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QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS

DOENÇAS EXANTEMÁTICAS
EM PEDIATRIA?
DOENÇAS
EXANTEMÁTICAS
VINHETA DE ABERTURA
NOTIFICAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

Em 17 de agosto de 2010 a Secretaria de Saúde do


Estado do Rio Grande do Sul (SES/RS) notificou à
Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da
Saúde (SVS/MS) sobre a identificação de dois casos
suspeitos de Sarampo no município de Porto
Alegre
NOTIFICAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

Em 17 de agosto de 2010 a Secretaria de Saúde do


Estado do Rio Grande do Sul (SES/RS) notificou à
Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da
Saúde (SVS/MS) sobre a identificação de dois casos
suspeitos de Sarampo no município de Porto
Alegre
NOTIFICAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

O primeiro caso suspeito (caso 1) trata-se de uma


criança de 12 anos de idade, não vacinada (segundo
informações a criança é alérgica a ovo), que
apresentou início dos sintomas em 03/08/2010 e
procurou o serviço de saúde privado em
05/08/2010.
NOTIFICAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

O primeiro caso suspeito (caso 1) trata-se de uma


criança de 12 anos de idade, não vacinada (segundo
informações a criança é alérgica a ovo), que
apresentou início dos sintomas em 03/08/2010 e
procurou o serviço de saúde privado em
05/08/2010.
NOTIFICAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

Principais sintomas observados: febre, obstrução


nasal, exsudato e monilíase em cavidade oral sendo
iniciado tratamento com antibiótico
SARAMPO/FASE PRÓDROMOS

Mancha de Koplik (patognomônica)


SARAMPO/FASE PRÓDROMOS

੦ febre baixa, tosse seca, coriza


੦ conjuntivite e fotofobia
NOTIFICAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

Em 07/08 a família buscou novo atendimento na


emergência do referido hospital privado
A criança apresentava febre, mialgia, sinais gripais,
exantema, hiperemia ocular bilateral com secreção
purulenta, acrescido de hiperemia em orofaringe e
língua “em framboesa”
O diagnóstico foi de conjuntivite e febre não
especificada
Com a piora do quadro e exantema maculopapular
difuso em 10/08, a criança foi internada por dois
dias e realizada coleta de sangue para outros
exames diagnósticos
SARAMPO

RASH febre alta

Pescoço e face

Tronco

Braços

Pernas
SARAMPO

DIAGNÓSTICO (PODE BASEAR-SE NA CLÍNICA)


੦ anticorpos detectáveis na fase do rash
੦ leucopenia + linfocitose relativa
NOTIFICAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

A Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério


da Saúde (SVS/MS) informou que foi realizado o
diagnóstico pelo Laboratório Central de Saúde
Pública (Lacen/RS), obtendo o resultado:
IgM positivo para sarampo
O material para identificação viral foi encaminhado
para o Laboratório de Referência Nacional para
sarampo/FIOCRUZ para confirmação.
SARAMPO

ETIOLOGIA
੦ RNA vírus
੦ gênero: Morbillivirus
੦ apenas 1 sorotipo
SARAMPO

TRANSMISSÃO
੦ contagioso
੦ 90% familiares suscetíveis
੦ gotas nasofaringe
• período catarral
NOTIFICAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

O segundo caso (Caso 2) é irmã do primeiro caso,


com 11 anos de idade, não vacinada, (segundo
informações a criança também é alérgica a ovo),
apresentou o início dos sintomas em 11/08/2010 e
procurou o serviço de saúde privado em 14/08
Principais sintomas observados: febre e hiperemia
intensa da orofaringe
Em 15/08 apresentou febre alta e exantema
maculopapular
NOTIFICAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

Em 16/08 piorou o quadro clínico e foi


hospitalizada, sendo que em 17/08, devido à piora
do quadro (pneumonite), foi transferida para a
Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
SARAMPO

COMPLICAÇÕES
੦ OMA
੦ PNM
੦ encefalite
NOTIFICAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

Após a notificação dos casos a Secretaria Municipal


de Saúde (SMS/Porto Alegre) iniciou a investigação
no domicílio e foi relatado que a família foi a
Buenos Aires (Argentina) no período de 22 a 28 de
julho de 2010

Na Argentina : casos de Sarampo em pessoas que


viajaram para a África do Sul na Copa do Mundo
NOTIFICAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

De acordo com o MS, em 2010, no Brasil, foram


detectados 3 eventos relacionados a casos
importados de sarampo, nos estados do
RS, Pará e Paraíba
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE

Em 04 de Fevereiro de 2014, divulgou alerta sobre


a transmissão de sarampo no Brasil
“Informamos que continuam ocorrendo casos de
sarampo na região nordeste do país. Além dos 156
casos confirmados no estado de Pernambuco desde
março de 2013, foram confirmados este ano, até o
momento, 10 casos na cidade de Fortaleza - Ceará.”
UNICAMP | 2015

Um menino de 10 anos refere febre alta há 3 dias e


manchas vermelhas pelo corpo há 1 dia. Retornou
da Europa há 15 dias e nunca foi vacinado, por
opção dos pais. Exame físico: em regular estado
geral, com fácies catarral, T = 39,5°C, FC = 110bpm
e FR = 36irpm. A orofaringe revela manchas
puntiformes brancas com eritema ao redor da
mucosa oral, e a pele, exantema maculopapular
eritematoso e difuso. Assinale a alternativa correta:
UNICAMP | 2015

a encefalite é uma complicação grave, de início


A
precoce e frequente

o tratamento consiste em antitérmico,


B hidratação, higiene nasal e ocular e
imunoglobulina intravenosa

se houver contato com criança suscetível, esta


C
deverá receber a vacina dentro de 3 dias

D trata-se de uma doença transmitida por vetor


#IMPORTANTE

SARAMPO
PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO

Vacina (até 72 horas da exposição)


੦ crianças >6 meses suscetíveis

OBS.: <12 meses


੦ 1 dose entre 6 e 12 meses e manter as doses
de 12 e 15 meses
SARAMPO

Vacinação não recomendada para


੦ portadores de imunodeficiência
੦ gestantes
SARAMPO

PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO
੦ imunoglobulina (até 5 dias da exposição)
• gestantes
• imunocomprometidos
UNICAMP | 2015

Um menino de 10 anos refere febre alta há 3 dias e


manchas vermelhas pelo corpo há 1 dia. Retornou
da Europa há 15 dias e nunca foi vacinado, por
opção dos pais. Exame físico: em regular estado
geral, com fácies catarral, T = 39,5°C, FC = 110bpm
e FR = 36irpm. A orofaringe revela manchas
puntiformes brancas com eritema ao redor da
mucosa oral, e a pele, exantema maculopapular
eritematoso e difuso. Assinale a alternativa correta:
UNICAMP | 2015

a encefalite é uma complicação grave, de início


A
precoce e frequente

o tratamento consiste em antitérmico,


B hidratação, higiene nasal e ocular e
imunoglobulina intravenosa

se houver contato com criança suscetível, esta


C
deverá receber a vacina dentro de 3 dias

D trata-se de uma doença transmitida por vetor


MEDCEL

Que vitamina pode reduzir a morbidade e a


mortalidade de crianças com sarampo grave
(principalmente em desnutridos)?

A A

B complexo B

C C

D D
MEDCEL

Que vitamina pode reduzir a morbidade e a


mortalidade de crianças com sarampo grave
(principalmente em desnutridos)?

A A

B complexo B

C C

D D
SARAMPO

COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS
੦ encefalite: 1-2/1.000 casos de sarampo
início 5 dias após aparecimento do rash
PANENCEFALITE ESCLEROSANTE SUBAGUDA

EPIDEMIOLOGIA
Sarampo antes dos 18 meses: >risco
Intervalo sarampo – panencefalite: ?
PANENCEFALITE ESCLEROSANTE SUBAGUDA

੦ clínica
੦ diagnóstico (LCR, EEG)
੦ tratamento
RUBÉOLA

MARCA REGISTRADA
੦ aumento dos linfonodos em regiões:
• retroauricular, pós-occiptal e cervical
posterior
RUBÉOLA

QUADRO CLÍNICO
੦ 2/3 subclínicos
੦ conjuntivite sem fotofobia
੦ exantema: rápida evolução
RUBÉOLA
RUBÉOLA

DIAGNÓSTICO
੦ anticorpos
• IgM
• IgG (aumento 4 x)
੦ cultura vírus: sangue, nasofaringe
RUBÉOLA

Tratamento: suporte
RUBÉOLA

COMPLICAÇÕES
੦ encefalite 1/6.000 casos
੦ púrpura trombocitopênica
੦ panencefalite progressiva
੦ síndrome rubéola congênita
SÍNDROME RUBÉOLA CONGÊNITA

੦ RCIU
੦ catarata
੦ cardiopatia
੦ surdez
੦ meningoencefalite
੦ déficit neuromotor/autismo
RUBÉOLA

PREVENÇÃO
੦ vacina

Contraindicações à vacinação:
੦ gravidez
੦ imunodeficiência
RUBÉOLA

PREVENÇÃO PÓS-EXPOSIÇÃO
੦ vacina

Mulher grávida:
੦ sorologias 0, 3-4, 6 sem
੦ imunoglobulina IM
ERITEMA INFECCIOSO

ETIOLOGIA
੦ parvovírus B19
PARVOVÍRUS B19

੦ transmissão: secreção nasofaríngea

Desenvolve- se nas células


eritropoiéticas da medula óssea
#PEGADINHA

PARVOVÍRUS B19
੦ crise aplástica transitória
• queda da Hg em pacientes com hemólise
crônica
Exemplo: ?
PARVOVÍRUS B19

GESTANTES
੦ hidropsia fetal não imune
PARVOVÍRUS B19

PATOGÊNESE
੦ aplasia transitória série vermelha: viremia
7 a 11 dias após a infecção

੦ exantema, artrite
• fenômeno pós-infeccioso (imune)
17-18 dias após a infecção
ERITEMA INFECCIOSO

੦ 5ª doença
੦ incubação
੦ marca registrada
• exantema face esbofeteada
ERITEMA INFECCIOSO

EXANTEMA: 3 FASES
1. face esbofeteada
2. máculas eritematosas no tronco
3. clareamento central (“rendilhado”)
PARVOVÍRUS B19

OUTRAS MANIFESTAÇÕES
Papular-purpuric “gloves-and-socks” Syndrome
(PPGSS)
Síndrome papular-purpúrica em luvas e meias
PARVOVÍRUS B19

SÍNDROME PAPULAR-PURPÚRICA EM LUVAS E MEIAS


੦ caracterizada por febre, prurido, edema doloroso
e eritema nas extremidades distais (distribuição
em luva e meia)

Seguidos por petéquias nas


extremidades e lesões orais
PARVOVÍRUS B19

SÍNDROME PAPULAR-PURPÚRICA EM LUVAS E MEIAS


੦ síndrome autolimitada
(resolve em poucas semanas)
SÍNDROME PAPULAR-PURPÚRICA
EM LUVAS E MEIAS
SÍNDROME PAPULAR-PURPÚRICA
EM LUVAS E MEIAS
PARVOVÍRUS B19

DIAGNÓSTICO
੦ anti-B19 IgM ou anti-B19 IgG
PARVOVÍRUS B19

TRATAMENTO
੦ IVIG
PARVOVÍRUS B19

PREVENÇÃO
੦ crise aplástica: isolamento
੦ eritema infeccioso e artropatia

Não precisa de isolamento


ROSÉOLA –
EXANTEMA SÚBITO
UEL | 2015

Sobre o exantema súbito, considere as afirmativas a


seguir:
I - A febre costuma ser baixa e ocorre após o
aparecimento do rash maculopapular.
II - Crianças podem apresentar convulsão febril
durante o quadro.
III - É causado pelos herpes-vírus 6 e 7.
IV - Os vírus podem provocar recidiva.
Estão corretas:
UEL | 2015

A I, II

B I, IV

C III, IV

D I, II, III

E II, III, IV
#CAI NA PROVA

ROSÉOLA – EXANTEMA SÚBITO

ETIOLOGIA:
HHV 6
HHV 7
(pode apresentar o quadro 2 vezes)
ROSÉOLA – EXANTEMA SÚBITO

EPIDEMIOLOGIA
੦ incidência: 6-15meses
੦ incubação: 10 dias
ROSÉOLA – EXANTEMA SÚBITO
HHV 6 E HHV 7

੦ latência após infecção primária

Adulto excreta o vírus na saliva

Fonte de infecção para criança


ROSÉOLA – EXANTEMA SÚBITO
HHV 6 E HHV 7

QUADRO CLÍNICO
੦ temperatura elevada – 3 a 5 dias
੦ rash: nas primeiras 24 horas após a febre ceder
(lesões rosadas no tronco)

OBS.: convulsões febris em 5-10%


ROSÉOLA – EXANTEMA SÚBITO
HHV 6 E HHV 7

DIAGNÓSTICO
੦ clínica
• IgG para HHV-6 (sorologia pareada)
• PCR
UEL | 2015

Sobre o exantema súbito, considere as afirmativas a


seguir:
I - A febre costuma ser baixa e ocorre após o
aparecimento do rash maculopapular
II - Crianças podem apresentar convulsão febril
durante o quadro.
III - É causado pelos herpes-vírus 6 e 7.
IV - Os vírus podem provocar recidiva.
Estão corretas:
UEL | 2015

A I, II

B I, IV

C III, IV

D I, II, III

E II, III, IV
UEL | 2015

A I, II

B I, IV

C III, IV

D I, II, III

E II, III, IV
MONONUCLEOSE INFECCIOSA

90% dos casos causados pelo

Epstein-Barr vírus
(herpes-vírus)
EPSTEIN-BARR VÍRUS

EPIDEMIOLOGIA
੦ transmissão: secreção oral
੦ beijo
੦ saliva

Eliminado na saliva por >6 meses


EPSTEIN-BARR VÍRUS

EPIDEMIOLOGIA
੦ países em desenvolvimento
• casos no início da infância
• infecção inaparente

੦ países desenvolvidos
• 1/3 casos adolescentes e adultos – tríade
clássica
MONONUCLEOSE INFECCIOSA

TRÍADE CLÁSSICA
੦ fadiga
੦ faringite
੦ linfonodomegalia
EPSTEIN-BARR VÍRUS

VÍRUS ONCOGÊNICO
੦ linfoma de Burkitt endêmico
੦ carcinoma nasofaríngeo
੦ doença de Hodgkin
MONONUCLEOSE INFECCIOSA

CLÍNICA
੦ incubação
੦ pródromos 1-2 semanas
• febre e odinofagia
MONONUCLEOSE INFECCIOSA

CLÍNICA
੦ exame físico
• linfadenopatia generalizada (__%)
• esplenomegalia (__%)
• hepatomegalia (__%)
MONONUCLEOSE INFECCIOSA

CLÍNICA
੦ exame físico
• linfadenopatia generalizada (90%)
• esplenomegalia (50%)
• hepatomegalia (10%)
MONONUCLEOSE INFECCIOSA

CLÍNICA
੦ odinofagia
faringite às vezes com exsudato
#PEGADINHA

MONONUCLEOSE INFECCIOSA
Clínica
੦ rash maculopapular
3 a 15%
80% (rash da ampicilina)
MONONUCLEOSE INFECCIOSA

DIAGNÓSTICO
੦ presuntivo
• clínica + hemograma
MONONUCLEOSE INFECCIOSA

DIAGNÓSTICO
੦ anticorpos heterófilos Paul-Bunnel
• + >90% adultos
• + <50% crianças abaixo de 4 anos
MONONUCLEOSE INFECCIOSA

DIAGNÓSTICO
੦ anticorpos específicos
• IgM p/ VCA
(antígeno capsídeo viral)
1:320 Anticorpo heterófilo

1:160 Mononucleose infecciosa


IgG – VCA
1:80 Early antigen
Anticorpos

1:40
Nuclear antigen
1:20 IgM – VCA
(≥ 4 anos)
IgM – VCA
1:10
(< 4 anos)

0
0 2 4 2 4 6 1 3
Semanas Meses Anos
Tempo após o início clínico
MONONUCLEOSE INFECCIOSA

DIAGNÓSTICO
੦ anticorpos específicos
• IgM p/ VCA
(antígeno capsídeo viral)
MONONUCLEOSE INFECCIOSA

COMPLICAÇÕES
੦ ruptura esplênica (0,2%)
੦ obstrução VAS
MONONUCLEOSE INFECCIOSA

COMPLICAÇÕES
੦ ruptura esplênica (0,2%)
੦ obstrução VAS: corticoide
੦ ataxia, convulsões
੦ síndrome “Alice no país da maravilhas”
VARICELA ZÓSTER-VÍRUS (VZV)

੦ herpes-vírus, neurotrópico
੦ extremamente contagioso
VARICELA

PATOGÊNESE
੦ transmissão: secreção respiratória ou conteúdo
das vesículas
VARICELA

CLÍNICA
੦ incubação
੦ raramente é subclínica
੦ lesões de pele
VARICELA

LESÕES
੦ máculas eritematosas vesículas crostas
੦ vários estágios de evolução (marca registrada)
੦ cicatriz é rara
VARICELA PROGRESSIVA

੦ vísceras + coagulopatia (imunodeprimidos)


੦ taxa de mortalidade elevada (PNM pelo vírus)
੦ lesões novas por semanas: HIV
VARICELA NEONATAL

RISCO NEONATAL
Depende de anticorpos maternos via transplacentária

੦ mãe com varicela 5 dias antes até 2 dias pós-parto


= VZIG para neonato
੦ pré-termos = VZIG
੦ doença perinatal = aciclovir IV
VARICELA VÍRUS (VZV)

PATOGÊNESE
੦ infecção latente nos gânglios sensoriais:
• reativação herpes-zóster
HERPES-ZÓSTER

੦ rara na infância
੦ imunodeprimidos
੦ lesões vesiculares em dermátomos
HERPES-ZÓSTER
VARICELA

TRATAMENTO
੦ aciclovir
VARICELA

TRATAMENTO
੦ indicação aciclovir VO: até 24 horas
• >13 anos
• <13 anos
(uso de corticoide, salicilatos, 2º caso na família)

Não interfere com a imunidade


VARICELA

TRATAMENTO
੦ Indicação aciclovir IV
• doença grave
• imunocomprometidos
VZV

COMPLICAÇÕES
੦ infecção bacteriana secundária
੦ encefalite/ataxia
੦ síndrome de Reye
੦ pneumonia
VZV

PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO
੦ vacina
੦ VZIG (até 96 horas)
• gestantes, neonatos e imunodeprimidos
DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA
DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA

੦ etiologia: coxsackie vírus A16


੦ incubação: 4 a 6 dias
੦ lesões orais: úlceras
੦ lesões em mãos e pés: vesículas no dorso
੦ dor abdominal
੦ febre
DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA
DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA
DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA

DIAGNÓSTICO
੦ quadro clínico
• tratamento: suporte
ESCARLATINA

੦ etiologia
੦ incubação: 2 a 5 dias
ESCARLATINA

CLÍNICA
੦ 12-48 horas aparece rash
੦ amigdalite
ESCARLATINA

RASH
੦ vermelho e finamente papular
੦ axilas, r. inguinal e nuca nas primeiras 24 horas,
depois generaliza-se
੦ palidez perioral
੦ linhas de pastia
੦ descamação (1 semana)
SINAL DE FILATOW
LINHAS DE PASTIA
ESCARLATINA

੦ diagnóstico
• cultura – swab de orofaringe
੦ tratamento: penicilina
DOENÇA DE KAWASAKI

Etiologia?
DOENÇA DE KAWASAKI

EPIDEMIOLOGIA
੦ maior incidência em asiáticos
੦ <5 anos (80%)
DOENÇA DE KAWASAKI

PATOGÊNESE
੦ vasculite (artérias de médio calibre)
DOENÇA DE KAWASAKI

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
੦ febre
੦ conjuntivite
੦ lesões orais
੦ linfadenopatia
੦ exantema (rash)
੦ acometimento de mãos e pés
DOENÇA DE KAWASAKI

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
੦ 1 a 3 semanas: descamação periungueal
DOENÇA DE KAWASAKI

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
੦ envolvimento cardíaco
• aneurisma aa. coronária
DOENÇA DE KAWASAKI

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
੦ aneurisma aa. coronária
੦ ruptura
੦ trombose
੦ estenose
DOENÇA DE KAWASAKI

3 FASES CLÍNICAS
੦ fase aguda febril (1-2 sem)
੦ fase subaguda
(descamação, trombocitose, aneurismas)
• 3-4 sem
੦ fase convalescença (VHS): 6-8 sem
DOENÇA DE KAWASAKI

DIAGNÓSTICO
੦ critérios clínicos
• febre por 5 dias (mínimo)
+ 4 das outras 5 características
#IMPORTANTE

DOENÇA DE KAWASAKI
DIAGNÓSTICO

੦ FEBRE + 4 DAS 5 CARACTERÍSTICAS


• conjuntivite
• lesões orais
• linfadenopatia
• exantema (rash)
• acometimento de mãos e pés
DOENÇA DE KAWASAKI

LABORATÓRIO
੦ leucócitos
੦ VHS

੦ plaquetas
DOENÇA DE KAWASAKI

ECOCARDIOGRAFIA
Quando fazer?

Deve ser feita


੦ ao diagnóstico
੦ 2-3 semanas
੦ 6-8 semanas
DOENÇA DE KAWASAKI

TRATAMENTO
੦ IVIG (até 10 dias de doença)
੦ Aspirina® (80-100mg/kg/dia – d 14 )
(3-5mg/kg/dia – 6-8 sem)
DOENÇA DE KAWASAKI

COMPLICAÇÕES
੦ aneurismas gigantes: trombose, estenose
੦ má perfusão do miocárdio – bypass
PERÍODOS DE INCUBAÇÃO

Sarampo 10 a 12 dias

Rubéola 14 a 21 dias
Eritema infeccioso 17-18 dias

Exantema súbito 10 dias (5-15 dias)


Varicela 14 dias ( 10-21 dias)
Doença mão-pé-boca 3 a 6 dias
Coxsackie
Mononucleose infecciosa 40 dias
(EBV)
Escarlatina 2 a 5 dias
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS
EM PEDIATRIA?

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