desfibrilação cardíaca


(choque NÃO SINCRONIZADO). A dose inicial da desfibrilação é de 2 J/Kg. Caso não haja
reversão, aumentamos a carga para 4 J/Kg na segunda tentativa, até o máximo de 10 J/Kg.

Além da dose correta, é necessário escolher o tamanho das pás do desfibrilador manual,
que varia conforme peso ou idade da criança:

MAIS DE 10 KG OU MAIS DE 1 ANO Pás grandes para adultos

MENOS DE 10 KG OU MENOS Pás pequenas para bebês

Quando o desfibrilador manual não está disponível, pode-se utilizar o DEA


com pá pediátrica para crianças menores de 8 anos. Caso não haja a pá
pediátrica, utiliza-se a pá de adulto em menores de 8 anos (exceto no período
neonatal).

Após administrarmos o choque (lembre-se de avisar toda a equipe antes de aplicá-lo!),


devemos IMEDIATAMENTE retomar as compressões torácicas de qualidade sincronizadas
com a ventilação. Após 2 minutos de RCP, checamos o pulso e o ritmo cardíaco no
monitor.

Índice

14
Caso o ritmo chocável persista, indicaremos um segundo choque com carga de 4 J/Kg. Após
o segundo choque, está indicado – nos ritmos chocáveis – a administração da adrenalina
endovenosa ou endotraqueal (caso o paciente já esteja com uma via aérea definitiva).

Chegada do
desfibrilador A

Administrar Considerar
PCR vasopressor antiarrítmicos

Ir para A

Verificação Verificação Verificação


do ritmo do ritmo do ritmo

RCP enquanto o
2 minutos de RCP Choque
ADRENALINA NA RCP
desfibrilador é carregado

Ampola padrão: 1 mg/mL ou 1:1000


Diluição padrão: 1 ml de adrenalina + 9 mL SF 0,9% - 0,1 mg/mL ou 1:10000

VIA ENDOVENOSA VIA ENDOTRAQUEAL


OU INTRAÓSSEA (ABSORÇÃO IMPREVISÍVEL)

Dose: 0,01 mg/Kg (corresponde


Dose: 0,1 mg/Kg (corresponde
a 0,1 ml/Kg da diluição padrão 1:1000)
a 0,1 mL/Kg da ampola padrão)
Repetir a cada 3-5 minutos

Índice

15
Vamos resumir o que aprendemos até agora para ritmos CHOCÁVEIS:

1
Inicie a RCP
• Inicie a ventilação com RITMO
bolsa-máscara e forneça oxigênio CHOCÁVEL?
• Coloque o monitor/desfibrilador

Sim

4
RCP 2 min 3 2
+ FV (fibrilação ventricular) /
Obtenção de acesso venoso TV (taquicardia ventricular)
periférico ou intraósseo
Choque

6
RCP 2 min
5
Sim +
RITMO
Epinefrina a cada 3 a 5 min
CHOCÁVEL?
+
Choque Considere via aérea avançada

8
RCP 2 min
7
+ Sim RITMO
Amiodarona ou lidocaína
CHOCÁVEL?
+
Trate as causas reversíveis Choque

Caso haja refratariedade do ritmo chocável, indica-se – após o terceiro choque – a


administração de uma droga antiarrítmica, como a amiodarona ou a lidocaína.

AMIODARONA LIDOCAÍNA

Ataque endovenoso: 1 mg/kg


Ataque endovenoso: 5 mg/kg
Manutenção: infusão de 20 a 50 mcg/
(dose máxima 300 mg), podendo ser
kg/min (repetir a dose de ataque se a
repetida até 2 vezes (máximo 15 mg/
infusão for iniciada mais de 15 minutos
kg)
após o ataque inicial)

Índice

16
RITMO NÃO CHOCÁVEL

Agora, ao invés de depararmos com uma parada cardiorrespiratória por um ritmo chocável,
estamos lidando com um ritmo não chocável, como a assistolia ou a atividade elétrica
sem pulso.

Nesses ritmos, como o próprio nome diz, não há indicação de desfibrilação. Iremos
manter as compressões torácicas de qualidade e a ventilação sincronizada, além de
indicar – o mais precoce possível – a adrenalina.

ADRENALINA NA PCR POR RITMO NÃO CHOCÁVEL

Mais uma atualização do PALS 2020. A nova recomendação visa à admi-


nistração O MAIS PRECOCE POSSÍVEL da adrenalina. Ou seja, assim que
diagnosticarmos o ritmo não chocável, devemos administrar o quanto antes
a medicação, idealmente até cinco minutos depois do início da RCP.

Resumindo o ritmo não chocável:

1
Inicie a RCP
• Inicie a ventilação com RITMO
bolsa-máscara e forneça oxigênio CHOCÁVEL?
• Coloque o monitor/desfibrilador

Não
10
RCP 2 min
+
Obtenção de acesso venoso 9
periférico ou intraósseo Assistolia /
+ atividade elétrica
Epinefrina a cada 3 a 5 min sem pulso (AESP)
+ Epinefrina
Considere via aérea imediatamente
avançada e capnografia

11
Não RCP 2 min
RITMO
+
CHOCÁVEL?
Trate as causas reversíveis

12
Se não houver sinal de retomada espontânea
da circulação (RCE), volte para 10 Não RITMO
+
CHOCÁVEL?
Se houver RCE, vá para a lista de verificação
de cuidados pós-PCR

Índice

17
Via aérea durante a RCP
Durante a RCP, devemos garantir – além das compressões de qualidade – a adequada
ventilação do paciente. Inicialmente, a ventilação é realizada através do dispositivo bolsa-
válvula-máscara. Porém, nos casos graves e refratários, indica-se, quando possível, uma via
aérea definitiva, sendo a mais usada a intubação orotraqueal.

Quando a IOT for realizada durante a reanimação, as compressões torácicas deverão ser
pausadas o mínimo possível e, se possível, não devem ser pausadas.

Para a realização da intubação orotraqueal, devemos escolher o material mais adequado


conforme a idade do paciente.

LÂMINA DO LARINGOSCÓPIO
Menores de 4 anos – lâmina RETA e pinçamento da epiglote
Maiores de 4 anos – lâmina CURVA e introdução na glote

TAMANHO DA CÂNULA (TUBO)


Cânulas com cuff: (idade em anos / 4) + 3,5
Cânulas sem cuff: (idade em anos / 4) + 4

FIXAÇÃO DA CÂNULA
3 vezes o valor do diâmetro do tubo, no lábio superior

CHECAGEM DA POSIÇÃO DA CÂNULA


Visualização direta da cânula adentrando a traqueia pelo profissional que exe-
cuta a IOT

Avaliar oximetria e capnografia em forma de onda (exalação de CO2 entre 35-


45 mmHg)

Ausculta gástrica e pulmonar

Radiografia de tórax

INTUBAÇÃO E CÂNULA COM CUFF


Olhem aí mais duas atualizações do PALS!
Não é mais recomendado o uso rotineiro de pressão cricoide durante a in-
tubação!

E, a partir de agora, é aconselhável escolher um tubo orotraqueal com cuff


(ou balonete), ao invés de tubo sem cuff, para intubar bebês e crianças.

OBS: Atenção à pressão de insuflação do cuff – geralmente < 20 a 25 cmH2O

Índice

18
Cuidados pós-parada e retorno da
circulação espontânea
Após uma RCP bem-sucedida, vamos para uma nova etapa: os cuidados pós-PCR. Eles são
de extrema importância, assim como garantir uma RCP de qualidade. Nesse momento,
uma avaliação sistemática com suporte para os sistemas respiratório, cardiovascular,
neurológico e controle da temperatura será de fundamental importância no prognóstico
do paciente.
Instabilidade hemodinâmica e complicações respiratórias representam as principais
causas de morbimortalidade precoce após uma PCR. Já a falência múltipla de órgãos,
inclusive com lesão cerebral, é, sem dúvida, a principal causa de morbimortalidade tardia.

CUIDADOS PÓS-PCR

Fornecer oxigênio e ventilação adequados

Suporte à perfusão tecidual e à função cardiovascular

Evitar hipotensão

Corrigir desequilíbrios ácidos-básicos e eletrolíticos

Manter normoglicemia

Manter normotermia e considerar necessidade de hipotermia terapêutica

Analgesia e sedação adequadas

Em relação ao sistema respiratório, recomenda-se manter a oxigenação adequada,


almejando uma saturação de O2 maior ou igual a 94%, porém menor que 100% para reduzir
o risco de lesão por reperfusão.

Em casos de deterioração aguda de um paciente ventilado mecanicamente, lembre-se do


mnemônico “DOPE”.

Índice

19
MNEMÔNICO “DOPE”

Descolamento do tubo – o tubo pode se desalojar da traqueia ou avançar para


o brônquio principal direito ou esquerdo

Obstrução do tubo – a obstrução pode ocorrer por secreções (sangue, pus),


corpo estranho ou torção do tubo

Pneumotórax – deterioração súbita na oxigenação, diminuição da expansibi-


lidade torácica e dos sons respiratórios no lado acometido

Equipamento (falha do) – desconexão do suprimento de O2 do ventilador,


queda no fornecimento de energia, vazamento no circuito do ventilador ou
funcionamento incorreto das válvulas na bolsa ou circuito

No sistema cardiovascular, devemos restaurar e manter o volume intravascular, tratar


disfunção miocárdica, controlar arritmias, manter uma pressão arterial adequada e manter
a concentração de hemoglobina adequada.

Referências Bibliográficas
1. AMERICAN HEART ASSOCIATION. Destaques das diretrizes da American Heart
Association no que se refere a Pediatric advanced life support, 2020. Disponível em: PALS
provider manual.

Índice

20
CONCLUSÃO

E aí, gostou deste material?

Esperamos que agora você se sinta mais seguro para atender uma emergência pediátrica!
A gente sabe, é muita informação.

Mas lembre-se que você pode consultar este conteúdo a qualquer momento, como se
fosse um guia de bolso, onde quer que você esteja!

A verdade é que é praticamente impossível esgotar todos os assuntos da Medicina e, mais


ainda, guardar todos os diagnósticos e condutas dentro da sua cabeça.

Por isso, criamos diversos materiais como este para que você possa ter um acesso fácil
e rápido a informações confiáveis, direto ao ponto e com o essencial sobre cada tema
abordado!

Para conferir nossa “biblioteca digital”, é só acessar a Academia Medway e checar nossa
seção de Ebooks

Esperamos que tenha gostado!

Estamos juntos até o final!

Equipe Medway

Índice

21
SOBRE A MEDWAY

A Medway existe para ser a marca de confiança do Médico. Estamos sempre com você,
principalmente durante a jornada de aprovação para a residência médica.

Acreditamos que um ensino de qualidade faz toda a diferença na carreira do profissional


de medicina e impacta de forma positiva a assistência lá na ponta.

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sendo 61% deles no estado de SP. Em 2022, quase 50% dos aprovados nas instituições
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alunos Medway.

Conseguimos isso unindo alguns elementos que são as nossas marcas registradas:
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Índice

22
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23
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meiro ano e Extensivo São Paulo e Intensivo São Paulo no
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27
FICOU ALGUMA DÚVIDA?

Fala com a gente! Garantimos muita atenção e resposta rápida para o


que você precisar, seja uma dica de estudos, um desabafo ou uma dúvida
em relação aos cursos ou ao conteúdo. Estamos com você até o final,
combinado?

Nós adoramos falar com você. Se quiser ou precisar, é só nos chamar no


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Grande abraço e sucesso na sua jornada!

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