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Abordagem inicial ao paciente grave

1
Medicina Preventiva e Social

QUESTÃO 1

Preocupada com o aumento de casos de dengue ocorridos no verão, a Secretaria de Saúde


de um município optou pela realização de um diagnóstico situacional a partir de um estudo
epidemiológico. Para isso, foi calculado o número de casos de acordo com a localização
geográfica. O resultado observado foi que a maior parte dos casos estava concentrada nos
bairros onde a coleta de lixo não era realizada com frequência. A partir dos dados do estudo,
a secretaria conseguiu realizar ações direcionadas à coleta de lixo, sendo possível controlar o
número de casos da doença.

O desenho de estudo apresentado é:

a. Ensaio comunitário
b. Coorte
c. Transversal
d. Ecológico

QUESTÃO 2

Joana, 53 anos, vem para consulta de rotina de acompanhamento por ter diabetes. Ela usa
metformina 850 mg, 2 vezes ao dia. Está assintomática. Não tem outros problemas de saúde.
Traz seus exames de rotina. A hemoglobina glicosilada está em 7,8%. Carlos, seu Médico de
Família e Comunidade, verifica no prontuário que o exame anterior era 6,5%. Questionada
sobre porque acha que o exame do diabetes piorou, Joana diz que andou descuidando um
pouco da dieta e parou de fazer caminhada. Também se mostra preocupada que possa ter
alguma complicação da doença com a piora no exame, porque seu avô tinha diabetes e ficou
acamado no final da vida por um derrame. Carlos discute com Joana sobre as possibilidades
de manejo do diabetes e a estimula a retomar os cuidados com a dieta e a atividade física.
Joana concorda.

De acordo com a atual divisão dos componentes do método clínico centrado na pessoa, a
conduta do MFC está mais intimamente ligada a:

a. 1º Componente (explorando a saúde, a doença e a experiência da doença) e o 3º Componente


(elaborando um plano conjunto de manejo dos problemas).

b. 1º Componente (explorando a saúde, a doença e a experiência da doença) e o 4º Componente


(incorporando prevenção e promoção da saúde na prática diária).

c. 2º Componente (entendendo a pessoa como um todo) e o 4º Componente (incorporando


prevenção e promoção da saúde na prática diária).
d. 2º Componente (entendendo a pessoa como um todo) e o 3º Componente (elaborando
um plano conjunto de manejo dos problemas).

QUESTÃO 3

“A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários
segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação
da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou,
extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde”.

O trecho acima é uma das resoluções da Lei 8.142 de 28 de dezembro de 1990. Essa lei dispõe
sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre
as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras
providências. Qual das alternativas abaixo apresenta uma resolução que não é abordada na
Lei 8.142/90?

a. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretários


Municipais de Saúde (Conasems) terão representação no Conselho Nacional de Saúde.

b. As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organização e normas de


funcionamento definidas em regimento próprio, aprovadas pelo respectivo conselho.

c. Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão alocados, entre outras maneiras,
como despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus órgãos e entidades, da
administração direta e indireta.

d. A descentralização político-administrativa é um princípio do SUS, com direção única em


cada esfera de governo e ênfase na descentralização dos serviços para os municípios.

QUESTÃO 4

Em Londrina - PR, um paciente de 45 anos infectado pelo SARS-CoV-2 tentou fugir do Hospital
Universitário por medo de ser intubado. Neste sentido, sobre a realização de procedimentos,
de forma geral, é correto afirmar:

a. Deve-se respeitar a vontade do paciente, mesmo em risco iminente de morte.

b. Deve-se respeitar a vontade do paciente, caso esteja consciente e orientado, salvo em risco
iminente de morte e paciente irresponsivo.
c. Procedimentos invasivos devem seguir critérios clínicos e independem da vontade do
paciente.

d. Deve-se sempre realizar o que for melhor para o paciente, de acordo com critérios médicos,
mesmo que seja contra a vontade dele.

QUESTÃO 5

Você recebe um paciente do sexo masculino, 27 anos, com histórico de ter ingerido raticida há
cerca de 1 hora. Paciente consciente, orientado, sem sintomas psicóticos, sinais vitais estáveis,
exames normais. Diz que a ingestão foi acidental. Feito tratamento com vitamina K. Você o
libera para ir para casa e realizar seguimento ambulatorial na psiquiatria para investigação de
quadro de humor. Alguns dias depois, o paciente retorna tendo ingerido 500ml de Paraquat.

Qual setor é responsável pela fiscalização dos agrotóxicos? A empresa que realizou a venda do
Paraquat deve ser responsabilizada? Assinale a alternativa correta:

a. Vigilância Sanitária. Sim, pois o Paraquat é um produto com venda proibida.

b. Vigilância Ambiental. Sim, pois o Paraquat é um produto com venda proibida.

c. Vigilância Epidemiológica. Não, pois a empresa não pode ser responsabilizada pelos atos
de terceiros.

d. Vigilância em Saúde do Trabalhador. Não, pois a empresa não pode ser responsabilizada
pelos atos de terceiros.

QUESTÃO 6

Em uma comunidade, foram testados pacientes para infecção por tuberculose. Os resultados
são expostos na tabela abaixo

Teste positivo Teste negativo Total


Doente 500 100 600
Saudável 200 200 400
Total 700 300 1000
A sensibilidade e o valor preditivo positivo do teste são, respectivamente:

a. 71,4% e 83,3%
b. 83,3% e 71,4%
c. 85,7% e 75%
d. 60% e 70%

QUESTÃO 7

Os determinantes sociais impactam na saúde da população. Neste sentido, é evidente que


medidas redistributivas da renda econômica podem causar repercussão positiva sobre a
qualidade de vida e consequentemente melhores condições de saúde. Assim, medidas de
redistribuição de renda podem ser classificadas como:

a. Prevenção primária.
b. Prevenção secundária.
c. Prevenção terciária.
d. Prevenção primordial.

QUESTÃO 8

Carlos, 36 anos, vem consultar com seu MFC, que faz seu registro da consulta.

No prontuário, o MFC verifica que esta é sua segunda consulta. O único problema que consta
em sua lista de problemas é “ALERGIA À DIPIRONA (história de edema de glote)”.

S: Carlos relata que há 2 dias apresenta quadro de coriza hialina acompanhada de tosse com
expectoração clara e febre intermitente de até 38 graus. Nega dispneia ou outras queixas.
Além disso, nega comorbidades prévias e relata “medo de peleumonia”.

O: Bom estado geral, eupneico, hidratado. Ausculta cardíaca: ritmo cardíaco regular,
sem sopros. Ausculta pulmonar: murmúrio vesicular positivo bilateralmente, sem ruídos
adventícios. Oroscopia: hiperemia de orofaringe, sem presença de placas em amígdalas.
Otoscopia: membranas timpânicas e condutos sem alterações. PA = 125 x 80 mmHg, FC = 92
bpm, FR = 18 irpm, Temperatura Axilar = 37,7 °C.
A: Infecção de vias aéreas superiores.

P: Orientação quanto a sinais e sintomas de gravidade; paracetamol 500 mg 1 comprimido de


6 em 6 horas se dor ou febre maior que 38,2°C; hidratação e solução fisiológica nasal.

Em relação ao registro no formato SOAP, é correto afirmar que:

a. O “S” do SOAP está inadequado pela menção de febre, que, por ser um sinal, deveria
aparecer exclusivamente no “O” do SOAP.

b. O registro apresentado obedece o método SOAP, estando adequado.

c. O “P” do SOAP está inadequado, pois deveria se ater à menção da terapia farmacológica
instituída.

d. Por ser um termo genérico, “Infecção de vias aéreas superiores” está sendo usado
inadequadamente no “A” do SOAP.

QUESTÃO 9

O gráfico abaixo foi retirado de um artigo sobre a Razão de Mortalidade Materna em Recife.
Sobre esse indicador, assinale a alternativa correta.

Fonte da imagem: Costa, AAR et al. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 24, n. 7, p. 455-462, 2002.
a. A razão de mortalidade materna é calculada dividindo o número mortes maternas diretas
pelo número de nascidos vivos.

b. O número de óbitos se manteve constante, sendo possível afirmar que a qualidade da


atenção à saúde materna se manteve estável no local e período.

c. As discrepâncias entre as duas curvas apresentadas no gráfico podem ser explicadas pela
variação no número de nascidos vivos nos anos de 1995 e 1996.

d. A razão de mortalidade materna no ano de 1995 foi de 57 por 1.000 nascidos vivos.

QUESTÃO 10

De plantão, você recebe o técnico de enfermagem da sua equipe após ter se furado com uma
agulha desconhecida quando foi realizar descarte de material no descarpack. O profissional
relata que o acidente ocorreu há 40 minutos, estava em uso de EPI adequado, porém, a luva
de procedimento rasgou e a lesão apresentou saída de pequena quantidade de sangue.

Em relação à indicação de profilaxia ao acidentado, é correto afirmar que:

a. Caso o acidentado apresente sorologia negativa para HIV, está indicada a profilaxia pós
exposição (PEP) com tenofovir e emtricitabina.

b. A profilaxia pós exposição para HIV (PEP) deve ser realizada por 28 dias e não deve ser
iniciada após 72h do acidente.

c. Se o técnico apresentar anti-HBs inferior a 10, com 3 doses prévias de vacina, é mandatória
a aplicação de imunoglobulina anti-hepatite B em até 14 dias.

d. Se o acidentado já apresentar 2 esquemas de vacinação para hepatite B (6 doses) com anti


HBs inferior a 10, está indicado novo esquema vacinal e imunoglobulina anti-hepatite B.
Pediatria
QUESTÃO 11

Lactente, 1 mês de vida, apresenta há 2 dias tosse seca, febre baixa e leve desconforto
respiratório. Paciente hígido, nascido de parto normal, sem intercorrências. Com cerca de 15
dias de vida, tratou conjuntivite neonatal, já resolvida. Gestação sem intercorrências, exceto
por corrimento vaginal. A mesma nega contactantes com sintomas gripais nos últimos dias.
Na triagem infecciosa, observou-se eosinofilia ao hemograma, sem outros achados relevantes.
Baseado no caso descrito e frente à principal hipótese diagnóstica, qual o principal agente
etiológico?

a. Chlamydia pneumoniae
b. Vírus sincicial respiratório
c. Chlamydia trachomatis
d. SARS-CoV-2

QUESTÃO 12

A vacinação é um pacto social em que o impacto não se restringe ao vacinado, mas também
aos seus contactantes. Qual o principal motivo para aplicação - nas gestantes - da vacina DTPa
a partir da vigésima semana de idade gestacional?

a. Solucionar o atraso vacinal do componente diftérico presente na maioria das gestantes.


b. Reduzir a incidência de difteria nos lactentes filhos de mães vacinadas
c. Reduzir a incidência da coqueluche nos recém-nascidos das mães vacinadas.
d. Conscientizar as gestantes da importância da vacinação dos seus futuros filhos.

QUESTÃO 13

Lactente de 3 dias de vida comparece à UBS para primeira consulta de pré-natal. Nascido de
parto vaginal, termo, sem intercorrências, com peso de nascimento de 3200 g e comprimento
de 50 cm. Baseado nessas informações e na previsão de crescimento normal de um lactente
dentro do primeiro ano de vida, qual será o peso e o comprimento esperados quando o mesmo
apresentar 1 ano?
a. 10000 g / 100 cm
b. 8000 g / 75 cm
c. 9600 g / 100 cm
d. 9600 g / 75 cm

QUESTÃO 14

Paciente G4P3 dá entrada no PS em trabalho de parto ativo. Não sabe especificar idade
gestacional nem tempo de bolsa rota, e tem relato de uso de álcool e outras SPA durante
a gestação. Dá a luz a recém-nascido com idade gestacional estimada pelo Capurro de 37
semanas, através de parto vaginal sem intercorrências. Após o nascimento, o neonato evoluiu
- no 10º minuto de vida - com taquipneia e desconforto respiratório. Tentado inicialmente
suporte ventilatório por CPAP, porém paciente mantinha desconforto intenso, sendo
optado pela intubação orotraqueal e então encaminhado à UTI neonatal. Coletados exames
laboratoriais que evidenciaram: 9.000/mm³ leucócitos, sendo 1500/mm³ neutrófilos, e PCR
acima do valor de referência.

Baseado no caso, qual a principal hipótese diagnóstica e o tratamento?

a. Doença da membrana hialina; suporte ventilatório e surfactante.


b. Sepse precoce; suporte ventilatório e hemodinâmico, antibióticos.
c. Pneumotórax; drenagem de alívio seguida por drenagem de tórax.
d. Desconforto respiratório adaptativo; observação clínica.

QUESTÃO 15

Paciente do sexo masculino, 13 anos, dá entrada na UTI pediátrica após traumatismo craniano
grave, secundário a atropelamento. No momento da admissão, encontra-se intubado,
sedado, estável hemodinamicamente, sem necessidade de drogas vasoativas, em Glasgow
3T, apresentando, ao monitor, FC 99 bpm, SatO2 97% e PA 101 x 74 mmHg. Durante a admissão,
observa-se evolução súbita para taquicardia e queda da saturação. Ao exame físico, não
observam-se alterações em relação ao exame de admissão, e o tubo orotraqueal encontra-se
fixo na mesma rima da admissão.

Baseado no caso descrito, qual a principal hipótese diagnóstica?


a. Pneumotórax secundário à ventilação mecânica
b. Choque medular
c. Falha de equipamentos (ventilador mecânico e/ou rede de gases)
d. Extubação

QUESTÃO 16

Paciente do sexo feminino, 6 anos, previamente hígida, é admitida no pronto atendimento


com história de tosse há 6 dias, evoluindo progressicamente com piora da tosse, queda do
estado geral, hiporexia e desconforto respiratório leve. A mãe refere ainda febre aferida de
até 38,7oC, que tem se tornado mais frequente nas últimas 24h. Ao exame físico: regular
estado geral, hipoativo, FC 128 bpm, FR 49 irpm, tempo de enchimento capilar adequado,
pressão arterial adequada para a idade, SatO2 92% em ar ambiente, ausculta respiratória
com murmúrio vesicular reduzidos e com estertores crepitantes em terços médio e inferior
do hemitórax direito, retração subcostal moderada e tiragem de fúrcula discreta. Realizado
radiografia de tórax (abaixo).

Diante do caso descrito e dos achados do exame de imagem, qual a melhor conduta?

a. Oxigênio, broncodilatador inalatório, antibióticos endovenosos e corticosteróide

b. Oxigênio, toracocentese diagnóstica, antibióticos por via oral e alta.

c. Oxigênio, toracocentese diagnóstica, antibióticos por via endovenosa e internação


hospitalar

d. Oxigênio, toracocentese diagnóstica e aguardar análise do líquido pleural para indicar


antibióticos
QUESTÃO 17

Paciente de 8 meses vem para consulta de rotina pela primeira vez em seu ambulatório.
Durante o atendimento, a mãe refere que o paciente ainda não consegue se sentar com apoio.
Em relação aos seus antecedentes neonatais, trata-se de um bebê termo de 38 semanas, com
peso de nascimento de 2400g e perímetro cefálico de 30cm. No exame físico são notadas
algumas alterações fenotípicas (foto abaixo) como a ponte nasal alargada, hipertelorismo,
micrognatia e orelhas de implantação baixa.
Quando o lactente chora, também nota-se um ruído agudo, não habitual. Dentre os exames
abaixo, qual deles confirma o diagnóstico desse paciente?

Fonte: Orphanet Journal of Rare Diseases.

a. Cariótipo com uma deleção do braço curto do cromossomo 5.


b. Cariótipo com uma translocação 14/21.
c. TC de crânio com calcificações periventriculares.
d. Cariótipo 47, XXY.
QUESTÃO 18

Maria Luiza, lactente de 13 meses, há 6 meses sem comparecer às consultas de puericultura


devido à pandemia, é levada pela sua mãe ao Posto de Saúde para avaliação médica. Paciente
nascido pré-termo de 34 semanas, com peso, crescimento e IMC no z-score +1, sem alterações ao
exame físico. De antecedente clínico, o paciente apresenta episódios recorrentes de sibilância,
fazendo uso de corticoide inalatório diariamente. Ao avaliar a caderneta de vacinação, o
pediatra observa que as últimas vacinas administradas foram as do 5º mês.
Tendo como base as orientações do Programa Nacional de Imunizações (PNI), marque a
alternativa correta:

a. A paciente pode receber todas as vacinas oferecidas pelo PNI por não apresentar nenhuma
contraindicação às mesmas.

b. A atualização do calendário vacinal deve ser feito com base a idade corrigida do paciente,
uma vez que o paciente prematuro apresenta mais efeitos colaterais.

c. Caso o paciente em questão apresentasse antecedente de alergia a ovo, sem episódio de


anafilaxia ao mesmo, as vacinas da Influenza, Febre Amarela e Tríplice viral não estariam
contraindicadas e poderiam ser administradas no mesmo dia.

d. O paciente deve receber as seguintes vacinas: 3ª dose da Pentavalente e da VIP; 1 dose da


Influenza, com reforços anuais; 1ª dose da Febre Amarela; além dos reforços da Meningo C
e Pneumo-10 valente. Após, programar aplicação da Tríplice Viral.

QUESTÃO 19

Escolar de 8 anos de idade, natural de Caxias do Sul-RS e procedente de São Paulo-SP, é levado
ao Pronto Socorro de Pediatria com história de edema em face há 3 dias, em piora. A mãe
também refere ter percebido que paciente tem apresentado urina escurecida, com redução
do volume e da frequência da mesma. Vacinação atualizada, sem antecedentes comórbidos
relevantes, exceto por faringoamigdalite tratada com 1 dose de Penicilina Benzatina há 10 dias.
Ao exame físico: edema facial bipalpebral; otoscopia, oroscopia e ausculta cardiopulmonar
sem alterações; Glasgow 15, sem alterações neurológicas. Pressão arterial: 146 x 90 mmHg.

Com base no caso descrito, assinale a alternativa correta:

a. Deve-se buscar neste paciente antecedente de alergias (alimentares/ medicamentosas/


à picada de insetos), porque os achados ao exame físico são característicos de reação
anafilática, devendo-se realizar Adrenalina, por via Intramuscular ou Subcutânea.
b. Sumário de Urina, dosagem de Antiestreptolisina O e avaliação do Complemento são
importantes na investigação deste paciente.

c. O paciente em questão deve ser internado e receber dieta hipossódica, restrição hídrica,
diurético de alça (furosemida) e anticoagulante, preferencialmente a enoxaparina.

d. O prognóstico geralmente não é bom, sendo necessário em grande parte dos quadros a
necessidade de biópsia renal.

QUESTÃO 20

José Felipe, 9 meses, dá entrada no Pronto Socorro, acompanhado dos pais, com história de
choro inconsolável há 4 horas, associado a dificuldade de locomoção do membro superior
esquerdo. Mãe refere que a criança estava no berço dormindo, enquanto a mesma realizava
a limpeza da casa, quando de repente, ouviu um choro no quarto, e viu a criança no chão - a
mesma conta que ele sempre foi muito bem desenvolvido, e que acredita que ele conseguiu
escalar a grade de proteção do berço, que não é tão alta, e assim ter caído.
Ao exame físico: petéquias em face, edema moderado e limitação de movimento de membro
superior esquerdo; exame neurológico sem alterações. Realizada radiografia de membro
superior esquerdo, sem evidência de fraturas, apenas um calo ósseo residual em região de
placa metafisária umeral superior.

Sobre o caso em questão, assinale a alternativa que melhor descreve a conduta para o caso
em questão.

a. Solicitar avaliação ortopédica, uma vez que haverá necessidade de imobilização do


membro; acionar a polícia e após, dar alta com sintomáticos;

b. Considerar avaliação ortopédica e solicitar avaliação do serviço social e manter paciente


internado. Neste caso, o exame do fundo de olho deste lactente pode ser considerado.

c. A história materna condiz com os marcos do desenvolvimento para uma criança nesta
faixa etária, apesar de não excluir a situação de negligência. Deve-se, por conseguinte,
após avaliação ortopédica, dar alta com sintomáticos e orientar os responsáveis quanto a
prevenção de acidentes;

d. Devido a idade do paciente, deve-se considerar a realização de tomografia de crânio sem


contraste. Caso exame sem alterações, manter paciente em observação clínica por pelo
menos 6h, para avaliar sinais de alarme. Não havendo necessidade de nenhuma outra
conduta específica.
Clínica Médica
QUESTÃO 21

Paciente de 55 anos, masculino, peso ideal 75 kg, está internado em UTI por quadro de
insuficiência respiratória aguda devido à infecção por Sars-Cov-2 . Foi intubado há 20 horas e
é ventilado em modo controlado a volume sob os seguintes parâmetros: PEEP 12, FiO2 80%,
PPico 18, FR 24 irpm, VC 460 ml. Recebe propofol, fentanil e rocurônio. O paciente mantém
SatO2 87% e você colhe nova gasometria arterial, que revela PaO2 68 e pCO2 42. Conduta:

a. Posição prona
b. Manobra de recrutamento alveolar com PEEP
c. Aumentar o volume corrente
d. Aumentar a frequência respiratória

QUESTÃO 22

Mulher de 30 anos, previamente hígida, é admitida no pronto-socorro, após episódio de crise


convulsiva em uma balada. Ao exame clínico, agitação psicomotora, FC 125 bpm, Tax: 38.5ºC,
FR 22 irpm, PA: 175x110, SatO2 em ar ambiente=98%, Glicemia capilar = 89 mg/dL. Ausculta
cardíaca e pulmonar e exame do abdome sem alterações. Escala de coma de Glasgow =
14 (M6 V4 O4), pupilas midriáticas, isocóricas, sem déficits focais. Após estabilização na sala de
emergência, a próxima conduta deve ser:

a. Atropina
b. Betabloqueador
c. Benzodiazepínico
d. Fenitoína

QUESTÃO 23

Mulher, 40 anos, trabalha com serviço de limpeza de um hospital. Ao limpar o chão acabou
acidentando-se com agulha que não havia sido devidamente descartada. Vem hoje para
avaliação médica, quatro dias após o acidente. Não se sabe se a agulha do acidente havia sido
usada em algum paciente.

Entre as nossas preocupações neste momento está a profilaxia pós-exposição de HIV nesta
paciente. Neste caso:
a. Não é recomendada.
b. Deve ser considerada após resultado de sorologia negativa.
c. Deve ser iniciada imediatamente e reavaliada após resultado de sorologia.
d. Deve ser iniciada imediatamente e mantida por um mês.

QUESTÃO 24

Uma paciente de 70 anos é avaliada durante uma consulta de rotina. Como comorbidades
apresenta hipertensão e doença arterial coronariana com colocação de um stent na artéria
descendente anterior há 5 anos. No momento está assintomática. Os medicamentos são
succinato de metoprolol, enalapril, AAS e sinvastatina. No exame físico, a temperatura é
normal, a pressão arterial é 130/80 mm Hg, a frequência de pulso é de 68 bpm e a frequência
respiratória é de 18 irpm. O IMC é 24. O ritmo cardíaco é irregularmente irregular. O restante
do exame não é digno de nota. Um eletrocardiograma mostra fibrilação atrial. Qual a conduta
mais adequada neste momento?

a. Iniciar anticoagulação e manter demais medicações


b. Adicionar clopidogrel
c. Suspender AAS e iniciar anticoagulação
d. Suspender AAS, iniciar clopidogrel e anticoagulação

QUESTÃO 25

Uma mulher de 57 anos é submetida a avaliação de rotina. Ela não relata mudanças recentes
em seus medicamentos. Tem história de trombose venosa profunda idiopática. Seu único
medicamento é a varfarina, iniciada há 3 meses. No exame físico, os sinais vitais são normais
e o exame físico normal. Apresenta um INR de 7,0. Além de suspender a varfarina, qual das
alternativas a seguir é o tratamento mais adequado?

a. Administrar plasma fresco congelado


b. Complexo protrombínico
c. Repetir INR em 2 dias
d. Vitamina K IV
QUESTÃO 26

Um homem de 48 anos em tratamento para doença de Hodgkin mediastinal é submetido a


endoscopia digestiva alta para avaliar sintoma de odinofagia. Imagem do exame a seguir.

Qual das alternativas a seguir é o diagnóstico mais provável com base neste achado no
esôfago?

a. Mucosite
b. Infecção por citomegalovírus
c. Esofagite eosinofílica
d. Esofagite por cândida

QUESTÃO 27

Uma mulher de 74 anos estava recebendo transfusão sanguínea em uma clínica de infusão
ambulatorial, quando iniciou quadro de dispnéia progressiva. Nega dor precordial, tosse,
tontura ou palpitações. Refere doença cardíaca, hipertensão e síndrome mielodisplásica com
anemia sintomática que requer transfusão aproximadamente a cada 3 semanas. Faz uso
contínuo de AAS, carvedilol, enalapril, hidroclorotiazida e azacitidina (para a SMD). Ao exame
físico, apresenta TAX 36,7 °C, PA 160/70 mmHg (pré-transfusão 123/71 mmHg), FC 96 bpm
(pré-transfusão 70 bpm), FR 32 irpm (pré-transfusão 18 irpm) e satO2 85% em ar ambiente.
Realizada radiografia de tórax, que mostra congestão pulmonar moderada com um pequeno
derrame pleural à esquerda.
Qual dos seguintes é o diagnóstico mais provável?

a. Reação transfusional hemolítica aguda


b. Lesão pulmonar aguda relacionada à transfusão
c. Sobrecarga circulatória associada à transfusão
d. Reação anafilática

QUESTÃO 28

Homem de 40 anos refere que há 2 meses iniciou quadro de dor e edema nos dedos das
mãos e dos pés, associado a rigidez matinal de 2 horas. Nega trauma local prévio. Nega uso
de medicações contínuas. Ao exame físico, apresenta dor e edema no 3º e 4º pododáctilos
direitos, 4º pododáctilo esquerdo e 3 e 4º quirodáctilos esquerdos (figura abaixo). Radiografias
das mãos e dos pés mostram redução do espaço articular e edema de tecidos moles, sem
erosões.

Com base no quadro clínico, achados do exame físico e radiografias, qual o provável diagnóstico
desse paciente?

a. Artrite infecciosa
b. Espondiloartrite
c. Artrite reumatoide
d. Lúpus eritematoso sistêmico (LES)
QUESTÃO 29

Um homem de 60 anos vai realizar uma colonoscopia com polipectomia daqui a 15 dias. Teve
um IAM há 3 anos. Faz uso de AAS, atorvastatina, metoprolol e enalapril. Qual das alternativas
a seguir é a melhor conduta em relação ao AAS?

a. Manter o AAS até o dia da polipectomia; depois suspender e retomar em 48 horas


b. Suspender o AAS 7 dias antes da polipectomia; retomar imediatamente após
c. Suspender o AAS 5 dias antes da polipectomia; retomar em 48 horas
d. Manter o AAS, não suspender em nenhum momento

QUESTÃO 30

Uma paciente de 25 anos, sexo feminino, é asmática desde a infância. Atualmente, faz uso
da combinação formoterol-budesonida, ambos em dose moderada. Nos últimos 5 meses,
teve sintomas diurnos 1x na semana, fazendo uso de medicação de resgate nesses dias. Está
praticando natação, sem crises ou limitações. Nega sintomas noturnos. Qual a melhor conduta
no manejo da asma dessa paciente?

a. Manter esquema atual


b. Reduzir ambos, formoterol e budesonida
c. Aumentar budesonida e manter formoterol na dose atual
d. Reduzir budesonida e manter formoterol na dose atual
Cirurgia Geral
QUESTÃO 31

Paciente masculino, 62 anos, comparece ao serviço de cirurgia vascular, encaminhado da UPA


em regime de urgência. Refere que há 6 meses apresenta dor e sensação de peso e queimação
nas pernas, mas apresentou piora importante nos últimos 3 dias, em especial, do quadro
álgico. Nega tabagismo, nega dislipidemia. Apresenta IMC = 32,9, mas pratica atividade física
3 vezes na semana (sic). Ao exame, você percebe presença de dermite ocre, sem nenhuma
úlcera em atividade, com edema de MMII 1+/4+, discreto calor, com pulsos arteriais palpáveis e
simétricos. Você solicita um USG doppler com o seguinte achado:

Frente ao achado da imagem, assinale a alternativa correta.

a. O diagnóstico é de varizes. O paciente deve ser orientado ao uso de meias elásticas, prática
recorrente de atividade físicas e perda ponderal.

b. O diagnóstico é de trombose venosa profunda. O paciente deve ser submetido a


anticoagulação plena de acordo com a disponibilidade da unidade (heparina não
fracionada, heparina de baixo peso molecular ou, até mesmo, rivaroxabana).

c. O diagnóstico é de flebite. O paciente deve ser submetido a trombectomia mecânica de


urgência dado que apresenta-se com quadro há 3 dias, apresentando risco importante de
síndrome de compartimento (phlegmasia cerulea dolens).

d. O diagnóstico é de doença arterial periférica. O paciente apresenta sinais de sangue


desoxigenado no doppler (porções em azul) mesmo que esteja num leito arterial
(tipicamente com aspecto avermelhado), falando a favor de déficit no suprimento
sanguíneo. A conduta é prescrever cilostazol, estimular a prática de atividade física e
controle dos fatores de risco.
QUESTÃO 32

Um paciente do sexo masculino de 56 anos comparece ao pronto socorro devido a um quadro


de dor abdominal, em cólica, difusa, com irradiação para o dorso e episódios de febre, escala
visual analógica da dor 8/10, vômitos biliosos e colúria há 7 dias (refere ter apresentado quadro
semelhante há 7 semanas). Buscou nesse período diversos outros serviços, onde foi medicado
apenas com sintomáticos e liberado. Foi admitido taquicárdico 122 bpm, afebril, com abdome
distendido e sinal de Murphy positivo. Realizado exames laboratoriais.

Hb 15,5 Na 132 Amilase 1817


Ht 52,4 K 4,7 Lipase 2042
Bilirrubina Di-
Glóbulos 22600, 10% de
Ureia 48 reta/ 4,34/ 3,90
brancos bastões
Indireta
PLQ 142.000 Creatinina 2,36 TGO/TGP 46/50
PCR 342 RNI 1,25 FA/GGT 128/345
Gasometria Arterial pH 7,17 pO2: 90 pCO2: 22 HCO3- 14 BE -8 sO2: 96% Lactato 20

Complementação diagnóstica com a realização de tomografia computadorizada evidenciada


abaixo.

Frente ao caso, a melhor alternativa é:


a. A cirurgia para correção do quadro será uma gastroduodenopancreatectomia.

b. Trata-se de abdome agudo perfurativo, com escape de ar para o retroperitônio.


c. Trata-se de uma pancreatite aguda complicada com Walled-Off Necrosis e a melhor opção
de tratamento é a drenagem endoscópica

d. O exame em questão deve ser repetido com uso de contraste EV para melhor avaliação.

QUESTÃO 33

Paciente masculino, de 25 anos, foi levado pelo SAMU ao pronto socorro de um hospital
terciário, vítima de trauma por colisão moto versus automóvel a 120 km/h, há 40 minutos.
Admitido em protocolo. Na avaliação primária:

A: vias aéreas pérvias, em uso de colar cervical sem cervicalgia ou crepitação à palpação;
B: murmúrios presentes bilateralmente, sem crepitação de arcos costais, sem desconforto
respiratório, SATO2 99% em MNR 15 L/min;
C: Escoriação em hipocôndrio direito com dor leve à palpação, sem descompressão brusca,
FC 102 bpm, PA: 100 x 50 mmHg, pelve estável;
D: Glasgow 15, pupilas isofotorreagentes, sem déficits neurológicos;
E: escoriações em membros, sem sinais de fraturas em extremidades.

Foram infundidos 1000 ml de Ringer lactato aquecido, analgesia, coletados exames


laboratoriais (abaixo), realizada TC de abdome (abaixo) e radiografias de cervical, tórax e pelve
(sem alterações).
Na avaliação secundária, AMPLA (nega alergias, antecedentes, medicações de uso contínuo,
jejum de 03 horas), sinais vitais FC: 95 bpm, PA 110 x 60 mmHg, SATO2 96% em ar ambiente,
com adequado controle da dor. Baseado nestas informações, qual a alternativa com a conduta
mais adequada para o caso.

a. Videolaparoscopia diagnóstica
b. Tratamento não operatório e vigilância dos níveis hematimétricos
c. Drenagem percutânea do hematoma hepático
d. Nefrectomia parcial à esquerda.

QUESTÃO 34

Paciente masculino, 22 anos, jogador de beisebol, busca o pronto-socorro de ortopedia


referindo que há 40 minutos durante uma partida apresentou dor súbita e dificuldade de
movimentação do ombro direito após realizar uma manobra com o braço em rotação externa,
abdução e extensão. Nega comorbidades, nega uso de medicações contínuas, nega alergia e
cirurgias prévias. Refere que já apresentou outros 03 episódios semelhantes. Ao exame físico,
apresenta desnivelamento ao nível do ombro direito , sem sinais inflamatórios, com dor à
palpação e sem crepitação óssea. Realizou radiografia do ombro em 03 posições, que excluiu
fraturas. Com base no quadro acima, qual a hipótese diagnóstica mais provável e a conduta

a. Luxação da articulação escápulo-umeral; Correção cirúrgica de urgência


b. Luxação da articulação escápulo-umeral; Correção com manobra hipocrática
c. Luxação da articulação glenoumeral; Redução incruenta e avaliar necessidade de cirurgia
eletiva ambulatorialmente
d. Luxação da articulação glenoumeral; Correção cirúrgica de urgência

QUESTÃO 35

Homem de 32 anos refere que há 15 dias vem apresentando quadro de febre e dor perianal
recorrente. Chegou a buscar pronto-socorro onde lhe foi prescrito ciprofloxacino e metronidazol
e que há 2 dias evoluiu com drenagem espontânea de secreção purulenta por orifício a 4
cm da borda anal, às 5h. Relata outros três episódios prévios semelhantes. Foi avaliado por
um outro cirurgião na ocasião mais recente que ao examinar o paciente identificou orifício
externo com drenagem de secreção purulenta às 5h e endurecimento ao toque retal. Solicitou
exames laboratoriais (abaixo).
Hemoglobina 12,2 g/dl

Hematócrito 36%

Leucócitos 17300

Plaquetas 230000

PCR 150 mg/dL

Ureia / Creatinina 1,0 / 30

Além disso, realizou tomografia computadorizada de abdome e pelve, cujo laudo relata grande
coleção coleção pélvica dissecando os músculos do assoalho pélvico com comunicação com o
meio externo através de fístula transesfincteriana acometendo em torno de 50% do esfíncter,
estudado adequadamente por meio de ressonância magnética de pelve.

Frente aos caso exposto, assinale o item mais adequado.

Diagnóstico Conduta

Ampliar espectro da antibioticoterapia e realizar


A Abscesso perianal ressonância magnética de pelve para definir
conduta adicional

Abscesso perianal + Fístula Drenagem ampla e fistulotomia num único


B
perianal complexa tempo.

Manter antibioticoterapia e observar evolução


C Abscesso perianal
do quadro

Drenagem ampla com colocação de sedenho e


Abscesso perianal + Fístula
D posterior investigação de doença inflamatória
perianal complexa
intestinal como causa primária.

QUESTÃO 36

Homem, 75 anos, hipertenso, com seguimento no serviço de cirurgia vascular por claudicação
intermitente, sem outras comorbidades, refere início há 10 horas de dor em membro direito,
associado a frialdade e limitação de movimentação. Ao exame físico, regular estado geral,
pulso radial arrítmico, membro inferior direito pálido com pulso femoral presente, poplíteo
e distais ausentes, com parestesia além dos artelhos e força muscular diminuída. Membro
inferior esquerdo com pulsos presentes. Qual o achado arteriográfico esperado?
A. B.

C. D.

QUESTÃO 37

Paciente masculino, 70 anos, obeso, admitido no pronto socorro por abdome agudo obstrutivo
secundário a neoplasia de transição retossigmóidea, foi submetido a laparotomia exploradora
e retossigmoidectomia com anastomose colorretal com grampeador. O procedimento
transcorreu sem intercorrências e o paciente foi encaminhado à UTI, onde ficou por dois
dias e posteriormente foi encaminhado à enfermaria. No 5º pós-operatório, evoluiu com
boa aceitação de dieta branda, sem náuseas ou vômitos, afebril e com demais sinais vitais
estáveis. Refere apenas que desde a madrugada apresenta drenagem de grande quantidade
de secreção pela ferida chegando a encharcar o lençol. Ao exame físico do abdome o paciente
apresentava bordas da ferida coaptadas, sem deiscência de pontos, contudo à expressão ou
Valsalva drenava moderada quantidade de secreção sero-hemática entre os pontos de sutura
da pele. Sobre o caso, assinale a alternativa com a hipótese diagnóstica mais provável

a. Hematoma de parede
b. Deiscência de anastomose
c. Evisceração
d. Eventração
QUESTÃO 38

Paciente masculino, 20 anos, com dor abdominal epigástrica com migração para fossa ilíaca
direita, hiporexia, náuseas e vômitos, nega febre. No exame físico apresenta defesa e dor à
descompressão no quadrante inferior direito. Leucócitos: 18000, com 15% de bastões. Foi
indicada apendicectomia com base no escore de Alvarado, no qual o paciente pontua:

a. 7
b. 8
c. 9
d. 10

QUESTÃO 39

Paciente adulto, 90 Kg, vítima de queimadura por escaldadura, admitido 2 horas após o
trauma. Estável hemodinamicamente, apresenta lesões vesico-bolhosas em membro superior
direito e tronco anterior, e apenas hiperemia em membro superior esquerdo. Com relação a
reposição volêmica, é correto

a. Receber 2430 mL nas próximas 6 horas


b. Receber 4860 nas próximas 24 horas
c. Receber 6480 mL nas próximas 24 horas
d. Receber 3230 mL nas próximas 6 horas

QUESTÃO 40

Paciente idoso, com artropatia crônica em uso frequente de anti-inflamatórios, evoluiu


com quadro de melena. Realizada endoscopia digestiva alta que evidenciou úlcera gástrica,
sem sangramento ativo, mas com vaso visível em pequena curvatura. Qual a classificação
endoscópica e risco de ressangramento

a. Forrest IB. 90%


b. Forrest IIA. 50%.
c. Forrest IIB. 30%
d. Forrest IIC. 10%
Ginecologia e Obstetrícia
QUESTÃO 41

Paciente de 32 anos procura atendimento por ausência de menstruação há 14 meses,


associado a insônia e calores noturnos. Nega quaisquer outros sintomas. Sem morbidades
conhecidas, sem antecedentes ginecológicos e obstétricos relevantes. A investigação
laboratorial evidenciou FSH = 45 UI/L, demais exames normais. Nesse contexto, a terapia
hormonal combinada:

a. Protege contra fraturas patológicas por osteoporose


b. Não tem benefício para a paciente em questão, e só deve ser usada após falha de
tratamento com venlafaxina.
c. Aumenta o risco de câncer de endométrio
d. Aumenta o risco de doença cardiovascular

QUESTÃO 42

Mulher de 64 anos procura PS com queixa de perda de peso, hiporexia e aumento de volume
abdominal há 5 meses. Sem sangramento na pós menopausa. Hipertensa controlada e
diabetes não insulino-dependente. Menopausa aos 52 anos, sem terapia hormonal. Solicitado
ultrassonografia transvaginal com imagem complexa em região anexial direita, multiloculada
com septos espessos e projeções sólidas no interior.

Fonte: https://drpixel.fcm.unicamp.br/conteudo/descricao-ultrassonografica-das-massas-anexiais-segundo-iota

Considerando a principal hipótese diagnóstica, qual a conduta terapêutica mais indicada?


a. Laparotomia com exame transoperatório de congelação da lesão anexial para avaliar a
citorredução.
b. Solicitar biópsia da lesão orientada por ultrassonografia.
c. Solicitar tomografia computadorizada da pelve e dosagem do marcador CA-125 para
definir a possível necessidade de citorredução.
d. Sintomáticos e controle ultrassonográfico em 3 meses.

QUESTÃO 43

A amenorréia é um diagnóstico sindrômico importante em ginecologia e boa parte das vezes,


desafiador. Considere os seguintes quadros de amenorréia abaixo:

I - Síndrome dos ovários policísticos


II - Hímen imperfurado
III - Síndrome de Mayer-Rokitansky
IV - Insensibilidade androgênica
V - Síndrome de Sheehan

Ocorrem ciclos anovulatórios em:


a. I, III e IV
b. I e IV
c. I, IV e V
d. I, II e V

QUESTÃO 44

Mulher de 35 anos procura atendimento após resultado de colpocitologia com resultado de


lesão intraepitelial de alto grau (LIEAG), sem células endocervicais. A conduta deve ser:

a. Repetir a citologia oncótica, pois a amostra está insatisfatória


b. Solicitar USG transvaginal para avaliação endometrial
c. Realizar colposcopia e biópsia dirigida.
d. Coletar captura híbrida para detectar infecção pelo HPV
QUESTÃO 45

Paciente com 25 anos procura atendimento ambulatorial por quadro de dismenorréia


importante desde a menarca, por vezes com necessidade de visitas frequentes ao PS. Não
tem quaisquer outros sintomas. Exame físico inalterado. Tem ecografia transvaginal normal.
Assinale a alternativa correta:

a. O quadro clínico resulta da alta atividade endometrial de COX-2


b. A ação da Prostaglandina F2 alfa sobre o miométrio é desprezível
c. A dismenorréia é decorrente da elevação do FSH no final do ciclo
d. O quadro clínico da paciente decorre da queda do estradiol na segunda fase do ciclo.

QUESTÃO 46

Adolescente de 19 anos dá entrada no PS com quadro de sangramento vaginal e dor em FID


há três dias, progressiva. Relata atraso menstrual de 6 semanas e 5 dias. Procurou atendimento
em outro serviço há dois dias, com USG transvaginal sem anormalidades, e betaHCG de
2.800mUI/mL. Ao exame físico, corada e hidratada, PA 110x78mmHg e FC 82 bpm. Abdome
pouco doloroso à palpação, sem peritonismo. Ao exame ginecológico, anexo direito palpável
e doloroso.
Exames de hoje mostraram saco gestacional de 2 cm em região anexial direita, embrião
ausente, com pequena quantidade de líquido livre em cavidade pélvica. Beta-HCG sérico
colhido hoje é de 3400 mUI/mL. A conduta preconizada para a paciente deve ser:

a. Internação para salpingectomia videolaparoscopica à direita


b. Internação, prescrever metotrexato e colher beta-HCG de controle em 72 horas
c. Alta hospitalar, com controle em 48 horas com ultrassonografia transvaginal.
d. Alta hospitalar, com retorno em 72 horas para controle de beta-HCG.

QUESTÃO 47

Gestante com 38 anos, 5G3Pc1Pn, procurou PS com queixa de sangramento vaginal em


moderada quantidade há 3 horas. A idade gestacional é de 31 semanas, compatível com
ecografia precoce. Nega contrações, refere apenas redução da movimentação fetal. Ao exame
físico, PA 122 x 82 mmHg e FC = 90 bpm. Ao exame obstétrico, tônus uterino normal, AU 32 cm,
BCF 142 bpm, dinâmica uterina ausente, exame especular com sangramento vermelho vivo
coletado em fundo de saco posterior, sem sangramentos ativos. Cardiotocografia: categoria I.
O provável diagnóstico e a conduta deve ser:

a. Descolamento prematuro de placenta; parto cesária de emergência


b. Placenta prévia; realizar ultrassonografia e cesárea imediata.
c. Descolamento prematuro de placenta; corticoterapia e parto cesáreo
d. Placenta prévia; internação e corticoterapia para programação do parto

QUESTÃO 48

Grávida com 13 semanas de idade gestacional, retorna com exames solicitados na primeira
consulta de pré-natal. Sem queixas. Traz urocultura de jato médio com resultado Escherichia
coli, 200.000 UFC/mL. Sobre o caso, assinale a alternativa incorreta:

a. A ACOG recomenda a coleta de uma urocultura no primeiro trimestre e outra no terceiro


trimestre, para todas as gestantes.

b. O tratamento dessa paciente reduz o risco de pielonefrite e previne complicações


gestacionais, sobretudo prematuridade

c. Como a paciente não apresenta sintomas, não está indicado tratamento.

d. As principais classes de antibióticos usadas em casos de cistites não complicadas em


gestantes são as penicilinas, cefalosporinas e nitrofurantoína.

QUESTÃO 49

Multípara sem comorbidades conhecidas, deu entrada na urgência da maternidade em


período expulsivo de trabalho de parto, evoluindo em poucos minutos com parto vaginal de
RN com peso de 4100g. A dequitação evoluiu espontânea sem intercorrências. Logo após a
dequitação, apresentou sangramento vaginal importante, associado a mal estar e sudorese.
Ao exame clínico, regular estado geral, confusa, descorada 2+/4+, com pressão arterial de 70 x
40 mmHg e FC 128 bpm. O útero apresentava-se hipoinvoluído.

A conduta imediata e a provável etiologia são:


a. Reposição de volume com cristalóides, revisão de canal de parto e sutura. Laceração de
trajeto

b. Reposição volêmica com cristalóides, massagem uterina bimanual, ocitocina endovenosa


seguida de ergot intramuscular. Atonia uterina

c. Transfusão de hemoderivados, curagem uterina e ocitocina endovenosa. Restos


placentários

d. Transfusão de plasma, infusão de fator VII ativado e administração de misoprostol via retal.
Coagulopatia

QUESTÃO 50

Gestante 2G1Ab procura maternidade com idade gestacional de 40 semanas e 2 dias para
avaliação no PS da obstetrícia. Refere boa movimentação fetal, nega perda de líquido via
vaginal ou sangramento. Realizou pré-natal de baixo risco na UBS, sem intercorrências. Ao
exame físico, colo médio, posterior, pérvio para 2 cm, cefálico, AM. Amnioscopia com líquido
claro. Cardiotocografia registrada abaixo:

Fonte: “Figure 1”

A conduta preconizada deve ser:

a. Internação para indução do parto, por Bishop favorável.


b. Ultrassonografia com dopplervelocimetria para programar resolução
c. Retorno em 48 horas para novo controle.
d. Internação para parto cesáreo, por se tratar de gravidez prolongada.

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