Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INTRODUÇÃO
PROF. BRUNO
FERRAZ
Futuro Residente, conversaremos agora sobre um tema
razoavelmente presente nas provas de Residência Médica.
Não são questões fáceis e geralmente envolvem casos
clínicos. O gatilho para a identificação de uma provável
questão de insuficiência cardíaca (IC) aguda é a presença
de um paciente com dispneia progressiva ou súbita. Deve-
se buscar outros sinais e sintomas de IC nesse paciente para
fechar o diagnóstico. Identificar o perfil hemodinâmico é
peça fundamental pois irá nortear todo tratamento. A grande
maioria das questões cobram esses conhecimentos: perfil
hemodinâmico e tratamento. Espero que gostem do resumo!
Prof. Bruno Ferraz
@ profbrunoferraz
@estrategiamed t.me/estrategiamed
Estratégia
MED
CARDIOLOGIA Insuficiência Cardíaca Aguda Estratégia
MED
SUMÁRIO
1.0 DEFINIÇÃO 5
2.0 CLASSIFICAÇÃO 6
3.0 CARACTERÍSTICAS FISIOPATOLÓGICAS E CLÍNICAS 8
4.0 AVALIAÇÃO INICIAL 10
5.0 ABORDAGEM TERAPÊUTICA 12
5.1 OXIGENIOTERAPIA E SUPORTE VENTILATÓRIO 12
5.2 DIURÉTICOS 13
5.4 INOTRÓPICOS 15
5.5 VASOPRESSORES 16
5.6 DIGITÁLICOS 17
5.7 OPIOIDES 17
5.9.1. BETABLOQUEADORES 20
CAPÍTULO
1.0 DEFINIÇÃO
A insuficiência cardíaca aguda é um quadro de falência da função cardíaca (sistólica e/ou diastólica) de início rápido e progressivo que
pode ocorrer em paciente com ou sem história de IC.
A IC aguda pode ser causada pela deterioração natural da função cardíaca ou precipitada por algum fator. Identificar a presença de
um fator causal em todos os pacientes com IC aguda é fundamental, pois pode ser a chave para compensação de nosso paciente. A tabela 1
resume os principais fatores de descompensação.
Infecção
Bradiarritmias
Exacerbação do DPOC
Embolia pulmonar
Insulto cerebrovascular
Causa mecânica aguda (síndrome coronariana aguda complicando com ruptura de parede livre, defeito de septo
interatrial e insuficiência mitral aguda); trauma de tórax ou intervenção cardíaca, incompetência de prótese valvar
secundária à endocardite e dissecção aórtica
CAPÍTULO
2.0 CLASSIFICAÇÃO
PERFIL HEMODINÂMICO DE STEVENSON - IC
A classificação é parte fundamental na abordagem inicial do
paciente com IC aguda. Além de ser cobrada exaustivamente nas
provas de Residência, ela orientará toda a terapêutica. Basicamente,
são avaliados dois parâmetros: volemia e perfusão. Com relação
à volemia, pacientes com sinais e sintomas de hipervolemia são
classificados como congestos (úmidos). Na ausência desses sintomas,
podem ser definidos como secos. Quanto à perfusão, pacientes
com baixo débito são chamados de frios, enquanto aqueles com
perfusão preservada são denominados quentes. Definimos, assim,
quatro situações, conforme o perfil hemodinâmico de Stevenson
(ver figura ao lado)
Os sinais e sintomas presentes nesses grupos estão resumidos
na tabela e figura abaixo:
Ganho de peso
CAPÍTULO
↑ Pós-carga e/ou
↓ Contratilidade
Mecanismo Disfunção diastólica do VE
Retenção de água e sódio
Perda aguda da contração
Redistribuição da volemia
Aumento global da volemia
Padrão de congestão da periferia para pulmão
(hipervolemia sistêmica)
(hipervolemia pulmonar)
VE: ventrículo esquerdo; PAS: pressão arterial sistólica; PD2: pressão diastólica final do ventrículo esquerdo; FEVE: fração de ejeção do ventrículo esquerdo; DC: débito cardíaco.
De uma maneira simples, a fisiopatologia envolve três itens: pré-carga, pós-carga e contratilidade. O manejo adequado delas será
fundamental na compensação do quadro cardíaco. A figura abaixo sumariza os mecanismos relacionados a essa fisiopatologia e às drogas que
podem ser empregadas para compensação.
CAPÍTULO
Manejo inicial do paciente com IC aguda. VNI: ventilação não-invasiva; VM: ventilação mecânica; CTI: Centro de Tratamento Intensivo.
O algoritmo acima visa identificar todas as situações que demandam conduta imediata! Ele deve ser implementado a partir do primeiro
contato médico. Uma vez descartadas essas condições iniciais, deve-se buscar o diagnóstico e pedir ajuda aos exames laboratoriais:
Radiografia de tórax: auxilia no diagnóstico diferencial entre as causas torácicas e pulmonares da dispneia, além de permitir avaliação
da congestão pulmonar. Além disso, pode identificar cardiomegalia. Existem diversos achados radiológicos que apontam para a congestão
pulmonar:
Eletrocardiograma: fundamental na avaliação inicial do • Função renal: hipoperfusão renal ou congestão renal
paciente com IC, pois pode fornecer informações quanto à etiologia podem causar insuficiência renal (síndrome cardiorrenal).
da IC ou ao fator de descompensação. Um eletrocardiograma (ECG) • Eletrólitos: hiponatremia é um marcador de pior
prognóstico. Distúrbios do potássio podem estar presentes em
normal na IC é incomum.
pacientes que usam inibidores de ECA, antagonista de aldosterona
Ecocardiograma: deve ser realizado imediatamente em
e furosemida.
pacientes com instabilidade hemodinâmica e precocemente
• Função hepática: congestão hepática pode promover
nos pacientes com primeira manifestação de IC e ou com função elevação das transaminases.
ventricular desconhecida. A ultrassonografia pulmonar também • Função tireoidiana: disfunção tireoidiana causa
pode fornecer ajuda no diagnóstico diferencial de congestão descompensação cardíaca.
(conseguimos ver as linhas B de Kerley com auxílio do ultrassom). • Hemograma: anemia é um marcador prognóstico e
Exames laboratoriais: na fisiopatologia da IC, a sobrecarga causa cansaço e dispneia. Leucocitose pode apontar para uma
causa infecciosa (possível causa de descompensação).
ventricular promoverá aumento da produção de peptídeos
• Gasometria arterial: apenas em pacientes com dispneia.
natriuréticos (BNP). Por isso, o BNP deve ser mensurado em todos
• D-dímero: em pacientes com quadro suspeito de
os pacientes com dispneia aguda e suspeita de IC aguda para ajudar
embolia pulmonar.
no diagnóstico diferencial. Como o exame tem alta sensibilidade, • Troponina: em pacientes com suspeita de síndrome
um exame negativo praticamente exclui a possibilidade de IC aguda. coronariana aguda.
Outros exames laboratoriais que podem ser úteis:
CAPÍTULO
Em pacientes sem desconforto respiratório (taquipneia (quantidade de ar que entra nos pulmões em um minuto). Dessa
com mais de 25 incursões por minuto), pode ser usado cateter forma, essa técnica será útil em pacientes com hipercapnia
nasal de O2 e máscara de Hudson ou Venturi. Em pacientes com (especialmente DPOC), visando redução da PCO2. A VNI é capaz
desconforto respiratório e hipoxemia, é indicado o início precoce da de reduzir o desconforto respiratório e a taxa de intubações,
ventilação não-invasiva, visando evitar uma intubação orotraqueal sendo que alguns trabalhos também mostraram uma redução de
desnecessária. Esse método é excelente e funciona muito bem, mortalidade, mas esses dados são menos consistentes. Como a
especialmente na IC aguda. Existem duas maneiras de realizar VNI gera uma pressão positiva nas vias aéreas, tenha muita cautela
ventilação não-invasiva (VNI): CPAP (pressão positiva contínua nas com pacientes hipotensos, pois pode ocorrer queda brusca de sua
vias aéreas) e PSV (ventilação com pressão de suporte ou ventilação pressão arterial.
em dois níveis). Os pacientes que não respondem à VNI ou que evoluem
No CPAP, é fornecida uma pressão contínua nas vias aéreas para insuficiência respiratória com hipoxemia (PaO2 < 60 mmHg),
sem nenhum suporte adicional. No PSV, há um suporte pressórico hipercapnia (PaCO2 > 50 mmHg) ou acidose (pH < 7,35), devem ser
durante a inspiração que permite um aumento do volume minuto intubados.
5.2 DIURÉTICOS
O diurético reduzirá a sobrecarga hídrica no paciente com IC e reduzirá a hipervolemia. Portanto, essa droga é indicada nas situações
de congestão (pulmonar e/ou sistêmica). Apesar de seu amplo benefício no tratamento da IC aguda, essa classe não altera a mortalidade! A
melhor opção será o diurético de alça (furosemida), pois promove maior eliminação de sódio e água.
DIURÉTICOS
VASODILATADORES ENDOVENOSOS
5.4 INOTRÓPICOS
Em pacientes com perfusão inadequada (FRIOS), é inotrópica e vasodilatadora. Pode ser utilizada em pacientes com
necessário medicamentos que promoverão aumento da uso prévio de betabloqueadores e com hipertensão pulmonar.
contratilidade miocárdica (INOTRÓPICOS). Dispomos de três drogas Deve ser evitado em portadores de cardiopatia isquêmica, pois,
em classes diferentes: agonistas beta-adrenérgicos, inibidores da em um estudo com pacientes isquêmicos, essa droga aumentou o
fosfodiesterase III e sensibilizadores de cálcio. potencial arritmogênico.
A dobutamina (agonista beta-adrenérgico) é o agente A levosimendana (sensibilizador de cálcio) promove
inotrópico mais utilizado. Deve ser utilizada, preferencialmente, melhora na contratilidade miocárdica e hemodinâmica semelhante
em casos de IC descompensada com hipotensão ou choque à dobutamina e milrinona. Também possui propriedade
cardiogênico. Como atua no receptor beta, pode ser necessário vasodilatadora e é segura em pacientes com uso prévio de
o uso de doses mais elevadas em pacientes com uso prévio de betabloqueadores. Seu principal efeito colateral é hipotensão e por
betabloqueadores. Seu efeito é dose-dependente (quanto maior isso não pode ser utilizada em pacientes com choque cardiogênico.
a dose, maior o efeito inotrópico). Os principais efeitos limitantes Uma particularidade interessante dessa droga é a infusão única
são: potencial arritmogênico e redução de sua ação com uso de 24 horas. Seus efeitos hemodinâmicos persistem por até duas
prolongado. semanas.
A milrinona (inibidor da fosfodiesterase III) possui propriedade
INOTRÓPICOS
5.5 VASOPRESSORES
Em algumas situações, a pressão arterial está tão baixa que Alguns estudos compararam a dopamina à noradrenalina
compromete a perfusão tecidual. Nesse caso, é indicado o auxílio em diversas situações de choque. Esses estudos sugerem que
dos vasopressores para manter uma pressão arterial mínima a noradrenalina resulta em menos efeitos colaterais e menor
adequada. Essas medicações devem ser feitas com cautela, pois mortalidade.
podem aumentar a pós-carga e atrapalhar o esvaziamento cardíaco, A adrenalina também pode ser utilizada, mas somente em
comprometendo o débito cardíaco. Por isso, são drogas que devem casos selecionados de hipotensão persistente, apesar da pressão
ser feitas no paciente com CHOQUE CARDIOGÊNICO! Logo, esses de enchimento adequado e uso de outros vasopressores.
pacientes devem estar em uso concomitante de DOBUTAMINA.
VASOPRESSORES
Para quem? Hipotensão arterial refratária (PAS < 90 mmHg e uso de inotrópicos).
5.6 DIGITÁLICOS
Não apresenta benefício em termos de mortalidade, mas existe benefício na redução da taxa de internação. Possui propriedades
vagomiméticas e simpaticoinibitórias que torna mais eficaz o controle de frequência cardíaca quando associado aos betabloqueadores,
sobretudo em portadores de fibrilação atrial. Na IC aguda, será utilizado somente na necessidade de controle da frequência cardíaca refratário
ao uso de outras medicações, especialmente na fibrilação atrial.
DIGITÁLICOS
Intoxicação digitálica (mais comum em pacientes idosos, renais crônicos e hepatopatas) – náuseas,
Cautela
vômitos, bradicardia acentuada, distúrbios visuais e outros.
Por quê? Reduz a frequência cardíaca por sua atividade vagomimética e simpaticoinibitória.
5.7 OPIOIDES
Utilizados para redução da sensação de dispneia, com melhora da ansiedade e da pré-carga (efeito vasodilatador). Deve ser utilizada
com cautela pelo risco de depressão respiratória e broncoespasmo por liberação de histamina. O opioide mais utilizado é a morfina, muito
recomendada nos casos de edema agudo de pulmão. No entanto, o uso atual de morfina vem diminuindo, pois algumas publicações sugeriram
aumento da taxa de intubações e mortalidade com seu uso, visto que os opioides promovem depressão respiratória e maior incidência de
vômitos (risco de broncoaspiração). Nas provas de Residência, ela segue firme e forte!
OPIÓIDES
Reduzem a pré-carga.
Por quê?
Aliviam a dispneia e ansiedade.
Paciente que evolui para choque cardiogênico após infarto agudo do miocárdio e apresenta
Recuperação grande área de miocárdio atordoado, após revascularização com sucesso. O objetivo do
dispositivo é aguardar a recuperação do miocárdio atordoado.
Após toda abordagem endovenosa do paciente com IC aguda, chega o momento de definição sobre as medicações orais. Deve-se
decidir que drogas devem ser mantidas, quais suspender e quais iniciar. Medicação oral está recomendada para pacientes com estabilidade
hemodinâmica e sem uso de inotrópicos ou vasodilatadores endovenosos. Comentaremos sobre esses medicamentos a seguir.
5.9.1. BETABLOQUEADORES
São drogas fundamentais no tratamento da insuficiência cardíaca. Aumentam a sobrevida e reduzem o risco de progressão da doença.
Em pacientes sem uso prévio da droga, sua introdução deve estar condicionada à melhora dos sintomas, especialmente da congestão.
Naqueles que já faziam uso da droga, ela deve ser mantida na mesma dose em situações em que não há hipoperfusão tecidual (perfil
hemodinâmico quente). Nos pacientes com perfil hemodinâmico frio, a conduta deve ser individualizada, podendo ser considerada uma
redução em 50% da dose habitual ou suspensão do fármaco (casos mais graves, como o choque cardiogênico). Em algumas bancas (UNESP,
por exemplo), a presença de congestão determina a suspensão ou redução de 50% da dose do betabloqueador.
São benéficos na redução da pré e da pós-carga e na redução da mortalidade em pacientes com IC. O uso deve ser feito com cautela em
pacientes com IC descompensada, pois podem piorar a função renal ou gerar hipotensão. Sua introdução deve ser feita após quadro clínico
estabilizado, visto que a IC aguda é uma condição hiper-reninêmica. Na ausência de hipotensão sintomática ou contraindicações (disfunção
renal grave e/ou hipercalemia), o IECA/BRA pode ser mantido ou iniciado.
CAPÍTULO
6.1 LACTATO
O piruvato é o produto final da glicólise anaeróbia e é utilizado pela mitocôndria na geração de ATP. Em situações de hipoperfusão
tecidual, o oxigênio é escasso e a mitocôndria não consegue utilizar o piruvato. Por isso, o piruvato é convertido em lactato pelos rins, fígado
e musculatura esquelética. Dessa forma, será um marcador de hipoperfusão tecidual. A redução do lactato com a terapia implementada é
um marcador de bom prognóstico.
Na presença de choque cardiogênico ou de choque misto (séptico e cardiogênico) é indicado o uso de monitorização avançada. O
protótipo da monitorização avançada é o cateter de artéria pulmonar (cateter de Swan-Ganz), mas existem outros dispositivos que fornecem
as mesmas informações ou algumas delas sem a necessidade de inserção de cateter adicional. Esses dispositivos são conhecidos como
monitorização minimamente invasiva. Antes de detalhar esses dispositivos, abordaremos os parâmetros hemodinâmicos e seus significados.
A medida do débito cardíaco ocorre através da termodiluição. Uma solução com temperatura conhecida é administrada e, na ponta
do cateter, um termistor detectará a variação de temperatura e estimará o débito cardíaco. Com a medida de outros parâmetros pressóricos,
serão calculados diversos parâmetros hemodinâmicos. Além disso, o cateter de Swan-Ganz permite a análise, em tempo real, da saturação
venosa mista de oxigênio (saturação de todo sangue que chega ao coração).
Você deve ter percebido que os dados fornecidos pelos contrário, devemos analisar a pressão arterial. Se a PAM estiver
mais diversos dispositivos são semelhantes. Logo, a interpretação abaixo de 65 mmHg, a conduta será vasopressor. Se a PAM estiver
também o será. Diante de um paciente em choque, o primeiro acima da 65 mmHg, outros fatores devem ser considerados na
passo é definir a volemia (VVS, análise da VCI, PCAP, PVC). Se presença de hipoperfusão, como a anemia. A congestão sistêmica
o paciente estiver hipovolêmico, a conduta é fazer expansão pode atrapalhar a perfusão em alguns órgãos também. Nesse
volêmica. O segundo passo é definir o débito cardíaco. Caso caso, a conduta seria o uso de diurético. A figura abaixo sumariza a
o débito cardíaco esteja reduzido, é hora do inotrópico. Caso conduta conforme a interpretação de dados:
CAPÍTULO
De uma maneira bem simples, o candidato ao transplante cardíaco é aquele paciente com IC avançada que é muito sintomático e com
todo o tratamento otimizado ou aquele que não consegue sair do hospital. Repare que todas as indicações englobam esses tópicos. Veja a
tabela abaixo:
Indicações de transplante
Recomendação Indicação
Classe I
IC avançada e VO2 pico ≤ 12 ml/kg/min em pacientes em uso de betabloqueadores.
(está
recomendado)
IC avançada e VO2 pico ≤ 14 ml/kg/min em pacientes intolerantes a
betabloqueadores.
Classe IIa IC refratárias e VO2 pico ≤ 50% do previsto em pacientes com < 50 anos e mulheres.
(deve ser
considerado) Doença isquêmica com angina refratária sem possibilidade de revascularização.
As contraindicações estão relacionadas à ausência de perspectiva de melhora do paciente ou de condições clínicas para a realização
do procedimento. A mais importante de todas é a hipertensão pulmonar fixa, medida no teste de vasorreatividade pulmonar. Nesses casos,
pode ser considerado o transplante cardiopulmonar. As outras contraindicações estão na tabela abaixo:
Neoplasia com risco de recorrência elevado ou incerto Perda de função renal intrínseca e irreversível
https://bit.ly/37c6m90
CAPÍTULO
CAPÍTULO