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variação de cor dentro de uma lesão pigmentada. epitélio, levando ao adelgaçamento da placa
D- dimensão: lesão grande, ou aumento rápido suprapapilar, predispondo úlcera.
de uma lesão pigmentada preexistente. E- 3- Metaplasia intestinal (esôfago de Barrett): o
evolução: alteração de um nevo ciclo vicioso de úlcera e reepitelização leva à
preexistente/desenvolvimento de nova lesão. metaplasia intestinal, na qual o epitélio escamoso
Além disso, dor ou prurido na lesão também é substituído por epitélio glandular cilíndrico.
configuram sintomas de alerta. 4- Displasia de leve a alto grau
5- Adenocarcinoma invasor
Esôfago
4- Como se dá o diagnóstico de esofagite
1- Por que neoplasias esofágicas têm maior eosinofílica?
facilidade de metástase? R: Pela presença de mais de 20 eosinófilos por
R: Porque o esôfago não apresenta barreira campo de grande aumento e pela eosinofilia e
serosa. aumento de IgE no sangue periférico.
2- Diferencie as esofagites virais por: 5- Quais são as lesões tumorais não neoplásicas
a) Herpes simples mais encontradas no esôfago?
b) CMV R: São as ectopias gástricas e pancreáticas.
c) HPV
R: 6- Quais são as alterações encontradas no
a) O herpes provoca bolhas, que podem se carcinoma epidermoide (neoplasia mais comum
romper provocando erosões. O efeito citopático do esôfago)?
viral resulta na formação de policários, células R: Um dos sinais mais precoces é a leucoplasia,
multinucleadas do epitélio escamoso. O efeito espessamento brancacento da mucosa esofágica.
ainda provoca degradação do epitélio e ulceração. Há um estágio de carcinoma in situ e o invasivo
Há um estágio de quiescência, que dificulta o pode se apresentar de forma vegetante,
diagnóstico por biópsia. estenosante, úlcero-estenosante ou úlcero-
b) O CMV aumenta o volume das células infiltrativo.
mesenquimais (endotélio, fibroblastos e outras
células do tecido conjuntivo do córion e da lâmina Estômago
própria).
c) O HPV provoca alterações displásicas no 1- Se não há inflamação na mucosa, mas há
epitélio escamoso. Ele forma papilomas edema, no que se deve pensar?
escamosos, neoplasias benignas marcadas pela R: Em injúria química.
coilocitose (formação de células com halo
perinuclear, os coilócitos). 2- Qual o local de maior acometimento nas
gastrites por H. pylori e autoimune?
3- Descreva os processos que acometem o R: As gastrites por H. pylori são mais severas no
esôfago desde a DRGE ao aparecimento do antro. Já as gastrites autoimunes acometem
adenocarcinoma invasor? principalmente o corpo gástrico.
R:
1- Esofagite: a agressão provoca hiperemia, 3- O que é gastropatia reativa?
erosões, além de um infiltrado inflamatório de R: É uma série de reações que acontecem na
eosinófilos, neutrófilos e linfócitos. mucosa gástrica em resposta a algum agressor,
2- Reparação / inflamação: em resposta à como uso crônico de AINEs e refluxo biliar. O
agressão, o epitélio sofre hiperplasia. No entanto, processo de erosão e reepitelização pode levar a
esse espessamento dificulta da vascularização do um aspecto de vilização da mucosa gástrica e à
metaplasia intestinal. No entanto, não vem
PATOLOGIA ESPECIAL
tronco. Estes têm melhor prognóstico. As duas R: A exérese tumoral com margem de
mutações são mutuamente exclusivas. segurança é o tratamento de escolha. Como a
metástase para linfonodos é rara, a
3- Quais as características macro e microscópicas linfadenectomia é desnecessária.
do GIST? Para casos inoperáveis, existem os
R: Macroscopicamente, o GIST forma uma inibidores do receptor KIT – mesilato de
massa intramural, com preservação da camada imatinibe.
mucosa. Uma pseudocápsula pode envolver a
massa. No entanto, com o avançar da doença, o Doença Inflamatória Intestinal (Doença de
impacto dos alimentos e do peristaltismo pode Crohn e Retocolite Ulcerativa)
levar à ulceração da mucosa, que adquire pontos
hemorrágicos e necrose. Áreas císticas também 1- Como é a macroscopia da doença de Crohn?
podem ocorrer. R: O acometimento pode ser transmural. São
Quanto à microscopia, em 70% dos GISTs muito indicativos de doença de Crohn o padrão
se encontra células fusiformes, as quais são salteado e a mucosa em “pedra de calçamento”.
alongadas, com núcleo ovoide e citoplasma A mucosa em “pedra de calçamento” é uma
eosinofílico mal definido, lembrando células evolução de úlceras, a alteração inicial da doença
musculares. Elas se depositam em feixes, espiral, de Crohn. No início elas têm aparência aftoide e
“espinha de peixe” ou em paliçada. 20% dos com o tempo se tornam longitudinais e
GISTs é rico em células epitelioides, que são serpentiformes.
arredondadas, de citoplasma eosinofílico bem Edema, fibrose submucosa e hipertrofia
delimitado, organizadas em linhos ou lençóis. Por muscular também são características e levam à
fim, 10% dos casos apresenta aspecto misto. estenose.
Outros acometimentos incluem fissuras,
4- Qual o papel da imunohistoquímica no fístulas (com bexiga, vagina e pele) e perfuração,
diagnóstico de GIST? que leva à formação de abscessos peritoneais,
R: É essencial para diferenciar o GIST de uma abrindo um quadro de abdome agudo.
neoplasia muscular. Nele, a proteína KIT é
pesquisada usando o marcador CD117. Na 2- Como é a microscopia da doença de Cronh?
negatividade do CD117, utiliza-se o CD34 e o R: A característica principal é a presença de
DOG 1. infiltrado inflamatório crônico, rico em
linfócitos, plasmócitos e macrófagos, podendo
5- Qual o local mais comum de metástases? formar, inclusive, folículos linfoides.
R: Fígado. A metástase pode ocorrer em até 30 Na agudização, há neutrófilos no epitélio
anos após a retirada do tumor. glandular (criptite) e no lumen glandular
(abscesso de cripta).
6- Qual o prognóstico do GIST? Também é característico a ramificação e a
R: O prognóstico depende da localização e da tortuosidade das glândulas, bem como a atrofia
agressividade do tumor, medida pelo tamanho e mucosa, indícios de cronicidade.
pelo índice mitótico. Pode acontecer enteropatia manifestada
Os GISTs de estômago apresentam o através de metaplasia pseudopilórica, nas
melhor prognóstico. Aqueles com tamanho entre quais as glândulas adquirem aparência de
2 e 5 cm e índice mitótico menor que 5 possuem glândulas antrais com perda de células
potencial de malignidade baixo. Já os que caliciformes, bem como através da metaplasia
ultrapassam esses valores passam a ter das células de Paneth, nas quais as células de
prognóstico ruim. Paneth são normalmente ausentes.
Por fim, pode-se encontrar granulomas
7- Qual é o tratamento do GIST? malformados não caseosos.
PATOLOGIA ESPECIAL
1- O que é necessário para considerar um linfoma R: CD20, que é o marcador de linfócitos B. Além
como primário do TGI? disso, haverá muita marcação pela citoqueratina
R: Que não haja acometimento de fígado, baço, AE1AE3 devido à lesão linfoepitelial. Os
linfonodos mediastinais e medula óssea. No marcadores CD3 (linfócito T) e ki67 (proliferação
entanto, se esse acometimento ocorrer após o celular) estarão muito pouco marcados.
diagnóstico ele continua sendo definido como
primário. Cabe ressaltar, que o acometimento de 7- Qual o tratamento do linfoma MALT?
linfonodos locais não descaracteriza o linfoma R: No estágio 1, quando o acometimento é
como primário. intramural e sem comprometimento de
linfonodos, utiliza-se a associação de inibidor de
2- Qual é a célula clonal do linfoma MALT? bomba de próton, amoxicilina e claritromicina
R: Linfócito B. (tratamento para H. pylori).
Em pacientes que não respondem à
3- Como a infecção por H. pylori se relaciona com antibioticoterapia, que apresentam a translocação
o linfoma MALT? (11,18) ou que apresentam metástases deve-se
R: A infecção por H. pylori (ou qualquer outro lançar mão de radio e/ou quimioterapia e, até
estímulo antigênico) age através de duas vias, mesmo, ressecção cirúrgica.
induzindo uma transformação maligna. A primeira
é através da atração de neutrófilos, que 7- O que diferencia o linfoma difuso de grandes
produzem radicais livres. A segunda é através da células B do MALT?
ativação dos linfócitos TCD4, que produzem R: A presença de infiltrado não monomórfico no
interleucinas que ativam linfócitos B que, por sua linfoma difuso de grandes células B.
vez, produzem Igs, inclusive autoanticorpos que
levam à autoativação de linfócitos B. 8- Quais as características da doença
imunoproliferativa do intestino delgado?
4- Explique o papel das mutações na R: A doença é marcada por uma plasmocitose na
fisiopatologia do linfoma MALT gástrico. mucosa. Ela acomete principalmente crianças do
R: A principal mutação descrita é a mediterrâneo. No final da adolescência ou em
translocação (11,18), que atua em fatores de adultos jovens pode se transformar em linfoma,
transcrição aumentando a sobrevida celular. sendo associada à síndrome da má absorção e à
Geralmente, os linfomas MALT com essa perda de peso antecedentes.
translocação são refratários ao tratamento e têm
pior resposta terapêutica, necessitando 9- Disserte sobre o linfoma de células T.
comumente de radio e quimioterapia. R: Geralmente, se apresenta na forma de
Outra mutação é da p53, muito associada síndrome de má absorção (doença celíaca),
com a transformação do linfoma MALT em acometendo indivíduos mais jovens (30-40 anos)
linfoma difuso de grandes células B. e apresentando mau prognóstico. O marcador é o
CD3 e CD5. Ele pode ter um infiltrado neutrofilico
5- O linfoma MALT geralmente apresenta e eosinofílico misturado e não apresenta lesão
características microscópicas inespecíficas. Qual é linfoepitelial (as glândulas são íntegras).
o importante marcador desse linfoma?
R: A lesão linfoepitelial, marcada pela destruição Patologia do Fígado
das glândulas e das fovéolas pelos linfócitos.
1- Quais as diferenças entre degeneração em
6- Na imuno-histoquímica, qual é o marcador balão e degeneração espumosa?
utilizado para definir o diagnóstico de linfoma R: A degeneração em balão é a tumefeção
MALT? celular, que ocorre por acúmulo de água e sais
dentro da célula. Ela é um distúrbio agudo e
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reversível, ocasionado pela agressão por um 2. Interface: está na interface entre o espaço
tóxico ou metabólito à bomba de sódio e porta e o parênquima periportal e é uma
potássio. inflamação moderada.
A degeneração espumosa, por sua vez, 3. Parenquimatosa: está no lóbulo hepático e é
refere-se ao acúmulo de grânulos no hepatócito, uma inflamação acentuada.
que adquire aparência espumosa, devido a um
refluxo de bile para dentro dessa célula. Também 4- Quais são as características da regeneração
é uma alteração aguda. hepática? Em quais doenças não ocorre?
R: A regeneração pode ser vista através de
2- Quais as diferenças entre esteatose mitoses nos hepatócitos e espessamento do
microvesicular e esteatose macrovesicular? cordão de hepatócitos, que gera uma
R: A esteatose microvesicular é aguda e desestruturação arquitetural do parênquima.
caracterizada pelo acúmulo de pequenas Macroscopicamente, o fígado apresentará micro e
vesículas dentro do hepatócito, que não deslocam macronódulos. Não ocorre nas doenças
o núcleo. É típica da esteatose aguda da gravidez fulminantes.
e das fases da hepatite alcóolica em que o
paciente ainda está bebendo. 5- O que leva à fibrose hepática?
Já a esteatose macrovesicular ocorre na R: A ativação das células estreladas em
hepatite alcoólica crônica, na obesidade e no miofibroblastos, que passam a depositar colágeno
diabetes e é caracterizada pela formação de uma I e III no espaço de Disse.
gota única de gordura, que desloca o núcleo.
6- Quais as consequências da fibrose?
3- Qual é o tipo de necrose mais comum no R: A fibrose gera dois processos patológicos
fígado? importantes, a formação de derivações porto-
R: É a lítica, que ocorre por ação de vírus sistêmicas e a capilarização dos sinusoides. A
hepatotróficos. derivação porto-sistêmica se refere a uma
comunicação direta entre canais vasculares e as
4- O que são os corpúsculos de Councilman? veias centrolobulares, decorrente do processo de
Como estão os hepatócitos quando da sua angiogênese hepática que ocorre nas regiões de
presença? cicatriz fibrótica, de forma a não permitir que
R: São os corpos apoptóticos encontrados nos ocorra difusão de substâncias entre o sangue e os
hepatócitos em apoptose. Os hepatócitos ficam hepatócitos. A capilarização dos sinusoides se
arredondados, com núcleo picnótico e citoplasma refere à perda das fenestrações dos mesmos.
eosinofílico. Ambos processos ocasionam má depuração do
sangue e acúmulo de tóxicos, como amônia, na
5- A necrose hepática é zonal. Quais causas são circulação.
típicas de cada zona?
R: 7- Arquiteturalmente, como diferenciar a hepatite
Zona 3 (centro-lobular): isquemia. aguda da hepatite crônica?
Zona 2 (médio-zonal): eclâmpsia. R: A hepatite aguda é mais anárquica, o espaço
Zona 1 (periportal): febre amarela. fica rico em neutrófilos, os hepatócitos entram
em apoptose e pode haver algum processo
6- Quais são os 3 graus de manifestação de uma colestático (balonização). Já a hepatite crônica é
hepatite? mais organizada, o infiltrado no espaço porta é
R: linfocitário, mas também se vê apoptose de
1. Portal: está confinada ao espaço porta e é uma hepatócitos.
inflamação leve.
PATOLOGIA ESPECIAL
8- Quais alterações são observadas na hepatite C ferro ou sobrecarga de ferro parenteral, além de
e na B? atransferritina congênita e algumas doenças
R: A C é marcada pela degeneração gordurosa, hepáticas crônicas.
enquanto que a B por inclusão citoplasmática em A característica microscópica da
vidro fosco. hemocromatose é a presença de material
acastanhado no citoplasma dos hepatócitos. É
9- Como é a escala Metavir? diferenciada do acúmulo de bilirrubina através
R: das colorações de Prússia ou Pearls.
A0- sem atividade histológica O depósito acentuado de ferro gera
A1- atividade leve, limitada ao espaço porta inflamação, podendo levar à cirrose hepática e à
A2- atividade moderada, na interface fibrose pancreática.
A3- atividade acentuada, pegando parênquima
F0- fibrose ausente 12- Como se caracteriza a doença de Wilson?
F1- fibrose portal sem septos R: A doença de Wilson se refere a um acúmulo
F2- fibrose portal com raros septos para dentro o tecidual de ferro no fígado, no cérebro e na
parênquima córnea, por deficiência de ceruloplasmina. Os
F3- numerosos septos sem cirrose hepatócitos sofrem degeneração gordurosa, ficam
F4- cirrose, começa a ter nódulos regenerativos tumefeitos, apresentam necroses focais,
acumulam corpúsculos de Malory e sofrem outros
10- Explique a tríade da doença hepática processos de hepatites aguda e crônica. Uma
alcoólica. característica é o depósito de cobre na membrana
R: Primeiramente, pode ocorrer esteatose de Desçement no limbo da córnea.
hepática ou hepatite alcoólica, sendo que a última
pode evoluir da primeira. 13- O que a deficiência de alfa1-antitripsina pode
A esteatose hepática é marcada pela causar?
degeneração gordurosa, inicialmente R: Pode causar hepatite neonatal, fibrose, cirrose
microvesicular e depois macrovesicular. O órgão infantil, hepatite crônica arrastada, além de
fica aumentado, amarelo, amolecido e facilmente desenvolvimento de enfisema pulmonar. Isso
fraturável. porque essa enzima é responsável por inibir
Já a hepatite alcoólica é caracterizada por proteases liberadas nos locais de inflamação por
tumefação e necrose dos hepatócitos neutrófilos, para que essas proteases não
(degeneração balonosa), degenerações ataquem tecidos próprios. Nessa doença a via
gordurosas microvesiculares, presença de responsável pela secreção da alfa1-antitripsina
corpúsculos de Malory (emaranhados de fibras pelo hepatócito é interrompida, causando seu
proteicas e citoqueratina no citoplasma), reação acúmulo na célula. Assim, formam-se glóbulos
neutrofílica e fibrose. positivos ao PAS, mas resistentes à diastase.
A recorrência desses dois passos pode
evoluir, numa via de mão única, para a cirrose. 14- Quais as características iniciais da esteatose
hepática não alcoólica?
11- Explique os tipos de hemocromatose e suas R: O fígado apresenta uma esteatose hepática
características. simples, assintomática, macrovesicular, sem
R: A hemocromatose é o acúmulo de ferro no inflamação, necrose ou fibrose, apesar de
organismo, principalmente no fígado e no elevação de transaminases. No entanto, quando
pâncreas. A hemocromatose primária do fígado se transforma em esteatohepatite não alcoólica,
tem causa genética e cursa com absorção pode-se caminhar para a cirrose.
descontrolada de ferro no fígado. A forma
secundária, por sua vez, é a mais comum e 15- Quais as diferenças entre cirrose biliar
acontece devido ao aumento da ingestão oral de primária e secundária?
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R: A cirrose biliar primária é uma doença conjugada. Essa colestase causa retenção de
cirrótica autoimune, cujo acometimento é das todos os componentes da bile, cujo depósito na
vias biliares menores. Cursa com colestase pele gera prurido. Ainda é acompanhada de
crônica progressiva. Normalmente, formam-se elevação da ALP, da GGT e da 5'nucleotidase e
granulomas que atacam os ductos biliares nos má absorção intestinal de vitaminas lipossolúveis.
espaços porta, progredindo com inflamação,
fibrose e cirrose. 18- Explique os marcadores laboratoriais da
A secundária, por sua vez, ocorre por hepatite B.
colestase extra-hepática. O fígado fica verde e há R:
dilatação das vias biliares. 1. HbsAg: é o antígeno de superfície do vírus,
sendo marcador da doença aguda, crônica ou de
16- O que é colangite esclerosante primária? estado de portador. Quando presente por mais de
R: É uma doença autoimune, geralmente 6 meses indica cronicidade.
associada à retocolite ulcerativa. Cursa com 2. AntiHBc: é o anticorpo contra o core viral,
fibrose obliterativva dos ductos biliares maiores sendo encontrado em duas classes: IgM (que se
intra e extra-hepáticos, que leva à dilatação eleva na fase aguda) e IgG (presente na fase
distal. Na radiografia se vê um aspecto de crônica e na evolução para cura). Ele indica que o
“pérolas” atribuído a áreas de estenoses e paciente foi infectado e houve replicação no
dilatações irregulares dos ductos biliares organismo. Fica sempre positivo.
afetados. 3. HbeAg: indica que está havendo replicação
viral.
17- Disserte sobre as icterícias pré-hepática, 4. AntiHBe: indica que em algum momento houve
hepática e pós-hepática. replicação. Pacientes que soroconvertem para
R: antiHBe provavelmente não evoluem para
1. Pré-hepática: ocorre por produção excessiva de cronicidade, pois há uma resposta imune atuante
bilirrubina antes da metabolização hepática, ou contra o vírus que impede a replicação viral.
seja, há elevação da bilirrubina não conjugada. 5. AntiHBs: é o último a aparecer (4 meses após
Ocorre nas anemias hemolíticas, na reabsorção a infecção), confere imunidade e está presente no
de sangue de uma hemorragia interna e nas indivíduo vacinado.
síndromes da eritropoiese ineficaz (anemia
perniciosa, talassemia). 19- Como se faz o diagnóstico laboratorial de
2. Hepática: ocorre por redução da captação hepatite C?
(como por interferência medicamentosa e na R: O exame de eleição é a dosagem do anticorpo
síndrome de Gilbert), comprometimento da antiHCV. No entanto, as seguintes situações
conjugação (como na icterícia fisiológica do RN e requerem PCR: estabelecimento de diagnóstico
nas síndromes de Gilbert e Crigler Najjar, todas precoce de infeção aguda, avaliação de infecção
por deficiência da glicoronil transferase, sendo a em RN (já que os anticorpos maternos passam
síndrome de Crigler Najjar uma doença grave), para o filho), confirmar um antiHCV duvidoso, em
além de ocorrer por deficiência de transporte na pacientes imunossuprimidos (não têm resposta de
membrana canalicular (que é o caso da síndrome anticorpo) e para o diagnóstico de cura da
de Dubin Johnson) e por redução da excreção hepatite C.
hepática (que é a colestase por disfunção
hepatocelular). Haverá o aumento da bilirrubina 20- Quais são os principais fatores etiológicos do
não conjugada e, especialmente, da conjugada, carcinoma hepatocelular (principal neoplasia
lembrando que o hepatócito lesado conjuga mal maligna primária do fígado)?
mas excreta com mais dificuldade ainda. R: Infecção viral crônica (HBV e HCV), alcoolismo
3. Pós-hepática: ocorre por obstrução biliar intra crônico, esteato-hepatite não alcoólica e
ou extra-hepática, com elevação da bilirrubina
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