Você está na página 1de 2

O Paradoxo da dissolução do Ego

Ficaria feliz em descarregar pensamentos; e como quase toda comum e diária enxurrada que
se preze tem como causa primeira a matriz e pesada nuvem que faz com que todas ao seu
redor desabrochem, tais pensamentos compartilho: seria uma árvore uma das formas de vida
mais “iluminadas” – seguindo o conceito de transcendência espiritual, tão comum nos dias de
hoje - que existem?

{Ok, também estou confuso; com certeza tenho compromissos muito mais palpáveis a cumprir,
mas este foi um pensamento que destrinchou vários outros ademais – e como ocorre na
natureza, ou deixo se perder entre as valas ou torço pra que evapore e venha a se tornar mais
uma vez uma chuva sobre minha mente. }

Continuando. Deixarei pro final a resposta da pergunta.

Dica: o título do texto nos remete a uma dualidade, que muito tem a ver com a resposta da
pergunta..

Na verdade, seguindo os padrões disserto-argumentativos, prefiro citar meu ponto de vista já


inicialmente, para que nós, você que lê, e eu, que escrevo, possamos chegar ao fim
compartilhando das mesmas frases, mas com sentimentos – principalmente – sentimentos
divergentes (todos que leem Memórias Póstumas de Brás Cubas deliciam cada capítulo com
um sabor diferente, assim como a comida que nossa avó cozinha suscita nuances sempre
diferentes – e sempre prazerosa). Minha intenção com tal enxurrada é chegar ao seguinte
ponto: egoísmo é a principal doença do ser humano, mas também o principal alavancador da
humanidade

- Falar sobre a tornozeleira do coronavírus, e como o medo NATURAL (do meio


biológico/natural) está fazendo com que passemos a perceber nossos muros de conforto – que
são construídos pelos medos não naturais

- O egoísmo nos faz almejar o progresso individual, se crescemos, melhoramos nosso bem
estar, e de todos que nos cercam > um grande produtor de comida aumenta sua safra –
deleita-se no dinheiro ganho > quem vê o vizinho tao bem assim faz o mesmo > os dois tem o
suficiente em comida > ajudam os desconsolados que batem a sua porta necessitando de
alimento > esses mesmos progridem, pois “veem que o bem ainda existe” > cidade enriquece >
a competição promovida pelo auto-olhar/auto-progresso resulta em mais necessidade de
“mais” > por fim: no mundo há mais “tudo sobrando”, não se necessita mais que, para
progredir, tenhamos de tomar de outro algo que não tenhamos >> positive-sum

- Jesus, buda < o nível em que estavam no progresso individual os fez ajudar, primariamente,
aqueles que já passaram do ponto na escala em que sobrevivência e satisfação de
necessidades são as únicas coisas que importam.. quem ainda está nesse ponto criou uma
idealização – comum no ser humano – sobre o que está por vir e a esperança tomou o motor
da vida ao invés do medo

Você também pode gostar