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CLÍNICA CIRÚRGICA
Cirurgia Geral v. 1
Eduardo Bertolli
SOBRE OS AUTORES
Caro aluno,
Nós da Medcel queremos oferecer a você uma experiência única para o seu
desenvolvimento ao longo do processo de preparação para as provas de
Residência Médica, e esse livro é um dos formatos de conteúdo que apoiarão
você nesse caminho.
Por meio dos temas médicos explorados ao longo dos capítulos, você poderá
refletir sobre os conteúdos que mais caem nas provas, aprofundando seus
conhecimentos. Ao final da leitura, você estará preparado para resolver os casos
apresentados nos exercícios dos livros de questões e nos simulados presentes
na plataforma Medcel, com o objetivo de fixar os temas e entender como eles
são abordados em prova.
Bons estudos!
SUMÁRIO
1. Anestesia local...................................10 6. Procedimentos abdominais.......... 78
ANESTESIA LOCAL
Eduardo Bertolli
Bruno Carvalho Deliberato
Filipe Nadir Caparica Santos
Raísa Melo Souza
Enéas Eduardo Sucharski
1
Qual é a dose limite de
anestésico local para um
homem de 70 kg? E se esse
mesmo paciente pesar 100 kg?
1.1 DEFINIÇÃO
Um Anestésico Local (AL) pode ser definido como uma droga que bloqueia
reversivelmente a transmissão do impulso nervoso na região em que foi apli-
cada, sem afetar o nível de consciência. De maneira geral, os ALs ligam-se
aos canais de sódio voltagem-dependente no estado inativado, impedindo a
sua subsequente ativação e o grande influxo transitório de sódio associado à
despolarização da membrana (Figura 1.1). Dessa maneira, impedem que haja
um potencial de ação, e o estímulo nervoso não é propagado. Os ALs podem
ser administrados de inúmeras maneiras, como bloqueios no neuroeixo (peri-
dural ou subaracnóideo), bloqueios de nervos periféricos, em infiltrações no
subcutâneo e topicamente, para dessensibilizar uma pequena área cutânea
por um curto período de tempo.
1.1.1 Estrutura
Figura 1.2 - Estrutura química básica
Autônoma pré-gan-
B 1a3 3 a 14 + Extrema
glionar
Dor, autônoma
C 0,1 a 2,5 0,2 a 1,5 - Alta
pós-ganglionar
1.3 AÇÃO
A ação do AL depende de fatores como a capacidade de ligação às proteínas
plasmáticas e aos tecidos (receptores) onde a droga vai atuar, a capacidade
de atravessar a membrana celular dos neurônios e o pH do tecido em que se
espera a ação da droga (relação pH e pKa do AL). Feridas contaminadas, como
abscessos, têm pH ácido, o que dificulta a atuação do AL nesses sítios.
Coeficientes de Duração
Ioni- Ligações Início de
pKa partição (lipos- de ação
zação proteicas ação
solubilidade) (min)
Levobupiva-
8,1 83 3.420 95 Lento 240 a 480
caína
Mepiva-
7,6 61 130 77 Lento 90 a 180
caína
ANESTESIA LOCAL
Cefaleia
pós-punção
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