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PEDIATRIA

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INTRODUÇÃO

As provas de Pediatria, apesar de contarem com várias uma resposta que aponte um caminho “invasivo”. A chave, nesse
questões que se aproximam do raciocínio proposto pela Clínica caso, é memorizar aquilo que é problemático! Qualquer coisa
Médica ou Cirúrgica, ainda cobram muitas coisas que acabam que fuja do problemático, pense sempre nas alternativas mais
caindo na decoreba! conservadoras como a resposta correta, por exemplo, “conduta
Só de lembrar que tem que saber sobre calendário expectante”, “orientar sobre benignidade do quadro” e coisas
vacinal, marcos de desenvolvimento e marcos da puberdade, do tipo. Se, mesmo depois de ler a questão, você continuar em
muitos candidatos passam mal. No entanto, com dedicação e dúvida (e for um cenário cabível), considere com mais carinho a
um pouco de paciência, os conceitos vão ficando medulares e a alternativa que não seja invasiva para o paciente, beleza?
Pediatria começa a ser uma das áreas em que você vai garantir Outra coisa importante, especialmente se você tiver
mais pontos na sua prova. interesse em estudar na USP-SP, é “separar” o estudo de
De antemão, já vou dar uma dica valiosa. A medicina, Neonatologia da Pediatria geral. Nessa instituição, os temas
de uma forma geral, está caminhando para uma postura menos da Neo correspondem a praticamente metade da prova de
invasiva com os pacientes. Sabendo disso, os examinadores Pediatria!
tentam confundir o candidato apresentando situações normais Bom, sem mais delongas, vamos para os tópicos decorebas
que parecem patológicas, com o intuito de fazer a gente ir para da Pediatria, tema por tema:

Estratégia MED

@estrategiamed @estrategiamed

t.me/estrategiamed /estrategiamed
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SUMÁRIO

1. (NEONATOLOGIA) REANIMAÇÃO NEONATAL 5


2. (NEONATOLOGIA) HIPOGLICEMIA NEONATAL 7
3. (NEONATOLOGIA) DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS DO RECÉM-NASCIDO 8
4. (NEONATOLOGIA) ICTERÍCIA E SEPSE NEONATAL 9
4 .1 ICTERÍCIA NEONATAL 9

4 .2 SEPSE NEONATAL 11

5. (NEONATOLOGIA) CUIDADOS NEONATAIS 12


6. SÍFILIS CONGÊNITA E OUTRAS INFECÇÕES CONGÊNITAS 17
7. ALEITAMENTO MATERNO 22
8. IMUNIZAÇÕES E PROFILAXIAS PÓS-EXPOSIÇÃO 22
ROTAVÍRUS 25

PROFILAXIA DE TÉTANO ACIDENTAL 25

PROFILAXIA DE RAIVA 26

PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO DE SARAMPO E VARICELA 28

9. CRESCIMENTO 29
PERÍMETRO CEFÁLICO (PC) 29

ESTATURA 29

10. DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR 31


DESENVOLVIMENTO MOTOR GROSSEIRO 31

DESENVOLVIMENTO MOTOR FINO 32

DESENVOLVIMENTO SOCIAL 33

DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM 34

11. PUBERDADE 35
12. DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL 38
DESNUTRIÇÃO 38

OBESIDADE INFANTIL 41

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13. SINAIS VITAIS EM CRIANÇAS 42


HIPERTENSÃO 42

HIPOTENSÃO 42

FREQUÊNCIA CARDÍACA 42

FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA 43

14. PNEUMONIA EM PEDIATRIA 43


15. BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA 45
CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO EM BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA 46

TRATAMENTO EM BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA 46

16. DIARREIA AGUDA 47


17. ASMA 50
DIAGNÓSTICO FUNCIONAL 50

CONTROLE DA ASMA 50

TRATAMENTO DE MANUTENÇÃO PARA PACIENTES ENTRE 6 E 11 ANOS 51

TRATAMENTO DE MANUTENÇÃO PARA PACIENTES MENORES DE 6 ANOS 52

EXACERBAÇÃO DE ASMA EM PACIENTES ENTRE 6 E 11 ANOS 52

EXACERBAÇÃO DE ASMA EM PACIENTES MENORES DE 6 ANOS 54

18. FEBRE REUMÁTICA 56


19. DOENÇAS EXANTEMÁTICAS 57
20. EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS 60
SUPORTE BÁSICO DE VIDA 60

TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR (TSV) 61

RITMOS CHOCÁVEIS EM PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA 63

RITMOS NÃO CHOCÁVEIS EM PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA 64

TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO EM CRIANÇAS 65

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CAPÍTULO

1. (NEONATOLOGIA) REANIMAÇÃO NEONATAL


Aconteceram algumas atualizações em 2022! Memorize o fluxograma atualizado a seguir.
! PARA FACILITAR: foque nas diferenças entre pacientes maiores e menores de 34 semanas. Não são muitas, mas costumam ser
bastante cobradas.

1. Colocar sob fonte


de calor radiante
2. Secar e retirar mínimo 1 minuto
campos úmidos
3. Posicionar a cabeça
em leve extensão
4. Aspirar bocas e
narinas, se necessário

Respiração regular?

• Avaliar técnica de VPP.


Se erro, ventilar por mais 30
segundos.
• Considerar O2 suplementar
de acordo com a oximetria.
• Considerar máscara laríngea.
• Considerar intubação
orotraqueal (IOT), se técnica
correta.
• Considerar aspiração
traqueal na suspeita de
aspiração de líquido meconial.

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1. Colocar sob fonte mínimo 30 segundos


de calor radiante
2. Posicionar a cabeça
em leve extensão
3. Envolver o RN em
saco transparente, sem
secar, exceto face
4. Colocar touca dupla
5. Aspirar bocas e
narinas, se necessário
6. Outra pessoa deve:
locar oxímetro de pulso
e monitor cardíaco

Depois de memorizar o passo a passo, que é o mais importante, reserve um espaço no seu HD cerebral para o Boletim de APGAR.

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Apesar de muito utilizado, o boletim de APGAR não define condutas na sala de parto. Existem questões que simplesmente pedem para
você calcular o APGAR e elas são relativamente frequentes.
! PARA FACILITAR: faça uma correlação com o bebê que precisa de reanimação ao nascer. Tônus muscular, esforço respiratório e
frequência cardíaca são variáveis comuns nessas duas avaliações - então, lembre-se da cor e da irritabilidade reflexa. A maioria dos recém-
nascidos perde pontos na cor.

BOLETIM DE APGAR

NOTA/ PONTUAÇÃO
SINAIS CLÍNICOS
0 1 2

Frequência cardíaca Ausente < 100bpm > 100bpm

Ausente Respiração regular ou


Esforço respiratório Respiração irregular
Apneia choro forte

Alguma movimentação/ Boa movimentação


Tônus muscular Flacidez total
flexão de membros Ativo

Irritabilidade reflexa Ausente Caretas Tosses ou espirros

Cianose central/ palidez Corado


Cor Cianose periférica
cutânea Ausência de cianose

CAPÍTULO

2. (NEONATOLOGIA) HIPOGLICEMIA NEONATAL


Não é novidade que a Neonatologia é um tema quente para primeiramente, deve-se tentar alimentar o bebê via oral com
praticamente qualquer prova de Pediatria, incluindo as disputadas, controle glicêmico a cada 1 hora. Somente os casos refratários
como a USP-SP, a USP-RP e a Unicamp. Não dá para chegar lá sem ganham tratamento EV, como vemos no fluxograma da diretriz SBP
saber manejar esse problema, hein? 2022.
Houve uma atualização da Sociedade Brasileira de Pediatria ! PARA FACILITAR: lembre-se de que mais importante do que
em 2022, o que torna esse tema uma boa pedida para os o valor da glicemia é a clínica do paciente. O sintomático sempre
examinadores nos próximos anos. vai merecer um tratamento intensivo! Vá do “mais grave para o
A principal mudança da diretriz está no manejo dos mais tranquilo”, sempre relacionando os valores com a conduta
assintomáticos. Na diretriz antiga, assintomáticos < 25 mg/ preconizada.
dL nas primeiras 4 horas e < 35 mg/dL entre as primeiras 4-24h Se o bebê está sintomático, a sucção e deglutição estarão
horas, deveriam receber tratamento EV. Na atualização de 2022, comprometidas, então o tratamento via oral não tem espaço!

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Recém-nascido sintomático e glicemia < 40 mg/dL → Glicose EV*

ASSINTOMÁTICO

Primeiras 4 horas de vida 4 a 24 horas de vida

Alimentação dentro da 1ª hora Dieta a cada 2-3 horas


Glicemia 30 minutos depois da 1ª dieta Glicemias antes de cada dieta

Glicemia inicial < 25 mg/dL Glicemia inicial < 35 mg/dL

Repetir dieta e nova glicemia após 1 hora Repetir dieta e nova glicemia após 1 hora

25-40 mg/dL 35-40 mg/dL


< 25 mg/dL < 35 mg/dL
↓ ↓
↓ ↓
Realimentar ou Realimentar ou
Glicose EV* glicose EV* se Glicose EV* glicose EV* se
necessário necessário

Glicemia esperada ≥ 45 mg/dL antes das dietas


*Glicose endovenosa 200 mg/kg/dose (glicose 10% 2 mL/kg) seguida de infusão
a 5-8 mg/kg/minuto (80 a 100 mL/kg/dia). Manter glicemia entre 40-50 mg/dL.
Fonte: adaptado de Sociedade Brasileira de Pediatria, 2022.

Ah, e cuidado com os bebês sintomáticos com a glicemia normal! É muito provável que o examinador esteja cobrando algum diagnóstico
diferencial. A hipocalcemia pode provocar sintomas bem semelhantes. Lembre-se dessa possibilidade!

CAPÍTULO

3. (NEONATOLOGIA) DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS DO


RECÉM-NASCIDO
É importante memorizar alguns pontos-chave das seguintes seu raciocínio para a questão. Em prematuros com desconforto
afecções: Síndrome do desconforto respiratório (SDR), Taquipneia respiratório, o diagnóstico é de SDR até que se prove o contrário
Transitória do Recém-Nascido (TTRN), Síndrome de Aspiração - mas tome cuidado com os filhos de mães diabéticas, pois eles
Meconial (SAM), hérnia diafragmática e pneumonia neonatal. podem apresentar esse mesmo problema próximo do termo, já
! PARA FACILITAR: foque na relação entre Problema X Idade que a hiperinsulinemia impede a produção de surfactante pelos
gestacional final do recém-nascido! Vai ajudá-lo bastante a guiar pneumócitos do feto.

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HIPERTENSÃO
HÉRNIA PNEUMONIA
SDR TTRN SAM PULMONAR
DIAFRAGMÁTICA NEONATAL
PERSISTENTE
Termo ou
Em quem Termo ou pós- Qualquer idade Qualquer idade
Prematuro próximo de RNs com SAM
ocorre? termo gestacional gestacional
termo
Obstrução
Atraso na
mecânica,
Deficiência de absorção Persistência da Malformação do Agentes
Mecanismo inflamação e
surfactante do líquido circulação fetal diafragma infecciosos
inativação do
pulmonar
surfactante
Prematuridade Cesariana sem
Malformações
Mãe diabética trabalho de
Fatores de Asfixia perinatal Líquido meconial associadas Fatores maternos
Sexo masculino parto
Risco Pós-datismo Asfixia perinatal Síndromes infecciosos
Hipotireoidismo Mãe diabética
genéticas
congênito Polidramnia
Uso de
Parto vaginal Evitar o
corticoide Antibioticoterapia
Proteção Trabalho de sofrimento fetal Evitar a SAM Não tem
antenatal materna
parto e o pós-datismo
Injúria crônica
Infiltrado do tipo
Depende da
“vidro moído” Hiperinsuflação Conteúdo
Infiltrado doença de base Inespecífico,
RX de tórax Broncogramas Líquido abdominal no
grosseiro Priorizar parecido com SDR
aéreos pulmonar tórax
ecocardiograma
Microatelectasia
Ventilação
agressiva
Oxigenoterapia Intubar de
CPAP Oxigenoterapia Óxido nítrico
Conduta agressiva imediato Antibióticos
Surfactante mínima Sildenafil
Surfactante Cirurgia
Manipulação
mínima

CAPÍTULO

4. (NEONATOLOGIA) ICTERÍCIA E SEPSE NEONATAL

4.1 ICTERÍCIA NEONATAL

É importante ter em mente o conceito de Zonas de Kramer, elas dão uma estimativa da bilirrubina sérica do recém-nascido de acordo
com as áreas que estão ictéricas no bebê. Apesar de não ser uma técnica fidedigna, os examinadores gostam de cobrar esse conceito.

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! PARA FACILITAR: zona de Kramer que seja maior ou igual à 3 fala a favor de causas patológicas de icterícia.

ZONAS DE BILIRRUBINA

ZONA 1 Cabeça e pescoço Bilirrubina perto de 6mg/dL

ZONA 2 Tronco até umbigo Bilirrubina perto de 9mg/dL

ZONA 3 Hipogástrio e coxas Bilirrubina perto de 12mg/dL

Joelhos até tornozelos e punhos até


ZONA 4 Bilirrubina perto de 15mg/dL
cotovelos

ZONA 5 Mãos e pés, inclusive palmas e plantas Bilirrubina acima de 15mg/dL.

Passou do umbigo, é sinal de perigo!

Uma coisa que gera muita dúvida e acho cabível discutirmos ABO ou Rh com aloimunização, presença de sangramentos,
por aqui: o valor de bilirrubina indireta normal é de...depende muito! deficiência de G6PD etc.) influenciam na definição de risco do nosso
Fatores como idade pós-neonatal, idade gestacional final e presença paciente! Sempre leia com atenção todas as informações trazidas
de fatores de risco para icterícia patológica (jejum, incompatibilidade pelo enunciado.

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No entanto, se tiver que decorar um número para as provas, pense na zona 3 de Kramer, que corresponde a cerca de 12 mg/dL. Nessa
situação, a chance de estarmos diante de uma icterícia patológica é maior.
Além disso, dê uma olhadinha nestas "pistas", elas indicam que, possivelmente, o enunciado está querendo falar de uma icterícia
patológica:

ICTERÍCIA FISIOLÓGICA ICTERÍCIA PATOLÓGICA

• Icterícia antes de 24 horas de vida.


• Sempre após 24 horas de vida. • Elevação da bilirrubina em nível acima do fisiológico.
• Aumento de bilirrubina indireta. • Aumento dos níveis séricos de bilirrubina, acima de
• Não ultrapassa os níveis fisiológicos. 0,2mg/dL/hora.
• Não há manifestações de doença associada. • Manifestações de doença associada.
• Não ultrapassa 7 dias. • Icterícia persistente.
• Aumento da bilirrubina às custas da fração direta.

4.2 SEPSE NEONATAL

Não temos um consenso entre os guidelines quando o assunto é manejo de uma sepse neonatal. Mas não se preocupe, Estrategista! É
possível resolver a grande maioria das questões de prova sobre o tema conhecendo os conceitos a seguir.

• SEPSE NEONATAL PRECOCE: Ocorre em até 72 horas de vida.


• SEPSE NEONATAL TARDIA: Ocorre após 72 horas de vida.

! PARA FACILITAR: não há necessidade de se coletar análise de urina em casos de sepse neonatal precoce. Além disso, os exames
indicados para pacientes com suspeita de sepse neonatal tardia são os mesmos que são solicitados em caso de febre em pacientes < 1 mês,
incluindo a coleta de liquor!

Hemograma
Antibioticoterapia
Sepse Hemocultura
empírica
Liquor

Outros exames a depender do protocolo: urina com urocultura, pesquisa de vírus


respiratório, radiografia de tórax, PCR.

Aproveitando a deixa, fique ligado nos valores de referência da análise do liquor, eles são bem diferentes nos recém-nascidos.

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PRÉ-TERMOS TERMOS

Proteínas < 150 mg/dL < 100 mg/dL

Glicose > 20 mg/dL > 30 mg/dL

Celularidade 20-30 leucócitos/mm3 20-30 leucócitos/mm3

Bacterioscopia Negativa Negativa

CAPÍTULO

5. (NEONATOLOGIA) CUIDADOS NEONATAIS


Os cuidados neonatais são capazes de gerar intrigas entre a morbimortalidade dos nossos pequenos com esses simples cuidados.
equipe de Obstetrícia e a de Pediatria nos alojamentos conjuntos Vamos começar classificando os recém-nascidos.
mundo a fora. Os primeiros querem dar alta para a puérpera, mas os ! PARA FACILITAR: não confunda peso ao nascimento com
pediatras quase sempre seguram o recém-nascido por um tempinho peso para a idade. É uma confusão comum que fazemos e os
a mais! Mas é por uma boa causa, pois podemos reduzir muito a examinadores eventualmente aproveitam-se disso.

IDADE GESTACIONAL PESO AO NASCIMENTO IDADE X PESO

PRÉ-TERMOS Extremo baixo peso ao nascer:


• Extremos: < 27 semanas e 6 dias. < 1.000 g.
• Muito pré-termo: 28 a 31 semanas e 6 dias. Pequeno para idade gestacional
• Moderado: 32 a 36 semanas e 6 dias. Muito baixo peso ao nascer: (PIG): percentil <10.
• Tardios: 34 a 36 semanas e 6 dias. 1.499 g a 1000 g.
Adequado para idade
TERMOS Baixo peso ao nascer: gestacional (AIG): percentil
• 37 semanas até 41 semanas e 6 dias. < 2.500 g até 1.500 g. entre 10 e 90.
• Precoce: 37 a 38 semanas e 6 dias.
• Completo: 39 a 40 semanas e 6 dias. RN de peso insuficiente: Grande para idade gestacional
• Tardio: 41 a 41 semanas e 6 dias. 2500g até 2999g. (GIG): percentil >90.

PÓS-TERMOS > 42 semanas. Macrossômico: ≥ 4.000 g.

Outra coisa que devemos ter atenção é que os bebês PIG e GIG podem ser saudáveis. No entanto, quando o examinador levanta essa
bola na questão, é mais provável que estejamos diante de um paciente patológico que merece uma investigação!

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Feita essa classificação, e estando tudo em ordem com nosso neném, ele ficará no alojamento conjunto com sua mãe, enquanto os
seguintes exames de triagem neonatal são realizados até o momento da alta.
As provas, no geral, cobram a conduta diante de alterações nos exames. Vamos relembrar:
• Teste do olhinho: é o teste do reflexo do olho vermelho. Serve para rastrear doenças oftalmológicas que alterem a permeabilidade
da luz da córnea até a retina (catarata congênita, retinoblastoma, glaucoma congênito, coriorretinite). Deve ser realizado antes
da alta e, caso venha alterado, o neném deve ser examinado com um fundo de olho.
• Teste da orelhinha: o teste padrão é o das emissões otoacústicas evocadas, realizado idealmente ainda em alojamento conjunto.
Caso venha alterado, o teste pode ser repetido uma vez. Caso a alteração persista OU estejamos diante de um paciente com
histórico que aumente risco de deficiência auditiva (infecções congênitas, síndromes, exposição a antibióticos ototóxicos, por
exemplo), solicitamos avaliação com Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico.
• Teste da linguinha: esse teste está previsto em lei desde 2014. Consiste em examinar o frênulo lingual do RN e avaliar
anquiloglossia ("língua presa"), que pode dificultar bastante o aleitamento materno.
• Teste do coraçãozinho: opa, aqui você precisa prestar atenção! Temos duas fontes: Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira
de Pediatria. O protocolo oficial é o do Ministério da Saúde. Mas, em 2022, a SBP, lançou um protocolo alternativo e que
pode ser cobrado em prova! Então, fique sempre ao que diz o enunciado e vamos conferir os dois protocolos do teste do
coraçãozinho, que tria para cardiopatias congênitas críticas (dependentes do canal arterial).

MINISTÉRIO DA SAÚDE

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SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA

TESTE DO CORAÇÃOZINHO
Aferir a oximetria de pulso na mão direita (MSD) e em um dos pés (MI),
entre 24 e 48 horas de vida (recém-nascidos com IG > 35 semanas, assintomáticas)

SpO2 entre 90 e 94% ou SpO2 ≥ 95% e ≠ entre


SpO2 ≤ 89%
≠ entre MSD e MMI ≥ 4% MSD e MMI ≤ 3%

Repetir o teste após 1 hora

SpO2 entre 90 e 94% ou SpO2 ≥ 95% e ≠ entre


SpO2 ≤ 89%
≠ entre MSD e MMI ≥ 4% MSD e MMI ≤ 3%

Repetir o teste após 1 hora

SpO2 entre 90 e 94% ou SpO2 ≥ 95% e ≠ entre


SpO2 ≤ 89%
≠ entre MSD e MMI ≥ 4% MSD e MMI ≤ 3%

TESTE POSITIVO
Realizar avaliação neonatal e cardiológica TESTE NEGATIVO
completa (exame clínico e ecocardiograma) Seguimento neonatal de rotina
Não dar alta até esclarecimento diagnóstico!

O intuito da atualização foi diminuir o número de falso- primeira oximetria de pulso que têm o teste considerado duvidoso
positivos e, ao mesmo tempo, não retardar o diagnóstico dos e que devem ser reavaliados com 1 hora. Se mantiverem os
recém-nascidos com cardiopatia congênita. parâmetros, um terceiro teste deve ser feito em 01 hora.
A primeira mudança está no público rastreado que, agora, Se, no terceiro teste, mantiver satO2 entre 90 e 94% ou
abrange recém-nascidos com mais de 35 semanas. diferença entre as medidas > 4%, o teste é considerado positivo. Se,
Além disso, diminuíram o valor de corte de SatO2 de 95% em algum desses testes adicionais, a satO2 ficar menor que 89%, o
para 89% para considerar um teste positivo “logo de cara”. teste já é considerado positivo.
Um grupo intermediário foi criado com valores de corte Se der SatO2 > 95% e diferença < 4% (atenção, não é
de SatO2 entre 90 e 94% OU diferença entre as medidas > 4%. É menor ou igual!), o teste é considerado negativo, como vemos no
justamente os recém-nascidos que se encaixam nesse grupo na fluxograma da atualização 2022.

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• Teste do pezinho: responsável pela maior parte das questões deste tema nas provas, o teste do pezinho vem sendo ampliado!
Além dos problemas citados a seguir, tivemos a inclusão da Toxoplasmose congênita na triagem:

O teste só pode ser coletado após as 48 horas de vida, pois as avaliações da fenilcetonúria e do hipotireoidismo congênito podem ser
prejudicadas caso a coleta seja realizada antes desse prazo. A seguir, alguns detalhes das doenças triadas por esse teste:

¾ Fenilcetonúria: realizada a partir da dosagem quantitativa da fenilalanina (FAL) sanguínea. Duas amostras distintas positivas definem
o diagnóstico. Para diagnóstico da doença, o neonato deve estar alimentando-se há, pelo menos, 48 horas para que a fenilalanina se
acumule no sangue e seu excesso seja então diagnosticado, impedindo um falso-negativo.

¾ Hipotireoidismo congênito: realizado a partir da dosagem de TSH. Ao nascer, há uma liberação fisiológica desse hormônio e,
posteriormente, um declínio. Se coletarmos antes das 48 horas, podemos dosar erroneamente o nível do TSH, resultando em um falso-
positivo. Caso o teste de triagem seja positivo para a doença, deve ser realizada dosagem de T4 e TSH em sangue periférico para fechar o
diagnóstico. O tratamento deve ser iniciado antes dos 14 dias de vida!

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¾ Hemoglobinopatias: hemoglobina predominante em humanos adultos é chamada de hemoglobina A (padrão Hb AA). A hemoglobina
predominante em recém-nascidos é a hemoglobina F. Em um RN não afetado, o padrão de hemoglobina é o HbFA, sendo que F indica
a presença da hemoglobina fetal e A indica a hemoglobina do tipo adulto. Na doença falciforme, o fenótipo predominante é o da Hb S.
Outras variantes também podem aparecer, fugindo do padrão normal. O teste avalia a presença dessas variantes e fecha o diagnóstico
sem necessidade de outros exames confirmatórios. Cuidado! Muitas bancas tentam induzir o candidato a solicitar outros exames para
confirmar (p. ex. uma eletroforese de hemoglobina), mas eles não são necessários.

¾ Fibrose cística: é feita dosando os níveis da tripsina imunorreativa (TIR ou IRT), que é um marcador de lesão pancreática. Se a dosagem
for positiva, deve ser repetida com 30 dias de vida. Diante de duas dosagens positivas, é necessário realizar o Teste do Suor para confirmação
ou exclusão diagnóstica.

¾ Hiperplasia adrenal congênita: é feita pela quantificação da enzima 17-hidroxiprogesterona e a confirmação pela dosagem sanguínea
periférica dessa mesma enzima. Quando o bebê tem uma deficiência da 21-hidroxilase, há acúmulo da 17-hidroxiprogesterona, o que é
detectado no teste. Lembre-se de que, mesmo sem alterações fenotípicas na genitália, o bebê pode ser portador dessa doença, inclusive
nas formas graves perdedoras de sal!

¾ Deficiência de biotinidase: é feita pela análise da enzima biotina e a confirmação diagnóstica pelo teste quantitativo da atividade de
biotinidase. O tratamento é bem simples! Basta repor a biotina.

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CAPÍTULO

6. SÍFILIS CONGÊNITA E OUTRAS INFECÇÕES


CONGÊNITAS
Você vai se cansar de fazer questões deste tema! São muito recorrentes nas provas e na prática da Pediatria. Vamos por partes.
Antes de mais nada, é importante aprender a interpretar os exames!
! PARA FACILITAR: os testes que têm a letra “A” na sigla são os treponêmicos. Lembre-se de que eles são mais específicos, porém não
são úteis para o seguimento de resposta ao tratamento, pois, uma vez positivados, tendem a permanecer positivos por tempo indeterminado.

TESTES IMUNOLÓGICOS TIPOS CARACTERÍSTICAS

VDRL
Quantificáveis;
RPR
Não treponêmico Diagnóstico;
TRUST
Monitoramento da resposta ao tratamento.
USR

FTA-Abs
Primeiro a ficar reagente;
ELISA/EQL
Permanecem reagentes após o tratamento;
Treponêmico TPHA/TPPA
Diagnóstico;
MHA-TP
Não servem para monitoramento do tratamento.
Teste Rápido

TREPONÊMICO NÃO TREPONÊMICO INTERPRETAÇÃO

Reagente Reagente Sífilis confirmada ou cicatriz sorológica.

Repetir teste treponêmico com metodologia diferente.


Reagente: infecção recente ou cicatriz sorológica.
Reagente Não reagente
Não reagente: primeiro teste falso-reagente, descartar
diagnóstico de sífilis.

Repetir teste treponêmico com metodologia diferente.


Reagente: sífilis ou cicatriz sorológica.
Não reagente Reagente
Não reagente: teste não treponêmico falso-reagente,
descartar diagnóstico de sífilis.

Ausência de infecção ou período de incubação (janela


Não reagente Não reagente
imunológica).

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Feito o diagnóstico e tratamento adequado da gestante, é importante avaliar se tivemos uma resposta imunológica adequada e se o
tratamento foi adequado:

VDRL OU RPR MENSAL

Queda de 2 diluições Ausência de queda de 2 Persistência ou


VDRL OU RPR Aumento da titulação
(4x) em 6 meses titulações (4x) em até 6 recorrência de sinais
não reagente em 2 diluições (4x)
(sifilis recente) ou meses (sífilis recente) ou e sintomas clínicos
12 meses (sifilis tardia). 12 meses (sífilis tardia)

RESPOSTA IMUNOLÓGICA CRITÉRIOS DE RETRATAMENTO


ADEQUADA (reativação ou reinfecção)

Investigar sinais ou
Tratar com 2,4 milhões
sintomas neurológicos
UI por 3 semanas
ou oftalmológicos

A MÃE FOI ADEQUADAMENTE TRATADA?

MÃE ADEQUADAMENTE TRATADA

Tratamento com penicilina benzatina

Início do tratamento até 30 dias antes do parto

Esquema terapêutico de acordo com o estágio clínico da sífilis

Queda dos títulos em pelo menos duas titulações

Beleza, aí, quando a criança nasce, precisamos definir o que é um portador de sífilis congênita e/ou neurossífilis.

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Tenha atenção aos valores de celularidade ou proteínas no liquor! São bem diferentes do que observamos nos adultos.

TEM SÍFILIS CONGÊNITA SE...

Independentemente do
Mãe inadequadamente tratamento materno
tratada ou não tratada e

RN tem sífilis VDRL em qualquer titulação


congênita e ponto + VDRL do RN acima de duas
Alterações no exame físico, ou mais titulações do
liquor ou radiografia materno
compatíveis com a doença

TEM NEUROSSÍFILIS SE...

Liquor do RN

Celularidade > 25céls/mm3


VDRL reagente e
Proteínas > 150mg/dL

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Sabendo disso, memorize o fluxograma do procedimento em caso de filho de mãe sem tratamento adequado.
! PARA FACILITAR: a criança não vai ficar sem tratamento nesse contexto! O tratamento mais “básico” é feito com dose única de
penicilina G benzatina e só é possível caso o VDRL seja negativo.

Mãe inadequadamente
tratada ou não tratada

Notificar

Coletar:
1 - VDRL mãe e RN
2 - Hemograma
3 - Liquor
4 - Realizar radiografia
de ossos longos

Exames alterados e/ou Tratar Exames normais E VDRL


VDRL reagente em não reagente
qualquer titulação

Dose única de
Penicilina cristalina Penicilina benzatina
2ª opção: Penicilina
procaína na ausência de
neurossífilis Seguimento ambulatorial

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Agora, para a alegria da equipe de Pediatria, considere a situação em que o tratamento foi adequado.
! PARA FACILITAR: mesmo com tratamento adequado, não tem como fugir de uma coleta pareada de VDRL.

Mãe adequadamente
tratada

Coletar:
VDRL mãe e RN

VDRL do RN 2x maior VDRL do RN não reagente


que o materno
VDRL do RN
Menor que o materno ou
igual ou
Maior em até 1
É sífilis congênita!
titulação
Notifique
Trie
Trate com penicilina
cristalina

Sintomático Assintomático Sintomático

Não é sífilis congênita! Não é sífilis congênita!


Pesquisar outras
infecções

Seguimento ambulatorial

Entre as infecções congênitas, a sífilis é a que tem um fluxograma de manejo mais complexo. Das outras infecções congênitas, memorize
as características-chave a seguir:

INFECÇÃO CONGÊNITA CARACTERÍSTICAS-CHAVE


Tétrade de Sabin: calcificações intracranianas difusas, coriorretinite, hidro ou microcefalia e
Toxoplasmose
retardo mental.

Rubéola Cardiopatia congênita, catarata e surdez.

Citomegalovírus Calcificações intracranianas periventriculares, petéquias e surdez.

Herpes simples Vesículas cutâneas, hiperemia conjuntival e acometimento neurológico.

Varicela Lesões cicatriciais cutâneas e malformações de membros.

Zika vírus Microcefalia, microftalmia, pé torto congênito e artrogripose.

HIV Assintomático ao nascer e sinais de imunodepressão tardios.

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CAPÍTULO

7. ALEITAMENTO MATERNO
Tema que é frequentemente observado em provas como IAMSPE e Santa Casa de SP.
! PARA FACILITAR: o único leite que pode ser guardado por mais de 1 dia é o congelado no freezer.

✓ O leite materno ordenhado em temperatura ambiente deve ser consumido o mais rápido possível. Os manuais do Ministério da
Saúde não deixam claro qual é o limite de tempo aceitável. Dizem apenas que, quando em temperatura ambiente, o consumo deve
ser realizado imediatamente após a coleta. Especialistas sugerem que não passe de 1 a 2 horas (considerando-se todo o processo, do
início da ordenha até a administração do leite).
✓ O leite materno ordenhado armazenado em geladeira deve ser consumido em até 12 horas.
✓ O leite materno ordenhado congelado no freezer deve ser consumido em até 15 dias.
✓ Após descongelado, o leite materno ordenhado pode ser mantido em geladeira e consumido em até 12 horas. Caso não seja
consumido, após esse período ele não pode ser novamente congelado, devendo ser descartado.

Outra coisa frequente é cobrar dos alunos as contraindicações. O examinador vai tentar confundi-lo colocando umas doenças bizarras
no enunciado (p. ex. hepatite C ou fenilcetonúria). Mas tenha em mente que as contraindicações ABSOLUTAS são: infecção pelo HIV, HTLV,
galactosemia e algumas medicações.

✓ Mães infectadas pelo HIV.


✓ Mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2.
✓ Criança portadora de galactosemia, doença rara em que ela não pode ingerir leite humano ou qualquer outro que contenha lactose.
✓ Uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação. Alguns fármacos são considerados contra indicados de forma absoluta,
outros relativos. Alguns que são comumente cobrados em provas são:
• Antineoplásicos; • Raros antimicrobianos (como
• Radiofármacos (pelo menos durante a meia-vida deles); linezolida e ganciclovir);
• Caem muitas questões sobre o iodo; • Tamoxifeno;
• Amiodarona (pode causar hipotireoidismo no bebê); • Lítio; e
• Raros imunossupressores (como a ciclofosfamida); • Ergotaminas.

CAPÍTULO

8. IMUNIZAÇÕES E PROFILAXIAS PÓS-EXPOSIÇÃO


Quando a gente pensa em decoreba em provas de Residência, instituição de seu interesse se baseie em outra referência, fique
certamente esse é o primeiro tema que nos vem à cabeça. Não atento às diferenças!
vai ter como fugir: ele só entra na cabeça depois de resolvermos ! PARA FACILITAR: memorize os meses que têm o mesmo
muitas questões! esquema de vacinação. Por exemplo: meses 3 e 5; meses 2, 4 e 6
Como a maioria das questões cobra conceitos do Programa (com atenção para rotavírus e pneumocócica).
Nacional de Imunizações, é nele que devemos focar. Caso a

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Ao 12 15 4a6
VACINAS 2 meses 3 meses 4 meses 5 meses 6 meses 9 meses
nascer meses meses anos
Dose
BCG
única
Dose
Hepatite B
única
Pentavalente
(Difteria, tétano, 1ª dose 2ª dose 3ª dose
coqueluche, (2ª (3ª (4ª
Hepatite B, dose da dose da dose da
Haemophilus Hepatite Hepatite Hepatite
influenzae tipo B) B) B)
B)
Pólio inativada
1ª dose 2ª dose 3ª dose
(VIP/Salk)
Rotavírus 1ª dose 2ª dose
Pneumocócica
1ª dose 2ª dose Reforço
10-valente

Meningocócica C 1ª dose 2ª dose Reforço

Reforço
Febre amarela 1ª dose
(4 anos)
Tríplice Viral
(Sarampo,
1ª dose
caxumba,
rubéola)
2ª dose
sarampo,
Tetra Viral
caxumba
(Sarampo,
e
caxumba, rubéola,
rubéola
varicela)
1ª dose
varicela
DTP (Difteria,
tétano, Reforço Reforço
coqueluche)
Pólio Oral (VOP/
Reforço Reforço
Sabin)
Dose
Hepatite A
única
2ª dose
Varicela isolada
Varicela

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Recentemente, tivemos mudanças nas vacinas contra HPV e meningocócica ACWY. Tema quente para as provas, hein?

CALENDÁRIO VACINAL DOS ADOLESCENTES – 10 AOS 19 ANOS - DO PNI

VACINAS DOSES

9 a 14 anos
HPV
Duas doses

11 a 14 anos*
Meningocócica ACWY Dose única
*A expansão para adolescentes de 13 a 14 anos é válida até junho de 2023

Hepatite B Três doses, se não tiver o esquema completo anteriormente

Uma dose de reforço a cada 10 anos


Dupla bacteriana adulto (dT) Três doses, se não tiver o esquema
completo anteriormente

Febre amarela Dose única, se não tiver vacinação prévia

Tríplice Viral
Duas doses, se não tiver o esquema completo anteriormente
(Sarampo, caxumba e rubéola)

CALENDÁRIO VACINAL DO ADULTO – 20 AOS 59 ANOS - DO PNI

VACINAS DOSES

Hepatite B Três doses, se não tiver o esquema completo anteriormente

Uma dose de reforço a cada 10 anos


Dupla bacteriana adulto (dT)
Três doses, se não tiver o esquema completo anteriormente

Febre amarela Dose única, se não tiver vacinação prévia

Tríplice Viral Duas doses, se não tiver o esquema completo anteriormente até os 29 anos
(Sarampo, caxumba e rubéola) Dose única dos 30 aos 59 anos

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CALENDÁRIO VACINAL DO IDOSO – MAIOR DE 60 ANOS - DO PNI


VACINAS DOSES
Hepatite B Três doses, se não tiver o esquema completo anteriormente
Uma dose de reforço a cada 10 anos
Dupla bacteriana adulto (dT)
Três doses, se não tiver o esquema completo anteriormente
Influenza Dose única anual
Pneumocócica 23-valente Uma dose para acamados ou moradores de instituições fechadas

ROTAVÍRUS
Esta é queridinha das provas. Tenha atenção às idades máximas e mínimas.

Idade mínima: 1 mês e 15 dias.


Primeira dose
Idade máxima: 3 meses e 15 dias.

Idade mínima: 3 meses e 15 dias.


Segunda dose
Idade máxima: 7 meses e 29 dias.

PROFILAXIA DE TÉTANO ACIDENTAL

Fonte: Guia de Vigilância em Saúde. Ministério da Saúde. 2017

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Temos duas definições diferentes que podem gerar um Agora, falando de pacientes de alto risco, lembramos
pouco de confusão: paciente de alto risco e ferimento de alto risco. daqueles que são imunodeprimidos, desnutridos graves ou idosos.
Quando falamos de ferimento de alto risco, pensamos Alguns examinadores jogam sujo tentando nos confundir
naqueles clássicos do tétano: sujos, profundos, mordeduras, com isso!
fraturas expostas, por arma branca ou de fogo, puntiformes e Resumindo:
queimaduras.

TOMOU VACINA HÁ MENOS DE 5 ANOS:


NÃO APLIQUE VACINA NEM IMUNOGLOBULINA

RISCO MÍNIMO ALTO RISCO

• Vacina
• Não utilizar imunoglobulina
• Imunoglobulina se:
• Vacina se:
• Paciente de alto risco com
• Desconhecido
vacina > 5 anos
• Incompleto
• Esquema incompleto
• > 10 anos
• Desconhecido

PROFILAXIA DE RAIVA

A maioria das questões deste tema estará desatualizada, pois a atualização mais recente veio no ano de 2022.
! PARA FACILITAR: memorize as situações em que devemos agir com soro e vacinação. Tendo certeza disso, conseguimos eliminar
muitas alternativas nas questões deste tema.

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PROFILAXIA DA RAIVA

 CONTATO INDIRETO: NADA!

Vivo/Saudável Encerra o caso



Observar 10 dias
Morto/ Leve: 4 vacinas
Desaparecido/ Grave: 4 vacinas +
OBSERVÁVEL Doente 1 soro
SEM SUSPEITA DE RAIVA

Leve: 4 vacinas

Agir de imediato

Grave: 4 vacinas +
NÃO OBSERVÁVEL OU 1 soro
COM SUSPEITA DE RAIVA

Leve: 4 vacinas

Agir de imediato

Grave: 4 vacinas +
INTERESSE ECONÔMICO: Bovídeos, 1 soro
equídeos, caprinos, suínos e ovinos


Agir de imediato 4 vacinas + 1 soro

Mocergos e mamíferos silvestres

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PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO DE SARAMPO E VARICELA

Tema bastante frequente nas provas de Neonatologia e Pediatria. Tenha atenção nos pacientes que só podem utilizar imunoglobulina
e, principalmente, se o paciente está hospitalizado! A pegadinha dos 9 ou 12 meses é frequente.

RESUMINDO A CONDUTA EM CONTACTANTES:

CONTACTANTES SUSCETÍVEIS AO SARAMPO

• Maiores de 6 meses
VACINA Até 72 horas após exposição
imunocompetentes

• Menores de 6 meses
IMUNOGLOBULINA • Imunodeprimidos Até 6 dias após exposição
• Gestantes

CONTACTANTES SUSCETÍVEIS À VARICELA

• Maiores de 9 meses
VACINA Até 3 a 5 dias após exposição
imunocompetentes.

• Imunodeprimidos.
• Gestantes.
• Menores de um ano em contato
hospitalar com o vírus.
• RNs de mães que desenvolveram a
doença 5 dias antes ou 2 dias após o
IMUNOGLOBULINA Até 96 horas após exposição
parto.
• Prematuros > 28 semanas, cuja mãe
nunca teve varicela.
• Prematuros < 28 semanas,
independentemente da história
materna de varicela.

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CAPÍTULO

9. CRESCIMENTO
Nesse tema, a decoreba corre solta e não tem muito para onde a gente fugir. O pior de tudo é que é um tema forte na maioria das
provas, especialmente na USP-RP.

PERÍMETRO CEFÁLICO (PC)

Vamos começar do começo: o bebê. Há quem diga que os ela é (proporcionalmente falando). Pensando nisso, o ritmo de
recém-nascidos são bonitinhos, mas a verdade é que eles são bem crescimento do PC é assombroso nos primeiros meses de vida.
cabeçudos. E isso reflete-se no ritmo de crescimento da cabeça Apesar de totalizar uma média de velocidade de aumento de 1 cm/
deles! mês no primeiro ano, o ritmo é bem mais acelerado no primeiro
! PARA FACILITAR: quanto menor a criança, mais “cabeçuda” semestre de vida.

Primeiro trimestre: 2 cm/mês.


Segundo trimestre: 1 cm/mês.
Segundo semestre: 0,5 cm/mês.
Perímetro cefálico cresce 12 cm no 1º ano.

ESTATURA

O primeiro passo é definir o alvo genético de estatura do paciente. Não dá para esperar um filho de 1,90 m quando os pais têm 1,55
m de altura!
! PARA FACILITAR: guarde o 13, e lembre-se de que as mulheres tendem a ter uma estatura final menor que a dos homens. Assim, o 13
é negativo para meninas e positivo para meninos.

- 13
Alvo Genético Menina Estatura do Pai + Estatura da Mãe

÷2 Alvo Genético

Alvo Genético Menino Estatura do Pai + Estatura da Mãe

+ 13

Definido o alvo genético, é interessante checar como a estatura do paciente está para a idade dele. Isso é importante especialmente
quando desconfiamos de desnutrição crônica, que é capaz de afetar a estatura do paciente.

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! PARA FACILITAR: quanto à estatura, na grande maioria dos casos, não nos preocupamos muito quando ela está “alta”. A preocupação
maior está nos baixinhos! Lembre-se de que qualquer coisa abaixo do p3 ou Z-2 merece investigação.

VALORES CRÍTICOS DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL

< Percentil 0,1 < escore-Z -3 Muito baixa estatura para a idade

≥ Percentil 0,1 e ≥ escore-Z -3 e


Baixa estatura para a idade
< Percentil 3 < escore-Z -2

≥ Percentil 3 ≥ escore-Z-2 Estatura adequada para a idade

A velocidade de crescimento também diz muito sobre possíveis patologias. Tenha em mente que temos dois picos de velocidade de
crescimento em nossa vida: dois primeiros anos de vida e puberdade. Entre essas duas fases, é natural que a velocidade de crescimento seja
mais lenta.
! PARA FACILITAR: qualquer valor < 5 cm/ano de crescimento exige uma investigação!

VELOCIDADE DE CRESCIMENTO

ESTATURA MÉDIA AO NASCER

Menino: 50 cm
Menina: 49cm

CRESCIMENTO NO PRIMEIRO ANO

1º semestre: 15cm
2º semestre: 10cm

CRESCIMENTO NO SEGUNDO ANO

10-12cm

VELOCIDADE DE CRESCIMENTO EM PRÉ-ESCOLARES

5-7 cm/ano

VELOCIDADE DE CRESCIMENTO NA ADOLESCÊNCIA

Meninas: 8,5cm/ano
Meninos: 9,5cm/ano

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CAPÍTULO

10. DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR


Se você tem ou já teve contato próximo com uma pequena criança, esse tema não será muito difícil. Isso porque a ordem da aquisição
das habilidades neuropsicomotoras é a mesma para todas as pessoas! Vamos segmentar a revisão por domínios:

DESENVOLVIMENTO MOTOR GROSSEIRO

Aqui, o ponto chave é memorizar alguns marcos que são mais cobrados nas provas.
! PARA FACILITAR: o desenvolvimento ocorre no sentido craniocaudal. Com 3 meses sustenta o pescoço; 6 meses é capaz de sentar-
se; 9 meses engatinha; 12 meses consegue ficar de pé. Aí, com uma pitada de “bom senso”, vamos encaixando os outros marcos entre esses
quatro.

(não essencial)

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DESENVOLVIMENTO MOTOR

18 meses Corre rigidamente - com braços e pernas separadas e cai várias vezes.

24 meses Corre bem; sobre e desce escadas um passo de cada vez, apoiando-se no corrimão.

30 meses Sobe e desce escadas, alternado os pés.

3 anos Anda de triciclo

4 anos Pula em um pé só

5 anos Pula com 2 pés

DESENVOLVIMENTO MOTOR FINO

! PARA FACILITAR: os mais importantes são 2 meses segue no que é possível com as habilidades já adquiridas de acordo com a
mais do que a linha média; 4 meses segura objetos e leva-os para idade. Por exemplo: não é possível uma criança virar páginas de um
a boca; 6 meses transfere objetos de uma mão para outra; 9 meses livro se ela não faz o movimento de pinça; ou não é possível transferir
faz movimento de pinça. Aí, para “encaixar” os outros marcos, pense os objetos de uma mão para a outra se ela não alcança objetos.

DESENVOLVIMENTO MOTOR FINO

RN Fixa o olhar momentaneamente em um rosto a uma distância de 20 a 30 cm

1 mês Segue objeto até a linha média

2 meses Segue até mais que a linha média

Leva a mão até a linha média


3 meses
Acompanha objeto até 180º

4 meses Alcança os objetos e os traz à boca

6 meses Transfere os objetos de uma mão para outra

7 meses Pega objetos com polegar e mais 3 dedos

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DESENVOLVIMENTO MOTOR FINO

8 meses Bate um objeto no outro

8 a 9 meses Movimento de pinça

12 meses Vira páginas de um livro

15 a 18 meses Faz torre de 3 cubos, colocar objetos dentro de um frasco

18 meses Imita linha; faz torre de 3 cubos

2 anos Imita uma linha circular

3 anos Desenha uma cruz

5 anos Veste-se sozinho

DESENVOLVIMENTO SOCIAL

! PARA FACILITAR: os mais importantes para os examinadores são 2 meses tem sorriso social; 8 meses tem noção de permanência de
objetos; 10 meses bate palmas; 15 meses aponta o que deseja.

DESENVOLVIMENTO SOCIAL

1 meses Olha a face das pessoas, reage ao som

2 meses Sorriso social

4 meses Descobre as mãos

7 meses Brinca com os pés e brinquedos; toca sua imagem no espelho

8-9 meses Brinca de "esconde-achou"; permanência do objeto; estranha desconhecidos

10 meses Dá tchau, bate palmas

12 meses Ajuda a se vestir

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DESENVOLVIMENTO SOCIAL

15 meses Aponta o que deseja

Come sozinho, reclama se a fralda estiver suja, brinca sozinho - início do pensamento
18 meses
simbólico (conto de fadas); imita tarefas simples de casa

Fala sobre seu cotidiano, eventos que acabaram de acontecer


24 meses
Ajuda a se despir

30 meses Capaz de criar/fingir brincadeiras

Conta estórias (consegue usar conjunções)


4 anos
Usa o banheiro sozinho

Brinca em grupos
5 anos
Veste-se sozinho

DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM

! PARA FACILITAR: os mais importantes para os examinadores são 2 meses ri; 4 meses vocaliza; 6 meses repete sílabas (lalação); 12
meses fala a primeira palavra.

LINGUAGEM

1 meses Sons guturais

2 meses Ri

3 meses Grita

4 meses Vocalização

7 meses Lalação

9 meses Compreende o NÃO

10 meses Atende ao próprio nome; junta duas consoantes (ma-ma)

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LINGUAGEM

Fala 1 ou 2 palavras com sentido


12 meses
Época do jargão.

18 meses Fala aproximadamente 10 palavras

21 meses Compreende 2 frases simples consecutivas

24 meses Obedece às ordens. Consegue formar frases

30 meses Refere a si mesmo com o pronome “eu”; conhece seu nome completo

3 anos Responde a perguntas simples; Diz a sua idade; conta até 3

4 anos Usa conjunção; dá recados; conta estórias; conhece 4 cores

5 anos Fase do “por que?”; conta até 10; identifica cores

CAPÍTULO
11. PUBERDADE
A sequência do desenvolvimento puberal é algo bastante Por exemplo: nos meninos, o estirão inicia no G3 (quando
cobrado nas provas, seja de forma direta (descrevendo os achados inicia o aumento do pênis em comprimento) e atinge o pico em G4
e pedindo para você determinar o Tanner do paciente) ou de forma (crescimento do diâmetro do pênis e glande).
indireta (associando com os marcos do desenvolvimento puberal, Nas meninas, o estirão inicia em M2 (surgimento do broto
como estirão ou menarca). mamário) e atinge o pico em M3 (aumento das mamas sem
! PARA FACILITAR: associe os principais marcos de separação dos contornos); a menarca ocorre em M4 (projeção da
desenvolvimento puberal com a escala de Tanner. aréola com separação dos contornos) na maioria dos casos.

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CAPÍTULO

12. DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL


Estrategista, não podemos ter dúvidas neste tema. As questões costumam ser bem diretas e fáceis, com taxas de acerto muito altas.
Então, mantenha-o fresco em sua memória.

DESNUTRIÇÃO

Fique atento aos seguintes pontos-chave na descrição de não mudar, trata-se de uma classificação que ainda é eventualmente
pacientes com suspeita de desnutrição, pois, a pesar de o manejo cobrada nas provas:

MARASMO

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KWASHIORKOR

Para pacientes < 2 anos, utilizamos a Classificação de Gomez para estimar a gravidade da desnutrição. Na presença de edema de
origem nutricional (Kwashiorkor), independentemente do resultado obtido, o diagnóstico é de desnutrição de terceiro grau!

Peso observado
Peso/Idade = x 100
Peso esperado para idade e sexo (P50)

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Após o cálculo, podemos avaliar qual a porcentagem de adequação do peso da criança em relação à mediana da população e classificar
o seu estado nutricional. Veja a tabela abaixo:

% Adequação Peso/Idade Estado de Nutrição

>90 Eutrofia

76-90 Desnutrição leve ou de 1º Grau

61-75 Desnutrição moderada ou de 2º Grau

≤60 Desnutrição grave ou de 3º Grau

Para pacientes entre 2 e 10 anos, utilizamos a Classificação de Waterlow. Essa classificação demonstra se uma desnutrição é aguda ou
crônica.

Estatura observada
Estatura/Idade = x 100
Estatura esperado para idade e sexo (P50)

Peso observado
Peso/Estatura = x 100
Peso esperado para a estatura observada (P50)

Segundo passo: agora inserimos os valores encontrados no quadro abaixo, que define o diagnóstico:

E/I E/I

P/E > 95% ≤ 95%

≥ 90% EUTRÓFICO DESNUTRIÇÃO PREGRESSA

< 90% DESNUTRIÇÃO ATUAL DESNUTRIÇÃO CRÔNICA

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E a classificação da OMS, que é a mais aceita atualmente, está a seguir:

CRIANÇAS DE 6 A 59 MESES

DESNUTRIÇÃO AGUDA MODERADA

• Circunferência do braço entre 115 a 124 mm, OU


• Peso para estatura entre o escore Z -2 e -3.

DESNUTRIÇÃO AGUDA GRAVE

• Circunferência do braço < 115mm OU


• Peso para estatura < escore Z -3 OU
• Presença de edema.

PARADA DE CRESCIMENTO (indica desnutrição crônica)

• Nanismo moderado: estatura ou comprimento entre o escore Z -2 e -3


• Nanismo Grave: estatura ou comprimento < escore Z -3

CRIANÇAS MENORES DE 6 MESES

Não há critérios considerados como padrão-ouro para o diagnóstico de desnutrição nessa idade, sendo recomendada a
utilização dos mesmos critérios para crianças entre 6 e 59 meses.

CRIANÇAS MAIORES DE 59 MESES

Nessas crianças, é utilizado o índice de massa corpórea (IMC). Em populações com alta prevalência de desnutrição,
alternativamente pode ser utilizada a circunferência do braço.

OBESIDADE INFANTIL

Memorize esta tabela, pois mais de 60% das questões de ! PARA FACILITAR: lembre-se de que, em crianças menores de
obesidade cobram o diagnóstico nutricional. Um detalhe que os 5 anos, devemos ser um pouco menos “radicais” no diagnóstico, a fim
examinadores adoram usar para confundir o aluno: a diferença de de evitar dietas ousadas, que podem levar o paciente à desnutrição.
diagnóstico entre menores e maiores de 5 anos! Sendo assim, não temos “obesidade grave” nesses pacientes.

Percentil Escore Z Zero a 5 anos incompletos 5 a 20 anos incompletos

≥3 e ≤85 ≥ -2 e ≤ +1 Eutrofia Eutrofia

>85 e ≤97 >+1 e ≤+2 Risco de sobrepeso Sobrepeso

>97 e ≤99,9 >+2 e ≤+3 Sobrepeso Obesidade

>99,9 > +3 Obesidade Obesidade grave

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CAPÍTULO

13. SINAIS VITAIS EM CRIANÇAS


HIPERTENSÃO

Caso o examinador exija a classificação, necessariamente ele ! PARA FACILITAR: diferentemente dos adultos, aqui, não
trará o sexo, a idade, a altura do paciente e uma TABELA GIGANTE temos Estágio 3. O mais grave é o Estágio 2 (qualquer coisa acima
com todos os valores de referência em percentis, de acordo com as do P95 + 12 mmHg é Estágio 2). Sabendo disso, memorize do “pior
características do paciente. Seu papel, aqui, vai ser lembrar quais para o melhor”.
são os percentis considerados hipertensão nas crianças!

Percentil de PA de acordo com sexo idade e altura Classificação


PA < P90 NORMOTENSO
PA ≥ P90 e < P95 PA ELEVADA
PA ≥ P95 HIPERTENSÃO
PA até P95 + 12 mmHg HIPERTENSÃO ESTÁGIO 1
PA ≥ P95 + 12 mmHg HIPERTENSÃO ESTÁGIO 2

HIPOTENSÃO

Temos aquela regrinha de bolso para nos salvar no plantão.


! PARA FACILITAR: lembre-se de que, a partir dos 10 anos, seguimos a lógica dos adultos na hipotensão. De 1 a 10 anos, lembre-se de
70 mmHg + 2x idade em anos.

Idade Pressão arterial sistólica (mmHg)


1-28 dias < 60
1-12 meses < 70
1 a 10 anos < 70 + 2x idade (anos)
> 10 anos < 90

FREQUÊNCIA CARDÍACA

De acordo com a tabela, podemos ver que, conforme a criança cresce, diminuem os valores de FC considerados normais por faixa
etária.
! PARA FACILITAR: valores acima de 200 bpm (especialmente se > 220 bpm) apontam para a possibilidade de taquiarritmias
supraventriculares.

Estratégia MED | Pediatria | Memorex do Estratégia MED 42


PEDIATRIA Memorex do Estratégia MED Estratégia
MED

FREQUÊNCIA CARDÍACA EM VIGÍLIA


IDADE
(batimentos/minuto)
Neonato (até 28 dias) 100-205
Bebê (> 28 dias a < 1 ano) 100-180
1ª infância (1 a 2 anos) 98-140
Idade pré-escolar (2 a 4 anos) 80-120
Idade escolar (5 a 10 anos) 75-118
Adolescente (11 a 19 anos) 60-100

FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA

Problemas respiratórios são bastante badalados nas provas. crianças é a taquipneia, presente em mais de 90% dos pacientes.
É imprescindível saber os valores de referência de acordo Questões que não trazem uma frequência respiratória alta, muito
com a idade, especialmente pensando nas questões sobre provavelmente, estão tentando direcionar seu raciocínio para
pneumonias na infância! O principal marcador dessa afecção nas outro caminho!

Idade Respirações por minuto


0 a 2 meses Até 60 irpm
2 meses a 11 meses Até 50 irpm
12 meses a 5 anos Até 40 irpm

CAPÍTULO

14. PNEUMONIA EM PEDIATRIA


Este é um tema que deve ser dominado por qualquer médico incluindo nas complicações.
que trabalha em pronto atendimento, pois é uma das principais Outra coisa importante é lembrar que, apesar de sempre
causas de mortalidade em crianças. pensarmos na pneumonia bacteriana, a pneumonia viral é a mais
Não tem como não saber os principais agentes etiológicos, comum em crianças de 1 mês até 5 anos de vida! No geral, são
até porque é preciso fazer a indicação certa de tratamento. quadros mais brandos. Tenha bastante atenção na voz de ação da
! PARA FACILITAR: pensando em bactérias, temos o SGB no questão, pois alguns examinadores gostam de fazer essa “pegadinha
período neonatal e o pneumococo em qualquer outra situação, epidemiológica”.

PERÍODO NEONATAL 1 A 3 MESES 4 MESES A 5 ANOS MAIORES DE 5 ANOS


Vírus
Estreptococo do grupo B Vírus
Pneumococo Pneumococo
Bacilos Gram-negativos Chlamydia trachomatis
Staphylococcus aureus Staphylococcus aureus
Listeria monocytogenes Ureaplasma urealyticum
Haemophilus influenzae Mycoplasma pneumoniae
Staphylococcus aureus Pneumococo
Moraxella catarrhalis Chlamydophila pneumoniae
Vírus Staphylococcus aureus
Streptococcus pyogenes

Estratégia MED | Pediatria | Memorex do Estratégia MED 43


PEDIATRIA Memorex do Estratégia MED Estratégia
MED

Além disso, fique ligado nos principais diagnósticos diferenciais:

Escolares e adolescentes.
Quadro arrastado.
Pneumonia atípica
Febre baixa.
Outros sintomas associados: odinofagia, cefaleia.

Paciente em bom estado geral, boa aceitação da dieta, febre até 3 dias. Pode
Pneumonia viral
haver sibilância.

Episódios de tosse com cianose e guincho, perda de fôlego..


Coqueluche
HMG com leucocitose e linfocitose.

Quadro inicial de IVAS, com piora respiratória esperada entre o 4º e 6º dia de


doença.
Bronquiolite
Exame físico: presença de sibilos.
Radiografia de tórax normal ou com hiperinsuflação.

Pneumonia aspirativa História de engasgo, vômitos.


(corpo estranho) Radiografia de tórax com imagem sempre na mesma localização

História de tossidor crônico na família em contato com a criança.


História de “pneumonias de repetição” que não melhoram com antibióticos
comuns, usados no tratamento das pneumonias comunitárias e uma imagem
Tuberculose de opacidade mantida na radiografia de tórax.
Criança com baixo peso ou perda de peso recentemente, muitas vezes
desnutrida.
Febre intermitente.

Laringotraqueobronquite
Tosse ladrante e estridor na ausculta pulmonar.
viral aguda

Crises recorrentes de sibilância.


Asma
Melhora com uso de beta-2 agonista de curta duração.

A principal complicação abordada em provas de Residência o paciente não apresenta melhora após 48-72 horas de tratamento.
Médica é o derrame pleural. Geralmente, é diagnosticado quando Nessa situação, devemos solicitar uma radiografia de tórax.

Estratégia MED | Pediatria | Memorex do Estratégia MED 44


PEDIATRIA Memorex do Estratégia MED Estratégia
MED

Derrame pleural

Toracocentese (Gram e cultura)

Purulento Não purulento


pH < 7,2 ou
Glicose < 40
ou
Gram e/ou
cultura + pH > 7,2
Drenagem
Glicose > 40

Melhora: Nova Observação


manter conduta toracocentese 24 - 48 horas
Reavaliação

OU
Piora: discutir
antibiótico e Melhora:
Piora
toracoscopia manter conduta

Figura: fluxograma de abordagem do derrame pleural parapneumônico.

Note que o valor do pH para ser considerado derrame complicado é diferente do valor dos adultos, que considera o corte de 7,1.
No começo do capítulo da Pediatria, comentei que devemos ser menos invasivos com as crianças, entretanto essa é uma das situações
em que nosso limiar de tolerância deve ser reduzido, pois a morbimortalidade da pneumonia é alta!

CAPÍTULO

15. BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA


Nas questões deste tema, leia sempre o caso clínico difícil.
tentando identificar os critérios de internação. ! PARA FACILITAR: atenção à descrição do padrão respiratório
É um tema que exige bastante paciência do Pediatra, pois do paciente e, PRINCIPALMENTE, no que não devemos fazer durante
convencer os pais de que não há tratamento específico e de que o manejo desse paciente! Em caso de dúvida, em pacientes sem
tudo vai ficar bem (na imensa maioria dos casos) é uma tarefa sinais de alarme, vá na alternativa mais conservadora.

Estratégia MED | Pediatria | Memorex do Estratégia MED 45


PEDIATRIA Memorex do Estratégia MED Estratégia
MED

CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO EM BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA

Idade menor do que 4 a 6 semanas

Baixa aceitação da alimentação

Desidratação

Letargia

História de apneia

Taquipneia moderada a grave

Desconforto respiratório moderado a grave

Saturação de oxigênio < 90 a 92%

Presença de comorbidades: cardiopatia, hipertensão pulmonar, doença neuromuscular, pneumopatia, diagnóstico


duvidoso

TRATAMENTO EM BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA

Deve Pode Não deve

Amamentação (desde que FR Broncodilatador inalatório


Corticoide
permita) (somente após prova terapêutica)

Hidratação endovenosa Inalação hipertônica Fisioterapia respiratória

Antibióticos (somente na infecção


Inalação com solução salina Adrenalina inalatória
secundária)

Ribavirina em grupos de risco se


Oferta de Oxigênio se hipoxemia
disponível

Estratégia MED | Pediatria | Memorex do Estratégia MED 46


PEDIATRIA Memorex do Estratégia MED Estratégia
MED

CAPÍTULO

16. DIARREIA AGUDA

MANEJO DO PACIENTE COM DIA


Tema relevante para as provas e para a vida prática.
Agora, em fevereiro de 2023, tivemos uma atualização no guideline de diarreia aguda com desidratação do Ministério da Saúde. Vamos
pontuar as principais diferenças!
AVALIAÇÃO DO ESTADO DE HIDRATAÇÃO DO PACIENTE

ETAPAS A B C
(sem desidratação) (com desidratação) (com desidratação grave) PARA TR

Estado geral1 Comatoso, hipotônico,


Ativo, alerta Irritado, intranquilo
letárgico ou inconsciente* C.1 ADMIN
Olhos1 Sem alteração Fundos Fundos FASE DE M

OBSERVE Sede1 Sedento, bebe rápido e FASE DE E


Sem sede Não é capaz de beber*
avidamente
Lágrimas Presentes Ausentes Ausentes SO
Boca/língua Úmida Seca ou levemente seca Muito seca
Sor
Sinal da prega abdominal1 Desaparece muito lentamente
Desaparece imediatamente Desaparece lentamente 1º a 0,
(mais de 2 segundos)
Lac
EXPLORE Pulso Cheio Cheio Fraco ou ausente*
Sor
Perda de peso2 Sem perda Até 10% Acima de 10% 2º a 0,
Lac
Se apresentar dois ou mais
Se apresentar dois ou mais
SEM SINAIS DE sinais sendo ao menos um FASE DE E
DECIDA sinais:
DESIDRATAÇÃO destacado com asterisco (*):
COM DESIDRATAÇÃO
DESIDRATAÇÃO GRAVE
SO
TRATE PLANO A PLANO B PLANO C
1
Variáveis para avaliação do estado de hidratação do paciente que têm maior relação de sensibilidade e especificidade, segundo a Organização Sor
Mundial da Saúde. 1º a 0,
2
A avaliação da perda de peso é necessária quando o paciente está internado e evolui com diarreia e vômito. Lac

Fonte: Ministério dacaso


OBSERVAÇÃO: Saúde.
haja dúvida quanto à classificação (variáveis de desidratação ou de desidratação grave), deve-se estabelecer o plano Sor
de tratamento considerado no pior cenário. 2º a 0,
Lac
Nessa atualização, os autores elencaram os sintomas e sinais ! PARA FACILITAR: quando a questão quer direcionar seu 3
Para rec
PLANO B
que têm as melhores relações PLANO
sensibilidade/especificidade
A para raciocínio paraTRATAR
PARA desidratação grave, ela geralmente
A DESIDRATAÇÃO enfatiza os começar c
POR VIA ORAL
PARA PREVENIR A DESIDRATAÇÃO NO DOMICÍLIO NO ESTABELECIMENTO DE SAÚDE
desidratação grave em quadros de diarreia e/ou vômitos: estado achados com termos como “muito” (muito fraco, muito fundos, etc) FASE DE M
geralA.1(nível de consciênciaMAIS
INGERIR/OFERECER e comportamento), olhos (se
LÍQUIDO QUE O HABITUAL estão
PARA e trazem diminuição do
B.1 ADMINISTRAR nível de DE
SOLUÇÃO consciência! Foque nas alterações
SAIS DE REIDRATAÇÃO SO
PREVENIR A DESIDRATAÇÃO: ORAL:
fundos ou não), sede e sinal da prega abdominal. marcadas com um asterisco (*) no quadro acima.
A.1.1 O paciente deve tomar líquidos caseiros (água, chá, suco, água de coco, B.1.1 Apenas como orientação inicial, o paciente deverá receber
sopas) ou solução de sais de reidratação oral (SRO) após cada evacuação de 50 a 100 ml/kg (média de 75 ml/kg) para ser administrado no
diarreica e episódio de vômito, em pequenas quantidades e maior período de 4-6 horas.
frequência. B.1.2 A quantidade de solução ingerida dependerá da sede do
A.1.2 Não utilizar refrigerantes e, preferencialmente, não adoçar o chá ou o paciente.
suco. Sor
B.1.3 A solução de SRO deverá ser administrada continuamente, a 5%
até que desapareçam os sinais de desidratação. Fisi
A.2 MANTER A ALIMENTAÇÃO HABITUAL PARA PREVENIR A B.1.4 Se o paciente desidratado, durante o manejo do PLANO
DESNUTRIÇÃO: na
B, apresentar vômitos persistentes, administrar uma dose de 4:1 (
antiemético ondansetrona:
A.2.1 Manter a alimentação habitual – tanto as crianças como os adultos. • Crianças de 6 meses a 2 anos: 2 mg (0,2 a 0,4 mg/kg);
A.2.2 Criança em aleitamento materno exclusivo – o único líquido que deve • Maiores de 2 anos a 10 anos (até 30 kg): 4 mg;
ser oferecido, além do leite materno, é a solução de SRO. • Adultos e crianças com mais de 10 anos (mais de 30 kg): 8 mg.

A.3 LEVAR O PACIENTE IMEDIATAMENTE AO ESTABELECIMENTO DE
SAÚDE SE: ALERTA: NÃO UTILIZAR EM GESTANTES.

A.3.1 Não melhorar em 2 dias.


Sor
A.3.2 Apresentar qualquer um dos sinais de alerta abaixo: B.2. DURANTE A REIDRATAÇÃO REAVALIAR O PACIENTE a 5%
SEGUINDO AS ETAPAS DO QUADRO “AVALIAÇÃO DO Fisi
ESTADO DE HIDRATAÇÃO DO PACIENTE”: na
• Piora da diarreia • Sangue nas fezes (rep
(ex.: aumento da • Diminuição da diurese B.2.1 Se desaparecerem os sinais de desidratação, utilize o
SINAIS DE frequência ou do volume) • Muita sede PLANO A.
ALERTA • Vômitos repetidos • Recusa de alimentos B.2.2 Se continuar desidratado, indicar a sonda nasogástrica
(gastróclise). KCl
Estratégia MED | Pediatria | Memorex do Estratégia MED B.2.3 Se o paciente evoluir para desidratação grave, seguir o 47
A.4 ORIENTAR O PACIENTE OU ACOMPANHANTE PARA: PLANO C.
C.2 AVALI
A.4.1 Reconhecer os sinais de desidratação e sinais de alerta. B.3 DURANTE A PERMANÊNCIA DO PACIENTE OU DO DA DESID
A.4.2 Preparar e administrar a solução de sais de reidratação oral. ACOMPANHANTE NO SERVIÇO DE SAÚDE, ORIENTAR A: GOTEJAM
DESIDRATAÇÃO
DESIDRATAÇÃO destacado
destacado
comcom
asterisco
asterisco
(*): (*):
COMCOM
DESIDRATAÇÃO
DESIDRATAÇÃO
DESIDRATAÇÃO
DESIDRATAÇÃO
GRAVEGRAVE
SOLU
S
TRATE
TRATE PLANO
PLANO
A A PLANO
PLANO
B B PLANO
PLANO
C C
1
Variáveis
1
Variáveis
parapara
avaliação
avaliação
do estado
do estado
de hidratação
de hidratação
do paciente
do paciente
que que
têm têm
maiormaior
relação
relação
de sensibilidade
de sensibilidade
e especifi
e especifi
cidade,
cidade,
segundo
segundo
a Organização
a Organização SoroSoF

Estratégia
Mundial
Mundial
da Saúde.
da Saúde. 1º 1º a 0,9%
a
2
A avaliação
2 PEDIATRIA
A avaliação
da perda
da perda
de peso
de peso Memorex
é necessária
é necessária do oEstratégia
quando
quandopaciente MED
o paciente
está está
internado
internado
e evolui
e evolui
comcom
diarreia
diarreia
e vômito.
e vômito. Lactat
La
MED
OBSERVAÇÃO:
OBSERVAÇÃO:
casocaso
hajahaja
dúvida
dúvida
quanto
quanto
à classifi
à classifi
caçãocação
(variáveis
(variáveis
de desidratação
de desidratação
ou de
oudesidratação
de desidratação
grave),
grave),
deve-se
deve-se
estabelecer
estabelecer
o plano
o plano SoroSoF
de tratamento
de tratamento
considerado
considerado
no pior
no pior
cenário.
cenário. 2º 2º a 0,9%
a
Lactat
La
3
Para
3
Para
recém
re
PLANO
PLANO
B B começar
começacom
PLANO
PLANO
A A PARA
PARA
TRATAR
TRATAR
A DESIDRATAÇÃO
A DESIDRATAÇÃO
PORPOR
VIA VIA
ORALORAL
PARA
PARA
PREVENIR
PREVENIR
A DESIDRATAÇÃO
A DESIDRATAÇÃO
NO NO
DOMICÍLIO
DOMICÍLIO NO NO
ESTABELECIMENTO
ESTABELECIMENTO
DE SAÚDE
DE SAÚDE FASE
FASE
DE MA
DE

A.1 INGERIR/OFERECER
A.1 INGERIR/OFERECER
MAISMAIS
LÍQUIDO
LÍQUIDO
QUEQUE
O HABITUAL
O HABITUAL
PARA
PARA B.1 ADMINISTRAR
B.1 ADMINISTRAR
SOLUÇÃO
SOLUÇÃO
DE SAIS
DE SAIS
DE REIDRATAÇÃO
DE REIDRATAÇÃO SOLU
S
PREVENIR
PREVENIR
A DESIDRATAÇÃO:
A DESIDRATAÇÃO: ORAL:ORAL:

A.1.1 O
A.1.1
paciente
O paciente
devedeve
tomartomar
líquidos
líquidos
caseiros
caseiros
(água,
(água,
chá, chá,
suco,suco,
águaágua
de coco,
de coco, B.1.1 Apenas
B.1.1 Apenas
como como
orientação
orientação
inicial,
inicial,
o paciente
o paciente
deverá
deverá
receber
receber
sopas)sopas)
ou solução
ou solução
de sais
de de
saisreidratação
de reidrataçãooral oral
(SRO)(SRO)
apósapós
cadacada
evacuação
evacuação de 50 dea 50
100a ml/kg
100 ml/kg
(média
(média
de 75deml/kg)
75 ml/kg)
parapara
ser administrado
ser administrado
no no
diarreica
diarreica
e episódio
e episódio
de vômito,
de vômito,
em pequenas
em pequenas quantidades
quantidadese maior
e maior período
período
de 4-6
de horas.
4-6 horas.
frequência.
frequência. B.1.2B.1.2
A quantidade
A quantidadede solução
de solução
ingerida
ingerida
dependerá
dependeráda sede
da sede
do do
A.1.2 A.1.2
Não Não
utilizar
utilizar
refrigerantes
refrigerantes
e, preferencialmente,
e, preferencialmente,não não
adoçar
adoçar
o cháo ou
cháoou o paciente.
paciente.
suco.suco. SoroSoG
B.1.3 B.1.3
A solução
A solução
de SRO
de SRO
deverá
deverá
ser administrada
ser administradacontinuamente,
continuamente, a 5%a+
até que
até que
desapareçam
desapareçam os sinais
os sinais
de desidratação.
de desidratação. Fisioló
Fi
A.2 MANTER
A.2 MANTER A ALIMENTAÇÃO
A ALIMENTAÇÃO HABITUAL
HABITUALPARA PARA
PREVENIR
PREVENIRA A B.1.4B.1.4
Se oSepaciente
o paciente
desidratado,
desidratado,
durante
durante
o manejo
o manejo
do PLANO
do PLANO
DESNUTRIÇÃO:
DESNUTRIÇÃO: na pro
n
B, apresentar
B, apresentar
vômitos
vômitos
persistentes,
persistentes,
administrar
administrar
umaumadosedose
de de 4:1 (m
4
antiemético
antieméticoondansetrona:
ondansetrona:
A.2.1 A.2.1
Manter
Manter
a alimentação
a alimentação
habitual
habitual
– tanto
– tanto
as crianças
as crianças
como como
os adultos.
os adultos. • Crianças
• Crianças
de 6demeses
6 meses
a 2 anos:
a 2 anos:
2 mg2 (0,2
mg a(0,2
0,4amg/kg);
0,4 mg/kg);
A.2.2A.2.2
Criança
Criança
em aleitamento
em aleitamentomaternomaterno
exclusivo
exclusivo
– o único
– o único
líquido
líquido
que que
devedeve • Maiores
• Maiores
de 2deanos
2 anos
a 10 a
anos
10 anos
(até (até
30 kg):
30 4kg):
mg; 4 mg;
ser oferecido,
ser oferecido,
alémalém
do leite
do leite
materno,
materno,
é a solução
é a solução
de SRO.
de SRO. • Adultos
• Adultos
e crianças
e crianças
comcommaismais
de 10de anos
10 anos
(mais(mais
de 30
dekg):
30 8kg):
mg.8 mg.
3º 3º
A.3 LEVAR
A.3 LEVAR
O PACIENTE
O PACIENTE
IMEDIATAMENTE
IMEDIATAMENTE
AO ESTABELECIMENTO
AO ESTABELECIMENTO
DE DE
SAÚDE
SAÚDE
SE: SE: ALERTA:
ALERTA:
NÃONÃO
UTILIZAR
UTILIZAR
EM GESTANTES.
EM GESTANTES.

A.3.1 A.3.1
Não Não
melhorar
melhorar
em 2em
dias.
2 dias.
SoroSoG
A.3.2A.3.2
Apresentar
Apresentar
qualquer
qualquer
um dos
um sinais
dos sinais
de alerta
de alerta
abaixo:
abaixo: B.2. B.2.
DURANTE
DURANTE
A REIDRATAÇÃO
A REIDRATAÇÃO
REAVALIAR
REAVALIAR
O PACIENTE
O PACIENTE a 5%a+
SEGUINDO
SEGUINDO
AS ETAPAS
AS ETAPAS
DO QUADRO
DO QUADRO
“AVALIAÇÃO
“AVALIAÇÃO
DO DO Fisioló
Fi
ESTADO
ESTADO
DE HIDRATAÇÃO
DE HIDRATAÇÃO
DO PACIENTE”:
DO PACIENTE”: na pro
n
• Piora
• Piora
da diarreia
da diarreia • Sangue
• Sangue
nas fezes
nas fezes (repos
(r
(ex.: (ex.:
aumento
aumento
da da • Diminuição
• Diminuição
da diurese
da diurese B.2.1B.2.1
Se desaparecerem
Se desapareceremos sinais
os sinais
de desidratação,
de desidratação,
utilize
utilize
o o
SINAIS DE DE frequência
SINAIS frequência
ou do
ouvolume)
do volume)
• Muita
• Muita
sedesede PLANOPLANO
A. A.
ALERTA
ALERTA• Vômitos
• Vômitos repetidos
repetidos • Recusa
• Recusa
de alimentos
de alimentos B.2.2B.2.2
Se continuar
Se continuar
desidratado,
desidratado,
indicar
indicar
a sonda
a sonda
nasogástrica
nasogástrica
(gastróclise).
(gastróclise). KCl aK
B.2.3B.2.3
Se o Se
paciente
o paciente
evoluir
evoluir
parapara
desidratação
desidratação
grave,
grave,
seguir
seguir
o o
A.4 ORIENTAR
A.4 ORIENTAR
O PACIENTE
O PACIENTE
OU ACOMPANHANTE
OU ACOMPANHANTE
PARA:
PARA: PLANOPLANO
C. C.
C.2 AVALIAR
C.2 AVA
A.4.1A.4.1
Reconhecer
Reconhecer
os sinais
os sinais
de desidratação
de desidratação
e sinais
e sinais
de alerta.
de alerta. B.3 DURANTE
B.3 DURANTE A PERMANÊNCIA
A PERMANÊNCIA DO PACIENTE
DO PACIENTEOU DOOU DO DA DESIDRA
DA DES
A.4.2A.4.2
Preparar
Preparar
e administrar
e administrar
a solução
a solução
de sais
de de
saisreidratação
de reidrataçãooral. oral. ACOMPANHANTE
ACOMPANHANTE NO SERVIÇO
NO SERVIÇO DE SAÚDE,
DE SAÚDE,ORIENTAR
ORIENTAR A: A: GOTEJAMEN
GOTEJA
A.4.3A.4.3
Praticar
Praticar
medidas
medidas
de higiene
de higiene
pessoal
pessoal
e domiciliar
e domiciliar
(lavagem
(lavagem
adequada
adequada
das mãos,
das mãos,
tratamento
tratamento
da água
da água
intradomiciliar
intradomiciliar
e higienização
e higienizaçãodos dos C.2.1 C.2.1
Iniciar
Inic
a
B.3.1 B.3.1
Reconhecer
Reconhecer
os sinais
os sinais
de desidratação.
de desidratação.
alimentos).
alimentos). puder puder
beber b
B.3.2B.3.2
Preparar
Preparar
e administrar
e administrar
a solução
a solução
de SRO.
de SRO.
B.3.3B.3.3
Praticar
Praticar
medidas
medidas
de higiene
de higiene
pessoal
pessoal
e domiciliar
e domiciliar
(lavar
(lavar concomitan
concom
A.5 ADMINISTRAR
A.5 ADMINISTRAR ZINCOZINCO
1 vez1 ao
vezdia,
ao dia,
DURANTE
DURANTE 10 A1014ADIAS:
14 DIAS: adequadamente
adequadamente as mãos,
as mãos,
tratar
tratar
a água
a água
parapara
consumo
consumo
humano
humano C.2.2C.2.2
Interrom
Int
(ingestão)
(ingestão)
e higienizar
e higienizar
os alimentos).
os alimentos). paciente
paciente
pud
mantermanter
hidra
A.5.1 A.5.1
Até 6Até
meses
6 meses
de idade:
de idade:
10 mg/dia.
10 mg/dia. paciente
paciente
par
A.5.2A.5.2
Maiores
Maiores
de 6de
meses
6 meses
a menores
a menores
de 5deanos
5 anos
de idade:
de idade:
20 mg/dia.
20 mg/dia. ATENÇÃO:
ATENÇÃO:
C.2.3C.2.3
ObservOb
SE, APÓS
SE, APÓS
6 HORAS
6 HORAS
DE TRATAMENTO,
DE TRATAMENTO,
NÃONÃO
HOUVER
HOUVER
C.2.4C.2.4
ReavalRe
MELHORA
MELHORA
DA DESIDRATAÇÃO,
DA DESIDRATAÇÃO,
ENCAMINHAR
ENCAMINHAR
AO AO
apropriado
apropriaa
HOSPITAL
HOSPITAL
DE REFERÊNCIA
DE REFERÊNCIA
PARAPARA
INTERNAÇÃO.
INTERNAÇÃO.
Quantidade
Quantidade
de líquidos
de líquidos
que que
devedeve
ser administrada/
ser administrada/
IDADE
IDADE
ingerida
ingerida
apósapós
cadacada
evacuação
evacuação
diarreica
diarreica
OS PA
O
Menores
Menores
de 1 de
ano1 ano 50-100
50-100
ml ml O PLANO
O PLANO
B DEVE
B DEVE
SER SER
REALIZADO
REALIZADO
NO NO ENDOEN
ESTABELECIMENTO
ESTABELECIMENTO DE SAÚDE.
DE SAÚDE. SAÚ
De 1 De
a 101 a
anos
10 anos 100-200
100-200
ml ml O PACIENTE
O PACIENTE
DEVEDEVE
PERMANECER
PERMANECERNO ESTABELECIMENTO
NO ESTABELECIMENTO C
DE SAÚDE
DE SAÚDE
ATÉ ATÉ
A REIDRATAÇÃO
A REIDRATAÇÃO
COMPLETA.
COMPLETA.
Maiores
Maiores
de 10de
anos
10 anos Quantidade
Quantidade
que que
o paciente
o paciente
aceitar
aceitar
Fonte: Ministério da Saúde. Fonte: Ministério da Saúde.

Aqui, temos as seguintes diferenças com o guideline anterior:


Plano A
• Deixaram explicito que o zinco só é usado até os 5 anos de idade.

Plano B
• Agora, podemos utilizar antieméticos sem peso na consciência para pacientes > 6 meses! Em situações de vômitos persistentes,
podemos utilizar a ONDANSETRONA. Apenas, há a orientação para não utilizar essa medicação em gestantes.

Estratégia MED | Pediatria | Memorex do Estratégia MED 48


M DIARREIA PEDIATRIA Memorex do Estratégia MED Estratégia
MED

PLANO C
PARA TRATAR A DESIDRATAÇÃO GRAVE POR VIA ENDOVENOSA NO IDENTIFICAR DISENTERIA OU OUTRAS PATOLOGIAS
o grave) ASSOCIADAS À DIARREIA
ESTABELECIMENTO DE SAÚDE/HOSPITAL
co,
iente* C.1 ADMINISTRAR REIDRATAÇÃO ENDOVENOSA – FASE DE EXPANSÃO E D.1 VERIFICAR SE O PACIENTE TEM SANGUE NAS FEZES (DISENTERIA) E AVALIAR SEU ESTADO
FASE DE MANUTENÇÃO/REPOSIÇÃO GERAL:

er* FASE DE EXPANSÃO – MENORES DE 1 ANO3 D.1.1 Se apresentar sangue nas fezes e comprometimento do estado geral, conforme o quadro de
avaliação do estado de hidratação do paciente e/ou febre alta persistente, dor abdominal, tenesmo
TEMPO DE ou comprometimento sistêmico:
SOLUÇÃO VOLUME
ADMINISTRAÇÃO D.1.1.1 Reidratar o paciente conforme os planos A, B ou C definido segundo estado de hidratação.
D.1.1.2 Iniciar antibioticoterapia:
Soro Fisiológico
entamente
1º a 0,9% ou Ringer 30 ml/kg 1 hora
s) a) CRIANÇAS COM ATÉ 30 kg (até 10 anos):
Lactato
(a partir de 3 meses e sem imunodeficiência)
Soro Fisiológico Azitromicina: 10 mg/kg/dia, via oral, no primeiro dia e 5 mg/kg/dia por mais 4 dias;
2º a 0,9% ou Ringer 70 ml/kg 5 horas Aqui, no Plano C, tivemos mudanças mais marcantes.
Ceftriaxona: 50 mg/kg intramuscular 1 vez ao dia, por 3 a 5 dias, como alternativa.
Lactato
u mais
os um Esse tratamento é composto pela fase de expansão e
FASE DE EXPANSÃO – A PARTIR DE 1 ANO3 NOTA: Crianças menores de 3 meses ou criança com imunodeficiência:
risco (*):
AVE TEMPO DE manutenção. No guideline antigo, a fase de expansão mudava entre
• Ceftriaxona: 50 a 100 mg/kg endovenosa 1 vez ao dia. Se não estiver hospitalizada,
administrar 1ª dose intramuscular e referenciar ao hospital.
SOLUÇÃO VOLUME
ADMINISTRAÇÃO
menores ou maiores de 5 anos. Agora, a diferença é entre maior ou
nização Soro Fisiológico b) CRIANÇAS COM MAIS DE 30kg (com mais de 10 anos), ADOLESCENTES e ADULTOS:
1º a 0,9% ou Ringer
Lactato
30 ml/kg 30 minutos menor de UM ANO:
Ciprofloxacino: 1 comprimido de 500 mg de 12/12h, via oral, por 3 dias;
Ceftriaxona: 50 a 100 mg/kg intramuscular 1 vez ao dia, por 3 a 5 dias, como alternativa.
Soro Fisiológico • crianças
Observação: Expansão em < 1deano:
com quadro SF ou devem
desnutrição RL 30terml/kg em 1atendimento
o primeiro hora OU em
r o plano qualquer estabelecimento de saúde, devendo-se iniciar hidratação e antibioticoterapia de
2º a 0,9% ou Ringer 70 ml/kg 2 horas e 30 minutos
Lactato 70até
forma imediata, ml/kg em 5 ao
que chegue horas.
hospital.

3
Para recém-nascidos ou menores de 5 anos com cardiopatias graves, D.1.1.3 Orientar•o paciente
Expansão em ≥ 1 ano:
ou acompanhante SFaumento
para ou RL 30 ml/kg em
da ingestão 30 minutos
de líquidos e manter a
começar com 10 ml/kg de peso. alimentação habitual, caso o tratamento seja realizado no domicílio.
ORAL OU 70após
D.1.1.4 Reavaliar o paciente ml/kg em 2h30.
2 dias.
FASE DE MANUTENÇÃO/REPOSIÇÃO PARA TODAS AS FAIXAS ETÁRIAS D.1.1.5 Se persistir a presença de sangue nas fezes após 48 horas do início do tratamento:

TEMPO DE
Ah, em recém-nascidos ou < 5 anos com cardiopatia grave,
SE CRIANÇA (até 10 anos): Encaminhar para internação hospitalar.
ÇÃO SOLUÇÃO VOLUME
ADMINISTRAÇÃO SE ADULTO, ADOLESCENTE OU CRIANÇAS COM MAIS DE 10 ANOS:
iniciamos com 10 ml/kg de peso.
• Condições gerais boas: seguir planos A, B ou C, conforme estado de hidratação – não usar
Peso até antibioticoterapia.
100 ml/kg
receber
trado no
10 kg Na fase de manutenção, não tivemos mudanças.
• Condições gerais comprometidas: administrar Ceftriaxona 50 a 100 mg/kg, via intramuscular,
1 vez ao dia, por 3 a 5 dias, ou encaminhar para internação hospitalar.
1.000 ml +
ede do 50 ml/kg de No mais, outra mudança importante foi o antibiótico de
D.2 IDENTIFICAR DIARREIA PERSISTENTE/CRÔNICA
Peso de 10
peso que
amente,
Soro Glicosado
a 5% + Soro
a 20kg
exceder 10 escolha em casos de disenteria!
D.2.1 Se tiver mais de 14 dias de evolução da doença:
kg D.2.1.1 Encaminhar o paciente para a uma unidade hospitalar se:
Fisiológico a 0,9%
LANO na proporção de 1.500 ml +
Agora, utilizamos AZITROMICINA em < 10 anos ou até 30
• For menor de 6 meses.
se de 4:1 (manutenção) • Apresentar sinais de desidratação. Nesse caso, reidrate-o primeiro e, em seguida,
20 ml/kg de
Peso peso que kg como primeira linha. Durante 4 dias, 10 mg/kg/dia, via oral, no
encaminhe-o a uma unidade hospitalar.
acima exceder 20
kg): 8 mg. de 20 kg kg primeiro dia, e 5 mg/kg/dia por mais 4 dias. Não usamos mais o
Observação: quando não houver condições de encaminhar para a unidade hospitalar,
orientar o responsável/acompanhante para administrar líquidos e manter a alimentação
3º (no máximo 24 HORAS habitual no domicílio enquanto aguarda referência hospitalar. Caso apresente algum
2.000 ml) ciprofloxacino nessa população.
sinal de alerta (vide item A 3.2), levar imediatamente a um estabelecimento de saúde
+ para atendimento.
Para < 3 meses ou imunodeficientes, damos preferência para
Soro Glicosado D.2.1.2 Pacientes maiores de 6 meses sem sinais de desidratação: encaminhar para consulta
Iniciar com 50 ml/kg/dia.
ENTE
O
a 5% + Soro
Reavaliar esta quantidade a ceftriaxona.
médica para investigação e tratamento.
Fisiológico a 0,9%
de acordo com as perdas D.3 OBSERVAR SE HÁ DESNUTRIÇÃO GRAVE
na proporção de 1:1
(reposição)
do paciente. Para adolescentes e adultos (> 10 anos ou 30 kg),
eo D.3.1 Se o paciente estiver com desnutrição grave:
+ continuamos com a ciprofloxacino como primeira linha.
D.3.1.1 E estiver hidratado: encaminhar para o tratamento no estabelecimento de saúde.
strica D.3.1.2 E estiver desidratado: iniciar imediatamente a reidratação e em seguida encaminhar o
2 ml para cada 100 ml paciente para o tratamento no estabelecimento de saúde. Entregar ao paciente ou responsável
KCl a 10%
uir o de solução da fase de envelopes de SRO em quantidade suficiente e recomendar que continue a reidratação até que
manutenção. chegue ao estabelecimento de saúde em que receberá o tratamento.
Ufa! São muitas mudanças, mas, como foram divulgadas
C.2 AVALIAR O PACIENTE CONTINUAMENTE. SE NÃO HOUVER MELHORA D.4 VERIFICAR A TEMPERATURA
O
AR A:
DA DESIDRATAÇÃO, AUMENTAR A VELOCIDADE DE INFUSÃO/ no começo do ano, podem ser vistas com olhos atentos pelos
GOTEJAMENTO: D.4.1 Se o paciente estiver com a temperatura de 39 ºC ou mais, além do quadro diarreico, investigar e
tratar outras possíveis causas, por exemplo, pneumonia, otite, amigdalite, faringite, infecção urinária.
examinadores. Foque nas diferenças!
C.2.1 Iniciar a reidratação por via oral com solução de SRO, quando o paciente
puder beber, geralmente 2 a 3 horas após o início da reidratação endovenosa,
lavar concomitantemente. USO DE MEDICAMENTOS EM PACIENTES COM DIARREIA
humano C.2.2 Interromper a reidratação por via endovenosa somente quando o
paciente puder ingerir a solução de SRO em quantidade suficiente para se Antibióticos: Devem ser usados somente para casos de diarreia com sangue (disenteria)
manter hidratado. A quantidade de solução de SRO necessária varia de um e comprometimento do estado geral ou em caso de cólera grave. Em outras condições, os
paciente para outro, dependendo do volume das evacuações. antibióticos são ineficazes, causam resistência antimicrobiana e, portanto, não devem ser prescritos.
C.2.3 Observar o paciente por pelo menos 6 horas. Antiparasitários: Devem ser usados somente para:
OUVER • Amebíase, quando o tratamento de disenteria por Shigella sp fracassar, ou em casos em que se
C.2.4 Reavaliar o estado de hidratação e orientar quanto ao tratamento
AR AO identificam nas fezes trofozoítos de Entamoeba histolytica englobando hemácias: Metronidazol
apropriado a ser seguido: PLANO A, B ou continuar com o C.
ÇÃO. 50 mg/kg/dia 3x/dia por 10 dias.
• Giardíase, quando a diarreia durar 14 dias ou mais, se identificarem cistos ou trofozoítos nas fezes
ou no aspirado intestinal: Metronidazol 15 mg/kg/dia 3x/dia por 5 dias.
OS PACIENTES QUE ESTIVEREM SENDO REIDRATADOS POR VIA Zinco: Deve ser administrado, conforme descrito no PLANO A, para crianças menores de 5 anos.
ENDOVENOSA DEVEM PERMANECER NO ESTABELECIMENTO DE Antiemético: Apenas deve ser usado se o paciente apresentar vômitos persistentes, conforme
SAÚDE ATÉ QUE ESTEJAM COMPLETAMENTE HIDRATADOS E descrito no PLANO B, para garantir que consiga ingerir a solução de SRO e ser reidratado.
MENTO CONSEGUINDO MANTER A HIDRATAÇÃO POR VIA ORAL.
ANTIDIARREICOS NÃO DEVEM SER USADOS
Fonte: Ministério da Saúde.

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PEDIATRIA Memorex do Estratégia MED Estratégia
MED

CAPÍTULO

17. ASMA
Tanto o manejo de exacerbação quanto de manutenção despenca nas provas. Temos algumas peculiaridades de acordo com a idade
do paciente.
Se você pensa em Unicamp, USP-SP, USP-RP, Unifesp, HIAE, PSU-MG…não vá para a prova com dúvidas sobre este tema!

DIAGNÓSTICO FUNCIONAL

Para fecharmos o diagnóstico clínico, não precisamos necessariamente da espirometria - até porque pode ser difícil fazer esse exame
em crianças.
No entanto, para o diagnóstico funcional, é necessário documentar a doença obstrutiva: VEF1/CVF < 0,90 nas crianças, associado a:

Documentar que a variação na função pulmonar é maior do que em pessoas saudáveis (1 ou mais dos seguintes):

Prova broncodilatadora Aumento do VEF1 > 12% do previsto após o uso do


(mais utilizada) broncodilatador

Variação diária média do PFE


(realizar duas vezes por dia, pela manhã e à noite, por um Variação diária média do PFE > 13% nas crianças.
período aproximado de 2 semanas)

Teste do exercício positivo Queda de VEF1 > 10% ou PEF > 15%

Variação no VEF1 > 12% ou > 15% no PFE entre as


Variação excessiva na função pulmonar entre as consultas
consultas (podendo incluir infecções respiratórias)

CONTROLE DA ASMA

Tome cuidado com a diferença entre maiores e menores de 6 anos.


! PARA FACILITAR: crianças maiores precisam de sintomas mais frequentes para considerarmos um descontrole da asma.

Para maiores de 6 anos:

Asma parcialmente Asma não


Instrumento/itens Asma controlada
controlada controlada

Sintomas diurnos > 2x/semana

Despertares noturnos por asma


Nenhum item 1 - 2 itens 3 - 4 itens
Medicação de resgate > 2x/semana

Limitação das atividades por asma

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PEDIATRIA Memorex do Estratégia MED Estratégia
MED

Para menores de 6 anos:

Parcialmente
Asma controlada Não controlada
controlada
Sintomas diurnos com ação maior do que
alguns minutos por mais do que 1 vez por
semana
Algum despertar noturno ou tosse noturna
zero 1a2 3a4
(mesmo sem despertar)
Necessidade de medicação de resgate > 1 vez
por semana
Limitação da atividade diária por asma (brincar)

TRATAMENTO DE MANUTENÇÃO PARA PACIENTES ENTRE 6 E 11 ANOS

A atualização recente, que trouxe a terapia MART como opção para essa população, é a queridinha das provas.

Sintomas na
maior parte dos
Sintomas na dias ou
maior parte dos despertar com
dias ou asma 1 ou mais
despertar com vezes por
asma 1 ou mais semana e baixa
vezes por função
Sintomas 2 semana pulmonar
Sintomas menos
vezes por mês
de 2 vezes por
ou mais, não
mês
diários
ETAPA 3 ETAPA 4
Dose baixa de CI + Dose média de ETAPA 5
LABA OU Dose CI+LABA OU Dose Encaminhar para
média de CI OU baixa de CI+ avaliação fenotípica,
Dose muito baixa de formoterol (MART) dose alta de CI+LABA
ETAPA 1 ETAPA 2
CI + formoterol Encaminhar ao ou adicionar antilgE
Dose baixa de CI Dose baixa de CI
quando utilizar SABA diária (MART) especialista

Adicionar
antiinterleucina 5 ou
Antileucotrieno diário
Considerar dose baixa Dose baixa de CI + Associar tiotrópio ou dose baixa de
OU dose baixa de CI
de CI diária antileucotrieno antileucotrieno corticoide oral
quando utilizar SABA
(considerar os efeitos
colaterais)

TERAPIA DE RESGATE OU ALÍVIO


SABA se necessário OU dose baixa de CI + formoterol (MART)

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PEDIATRIA Memorex do Estratégia MED Estratégia
MED

TRATAMENTO DE MANUTENÇÃO PARA PACIENTES MENORES DE 6 ANOS

! PARA FACILITAR: não temos espaço para beta-2-agonistas de longa ação. Bata o olho na idade do paciente e já descarte as alternativas
que trouxerem essa conduta.

ETAPA 4

ETAPA 2 ETAPA 3 Manter dose


dobrada de
ETAPA 1 Dose baixa de Dobrar a dose CI e encaminhar
CI diária de CI ao especialista

Dose baixa de Associar


CI em dose Antileucotrieno CI + antileucotrieno
alta em diário OU CI antileucotrieno OU
infecções intermitente no aumentar a
Considerar frequência de CI
virais início do quadro encaminhamento
respiratório OU adicionar CI
ao especialista intermitente

TERAPIA DE ALÍVIO:
SABA se necessário

EXACERBAÇÃO DE ASMA EM PACIENTES ENTRE 6 E 11 ANOS

Este é o dia a dia do Pronto-Socorro Infantil! Assim que o ! PARA FACILITAR: alterações no nível de consciência e
paciente chega, rapidamente, devemos fazer uma avaliação da incapacidade de falar são as principais manifestações que os
gravidade da asma, pois isso muda nossa conduta na primeira hora examinadores gostam de enfatizar quando estamos diante de uma
de tratamento! crise grave ou muito grave.

“LIFE THREATENING”
PARÂMETROS CRISE LEVE A MODERADA CRISE GRAVE
MUITO GRAVE
Nível de consciência Não agitado Agitado Sonolento, confuso
Sem uso de musculatura Uso de musculatura
Padrão respiratório Dispneia importante
acessória acessória
FR Aumentada, mas ≤ 30 irpm > 30 irpm
FC 100 - 120 bpm > 120 bpm
Saturação 90 - 95% < 90% Tórax silencioso
Capacidade de falar Frases Palavras
PFE > 50% do previsto ≤ 50% do previsto

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MED

Depois, vamos cuidar do paciente. O fluxograma a seguir é bem completo! Tenha atenção em que situações utilizamos o anti colinérgico
(brometo de ipratrópio) e o sulfato de magnésio: são medicações utilizadas para crises mais graves.

NÃO Avaliação inicial: A (vias aéreas) B SIM


(respiração) C (circulação). Algum destes
presente: confusão ou tórax silencioso?

UTI; inicie
Classificar de acordo
imediatamente o
com o pior sinal
tratamento; Prepare
para IOT

Grave
Leve a Moderado
Fala em palavras
Fala em frases
Senta inclinado para
Prefere sentar
frente
Não agitado
Agitado
FR elevada
FR > 30 bpm
Sem ou pouco uso de
Uso de musculatura
musculatura acessória
acessória
FC 100-120 bpm
FC > 120 bpm
Saturação 90-95%
Saturação < 90%
PFP > 50% do previsto
PFP < 50% do previsto
ou do basal
ou do basal

Beta-2-agonista inalatório Beta-2-agonista inalatório


Corticoide sistêmico Corticoide sistêmico
Oxigênio (saturação alvo: Oxigênio (saturação alvo: 94-98%)
94-98%) Brometo de Ipratrópio
Considerar Brometo de Considerar sulfato de magnésio
Ipratrópio Considerar CI dose alta

Se paciente
continuar a piorar,
transferir para UTI

AVALIAÇÃO FREQUENTE DA RESPOSTA CLÍNICA


AVALIAR FUNÇÃO PULMONAR
Em todos os pacientes 1h após o tratamento

VEF, ou PEF 60-80% VEF, ou PEF < 60% do


do predito ou melhora predito ou falta de
dos sintomas resposta clínica
MODERADA SEVERA
considerar Manter tratamento e
planejamento de alta reavaliação constante

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PEDIATRIA Memorex do Estratégia MED Estratégia
MED

EXACERBAÇÃO DE ASMA EM PACIENTES MENORES DE 6 ANOS

De uma forma geral, o tratamento não muda tanto. No entanto, é de suma importância fixar que drogas não devem ser utilizadas nesta
população, pois é justamente nesse detalhe que boa parte das questões se apoia!

FIQUE ATENTO:
As principais diferenças em relação às crianças maiores de 6 anos são:
1) Na crise leve a moderada não é indicado o corticoide na primeira hora.
2) Não se recomenda o uso de sulfato de magnésio de rotina, embora possa ser considerado na asma grave em maiores de 2
anos.

PARÂMETROS CRISE LEVE/MODERADA CRISE GRAVE

Nível de consciência Normal ou agitação leve Agitado, confuso ou sonolento

Cianose central Ausente Pode estar presente

Desconforto respiratório Dispneia leve Dispneia importante

FR ≤ 40 irpm > 40 irpm

≤ 180 bpm (0-3 anos) > 180 bpm (0-3 anos)


FC
≤ 150 bpm (> 3 anos) > 150 bpm (> 3 anos)

Saturação ≥ 92% < 92%

Capacidade de falar Frases Palavras

Sibilos Variáveis Tórax pode estar silencioso

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MED

EXACERBAÇÃO DE
ASMA

Avalie a
gravidade

Leve a moderada: Grave:


Falta de ar, agitação, Incapacidade de falar ou ingerir
FC ≤ 180 (0 a 3 anos) líquidos, cianose central, confusão,
e ≤ 150 (4-5 anos) náuseas, FR > 40irpm, Sat < 92%,
Sat O2 ≥ 92% Tórax silencioso, FC >180 (0-3 anos) >
150 (4-5 anos)

Oxigênio Transferir para


SABA 2 puff - o hospital
20/20 min na
1ª hora
Considerar
ipratrópio 1 a
2 puff Oxigênio
Saturação alvo: SABA 6 puff -
94-98% 20/20 min na
1ª hora
Considerar 1 a
2 puff de
ipratrópio
Prednisolona
2mg/kg

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MED

CAPÍTULO

18. FEBRE REUMÁTICA


É fundamental que você memorize os critérios para ! PARA FACILITAR: lembre-se de que os critérios menores
populações de moderado a alto risco, pois são os critérios utilizados são menos específicos. Muita coisa pode causar febre, alteração de
em nosso meio. PCR ou VHS, monoartralgia e prolongamento de PR. No entanto,
Para fechar o diagnóstico, precisamos de: 2 critérios maiores poliartrite, cardite, coreia de Sydenham, eritema marginado e
associados à evidência de estreptococcia prévia OU 1 critério maior nódulos subcutâneos são manifestações mais características de
e 2 menores associados à evidência de estreptococcia prévia. febre reumática! Dessa forma, são considerados critérios maiores.

Populações de baixo risco Populações de moderado a alto risco

Artrite: apenas poliartrite Artrite: monoartrite, poliartrite ou poliartralgia

Cardite: clínica ou subclínica Cardite: clínica ou subclínica

Coreia de Sydenham Coreia de Sydenham

Eritema marginado Eritema marginado

Nódulos subcutâneos Nódulos subcutâneos

Quadro: Critérios maiores para Febre Reumática (AHA 2015).

Populações de baixo risco Populações de moderado a alto risco

Poliartralgia Monoartralgia

Febre ≥ 38,5°C Febre ≥ 38°C

VHS ≥ 60mm na 1ª hora e/ou VHS ≥ 30mm na 1ª hora e/ou


PCR ≥ 3mg/dL PCR ≥ 3mg/dL

Intervalo PR prolongado para a idade (a menos que a Intervalo PR prolongado para a idade (a menos que a
cardite seja um critério maior) cardite seja um critério maior)

Quadro: Critérios menores para febre reumática (AHA 2015).

Mas, fique atento! Não se pode considerar:


• Artrite como critério maior E artralgia como critério menor;
• Cardite como critério maior E aumento do PR como critério menor.

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MED

Além disso, existem duas situações em que o diagnóstico que geralmente é feita com penicilina G benzatina a cada 21 dias.
de FR é possível, sem preencher os critérios de Jones: coreia como Sofrido para quem já teve esse problema, hein?
única manifestação ou cardite indolente como única manifestação ! PARA FACILITAR: foque na descrição das sequelas cardíacas
após infecção estreptocócica recente. que o enunciado traz. Se fala em lesão valvar, o buraco é fundo - a
Além dos critérios, outro tema querido das provas que profilaxia será até os 40 anos ou por toda a vida.
envolve a febre reumática é a duração da profilaxia secundária,

DURAÇÃO DA PROFILAXIA
CARACTERÍSTICAS DO PACIENTE
(o que for mais longo)

Cardite? Lesão residual? Troca valvar? Duração após FRA Idade máxima

Não Não Não 5 anos 21 anos

Sim (leve) Leve ou ausente Não 10 anos 25 anos

Sim 40 anos ou por


Sim Não 10 anos
(moderada à severa) toda a vida

Sim Sim Sim Durante toda a vida

CAPÍTULO

19. DOENÇAS EXANTEMÁTICAS


Top 3 dos temas mais importantes dentro da Pediatria! Não ! PARA FACILITAR: duas características importantes ajudam
vá para a prova sem dominar este tema. No geral, são questões a guiar nosso raciocínio nessas questões - a idade do paciente e o
bem fáceis, que seus concorrentes certamente irão garantir. Não dá estado geral. Tenha em mente essas informações sobre cada uma
pra bobear aqui, hein? das doenças exantemáticas.

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MED

EXANTEMA ERITEMA
SARAMPO RUBÉOLA VARICELA MÃO-PÉ-BOCA ESCARLATINA
SÚBITO INFECCIOSO
Estreptococo
Agente Herpesvírus 6 Parvovírus Vírus varicela-
Morbillivirus Togavírus Coxsackie beta-hemolítico
infeccioso e7 B19 zóster
do grupo A
Secreções Fecal-oral ou
Secreções
Transmissão nasofaríngeas, Perdigotos Perdigotos Perdigotos Aerossol secreções
respiratórias
aerossóis respiratórias
Incubação 7-21d 5-15d 4-14d 14-21d 10-21d 3-6d 4-7d
Antes dos
sintomas até
10d após
6 dias antes do Antes dos resolução do
Durante a Cessa após o Dias antes até contato até
Contágio exantema e 4 sintomas até quadro ou 24
febre exantema 5-7d após formação de
dias após semanas após horas após
crostas
o início do
tratamento
Febre alta,
prostração,
Febre,
tosse seca, Febre alta e Febre baixa,
Geralmente, Leve, pode amigdalite,
Pródromos hiperemia bom estado Leves irritabilidade,
ausente estar ausente língua em
conjuntival, geral anorexia
framboesa
manchas de
Koplik
Exantema
maculopapular
Exantema
generalizado, Exantema “Face Polimórfico
papular,
de início maculopapular esbofeteada” Maculopapular pruriginoso Úlceras orais
pruriginoso, tipo
Exantema retroauricular, róseo que e rendilhado róseo Acomete Papulovesículas
“lixa”
com progressão surge no em tronco e cefalocaudal mucosas e em mãos e pés
Sinal de Pastia
cefalocaudal cessar da febre membros couro cabeludo
Sinal de Filatov
e que pode
confluir
Síndrome das
Infecção
luvas e meias
cutânea
Crise aplástica Artralgia
Síndrome de
Pneumonia, Convulsão transitória Síndrome Febre reumática
Complicações Reye Raras
OMA, PEES febril Doença da rubéola GNDA
Doença
disseminada congênita
disseminada
Doença
Herpes-zóster
congênita
Sintomáticos
Sintomáticos
Sintomáticos, Pode ser
Tratamento Sintomático Sintomáticos Aciclovir em Sintomáticos Antibioticoterapia
vitamina A necessário
alguns casos
transfusão
Vacina e Vacina e
Profilaxia Não tem Não tem Vacina Não tem Não tem
imunoglobulina imunoglobulina
Notificação ALGUNS
SIM NÃO NÃO SIM NÃO NÃO
obrigatória ESTADOS

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MED

A seguir, temos o curioso caso da Doença de Kawasaki (DK): Unifesp, Unesp, Einstein e até a USP costumam fazer questões
a doença que todo mundo conhece das provas, mas que poucos sobre esse tema de forma recorrente.
viram na prática! ! PARA FACILITAR: MUITA atenção na duração da febre no
Por alguma razão que eu desconheço, bancas como Unicamp, enunciado. A DK necessariamente cursa com febre prolongada.

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MED

CAPÍTULO

20. EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS


Agora, vamos falar de problema. O atendimento à criança gravemente enferma é tema quente para provas disputadas, como USP-SP
e Unifesp.

SUPORTE BÁSICO DE VIDA

Saber a descrição de uma boa massagem cardíaca é importante tanto para as provas objetivas quanto para as práticas.
! PARA FACILITAR: mentalize a situação real e vá seguindo o passo a passo. Destaco a importância de ficar atento à descrição de quantos
socorristas estão disponíveis, hein?

BLS BASIC LIFE SUPPORT

COMPONENTES ADOLESCENTES CRIANÇAS BEBÊS


SEGURANÇA DO LOCAL Verificar segurança do local.

• Vítima responde?
• Pulso e respiração verificados simultaneamente.
RECONHECIMENTO DA PCR
• Ausência de respiração ou gasping?
• Não sentiu pulso em 10 segundos?

• Colapso presenciado:
◦ Se estiver sozinho, acionar ajuda e pegar o DEA.
ACIONAMENTO DO SERVIÇO
◦ Se acompanhado, inicie a RCP e solicite que alguém chame ajuda e pegue o DEA.
MÉDICO DE EMERGÊNCIA
• Colapso não presenciado: Se estiver sozinho, execute 2 minutos de RCP antes de chamar
ajuda.

RELAÇÃO VENTILAÇÃO
1 ou 2 Socorristas: 1 Socorrista: 30x2
COMPRESSÃO SEM VIA AÉREA
30x2 2 Socorristas: 15x2
AVANÇADA

FREQUÊNCIA DE COMPRESSÃO 100 a 120/minuto

PROFUNDIDADE DE Pelo menos 1/3 do diâmetro anteroposterior do tórax


COMPRESSÃO 5 a 6 cm 5cm 4cm

2 mãos sobre a
2 mãos ou 1 mão sobre a Técnica dos dois polegares ou
POSIÇÃO DAS MÃOS metade inferior do
metade inferior do esterno. técnica dos dois dedos
esterno.

Após cada compressão, espere o retorno total do tórax.


RETORNO DO TÓRAX
Não se apoie sobre o tórax.

MINIMIZAR INTERRUPÇÕES Nas compressões torácicas, limite as interrupções a menos de 10 segundos.


Adaptado de AHA 2015 - Suporte Básico de Vida.

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Destaco, também, a importância de conhecer o conceito de “ventilações de resgate” na Pediatria e suas aplicações. Atualmente, nossa
vida foi facilitada: tanto para via aérea avançada quanto para ventilação com bolsa-válvula-máscara, as ventilações de resgate são feitas na
taxa de 1 respiração a cada 2 a 3 segundos (20 a 30 respirações por minuto).
• Ventilação na RCP pediátrica: 1 respiração a cada 2 a 3 segundos.
! PARA FACILITAR: foque nas principais diferenças entre uma RCP em um adulto e uma RCP em crianças. Os examinadores costumam
cobrar exatamente essas peculiaridades.

Impressão inicial (aparêmcia,


respiração e circulação).

Necessária intervenção NÃO


imediata?

SIM

Grite por ajuda.


Acione o plano rápido
de emergência.

A via aérea, a respiração


A criança respira e tem ou a perfusão estão
NÃO SIM
pulso? gravemente comprometidos?

NÃO RESPIRA, MAS TEM PULSO SIM

Abra e mantenha a via aérea. Inicie ventilação. Mantenha a via áerea,


Forneça oxigênio. Colocar monitor cardíaco e ventilação e a perfusão.
oxímetro de pulso. Forneça oxigênio, se
necessário. Conecte
manitor cardíaco e
oxímetro de pulso.

O pulso está abaixo de 60bpm com


Inicie RCP SIM perfusão defiviente, apesar do NÃO
oxigênio e da ventilação?
Avalie (avaliações
primárias, secundárias e
diagnósticas).
SE A QUALQUER MOMENTO INDENTIFICAR PCR

Cuidados pós-PCR Intervir Identificar

TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR (TSV)

• CARGA DO CHOQUE NA CARDIOVERSÃO DA TSV: 0,5 a 1 J/kg.

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! PARA FACILITAR: atenção, no enunciado da questão, na descrição de facilidade acesso venoso e sinais de instabilidade (alteração de
consciência, sinais de má perfusão, dor torácica, dispneia).

TAQUICARDIA ≥220bpm
em lactentes
≥180bpm em crianças
QRS estreito
Onda p ausente
Identificar causa,
Manter via aérea patente,
Oxigênio,
PROVÁVEL Monitotação
TSV Acesso EV/IO

Pulso e perfusão
adequadas, sem
SIM NÃO
descompensação
cardiaca ou hipotensão
Considerar manobras
Considerar
vagais
manobras vagais
(Sem retardos)

• Estabeleça acesso vascular


• Se houver acesso EV/IO:
• Considere adenosina 0,1 mg/kg adenosina
em bolus OU
(pode ser necessária uma
• Sem acesso EV/IO ou
segunda dose)
adenosina ineficaz:
cardioversão sincronizada

Além disso, é fundamental ter em mente as principais diferenças entre uma TSV e uma taquicardia sinusal, que é pegadinha frequente
nas provas! Na UNIFESP, houve uma pergunta dessas que derrubou muita gente do cavalo…

Característica Taquicardia sinusal Taquicardia supraventricular


Início gradual,
História de dor, febre,
Manifestação Início súbito, pode apresentar término abrupto
desidratação, hemorragia,
anemia
Sinais da causa da taquicardia Palidez, desconforto respiratório, dor torácica, sinais
Avaliação clínica
ao exame físico de ICC
Lactente < 220bpm Lactente ≥ 220bpm
Frequência cardíaca
Criança < 180bpm Ciança ≥ 180bpm
Onda P presente,
Complexos QRS estreitos Onda P ausente ou anormal,
ECG Variabilidade RR de acordo com Complexo QRS estreito,
a atividade ou estimulação do Sem variabilidade na FC
paciente

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RITMOS CHOCÁVEIS EM PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA

Este é o fluxo de condutas diante de uma fibrilação ventricular ou uma taquicardia ventricular sem pulso.
! PARA FACILITAR: foco na dose inicial do choque e no aumento subsequente. Além disso, veja em que momento a adrenalina entra
aqui.

Desfibrilar 2 J/kg
Reiniciar RCP imediatamente

RCP por 2 minutos


Checar ritmo

Ritmo chocável?
FV/TV sem pulso

 Reiniciar RCP enquanto carrega desfibrilador


 Desfibrilar 4 J/kg
 Reiniciar RCP imediatamente por 2 minutos
 Epinefrina 0,1 ml / kg (1:10.000) - repetir de 3 a 5 minutos

Após 2 minutos checar ritmo

Ritmo chocável?
FV/TV sem pulso

 Continuar RCP enquanto carrega desfibrilador


 Desfibrilar 4 J/kg
 Reiniciar RCP imediatamente
 Considerar outros antiarrítmicos: Amiodarona, Lidocaína
 Tratar causas reversíveis

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RITMOS NÃO CHOCÁVEIS EM PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA

Este é o fluxo de condutas diante de uma assistolia ou de uma atividade elétrica sem pulso.
! PARA FACILITAR: lembre-se de que a adrenalina entra logo de cara aqui e outras medicações antiarrítmicas não têm espaço nesta
situação.

Início de RCP
Fornecer O2
Acoplar monitor/desfibrilador

Assistolia/AESP

Ritmo não chocável

 RCP por 2 minutos


 Acesso IV / IO
 Epinefrina a cada 3-5 minutos
 Considere via aérea avançada

Ritmo chocável?
FV/TV sem pulso

RCP por 2 minutos


Tratar causas reversíveis

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TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO EM CRIANÇAS

Fique atento ao corte de 2 anos de idade, pois os sinais de ! PARA FACILITAR: diferentemente dos adultos, em que o
gravidade são um pouco diferentes. É um tema que vira e mexe TCE só é moderado com Glasgow < 13, as crianças já merecem uma
aparece na Unicamp e outras provas grandes. TC de crânio em qualquer Glasgow que não seja 15. Guarde isso!

TCE DE ALTO RISCO TCE DE RISCO MODERADO

REALIZAR REALIZAR
TC DE CRÂNIO OU
TC DE CRÂNIO OBSERVAÇÃO CLÍNICA

<2 ANOS
< 2 ANOS
• Hematomas subgaleal não frontal
• Escala de Glasgow ≤=14
• Perda de consciência por mais de 5 segundos
• Estado mental alterado • Mecanismo de trauma grave

• Fratura de crânio palpável • “Não está normal” segundo os pais

>2 ANOS
>2 ANOS • Perda de consciência

• Vômitos
• Escala de Glasgow ≤=14
• Mecanismo de trauma grave
• Estado mental alterado
• Cefaleia forte
• Sinais de fratura de base de crânio

Se nenhum desses fatores estiver presente, a criança pode ir de alta apenas com orientações aos responsáveis.

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