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CLÍNICA MÉDICA
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CLÍNICA MÉDICA Estratégia MED | Memorex do Estratégia MED 2
CLÍNICA MÉDICA
Vamos começar o Memorex com a área que possui mais tabelas e fluxogramas que abordarão os principais tópicos
temas para estudo, entre as cinco áreas avaliadas nas provas de cobrados nas provas, procure construir o raciocínio envolvido
Residência Médica: a soberana Clínica Médica! neles para memorizá-los com mais facilidade. Vamos ajudá-lo
A diversidade e profundidade dos temas, aqui, será grande: nisso com comentários em cada tópico.
da cardiologia à neurologia, da hepatologia à pneumologia, são Em segundo lugar, você verá que, a longo prazo, mantendo
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muitos os assuntos que podem cair nas provas, o que estimula, um estudo constante dos temas clínicos, você obterá porcentagem
muitas vezes, diversos alunos a diminuírem ou até mesmo a maiores de acertos nas provas desta área. Diferentemente do que
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evitarem a clínica médica em seus estudos para as provas, com a em geral ocorre nas demais grandes áreas, em que, pela menor
estratégia de focar nas demais áreas em que o esforço x o retorno quantidade de temas, você atingirá um nível alto com menor
será mais palpável. tempo, aqui, você terá a oportunidade de aumentar gradualmente
Porém, dois motivos permitem entender por que vale a sua porcentagem de acertos, obtendo melhorias até chegar a
pena, sim, dedicar-se a melhorar seus conhecimentos de clínica data da prova.
médica e, por consequência, sua porcentagem de acertos nela. Além disso, não custa lembrar o grande impacto que
Primeiramente, é possível — e necessário! — enfrentá- estudar a clínica médica terá em sua prática como médico,
la com estratégia, com foco nos assuntos mais abordados nas independentemente da área que você for seguir!
provas, sobretudo quando se tratar de temas para memorização Vamos aos temas!
— nisso, este Memorex irá ajudá-lo muito! Você contará com
Estratégia MED
@estrategiamed @estrategiamed
t.me/estrategiamed /estrategiamed
Estratégia
MED
CLÍNICA MÉDICA Memorex do Estratégia MED Estratégia
MED
SUMÁRIO
1.0 CARDIOLOGIA 5
1 .1 HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 5
1.1.1 DIAGNÓSTICO 5
1.1.2 CLASSIFICAÇÃO 7
1.1.3 TRATAMENTO 8
1 .2 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 11
1.2.1 CLASSIFICAÇÃO 11
1.2.2 TRATAMENTO 13
1.2.3 IC DESCOMPENSADA 18
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1 .3 VALVOPATIAS 19
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1 .4 ACLS 20
1.4.3 BRADIARRITMIAS 23
1.4.4 MANEJO 25
1.4.5 TAQUICARDIAS 26
1 .5 FIBRILAÇÃO ATRIAL 29
1 .6 DOR TORÁCICA 32
2.0 DERMATOLOGIA 44
2 .1 DERMATOLOGIAONCODERMATOLOGIA 44
2 .2 HANSENÍASE 45
2.2.1 CLASSIFICAÇÃO 46
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2.2.3 MANEJO DOS CONTACTANTES 47
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3.0 ENDOCRINOLOGIA 48
3 .1 . EMERGÊNCIAS HIPERGLICÊMICAS 48
3 .2 HIPOGLICEMIA 52
3 .3 DIABETES MELLITUS 53
3 .4 HIPOTIREOIDISMO 56
3 .5 TIREOTOXICOSE 58
3 .6 .NÓDULOS TIREOIDIANOS 60
4.0 NEUROLOGIA 61
4 .1 COMA E ALTERAÇÕES DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA 61
4 .2 HIPERTENSÃO INTRACRANIANA 62
4 .3 CEFALEIAS 63
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4.3.1 CEFALEIAS PRIMÁRIAS 63
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4.3.2 CEFALEIAS TRIGÊMINO-AUTONÔMICAS 64
4 .4 HEMORRAGIA SUBARACNÓIDEA 65
4 .5 SÍNDROMES NEUROVASCULARES 66
5.0 HEMATOLOGIA 68
5.1 ANEMIAS 68
5 .2 MIELOMA MÚLTIPLO 70
6.0 HEPATOLOGIA 71
6 .1 HEPATITES 71
6.1.1 HEPATITE B 71
6.1.2 INDICAÇÕES DE PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO AO HBV 73
6 .2 ASCITE 75
6 .3 CIRROSE HEPÁTICA 77
6 .4 TUMORES HEPÁTICOS 78
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7.0 GASTROENTEROLOGIA 81
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7 .1 DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA 81
7 .2 HELICOBACTER PYLORI 83
7 .6 PANCREATITE AGUDA 88
7 .8 CÂNCER DE CÓLON 90
8.0 NEFROLOGIA 99
8 .1 GLOMERULOPATIAS 99
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8.1.6 INDICAÇÕES DE BIÓPSIA NA SÍNDROME NEFRÓTICA NA INFÂNCIA 102
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8.2.1 CRITÉRIOS KDIGO 103
8 .6 NEFROLITÍASE 108
9 .2 PNEUMONIAS 113
9 .4 SEPSE 118
9 .5 ARBOVIROSES 120
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9.5.2 SINAIS DE ALARME NA DENGUE 122
9 .6 TUBERCULOSE 122
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9.6.1 TUBERCULOSE PULMONAR 122
1 0 .4 DPOC 138
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10.5.2.1 TEP AGUDO COM ESTABILIDADE HEMODINÂMICA 141
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10.5.2.2 TEP AGUDO COM INSTABILIDADE HEMODINÂMICA 141
1 1 .2 ARTRITES 144
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CAPÍTULO
1.0 CARDIOLOGIA
1.1 HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
Dentro da clínica médica, a cardiologia é uma das áreas mais avaliadas nas provas de Residência; entre os temas que ela abrange,
a hipertensão arterial sistêmica é frequentemente cobrada em provas como USP-SP, UNICAMP, USP-RP com enfoque no modo correto de
diagnosticá-la e no reconhecimento da suspeita de hipertensão secundária e de suas principais causas.
1.1.1 DIAGNÓSTICO
Atenção com o fluxograma diagnóstico da hipertensão; observe que o diagnóstico é confirmado com apenas uma visita, apenas se o
paciente possuir risco cardiovascular alto ou valores de PA ≥ 180/110.
VISITA 2
PA medida < 140/90:
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Normotensão ou solicitar
MAPA/MRPA na suspeita
VISITA 1 de hipertensão mascarada
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PA medida ≥ 140/90 com
risco cardiovascular baixo
ou moderado
PA medida ≥ 140/90:
Hipertensão ou MAPA/MRPA
na suspeita de hipertensão
do avental branco
VISITA 1
PA medida ≥ 140/90 com
Diagnóstico de
risco cardiovascular alto
Hipertensão
ou PA ≥ 180/110
Consultório ≥ 140 ≥ 90
MAPA
≥ 135 ≥ 85
Vigília
≥ 120 ≥ 70
Sono
≥ 130 ≥ 80
24 horas
MRPA ≥ 130 ≥ 80
! PARA FACILITAR: Para memorizar os valores diagnósticos em consultório, MAPA e MRPA, tendo por base o valor 140/90 para
consultório, pense que:
• na MAPA e na MRPA, seremos menos “tolerantes”, com valor normal 130/80, já que aferimos a PA no dia a dia do paciente e
retiramos, assim, parte da ansiedade envolvida na aferição em consultório;
• no sono, o valor normal é ainda mais baixo, 120/80, sendo o momento em que o paciente está ainda mais relaxado e esperamos,
portanto, que tenha PA mais baixa;
• em vigília, com os estressores do dia a dia, “toleramos” valor um pouco maior, 135/85.
Um último conceito importante de ser mencionado é o de pressão arterial média (PAM), que corresponde à pressão média
exercida pelo sangue na parede da aorta que ocorreria caso o débito cardíaco fosse não pulsátil. Em última análise, ela corresponde
à pressão de perfusão dos órgãos periféricos. Pode ser calculada pela seguinte fórmula:
A definição de PAM em si não costuma ser cobrada pelas consultório aos valores obtidos nos exames MAPA e MRPA, obtemos
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provas, mas é necessário memorizá-la, pois pode ser necessária, novos diagnósticos: hipertensão mascarada, ou seja, normal na
por exemplo, ao estudar o tema sepse, para definir se o paciente se consulta e “desmascarada” pelos exames; de avental branco, que
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encontra em choque. ocorre apenas em consultório; e verdadeira, quando os exames
Quando relacionamos a pressão arterial do paciente no confirmam os valores alterados da consulta.
MAPA/MRPA MAPA/MRPA
NORMAL ALTERADO
1.1.2 CLASSIFICAÇÃO
Podemos utilizar uma regra mnemônica parecida para diastólica. Os valores limítrofes entre as faixas SEMPRE pertencerão
decorar os valores da nova Diretriz. Partindo do 120/80, basta à faixa de cima. Sendo assim, o primeiro valor (120/80) pertence à
acrescentar 20 mmHg na PAS e 10 mmHg na PAD para ir saltando nas faixa de cima, ou seja, PA normal. Abaixo disso, temos a PA ótima.
faixas de hipertensão: estágio 1, estágio 2 e estágio 3. Para as faixas Se somarmos 10 na sistólica e 5 na diastólica (130/85), chegaremos
abaixo da hipertensão, partindo do 120/80, iremos acrescentar na pré-hipertensão. Somando 10 e 5, novamente, chegaremos na
a metade, ou seja, 10 mmHg na PA sistólica e 5 mmHg na PA hipertensão estágio 1.
Normal ≤ 120 ≤ 80
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Hipertensão estágio 2 160-179 100-109
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Hipertensão estágio 3 ≥ 180 ≥ 110
Feito o diagnóstico de hipertensão, será preciso classificar adequadamente o paciente de modo a tratá-lo corretamente e, possivelmente,
indicar novas condutas. Lembre-se de que não basta classificar sua PA; deve-se analisar seu risco cardiovascular.
PASSO 1
Classificar em pré-
Avaliar os níveis hipertenso ou hipertenso
de PA estágio 1, 2 ou 3
PASSO 2
Na vigência de qualquer
Avaliar se existe
uma, o paciente é classificado
LOA, DCV, DCR
como sendo de alto risco
ou DM
cardio vascular
PASSO 3
Após estabelecer o número
Avaliar os fatores de fatores de risco, deve-se
de risco adicionais classificar o paciente segundo
a tabela que será apresentada
adiante.
! PARA FACILITAR: Para memorizar a tabela, note que todo paciente com HAS estágio 3 e/ou com LOA, DCV, DRC ou DM já é classificado
como de risco alto; em seguida, note que, para cada estágio da HAS, a “tolerância” com fatores de risco é menor, assim:
• se pré-hipertenso, até 2 fatores indicam risco baixo, e ≥ 3, moderado;
• se HAS estágio 1, nenhum fator indica risco baixo, até 2 indicam moderado, e ≥ 3, alto;
• se HAS estágio 2, nenhum fator indica risco moderado, e qualquer fator já indica risco alto.
Sem fator de risco Sem risco adicional Risco Baixo Risco Moderado Risco Alto
1-2 fatores de risco Risco Baixo Risco Moderado Risco Alto Risco Alto
≥ 3 fatores de risco Risco Moderado Risco Alto Risco Alto Risco Alto
Presença de LOA,
Risco Alto Risco Alto Risco Alto Risco Alto
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DCV, DRC ou DM
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1.1.3 TRATAMENTO
Observe que os valores de PA normais são maiores para baixo; essas são também as únicas situações em que indicaremos
paciente de maior fragilidade — idosos e idosos frágeis. Esse monoterapia, caso o paciente não melhore passados 3 meses de
conceito é cobrado nas provas em questões que avaliam se o tratamento não medicamentoso; para os demais pacientes, sempre
candidato sabe quando não indicar um tratamento. iniciamos com terapia dupla.
! PARA FACILITAR: Memorize as duas situações em que não No fluxograma de tratamento, enfoque as classes de drogas
iniciamos tratamento para HAS ao diagnóstico — paciente pré- inicialmente utilizadas e aquelas reservadas para os pacientes que
hipertenso de alto risco cardiovascular ou com HAS estágio 1 e risco não responderem ao tratamento.
Risco
Risco
cardiovascular Idosos hígidos Idosos frágeis
cardiovascular alto
baixo ou moderado
PA sistólica
< 140 120-129 130-139 140-149
(mmHg)
PA diastólica
< 90 70-79 70-79 70-79
(mmHg)
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SALA DE TRIAGEM:
Aumento de PA + Sala de atendimento + avaliação clínica
sintomas
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Sala de observação:
Urgência hipertensiva Emergência hipertensiva
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sintomáticos.
Controle e alta
Observe a tabela com as principais etiologias de emergência hipertensiva encontradas na prática clínica.
Letargia, cefaleia, confusão, distúrbios visuais Pode não ter qualquer achado.
Encefalopatia hipertensiva
e convulsões. Todas de início agudo ou súbito. Fundo de olho: papiledema.
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Paciente agitado e com dispneia. Geralmente Crepitação pulmonar, baixa
Edema agudo de pulmões
há algum grau de disfunção ventricular. saturação de O₂, B3 e/ou B4.
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Astenia, mal-estar, emagrecimento, oligúria,
HAS acelerada-maligna Fundo de olho: papiledema.
sintomas cardiovasculares e/ou neurológicos.
1 .2 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
1.2.1 CLASSIFICAÇÃO
A insuficiência cardíaca pode ser classificada de 3 formas principais: segundo a intensidade dos sintomas; segundo a fração de ejeção
observada no ecocardiograma; e de acordo com estágio de evolução fisiopatológico da doença. Os 3 tipos de classificação são frequentes nas
provas de Residência!
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FE < 40% ICFER
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Classificação de IC baseada no estágio da doença
Alto risco de IC, porém sem dano cardíaco estrutural definido ou sem sintomas de IC.
ESTÁGIO A RISCO (Exemplo: paciente com hipertensão arterial, diabetes, uso de drogas cardiotóxicas,
história familiar).
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Aumento da PVC (>16cmH2O) Taquicardia (FC > 120bpm)
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Perda de peso >4,5Kg em 5 dias em resposta ao
tratamento
Para o diagnóstico de IC, devemos ter dois critérios maiores SIMULTÂNEOS ou um critério maior e dois menores. Uma maneira bem
simples de memorizar esses critérios é: os critérios maiores são específicos (são menos frequentes, mas, se estiverem presentes, aumentam
a chance de IC) e os menores são sensíveis (são muito frequentes, mas estão presentes em várias outras condições).
1.2.2 TRATAMENTO
O tratamento da IC é complexo e envolve diversos fatores, porém memorizar alguns conceitos iniciais poderá facilitar bastante a
resolução de suas provas.
! PARA FACILITAR: observe que todo paciente recebe terapia tripla redutora de mortalidade com betabloqueador, iECA ou BRA, e
antagonista de mineralocorticoide e pode receber diuréticos para manejo de sintomas;
• se continuar sintomático, consideraremos drogas adicionais — atenção especial com: inibidores de SGLT2 em pacientes
diabéticos ou com DRC, muito cobrados nas provas; hidralazina e nitrato principalmente em afrodescendentes; ivabradina para
pacientes com FC > 70 bpm mesmo em betabloqueio; e digoxina para pacientes com fibrilação atrial;
• pacientes com IC avançada podem ser tratados com dispositivos:
• caso possuam QRS largo (BRE) que necessite de “ressincronização”, recebem TRC;
• caso apresentem história de síncope e taquicardia ventricular, recebem CDI.
Sacubitril -
Betabloqueadores valsartana
Ivabradina
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Contraindicações ao uso de IECA/BRA:
Hipotensão sintomática.
Gestação.
Refratarie
Refratarie
dade ao
tto clínico
tto clínico
FEVE ≤
EV
35% TRC BRE
BRE Largo
Largo
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Ritmo
Ritmo Sinusal
Sinusal
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Morte súbita
Refratarie
abortada
dade ao
em TV/FV
tto clínico
IC EV
+ TV
CDI Síncope por
BRE Largo
TV/FV
IC FEVE
Ritmo
≤35% e
Sinusal
síntomas
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A tabela abaixo resume os principais efeitos adversos associados às drogas utilizadas no tratamento da IC.
ICFER mesmo que assintomática para Hipercalemia, piora de função renal, angioedema,
IECA
redução de mortalidade. tosse e hipotensão.
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ICFER sintomática, apesar do uso de
terapia tripla otimizada, sinusal e com
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Ivabradina Bradicardia.
FC≥70bpm. ICFER com ritmo sinusal
em pacientes que não tolerem BB.
1.2.3 IC DESCOMPENSADA
O primeiro passo no manejo dos casos de IC descompensada consiste na classificação do perfil hemodinâmico do paciente, que analisa
sinais de congestão e de hipoperfusão.
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A classificação é essencial justamente para guiar o tratamento do paciente.
! PARA FACILITAR: grave que o paciente bem perfundido e congesto deverá ser “secado” com diuréticos e receberá vasodilatadores
para melhorar sua dispneia e a pré-carga do coração;
• o paciente frio-úmido ainda não pode ser “secado” porque precisa de medidas para melhora da perfusão — inotrópicos se tiver
uma PA > 90, e vasopressores se hipotenso;
• já o paciente frio-seco precisa receber reposição volêmica de modo a corrigir sua volemia antes de receber tratamento com
inotrópicos.
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1 .3 VALVOPATIAS
Questões sobre valvopatias costumam abordar diretamente os achados semiológicos envolvidos em cada uma delas.
Insuficiência
Sopro holossistólico, regurgitativo. B1 hipofonético. Dispneia.
mitral (IM)
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Estenose Sopro igual ao da estenose mitral, porém que aumenta com
Sinais e sintomas de IC direita.
tricúspide inspiração profunda. Sinal de Kussmaul.
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Sopro igual ao da insuficiência mitral, porém que aumenta
Insuficiência
com inspiração profunda. Onda V gigante no pulso venoso Sinais e sintomas de IC direita.
tricúspide
jugular.
1.4 ACLS
Este tópico requer atenção redobrada para o aluno com foco nas provas da USP-SP e USP-RP; de início, revise os principais ritmos
observados no ECG nas emergências cardiológicas.
Taquicardia ventricular: taquicardia regular, QRS alargado e com frequência muito elevada.
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Figura 22. AESP pode ser qualquer ritmo organizado ou semiorganizado que não produza pulso palpável (Fonte: Shutterstock).
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Figura 24. Linha reta na monitorização (Fonte: Shutterstock).
Os choques serão
aplicados:
- Em modo assincrônico
(desfibrilação)
- Com carga máxima:
200 j (bifásico), Considerar VA avançada
360 j (monofásico)
SIM
- RCP 2 Minutos
CHOQUE! Ritmo CHOQUE! - RCP 2 Minutos Ritmo CHOQUE! Ritmo
RCP SIM SIM - Amiodarona 300mg
chocável? - Epinefrina a chocável? chocável?
2 minutos - Repetir 150mg em
FV/TV cada 3-5 min FV/TV FV/TV
3-5 min
NÃO NÃO NÃO
SIM
- RCP 2 minutos
PCR Ritmo
- Epinefrina 1mg a cada 3-5 min
Chame ajuda chocável?
FV/TV NÃO - Verificar causas reversíveis 5h 5t 5Hs 5Ts
e inicie a RCP
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1.4.2 TORSADES DES POINTES
proibida venda
O ritmo torsades des pointes recebe tratamento diferente da PCR. Note que o paciente, se estável, receberá magnésio! E caso instável,
será tratado com desfibrilação, diferentemente do que ocorre com taquicardias ventriculares com pulso e estáveis, como relembraremos a
seguir.
Figura 31. Taquicardia ventricular polimórfica do tipo Torsades des Pointes (TdP). (fonte: Shutterstock).
Tratamento:
Instável hemodinamicamente
TORSADES DE POINTES
Associada à QT
longo
Fatores
predisponentes Tratamento: Correção dos fatores
Estável hemodinamicamente predisponentes
MP transvenenoso
Em caso de bradicardia
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1.4.3 BRADIARRITMIAS
Começando o tema das bradiarritmias, é essencial saber reconhecer os diferentes tipos de bloqueio atrioventricular.
• BAV de 1º grau: ocorre um atraso maior e fixo na condução atrioventricular, porém todo estímulo atrial atinge os ventrículos.
Dessa forma, será caracterizada por aumento do intervalo PR (>200ms ou 5 quadradinhos);
BAV de 1º grau: aumento do intervalo PR (>200ms ou 5 quadradinhos). Todas as ondas P geram QRS.
• BAV de 2º grau Mobitz II: a falha de condução é inesperada. Está associado ao distúrbio de condução no feixe de His e, com
isso, denota pior prognóstico (bloqueio mais distal). Existe também o BAV avançado, em que a condução atrioventricular está
bloqueada de maneira fixa (2:1, por exemplo);
BAV de 2º grau Mobitz II: há uma falha de condução inesperada. O intervalo PR é fixo.
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• BAV de 2° grau: nesse caso, já ocorrem falhas de condução do átrio para o ventrículo. É subdividido em 2 tipos:
• BAV de 2° grau Mobitz I (Wenckebach): ocorre aumento progressivo do intervalo PR até ocorrer falha de estimulação
proibida venda
ventricular (uma onda P não gera um QRS). Nesse caso, o ritmo é irregular e o intervalo entre duas ondas R vai reduzindo
progressivamente até a pausa. Essa redução do intervalo RR ocorre porque o QRS atrasado irá “invadir” o próximo ciclo
cardíaco, reduzindo o tempo de diástole e, por fim, o enchimento ventricular. Com isso, à ausculta, observaremos redução
progressiva da intensidade de B1 até ocorrer a “falha”.
BAV de 2º grau Mobitz I: há aumento progressivo do intervalo PR até surgir uma falha na condução atrioventricular. O intervalo RR vai
reduzindo progressivamente.
• BAV de 3º grau ou BAV total (BAVT): não existe qualquer relação da atividade atrial com a ventricular. Nenhum estímulo atrial
chega ao ventrículo! Com isso, o ventrículo assume despolarização própria. Essa despolarização pode ser por escape juncional
(QRS estreito) ou idioventricular (QRS largo). Quanto mais largo o QRS, mais distante da junção atrioventricular e pior o
prognóstico. O QRS largo não responde à estimulação autonômica. Então, se o paciente fizer alguma atividade física, o sistema
autonômico será incapaz de promover aumento da frequência cardíaca necessária e o paciente pode apresentar quadro de
síncope.
BAV de 3º grau: a onda P não tem qualquer relação com o QRS. Observe que a atividade atrial é mais rápida que a atividade ventricular
e ambas são regulares.
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1.4.4 MANEJO
IDENTIFIQUE E TRATE A CAUSA BASE
O manejo das bradiarritmias, assim Monitoração contínua
BRADIARRITMIA
proibida venda
Oxigênio suplementar (se hipoxemia)
como da PCR e das taquicardias, precisa estar INSTÁVEL
Veia (acesso venoso calibroso)
na ponta da língua na hora da prova. Observe ECG
que, nas bradiarritmias, começaremos
buscando a causa base do quadro; em
seguida, analisaremos se o paciente possui
INSTABILIDADE PERSISTENTE?
instabilidade — os “4 Ds” (diminuição de Diminuição da pressão
pressão, diminuição de nível de consciência, Diminuição do nível de consciência
Monitoração e observação Dor torácica
dor torácica e dispneia); em seguida, NÃO Dispneia (insufiência cardíaca)
tentaremos o tratamento com atropina até
3 vezes e, se ineficaz, indicaremos marca- SIM
SE INEFICAZ
Marcapasso ou transcutâneo
ou
Infusão de dopamina
Marcapasso transvenoso (2-20mcg/Kg/min)
ou
Infusão de adrenalina
(2-10mcg/min)
1.4.5 TAQUICARDIAS
À primeira vista, pode parecer complexo reconhecer o tipo de taquicardia, porém analisar alguns aspectos chaves da arritmia levará
você ao diagnóstico correto dela. Grave que os fatores essenciais para classificá-las são a largura do QRS e a regularidade da arritmia.
TAQUICARDIA
QRS largo
QRS estreito
(≥120ms)
(<120ms)
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Flutter Presença de
atrial com BAV onda P
proibida venda
variável
Critérios de
Brugada
Frequência atrial > Frequência atrial =
Frequência ventricular Frequência ventricular
TV
Tenha atenção especial com as arritmias demonstradas na imagem abaixo, que são as mais frequentemente abordadas pelas provas.
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proibida venda
SIM NÃO
Estável hemodinamicamente?
Adenosina IV
Se ineficaz Se ineficaz
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Verapamil ou Betabloqueador
Diltiazem IV IV
proibida venda
Se ineficaz
1 .5 FIBRILAÇÃO ATRIAL
Terminado o manejo agudo das taquiarritmias, partiremos para aquelas cujo cuidado ambulatorial é cobrado nas provas! Entre elas, de
longe, a fibrilação atrial requer a maior atenção, sendo a favorita nos exames de Residência.
Os principais conceitos cobrados pelas provas consistem na indicação de anticoagulação sistêmica para os pacientes com fibrilação
atrial. Aqui, entram dois importantes escores: CHA2DS2VASc, que aborda a indicação de anticoagulação; e HAS-BLED, que indica o risco de
sangramento.
! PARA FACILITAR: As provas não costumam cobrar a memorização dos escores em si, porém note que ambos incluem, essencialmente,
comorbidades e diversos fatores de risco cardiovascular: hipertensão, diabetes, vasculopatia prévia… Assim, na prova, geralmente o avaliador
descreverá caso clínico de paciente com diversas comorbidades caso o intuito seja indicar anticoagulação; e, diferentemente, paciente jovem,
praticamente sem problemas de saúde caso o intuito seja não indicar a anticoagulação sistêmica.
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CHA2DS2VASc
proibida venda
C: Insuficiência Cardíaca. 1 ponto
H: Hipertensão. 1 ponto
A tomada de conduta, baseada nesse escore, quanto à anticoagulação crônica, seguirá o direcionamento apontado na tabela abaixo.
Essa decisão independe da estratégia de reverter ou não a arritmia.
HASBLED
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S: Stroke – AVE. 1 ponto
proibida venda
B: Bleeding – sangramento prévio ou predisposição a sangramento. 1 ponto
Intoxicação
cumarínica
Presença de
sangramento
sim não
Sangramento
Valor RNI
grave?
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sim não
3 - 4,5 4,5 - 10 >10
risco
proibida venda
Descontinuar
de morte a varfarina e
considerar
vitamina K oral
ou venosa em Suspender a
doses baixas Diminuir dose varfarina e Suspender
(<2,5mg); da varfarina ou
reiniciar varfarina reiniciar após varfarina e dar
sim não ou omitir 1 dose. controle em dose vitamina k 5-10 mg
com dose menor.
menor; considerar oral ou venosa;
Suspender o uso Suspender o uso dar vitamina K reiniciar verfarina
de varfarina, de varfarina, oral ou venosa quando RNI
administrar administrar
vitamina K 10mg EV; vitamina K 5-10mg em dose baixa terapêutico.
caso seja um venosa; considerar (<2,5 mg) se
sangramento administrar houver alto
com complicação complexo risco de
considerada uma protrombínico, se sangramento
emergência, fazer não houver à e baixo risco
transfusão de disposição,
complexo plasma fresco de fenômenos
protombínico, tromboembólicos.
se não houver à
disposição,
plasma fresco.
SIM
POSSO CARDIOVERTER!
Início dos sintomas
marcadamente < 48h
Realizar cardioversão química e/ou
ou elétrica e anticoagular
ou
Ecocardiograma Controlar a frequência cardíaca
Paciente transesofágico sem e anticoagular
estável evidências de trombos
ou
Paciente anticoagulado
há pelo menos NÃO POSSO
Fibrilação/Flutter atrial 3 semanas CARDIOVERTER!
NÃO
com FC > 100 BPM
na emergência Controlar a frequência
cardíaca e anticoagular
Paciente instável:
DEVO CARDIOVERTER!
• Diminuição da pressão:
PA< 90/60
• Dor torácica típica Cardioversão
• Diminuição da elétrica imediata
consciência e anticoagulação
• Dispneia
t.me/medicinalivre2
proibida venda
1.6 DOR TORÁCICA
Dentro da cardiologia, o tema dor torácica é abordado sobretudo no contexto da dor aguda e das síndromes coronarianas. Porém,
alguns conceitos sobre a investigação ambulatorial da doença arterial coronariana podem aparecer em sua prova. Entre eles, destacam-se a
indicação dos exames corretos nos casos de coronariopatia já definida.
! PARA FACILITAR: Grave os seguintes conceitos:
• o cateterismo imediato é indicado para pacientes graves (angina CCS III ou IV, sobreviventes de morte súbita), com teste
funcional indicativo de alto risco;
• os pacientes com probabilidade considerável de coronariopatia, porém sem as indicações acima, serão avaliados com testes
funcionais → teste ergométrico, ecoestresse, ou cintilografia miocárdica — recorde-se de que o teste ergométrico não pode ser
realizado se o paciente possui bloqueios que impeçam a adequada interpretação do exame;
• os pacientes com história duvidosa para coronariopatia são avaliados com angio-TC de coronárias — não confunda esse exame
com a TC para avaliação de escore de cálcio, utilizada para classificação de risco cardiovascular!
t.me/medicinalivre2
proibida venda
Melhora dos sintomas Sintomas refratários
O escore de Diamond-Forrester auxilia na avaliação da probabilidade de coronariopatia em pacientes com dor torácica crônica. As
bancas não costumam avaliar os valores-corte de probabilidade; vale a pena fixar o nome do teste e sua utilidade principal, lembrando que
valores de probabilidade intermediária a alta são indicativos de necessidade de teste não invasivo ou de cateterismo para diagnóstico de
coronariopatia.
Avaliar diagnósticos
alternativos
Considerar TNI*
PROBABILIDADE DE
CORONARIOPATIA PELO DE 10 A 90% = PROBABILIDADE TNI*
INTERMEDIÁRIA
ESCORE DE DIAMOND-PORRESTER
Diag. alternativos
t.me/medicinalivre2
Neste tópico, lembre-se de gravar as indicações de tratamento com angioplastia ou cirurgia.
proibida venda
! PARA FACILITAR: Lembre-se de 3 indicações para cirurgia: lesão de tronco de coronária esquerda; multiarterial; e lesão biarterial
envolvendo a artéria descendente anterior. Nos demais casos, em geral, a indicação é de angioplastia.
Lesão de TCE ou
Cirurgia é a escolha na maioria dos casos
multiarterial
- Artéria do cone
- Marginal agudo
- Ventrículo direito
- Nó sinusal (60%)
Artéria coronária direita - Parede inferior do VE
- Nó atrioventricular (90%)
- Músculo papilar posteromedial
t.me/medicinalivre2
- Descendente posterior
- Ventricular posterior
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Tabela 5. Análise topográfica no eletrocardiograma.
V1, V2 e V3 – anterosseptal
V1 a V4 – anterior
Parede anterior V3 e V4 ou V3, V4 e V5 – anterior localizada
V4 a V6, DI e avL – anterolateral
V1 a V6, DI e avL – anterior extenso
V5 e V6 – lateral baixa
Parede lateral
DI e avL – lateral alta
t.me/medicinalivre2
proibida venda
1.6.3 DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME CORONARIANA AGUDA
Neste tópico, o escore HEART ajuda a definir os pacientes com quadro de dor torácica mais compatível com etiologia coronariana; o
escore em si não costuma ser cobrado nas provas de Residência, porém recordar alguns de seus componentes pode ajudá-lo a reconhecer
casos clínicos típicos de síndromes coronarianas agudas.
HEART SCORE
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abaixo do limite da normalidade 0 ponto
*Fatores de risco: hipercolesterolemia, hipertensão, obesidade, tabagismo, história familiar de DAC precoce
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Escore 0-3: Chance de eventos = 2,5% → alta hospitalar
Escore 4-6: Chance de eventos = 20,3% → Internar para observação clínica
Escore 7-10: Chance de eventos = 72,7% → Cateterismo precoce
Observe que o diagnóstico da síndrome coronariana aguda envolve: história + exame físico + ECG < 10 min + troponina +/- avaliação do
HEART escore — atenção especial para as condutas indicadas em caso de diagnóstico duvidoso, que podem ter indicação de internação para
realização de estratificação não invasiva.
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Diagnóstico duvidoso
Sem dor e HEART ≤ 3 ou HEART > 3
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Reavaliação Internação Abordagem
ambulatorial Estratificação não-invasiva hospitalar invasiva imediata
Classificação de Killip-Kimball
Classe II: presença de estertores crepitantes em 50% ou menos, nos pulmões, com galope de 3ª bulha (B3)
t.me/medicinalivre2
têm sido cobrados nas provas de Residência Médica.
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SCA DEFINIDA
CATE < 2h (muito alto risco) CATE < 24h CATE > 24h Tratamento conservador
2º antiagregante na sala:
Pré-tratamento (anatomia desconhecida) - Prasugrel 60 mg
- Ticagrelor 180 mg - Ticagrelor 180 mg
- Clopidogrel 600 mg (se ICP) - Clopidogrel 600 mg (se ICP)
- Clopidogrel 300 mg (se tratamento conservador) - Clopidogrel 300 mg (se tratamento conservador)
! PARA FACILITAR: Grave que o paciente que receberá tratamento precoce com CATE deve, preferencialmente, receber o 2º antiagregante
na sala de hemodinâmica; observe a diferença de dose de clopidogrel indicada caso a indicação seja de intervenção coronariana percutânea
(600 mg) ou de tratamento conservador (300 mg); lembre-se da contraindicação de prasugrel em idosos > 75 anos, peso < 60 kg e história de
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AVC ou AIT.
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1.6.6.2 MANEJO DO IAM COM SUPRA DE ST
Neste tópico, é essencial memorizar os tempos definidores da indicação de intervenção coronariana percutânea ou de tratamento com
fibrinolítico.
! PARA FACILITAR: Note que, em hospitais com hemodinâmicas, somos mais “exigentes” com o tempo porta-balão, já que a
hemodinâmica já está no próprio hospital (90 min); caso seja necessário transferir o paciente, “toleramos” 30 min a mais, com 120 min no
total. Lembre-se também de que a terapia fibrinolítica pode ser indicada até 12h após o início dos sintomas.
ICP primária
SIM
Hospital COM Tempo até ICP
Fibrinolítico em
hemodinâmica < 90 min? NÃ
O até 30’
IAM com supra de ST
Transferir para
Tempo de SIM ICP primária
Hospital SEM
transferência
hemodinâmica
< 120min? NÃ Fibrinolítico em
O
até 30’
A terapia fibrinolítica é indicada nos pacientes com diagnósticos de IAM com supra de ST que se apresentam nas primeiras 12 horas
do início dos sintomas e nos quais não foi possível a realização de ICP primária dentro de 120 minutos após o diagnóstico. Pacientes
com sintomas típicos e persistentes, na presença de BRE novo ou presumivelmente novo, também são considerados elegíveis.
Se tem um assunto que você precisa saber sobre os fibrinolíticos é esse! A tabela a seguir é tão importante que merece duas corujinhas:
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Contraindicações ao uso de fibrinolíticos
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Absolutas
• Qualquer sangramento intracraniano prévio.
• Dano ou neoplasia no sistema nervoso central.
• Sangramento ativo (exceto menstruação).
• Acidente vascular cerebral isquêmico nos últimos três meses.
• Trauma importante em rosto ou cabeça nos últimos três meses.
• Malformação arteriovenosa cerebral conhecida.
• Suspeita de dissecção de aorta.
• Discrasia sanguínea.
Relativas
• Acidente vascular cerebral isquêmico há mais de três meses.
• Uso de estreptoquinase há mais de cinco dias.
• Alergia à estreptoquinase.
• Gestação.
• Uso de anticoagulantes orais.
• Pressão arterial sistólica > 180 mmHg.
• Pressão arterial diastólica > 110 mmHg.
• Punções vasculares não compressíveis.
• Úlcera péptica ativa.
• Ressuscitação cardiopulmonar traumática ou superior a 10 minutos.
• Cirurgia nas últimas três semanas.
t.me/medicinalivre2
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1.6.9 COMPLICAÇÕES MECÂNICAS DO IAM
Alguns pacientes com IAM podem evoluir com complicações mecânicas, que cursam com elevada mortalidade. Observe que CIV e
ruptura de parede livre do VE associam-se sobretudo ao IAM de parede anterior, diferentemente da insuficiência mitral aguda.
Resumimos esse tópico com o fluxograma abaixo. Enfoque, nesse ponto, os seguintes fatores: a diferença de manejo entre dissecção
Stanford A e Stanford B; e os valores de FC e de PA objetivados no manejo clínico dessa condição.
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Nitroprussiato de sódio
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Dissecção Stanford A Dissecção Stanford B
(Envolve a aorta ascendente) (Não Envolve a aorta ascendente)
• Isquemia de órgãos
• Ruptura da aorta
Complicada? • Progressão da dissecção
• Dor persistente
Cirurgia de emergência
NÃO SIM
Stanford
- Tipo A: dissecções que envolvem a aorta ascendente; e
- Tipo B: dissecções que não envolvem a aorta ascendente (acometimento apenas da aorta descendente após a
emergência da artéria subclávia esquerda).
DeBakey
- Tipo 1: origem na aorta ascendente estendendo-se até a aorta descendente;
- Tipo 2: confinada à aorta ascendente;
- Tipo 3: origem na aorta descendente com extensão distal e, raramente, retrógrada, podendo atingir a ascendente:
Tipo 3a: limitada à aorta torácica; e
Tipo 3b: extensão abaixo do diafragma.
Descritiva
- Proximal: inclui DeBakey I e II e Stanford A;
- Distal: inclui DeBakey III e Stanford B.
t.me/medicinalivre2
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CAPÍTULO
2.0 DERMATOLOGIA
2.1 ONCODERMATOLOGIA
Tema dermatológico favorito das bancas! Memorize a diferença de apresentação clínica entre carcinoma basocelular e carcinoma
espinocelular, bastante explorada nas provas
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Melanoma in situ 5mm
<1mm 1cm
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1-2mm 1-2cm
2-4mm 1-2cm
X 2cm
Índice Comentário
2 .2 HANSENÍASE
Este tema é querido sobretudo pela prova da USP-RP! Atenção para os tópicos de classificação, reações da hanseníase e manejo de
contactantes de casos de hanseníase.
2.2.1 CLASSIFICAÇÃO
t.me/medicinalivre2
)
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2.2.2 REAÇÕES HANSÊNICAS
Neste tópico, atenção para os seguintes pontos: a reação eritematosos e recebe tratamento com talidomida. Não se esqueça
tipo I ocorre sobretudo em paucibacilares, cursa com neurite e de que, em ambas as reações, o tratamento poliquimioterápico
dor, e é tratada com corticoterapia sistêmica; a reação tipo II, deve ser mantido!
que tipicamente ocorre em multibacilares, cursa com nódulos
Espessamento neural, calor e neurite dolorosa. Acometimento neural possível, porém menos frequente.
t.me/medicinalivre2
Prednisona é a droga de escolha. Talidomida é a droga de escolha.
proibida venda
2.2.3 MANEJO DOS CONTACTANTES
Tema recentemente atualizado pelo Ministério da Saúde que poderá ser cobrado pelas bancas de Residência.
! PARA FACILITAR: Note que todo contactante de hanseníase deve ser avaliado e, caso não possua doença, será seguido por 5 anos
apenas se tiver teste rápido positivo! Note também que o contactante não receberá 1 dose de BCG, apenas, se possuir 2 cicatrizes da vacina!
Avaliação dermatoneurológica
Descartado
Confirmado
Teste rápido
Tratamento
CAPÍTULO
3.0 ENDOCRINOLOGIA
3 .1 . EMERGÊNCIAS HIPERGLICÊMICAS
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3.1.1 CETOACIDOSE DIABÉTICA (CAD)
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3.1.1.1 CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DA CAD
! PARA FACILITAR: Note que os critérios diagnósticos da CAD nada mais são do que os componentes de seu nome: “ceto” — sinais de
cetonemia ou cetonúria; “acidose”, demonstrada na gasometria; e “diabética” — glicemia > 250.
t.me/medicinalivre2
Tópico frequentemente abordado na prova da USP-SP. Fique inicial, o sódio deve ser avaliado de modo a corrigir seus níveis na
atento aos seguintes conceitos: o primeiro passo consiste em solução infundida; e o soro glicosado deve ser adicionado à solução
proibida venda
hidratação venosa; devemos avaliar os níveis de K+ para indicar infundida assim que os níveis de glicemia se tornarem inferiores a
reposição e/ou início de infusão de insulina; após a hidratação 200.
t.me/medicinalivre2
proibida venda
O manejo dos casos de CAD em crianças e adolescentes, no que se refere às provas de Residência, é abordado de modo praticamente
igual ao dos adultos.
t.me/medicinalivre2
proibida venda
! PARA FACILITAR: Assim como no caso da CAD, observe que os critérios diagnósticos do EHH nada mais são do que os componentes
de seu nome.
t.me/medicinalivre2
proibida venda
3 .2 HIPOGLICEMIA
Dentro da endocrinologia, trata-se do tema favorito das provas! Atenção redobrada para os critérios diagnósticos de DM, o manejo
farmacológico e as indicações de insulinoterapia.
t.me/medicinalivre2
≥ 200 mg/dL na presença de sintomas
Diabetes Mellitus ≥ 126 mg/dL ≥ 200mg/dL ≥ 6,5%
proibida venda
clássicos de hiperglicemia
! PARA FACILITAR: Note que metformina será sempre a escolha inicial para monoterapia; para as próximas drogas, note as seguintes
indicações clínicas principais:
• doença cardiovascular, doença renal crônica ou obesidade - preferir iSGLT2 ou aGLP-1;
• dificuldade de custo - usar sulfonilureias.
t.me/medicinalivre2
proibida venda
! PARA FACILITAR: A insulinoterapia será indicada no DM2, essencialmente, para paciente clinicamente grave, com sintomas de
hiperglicemia e sinais de catabolismo, e com níveis de HbA1C ≥ 10% e de glicemia ≥ 300.
Sinais de catabolismo
(perda de peso, cetose, hipertrigliceridemia)
Sintomas de hiperglicemia
(poliúria, polidipsia, nictúria, perda involuntária de peso)
HbA1C ≥ 10%
t.me/medicinalivre2
para ser indicado para esse tratamento, o paciente, além de obesidade, deve apresentar quadro de DM2 refratário ao tratamento clínico.
proibida venda
Indicações e Contraindicações da Cirurgia Metabólica
(Resolução 2.172/2017 do Conselho Federal de Medicina)
Indicações Contraindicações
(todos os critérios são necessários para indicar-se a cirurgia) (apenas um critério é suficiente para contraindicar a cirurgia)
• Abuso de álcool.
• Índice de massa corpórea (IMC) entre 30 kg/m2 • Dependência química.
• Idade mínima de 30 anos e máxima de 70 anos. • Depressão grave com ou sem ideação suicida.
• Diabetes mellitus tipo 2 com menos de 10 anos de • Psicose grave.
diagnóstico. • Outras doenças psiquiátricas mal controladas ou
• Refratariedade ao tratamento clínico. que, mesmo compensadas, a critério do psiquiatra,
• Ausência de contraindicações ao procedimento cirúrgico contraindiquem em definitivo a cirurgia.
proposto. • Outras doenças ou condições clínicas que
contraindiquem a cirurgia.
Resistência à insulina1,
Circunferência abdominal e
OBRIGATÓRIO intolerância à glicose ou diabetes ≥ 3 critérios
≥ 2 critérios
mellitus e ≥ 2 critérios
Resistência à insulina,
Glicose intolerância à glicose ou ≥ 100 mg/dL ≥ 110 mg/dL
t.me/medicinalivre2
diabetes mellitus
proibida venda
≥ 150 mg/dL ≥ 150 mg/dL
Triglicérides ≥ 150 mg/dL 2
ou ou
em tratamento em tratamento
Microalbuminúria ≥ 30 mg/dL
Outros
de creatina
- -
3.4 HIPOTIREOIDISMO
t.me/medicinalivre2
proibida venda
3.4.2 MANEJO DO HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO
! PARA FACILITAR: Memorize as indicações principais de tratamento: TSH >10 independentemente da idade; para pacientes ≤ 65 anos,
TSH 4,5-10 apenas se acompanhado de sinais que aumentam a probabilidade de doença tireoidiana e as implicações do hipotireoidismo não
tratado: sintomas de hipotireoidismo; doença cardiovascular; risco elevado de progressão para hipotireoidismo.
t.me/medicinalivre2
proibida venda
3 .5 TIREOTOXICOSE
Dor pélvica +
TSH ↓ e T4L ↑ Não Struma ovarii
cintilo + na pelve
t.me/medicinalivre2
Tireoidite pós parto¹
Tireotoxicose gestacional transitória¹
Doenças trofoblásticas ¹
proibida venda
Tireoidite • IVAS precede o quadro
granulomatosa • Dor cervical
subaguda • VHS ↑
Hipocaptação
na tireoide
3 .6 .NÓDULOS TIREOIDIANOS
t.me/medicinalivre2
Calcificação Grosseira ou Ausente Microcalcificações
proibida venda
Vascularização
Periférica > Central Central > Periférica
(Doppler)
Nódulo
tireoidiano
US tireoide Cintilografia de
tireoide
Avaliar PAAF
Nódulo frio Nódulo quente
Cirurgia ou
iodo radiotivo
Estratégia MED | ClínicaPAAF: punção
Médica aspirativado
| Memorex com agulha fina
Estratégia MED 66
CLÍNICA MÉDICA Memorex do Estratégia MED Estratégia
MED
CAPÍTULO
4.0 NEUROLOGIA
4.1 COMA E ALTERAÇÕES DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA
Espontânea 4
t.me/medicinalivre2
Ao chamado 3
Abertura ocular
proibida venda
Ao estímulo doloroso (à pressão) 2
Ausente 1
Orientado 5
Confuso, desorientado 4
Sons incompreensíveis 2
Ausente 1
Obedece a comandos 6
Localiza estímulo 5
Ausente 1
REBAIXAMENTO DA CONSCIÊNCIA
Anamnese e
exame físico
RM
crânio Amônia, toxicológico, alcoolemia,
gasometria arterial, outros
t.me/medicinalivre2
proibida venda
4 .2 HIPERTENSÃO INTRACRANIANA
Neste tópico, tenha especial atenção com as medidas de neuroproteção indicadas para os pacientes com hipertensão intracraniana,
resumidas no fluxograma abaixo.
PRESSÃO INTRACRANIANA
4.3 CEFALEIAS
Dentro do tema cefaleias, as bancas comumente avaliam a diferenciação clínica entre migrânea (enxaqueca) e cefaleia tensional, e o
reconhecimento de sinais de alarme indicativos de cefaleias secundárias.
A. Número de crises ≥5 ≥ 10
t.me/medicinalivre2
Localização Unilateral Bilateral
proibida venda
C: critérios Caráter Pulsátil Não pulsátil
(≥ 2 desses) Intensidade Moderada a intensa Leve a moderada
HEMICRANIA HEMICRANIA
CARACTERÍSTICAS SALVAS SUNCT
PAROXÍSTICA CONTÍNUA
Número de crises 5 20 20
Orbitária,
t.me/medicinalivre2
supraorbitária,
Localização Orbitária, supraorbitária e/ou temporal Unilateral estrita
temporal e/ou outra
proibida venda
distribuição trigeminal
Resposta à
Negativa Positiva Brilhante Negativa
indometacina
t.me/medicinalivre2
D - Despertar Cefaleia que desperta o paciente
proibida venda
A - Anticoagulantes Cefaleia em pacientes fazendo uso de anticoagulantes
4 .4 HEMORRAGIA SUBARACNÓIDEA
Em questões que descrevem paciente com quadro súbito de entendimento da sequência de exames utilizada na investigação
cefaleia forte, que atinge rapidamente o pico de dor, descrita como desse quadro. O fluxograma abaixo sintetiza os passos essenciais
“a pior da vida”, levante o alerta para a suspeita de hemorragia da avaliação diagnóstica.
subaracnóidea! A maioria das questões deste tópico exigirá o
t.me/medicinalivre2
proibida venda
4 .5 SÍNDROMES NEUROVASCULARES
Tema frequentemente cobrado pelas principais bancas de Residência! Aqui, dedique-se sobretudo a entender o fluxograma de manejo
inicial dos pacientes, de modo a indicar corretamente os exames de imagem necessários na avaliação deles, e a memorizar os principais cortes
de tempo definidores da indicação de tratamento nos quadros de AVC isquêmico.
! PARA FACILITAR: O fluxograma abaixo resume o manejo dos pacientes com síndrome neurovascular súbita, sobretudo aqueles com
AVC isquêmico — o mais avaliado nas provas! Dedique-se a memorizar os seguintes conceitos, no paciente com TC sem hemorragia e dextro
normal:
• para pacientes com início de sintomas desconhecido, RM pode ajudar a definir indicação de trombólise pela avaliação do
mismatch flair — difusão;
• se < 4,5h de sintomas, devemos realizar angioTC cervical e intracraniana antes de partir para a trombólise, de modo a avaliar a
indicação de trombectomia mecânica, além disso, pacientes submetidos à trombólise que não apresentem melhora do quadro
podem ter indicação de trombectomia;
• se > 4,5h de sintomas, a angioTC cervical e intracraniana pode ajudar na possível indicação de trombectomia mecânica.
SÍNDROME NEUROVASCULAR
INÍCIO SÚBITO
RM MISMATCH NIHSS < 6 E SEM NIHSS > 6 OU >24H DE INÍCIO 4,5-6H DE INÍCIO 4,5-6H DE INÍCIO
FLAIR-DIFUSÃO DÉFICIT INCAPACITANTE DÉFICIT INCAPACITANTE DOS SINTOMAS DOS SINTOMAS DOS SINTOMAS
DIFUSÃO < 1/3 ACM DIFUSÃO> 1/3 ACM NIHSS > 6 ANGIOTC CERVICAL E
ANGIOTC CERVICAL E INTRACRANIANA
E FLAIR NORMAL E/OU FLAIR ALTERADO ASPECTS > 6 INTRACRANIANA COM
ANGIOTC CERVICAL E OCLUSÃO ACM (M1) OU
INTRACRANIANA COM ACI CRITÉRIOS DAWN E
ACM (M1) OU ACI DEFUSE-3 (CLÍNICO +
SEM OCLUSÃO ACI OCLUSÃO ACI OU SEM OCLUSÃO ACI OCLUSÃO ACI OU NEUROIMAGEM
OU ACM (M1) E SEM ACM (M1) E SEM OU ACM (M1) E COM ACM (M1) E COM AVANÇADA)
TROMBÓLISE EV CONTRAINDICAÇÃO
CONTRAINDICAÇÃO CONTRAINDICAÇÃO CONTRAINDICAÇÃO
À TROMBÓLISE À TROMBÓLISE À TROMBÓLISE À TROMBÓLISE
NIHSS > 6 E
ASPECTS > 6
SEM MELHORA
TROMBÓLISE EV < 6H DE SINTOMAS
t.me/medicinalivre2
TROMBECTOMIA MECÂNICA
NIHSS > 6
ASPECTS > 6
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4.5.1 MANEJO GERAL DO AVC ISQUÊMICO AGUDO
A tabela abaixo resume o manejo clínico geral do paciente com AVC isquêmico agudo. Dedique atenção especial a gravar os valores de
pressão arterial indicados para esses pacientes, que diferem a depender da realização de trombólise.
Se trombólise: manter PAS < 185 mmHg e PAD < 110 mmHg.
Pressão arterial. Trombólise contraindicada: manter PAS < 220 mmHg e PAD < 120 mmHg.
Após trombólise (nas primeiras 24h): manter PAS < 180 mmHg e PAD < 105 mmHg.
CAPÍTULO
5.0 HEMATOLOGIA
5.1 ANEMIAS
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Dentro do tópico das anemias com aumento de reticulócitos, esquizócitos nos quadros de anemia hemolítica microangiopática
dedique-se a entender a diferença laboratorial entre as principais e no reconhecimento, com base no quadro clínico, das anemias
etiologias de anemia hemolítica. Neste tópico, os conceitos hemolíticas cuja causa consiste em talassemia, anemia falciforme
mais comumente explorados consistem na positividade do e esferocitose hereditária.
Coombs direto, anemia hemolítica autoimune, na presença de
t.me/medicinalivre2
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Entre os cânceres hematológicos, o mieloma múltiplo é um dos mais abordados nas provas de Residência, sendo tópico frequente de
questões de bancas como a da UNICAMP. Em geral, as questões abordarão o reconhecimento do quadro clínico do mieloma e, em alguns
casos, da diferenciação laboratorial entre esse quadro e os casos de plasmocitoma isolado e mieloma indolente.
Presença de plasmocitose clonal na medula óssea ou lesões tumorais de plasmócitos em outros tecidos
(plasmocitomas extramedulares)
t.me/medicinalivre2
Presença de proteína monoclonal sérica e/ou urinária (ausente em 3% dos casos)
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Sintomas CRAB:
- Hipercalcemia
- Insuficiência Renal
- Anemia
- Lesões osteolíticas, acometendo principalmente o esqueleto axial
t.me/medicinalivre2
CAPÍTULO
6.0 HEPATOLOGIA
proibida venda
6 .1 HEPATITES
6.1.1 HEPATITE B
Para iniciar o estudo do tema das hepatites, revise o significado dos principais marcadores sorológicos utilizados na avaliação da
hepatite B.
Marcador Resumo
Proteína de superfície do vírus da hepatite B, está presente em altos títulos na infecção aguda. É marcador
HBsAg da presença da proteína viral e, se estiver positivo por mais de 6 meses, é indicativo de cronificação da
hepatite B.
Anticorpo produzido contra o HBsAg, indica imunidade contra o vírus. É produzido a partir da exposição ao
Anti-HBs
vírus selvagem (infecção) ou após vacinação com vírus inativo.
Proteína "e" do vírus da hepatite B, sua detecção representa presença de replicação viral. Quando positivo,
HBeAg
está associado a uma elevada carga viral circulante.
Anticorpo produzido contra o HBeAg. É capaz de controlar de maneira limitada a replicação do vírus por
Anti-HBe
muitos anos, mas não de curar a infecção.
Anti-HBc IgM Anticorpo contra o HBcAg, surge precocemente e é indicativo de infecção aguda pelo HBV.
Anticorpo contra o HBcAg. Surge durante a fase aguda da infecção e persiste por toda a vida da pessoa que
Anti-HBc IgG foi infectada. Sua presença indica que a pessoa está ou esteve infectada pelo HBV. O vírus inativo da vacina
não induz a sua produção.
Este assunto é frequentemente cobrado nas provas de Residência Médica, em questões que apresentam, diretamente, quais são os
marcadores que foram identificados nos exames do paciente e solicitam a forma clínica associada. A tabela abaixo relaciona a positividade
dos marcadores a cada forma clínica de hepatite B.
A tabela abaixo complementa as formas clínicas da hepatite B, indicando alguns detalhes que podem ser exigidos para identificar fases
temporais específicas dos quadros agudos e crônicos de hepatite B.
! PARA FACILITAR: Dedique especial atenção para fixar os seguintes pontos:
• HBsAg é negativo na janela imunológica na hepatite B aguda;
• anti-HBe é negativo na hepatite crônica replicativa;
t.me/medicinalivre2
• anti-HBe é positivo na hepatite B crônica não replicativa;
• vacinação e cicatriz imunológica diferem pela positividade do anti-HBc IgG na segunda.
proibida venda
Hepatite B aguda (fase precoce) Hepatite B aguda (fase tardia) Hepatite B aguda (janela imunológica)
HBsAg + HBsAg + HBsAg -
Anti-HBc IgM +/IgG - Anti-HBc IgM +/IgG + Anti-HBc IgM +/-/IgG +
HBeAg + HBeAg -/+ HBeAg -
Anti-HBe - Anti-HBe +/- Anti-HBe -/+
Anti-HBs - Anti-HBs - Anti-HBs -
Hepatite B crônica replicativa Hepatite B crônica (janela imunológica) Hepatite B crônica não replicativa
HBsAg + HBsAg - HBsAg +
Anti-HBc IgM -/IgG + Anti-HBc IgM -/IgG -/+ Anti-HBc IgM -/IgG +
HBeAg + HBeAg -/+ HBeAg -
Anti-HBe - Anti-HBe +/- Anti-HBe +
Anti-HBs - Anti-HBs - Anti-HBs -
HBsAg +
HBeAg -
Para terminar o estudo dos marcadores da hepatite B, atente-
t.me/medicinalivre2
se ao perfil sorológico do mutante pré-core. Esses pacientes, apesar
Anti-HBe +
de possuírem HBeAg negativo e Anti-HBe positivo, possuem altos
proibida venda
índices de replicação viral, demonstrada pelos níveis de HBV-DNA.
Anti-HBc IgG +
Anti-HBs -
Observe as condutas indicadas após exposição de risco para a pena estudar a tabela. Grave, sobretudo, que o paciente exposto
hepatite B: o manejo varia conforme a situação vacinal do paciente não receberá nenhuma medida, independentemente do resultado
exposto e a positividade de HBsAg da pessoa-fonte. Esse assunto de HBsAg da pessoa-fonte, caso apresente resposta vacinal
não é comumente abordado em detalhes pelas provas, porém vale conhecida e adequada.
Situação vacinal e
sorologia do paciente Pessoa-fonte
exposto
Vacina +
Imunoglobulina se pessoa-fonte com alto
Imunoglobulina +
Não vacinado Vacina risco de infecção para hepatite B (usuários
vacina
de drogas, dialíticos, contato domiciliar ou
sexual com indivíduo com hepatite B)
Imunoglobulina +
Vacinação incompleta Completar vacina Completar vacina
completar vacina
t.me/medicinalivre2
Sem resposta vacinal após 3 Imunoglobulina + Nova série de vacinação
Nova série de vacinação (3 doses)
proibida venda
doses vacina (3 doses)
t.me/medicinalivre2
Anti-HCV positivo/ HCV-RNA positivo Hepatite C aguda ou crônica.
Anti-HCV positivo/ HCV-RNA negativo Hepatite C curada ou falso-positivo.
proibida venda
6.2 ASCITE
Dentro deste tópico, é essencial saber identificar as principais etiologias de ascite de acordo com o GASA e a dosagem de proteína total,
e conhecer conceitos sobre o diagnóstico e manejo dos quadros de peritonite bacteriana espontânea e secundária.
GASA
Insuficiência cardíaca
Pericardite constritiva
Síndrome de Ascite biliar
Síndrome nefrótica
t.me/medicinalivre2
Cirrose Budd-Chiari
Metástases hepáticas Obstrução da veia Pancreatite
cava inferior Carcinomatose peritoneal
Tuberculose
proibida venda
Síndrome da
obstrução sinusoidal
Diferente da peritonite bacteriana espontânea, a secundária proteínas elevadas, que, junto com a história sugestiva de causa
ocorre, justamente, de modo secundário a uma patologia intra- secundária, serão as principais dicas das questões para que se
abdominal — por exemplo, a uma perfuração intestinal. Justamente chegue a esse diagnóstico! Lembre-se também de que, nessa
por isso, diferentemente da espontânea, o líquido ascítico, nesse etiologia de peritonite, deve-se realizar exame de imagem, como
tipo de peritonite, tem cultura polimicrobiana, glicose baixa e TC de abdome, antes de que se indique início de antibioticoterapia.
6 .3 CIRROSE HEPÁTICA
Dentro do tema cirrose hepática, o principal tópico que demanda memorização cobrado por algumas bancas consiste no escore de
Child-Pugh.
t.me/medicinalivre2
Trata-se do principal escore de gravidade na cirrose hepática, utilizado inclusive como auxílio na definição de tratamentos como
proibida venda
transplante hepático. Para auxiliar na memorização, note que o escore avalia 2 dos principais achados clínicos de cirrose avançada (ascite e
encefalopatia), e os 3 principais exames laboratoriais para avaliação da função hepática, prejudicada na cirrose (bilirrubina, albumina e TP).
Tempo de protrombina
0-3/<1,7 4-6/1,7-2,3 > 6/>2,3
(diferença de segundos)/INR
6 .4 TUMORES HEPÁTICOS
Dentro do tópico dos tumores hepáticos, os conceitos mais cobrados pelas bancas consistem no manejo do carcinoma hepatocelular e
na identificação, em exames de imagem, dos demais tumores hepáticos.
t.me/medicinalivre2
• Boa reserva funcional hepática (sem cirrose ou Child-Pugh A)
proibida venda
• Bom performance status
• Ausência de hipertensão porta
• Ausência de hiperbilirrubinemia
TRANSPLANTE HEPÁTICO
Resumo Recomendações
t.me/medicinalivre2
vascular, mais frequente em mulheres • Lesões sugestivas de hemangioma à
ultrassonografia devem ser avaliadas por TC
proibida venda
• Lesões hiperecoicas à ultrassonografia com reforço ou por RNM
acústico posterior
• Está indicado acompanhamento semestral
Hemangioma • Hemangiomas gigantes (> 10 cm) podem ser ou anual com exame de imagem
heterogêneos nos exames de imagem
• Hemangiomas gigantes sintomáticos devem
• TC: lesão hipodensa com impregnação periférica, ser submetidos à ressecção cirúrgica ou
gradual e centrípeta pelo contraste (“globuliforme”) embolização arterial
• RNM: lesão hipointensa em T1 e hiperintensa em
T2
Resumo Recomendações
Resumo Recomendações
t.me/medicinalivre2
• Mais comum em mulheres em idade fértil
proibida venda
• Está relacionado ao uso de anticoncepcionais • Quando observamos um nódulo suspeito de
contendo estrogênio (risco 30 vezes maior), ao uso adenoma, deve-se realizar RNM
de anabolizantes hormonais, glicogenose e síndrome
metabólica • Está indicada a suspensão de anticoncepcionais com
estrogênio e anabolizantes hormonais
• Há risco de degeneração maligna em cerca de 5-8%
dos casos, especialmente em homens • Ressecção cirúrgica deve ser indicada em caso de
Adenoma adenomas ≥ 5 cm em mulheres em idade fértil, antes
• USG: usualmente, é hiperecoico, podendo ser de engravidar, ou em homens, independentemente
heterogêneo do tamanho, pelo risco aumentado de malignização
• TC: realce periférico na fase precoce e fluxo centrípeto • Se não houver indicação de ressecção, deve-se
na fase portal; heterogêneo realizar controle semestral ou anual com exame de
• RNM: hipersinal em T1 em caso de hemorragia recente imagem
ou gordura, hipersinal em T2 em caso de hemorragia
antiga ou necrose, presença de cápsula fibrosa com
hipersinal em T2
CAPÍTULO
7.0 GASTROENTEROLOGIA
7.1 DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA
Requer tratamento
Classe Estigma da úlcera Taxa de ressangramento
endoscópico?
t.me/medicinalivre2
IA Até 90% Sim
Forrest I pulsátil
Sangramento
proibida venda
ativo Sangramento “em lençol” ou
IB 20 a 25% Sim
“em babação”
Sem
IIB Coágulo aderido 20 a 30% Sim
sangramento
ativo Manchas escuras de
IIC < 10% Não
hematina
A2: Úlcera com borda mais elevada e bem nítida, com fundo de fibrina mais claro, fino e sem debris.
t.me/medicinalivre2
S2 Úlcera totalmente cicatrizada, branca, sem processo inflamatório adjacente, apenas retração da mucosa.
proibida venda
Classificação de Johnson modificada para úlcera gástrica
LOCALIZAÇÃO NÍVEL DE ÁCIDO
Pequena curvatura entre corpo e antro (incisura angularis).
Tipo I: Essa úlcera é reflexo da pangastrite por H. pylori, em que há destruição de toda NORMO OU
60 a 70% a camada de muco protetor. Portanto, ela ocorre devido à perda do mecanismo HIPOCLORIDRIA
de defesa, mesmo com acidez normal ou baixa.
Úlcera gástrica em associação com a úlcera duodenal.
Tipo II: Essa úlcera reflete a gastrite antral por H. pylori, que cursa com aumento da
HIPERCLORIDRIA
15% secreção ácida, provocando metaplasia gástrica no duodeno e úlcera duodenal.
Portanto, seu mecanismo central é a hiperacidez.
Úlcera no canal pilórico ou pré-pilórica (até 3cm do piloro).
Tipo III: Essa úlcera também reflete a gastrite antral por H. pylori, sem o
HIPERCLORIDRIA
20% comprometimento da mucosa do duodeno. Seu mecanismo central é a
hiperacidez.
Úlcera alta, localizada no corpo proximal ou na cárdia.
Tipo IV: Essa úlcera é rara e também está relacionada à perda dos mecanismos de NORMO OU
<5% defesa. A etiologia não é muita clara, mas pode ocorrer em vigência de H. HIPOCLORIDRIA
pylori.
Múltiplas úlceras em qualquer parte do estômago.
São causadas pelos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), que reduzem
Tipo V: NORMOCLORIDRIA
difusamente os mecanismos de defesa da mucosa. Por isso, as úlceras são múltiplas e
podem ocorrer em qualquer parte do estômago. Não há hipercloridria.
Úlcera péptica
ABSOLUTAS
Adenocarcinoma gástrico
(Obrigatórias)
Linfoma MALT
t.me/medicinalivre2
Adenocarcinoma gástrico em parentes de primeiro grau
proibida venda
RELATIVAS Púrpura trombocitopênica idiopática (PTI)
Cuidado para não confundir teste respiratório com ureia marcada com teste rápido da urease! O primeiro serve para diagnóstico e
controle de cura, e costuma ser o mais abordado nas questões de Residência!
DIAGNÓSTICO E
Análise histopatológica
CONTROLE DE CURA
INVASIVOS
Sorologia DIAGNÓSTICO
t.me/medicinalivre2
proibida venda
7.3 HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA
Neste tópico, os principais conceitos abordados consistem nas medidas iniciais indicadas para HDA e no manejo específico da HDA
varicosa.
! PARA FACILITAR: Fixe os seguintes conceitos:
• medida inicial → reposição volêmica! Se necessária transfusão de hemoderivados, teremos diferentes alvos de Hb, a depender
das comorbidades do paciente;
• na HDA de etiologia varicosa, lembre-se das medidas → vasoconstrição esplâncnica; profilaxia com antibiótico se cirrótico;
• na EDA, realiza-se ligação elástica ou esclerose das varizes;
• obs.: nas varizes de fundo gástrico, indica-se obliteração com cianoacrilato — detalhe já cobrado pela USP-SP!
• na HDA em geral, temos 24h para realização da EDA e, na etiologia varicosa, 12h!
Cirrótico →
Considerar Vasoconstrictor esplênico Profilaxia com ATB:
Eritromicina 250 mg Terlipressina, Octreotide ou Somatostatina Norfloxacina VO ou
IV (procinético) 3 a 5 dias Ceftriaxone IV por 7d
t.me/medicinalivre2
Sangramento maciço Variz de fundo
proibida venda
Endoscopia Digestiva Alta em até 12h: gástrico:
com instabilidade Ligadura elástica (preferível) ou esclerose
refratária Cianoacrilato
Balão de Sengstaken-
Sangramento refratário à terapia endoscópica TIPS precoce
Blackemore por 24h
A hemorragia digestiva baixa é abordada nas provas de Residência principalmente quanto à indicação adequada dos exames para
investigação e manejo do quadro. Os fluxogramas abaixo resumem este assunto.
EDA
Paciente ESTABILIZADO, mas Paciente ESTABILIZADO
ARTERIOGRAFIA Sangramento ativo NORMAL Sangramento leve a
OU CIRURGIA PERSISTENTE E INTENSO moderado ou intermitente
Cintilografia ou COLONOSCOPIA
Angio TC
Localizou?
ARTERIOGRAFIA
Inconclusiva Localizou Normal
ou falha e tratou
terapêutica
t.me/medicinalivre2
Falha terapêutica
Suspeitar de
proibida venda
sangramento
CIRURGIA de delgado
Paciente estável
Sangramento autolimitado
Localizou
COLONOSCOPIA e tratou
Suspeitar de
Localizou
e tratou
Não
localizou EDA Não
localizou
sangramento
de delgado
Suspeitamos de sangramento de intestino delgado em paciente com hemorragia digestiva baixa autolimitada não identificada em
colonoscopia e em endoscopia digestiva alta. Nesse tópico, as bancas abordam sobretudo a correta indicação de exame para investigação.
! PARA FACILITAR: Na suspeita de sangramento de intestino delgado, grave as seguintes indicações:
• se sangramento oculto e intermitente, cápsula endoscópica;
• se sangramento ativo, angioTC ou cintilografia (tais exames requerem uma taxa de sangramento ativo para que sejam eficazes).
Enteroscopia AntioTC
intraoperatória cintilografia
localizou não localizou
Enteroscopia
t.me/medicinalivre2
proibida venda
Arteriografia Cápsula
com embolização endoscópica
Dentro deste tópico, o principal ponto de memorização abordado nas provas consiste na classificação de Los Angeles para esofagite
péptica, cuja principal causa consiste na doença do refluxo gastroesofágico (DRGE).
! PARA FACILITAR: Observe que a definição de cada grau acompanha a severidade das erosões presentes na mucosa esofágica; grave
sobretudo a descrição do grau C, que permite estabelecer o diagnóstico da DRGE durante sua investigação.
Erosões confluentes entre mais de uma prega no esôfago distal, porém, ocupando menos de 75% da
Grau C
circunferência.
7 .6 PANCREATITE AGUDA
Dentro deste tópico, fique atento às classificações clínicas e radiológicas dos quadros de pancreatite aguda.
A tabela abaixo resume a classificação de Balthazar, que indica a severidade do caso. Note que, conforme aumenta a classificação,
temos sinais crescentes de destruição pancreática — inflamação, coleção localizada e, por fim, coleções líquidas e/ou gás, indicativas de
necrose pancreática possivelmente infectada.
CRITÉRIOS DE BALTHAZAR
t.me/medicinalivre2
E Duas ou mais coleções líquidas e/ou gás no pâncreas e adjacências 4 pontos
proibida venda
Os critérios de Ranson são utilizados para predição de gravidade nos casos de pancreatite aguda.
! PARA FACILITAR: As bancas de Residência Médica raramente cobram o conhecimento dos valores indicativos de alterações nos
parâmetros avaliados no escore, porém, mais comumente, exigem saber, em linhas gerais, quais são os parâmetros avaliados por ele. Observe
que os níveis de amilase e lipase não são preditores de gravidade e que os preditores avaliados nas primeiras 48h são demonstrativos do caso
de inflamação sistêmica e extravasamento vascular que ocorrem nos casos de pancreatite aguda — esses conceitos são frequentemente
questionados nas provas!
CRITÉRIOS DE RANSON
Idade > 55 anos Idade > 70 anos Queda hematócrito > 10% Queda hematócrito > 10%
Glicose > 200 mg/dL Glicose > 220 mg/dL Cálcio < 8 mg/dL Cálcio < 8 mg/dL
LDH > 350 U/L LDH > 400 U/L PaO2 < 60 mmHg PaO2 < 60 mmHg
AST (TGO) > 250 U/dL AST (TGO) > 250 U/dL BE < -4 mEq/L BE < -5 mEq/L
Um dos temas favoritos das bancas dentro da gastroenterologia. Aqui, é preciso saber diferenciar retocolite ulcerativa e doença de
Crohn quanto ao envolvimento de diferentes partes do sistema digestivo e reconhecer suas principais manifestações extraintestinais.
t.me/medicinalivre2
Sangue e muco Frequente Ocasionalmente
proibida venda
Dor em cólica Ocasionalmente Frequente
Analise a tabela abaixo, que resume as manifestações extraintestinais das doenças inflamatórias intestinais.
! PARA FACILITAR: Grave sobretudo as três manifestações relacionadas à atividade intestinal: eritema nodoso, artrite periférica e
episclerite!
Episclerite DC Sim
t.me/medicinalivre2
CEP RCU Não
proibida venda
7 .8 CÂNCER DE CÓLON
Questões sobre o tratamento do câncer de cólon são frequentes tanto entre as questões de clínica médica como nas questões de
cirurgia e podem ser resolvidas tendo posse de alguns conceitos essenciais.
CÂNCER DE CÓLON
NÃO RETAL
EC I EC II EC III EC IV
(T1 -T2, N0) (T3 -T4, N0) (N+) (M+)
*<12 linfonodos,
T4, perfurado,
obstrução, pouco
diferenciados,
invasão
angiolinfática
t.me/medicinalivre2
CIRURGIA** CIRURGIA** + QT QT PALIATIVA
ADJUVANTE
proibida venda
**Colectomia segmentar +
Linfadenectomia regional
CÂNCER DO RETO
EC I EC II EC III EC IV
(T1 -T2, N0) (T3 -T4, N0) (N+) (M+)
ALTO
• Lesões T3/T4 METÁSTASES METÁSTASES
RISCO*
e/ou N+ RESSECÁVEIS IRESSECÁVEIS
• Invasão do
mesorreto
• Proximidade
com o aparelho
esfincteriano
t.me/medicinalivre2
CIRURGIA QRT NEOADJUVANTE + QT PALIATIVA
CIRURGIA + QT ADJUVANTE
proibida venda
A tabela abaixo reforça as indicações de radioterapia neoadjuvante no manejo de câncer de cólon retal.
Estádio II (tumores cT3 ou cT4) Tumores que se estendem por meio da muscular da mucosa.
t.me/medicinalivre2
própria (M2) Invadindo submucosa (SM1, SM2 ou SM3)
M3 (muscular da mucosa) se não tiver invasão M3 (muscular da mucosa) se tiver invasão linfovascular
proibida venda
linfovascular Tamanho > 2 cm
Tamanho < 2 cm Lesão elevada, deprimida ou ulcerada
Lesão plana
Caso a neoplasia seja avançada, o tratamento será diferente, como resume a tabela abaixo. Observe que, exceto no tumor de esôfago
cervical com remissão completa após tratamento neoadjuvante, todos os casos serão submetidos à cirurgia (esofagectomia + linfadenectomia
mediastinal) e alguns deles terão indicação de terapia neoadjuvante: T3, T4 e/ou N+.
Localização Tratamento
t.me/medicinalivre2
Borrmann III Lesão ulcerada, infiltrativa e com borda mal delimitada
proibida venda
Borrmann IV A “linitis plástica” é a lesão difusamente infiltrativa pelo estômago
t.me/medicinalivre2
proibida venda
7.9.6 MANEJO DO ADENOCARCINOMA GÁSTRICO
O fluxograma abaixo resume o manejo do adenocarcinoma gástrico.
! PARA FACILITAR: Grave os seguintes conceitos:
• câncer muito precoce (T1,< 2 cm, não ulcerado): ressecção endoscópica;
• a partir de T2: gastrectomia + linfadenectomia a D2;
• se T3/T4/N+: QT neoadjuvante + gastrectomia + linfadenectomia a D2;
• se metastático: QT, RD, cirurgia paliativa.
ADENOCARCINOMA GÁSTRICO
M0 M1
Câncer gástrico
Câncer gástrico
precoce (cT1)
avançado
Ressecção
endoscópica
Quimioterapia
cT1aN0
Neoadjuvente
Bem diferenciado
Não ulcerado Quimioterapia
< 2cm Radioterapia
Sem invasão angiolinfática Cirurgia paliativa
t.me/medicinalivre2
Linfadenectomia à D1 Linfadenectomia à D2 Linfadenectomia
proibida venda
Para fechar o tema, o fluxograma abaixo resume os principais conceitos sobre o adenocarcinoma gástrico abordados nas provas de
Residência Médica.
DIAGNÓSTICO
sugere sugere neoplasia
neoplasia Endoscopia Digestiva Alta LOCALMENTE
t.me/medicinalivre2
SUPERFICIAL AVANÇADA
proibida venda
Tentar tratamento Classificação Classificação
ENDOSCÓPICO endoscópica de histológica de
BORRMANN LAUREN
NEGATIVA MTX à
PET-Scan ou doença distância
localizada
Investigar as lesões, incluindo
métodos invasivos, como a
MTX à LAPAROSCOPIA DIAGNÓSTICA
Tratamento
distância PALIATIVO
QT e RT paliativa
t.me/medicinalivre2
proibida venda
7.9.7.2 MANEJO DAS NEOPLASIAS DA JUNÇÃO ESOFAGOGÁSTRICA
Observe que, para gravar o manejo dessas neoplasias, basta recordar a classificação de Siewert, e indicar o tratamento cirúrgico
semelhante ao que seria indicado para o adenocarcinoma de esôfago e de estômago.
CAPÍTULO
8.0 NEFROLOGIA
t.me/medicinalivre2
8.1 GLOMERULOPATIAS
proibida venda
8.1.1 CARACTERÍSTICAS DAS PRINCIPAIS GLOMERULOPATIAS
A nefrologia pode assustar pela complexidade dos temas, mas saber alguns conceitos básicos sobre as principais glomerulopatias pode
lhe garantir questões difíceis nas provas de Residência Médica! Atenção especial com o resumo da tabela abaixo!
Mieloperoxidase
Antígeno Proteinase – 3 (PR3) Mieloperoxidase (MPO)
(MPO)
t.me/medicinalivre2
cavitados - Síndrome pulmão-
clínica - Dermatite atópica
- Glomerulonefrite rim
proibida venda
- Glomerulonefrite
- Síndrome pulmão-rim - Glomerulonefrite
Classe
Alterações clínico/
(ISN / RPS Definição histológica Alterações urinárias
laboratoriais
2003)
II – Hematúria dismórfica
Sem alterações
Proliferativa Proliferação mesangial Proteinúria subnefrótica
relevantes
Mesangial (quando presente)
Consumo de
Proliferação mesangial e endocapilar
III – complemento
em menos de 50% dos glomérulos Hematúria dismórfica
Proliferativa Piora de função renal
com depósitos subendoteliais de Proteinúria subnefrótica
focal (menos comum que a
imunoglobulinas
classe IV)
t.me/medicinalivre2
Proliferação mesangial e endocapilar
proibida venda
Consumo de
IV – em mais de 50% dos glomérulos
Hematúria dismórfica complemento
Proliferativa com depósitos subendoteliais de
Proteinúria subnefrótica Piora de função renal
difusa imunoglobulinas
Uremia
Pode haver formação de crescentes
t.me/medicinalivre2
nefróticos:
ou piora de função renal
proibida venda
Memorize esses valores!
Proteinúria nefrótica: > 3,5g/dia em adultos ou > 50mg/kg/dia em crianças.
Hipoalbuminemia: < 3,5g/dL em adultos e < 3,0 (ou 2,5g/dL) em crianças.
Esses conceitos são abordados às vezes em provas de maneira bastante direta. Vamos ver?
Sinais de doença sistêmica (como artralgia, rash malar, fotossensibilidade – manifestações do lúpus – por exemplo)
As principais questões sobre esse tema abordam a classificação da LRA, a diferenciação entre lesão pré-renal e renal baseada nos
exames laboratoriais e as indicações de diálise de urgência.
≥ 0,3mg/dL, em 48h
KDIGO I < 0,5mL/kg/h, por 6-12h
1,5-1,9 x Cr basal
≥ 3x Cr basal
< 0,3mL/kg/h, por ≥ 24h
t.me/medicinalivre2
KDIGO III Cr ≥ 4mg/dL
Anúria, por ≥ 12h
Início de terapia renal substitutiva
proibida venda
8.2.2 CLASSIFICAÇÃO DA LRA
! PARA FACILITAR: Raciocine que, nos casos de lesão renal, a função de reabsorção de eletrólitos estará prejudicada; assim, o rim
excreta mais sódio e ureia, resultando nas alterações laboratoriais abaixo elencadas. Diferentemente, na lesão pré-renal, que geralmente
ocorre por estado de hipovolemia e/ou hipoperfusão renal, os rins estão ávidos por reabsorver sódio; assim, teremos alterações opostas à
LRA renal.
t.me/medicinalivre2
proibida venda
8.3.1 CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DA DRC
Grave os critérios diagnósticos de DRC. Atenção para a duração necessária > 3 meses e para o seguinte detalhe: não é necessário haver
alteração de TFG para que tenhamos o diagnóstico de DRC, a presença de lesões anatômicas renais por mais de 3 meses, por exemplo, já
define esse diagnóstico! Esse ponto já foi abordado em questões da USP-RP.
t.me/medicinalivre2
proibida venda
8.4 DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE
Quando falamos de nefrologia, esse é um dos tópicos que seguida, analisando os valores de HCO3 e pCO2, você definirá a
mais assustam os alunos. As questões de Residência sobre esse origem metabólica ou respiratória do quadro; quando se tratar
tópico, frequentes na USP-RP, geralmente enfocam o diagnóstico do de distúrbio respiratório, será preciso determinar se tratamos de
tipo de distúrbio apresentado e, em alguns casos, o levantamento alteração aguda ou crônica, o que será deduzido da história clínica
das principais causas do distúrbio. do paciente.
Para iniciar o tema, grave os conceitos da tabela abaixo, que Em seguida, como indica a tabela, é necessário calcular a
servirão para dar o diagnóstico inicial do distúrbio apresentado magnitude da resposta compensatória, usando o cálculo indicado
pelo paciente. para cada distúrbio.
! PARA FACILITAR: Ao encontrar uma questão que solicite Por fim, quando a questão tratar de um caso de acidose
diagnóstico de distúrbio ácido-base, comece analisando o pH; metabólica, será preciso analisar o ânion gap e o delta/delta, para
baseado nele, definiremos se se trata de alcalose ou acidose; em determinar o tipo de acidose e a presença de distúrbios associados.
t.me/medicinalivre2
proibida venda
t.me/medicinalivre2
proibida venda
A síndrome de lise tumoral, complicação grave que ocorre espontaneamente ou em decorrência do tratamento de diversos tipos de
câncer, cursa com importantes alterações metabólicas e clínicas. Grave essas alterações com a tabela abaixo.
Critérios de CAIRO-BISHOP
8 .6 NEFROLITÍASE
t.me/medicinalivre2
8.6.1 MANEJO DA NEFROLITÍASE • Se tamanho 1-2 cm, as opções abordadas nas provas
proibida venda
são a ureteroscopia e a LEOC (ondas de choque!);
Dentro do tópico da nefrolitíase, é necessário gravar as
• observe que, na maioria das situações, podemos
indicações dos diferentes métodos cirúrgicos para manejo da
realizar e optamos pelo meio endoscópico, com
doença. a ureteroscopia!
! PARA FACILITAR: Grave que o manejo cirúrgico será • Se o cálculo estiver em polo inferior, a retirada
indicado para cálculos de tamanho > 1 cm. Feito isso, diferenciamos endoscópica pode ser mais complicada, e poderá ser
o manejo do seguinte modo: considerada a cirurgia percutânea.
• Se cálculo > 2 cm, não tem jeito → nefrolitotomia Para realizar a LEOC, por fim, algumas condições clínicas e
percutânea; anatômicas, descritas no fluxograma, não podem estar presentes!
Tamanho do
cálculo renal
Localização
NLPC*
do cálculo
Polo médio ou
Polo inferior
superior
Obesidade
Ureteroscopia Gestação
ou NLPC Diatése hemorrágica
Densidade > 900 UH
Alteração anatômica das vias urinárias
Sim Não
t.me/medicinalivre2
proibida venda
LEOC* ou
Ureteroscopia
Ureteroscopia
Localização do
cálculo ureteral
Localização
Ureteroscopia
do cálculo
≤ 1 cm > 1 cm
Obesidade
Gestação Ureteroscopia
Diatése hemorrágica
Densidade > 900 UH
Alteração anatômica das vias urinárias
Sim Não
Ureteroscopia
Ureteroscopia
ou LEOC*
CAPÍTULO
9.0 INFECTOLOGIA
9 .1 MENINGITES
Pressão de
Aumentada Normal Aumentada Aumentada
abertura (cmH2O)
t.me/medicinalivre2
Aparência Turvo Límpido Xantocrômico/ Turvo Límpido/ Turvo
proibida venda
Leucócitos
>500 5-100 5-500 5-500
(células/mm³)
t.me/medicinalivre2
proibida venda
9.1.3 MANEJO DAS MENINGITES BACTERIANAS
O antibiótico adequado para tratamento dos casos de cefalosporina (ceftriaxona na maioria dos casos e cefotaxima se < 2
meningite varia de acordo com a idade do paciente, já que os meses), devendo adicionar outra droga ao esquema em 2 situações:
agentes etiológicos predominantes como causa do quadro variam, • < 2 meses→adicionamos ampicilina para cobertura de
justamente, com esse fator. Listeria e Enterococcus;
• Idosos→ adicionamos, também, ampicilina para
! PARA FACILITAR: Grave que sempre indicaremos uma
cobertura de Listeria.
Streptococcus do grupo B
Enterobactérias ceftriaxona
2-3 meses Neisseria meningitidis OU
Streptococcus pneumoniae cefotaxima
Haemophilus influenzae
Neisseria meningitidis
> 3 meses
Streptococcus pneumoniae ceftriaxona
Adultos
Haemophilus influenzae
t.me/medicinalivre2
Neisseria meningitidis
Idosos (>60),
Streptococcus pneumoniae
imunossuprimidos e ceftriaxona + ampicilina
proibida venda
Haemophilus influenzae
gestantes
Listeria monocytogenes
t.me/medicinalivre2
proibida venda
9.2 PNEUMONIAS
9.2.1 CURB-65
Iniciando o estudo das pneumonias, é essencial gravar o CURB-65, o escore que auxilia na decisão clínica de tratar o paciente de modo
ambulatorial ou intra-hospitalar.
Obs.: na prática clínica, ou em questões de prova, caso não tenhamos resultado de ureia, podemos empregar, além dele, o CRB-65,
utilizando os mesmos parâmetros do CURB e retirando a ureia — nesse caso, já consideramos internação para tratamento com apenas 1
parâmetro alterado.
t.me/medicinalivre2
proibida venda
9.2.2 MANEJO AMBULATORIAL DA PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE
O quadro abaixo resume os principais antibióticos utilizados betalactâmico + macrolídeo caso possua comorbidades ou tenha
no manejo das pneumonias adquiridas na comunidade. Observe usado antibióticos recentemente; e lembre-se do detalhe de indicar
que indicaremos: monoterapia quando se tratar de paciente quinolona respiratória nos pacientes com alergia às duas drogas
hígido e sem uso recente de comorbidades; terapia dupla com anteriores — ponto abordado em recente questão da UNIFESP.
t.me/medicinalivre2
proibida venda
9.2.3 MANEJO HOSPITALAR DA PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE
! PARA FACILITAR: Observe que, nos pacientes internados, indicaremos preferencialmente a terapia com duas drogas [opção (A) na
imagem], procurando cobrir bactérias atípicas. Guarde o esquema com ceftriaxona + azitro ou claritromicina, muito abordado nas provas.
t.me/medicinalivre2
proibida venda
Para finalizar o estudo do manejo das pneumonias, observe o resumo dos antibióticos indicados para pacientes em tratamento na UTI.
Nesses casos, podemos manter o tratamento com ceftriaxona + macrolídeo indicado para os internados na enfermaria, ou utilizar ceftriaxona
+ quinolona respiratória.
Animais
Peçonhentos
t.me/medicinalivre2
proibida venda
Tityus Phoneutria Loxosceles Latrodectus
Lembre-se de ELA*
“CRO” que faz fraqueza
CRoca-cola muscular. Esse veneno
“Lembra vagalmente
“PICO” (urina escura pela é neurotóxico e,
o botrópico”
Plaquetopenia rabdomiólise e IRA) também, faz fraqueza
Manifestações locais
(sangramentos) Cérebro (fácies muscular progressiva,
semelhantes ao
Insuficiência renal miastênica) além de ptose
botrópico com
COmplicações locais Olho caído (turvação palpebral, oftalmoplegia,
síndrome vagal.
visual e ptose fácies miastênica,
palpebral) insuficiência respiratória
e apnéia.
*Esclerose lateral amiotrófica
9 .4 SEPSE
A sepse é uma das emergências mais frequentes na prática Além disso, grave que, para falar em choque séptico,
clínica e, nas provas de Residência, não é diferente. As questões devemos ter choque refratário às medidas iniciais de reposição
sobre sepse em adultos costumam abordar o diagnóstico e o volêmica, ou seja, que depende de drogas vasoativas e leva ao
manejo inicial dos casos. aumento de lactato, pela piora da perfusão sistêmica.
Tenha atenção especial para definir, corretamente, sepse e ! PARA FACILITAR: Memorize os três componentes do
choque séptico. Raciocine que a sepse, pelo estado de perfusão qSOFA. Além disso, é incomum que as provas cobrem com exatidão
inadequada que promove, leva a disfunções orgânicas; assim, a os valores alterados para definir disfunção no SOFA; porém, é
suspeita de sepse ocorrerá com a união de quadro infeccioso com a essencial saber os conceitos descritos no quadro abaixo e, no que
presença de 2 alterações do qSOFA; em seguida, para diagnosticá- se refere ao SOFA, saber que parâmetros são avaliados por ele —
la, devemos observar mudanças no escore SOFA, que avalia, para memorizá-los, observe que nada mais são do que os principais
justamente, a presença de disfunções orgânicas exames de avaliação dos sistemas do corpo humano.
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Alteração do nível de Consciência
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Pressão arterial sistólica < 100 mmHg
Sepse com
ressuscitação
Doença causada volêmica realizada
Infecção +
por microrganismo PAM < 65
sem resposta + ou
Escore SOFA
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Hipotensão ou uso de drogas
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Disfunção Cardiovascular
vasoativas
Oligúria ou aumento de
Disfunção Renal creatinina
t.me/medicinalivre2
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9.5 ARBOVIROSES
Dentro dos temas da infectologia, tendo em vista sua associações entre arbovirose e quadro clínico:
importância epidemiológica no Brasil, as arboviroses ganham • dengue → cefaleia retro-orbitária, trombocitopenia,
destaque nas questões. O quadro abaixo resume as principais discrasia hemorrágica!
• chikungunya → artralgia, que pode inclusive cronificar!
diferenças clínicas entre elas, que serão suas principais pistas para
• zika → exantema desde o primeiro dia de sintomas e
chegar ao diagnóstico correto na prova.
conjuntivite frequente!
! PARA FACILITAR: Grave especialmente as seguintes
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9.5.1 DENGUE
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9.5.1.1 CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA E MANEJO DA DENGUE
Dentro do tema das arboviroses, a dengue merece sua atenção especial. Grave as diferenças diagnósticas e de manejo entre os quatro
grupos de pacientes com dengue, com destaque para a indicação de internação e hidratação endovenosa, acompanhada de solicitação de
exames adicionais nos grupos C e D.
S Sangramento de mucosa
I Irritabilidade ou letargia
V Vômitos persistentes
H Hepatomegalia
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9 .6 TUBERCULOSE
A tuberculose é presença garantida nas questões de Residência Médica de infectologia. Aqui, lembre-se de gravar, além do manejo
dos quadros de tuberculose bacilífera, a condução dos pacientes com infecção latente pelo M. tuberculosis e dos contactantes de casos
de tuberculose bacilífera, com destaque para os recém-nascidos expostos a esses casos. Esse tema passou por atualizações recentes do
Ministério da Saúde e, por isso, poderá ser abordado nas principais provas.
DIAGNÓSTICO DA
TUBERCULOSE PULMONAR Baciloscopia
Febre vespertina
Tosse
Perda ponderal Clínico Bacteriológica TRM
Sudorese noturna
Perda de apetite
TB primária TB secundária
TB miliar
Micronódulos difusos
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9.6.3 TUBERCULOSE PULMONAR: EXAMES
Fique atento às diferenças entre os três principais exames utilizados para diagnóstico e manejo dos casos de tuberculose pulmonar!
! PARA FACILITAR: As provas costumam explorar as diferenças de utilidade dos três testes. Grave os seguintes pontos:
• baciloscopia e cultura podem ser utilizadas para diagnóstico e controle de cultura;
• TRM serve apenas para diagnóstico inicial (não para controle de cura!) e para triagem de resistência à rifampicina — caso
indicativa de resistência, devemos repeti-la e, se persistir esse resultado, indicar cultura.
EXAME INDICAÇÃO
TUBERCULOSE
PULMONAR
Ocorre após Mais Reativa após Mais Pode ser após Mais
contato com frequente na quadro de frequente em TB primária frequente em
bacilo infância latência adultos ou secundária, pacientes
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quando o bacilo com AIDS
cai na corrente
sanguínea
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9.6.5 TUBERCULOSE PULMONAR: EFEITOS ADVERSOS DAS MEDICAÇÕES
O quadro abaixo resume os efeitos adversos das medicações utilizadas no esquema básico de tratamento da tuberculose. Grave
sobretudo as alterações circuladas, frequentemente abordadas nas questões de infectologia.
Hepatotóxicos
Sempre que diagnosticamos casos de tuberculose bacilífera, separamos os contactantes em sintomáticos e assintomáticos
é necessário fazer busca ativa dos contactantes para investigar a e apenas os últimos deverão realizar prova tuberculínica para
presença de casos de tuberculose ativa ou latente. Grave a condução pesquisa de tuberculose latente — afinal, os sintomáticos serão
desses casos com o fluxograma abaixo. Observe que, inicialmente, investigados como suspeita de tuberculose pulmonar!
CONTATO DE CASO
BACILÍFERO
Asintomático Sintomático
Fazer PT Investigar
Tuberculose
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< 5mm ≥ 5mm
Normal Alterada
Sem Com
conversão conversão*
RECÉM-NASCIDO EXPOSTO
A CASO BACILÍFERO
Fazer PT
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≥ 5mm < 5mm
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Manter: Isoniazida Suspender
por mais três meses medicações
ou e aplicar BCG
rifampicina por
mais um mês
PASSO 2:
PASSO 1: Avaliar exames ou indicação PASSO 3:
Descartar TB ativa de tratamento Iniciar tratamento
Complementando o conteúdo, observe o fluxograma abaixo que inclui o passo-a-passo do diagnóstico da infecção latente e os 2
exames que permitem a diagnosticar: IGRA ou prova tuberculínica! Atenção com o mnemônico “CINCO”, que indica as cinco populações em
que o valor de corte para prova tuberculínica alterada é de 5 mm, não de 10 mm.
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INFECÇÃO LATENTE PELO
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M. TUBERCULOSIS Droga de
escolha
Isoniazida
Infecção pelo
M. tuberculosis sem 270 doses
desenvolvimento Definição Tratamento ou (9 meses) ou
de doença ativa 180 doses
(6 meses)
Rifampicina
Diagnóstico
Indicada em
maiores de
50 anos,
menores de
Descartar TB + Exames ou Pessoas com 10 anos e
ativa anamnese HIV contactantes hepatopatas
e radiografia de casos
de tórax confirmados
CD4 ≤ 350
120 doses
(4 meses)
Positivo
≥ 5mm nos ≥ 10 mm nas
CINCO* demais
populações
9 .7 NEUTROPENIA FEBRIL
Dentro das emergências em infectologia, a neutropenia febril, junto à sepse, é favorita das bancas de clínica médica e pediatria nas
provas de Residência Médica. Aqui, é essencial saber o manejo inicial dos pacientes, com destaque para a escolha de antibioticoterapia
adequada e a indicação de manejo ambulatorial ou hospitalar.
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Para finalizar, memorize os critérios que permitem suspender a antibioticoterapia nos pacientes com neutropenia febril.
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CAPÍTULO
10.0 PNEUMOLOGIA
10 .1 DERRAME PLEURAL
Pacientes com derrame pleural novo devem ser submetidos exsudato e transudato; para classificá-lo, é essencial analisar,
à toracocentese diagnóstica para pesquisa da etiologia do quadro, principalmente, os níveis de proteína e de LDH no líquido pleural e
que poderá guiar, adequadamente, seu manejo. O líquido pleural no sangue. Grave com atenção os parâmetros resumidos na tabela,
é submetido a exames que permitirão classificá-lo em 2 tipos: frequentes nas questões de pneumologia sobre esse tema.
Transudato Exsudato
LDH líquido pleural > 2/3 limite superior da normalidade sérica Não Sim
A tabela abaixo sintetiza os principais tipos de derrame pleural do tipo transudato, decorrente de alterações do equilíbrio entre as
pressões hidrostática e oncótica, e exsudato.
Transudato Exsudato
ICC Infecciosas
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Cirrose hepática Neoplásico
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Sd. Nefrótica Induzido por drogas
Hipoalbuminemia Hemotórax
Mixedema Colagenoses
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10 .2 DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS E RESTRITIVAS
Asma, DPOC,
Obstrutivo ↓↓ ↓ ↓ fibrose cística, (VEF1/CVF < 0,7%.)
bronquiectasias
Doenças
fibrosantes, Redução
Restritivo ↓ ↓ Normal deformidades de proporcional VEF1
caixa e CVF
torácica graves
Formas avançadas
VEF1/CVF < 0,7%
Misto/ de fibrose cística;
↓ ↓↓ ↓ com CVF muito
Combinado associação de
reduzida
doenças
10 .3 ASMA EM ADULTOS
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A asma é extremamente frequente na prática clínica tanto em adultos como na infância, nas provas, não é diferente. Neste tema, é
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essencial gravar: como diagnosticar asma corretamente; como indicar o tratamento adequado e acompanhá-lo; e saber conceitos sobre o
manejo da asma exacerbada no pronto-socorro. Aqui, você encontrará detalhes sobre a asma em adultos! Na seção de pediatria, detalhamos
a asma na infância.
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Preferencial
ETAPA V CI dose alta + LABA, adicionar Tiotrópio
Fenotipar: anti-lgE ou anti-IL5 ou anti-IL4R
Opções
Adicionar corticoide oral em dose baixa
Preferencial
ETAPA IV CI dose média +Formoterol de manutenção
+ CI dose baixa + Formoterol de resgate
montelucaste
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manutenção e resgate
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Dose média de CI + SABA por demanda ou
Opções
TODOS OS ASMÁTICOS
Controle ambiental + rever controle de asma e risco futuro regularmente
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Despertares noturnos Nenhum Qualquer Qualquer
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Medicação de alívio Nenhuma ou ≤ 2/semana 3 ou mais/semana 3 ou mais/semana
Não Sim
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- Frases completas - Frases incompletas
- Retrações musculares leves ou - Utilização de musculatura acessória
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ausentes - Sibilos localizados ou difusos
- Sibilos ausentes - FR aumentada (> 30 irpm)
- FR normal ou aumentada - FC > 120bpm
- FC < 120bpm - PFE < 50% previsto ou melhor do
- PFE > 50% previsto ou melhor do paciente
paciente - SpO2 < 90%
- SpO2 90 - 95%
SABA SABA
- Ipratrópio
- Considerar ipratrópio - O2 para Sat 93-95%
- O2 para Sat 93-95% - Corticoide VO ou EV
- Corticoide oral - Considerar magnésio EV
- Considerar altas doses de CI
Reavaliação frequente
Nova avaliação funcional em 1h
Em caso de piora, considerar UTI
Considerar alta se houver melhora clínica com PFE 60-80% do predito ou
melhor do paciente
! PARA FACILITAR: Grave a versão simplificada dos critérios de Wells, resumida na tabela abaixo, que o permitirá classificar
adequadamente os pacientes com suspeita de TEP agudo nas questões sobre o tema.
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FC > 100 bpm 1,5 pontos 1 ponto
Imobilização por mais de 3 dias ou cirurgia nas últimas 4 semanas 1,5 pontos 1 ponto
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TEP ou TVP prévio 1,5 pontos 1 ponto
Hemoptise 1 ponto 1 ponto
Neoplasia atual ou tratada nos últimos 6 meses 1 ponto 1 ponto
Probabilidade clínica
Escore em três níveis Versão original Versão simplificada
Baixa 0-1 N/A
Intermediária 2-6 N/A
Alta ≥7 N/A
Escore em dois níveis Versão original Versão simplificada
TEP improvável 0-4 0-1
TEP provável ≥5 ≥2
D-Dimero
AngioTC
Positivo
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Negativo AngioTC Negativa TEP
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Não tratar OU
investigar outras
Não tratar Tratar como TEP Tratar como TEP
causas
Disfunção de
Ventrículo Direito?
Não Sim
Procurar outras
AngioTC disponível
causas de choque/
imediatamente?
instabiilidade
Não Sim
AngioTC
Tratar como Positiva
TEP de alto risco Negativa
Procurar outras
causas de choque/
instabiilidade
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Por fim, alguns pacientes podem receber indicação de filtro de veia cava inferior, que objetiva impedir a ascensão de trombos em
sistema venoso profundo de membros inferiores para o pulmão:
• Contraindicação à anticoagulação.
• TEP recorrente a despeito da anticoagulação terapêutica.
• Risco de sangramento inaceitavelmente alto.
CAPÍTULO
11.0 REUMATOLOGIA
1 1 .1 AVALIAÇÃO DA ARTRALGIA
A artralgia, dor articular, consiste em uma das queixas mais comuns nos consultórios dos reumatologistas. Assim, as provas dessa área,
com frequência, trazem questões cujo primeiro passo é realizar a avaliação inicial da artralgia de modo a separá-la em grupos de hipóteses
principais. Para isso, grave a classificação dessa queixa entre as causas inflamatórias e mecânicas! Isso terá especial importância na avaliação
dos casos de lombalgia — quando nos deparamos com lombalgia inflamatória em paciente jovem, devemos ficar alertas para o possível
diagnóstico de espondilite anquilosante.
INFLAMATÓRIA MECÂNICA
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pacientes de idade mais avançada)
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Agudo (geralmente com relato de
Início Insidioso
trauma associado)
Hérnia discal
Exemplo de patologias Espondiloartrites
Estenose de canal lombar
11 .2 ARTRITES
Iniciando o estudo das artrites agudas, relembre a importância da artrocentese diagnóstica, utilizada para avaliação do líquido sinovial;
tenha atenção especial com os achados dos exames nas artrites de tipo inflamatório ou infeccioso destacados abaixo.
CONTAGEM PORCENTAGEM DE
TIPO DE LÍQUIDO APARÊNCIA
CELULAR/MM³ POLIMORFONUCLEARES (%)
Infeccioso (artrite séptica) Turvo, purulento (em alguns casos) > 50.000 a 100.000 > 75
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11.2.1 ARTRITE SÉPTICA
Quando falamos de artrite séptica, duas causas principais devem saltar à mente: gonocócica, e não gonocócica (principalmente causada
por S. aureus!). O quadro abaixo resume as principais diferenças entre esses tipos de artrite; tenha atenção especial com a descrição do tipo
de hospedeiro de cada uma e com a presença de poliartrite migratória e tenossinovite na artrite gonocócica!
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Luz
Cristais Morfologia Birrefringência
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paralela
Pirofosfato
Romboide Fraca positiva Azul
de cálcio
Para concluir o estudo da doença por deposição de pirofosfato tratará da artrite gotosa! Saber dos achados característicos da DPFC,
de cálcio, grave as principais características que permitem suspeitar sobretudo o tipo de cristal observado na microscopia desses casos,
dessa hipótese, resumidas abaixo. permitirá que você chegue ao diagnóstico nas poucas questões que
! PARA FACILITAR: A maioria das questões sobre o tema o abordarem.
ARTRITE REUMATOIDE
• Desconhecida.
Etiologia • Fatores genéticos: HLA-DR.
• Fatores ambientais: tabagismo e infecções (lembrar da periodontite).
• Afeta ambos os sexos e em todas as faixas etárias.
Epidemiologia
• Predomínio em mulheres dos 30 aos 60 anos.
• Genética + fatores ambientais quebra da autotolerância produção de autoanticorpos sinovite e
Fisiopatologia
manifestações extra-articulares.
• Poliartrite crônica e simétrica de pequenas e grandes articulações com rigidez matinal prolongada.
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Quadro clínico • Poupa interfalangeana distal.
• Surgimento insidioso e caráter aditivo.
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• Desvio ulnar dos dedos.
Principais • Subluxação de MCFs.
deformidades • “Mão em Z” ou “em ventania”.
articulares • “Pescoço de cisne”.
• Botoeira ou boutonnière.
• Nódulos reumatoides.
• Derrame pleural.
Principais • Doença intersticial pulmonar.
manifestações • Pericardite.
extra-articulares • Ceratoconjuntivite seca / episclerite / esclerite.
• Síndrome de Felty.
• Vasculite.
• Clínica + autoanticorpos (FR e anti-CCP) + marcadores de atividade inflamatória (PCR e VHS) + imagem
Diagnóstico
(radiografia).
Diagnóstico • Doenças do tecido conjuntivo, artrites infecciosas, espondiloartrites (especialmente artrite psoriásica), artrites
diferencial microcristalinas, artrite paraneoplásica, polimialgia reumática.
Avaliação de
• DAS28.
atividade
• Sintomáticos: AINEs, glicocorticoides.
• DMARD de escolha: metotrexato.
Tratamento
• Outros DMARDs sintéticos: leflunomida, sulfassalazina, cloroquina/hidroxicloroquina.
• DMARDs biológicos: especialmente anti-TNF.
• Anticorpos positivos.
Principais
• Manifestações extra-articulares.
fatores de pior
• Tabagismo.
prognósticos
• Erosões precoces.
Principais
• Aterosclerose e doença coronariana.
causas de óbito
*Inibidores da JAK (tofacitinibe) são considerados pequenas moléculas sintéticas alvo-específicas, mas, para fins de indicação no
tratamento da AR e seguimento dos pacientes, devem ser encarados como um imunobiológico.
Complementando o quadro anterior, é importante reconhecer as pistas clínicas para pensar em um diagnóstico diferente do de artrite
reumatoide.
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• Acometimento de IFD;
• Acometimento de coluna torácica, lombo-sacra e sacroilíaca;
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• Artrite aguda;
• Artrite migratória.
11.2.6 OSTEOARTROSE
11.2.6.1 ESPONDILITE ANQUILOSANTE
Questões sobre paciente jovem com lombalgia inflamatória, ou seja, que melhora à movimentação, devem alertá-lo para a suspeita de
espondilite anquilosante. Grave os principais conceitos sobre essa doença com o quadro abaixo.
ESPONDILITE ANQUILOSANTE
ARTRITE PSORIÁSICA
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PRINCIPAL BIZU: artrite de interfalangeanas distais em paciente com lesões cutâneas e ungueais.
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11.2.8 ARTRITE REATIVA
A artrite reativa, também conhecida como síndrome de Reiter, ocorre devido à reação autoimune do corpo a uma infecção geniturinária
ou gastrintestinal; essa doença aparece nas provas com foco no diagnóstico.
! PARA FACILITAR: Fique atento a essa hipótese em casos de paciente jovem com infecção recente e início de artrite de membros
inferiores, acompanhado de lesões extra-articulares — com destaque para conjuntivite e uretrite!
PRINCIPAL BIZU: jovem que inicia artrite de membro inferior e manifestações extra-articulares (olho, trato geniturinário
e pele) após uma infecção.
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Nuclear homogêneo diagnóstico. Associado com atividade de doença,
70 a 80%
especialmente a nefrite lúpica
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O mais específico para o diagnóstico, segundo
Sm
Nuclear pontilhado grosso alguns autores. Não tem relação com atividade
10 a 40%
de doença.
Nucleossomo
Nuclear homogêneo Nefrite lúpica
50 a 90%
SSB-La
Nuclear pontilhado fino Associação negativa com nefrite lúpica
15 a 40%
- Hematúria e proteinúria
Mesangial quando ocorrem são discretas;
Mínima/proliferativa - Incomum hipertensão;
- Curso mais benigno.
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1 1 .4 POLIMIOSITE E DERMATOMIOSITE
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O quadro abaixo resume as características das duas doenças alterações cutâneas da dermatomiosite! Lembre-se também de que
musculares autoimunes mais cobradas pelas provas. pacientes com dermatomiosite necessitam de acompanhamento
! PARA FACILITAR: Observe que o sintoma muscular de pelo maior risco de neoplasias — isso já foi cobrado por provas
ambas as doenças é semelhante; a dica para diferenciá-las está nas como a USP-SP.
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Pode apresentar anti-Jo-1, mas
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Anticorpos Pode apresentar anti-Jo-1
também Mi2 e MDA-5
Infiltrado, predominantemente,
Infiltrado, predominantemente, às
às custas de células TCD8+
custas de células TCD4+ e linfócitos
Biópsia endomisiais focais e
B na região perivascular, com
heterogêneas, poupando
deposição de complemento
relativamente a vasculatura
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o TTPa e, entre os anticorpos, é o que mais aumenta o risco de trombose.
Anticardiolipina pode gerar teste falso-positivo para sífilis (VDRL). Já o antibeta2-
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glicoproteína é o mais específico para o diagnóstico.
Anticoagulação plena para todo SAF, com evento trombótico ou SAF em gestação
atual. Manter anticoagulação permanente com AVK buscando alvo de INR entre
2 e 3 para eventos venosos e entre 3 e 4 para eventos arteriais;
SAF gestacional fora de gestação recebe apenas AAS;
Não há estudos que mostrem a possibilidade de DOACs para SAF de alto risco;
Tratamento
Plaquetopenia > 50 mil plaquetas/mm3 deve receber AAS. Se < 30 mil plaquetas/
mm3 ou houver sangramento, pode ser feito corticoide, imunoglobulina e/ou
rituximabe;
SAF catastrófica: anticoagulação plena + corticoide venoso + gamaglobulina (e/
ou plasmaférese).
! PARA FACILITAR: Quanto aos critérios diagnósticos de SAF, memorize que devemos unir a clínica (1 critério clínico) aos exames
laboratoriais (1 autoanticorpo presente, que deve ser repetido em 12 semanas); grave os 3 autoanticorpos associados à SAF, que já foram
abordados diretamente nas provas.
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