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SISTEMA CARDIOVASCULAR
1 – Exame Físico
No lado direito:
No lado esquerdo:
2.2. Inspeção:
A inspeção no exame físico do sistema cardiovascular consiste na avaliação do precórdio. A semiotécnica é a seguinte:
- A observação da região precordial deve ser feita com o paciente em decúbito dorsal (também pode ser feita com o paciente sentado, mas os
professores preferem em decúbito). Você deve estar voltado para o lado direito do paciente, e deve fazer uma análise frontal e tangencial.
- Presença de abaulamentos; - Presença de retrações; - Presença de lesões elementares; - Presença de circulação colateral;
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O íctus cordis, também conhecido como “choque de ponta” ou “impulso apical”, traduz o contato da porção anterior do ventrículo esquerdo
com a parede torácica, durante a fase de contração isovolumétrica.
2.3. Palpação:
Longilíneos Brevilíneos Normolíneos
A palpação é dividida em:
- Palpação do precórdio;
Essas duas etapas podem ser realizadas num mesmo procedimento, através da seguinte semiotécnica:
- A palpação do precórdio é realizada com a mão espalmada de acordo com os focos de ausculta. É analisado se há a presença de frêmito catáreo, que
corresponde a “análise tátil de um sopro”, logo, deve estar ausente. Assim como na palpação de qualquer outro órgão, analisa-se resistência e
continuidade do tecido, bem como a presença de batimentos anormais.
- A sugestão como semiotécnica utilizada é a seguinte: Começa-se com a mão espalmada sobre o foco aórtico acessório, utilizando a seguinte
sequência: Foco aórtico acessório, foco pulmonar, foco aórtico, foco tricúspide e foco mitral.
2- Foco pulmonar;
3- Foco aórtico;
4- Foco tricúspide;
5- Foco mitral.
Estabeleceu-se esta sequência como sugestão, pois o término da palpação do precórdio com o foco mitral já favorece a continuação do
procedimento para a análise do íctus cordis. A mão espalmada neste foco permite a linearidade do procedimento.
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1- Foco aórtico acessório (3º E.I esquerdo) 2- Foco pulmonar (2º E.I esquerdo)
3- Foco aórtico (2º E.I direito) 4- Foco tricúspide (base do apêncide xifóide)
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Localização
Extensão
Intensidade
- Repousa-se a palma da mão sobre a região dos batimentos: leve, moderada ou forte.
Ritmo
- Rítmico (regular)
- Arrítimico (irregular)
Mobilidade
- Paciente muda do decúbito dorsal para decúbito lateral esquerdo: o normal é o íctus deslocar-se de 2 a 3cm para a esquerda.
Pulsação
- Atípica (normal)
- Típica: caracteriza-se por batimentos propulsivos: ocorre quando a mão que está palpando o íctus é levantada a cada contração.
Frêmito
- Ausente (normal)
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2.3. Ausculta:
- Funcionamento valvar;
- Patologias miocárdicas;
- Presença de arritmias.
Focos de ausculta:
Semiotécnica:
- Paciente em decúbito dorsal, decúbito lateral esquerdo ou sentado (nas aulas e nas provas é dado preferência ao paciente em decúbito dorsal).
Bulhas cardíacas:
- B1: fechamento das valvas mitral e tricúspide (atrioventriculares) “TUM” – maior intensidade no foco mitral (ápice) – Fase de contração
isovolumétrica.
- B2: fechamento das valvas aórtica e pulmonar (semilunares) “TA” – maior intensidade nos focos de base (aórtico e pulmonar) – Fase de
relaxamento isovolumétrico.
Pequeno Grande
B1 B2 B1 (e assim por diante...)
Silêncio
Silêncio
TUM TA
Parâmetros avaliados:
> B3: se origina das vibrações da parede ventricular subitamente distendida pela corrente sanguínea que penetra na cavidade durante o
enchimento ventricular rápido (é protodiastólico). Ausculta-se normalmente a B3 com mais frequência em crianças e jovens ou indivíduos com elevado
débito cardíaco. Também é comum em estados hipercinéticos (anemia, febre, exercícios físicos etc).
TUM TA TU TUM TA TU
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> B4: ocorre no fim da diástole (é telediastólico) ou pré-sístole e pode ser ouvida mais raramente em condições normais nas crianças e nos
adultos jovens. Trata-se da diminuição da distensão da parede ventricular com a contração atrial.
TUM TU TA TUM TU TA
Obs: B3 e B4 são bulhas que, dependendo da situação, podem se encaixar no perfil fisiológico ou no perfil patológico.
Desdobramento Fisiológico de B1: Normalmente, a valva mitral fecha-se antes da valva tricúspide. Contudo, esse intervalo é muito pequeno e o ouvido
humano não consegue perceber, gerando um som tipicamente representado como um “Tum”. Em algumas pessoas, esse intervalo é um pouco maior e
os dois componentes de B1 conseguem ser auscultados, gerando um som tipicamente representado por um “Trum”. Isso não reflete morbidade, é
somente uma variante do normal. Esse desdobramento é auscultado no foco tricúspide.
B1 B2 B1 B2
TRUM TA TRUM TA
Desdobramento Fisiológico de B2: A segunda bulha cardíaca normalmente encontra-se como um som seco e único, tipicamente caracterizado como um
“Tá”. Ele é único, porque apesar de a valva aórtica fechar-se antes da pulmonar, esse intervalo não é captado pela audição humana. Contudo, em algumas
pessoas sem doença cardíaca, esse intervalo pode estar um pouco aumentado, a ponto de ser possível auscultar ambos os componentes de B2 no
exame. Esse fenômeno recebe o nome de Desdobramento Fisiológico, e é reconhecido tipicamente, na ausculta, como um “Tra”. O desdobramento
fisiológico possui uma característica própria, que é a de aparecer ou aumentar com a inspiração e desaparecer ou diminuir com a expiração. Isso
acontece porque na inspiração, a pressão intratorácica diminui e leva à um aumento no retorno venoso, o que aumenta o volume de sangue no
ventrículo direito, levando o mesmo a demorar mais para ejetar todo o seu débito, de modo a atrasar o fechamento da valva pulmonar, levando ao
aparecimento do desdobramento à ausculta. Portanto, tipicamente, o desdobramento fisiológico é aquele que aparece com a inspir ação e desaparece
com a expiração, podendo estar presente nessas duas fases. É auscultado com mais intensidade no foco pulmonar.
B1 B2 B1 B2
- “Bulhas rítmicas, normofonéticas, em dois tempos, sem sopro ou outros ruídos, com frequência cardíaca = 75bpm (por exemplo)”
Obs.:
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Sopros:
Descrição:
Situação no ciclo:
- Meso = começa normal, tem o sopro e termina normal (no meio de determinado silêncio)
Sopro protossistólico
Sopro protodiastólico
Sopro mesossistólico
Sopro mesodiastólico
Sopro telessistólico
Intensidade: Fraco (+); Médio (++); Forte (+++); Muito forte (++++).
Timbre: rude; áspero; suave; musical; aspirativo; ruflar; em jato de vapor; locomotiva.
Observação Importante:
Ou seja,
Sopro sistólico:
Sopro sistólico auscultado na base: estenose das valvas semilunares.
Auscultado nas válvulas semilunares = Estenose
Sopro sistólico auscultado no ápice: insuficiência nas valvas atrioventriculares.
Auscultado nas válvulas atrioventriculares = Insuficiência
Sopro diastólico auscultado na base: insuficiência das valvas semilunares.
Sopro diastólico:
Auscultado nas válvulas semilunares = Insuficiência Sopro diastólico auscultado no ápice: estenose das valvas atrioventriculares.
Ritmo de galope
Uma ausculta cardíaca em ritmo de galope é típica de um indivíduo com disfunção ventricular; o mesmo se apresenta taquicárdico (pela estimulação
adrenérgica), e com as quatro bulhas presentes (devido à baixa complacência). Ou seja, ausculta-se B3 e B4.
B4 B1 B2 B3
TU TUM TA TU
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SISTEMA RESPIRATÓRIO
1 – Anamnese:
- Dor torácica: avaliar a localização e irradiação. As causas da dor torácica podem estar na parede torácica, nas pleuras, nos pulmões, no coração, no
pericárdio, nos vasos, no mediastino, no esôfago e no diafragma.
- Dispnéia: dificuldade para respirar (pode ser relacionada aos pequenos, médios e grandes esforços. Também pode ser de repouso).
- Ortopnéia: é a dispnéia que impede o paciente de ficar deitado e o obriga a assentar-se ou ficar de pé para obter alívio.
- Tosse: avaliar a frequência, intensidade, tonalidade, presença ou não de expectoração, relações com o decúbito e período do dia em que é maior a sua
intensidade. Pode ser produtiva (acompanhada de secreção) ou seca (não acompanhada de secreção).
- Pigarro: tosse repetitiva ou ruído resultante da tentativa de se livrar de real ou aparente hipersecreção de muco que se acumula e adere na parede
de estruturas das vias aéreas de condução.
- Expectoração: Na maioria das vezes, costuma ser consequência da tosse. O escarro pode ser seroso (contém grande quantidade de água e eletrólitos,
poucas proteínas e poucas células. É translúcido, semelhante à água.), mucóide (esbranquiçado e viscoso, contém mucoproteínas), purulento (rico em
piócitos) e hemático (rajas de sangue).
- Hemoptise: é a eliminação de sangue pela boca, passando através da glote. Pode ocorrer devido a hemorragias brônquicas ou alveolares. A causa mais
frequente são as bronquiectasias, sendo a tuberculose responsável por grande número de casos. Não confundir com hematêmese, que representa o
vômito com a presença de sangue cuja origem geralmente é do trato gastrintestinal.
- Vômica: é a eliminação mais ou menos brusca, através da glote, de uma quantidade abundante de pus ou líquido de outra natureza.
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2 – Exame Físico:
Antes de entrar na questão do exame físico em si, é necessário que compreendamos a topografia do tórax, com as suas devidas linhas anatômicas,
para que se torne mais compreensível os procedimentos realizados no exame.
Parede Posterior:
- Tipo de tórax: típico ou atípico; - Abaulamentos (presente em derrame pleural volumoso, tumorações);
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- Ritmo respiratório:
Regular;
Obs.: Na inspeção dinâmica também observa-se a amplitude respiratória, mas ratifica-se tal procedimento no exame de palpação do tórax.
É necessário que se faça uma avaliação anterior, lateral e posterior. Pode ser realizada com o paciente em pé ou sentado, mas nas aulas os professores
costumam a realizar o procedimento com o paciente em pé.
- Frêmito tóraco-vocal: também avaliado nas regiões anterior, laterais e posterior do tórax.
Obs.: Além destes dois principais, também se avalia a elasticidade da parede torácica, existência de atrofias e contraturas musculares.
- Para a face anterior, o médico coloca as mãos cobrindo a região supraclavicular de cada lado, de modo que as pontas dos dedos venham a apoiar-se
nos músculos trapézios. Os dois polegares juntam-se no nível da linha médio-esternal (a linha que corre pelo meios do esterno), na região infraclavicular.
Ao juntarem-se os dois polegares, recomenda-se fazer uma pequena prega cutânea. A expansibilidade é pesquisada solicitando-se ao paciente que
respire mais profundamente que o normal. Ela é avaliada pela sensação tátil e visual da expansão torácica, esta última evidenciada pelo afastamento
dos dois polegares. Normalmente, o afastamento deve ser igual em ambos os lados do tórax.
- Na face anterior, a expansibilidade lateral é predominante, e é ela que será verificada. O médico deve estar de frente para o paciente. Este coloca as
mãos espalmadas sobre as regiões inferiores do tórax, os polegares junto na linha médio-esternal, mais ou menos no apêndice xifoide, deixando entre
eles uma prega cutânea; os demais dedos direcionam-se para as regiões axilares. A pesquisa da expansibilidade é realizada como foi descrito
anteriormente. Durante a inspiração profunda, verifica-se o afastamento dos dois polegares, que deve ser simétrico.
- Para pesquisar a expansibilidade na face posterior, colocam-se as mãos cobrindo a região supra-escapular de cada lado, de modo que as pontas dos
dedos venham a apoiar-se no músculo trapézio. Os dois polegares devem juntar-se no nível da linha vertebral, formando uma pequena prega cutânea.
A expansibilidade é analisada como descrito anteriormente.
- Na face posterior, a expansão torácica ocorre principalmente no sentido lateral. O paciente deve ficar de costas para o examinados. Este coloca as
mãos espalmadas sobre as regiões infra-escapulares, os polegares juntos na linha vertebral, formando uma prega cutânea; os demais dedos direcionam-
se para as regiões infra-axilares. A expansibilidade é analisada como anteriormente.
- A palpação pode ser realizada com a mesma mão (esquerda ou direita) e a mesma região da mão, especificamente a metade distal da região palmar e
a metade proximal dos dedos. Quando a mão é colocada sobre o tórax, o paciente é solicitado a repetir, em voz alta, as palavras “trinta e três”. A pesquisa
do frêmito toracovocal é uma manobra comparativa: examinam-se os hemitórax de cima para baixo, nas faces posterior e lateral. Na face anterior, a
pesquisa é feita somente nas regiões infraclaviculares.
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- Anteriormente, observa-se:
- Na percussão anterior do tórax, inicia-se a sequência na região supra-clavicular e, posteriormente, faz-se a percussão nos espaços intercostais.
- Na percussão da parte posterior do tórax, começa-se percutindo a região infra-clavicular. Posteriormente, como na ausculta, percute-se como se
estivesse “contornando” a escápula. É percutido o espaço que fica entre as linhas escapulares e a linha médio-vertebral.
- Não se esquecer de comparar os sons gerados bilateralmente, seguindo a sequência em “barra grega”.
- Tanto nas regiões laterais como na região posterior, todos os pontos percutidos geram o som claro pulmonar.
- Não se esquecer de
comparar os dois lados e
realizar na sequência de
“barra grega”
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RUÍDOS ADVENTÍCIOS: São ruídos audíveis na ausculta torácica em situações específicas, não fisiológicas, sendo originados nos brônquios e
parênquima pulmonar denominados de estertores.
Estertores:
A) RONCOS OU RONCANTES:
B) SIBILOS OU SIBILANTES:
C) CREPITANTES:
- Origem alveolar, sons de menor intensidade. Edema de parede, conteúdo mucóide ou fluidificado em pequena quantidade no interior dos alvéolos
pulmonares.
D) SUBCREPITANTES OU BOLHOSOS:
- Origem alveolar, sons mais audíveis e rudes. Grande quantidade de fluido no interior dos alvéolos pulmonares.
Obs: A obstrução da laringe e traqueia provoca o aparecimento de som patológico interno, audível sem o uso de estetoscópio – ruído estridor
(também conhecido como cornagem ou traqueísmo) (dica: parece um macaco gritando)
Obs: Outros ruídos adventícios menos frequentes são: sopros pulmonares e atrito pleural (abaixo).
1 – Sopro Tubário: menos áspero e mais intenso que o sopro glótico fisiológico, mais evidente na expiração. Presentes em grandes condensações
pulmonares (pneumonia).
2 – Sopro Cavitário: grave, áspero e intenso, mais evidente na expiração e ocorre nas doenças cavitárias dos pulmões (tuberculose e neoplasias
malignas).
3 – Sopro Anfórico: é de timbre musical e ocorre pela ressonância em uma vasta câmara gasosa, sendo auscultados em casos de pneumotórax.
4 – Sopro Pleural: muito raro, ocorre em alguns casos de derrame pleural de médio volume e conteúdo bastante fluído.
5 – Atrito Pleural: produzido pela fricção dos folhetos pleurais (parietal e visceral) durante a respiração. Ocorre na fibrose pleural ou paqui-pleuris.
(dica: rede indo e vindo)
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EXAMES COMPLEMENTARES
Os exames complementares do módulo de respiratório consistem nas radiografias de tórax. Além da radiografia de tórax normal, é necessário
que se saiba 4 radiografias patológicas: pneumotórax, derrame pleural, atelectasia e síndrome consolidativa
Antes de qualquer coisa, é necessário levar em consideração em uma avaliação de radiografia de tórax se a mesma:
- Está BEM PENETRADA: uma radiografia de tórax bem penetrada nos permite principalmente distinguir às partes moles das partes duras (ossos).
Didaticamente, diz-se: “Se a radiografia está muito branca = pouco penetrada; se está muito preta: muito penetrada.”
- Está BEM CENTRALIZADA: para que o exame esteja bem centralizado, é necessário que as bordas mediais das clavículas estejam equidistantes do
centro da coluna. Além disso, as escápulas devem estar fora do campo.
- Está BEM INSPIRADA: o ideal é que o exame seja feito em apneia inspiratória máxima. Para sabermos se o exame está bem inspirado, devemos ter
de 9 a 11 costelas posteriores projetando-se sobre os campos pulmonares, ou contar, pelo menos, 9 espaços intercostais.
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Botão aórtico
Hemicúpula Silhueta
cardíaca
diafragmática direita
mais elevada que a Bolha gástrica
esquerda.
4 – Hemicúpula diafragmática: a direita deve estar mais elevada que a esquerda (por causa do fígado).
PNEUMOTÓRAX
Um pneumotórax representa o distanciamento entre a pleura parietal e pleura visceral por causa do acúmulo de ar no espaço pleural, como resultado
de uma ruptura em uma das superfícies pleurais.
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DERRAME PLEURAL
Um derrame pleural é caracterizado pelo acúmulo de líquido no espaço pleural. Pode ocorrer por condições que aumentem a pressão hidrostática dos
capilares pulmonares ou reduzam a pressão oncótica. Não é uma doença, mas sim uma manifestação de alguma outra patologia.
- Percussão: maciço/submaciço.
ATELECTASIA
Atelectasia é o colapso de parte ou de todo o pulmão, por um bloqueio na passagem de ar dos brônquios ou bronquíolos, seja por muco, objetos externos
ou algum tumor. Também pode ser ocasionada por perda de surfactante nos líquidos que revestem os alvéolos.
- Percussão: maciço
- Percussão: maciço/submaciço.
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QUADRO RESUMIDO:
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SISTEMA URINÁRIO
1 – Anamnese:
1.1 : Dor:
- Disúria: micção associada à sensação de dor, queimor ou desconforto na região púbica e uretral (infecção).
- Estrangúria ou tenesmo vesical: emissão lenta e dolorosa da urina, principalmente na região púbica (inflamação vesical intensa).
= A capacidade da bexiga, geralmente, é de 350-450 ml. Logo, sendo assim, é comum cerca de 4 micções por dia.
- Alterações no jato urinário: um jato fino, lento e fraco pode indicar fimose, estenose uretral etc.
- Retenção urinária: incapacidade da bexiga esvaziar-se completamente ou incompletamente. Nesse caso, a bexiga se enche e sente-se durante a
palpação a bexiga estendida na região do hipogastro – Não confundir com anúria, pois nesse caso, a bexiga sequer enche.
- Oligúria: volume de urina excretada menor que as necessidades para a eliminação de catabólitos, sendo convencionalmente classificada como
uma diurese inferior a 400 ml/dia em adultos.
- Poliúria: aumento do volume urinário (acima de 2500 ml/dia), com consequente aumento da frequência.
- Polaciúria: aumento do número de micções ao dia em intervalo inferior a 3h, sem aumento do volume total.
- Enurese: é uma micção completa (ou quase completa), involuntária, em idade onde o controle do esfíncter urinário já deveria ter sido adquirido.
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2 – Exame Físico:
2.1 : Inspeção;
2.2 : Palpação;
2.3 : Percussão;
2.1 Inspeção:
É realizada no abdômen e nas costas. Analisam-se parâmetros parecidos com a inspeção torácica, como edemas, abaulamentos, circulação colateral etc.
2.2 Palpação:
Os rins são de difícil acesso na palpação (existem algumas técnicas para a sua palpação, mas os professores pouco falam a respeito) e a bexiga normal
não é palpável. Os rins tornam-se mais facilmente palpáveis em casos de pielonefrite, por exemplo. A bexiga pode tornar-se palpável nos casos de
retenção urinária. A palpação de uma bexiga aumentada é realizada na região do hipogastro (ou região supra-púbica).
A palpação é realizada no abdômen, de acordo com as 9 zonas, seguindo-se uma sequência no sentido horário, com o paciente deitado.
Obs: Os detalhes da palpação do abdômen são mais valorizados na MD4, no módulo de sistema digestório. No sistema renal, são mais valorizados no
exame físico a inspeção e, principalmente, a percussão e exames complementares.
2.3 Percussão:
Os rins localizam-se na região retro-peritoneal, para-vertebral, a nível de T12 e L4. É feita a percussão da
região delimitada entre o rebordo costal e a crista ilíaca (loja renal).
Os parâmetros avaliados na percussão consistem na presença de dor, que pode indicar a presença de uma
infecção e /ou dilatação. Para isso, utiliza-se de duas manobras:
Na direta, utiliza-se somente uma das mãos, dando uma espécies de “socos” (2 ou 3) na loja renal (região entre o rebordo costal e a crista ilíaca, para-
vertebral).
Na indireta, coloca-se a mão esquerda espalmada na loja renal, e percute-se com a mão direita fechada.
No caso da presença de dor, diz-se que há sinal de Giordano positivo. No caso de ausência de dor: sinal de Giordano negativo.
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Percussão de Giordano
Assim como na punho-percussão de Murphy, a percussão de Giordano também avalia a presença de dor.
A semiotécnica utilizada são golpes com a mão espalmada na loja renal. Se o paciente sentir dor, sinal de
Giordano positivo. Se não sentir, sinal de Giordano negativo.
Obs 1: Notar que as manobras possuem nomes diferentes, entretanto, a avaliação da presença ou ausência de dor é feita pela análise d o sinal de
Giordano, que é a mesma para as duas manobras. Então, não confundir: o sinal de Giordano positivo ou negativo vale tanto para a punho-percussão
de Murphy, como para a percussão de Giordano.
Obs 2: Antes de iniciar a percussão, analisa-se a anamnese do paciente para ver se o mesmo já refere dor na região lombar. Neste caso, faz-se apenas
uma dígito-pressão na loja renal. Se o paciente já referir dor, não se fazem necessárias as manobras de percussão.
Obs 3: As manobras de percussão podem ser realizadas com o paciente em pé ou sentado. Nas aulas, os professores ensinam com o paciente em pé.
Neste caso, pede-se que paciente faça uma pequena inclinação para frente, apoiando-se, e deixando mais exposta a região lombar.
EXAMES COMPLEMENTARES
- Deve ser a primeira urina da manhã. Em outro período, o ideal é 4h após a última micção;
- Realizar, antes da coleta, asseio da região genital com água corrente e sabão neutro, de preferência;
- Levar a coleta ao laboratório de análises clínicas em tempo hábil (até, no máximo, 2h);
- Despreza-se o primeiro jato urinário (evita-se que bactérias presentes na uretra sejam detectadas no exame). Coleta-se o jato médio.
- PH: 4,5 a 7.
- Sangue: ausente.
- Glicose: ausente.
- Bilirrubina: ausente.
- Leucócitos: ausentes.
- Nitritos: ausente.
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Cilindros:
- São moldes das luzes tubulares, formados pela precipitação e/ou aglutinação de proteínas e outros conteúdos nos seus interiores.
- A presença de cilindros nos sedimentos urinários, sempre deve ser questionada pelos médicos.
- Tipos:
o Hemáticos (hemácias).
o Piocitários (piócitos).
o Cilindros granulosos.
Bactérias:
UROCULTURA:
Maior que 100.000 UFC/ml em pacientes assintomáticos (02 amostras de urocultura): BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA
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Hemácias:
Leucócitos ou piócitos:
A presença de leucócitos na urina costuma indicar que há alguma inflamação nas vias urinárias. Em geral, sugere infecção urinária, mas pode estar
presente em várias outras situações, como traumas, uso de substâncias irritantes ou qualquer outra inflamação não causada por um agente infeccioso.
Como também são células, os leucócitos podem ser contados na sedimentos copia. Valores normais estão abaixo de 5 células por campo.
Cristais:
Esse é talvez o resultado mais mal interpretado, tanto por pacientes como por alguns médicos. A presença de cristais na urina, principalmente de oxalato
de cálcio, não tem nenhuma importância clínica (a não ser que seja em grande quantidade). Ao contrário do que se possa imaginar, a presença de cristais
não indica uma maior propensão à formação de cálculos renais. Os únicos cristais com relevância clínica são: - Cristais de cistina - Cristais de magnésio-
amônio-fosfato (estruvita) - Cristais de tirosina - Cristais de bilirrubina - Cristais de colesterol. A presença de cristais de ácido úrico, se em grande
quantidade, também deve ser valorizada.
Células epiteliais:
A presença de células epiteliais raras é normal. São as próprias células do trato urinário que descamam. Elas só têm valor quando se agrupam em forma
de cilindro, recebendo o nome de cilindros epiteliais.
As provas de função renal não avaliam a etiologia do distúrbio renal. Avaliam a presença ou a ausência de uma disfunção com uma estimativa
aproximada de sua gravidade.
• É a medida da velocidade de remoção de uma substância do sangue durante a sua passagem pelos rins.
• Melhor método disponível para estimar a presença de lesão glomerular difusa de grau leve a moderado.
Clearance de Creatinina
Excretada através de uma combinação de filtração glomerular (70 a 80%) e secreção tubular.
Desvantagens:
4. Variáveis Laboratoriais
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- Cálculo utilizado:
DCE = U x V x 1,73 / S x A
- Valores normais:
Idosos: após os 40 anos de idade, espera-se uma redução de aproximadamente 6,5 ml/min/1,73 m² a cada 10 anos.
VALORES AUMENTADOS
- Sem significação clínica (erros na coleta da urina e/ou esvaziamento incompleto da bexiga).
VALORES DIMINUÍDOS
Clearance de Uréia
Processada no fígado.
É livremente filtrada pelos glomérulos renais, 40 a 50% são reabsorvidos no túbulo contornado proximal.
- Mede a taxa filtração glomerular (TFG), utilizando a creatinina sérica, que constitui um bom índice da função renal.
- Uma das principais fórmulas para estimar a filtração glomerular é a equação de Cockcroft-Gault:
Creatinina Sérica x 72
- Sendo a paciente do sexo feminino, deve-se multiplicar o resultado final por 0,85.
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SISTEMA ENDOCRINOLÓGICO
1 – Anamnese
Atentar para: Acantose nigricans - hiperpigmentação verrugosa, aveludada e acastanhada das pregas cutâneas (pescoço, virilha e axilas). Comum em
situações de hiperinsulinemia – obesidade, Síndrome dos Ovários Policísticos, S. de Cushing, Diabetes e acromegalia.
Mixedema é uma desordem de pele e tecidos causada geralmente por hipotireoidismo prolongado. Mais freqüente nas mulheres (5x). As
características de mixedema são: Edema de face, formando "bolsas" sob os olhos.
2 – Antropometria I
Endomorfo: corresponde àquele indivíduo gordo, isto é, membros superiores e inferiores curtos e flácidos, abdômen protuso e cheio, ombros e cabeça
redondo, e tórax com aparência pequena;
Mesomorfo: indivíduos com tipo atlético, ou seja, ombro e peitos largos, braços e pernas musculosos e abdômen pequeno. Apresenta pouco tecido
gorduroso subcutâneo;
Ectomorfo: indivíduo longelíneo o qual possui face magra (testa alta), pescoço fino e comprido, ombros caídos e largos, tórax e abdômen com
espessura e largura diminuídos.
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Relação Cintura-Quadril:
Circunferência abdominal:
- Linha média entre o rebordo costal e a crista ilíaca. Em mesomorfos, costuma coincidir com a linha da cicatriz umbilical.
Circunferência do quadril:
- Trata-se de um valor isolado sem importância – usado para fazer a Relação Cintura Quadril.
A relação entre a cintura e o quadril (RCQ), é um excelente meio para identificar a existência do risco aumentado para doenças cardiovasculares e HAS.
Com uma fita métrica meça a circunferência da cintura e divida este número pela circunferência do quadril.
Resultados superiores ou iguais a 0,8 para mulheres e 1,0 para homens, indicam alto risco para doenças cardiovasculares, o risco maior quanto
maior for o valor.
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G5:
Estágio Adulto
Orquidômetro:
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Pubarca
Telarca
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Pubarca
P2 (9-14 anos) - presença de pêlos longos, macios e ligeiramente pigmentados ao longo dos
grandes lábios.
P4 (11-15 anos) - pelugem do tipo adulto, mas a área coberta é consideravelmente menor
que a do adulto.
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4 - Tireoide
4.1. Anatomia:
Tem forma de H e é constituída por dois lobos unidos por um istmo. Tem
cor escura vermelha. Está envolvida por uma cápsula de tecido
conjuntivo.
- Inspeção
Inspeção
- Paciente sentado.
- Como a glândula é fixa à fáscia pré-traqueal, ela se desloca para cima com a deglutição do paciente. Assim, muitos bócios difusos ou nodulares são
facilmente documentados durante a deglutição.
- Nos aumentos difusos da glândula, as duas faces laterais e a anterior do pescoço ficam uniformemente abauladas.
- É importante frisar que adiposidade cervical algumas vezes é confundida com bócio, devendo-se notar, porém, que ela não se desloca à deglutição.
- Numa inspeção normal de tireóide, diz-se que a glândula é devidamente móvel e aparentemente sem presença de bócio.
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Palpação
Método 1:
- Localizar o istmo e posicionar os dedos polegar e indicador direitos em cada um dos lados da traqueia.
- Palpar os lóbulos individualmente, colocando os dedos indicador e médio da mão D justapostos para palpar o lóbulo E, do mesmo modo com a mão E
para lóbulo D.
Método 3:
- Pedir para o paciente fletir a cabeça para o lado a ser examinado a fim de descontrair o músculo esterno-cleidomastoídeo.
- Dedos indicador e médio da mão, penetrar na face interna do músculo explorando o lóbulo da glândula, deslizando os dedos desde a cartilagem
tireóidea até o 6º anel da traqueia.
- Solicitar a deglutição.
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Método 2: (Recomendado!)
- Sugestão de sequência:
Ausculta
- O aumento do fluxo sanguíneo poderá determinar a ocorrência de sopros sobre a glândula, algumas vezes acompanhado de frêmitos.
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Sinal de Pemberton
- O bócio multinodular pode causar obstrução da traquéia e quando retroesternal também a obstrução da veia cava superior.
- O sinal de Pemberton aparece quando se eleva o braço do paciente acima da cabeça. Esta manobra faz com que o paciente fique dispneico, com
distensão das veias do pescoço, pletora facial ou com estridor.
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5 – Pé Diabético
Definição (OMS):
- É o pé de indivíduo diabético, que apresenta infecção, ulceração e ou destruição de tecidos profundos, associados com anormalidades neurológicas e
vários graus de doença vascular periférica no membro inferior.
- Presença de hiperemia;
- Hipertermia;
- Edema
- Deformidades
- Calos;
1 – Neuropatia.
3 – Infecção.
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Exame físico:
TESTE COM MONOFILAMENTO: a incapacidade de sentir a pressão necessária para curvar o monofilamento de 10 g. Na atual diretriz, é pesquisado
somente no hálux.
TESTE COM O MARTELO: a sensação profunda pode ser avaliada através do teste do reflexo do tendão de Aquiles utilizando-se o martelo.
TESTE COM O DIAPASÃO: a sensação vibratória pode ser avaliada de uma forma mais simples com o diapasão ou através de um aparelho, o
Biotensiômetro.
- Duração: 2 segundos.
- Aplique o monofilamento em torno do perímetro de uma úlcera, calo, cicatriz, ou necrose, nunca sobre tais lesões. Evite deslizar o monofilamento
sobre a pele, não faça toques repetitivos sobre a área de teste.
- Pressione o monofilamento sobre a pele e pergunte ao paciente SE ele sente a pressão aplicada (sim/não) e ONDE a pressão está sendo aplicada (pé
direito/pé esquerdo).
- Repita a aplicação duas vezes no mesmo local e alterne com, pelo menos, uma aplicação simulada, na qual o monofilamento não é aplicado; faça três
perguntas por local de aplicação.
- A sensação protetora está presente se o paciente responder corretamente a duas das três aplicações.
- A sensação é considerada ausente diante de duas das três respostas incorretas, então o paciente é considerado em risco de ulceração.
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Reflexo Aquileu:
- O diapasão é aplicado sobre a parte óssea dorsal da falange distal do hálux. A aplicação é
perpendicular com uma pressão constante. Repita esta aplicação duas vezes, mas alterne, com, pelo
menos, uma simulação, na qual o diapasão não vibre.
- O teste é positivo se o paciente responde corretamente a, pelo menos, duas das três aplicações; e
negativo, isto é, em risco de ulceração, com duas respostas incorretas.
Outros exames:
Sensibilidade Dolorosa
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Sensibilidade Tátil
Pulsos
Observar também o Rubor de Declive (hiperemia da perna ao sentar), quanto mais intenso, maior será a isquemia.
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SISTEMA DIGESTÓRIO
1 – Exame Físico
1.1. Inspeção;
1.2. Ausculta;
1.3. Percussão;
1.4. Palpação;
Obs: A ausculta é realizada antes da percussão e palpação para que não haja estímulos gastrointestinais e evitar aumento involuntário do
peristaltismo.
2.1. Inspeção:
Antes de entendermos como é realizada a inspeção, é necessário que saibamos a topografia do abdômen:
- 4 Quadrantes
- 9 zonas.
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Inspeção Estática:
- Tipos de abdome.
Abdome Pendular: de pé, com vísceras ou líquido ascítico, pressionando a porção inferior.
- Pele e anexos.
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Inspeção Dinâmica
- Respiração
Normalmente, a respiração é tóraco-abdominal. No homem, há o predomínio da respiração abdominal e na mulher predomina a respiração torácica.
- Movimentos peristálticos
2.2 Ausculta:
- A ausculta é realizada antes da palpação e da percussão para que se evite movimentos involuntários de peristaltismo.
As vísceras ocas do tubo digestório contêm, em seu interior, líquidos e gases, decorrentes da ingestão e digestão dos alimentos. O conteúdo dessas
vísceras é constantemente agitado, misturado e impulsionado caudalmente pelos movimentos segmentares e peristálticos. Estes movimentos são
controlados pelo sistema nervoso autônomo. A ação dos movimentos intestinais sobre seu conteúdo líquido-gasoso produz ruídos que, normalmente,
são audíveis apenas com estetoscópio ou por meio de procedimentos que aumentem a sua intensidade. Os sons ouvidos recebem a d enominação de
ruídos hidroaéreos.
- Na ausculta abdominal, então, analisa-se a presença de ruídos hidroaéreos, que podem estar:
Normais.
2.3. Palpação:
- Sugestão: Começar da fossa ilíaca direita e seguir a sequência: Fossa ilíaca direita, flanco direito,
hipocôndrio direito, epigastro, hipocôndrio esquerdo, flanco esquerdo, fossa ilíaca esquerda,
hipogastro e mesogastro.
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Palpação Superficial: pressiona-se delicadamente com cerca de 1cm de profundidade, com movimentos suaves, toda a extensão dos dedos, não só as
pontas. Analisa-se:
- Sensibilidade do tecido;
- Resistência;
- Continuidade;
- Pulsações.
Palpação Profunda: deprimir a parede abdominal a cada expiração, com movimentos circulares, com toda a extensão dos dedos, não só as pontas.
Analisa-se:
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2.4. Percussão:
A percussão abdominal é realizada em quadrantes. Os sons gerados devem ser timpânicos. Entretanto, no quadrante superior direito, logo abaixo do
rebordo costal, o som gerado é maciço por causa da presença do fígado.
SINAL DE MURPHY
- Com o paciente em decúbito dorsal, pede-se ao paciente que faça uma inspiração profunda ao mesmo tempo em que se comprime o ponto cístico.
O paciente terá uma parada da inspiração devido a dor.
- Se houver dor, indica colecistite aguda (inflamação aguda da vesícula biliar). Ponto cístico: situa-se no ângulo
formado pelo rebordo costal direito e
borda externa do músculo reto
abdominal.
SINAL DE BLUMBERG
- Dor ou piora da dor à descompressão súbita do ponto de McBurney, situado no terço médio
lateral entre a cicatriz umbilical e a crista ilíaca direita.
- “Na medida em que o paciente vai inspirando, o examinador vai fazendo a compressão. No
Ponto de McBurney
momento da expiração, faz-se a descompressão súbita.”.
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SINAL DO OBTURADOR
- Dor abdominal manifestada à rotação interna da coxa e perna direita fletida, estando o
membro inferior esquerdo estendido.
SINAL DO PSOAS-ILÍACO
- Dor abdominal manifestada à extensão completa da coxa direita, estando o paciente em decúbito lateral esquerdo.
- Usa-se a mão esquerda para apoio no quadril do paciente, e a mão esquerda para provocar a extensão completa da coxa direita.
SINAL DE LAPINSKY
- Dor abdominal manifestada à elevação do membro inferior direito estendido por compressão do ceco
contra a parede posterior do abdome.
SINAL DO PIPAROTE
- Pesquisa ascite.
SINAL DE ROVSING
- Dor manifestada em fossa ilíaca direita por deslocamento de gases, após compressão de fossa ilíaca esquerda e flanco esquerdo.
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SINAL DE JOBERT
- Geração de sons timpânicos em vez de maciços indica ar livre na cavidade por perfuração de víscera oca (pneumoperitônio).
SINAL DE LENNANDER
SINAL DA POÇA
- Na suspeita de pequeno volume de líquido ascítico, pede-se ao paciente para ficar na posição genupalmar e se inicia a percussão de baixo para cima
na região periumbilical. Havendo líquido livre, esta região ficará maciça. Este sinal é o que tem maior sensibilidade na presença de líquido ascítico, sendo
positivo na existência de apenas 150ml.
- Em pacientes com macicez nos flancos e timpanismo na região umbilical, deve-se pesquisar se há líquido livre na cavidade que, devido ao decúbito
dorsal, faz o líquido escorrer para os flancos e as alças flutuarem, dando o timpanismo na região periumbilical. Para descobrir se o líquido é livre se faz
a percussão e se descobre o ponto entre o timpanismo e a macicez e pede-se que o paciente fique em decúbito lateral, para o líquido escorrer, fazendo
com que a área anteriormente maciça fique timpânica – forma o semicírculo de Skoda.
Semicírculo de Skoda
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FÍGADO
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PALPAÇÃO HEPÁTICA
TÉCNICA DE LEMOS TORRES: A mão esquerda do médico fará pressão no ângulo lombo-costal (rechaço), com o fim de elevar a borda inferior do fígado. A
mão direitaserácolocadaespalmada sobre a parede anterior do abdome acadamovimentoinspiratório do fígado.Apesquisa comamãodireitadeve ser feita desde afossa
ilíacadireita.
TÉCNICA DE MATHIEW: As mãos paralelas e com os dedos “em garra”, pesquisando-se desde a fossa ilíaca direita a borda inferior do fígado durante as
inspirações.
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BAÇO
PERCUSSÃO ESPLÊNICA
Espaço de Traube: é um espaço semilunar que vai do 6º ao 11º espaço intercostal, tendo como
limites: gradil costal, baço, pâncreas, cólon, rim e estômago. Normalmente, quando percutido,
apresenta timpanismo.
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PALPAÇÃO ESPLÊNICA
A palpação pode ser executada com o paciente em decúbito dorsal (abaixo) ou na chamada posição de Schuster (acima), que consiste em posicionar o
paciente em decúbito lateral direito, flexionar seu membro inferior esquerdo e posicionar seu membro superior esquerdo atrás da cabeça.
- Deve ser acoplada à respiração do paciente. Os dedos são aprofundados durante a expiração e superficializados durante a inspiração.
- Nesses movimentos, procura-se sentir a borda esplênica, que se mobiliza durante a respiração, a procura de uma esplenomegalia. Lembrando, o baço
não é, normalmente, um órgão palpável.
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SISTEMA HEMATOLÓGICO
Pulso Temporal:
Pulso Carotídeo:
- Para sua palpação, devemos colocar o polegar esquerdo (ou o indicador e dedo médio) sobre a carótida direita e vice-versa, no terço inferior do
pescoço, adjacente à margem medial do músculo esternocleiomastoideo bem relaxado, aproximadamente ao nível da cartilagem cricóide.
Pulso Axilar: (não muito utilizado nas aulas por ser invasivo)
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Pulso Braquial
- Examinador de pé do lado que estiver sendo palpado com o paciente em decúbito dorsal
- Com a mão direita o examinador sustenta a mão direita do paciente ao mesmo tempo em que o braço é levantado e mantido em leve flexão.
- Mão esquerda do examinador abarca a parte média do braço, imediatamente abaixo do deltoide.
- O polegar funciona como ponto de fixação enquanto a ponta dos dedos médio e indicador se insinuam por baixo do bíceps até encontrar a artéria
braquial.
Pulso Radial
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Pulso Poplíteo
- Poplítea D: o examinador se coloca do lado direito, segurando com a mão E a perna do paciente, enquanto o indicador e médio D se aprofundam no
oco poplíteo á procura da artéria.
Pulso Pedioso
- Pediosa D: o examinador usa a mão E, fixando o polegar na planta do pé, enquanto as polpas do dedo indicador, médio e anular procuram no dorso
do pé a artéria.
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Frequência:
Ritmo:
- Regular ou rítmico
- Irregular ou arrítmico
“Trata-se da sequência de pulsações, que devem ser separadas por intervalos iguais”.
Amplitude:
- 0 = Ausente
- 1 = Diminuída
- 2 = Normal
- 3 = Aumentada
- 4 = Muito aumentada
Simetria:
- Simétrico
- Assimétrico
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EXAME DE GÂNGLIOS
Submandibulares
- Sugestão de sequência durante a realização do exame: - Utiliza-se a polpa digital dos dedos
1 – Occipitais indicador, médio e anelar.
2 – Retroauriculares
- Deve-se ficar de frente para o
3 – Pré-auriculares paciente, que deve estar sentado.
4 – Sub-mandibulares
- No exame dos gânglios occipitais,
5 – Sub-mentonianos
pode se usar o polegar e ficar atrás
6 – Cervicais superficiais e profundos do paciente.
7 – Supraclaviculares
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Localização
Qual cadeia?
Tamanho
Consistência
Duro ou mole?
Mobilidade
Móvel ou aderente?
Sensibilidade
Doloroso ou não?
Lesões elementares?
MO - Mobilidade
SE – Sensibilidade
TA – Tamanho
LO – Localização
CO – Consistência
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SISTEMA NEUROLÓGICO
INSPEÇÃO: atentar para: MARCHA do paciente, ATROFIAS musculares, ASSIMETRIAS e outras alterações.
1. MOTRICIDADE VOLUNTÁRIA:
Movimentos Ativos: para pesquisá-los, solicita-se que o paciente realize todos os movimentos
possíveis nosdiferentes segmentos do corpo. Verifica-se se há dor, limitação articular, espasticidade e
rigidez.
Cabeça e Pescoço:
- Testar os músculos que dependem dos nervos cranianos (III, IV, VI, V, VII, XI, XII).
Membros Superiores:
2. FORÇA MUSCULAR
- Para testar a força muscular, pedir para fazer os movimentos acima passivamente, ativamente e contra resistência
e comparar com o lado oposto.
Grau 1 = Presença de contração muscular sem deslocamento de segmento (a contração só é perceptível à palpação).
Grau 2 = Contração muscular com deslocamento de segmento, desde que eliminada a ação da gravidade.
MANOBRAS DEFICITÁRIAS:
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MANOBRA DE RAIMISTE:
Com o paciente em decúbito dorsal, os antebraços são fletidos sobre os braços em ânguloreto, e as mãos são estendidas com os dedos
separados por 1 a 2 minutos.
MINGAZZINI:
Com o paciente em decúbito dorsal, ele deve fletir as pernas em ângulo reto sobre as coxas, e as coxas sobre a bacia por 1 a 2 minutos.
BARRÉ:
Com o paciente em decúbito ventral, com as pernas fletidas formando um ângulo reto com as coxas.
WATTENBERG:
Posicionar as pernas fletidas semi-abertas com os pés apoiados pelos calcanhares mantendo os pés em ângulo de 45 graus com o leito.
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3. EQUILÍBRIO
Equilíbrio estático (avaliado antes da marcha): Paciente em posição ereta, pés unidos e olhos fechados.
- Sinal de Romberg (se cair para qualquer lado Sinal de Romberg Verdadeiro)
Obs: Queda para um só lado, diz-se que o sinal de Romberg é Esteriotipado ou pseudo Romberg).
Equilíbrio dinâmico: Pede-se para o paciente andar de um lado para o outro. Verifica-se se a marcha é normal(eubasica) ou patologica
(disbasica).
Marcha em bloco
Marcha ebriosa
Marcha talonante
Marcha "em estrela"
Marcha a pequenos passos
Marcha escarvante
Marcha ceifante
4. COORDENAÇÃO MOTORA
- Prova índex-index
- Prova índex-nariz
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5. REFLEXOS
Superficiais: Cutâneo-plantar
Profundos:
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6. SENSIBILIDADE:
Superficial:
Tátil: utiliza-se um pequeno chumaço de algodão, ou algo parecido. Deve-se estimular todos os dermátomos do
paciente, no sentido céfalo-podálico, sempre respeitando a bilateralidade.
Dolorosa: utiliza-se uma agulha de superfície romba. A realização é semelhante à da sensibilidade tátil, sempre
respeitando dermátomos e bilateralidade.
Profunda:
Vibratória: avaliada com o uso de um diapasão vibrando e colocado levemente sobre as articulações.
Cinético-postural (Propioceptiva): pode ser avaliada com o paciente de olhos fechados e o examinado
movimentando, por exemplo, o grande hálux e perguntando sua posição num determinado momento.
Dolorosa
Barestésica (sensibilidade à Pressão): testada com o uso de um objeto arredondado, como um pequeno
tubo, como qual se aplica uma pressão em áreas da pele.
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7. NERVOS CRANIANOS:
I Par (Olfatório):
Nervo sensitivo responsável pelo sentido de olfação. Durante o exame físico, devem-se observar possíveis obstruções das vias nasais, como:
desvio de septo, fratura e presença de secreção. Com os olhos fechados, o paciente deve identificar odores familiares (café, limão, sabonete).
Cada narina deve ser testada separadamente.Hiponosmia é a redução da olfação; Anosmia é a ausência da olfação.
Nervo sensitivo, responsável pela visão. Para avaliação do campo visual, o paciente deve cobrir um dos olhos, fixando seu olhar no nariz do
examinador. Este, por sua vez, move o seu dedo na frente do paciente, do campo temporal ao campo nasal. O paciente deverá informar
quando estiver visualizando o dedo do examinador.
Responsáveis pelos movimentos oculares. O oculomotor faz a acomodação visual, permitindo focalizar objetos próximos ou distantes com
constrição pupilar; movimentação do globo ocular. O nervo troclear realiza movimentação do globo ocular para baixo e para fora, com rotação
para dentro. O abducente tem a função deabdução do globo ocular.
Para avaliar a mobilidade ocular, pede-se ao paciente para seguir o dedo do examinador em movimento, para o lado, para cima e para baixo.
Feito com cada um dos olhos. Dessa forma, examinam-se os movimentos do globo ocular, os movimentos conjugados (movimentos simultâneos
de ambos os olhos) e a presença de nistagmo (tremorno globo ocular). Com o uso de uma lanterna, testam-se os reflexos pupilares. Para testar
reflexo córneo-palpebral,deve-se encostar delicadamente uma gaze na superfície temporal de cada córnea, enquanto o paciente olha para
cima. A resposta esperada é o piscar dos olhos e o lacrimejamento.
Nervo misto, com raiz motora e sensitiva. A raiz sensitiva é formada por três ramos: oftálmico, maxilar e mandibular (inervam todo o território
da face). A raiz motora acompanha o ramo mandibular e distribuem-se pelos músculos damastigação: masseter, temporal e pterigóideos.
Para verificar a sensibilidade, o examinador deve instruir o paciente a fechar os olhos. Com uma gaze, toca a fronte do indivíduo, seu queixo e
a face lateral do rosto, comparando sempre as duas metades do rosto. O paciente deve descrever que tipo de toque lhe está sendo feito. Para
a realização do teste da função motora do nervo trigêmeo, o examinador deve pedir ao paciente para que abra a boca amplamente e, usando
as mãos, deve tentar fechá-la.
O nervo facial desempenha funções motora e sensitiva. Para avaliação, o examinador verifica a simetria dos movimentos faciais, enquanto o
paciente sorri, assobia, franze as sobrancelhas, faz careta e cerra as pálpebras. Testa-se, ainda, a diferenciação entre doce e salgado,
examinando, dessa forma, a sensibilidade gustativa da língua.As lesões do nervo facial são caracterizados por hemiparesia facial, desvio da
comissura dos lábios para o lado contralateral e não fechamento da pálpebra.
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O nervo vestibulococlear tem duas porções distintas: a porção vestibular e a porção coclear. No exame da acuidadeauditiva, deve-se cobrir um dos
condutos auditivos e testar a audição por meio do som de um relógio, um sussurro ou estalar dos dedos. O paciente deve estar apto a ouvir o som e a
fazer a sua diferenciação. A avaliação de equilíbrio deve ser feita da seguinte maneira: instruir o paciente para que fique de olhos fechados e em pé,
com as pernas aproximadas, posicionando os braços e as mãos paralelamente ao corpo. A posição é mantida por 10 segundos, sem perder o equilíbrio.
Logo em seguida, o paciente é orientado a assumir a posição normal para andar,unindo o calcanhar de um pé com o dedo do outro, e dar 10 passos.
É um nervo misto, e suas fibras distribuem-se, principalmente, para a língua e para a faringe. Para avaliação destenervo, o paciente deve ser instruído
para que abra sua boca e diga “ah”. Observa-se a elevação e contração do palato mole e da úvula. Avalia-se o reflexo da deglutição, percebendo
sinais de disfagia. Recomenda-se anotar alguma dificuldade de fonação e articulação de palavras.
Nervo misto. O examinador deve tocar a parte posterior da língua com um abaixador, ou estimular a faringe posterior para desencadear o reflexo do
vômito. Observar a presença de rouquidão e a simetria da úvula e do palato mole.
Este nervo possui fibras motoras que vão para os músculos esternocleidomastóideo e trapézio. O examinador deve avaliar a capacidade do paciente
de encolher os ombros e de fazer rotação com a cabeça contra uma resistência imposta. Um desvio do queixo para baixo, contra a resistência, indica
o lado paralisado. O exame deve ser feito embusca de atrofia muscular e queda de ombro.
O nervo hipoglosso inerva os músculos intrínsecos e extrínsecos da língua. A força da língua é testada pedindo-se aopaciente para que empurre sua
ponta contra a bochecha, para ambos os lados, contra resistência do dedo do examinador. Observar a presença de desvio, atrofia ou tremores na
protusão da língua.
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SISTEMA REUMATOLÓGICO
Esta parte do resumo é adaptada do material elaborado pelos reumatologistas CÉSAR CALDAS e OTÁVIO PAZ - Manual de Reumatologia do CEMEC – CESUPA
Anatomia:
1. INSPEÇÃO:
Observar o paciente com os membros superiores ao lado do tronco. Notar assimetrias, atrofias, atitudes antálgicas,
desalinhamento e pontos de referência. É importante solicitara abdução do ombro na busca de sintomas ao longo do
chamado “arco doloroso”.
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2. PALPAÇÃO:
Notar presença de atrofias, tumefações, calor local ou pontos dolorosos.
3. MANOBRAS ESPECÍFICAS:
a) Amplitude de movimento do ombro:
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b) HAWKINS: rotação interna do ombro flexionado a 90o com cotovelo fletido a 90o.
c) SPEED: membro superior supinado, com cotovelo quase estendido completamente, solicita-se
ao paciente que eleve seu membro contra resistência. Exclusivo para tendão da cabeça longa do
bíceps.
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e) TESTE DE JOBE: com os membros superiores abduzidos em semiflexão de 30 o, pede-se para que
seja feita elevação dos membros sob resistência. Exclusivo para avaliação de rotura de
supraespinhal.
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Composto pelas articulações radioulnar, radioumeral e umeroulnar. Amplitude de movimento:flexão, extensão, pronação e
supinação.
Anatomia:
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3. MANOBRAS ESPECÍFICAS:
a) TESTE DE COZEN: extensão do punho sob resistência, com o cotovelo pronado, fletido a 90 o
eestabilizado.
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Anatomia:
2. PALPAÇÃO: calor, tumefações, cistos. Palpa-se com o antebraço pronado, punho fletido a
40º,com os polegares do examinador contactando a face posterior do punho na procura por
flutuações ou estruturas induradas.
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3. MANOBRAS ESPECÍFICAS:
b) Tenossinovite de D’Quervain:
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Anatomia:
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3. MANOBRAS ESPECÍFICAS:
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Anatomia:
Composta por 07 vértebras.
1. INSPEÇÃO:
Avalia-se a posição da cabeça em relação ao pescoço estaticamente durante a marcha, bem como inclinações laterais provocadas
por torcicolos, cervicalgias ou cervicobraquialgias.
2. PALPAÇÃO:
Realiza-se palpação da região cervical com o paciente sentado, orientado a relaxar a musculatura do pescoço e cintura escapular,
colocando-se o examinador por detrás do paciente. Pesquisa-se alterações na musculatura, pontos gatilho, tender points,
gânglios, tireóide.
3. MOVIMENTAÇÃO:
FLEXÃO: o alcance normal permite que o paciente encoste o queixo na face anterior do tórax
EXTENSÃO: o movimento normal permite que o paciente olhe diretamente para o teto
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4. EXAME NEUROLÓGICO:
Feito a partir do plexo braquial (C5-T1) avaliando alteração da força, sensibilidade e reflexos
5. MANOBRAS ESPECIAIS:
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1. INSPEÇÃO
Atenção: discrepâncias na altura das cristas ilíacas ou das linhas articulares dos joelhos podem indicar diferença no
comprimento dos membros inferiores, devendo os mesmos ser medidos com uma fita métrica, desde a espinha ilíaca ântero-
superior da bacia até o maléolo medial do membro inferior ipsilateral (Figura 4).
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2. PALPAÇÃO
Todas as apófises espinhosas devem ser palpadas, além das regiões paravertebrais e articulaçõessacroilíacas, em busca de
pontos dolorosos, nodulações, contraturas paravertebrais.
3. MOVIMENTAÇÃO E MANOBRAS
A movimentação passiva deve ser testada em todos os planos (flexão, extensão, flexão lateral,rotação) a procura de
movimentos que desencadeiem dor ou restrições de movimento (Figura 5).
Como exemplos, sabemos que a piora da dor à flexão pode indicar patologias discais ou dores miofasciais, enquanto dores
que pioram à extensão podem estar relacionadas a osteoartrite zigoapofisária ou canal estreito medular.
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As raízes mais altas, L2, L3 e ainda L4, podem ser testadas através da
manobra do estiramento femoral. Com o paciente em decúbito ventral, o joelho
é flexionado e em seguida, segurandono tornozelo, a coxa do paciente é elevada
da maca (Figura 11). A dor reproduzida na face anterior da coxa indica
comprometimentode L2 e L3, a dor na face medial da coxa indica acometimento
da raiz L4.
Por fim, o paciente deve ser orientado a caminhar sobre a ponta dos pés
(dorsiflexão dos tornozelos) e em seguida sobre os calcanhares (flexão plantar dos
tornozelos). A incapacidade de andar na ponta dos pés indica compressão da raiz
S1 e a incapacidade de andar sobre os calcanhares indica lesão de L5.
O exame do quadril e sacroilíacas podem ser considerados como parte integrante do exame da coluna lombar, visto que
dores destas articulações frequentemente são referidas como lombalgias.
1. Inspeção
A marcha deve ser avaliada como um indicativo de lesão no quadril. A MARCHA DE TRENDELENBURG indica fraqueza dos
abdutores por doença crônica do quadril, onde a pelve do lado lesionado desce quando o lado contralateral suporta o peso do
corpo. O mesmo pode ser examinado de maneira estática, observando o paciente de pé por trás. Solicita-se que o paciente fique
em pé apoiado apenas pelo lado acometido. Normalmente o glúteo médio mantém a altura da pelve, porém sua fraqueza faz com
que haja queda do membro elevado (Figura 12).
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Deve ser observada se há discrepância entre a altura das cristas ilíacas. Uma hiperlordose lombar pode indicar doença
com flexão fixa do quadril. Rotação externa do quadril é comum em osteoartrite severa ou fratura femoral.
2. PALPAÇÃO
Em decúbito lateral, com o quadril e joelho do lado a ser examinado fletidos, deve-se palpar ao nível do grande trocanter
femoral. Dor localizada indica bursite trocantérica (Figura 15).
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a. MOVIMENTAÇÃO
Deve ser pesquisa se há restrição ou dor à movimentação em qualquer um dos planos (Figura 16).
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6. PROPEDÊUTICA DO JOELHO
1. INSPEÇÃO
Deformidades como genu valgum, genu varum ou genu recurvatum devem ser pesquisadas com o paciente em pé (Figura 21).
Outros aspectos também devem ser observados durante a inspeção: trofismo do quadríceps, presença de edema e eritema.
2. PALPAÇÃO
Deve-se palpar toda a articulação a procura de pontos dolorosos. Dor no pólo superior da patela sugere tendinopatia do
tendão do quadríceps, no pólo inferior indica inflamação do ligamento patelar, dor na interlinha articular do joelho pode indicar
patologia meniscal e dor localizada, cerca de 1 cm abaixo da interlinha articular, na face medial do joelho, sugere bursite da pata
de ganso, local deinserção do tendão do semitendinoso, grácil e sartório (Figura 22).
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A patela deve ser mobilizada (Figura 23), observando-se deslocamento excessivo como encontrado nas síndromes de
hipermobilidade ou mesmo patelas fixas, encontradas em doenças com grave acometimento articular, como a osteoarrite.
A temperatura da articulação é percebida com a face palmarda mão, lembrando que a articulação é um pouco mais fria
do que o restante do membro, daí quando a temperatura está igual o restante do membro, já deve considerá-la como quente.
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3. MOVIMENTAÇÃO
Enquanto o examinador realiza movimentos de extensão e flexão do joelho, a mão esquerda deve ser posicionada sobre
o joelho para verificar a presença de crepitações, as quais são indicativas de dano articular, como ocorre na gonartrose (Figura
26).
Crepitação no compartimento patelo-femoral pode ser verificada fazendo a apreensão do pólo superior da patela com o
polegar e indicador, forçando a patela para baixo, em direção da maca e também em direção aos pés. Solicita-se ao paciente que
contraia o quadríceps, isto deslocará a patela para cima e o examinador notará a presença ou não de crepitações.
Os ligamentos colaterais mediais e laterais ajudam a manter a estabilidade do joelho, devendo ser testados por manobras
de estresse, respectivamente, estresse em valgo e estresse em varo (Figura 27). A frouxidão destes ligamentos pode ser
constitucional, devendo sempre ser testado de maneira comparativa com o outro lado.
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Os ligamentos cruzados, anterior (LCA) e posterior (LCP), evitam o deslocamento anterior e posterior da tíbia sobre o
fêmur, respectivamente (Figura 28). Para testar a integridade destes ligamentos utiliza-se a MANOBRA DA GAVETA ANTERIOR
PARA O LCA E GAVETA POSTERIOR PARA O LCP. Com o paciente em decúbito dorsal, faz-se uma flexão de do joelho a 90o, devendo
o examinador sentar-se no pé do paciente para estabilizar a perna. Segurando pela extremidade proximal da perna, deve-se
tracioná-la para frente (gaveta anterior) ou empurrá-la para trás (gaveta posterior). O deslocamento anterior ou posterior da tíbia
reflete lesão do LCA ou LCP, respectivamente (Figura 29).
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1. INSPEÇÃO
Ambos os pés devem ser inspecionados a procura de edema, deformidades (ex. hálux
valgo – Figura 31), calosidades (não deixar de examinar a sola dos pés), alterações cutâneas ou
ungueais. Observando os pés posteriormente podemos observar deformidades em varo (pés
desviados para a linha média) e valgo (pés desviados para longe da linha média) (Figura 32). O
arco plantar pode estar exagerado (pé cavo) ou ausente (pé plano)(Figura 33).
2. PALPAÇÃO
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Qualquer ponto doloroso pode ser um achado importante no exame físico dos pés e a localização pode prontamente
sugerir o diagnóstico, como:
3. MOVIMENTAÇÃO
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Os movimentos realizados de maneira passiva pelo examinador sempre devem ser comparados bilateralmente. Rupturas
ligamentares podem ser suspeitadas quando há movimentação excessiva de um dos lados.
Outra maneira de pesquisar instabilidade ligamentar do tornozelo é através do TESTE DA GAVETA, realizado tracionado
anteriormente o calcanhar enquanto empurra a porção distal da perna para trás (Figura 38).
A integridade do Tendão Aquileo pode ser verificada pelo TESTE DE THOMPSON. Faz-se compressão da panturrilha com
o paciente em decúbito ventral (Figura 39). O teste é positivo quando há a flexão plantar do pé. Teste negativo indica ruptura do
tendão Aquileo.
Atenção: assim como na Síndrome do Túnel do Carpo, o Teste de Tinel pode ajudar, neste caso, na Síndrome do Túnel
de Tarso. O nervo tibial posterior deve ser percutido abaixo do maléolo medial, sendo o teste positivo quando desencadeia
dor irradiada para a região plantar (Figura 40).
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